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SOCIOLOGIA

em mOVImeNTO

DVD do professor

ANOTAçõeS em AuLA
Unidade 3

Relações de poder e movimentos sociais: a luta pelos direitos


na sociedade contemporânea

Capítulo 8 movimentos sociais

Características dos movimentos sociais


• Movimentos sociais são ações coletivas, relativamente permanentes,
que se constituem como um importante instrumento de
transformação social e de efetivação da cidadania, pois
reivindicam direitos
até então não reconhecidos ou não garantidos plenamente pelo
Estado.
• Esses movimentos podem ser classificados pelo caráter de
suas ações, ou seja, se são voltadas para a
transformação da sociedade ou para a conservação de determinadas
conquistas.
• Em geral, envolvem confronto político e podem ter
relação de oposição ou de parceria com o Estado.
• A ação dos movimentos orienta-se por um repertório, isto é,
os meios através dos quais chamam a
atenção para sua causa ou os que usam na luta para transformá-
la em realidade. Greves, passeatas e
panfletagens estão entre as práticas mais comuns aos repertórios
de diferentes movimentos sociais.
• Os movimentos lutam por causas que vão além dos interesses
particulares. Seus objetivos, quando alcançados, transformam a
vida de muitas pessoas, além daquelas envolvidas diretamente
nas ações. Isso
ocorre devido à universalização das conquistas, que acabam
por afetar muitas pessoas em um mesmo
espaço político (um país, por exemplo), e pela sua sedimentação
na forma de leis e políticas de Estado,
estendendo seus efeitos para futuros cidadãos que no momento
da conquista ainda não eram nascidos.

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SOCIOLOGIA

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ANOTAçõeS em AuLA
Unidade 3

Relações de poder e movimentos sociais: a luta pelos direitos


na sociedade contemporânea

Capítulo 8 movimentos sociais

Relação com o Estado


• Os movimentos sociais são uma poderosa força de mudança
social. Tal força pode ser exercida “de baixo”, a partir
das atividades empreendidas por indivíduos associados de
diversas formas e em diferentes
graus, ou pode vir “de cima”, por iniciativa de membros
da elite (legisladores, governantes, dirigentes,
juristas, administradores etc.).
• Quando o Estado é mais aberto às demandas da
sociedade civil, ampliam-se as possibilidades de a
relação
entre esses atores políticos não ser apenas de confronto. Muitas
vezes, o que os movimentos buscam é,
justamente, que suas demandas sejam consideradas pelo Estado e
transformadas em leis ou em políticas
públicas. Da mesma maneira, o Estado pode procurar os
movimentos sociais por várias razões: desde dialogar
e atender melhor às necessidades da população a
simplesmente legitimar sua autoridade diante dela.

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SOCIOLOGIA

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ANOTAçõeS em AuLA
Unidade 3

Relações de poder e movimentos sociais: a luta pelos direitos


na sociedade contemporânea

Capítulo 8 movimentos sociais

Movimentos sociais: tradicionais e novos


• É possível recortar a história dos movimentos sociais
a partir de duas categorias gerais distintas, levando em
conta aspectos como formas de organização e articulação,
relações com o Estado, tendências
ideológicas, bandeiras políticas e estruturas que desejam ver
transformadas, entre outros.
• Na primeira categoria se encontram os chamados movimentos
sociais tradicionais, constituídos principalmente em torno das lutas
dos trabalhadores desde a consolidação do capitalismo —
reivindicações por
melhores salários e condições de trabalho, redução da
jornada e estabilidade de emprego —, dos grupos
na
luta por moradia, infraestrutura de saneamento, transporte público
ou educação, bem como dos grupos
que combatem formas de governo autoritárias e os
sistemas econômicos e políticos que as sustentavam.
Tais movimentos travam fortes embates políticos com o
Estado, pois, em grande parte, consideram
fundamental transformar a estrutura estatal para superar as
condições de opressão da classe trabalhadora, tanto no
campo quanto na cidade.
• Na segunda categoria estariam os novos movimentos sociais
que, em sua maioria, voltam-se para garantir a
consolidação de direitos aos grupos tidos como minoritários.
Suas formas de atuação não privilegiam políticas
de cooperação com agências estatais ou mesmo com sindicatos, mas
ações diretas que visam ampliar seu
público e, assim, mudar valores que reproduzem preconceitos
e práticas discriminatórias — manifestações
de uma estrutura social que nega direitos básicos para
significativos contingentes da população. Entre os
novos movimentos sociais podem ser citados os movimentos negro,
feminista e LGBT.

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