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“A ideia de se retomar esse Boletim boa. Eng. Agrónomo, Cezar Dzeco discute as no-
Acho que vai ser extremamente útil, ao per- ções de produção e produtividade e elucida:
mitir maior interação entre os engenheiros” são conceitos relacionados que definem acti-
- págs. 4 - 6. vidades e processos diferentes” - págs. 9-10
Engenharia
Ano: 00
Edição: nº00 Julho/Agosto 2020
Bastonário:
Ibraimo Remane
Coordenador:
Uma publicação da Ordem dos Engenheiros de Moçambique Feliciano Dias
www.ordeng.co.mz
EDITORIAL
EDITORIAL
Caro leitor,
CONHEÇA A ORDEM
IBRAIMO REMANE
Membro nº 396 Ordem dos Engenheiros de Moçambique (OrdEM) é uma pessoa
colectiva, de direito público, representativa dos engenheiros em
Engenheiro Civil
exercício em Moçambique que, em conformidade com os preceitos do
e Bastonário Estatuto e demais disposições legais aplicáveis, exercem a engenharia.
da OrdEM
A OrdEM exerce em todo o território nacional as atribuições e
competências que estatuariamente lhe são conferidas e é representada
em juízo e fora dele pelo Bastonário ou por quem ele designar.
Contamos Consigo A OrdEM dos Engenheiros tem como atribuições:
a) liderar o progresso da engenharia pondo-a ao serviço do
desenvolvimento nacional;
Caro colega, b) registar e acreditar os engenheiros que querem exercitar a
engenharia em Moçambique;
Após um longo período de interregno, decidimos
retomar com novo “rosto” a publicação do c) zelar pelo cumprimento das regras de ética profissional e o nível de
qualificação profissional dos engenheiros;
nosso boletim informativo, o “Engenharia”.
d) defender os interesses, direitos e prerrogativas dos seus membros;
Ao resgatar essa iniciativa, move-nos o desejo
e) zelar pela função social, dignidade e prestígio da profissão de
de criar mais um espaço de partilha e discussão
engenheiro;
de ideias e de saberes. Pretendemos que a
f) fomentar o desenvolvimento do ensino e investigação da engenharia;
publicação sirva de veículo de informação útil
para o engenheiro, para a engenharia e, g) promover, organizar e apoiar a formação contínua dos seus membros
e outros técnicos de engenharia;
consequentemente, para a sociedade.
h) contribuir para a estruturação das carreiras dos engenheiros;
Numa periodicidade bimestral, será lançada uma
edição com matérias variadas sobre engenharia. i) atribuir e proteger o título profissional de engenheiro, promovendo o
procedimento judicial contra quem o use ou a exerça ilegalmente;
Os desafios do sector e as respostam que
estes demandam. As inovações que nos indicam j) promover a cooperação e solidariedade entre os seus membros;
os novos rumos a serem trilhados deverão ter k) prestar a colaboração técnica e científica solicitada por quaisquer
aqui seu espaço de exposição e apreciação. entidades, públicas ou privadas, quando exista interesse público;
l) desenvolver relações com outras Ordens e associações afins,
É nossa aspiração podermos contar nesta
nacionais e estrangeiras, podendo aderir a uniões e federações
empreitada com cada um dos membros desta internacionais;
grande família. O crescimento numérico que a
m) exercer jurisdição disciplinar sobre os engenheiros;
Ordem tem registado deve se reflectir também
n) zelar pela qualidade e segurança dos estudos, projectos e obras de
no dia-a-dia da organização, no contributo que
engenharia
cada um dá para o progresso da engenharia e de
o) apoiar o Governo, tecendo pareceres sobre projectos de
Moçambique.
desenvolvimento de infra-estruturas públicas, licenciamento de
Queremos que este seja um espaço privilegiado empreiteiros para obras públicas, contratação de engenheiros
estrangeiros e sobre outros assuntos relacionados com a engenharia,
de apresentação e discussão de ideias. E para
desde que haja interesse público;
isso contamos consigo!
p) exercer as demais funções que resultem da Lei e das disposições
deste Estatuto.
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Notícias
Contactos Telefónicos:
Telefone:
(+258) 21310453
Telefax:
(+258) 21310463
Em Inhambane
Telemóvel:
Criada Comissão Instaladora (+258) 823263740
e-mail:
A Ordem dos Engenheiros de As Comissões Instaladora são
Moçambique (OrdEM) deu mais entidades que têm a secretariado@ordeng.org.mz
um passo com vista a sua responsabilidade de criar www.ordeng.org.mz
expansão e proximidade aos condições para a
engenheiros com a formalização estabelecimento dos Núcleos
da Comissão Instaladora de mais provinciais que, por sua vez,
Horários de Funcionamento
um Núcleo provincial, desta feita representam a OrdEM a nível
na província de Inhambane. provincial. Segunda e Quarta:
10:00 – 18:00 h
O evento teve lugar no dia 7 de A criação de Núcleos Provinciais
Agosto último, e foi dirigido pelo
é uma prioridade para a OrdEM, Terça e Quinta-feira:
vice-presidente do Conselhouma vez que garantem uma
10:00 – 19:00 h
Directivo da OrdEM, Engºmaior proximidade aos membros
Feliciano Dias. que se encontram longe da Sexta-feira:
capital Maputo, que é onde se
10:00 – 16:00 h
E como tem sido praxe em localiza a sede da instituição.
eventos similares, houve também Sábado, Domingo e Feriado:
uma palestra desta vez proferida Os Núcleos permitem também
pelo Engº Marc-Oliver Bruckhaus que os engenheiros possam
Encerrado
da empresa ENTERIA que se encontrar uma plataforma de
debruçou sobre o tema: diálogo visando solucionar
"Desafios de energias renováveis problemas específicos que Endereço Físico
na província de Inhambane, preocupam a classe numa
experiência da Enteria". determinada zona.
Praça dos Trabalhadores
No. 101, 1º Esq.
Maputo
Moçambique
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bro e só tínhamos exames em
A OrdEM deve
Junho/Julho. Durante esse inter-
valo todo, éramos deixados mais
ou menos à solta. As únicas
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grande desgosto para os meus dade, fui Director da Faculdade já como docente em tempo par- disseram-me, na Universidade
pais, mas… de Engenharia uns anos mais cial. Agostinho Neto, em Angola.
tarde. Quando se deu o 25 de Fui também bastonário da Or- Este outro livro, um romance,
O que pesou para essa decisão? Abril em Portugal, eu e minha dem dos Engenheiros de Mo- “Um Rapaz Tranquilo – Memó-
Basicamente, foi o sentimento mulher tínhamos tudo preparado çambique de 2003 a 2010, não rias Imaginadas”, surgiu não só
de que eu era moçambicano. seguir para o doutoramento em foi fácil porque tivemos de criar porque comecei a ter mais tem-
Também andava muito entusias- Setembro de 1974, tínhamos já a OrdEM mas avançámos com po livre mas também porque
mado com a Frelimo, com Sa- bolsas de estudo, íamos para a uma série de iniciativas interes- comecei a ter uma preocupação,
mora Machel, com o projecto universidade de Manchester, santes. a de que estava a cair no esque-
socialista e com a ideia de que mas cancelámos tudo. Não ía- E, ainda em termos da minha cimento o papel desempenhado
ia contribuir para o país novo. mos sair numa altura tão impor- actividade, trabalhei durante por esta minha geração, que
Essa possibilidade de ser partici- tante. Acabámos, por isso, por ir trinta anos como consultor, na tinha vinte e pouco anos na
pante na construção de um país para a pós-graduação só em CONSULTEC, o que me deu altura da Independência, que
novo era entusiasmante. 1980, no IHE, em Delft. E de- possibilidade de trabalhar inten- teve esse sonho de participar na
pois, no meu caso, o doutora- samente em muitos dos princi- construção de Moçambique, que
Nessa época, após a indepen- mento, no Instituto Superior pais projectos que se fizeram em teve, durante aqueles primeiros
dência, muitos jovens foram Técnico, em Lisboa. Moçambique na área da Hidrolo- anos de Moçambique indepen-
chamados a assumir os destinos gia e Gestão dos Recursos Hídri- dente, um papel de algum relevo
do país que acabava de nascer. Fale-nos um pouco da sua car- cos. por causa do abandono massivo
Que memórias guarda dessa reira. de técnicos portugueses e teve
época? Eu fiz toda a minha carreira na Em 2015/16 decide aventurar- de assumir cargos de muita alta
Aquela foi uma época em que Universidade, apesar da colabo- se no mundo literário já como responsabilidade, muitas vezes
não discutíamos decisões toma- ração na área das águas com a escritor, o que resultou numa fazendo das tripas coração. Essa
das mais acima. Diziam-te “vais Direcção Nacional de Águas, foi homenagem a uma geração da história não estava a ser conta-
ser director disto” ou “vais para a área em que eu me especiali- qual faz parte. Como foi essa da, corria o risco de ficar esque-
Cabo Delgado” e ias com a mai- zei. Na Universidade, segui to- experiência? cida e eu achei que valia a pena
or boa vontade. Nós, na Facul- dos aqueles passos habituais. Nestes últimos anos, fui ficando contá-la. Para escrever o livro,
dade de Engenharia, ficámos Fiz o mestrado na Holanda, em com mais tempo livre e foi aí tive de ler muito, consultar
com uma carência muito grande Delft, depois o doutoramento em que surgiu a ideia de um livro imensa documentação, não só
de professores. Os professores Portugal, passei a Professor fora da área de engenharia, por- aqui em Moçambique mas tam-
eram portugueses e deixaram Auxiliar, mais tarde concorri que também fiz um livro de en- bém em Lisboa. Quando chegou
Moçambique. Eu, que na altura para Professor Associado. No genharia, em 2011, com um a altura da escrita, não sabia
tinha 25 anos de idade, era dos ano 2000, fiz as provas para colega do Instituto Superior Téc- que forma dar a toda essa infor-
mais veteranos dos que tinham Professor Catedrático, fui o pri- nico, de Portugal, infelizmente já mação recolhida porque não sou
ficado. Houve outros colegas meiro Professor Catedrático da falecido, o Prof. João Reis Hipó- historiador, não sou sociólogo.
meus que mais tarde, em Universidade Eduardo Mondlane lito. O livro chama-se Então resolvi dar-lhe a forma de
1977/78, foram sendo chama- e deste país. E continuei com a “Hidrologia e Recursos Hídricos” um romance.
dos para outras funções. Eu fui minha actividade de dar aulas, e já vai na terceira edição. É
assumindo funções à medida fazer investigação e algum traba- usado como livro de texto não só E ficou satisfeito com o resulta-
que era chamado. Fui chefe do lho administrativo até que me na Universidade Eduardo Mond- do final?
departamento de Engenharia reformei em 2007. Na reforma lane mas também em algumas As vezes dá-me vontade de rees-
civil, criei o Gabinete de Rela- ainda continuei a dar aulas, mas universidades de Portugal e, crever o livro, mas sim, acho
ções Internacionais da Universi- que o livro ficou bom. As pesso-
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as gostaram de o ler, teve até
uma tiragem grande para o con-
texto moçambicano, foram 750
exemplares. Foi lançado em Abril
do ano passado e, em Janeiro
deste ano, já estava esgotado.
Agora estamos a fazer a segunda
edição. Já estaria feita, se não
fosse o problema da COVID-19
que atrasou as coisas, não tanto
aqui em Moçambique mas sobre-
tudo em Portugal. O livro é im-
presso em Portugal e houve uns
meses em que parou tudo. Mas
estamos a contar que em Outu-
bro poderá estar disponível nas
nossas livrarias.
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Dest aque
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Dest aque
1.400 Km (900 em território
moçambicano), desde o barra-
nomeadamente poderosos e
rápidos sistemas de excitação e A génese
mento na subestação emissora talvez subestações intermédias
até ao barramento na subesta- que dificultariam a sua compe-
ção terminal Apollo, apesar do titividade com o transporte em
aumento de custos que deter- corrente contínua.
mina, factor que obste a que
os preços de venda se mante- As linhas em corrente contínua
nham altamente competitivos. para uma mesma potência
transportada à mesma distân-
O transporte cia, são, pois, mais baratas do
A energia eléctrica produzida que as correspondentes linhas
em Cahora Bassa sob a forma em corrente alternadas.
de corrente alternada trifásica Contudo, estas economias po-
a 220 KV, é convertida na dem ser absorvidas pelas esta-
subestação do Songo em cor- ções conversoras (custos) que
rente contínua (553 KV), trans- contêm muitas componentes
portada nesta forma ao longo de importância vital para uma Foto: www.hcb.co.mz
das duas linhas monopolares correcta operação.
até à subestação Apollo (a 25
Km de Irene, em Joanesburgo Para o fornecimento de energia Tudo começa precisamente em Março de 1956, quando se
e Pretória) onde é convertida à ao Centro e Norte de Moçambi- constituí a missão que deveria povoar o vale o Zambeze, acto
tensão nominal de 275 KV e que estão instaladas duas li- que viria a se efectivar a 16 de Março de 1957, data da
entregue à ESKOM. São, no nhas de transporte de energia Constituição de Missão de Fomento e Povoamento do Zambeze.
total, 1.400 km, dos quais ligando a subestação do Songo
900km em território moçambi- à subestação de Matambo, Em Dezembro de 1966, fez-se a contratação da Hidrotécnica
cano, ao longo da fronteira próximo da cidade de Tete. Da Portuguesa para elaborar o Projecto do Aprovisionamento
com o Zimbabwe. As torres subestação de Matambo sai, Hidroeléctrico de Cahora Bassa.
que suspendem os condutores entre outras, uma linha de
são do tipo piramidal com altu- transporte que alimenta a sub- A 19 de Setembro de 1969, o rio Zambeze, que para as
ra normal de 49 metros, tendo estação de Chibata, próximo da
populações parecia um “bicho indomável”, começou a ceder às
sido implantadas cerca de Cidade de Chimoio.
vontades do Homem. O consórcio denominado Zambeze
6.400 torres. Actualmente, como se sabe, a
Consórcio Hidroeléctrico, Lda. (ZAMCO), a quem foi adjudicada
A necessidade de converter a África do Sul é o maior com-
energia alternada em contínua prador de energia eléctrica da a obra em cujo projecto se previa a construção da barragem,
é economicamente determina- Hidroeléctrica de Cahora Bassa instalação do sistema de produção de energia e o
da pelos custos quilométricos (HCB), absorvendo 1.300 me- seu transporte.
mais elevados das linhas em gawatts dos 2075 megawatts
c.a. no domínio das muito que o aproveitamento produz O mês de Setembro de 1969 foi de muita actividade
altas tensões. Com efeito, a com as suas cinco turbinas, burocrática na HCB pois, foi igualmente assinado o contrato de
entrega de 1.750 MW cada uma com capacidade de fornecimento de energia, entre o Governo Português e a ESKOM
(prevista) a 1.400 Km de dis- produzir 415 megawatts. da República da África do Sul.
tância do Songo, em c.a., utili- A energia eléctrica é transpor-
zando duas linhas de 500 KV tada por cabos de alta tensão Em Maio de 1972 é concluídas a galeria de desvio da margem
trifâsicos e perto de 7.000 até à subestação Apollo, na
direita e as ensecadeiras que permitiram o início de construção
torres de suporte, com 40 m África do Sul, onde a voltagem
da barragem, para em Janeiro de 1974 serem concluídos os
de altura, espaçadas de 426 m é reduzida e distribuída pela
trabalhos de montagem das duas linhas monopolares de
exigiria características técnicas zona sul de Moçambique, com
para assegurar estabilidade de os custos inerentes. transmissão de energia em Alta Tensão, ligando Cahora Bassa
compensação dos transportes à subestação Apollo, localizada na África do Sul, cuja linha
tinha uma extensão de cerca de 1400 quilómetros (km).
Foto: www.hcb.co.mz
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Análise
CEZAR M. A. DZECO
Membro nº 1734
Engenheiro Agrónomo
PRODUÇÃO E PRODUTIVIDADE
I. Contextualização
Produção e produtividade
são conceitos cruciais que,
embora frequentemente
usados no sector agrário,
são transversais a qualquer
atividade económica. A
título de exemplo, a
agricultura moçambicana é ssssssssssssssssss
geralmente definida como
sendo de subsistência e
caracterizada por baixos “A Produção espelha
níveis de produção e de
produtividade (PEDSA,
o número de unidades
2011-2020). transformação gradual de produzidas em um nível de produto (FAO
Noutra vertente, o uma forma de material em 2017, OECD, 2008).
aumento da produtividade determinado período
outra, mantendo a
agrícola tem um papel qualidade necessária e Para Carr (2016), a
e é expressa em
central na agenda sendo capaz de satisfazer produtividade é a
económica e social as necessidades humanas termos absolutos, capacidade de um sistema
sobretudo dos países em (Kotler, et. al. 2006). A de produção de produzir de
desenvolvimento tendo em
determinando o valor
Produção espelha o número forma mais econômica e
vista garantir a segurança de unidades produzidas em do produto gerado. A eficiente. Portanto, a
alimentar e nutricional um determinado período e é produtividade agrícola pode
(FAO,2017). Considerando expressa em termos
produtividade é, por ser definida como uma
os elementos antes absolutos, determinando o medida de eficiência em um
sua vez, definida
descritos, o presente valor do produto gerado. A sistema de produção
trabalho visa apresentar a produtividade é, por sua como uma razão agrícola que emprega
diferença entre produção e vez, definida como uma terra, trabalho, capital e
produtividade bem como entre o volume de
razão entre o volume de outros recursos
descrever as variáveis saída (out put) e o volume saída (out put) e o relacionados. Na mesma
inerentes aos dois de entradas (in put). Isto é, linha de pensamento, Tuty,
conceitos. mede a eficiência com que volume de entradas O. & L.C.T. Yamaguch
os insumos de produção, (in put).” (1998), afirmam que a
II. Conceitos de produção como trabalho e capital, produtividade de uma
e produtividade estão sendo usados em unidade de produção pode
Produção é definida como uma economia para ser entendida como a
sendo o processo de produzir um determinado relação entre as
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Referências Bibliográficas
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Membros colectivos
Ordem dos Engenheiros de Moçambique
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