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Trabalho America Colonial Joao Andre
Trabalho America Colonial Joao Andre
América espanhola
A ocupação e exploração da América foi um desdobramento da expansão marítimo-
comercial européia e elemento fundamental para o desenvolvimento do capitalismo. A
colonização promovida pelos espanhóis deve ser entendida a partir da lógica mercantilista,
baseada portanto no Exclusivo metropolitano, ou seja, no monopólio da metrópole sobre
suas colônias.
A organização econômica
A exploração mineradora foi a atividade econômica mais importante na América Espanhola, na verdade
foi a responsável pela colonização efetiva das terras de Espanha, apesar de já haver ocupação anterior,
no Caribe e América Central. O ouro na região do México e a prata na região do Peru, foram
responsáveis pelo desenvolvimento de uma clara política de exploração por parte da metrópole, que
passou a exercer um controle mais rígido sobre seus domínios.
A produção artesanal indígena foi permitida, porém passou a ser controlada pela burocracia espanhola na
colônia. Esse "sistema de obrajes" representava, na prática, uma forma de explorar a mão de obra
indígena, forçado a trabalhar por seis meses, durante os quais recebia um pequeno pagamento.
A mita era uma instituição de origem inca, utilizada por essa civilização quando da formação de seu
império, antes da chegada dos europeus. Consistia na exploração das comunidades dominadas,
utilizando uma parte de seus homens no trabalho nas minas.
Os homens eram sorteados, e em geral trabalhavam quatro meses, recebendo um pagamento. Cumprido
o prazo, deveriam retornar à comunidade, que por sua vez deveria enviar um novo grupo de homens.
Apesar de diferente da escravidão negra adotada no Brasil, a exploração do trabalho indígena também é
tratada por muitos historiadores como escravismo. Porém o termo predominante nos livros de história é
Trabalho Compulsório.
A ação colonizadora espanhola foi responsável pela destruição e desestruturação das comunidades
indígenas, quer pela força das armas contra aqueles que defendiam seu território, quer pela exploração
sistemática do trabalho, ou ainda através do processo de aculturação, promovido pelo próprio sistema de
exploração e pela ação catequética dos missionários católicos.
É importante destacar o papel dos religiosos no processo de colonização, tratados muitas vezes como
defensores dos indígenas, tiveram uma participação diferenciada na conquista. Um dos mais célebres
religiosos do período colonial foi Frei Bartolomeu de Las Casas que, em várias oportunidades, denunciou
as atrocidades cometidas pelos colonos; escreveu importantes documentos sobre a exploração, tortura e
assassinato de grupos indígenas. Muitas vezes, a partir desses relatos a Coroa interferiu na colônia e
destituiu governantes e altos funcionários. No entanto, vale lembrar o poder e influência que a Igreja
possuía na Espanha, e o interesse do rei (Carlos V)em manter-se aliado à ela, numa época de
consolidação do absolutismo na Espanha, mas de avanço do protestantismo no Sacro Império e nos
Países Baixos. Ao mesmo tempo, a Igreja na colônia foi responsável pela imposição de uma nova
religião, consequentemente uma nova moral e novos costumes, desenraizando os indígenas.
Chapetones - eram os homens brancos, nascidos na Espanha e que vivendo na colônia representavam
os interesses metropolitanos, ocupando altos cargos administrativos, judiciais, militares e no comércio
externo.
Criollos - Elite colonial, descendentes de espanhóis, nascidos na América, grandes proprietários rurais ou
arrendatários de minas, podiam ocupar cargos administrativos ou militares inferiores.
estiços - , de brancos com índios, eram homens livres, trabalhadores braçais desqualificados e
superexplorados na cidade (oficinas) e no campo ( capatazes).
Indígenas - grande maioria da população, foram submetidos ao trabalho forçado através da mita ou da
encomienda, que na prática eram formas diferenciadas de escravidão, apesar da proibição oficial desta
pela metrópole.
Mah_02oliver@hotmail.com
Ainda no século XVI, as primeiras notícias sobre a existência de grandes minas de prata
nos arredores do Alto Peru instigou a vinda de vários representantes da metrópole no
intuito de obter a riqueza fácil proveniente do subsolo americano. Nos primeiros duzentos
anos da colonização, os espanhóis se concentraram nesse tipo de atividade,
estabelecendo o caráter eminentemente exploratório e, ao mesmo tempo, mercantil das
atividades econômicas firmadas em seus domínios.
Com o passar do tempo, as populações escolhidas para esse tipo de atividade passaram a
receber um “partido”, ou seja, uma parcela dos metais preciosos recolhidos durante o
tempo de serviço. Em outro momento, a falta de indígenas disponíveis para a execução
das tarefas forçou a substituição dorepartimiento pelo trabalho livre. O uso desse tipo de
trabalho acarretou na desintegração de várias comunidades indígenas americanas.