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PRIMEIROAPRENDIZ DE TRABALHOS bem não fica assim ~ A um' homem de tem AP~T AO - OYZ: C " vo~e nao
A
~ t
(O CapIta0 sena o so te lima como é lastimavelmente bobo'. (Co- nos so seguunos
. d b f a natureza. No en-
· . W ' k f 1/ b b ) I movido.) Woyzeck é um bom ho- tanto, se eu osse um senhor, se eu
cadeira, o\ zec az- 1e a ar a. . ti h ' I' .
. mem. .. Mas (Com dignidade.) lvesse um c apeu, um reogio e
CAPITÃO- Calma, Woyzeck, cal- Woyzeck não tem moral. Moral é uma ben~ala, e. se .soubesse falar
ma' uma coisa depois da outra! Mas quando a gente tem moralidade en- bem, entao serra VIrtuoso, senhor
ele, me deixa tonto! E o que é que I tende? É uma bela palavra. Tem' um Capnão.ani ~ Mas eu sou um pobre re coi
COlo
vou fazer dos dez minutos que ele filho sema bênção da Igreja, como tado, II
ganhou, acabando cedo demais? diria nosso reverendíssimo capelão. CAPITÃO - Está bem, Woyzeck.
Woyzeck, pense: você só tem seus Sem a bênção da Igreja, enão é meu. Você é um homem bom, umhomem 13
bom. Mas pensa demais, isso dói. trcndo de trombetas. Está se arman- gente pensa! Mesmo que você seja
do uma tempestade! Vamos embora!
Você está sempre tãoapressado. Essa apenas um pobre filho de prostituta,
conversa esgotoume inteiramente. Não olhe para trás! (Puxa·o para sua cara desonesta alegra sua mãe!
dentro das moitas.) .,
Agora vá embora e não corra tanto; Sal Sal (Canta.)
devagar, desça a rua bem devagar! ANDRES (Após um pausa.) - Menina, que vais fazer agora?
Está ouvindo, Woyzeck? Tens menininho e não tens mari-
CAMPO ABERTO. A CIDADE À WOYZECK - Silêncio, tudo está do!
DISTÂNCIA silenciosocomo se omundo estivesse E para que estar perguntando?
morto. Vou cantar a noite inteira
Aja, papaia, meu filho,viva!
(Woyzeck e Andres colhem varas ANDRES - Está ouvindo? Estão Mesmo que ninguém nada me dê.
nos arbustos.) tocando os tambores. Temos de ir
embora! Joãozinho desatrela os seis cavalos
ANDREs (Assovia.) Dá-lhes de comer outra vez!
WOYZECK - É, Andres, esse lugar Eles não comem aveia,
é maldito. Está vendo aquela faixa A CIDADE
Eles não bebem água,
desbastada, acima do capim, ali on- Querem é vinho fresquinho, viva!
de crescem os cogumelos? E, ali que Marie (com suo criança, à jane· Querem é vinho fresquinho. '
as cabeças rolam, de noite. Um dia, la,) eMargret. Passa abanda militar, (Batem à janela.)
um sujeito quis pegar, pensando que tendo à frente o Tamboreiro-mor. MARIE - Quem é? Ê você, Franz?
era ouriço: ficou três dias e três noi· MARIE (Ninando a criança nos Entre!
tes deitado na serragem. (Baixo.) braços.) - Eh, menininho! Sa-ra- WOYZECK - Não posso. Está na
Andres, foramos maçons, já sei, fo- -rara' Está ouvindo? Aí vêmeles! hora da chamada.
ram os maçons. Silêncio! MARGRET - Que homem! Parece MARIE - Colheu as varas do Ca-
ANDRES (Canta.) - Lá estavam uma árvore! pitão?
dois coelhos. MARIE - Firme nôspés· como um WOYZECK - Colhi, Marie.
comendo o verde, verde capim. .. leão, MARIE - Oque é que você tem,
WOYZECK- Silêncio! Está ouvin- (O Tamboreiro-mor faz lima sau· Franz? Parece transtornado.
do, Andres, está ouvindo? É alguém dação.)
WOYZECK (Misterioso.) - Marie,
andando! MARGRET - Ora, que olhos mais aconteceu de novo, muito... Não
ANDRES - Comendo o verde, alegres, senhora vizinha! De costume está escrito: E eis que a fumaça er-
verde capim não são assim. gueuse da terra, como a fumaça do
Até nas suas raízes. MARIE (Callta.) - Os soldados fogão?
WOYZECK - Andando atrás de são belos rapazes ... MARIE - Ficou andando atrás de
mim, debaixo de mim. .. (Bate os MARGRET - Os seus estão bri- mim, atê o limite da cidade. O que
pés no chão.) Ouça, está ôco. Tudo lhando... será que vai acontecer?
ÔCO, lá embaixo. São os maçons! MARIE _ E daí? Leve os seus WOYZECK - Tenho que ir em-
ANDRES - Tenho mêdo. ao judeu para que limpe; talvez ain-
bora. Hoje à noite, lá na feira! Já
WOYZECK- Que silêncio esqui. da brilhem bastante para que possam juntei algum dinheiro. (Sai.)
sito! É de parar a respiração. Andres! ser trocados por dois botões.
ANDRES - O que? MARGRET - Oquê? Oquê? Ma- NO MÉDICO
WOYZECK - Diga alguma coisa! I dame Virgem! Sou u'a mulher ho-
rOlha os arredores fixamente.) An- nesta, mas a senhora, a senhora co;
A
(Woyzeck. O Médico)
dres! Como está claro! Há um ela- nhece sete calças epelo lado avesso. MÉDICO - O que foi que eu vi,
rão por sobre a cidade! Um fogo MARlE - Bandid,a! (Fecha a ja- Woyzeck? Um homem de bem! Vo-
14 anda pelo céu do qual desce um es- nela.) Venha, meu filho, Oque essa cê! Você! Você!
WOYZDCK - o que foi, senhor que explodanos ares e com ela todo um brilho avermelhado no oeste, co.
Doutor? mundo. Nenhum ovo de aranha. mo uma forja. Quando (Caminha de
MÉDICO - Eu vi, Woyzeck., Mi· Woyzeck? Ovos de sapo? No entan- um lado para o outro da sala.) ...
jando na rua, no muro, como um to, mijou no muro. Eu vi. (Dá-lhe MÉDICO - Gente! Ele tateia o
cachorro... Ainda assim, ganhando um pontapé.) Não. Woyzeck, não chão como se tivesse pés de aranha.
três patacas por dia, e as refeições! estou irritado: a irritação faz mal à WOYZECK (Põe o dedo sobre o
Woyzeck, isto é mau. Omundo está saúde, é anti·científica. Estou calmo, nariz.) - Os cogumelos, senhor dou.
ficando mau, muito mau. muito calmo; meu pulso bate as 60 tor, é aí, é aí que está. O senhor já
WOYZECK- Mas, senhor Doutor, pulsações normais e eu lhe estou fa- . viu as figuras que os cogumelos
quando a natureza exige... lando com omaior sangue frio. Deus fazem, quando crescem? Se a gente
MÉDICO- A natureza exige, a nos guarde de nos irritarmos com os pudesse ler!
natureza exige! Superstição, supers- homens, os homens! Mesmo que fos- MÉDICO _ Woyzeck está com a
tição medonha! A natureza! Pois eu sem proteus matando a gente! Mas, mais linda aberratio mentalis partia.
não demonstrei queo musculus cons- Woyzeck, você não deveria ter mio lis, da segunda categoria, muito bem
trictor versicae está subordinado à jado no muro ... desenvolvida. Woyzeck vai ganhar
vontade? A natureza! Woyzeck, o WOYZECK - Sabe, senhor Dou- um aumento! Da segunda categoria:
homem é livre, no homem se revela tor, às vezes a gente temum caráter idéia fixa em condições geralmente
o individualismo da liberdade. Não assim, uma estrutura assim. Mas, razoáveis. E você ainda faz seu ser.
ser capaz de conter abexiga! Emen- com a natureza é outra coisa, sabe? viço de sempre? Barbeia o Capitão?
tira, Woyzeck! (Sacode a cabeça, Com a natureza (Estala os dedos.) WOYZECK _ Sim, senhor.
põe as mãos às costas e caminhade , d'
acontece .. . como e que se IZ....?
MÉDICO_ Come ervilhas?
um lado para outro.) Já comeu suas por exemplo.. . WOYZECK _ Sempre, senhor Dou.
ervilhas, Woyzeck? Sá ervilhas, cruci· MÉDICO - Woyzeck está filoso- toro E minha mulher arranja o di.
feme, lembre-se disso! Na próxima fando novamente. nheiro das despesas.
semana começaremos com a carne WOYZECK (Confidencial.) - Se- MÉDICO- Faz sua obrigação?
de carneiro! Vai haver uma revolu- nhor Doutor, o senhor já viu essa WOYZECK _ Sim, senhor.
ção na ciência, vou fazer com que
coisa de dupla natureza? Quando o MÉDICO_ Um caso interessante.
exploda pelos ares. 0,10 de urina,
sol está no meio-dia e parece queo Está com uma bela idéia fixa! Ainda
amônia amaro-salgada, hiperoxídu.
mundo vai se desfazer em fogo, uma vai parar no hospício! O Woyzeck
lo." Não quer mijar de novo, Woy.
voz terrível já conversou comigo! vai ganhar aumento, se se compor-
zeck? Vá lá dentro tentar!
MÉDICO - Woyzeck tem uma tar direito! Mostre o pulso! É...
WOYZECK - Não posso, senhor
Doutor. aberratio. WOYZECK - O que devo fazer?
MÉDICO - (A fetado.) - Nomu- WOYZECK - Pois é, senhor dou- MÉDICO - Comer ervilhas,' de.
ro, pode! O acordo escrito está nas ter, a natureza; quando a natureza pois carne de carneiro. Limpar o Iu-
'. minhas mãos! Eu vi, eu vi com esses apaga. zi!! Vai ganhar uma pataca de au-
olhos. .. Eu acabara de por o nariz MÉDICO- E o que é isto: quan- menta esta semana. Minha teoria,
para fora da janela, deixando que do a natureza apaga? minha nova teoria...
os raios de sol penetrassem nas na- WOYZECK- Quando a natureza
rinas, para observar os espirros. Apa- apaga é quando a natureza apaga. TENDAS. LUZES. POVO
nhou sapos para mim? Um cadáver? Quando omundo fica tãoescuroque
Nenhum polipo de água doce? Ne· a gente tem que tatear com as mãos, (O Velho canta eaCriança dança
nhuma hidra? Ventosas? Cristalói- que a gente pensa que a natureza se ao som do realejo.)
des?Não vá esbarrar no microscópio desfaz como uma teia de aranha. É VELHO - No mundo não há
oueacabo de colocar odentão molar
I quando uma coisa é e também não çonsistência,
de um infusário nele. Vou fazer com é; quandotudo está escuro eSóresta Todos nós vamos morrer 15
E sabemos disso muito bem. TAMBOREIRO-MOR - É como SUB-OFICIAL - Um relógio? (Com
WOYZECK - Ei, upa! Pobre ho- olhar dentro de um poço ou de uma um gesto grandiloqüente e estudado
nen, pobre velho! pobre criança, chaminé. Depressa, vamos atrás. puxa um relógio do bolso.) _Aqui
criança nova! Preocupações e festas! está. .
MARIE - Homem, se os loucos O INTERIOR DA TENDA MARIE - Quero ver isso. (Passa
têm razão então nós mesmo somos MUITOILUMINADA para a primeira fila ajudada pelo
loucos. Mundo engraçado! Mundo I Sub-oficial.)
bonito! MARIE - Que luz! TAMBOREIRO-MOR - Que mulher!
(Os dois seguem até onde está o WOYZECK - Pois é, Marie, gatos
Charlatão de Feira.) negros de olhos como brasas. Que
QUARTO DE MARIE
CHARLATÃO (Diante de uma ten- noite!
da, com sua mulher vestindo calças O DONO DE TENDA (Desfilando
(Marie. O Tamboreiro-mor.)
e um macaco fantasiado.) _ Meus COm um cavalo.) - Mostre seu ta·
senhores, meus senhores! Vêde a lento! Mostre sua sabedoria anima- TAMBOREIRO·MOR - Marie!
criatura como Deus a fez: nada, na- lesca! Envervonhe a sociedade hu- MARIE (Olhando-o, expressiva.)
da mesmo. Vêde agora a arte: anda mana! Meus senhores, este animal - Dê uma volta! Um peito de boi
em pé, usa calças e jaqueta, tem uma que estais vendo, o rabo pendente, e uma barba de leão. Não tem nin-
espada! O macaco é soldado; ainda sobre as quatro patas, é sócio de guém igual. Sou a mais orgulhosa
não é muito, o mais baixo degrau uma entidade de sábios, é professor das mulheres.
da espécie humana. Êpa! Faça uma de nossa universidade e com ele os TAMBOREIRO-MOR - Devia me
vênia! Isso... Agora um barão. Dê estudantes aprendem a cavalgar e a ver no domingo, com a pluma no
um beijo. (Toca trombeta.) O pa- chicotear. Isto foi simples instinto. chapéu e as luvas brancas, que dia-
teta é musical. Meus senhores, pode- E agora, pense, com dupla razão! O bo! Esse sujeito é um homem ~' , é o
re~s ver}qui o cavalo astronômico que você faz, quando pensa com que o Príncipe sempre diz.
e os passarinhos canalhas. Favoritos dupla razão? Há um burro entre os MARIE (Zombeteira.) - Não di-
das cabeças coroadas da Europa. sábios da associação? (O cavalo ga! (Aproxima-se dele). Homem! .
Revelam tudo aos homens: a idade, sacode a cabeça.) Estão vendo a TAMBOREIRO-MOR- E você tam-
os filhos, as doenças. Começam as dupla razão, agora? Isto é a animal- bém é u'a mulher. Que diabo, vamos
apresentações! Logo logo o começo sionômica. Ele não é um indivíduo começar uma criação de tamboreiro-
do começo. bôbo como um animal. É uma peso -mor? Hein? (Abraça-a.)
WOYZECK _ Quer ver? soa, um ser humano, um ser huma- MARIE (Aborrecida.) - Me dei-
no animalesco. .. e ainda assim um xe.
MARIE - Por mim ... Deve ser bicho, uma bêsta. (O cavalo com-
bonito. Quantas lantejoulas ele tem! pOl'ta.se mal). E- ISSO, TAMBOREIRO·MOR - Fera selva-
, envergon he a
E a mulher, usa calças! , sociedade. Estão vendo, o bicho ain- gem! D
(Os dois entram na tenda.) da é natureza, natureza não-ideal! MARIE (Violenta.) - Se você
TAMBOREIRO-MOR - Pare! Você Você foi feito de pó, areia, sujeira. me tocar .. ,
a viu? Que mulher! Quer ser mais do que pó, areia, suo TAMBOREIRO-MOR - É o demô-
SUB-OFICIAL- Diabo! Feita para jeíra? Olhem como é ajuizado: sabe nio que olha em seus olhos?
reproduzir regimentos de couracei- contar e ainda assim não pode coa- MARIE - Pode ser. É tudo a
ros! tar nos dedos. mesma coisa.
TAMBOREIRO-MOR - E para en- Por que? Só não sabe exprimir,
trar na criação do Tamboreiro-mor. não sabe explicar ... um ser humano PÁTIO NA CASA DO MÉDICO
SUB-OFICIAL - Como traz a ca- transmudado! Diga aos senhores que
beça levantada! E os cabelos pretos! horas são! Qual dos senhores, ou (Estudantes e Woyzeck estão em-
Da gente pensar que a puxam para das senhoras, tem um relógio, um baixo; o Médico olha da janela do
16 baixo, como um peso, Eos olhos . " I relógio? sótão.)
MÉDICO - Meus senhores, estou (Apalpam-lhe a fronte, o pulso, I uma pobre mulherzinha. (A criança
110 teto, como Davi quando viu Bet- o peito.) Por falar nisso, Woyzeck, soergue-se.) Silêncio menino, fecheos
sabá; mas só vejo as calcinhas da mexa com as orelhas para que os olhos! Lá vem o anjinho do sono!
pensão das meninas, secando no jar- senhores vejam! Há muito que de- Como corre pela parede! (Lança
dim. Meus senhores, chegamos à seja lhes mostrar: tem dois mús- reflexos com o espelho.) Feche os
importante questão sobre a relação cuias que funcionam. Vamos, agora. olhos, senão ele vai olhar dentro
entre o sujeito e o objeto. Se temar- WOYZECK- Ora, senhor Dou- deles e cegá-lo!
mos apenas um objeto, no qual se tor! (Woyzeck entra, atrás dela. Ela
manifesta, de umalto ponto de vista, MÉDICO - Animal, quer que eu se assusta, pondo as mãos nas ote-
a auto-afirmação orgânica do divino lhe puxe as orelhas! Quer agir igual , lhas.)
e examinarmos sua relação com o ao gato? Olhem, meus' senhores, WOYZECK - O que é que você
espaço, com a terra, com o plane. esta é a metamorfose do burro; fre- i tem?
tário; meus senhores, se jogo este qüentemente também é a conseqüên- MARIE - Nada.
gato pela janela: como se compor- cia de uma educação feminina e do WOYZECK _ Há um brilho sob
tará esta existência com relação ao modo de falar das mães. Quantos seus dedos.
cemrum gravitationis, tendo em vista cabelos sua mãe já lhe arrancou, MARIE _ É um brinco que eu
'Seu próprio instinto? Ei, Woyzeck delicadamente, como lembrança? Há achei.
(grita.) , Woyzeck! alguns dias eles estão tão ralos! Pois I WOYZECK E t .
, ilh h I I - U nunca enconret
\VOYZECK r,ApanÍla o gato.) - e, as em as, meus sen ores. I, coisa ig
I ua I; quan to mars
. os dOIS.
.I
Doutor, ele está mordendo. I, I MARIE - E eu sou lá você?
QUARTO DE MARIE I
MÉDICO- Vejam, segura o ani· I WOYZECK - Está bem, Marie.
mal tão suavemente! Como se fosse MARIE _ (Sentada, a criança no I O ~enino está do~indo! ,Segure o
sua avó. (Desce.) colo, um caco de espelho na mão.) , bracmho qu: a cadeira esta apertan:
WOYZECK - Doutor, estou com - Ooutro mandou e ele teve de ir I do. Tem gotas claras na testa. 50
tremedeira. embora! (Olha-se no espelho.) Co- I há trabal~o sob o ~ol : suor até, mes-
mo as pedras brilham! O que são? mo do,rmm,do. ,COIta.dos. de. nos, os
I,
ora, (lue bom, Woyzeck (Esfrega as nino! Feche os olhos feche bem! I fie ' o ordenad o e uma gene ta de
mãos. Segura o gato.) O que estou ' I meu Capitãol
(A criança esconde os Ol/IOS com asI, .
vendo, meus senhores? Um novo mãos.) Mais ainda! Fique assim, 1.'IY1ARIE - Deus Ih.e pague, Franz.
I
vida. Um homem de bem não tem nhos do céu com seu cheiro. Sua as mulheres saíram: os homens atras,
coragem. Os patifes é que têm cora- boca é vermelha, Marie. Nenhuma é isso!
gem! Eu só fui à guerra para refor bolha. Como é, Marie? Você é bela WOYZECK (Intranqüilo) - Dan-
çar o meu amor pela vida. (Sai.) como o pecado. Como pecado mor- ce, Andres, dance.
tal pode ser assim tão belo? ANDRES:- Na taverna do Cavalo
QUARTO DE MARIE MARIE - Franz, você está com e das Estrelas.
febre. WOVZECK - Dance, dance!
(Mal'ie. Woyzeck.) WOYZECK- Demônio! Ele estava ANDRES - Vá lá.
MARIE - Bom dia, Franz. aqui, assim, assim. Se~tada n? .jardim
WOYZECK (Contemplando-a.) MARIE - Enquanto o dia for A~e. o relógio tocar as doze,
Ah, é você, ainda? Ê, realmente! longo e o mundo antigo as pessoas Vigiando os solda-ados, _
Não, a gente não vê nada. poderão estar nalgum lugar, um de. WOYZECK - Andres, nao tenho
MARIE - Você está tão esquisito, pois do outro. paz.
Franz. Tenho mêdo. WOYZECK- Eu o vi! I A~DRES - Tolo! ..
WOYZECK(Olha-a fixamente e ba- MARIE - Agente pode ver muito ~ OYZECK - Ten~o de sair, MI·
lança a cabeça.) - Hum! Não vejo se temdois olhos se não é cesa e se nha cabeça esta girando. Dance,
nada, não vejo nada. Oh, a gente ,
o sol está brilhando. b d~nce.I Etsara ~om as maos quen tes.I
I -
deveria poder ver. deveria poder WOYZECK- Mulher! (Precipita. DIabo, A?dres. •
agarrar com as mãos.
c-
-se sobre ela.) ANDRES- O que voce ~uer?
• MARIE - (Intimidada.) O que é MARIE - Nao encos e em mim, d OYZECK - Tenho de Ir, tenho
- t . W
que você tem, Franz? Está com fú- ·
Franz. Pre fIfO ver um -punha1 no eAver. NDRES - H ornem 'IntranqUl"'1'
o.
ria mental! d
seu corpo o que sua mao no meu. P do sui it ?
WOVZECK - Que bela rua. Da Quando eu tma .h d . OI' causa o sUJei o.
ez anos meu par W T h d . A .
gente andar até ficar com calos! Ê não ousava tocar-me se eu olhasse tá °t:'ZECK - t en o e sair. qUI
bom ficar na rua. E bom, também, I
para ee. es a ao quen e.
estar com os outros. WOVZECK - Mulher! Não, é ai· HOSPEDARIA
MARIE - Com os outros? guma coisa que você tem. Todo
WOYZECK - Muita gente passa mundo é um abismo: se olhamos (As janelas abertas. Dança. BatI-
na rua, não é? E você fala com para baixo, ficamos tontos. Que seja cos diante da casa. Rapazes.) 19
19 APRENDIZ DE TRABALHOS MA- I sui ... como eu, no começo. (Ator. diante de mim, quem não for uma
NUAIS - I doado torna a encolher-se.) deidade bêbeda. Bato-lhe até enfiar
Visto uma camisinha que não é I 19 APRENDIZ (Fazendo uma pré- o seu nariz no cu. Vou... (A
minha I dica sobre a mesa.) - No entanto, Woyzeck.) Vamos, homem, beba!
Minh'alma fede a aguardente ... I um viajor que esteja apoiado no Queria que o mundo fosse aguar-
29 APRENDIZ _ Me; irmão, quer fluxo do .tempo, que também re~- dente, aguardente. .. O homem deve
que eu lhe faça um buraco, só por p?~d a a. SI ~esmo com a sabedor;a I beber!
amizade? Para diante! Quero fazer- divina, dizendo: Por que ohomem e? \VOYZECK (Assovia.)
-lhe um buraco! Eu também sou ho- Por que o homem é?Mas, em verda- TAMBOREIRO·MOR - Homem
mem, você sabe. Vou matar todas as de ~os digo! de que viveri?mo ca~- quer que lhe arranque a língua d;
pulgas que ele carrega no corpo. P?nes, o pintor, _o sapateiro, o.me- garganta e a enrole no seu corpo?
19 APRENDIZ - Minh'alma, 1 dICO, se Deus nao ?ou;esse cn~do (Lutam. Woyzeck perde.) Quer que
minh'alma fede a aguardente! Até o homem~ De que vnena o alfaiate I eu ainda lhe deixe o fôlego de uma
mesmo o dinheiro está apodreceo- se Ele nao, houvesse dado aos hc- velhota, quer?
do.i Oh , mIOSOIS,
iosôti como e, beo I omens , o sentimento_ da vergonha'' e o \VOYZEK (Senta.se esgotado e tre-
I ,
mundo Vou encher um pote de lá· solaado, se ele nao o houvesse mu- I b b')
. id d id d d
grimas de saudade! Queria que nos- , m o a necesst a e e se matar?
I mu o, so re um anco.
sos narizes fossemduas garrafas que I Por isso, não duvideis... É verda- TA~BO~EIRO.MOR - Que ele
pudéssemos despejar um na gar- I de e' verdade, ha a amabilid
1
I d h aSSOVIe ate estourar'
i J a e, a
I
I ' . •
ganta do outro. I a finura, mas tudo que é terreno é ! Aguardente e a mmha vida,
ANDRES (No côro.) _ Um caça- I desgraçado e até mes~o o dinheiro Aguardente dá coragem!
dor do Paladino, i apodr~ce. _E par~, terminarmos, meus UMA - O homem é forte.
Aqui nos verdes campos. i caros irmaos, mlJemo.s sobre a cruz, I ANDRES - Está sansrando.
" h I
A ca.ça e mm a aegna. . i para que morra um Judeu' I e
! . ' , i WOYZECK - Uma coisa depois
Cavalsava pela verde mata. i (Ao som da algazmra generaliza- I d t
v I d W k d . d a ou ra.
HaIli, haIlo, ha, a alegre caçada. ] a, oyzec acor a e Sal corren o.)
(Woyzeck aparece à janela. Ma- i UM QUARTO NA CASERNA
I'
ele riu e depois disse: Que mulher com os cabelos de sua cabeça, e I ponde:) - É, sim.
gostosa! Como suas coxas são quen. beijou seus pés e cobriu-os com WOYZECK (Puxa um pape!.) -
tes, e todo o resto! unção . . ." (Bate no peito.) Tudo Friedrich Johann Franz Woyzek,
WOYZECK (Gelado.) - Então ele morto! Meu Salvador! Meu Salva- I miliciano, fuzileiro do 29 Regimen-
disse isso? O que foi mesmo que dor! Quero untar os teus pés! . . . I to, 29 Batalhão, 4~ Companhia, nas·
sonhei hoje? Não foi com um pu- I cido a 20 de julho, Dia da Anm-
nhal? Que sonhos mais malucos a BELCHIOR I ciação de Maria ... Hoj~ completo
gente tem! I (Woyzeck. O Judeu. ) 1; 30 anos, 7 meses e 12~ dias, ,
ANDRES - Para onde agora, com-
WOYZECK - A pistolinha é cara A~DRES , - Fr~nz, vao lev~-lo ao
panheiro? demais. hospital E precI~o que voce beb~
WOYZECK - Buscar vinho para JUDEU- Como é vai ou não aguardente com polvora. Isso matara
meuoficial. No entanto, Andres, ela
vai comprar? ' I a febre. .,
era u' a menina muito especial.
WOYZECK - Quanto custa o pu. I WOY~EC~ ~ E, Andres, quan?o
ANDRES - Quem? nhal? I o carpmíeíro Junta a serragem, ja-
\YOYZECK- Nada. Adeus. (Sai.)
J~DEU - Está afiadinho. Quer I m~is alguém sabe "quem-é que vai
cortar o pescoço? Então, o que é? I deitar sua cabeça nela.
QUA RTO DE MARIE
Eu vendo tão barato quanto os ou-
tros. O senhor terá morte barata, RUA
MARIE (Folheando a Bíblia.) -
ue
"E a mentira não foi inventada de I~e~mo 9 não, seja gratuita. ~ .en. (Marie com a Menina diante da
sua boca". .. Meu Deus, meu Deus! tao. V aI ter ua morte econ~mlca. porta dacasa, Avó; mais tarde Woy.
Não olhe para mim! (CantinlUJ fo. - WOYZECK - Corta bem mas que I i,~eck •)
lheando.) "Mas os fariseus nouxe- pao. . . .. , I MENINA - O sol brilhava na
tam u'a mulher diante dele, culpada JUDEU- DOIS vl?,tens. . I festa das candeiras,
de adultério, colocando-a entre WOYZECK - ~~uJ. (Sal. ) N I O trigo'estava florescendo.
eles ... Mas Jesus disse: A ti tam- JUDEU - AqUI. Como , se. na? ! De dois a dois eles desciam.
bém não amaldiçôo. Parte e não toro fosse nada! E, no entanto, e dinhei ] A I g d ..
I I o on,o a cammna
na a pecar!" (Junta as mãos.) Meu TO. •• Cachorro. I Os violinistas atrás deles.
Deus! MeuDeus!eunão consigo!. .. CASERNA I Calçavam meias vermelhas . . .
Meu Deus, dai-me paz bastante para I PRIMEIRA CRIANÇA - Não é bo-
que eu possa rezar. (A criança (Andres. Woyzeck remexe suas I nito.
aconchega-se a ela.) O menino me coisas.) SEGUNDA CRIANÇA - Você sem-
dá uma pontada no coração. Karl! WOYZECK - A camiseta não é I pre quer outra coisa.
Ele se empina no sol! do uniforme, Andres. Você pode I PRIMEIRACRIANÇA - Marie, cano
BUFÃO (Deitado, conta histórias usar. Esta cruz é de minha irmã, e ! te você.
segurando os dedos.) - E ele tem este anelzinho. Também tenho um I MARIE - Não posso.
a coroa dourada, o senhor rei.. . santinho, dois Sagrados Corações e I PRIMEIRA CRIANÇA - Por quê? 21
MARIE - Por isso. WOYZECK - Ainda sabe há quan- WOYZECK - Menino! Christian!
SEGUNDA CRIANÇA - Por que, to tempo foi, Marie? KARL (Olha-o fixamente.) -Ele
por isso? MARIE - Faz dois anos, nç dia caiu na água.
TERCEIRA CRIANÇA - Vovó, con- de Pentecostes. WOYZECK (Quer acariciar a Crian-
te uma história! WOYZECK - E sabe quanto tem- ça, esta se vira e grita.) - Meus
Avó - Venham, meus carangue- po ainda vai ser? Deus!
jozinhos! Era uma vez um menino MARIE - Tenho de ir embora, KARL - Ele caiu na água.
pobre; que não tinha pai, nem mãe. fazer o jantar. WOYZECK - Christianinho, vou
Tudo estava morto e não havia nin- WOYZECK - Está com frio, Ma· lhe dar um enxadão (A Crian-
guém mais no mundo. Tudo morto. rie? E ainda assim, você é quente. ça se defende; a Karl.) Aí, compre
E o menino andou, procurando dia Como seus lábios são quentes! Quen- um enxadão para o menino. '
e noite. E já que não havia ninguém tes. .. A respiração quente das pu-
mais no mundo, quis ir para o céu, KARL - (Olha·o fixamente.)
tas! E mesmo assim eu daria o céu WOYZECK - Upa, Upa, cavalinho!
onde a lua olhava com tanta sim- para beijá-los novamente... Ouan-
patia. E quando chegou na lua, viu do estamos gelados, não temos mais KARL (Exultante.) - Upa, Upa,
que era um pedaço de madeira frio. Você não vai sentir o frio do cavalinho! Cavalinho!
podre. E então foi para o sol, e orvalho da manhã. (Sai correndo com o menino.)
quando chegou no sol, viu que era
MARIE - O que é que você está
um girassol murcho. E quando che- HOSPEDARIA
dizendo?
gou nas estrêlas, viu que eram mari-
pôsas douradas, estavam espetadas, WOYZECK - Nada. (Silêncio.) WOYZECK- Dancem todos, dan-
como se espetam os vagalumes nas MARIE - Como a lua nasce ver- cem sempre, sueme fedam, um dia
árvores. E quando quis voltar para melha! ele virá buscá-los todos. (Canta.)
a terra, a terra era um porto des- WOYZECK - Como uma lâmina Oh, filha, minha filha,
truído. E o menino estava sozinho. ensangüentada. Que foi que você pensou
Então se sentou e chorou, e até hoje MARIE - Oque é que você quer
ainda está sentado, sozinho. Quando ficou assim presa
fazer? Você está tão pálido, Franz.
Aos cocheiros e carreteiros.
WOYZECK - Marie! (Ele brande o punhal.) Pare, Franz!
Pelo amor de Deus! Socorro, So- (Dança.) Vamos, Kãthe, sente-se!
MARIE - (Amedrontada) O que
'? corro! Sinto calor, calor. (Tira o casaco.)
e.
Ê assim que acontece: o demônio
WOYZECK - Vamos indo. Já é WOYZECK (Apunhala.) - Tome
busca uma e deixa a outra correr.
hora. isto, e isto! Nãosabe morrer? Assim!
Knhe, você é quente! E por quê?
MARJE - Para onde? Eassim! Ah, ela ainda estremece .. .
Kãthe, você também vai gelar. Te-
WOYZECK - E eu sei? Ainda não, ainda não? Mais ainda.
nha juízo! Você não sabe cantar?
(Apunhala mais uma vez.) Você
está morta? Morta! Morta!. .. (Dei- KÃTHE - Não quero ir para a
CAMINHONA FLORESTA, Suábia.
JUNTOAO RIACHO xa cair o punhal e corre.)
Não quero usar saia comprida,
(Marie e Woyzeck.) QUARTODE MARIE Saia comprida, sapato de ponta,
MARIE - Ali, ao longe, fica a (Karl, o idiota. A Criança. Woy- São para a tua empregada. .
cidade. Está escuro. zeck.) WOYZECK - Não, nada de sapa-
WOYZECK - Fique um pouco KARL (Segurando a Criança no tos. Também poderemos ir para o
mais. Venha, sente-se. colo, diante de si.) - Ele caiu na inferno sem sapatos.
MARIE - Como você está esqui- água, ele caiu na água, ora, ele caiu KÃTHE - Que feio, amor, que
22 sito! I na água. indelicado.
·Guarda teu dinheiro, durmo sozi· pescoço? Quem lhe deu a fita com I I
RUA
nha. os seus pecados? Eles a deixaram
negra, negra. Eu a embranqueci? (Crianças.)
WOYZECK- E, isso mesmo, não
quero ensangüentar-me. Por, que teus cabelos pretos estão PRIMEIRA CRIANÇA - Vamos em-
KÃTHE- Mas o que é que você assim desarrumados? Não teceu as bora, para onde está Marie.
temem sua mão? tuas tranças, hoje? Há alguma coisa SEGUNDA CRIANÇA - O que bou-
aqui! Fria, molhada, silenciosa! Va- ve?
WOYZDCK- Eu? Eu?
mos embora daqui! O punhal, o
K~THE - Vermelho! Sangue! (As punhal! Já achei! Pois então ... PRIMEIRA CRIANÇA - Você não
pessoas rodeiam-na.) (Corre até aágua.) Pois então, para sabe? Todos já forampara lá. Ela
WOVZECK- Sangue? Sangue? o fundo! (Joga o punhal no riacho.) está lá fora.
HOSPEDEIRO- Oh. .. Sangue! Mergulha na água escura, como uma SEGUNDA CRIANÇA- Onde?
WOYZECK- Acho que me cortei. pedra. Alua parece uma lâmina sano PRIMEIRA CRIANÇA - Do lado es-
aqui, na mão direita. grenta! Será que todo mundo vai querdo, além do Carvalho, no bos-
HOSPEDEIRO - Por que então comentar? Não, está longe demais, que, junto à cruz vermelha.
o sangue está no cotovêlo? longe do lugar onde tomam banho. SEGUNDA CRIANÇA- Vamos de-
(Entra 110 riacho e atira o punhal pressa, para que ainda possamos ver
WOVZECK- Eu limpei.
longe.) Está bem agora... Mas, e alguma coisa! Senão eles vão trazê-
HOSPEDEIRO - Com a mão di- no verão, quando mergulhar à pro- ·la para dentro.
reita no cotovêlo direito? Você é cura de conchas? .. Ora, vai eníer-
muito hábil. rujar, ninguém poderá reconhecer... NA FLORESTA, JUNTO AO
BUFÃO- E então o Gigante dis- Eu devia ter quebrado!. .. Será que I RIACHO
se: Estou cheirando, estou cheirando ainda estou ensangüentado? Tenho '
carne de gente. Chi, está fedendo! de levar-me. U'a mancha aqui, eaqui (Bedel, Médico, Juiz.)
WOVZECK- Que diabo, o que é outra. (Entra na água.) POLICIAL - Um bom assassinato,
que vocês querem, Que é que têm (Chegam pessoas.) um legítimo assassinato, um belo
com isso? Deixem-me passar, se- assassinato. Tão belo quanto era de
não.. . Diabo! Acham que matei PRIMEIRA PESSOA - Parem!
se desejar. Há muito não tínhamos
alguém? Sou umassassino? Por que SEGUNDAPDSSOA - Está ouvin- assassinato assim.
é que estão rindo? Por que não do? Silêncio! Ali!
olham para si mesmos? Deixem-me PRIMEIRA- Uuuh! Ali! Que som!
passar! (Sai correndo.)
SEGUNDA- Ê a água que está
CAMINHO NA FLORESTA, chamando: há muito ninguém afoga. FIM
JUNTO AORIACHO Vamos embora. Não faz bem ouvir
água!
Woyzeck, só PRIMEIRA - Uuuh! De novo,
agora! Como um homem morrendo.
WOYZECK - O punhal? Onde
está o punhal? Deixei aqui. Vai de- SEGUNDA - Ê apavorante! Tão
nunciar-me! Foi mais perto, mais opaco, nevoeiro cinza emtoda parte
perto ainda! Que lugar é este? O e o zumbido dos besouros, como se I
que estou ouvindo? Algo se move. fossem sinos partidos. Vamos embo- I
Silêncio. Aqui perto. Marie? Ha, ra!
Marie! Silêncio. Tudo silencioso. Por PRIMEIRA- Não! O som é claro
que está tão pálida, Mane? Que fita demais, alto demais. Lá em cima! I
vermelha é esta, passada pelo seu Vamos! I 23