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JOGOS PEDAGÓGICOS

ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL


2º BIMESTRE

Ceará
2018

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1. Trabalhando com os Descritores da Matriz de Referência do Spaece
nas Aulas de Língua Portuguesa

Queridos Formadores e Professores,

Após um bimestre de orientações pedagógicas quanto ao uso dos jogos,


esperamos que as vivências tenham sido exitosas, lúdicas e que tenham
proporcionado interações e aprendizagens. Acreditamos que o jogo possa ser um
grande aliado pedagógico em sala de aula, principalmente quando de modo sadio,
oportuniza uma adrenalina, desafio e competição de conhecimento entre os
participantes. Como afirma Piaget (apud Kamii e Devries,1991), ―o confronto de
diferentes pontos de vista é essencial ao desenvolvimento do pensamento lógico e
está sempre presente no jogo, o que torna essa situação rica para estimular a vida
social e a atividade construtiva do indivíduo‖.
Salientamos, portanto, que quando os alunos tomam posturas,
posicionamentos e decisões a partir da organização do jogo, eles ganham
maturidade em suas decisões, entendem limites e despertam o respeito para com o
próximo, bem como se tornam sujeitos da aprendizagem.
Cabe também nesse contexto, o professor fazer seu papel como mediador
das situações, sempre orientando e conduzindo da melhor forma as situações do
jogo, além de criar um ambiente estimulador, organizado e capaz de atingir os
objetivos propostos. Assim sendo, o uso pedagógico de jogos, pode efetivamente
favorecer a aprendizagem e contribuir na avaliação do aluno.
Dando continuidade ao nosso percurso formativo de práticas pedagógicas
exitosas, trabalharemos neste bimestre com os descritores da matriz de referência
do Spaece. Sabemos que é indissociável a prática pedagógica em sala das
avaliações externas, em nosso caso e neste ano, o Spaece. Assim, quando
trabalhamos rigorosamente e cuidadosamente com a matriz curricular, estamos
cumprindo as exigências cobradas nestas avaliações. Os números são importantes,
os padrões também, porém o aprendizado é o nosso maior desafio e também
resultado.
Diante deste contexto, devemos trabalhar os descritores numa perspectiva
integrada à nossa prática, diferenciando à algumas que têm momentos específicos
para este trabalho acontecer. O trabalho com os descritores não é nada além do
programático, curricular, porém ele pode ganhar um tom lúdico para consolidar o
trabalho feito com eles ao longo de um bimestre, por exemplo.

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Portanto, para este bimestre, sugerimos dois jogos que abordam os
descritores e utilizam das ferramentas tecnológicas para a sua execução. Um foi
desenvolvido a partir do formato do Jogo do Milhão, pelos formadores municipais da
cidade de Morada Nova, ganhando o formato de Show da Interpretação, tendo as
perguntas-etapas elaboradas a partir de um texto, ideia dos formadores municipais
de Morada Nova – Ce, Lidiane Freire e Sidney Melquíades. O segundo, se chama
Baladão dos Descritores, ideia da professora Ana Kilvia, de Jaguaruana – Ce, no
qual as músicas nos servem como elementos de análise dos itens elaborados.
A seguir, está o detalhamento de cada jogo. Vejamos:

1. Show da interpretação

Público – alvo: A partir do 6º ano

Objetivos: Oportunizar a habilidade de interpretação de textos a partir dos


descritores da Matriz de Referência do Spaece.

Material:
1 notebook;
1 datashow;
Caixinhas de som;
Slides com o jogo da interpretação;
4 plaquinhas de cada com os números 0, 1, 2 e 3 (quantas alternativas podem ser
eliminadas);
1 plaquinha com a foto de alunos (ajuda aos colegas de sala);
2 plaquinhas com um canguru (representa o pulo).

Como jogar:
1) Em sorteio, decida quem será o(a) aluno(a) que vai começar o jogo;
2) Explique para o(a) escolhido(a) e demais alunos os elementos que tem no jogo,
como:
Ajuda aos colegas de sala - Três estudantes também sorteados ou
voluntários apresentarão respostas à pergunta e cabe ao participante confiar
ou não.
Cartas - Quatro cartas de baralho eram viradas e o participante escolhia uma.
Se tirasse o zero, nenhuma alternativa errada era eliminada. 1 elimina uma

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alternativa, 2 elimina duas alternativas e 3 elimina todas as três alternativas
erradas, restando apenas a correta.
Pulos- O participante poderá "pular" a pergunta caso não saiba a resposta.
Poderia utilizar deste recurso até duas vezes.
3) Em seguida, peça ao aluno-participante escolhido que leia o texto em voz alta e
sugira que os demais colegas fiquem atentos;
4) Após a leitura, comece o jogo seguindo o programado nos slides.
Obs. Não esqueça de fazer a pergunta clichê do jogo: Você está certo disso? E,
responda quando for apresentar a alternativa certa ou errada com: Resposta exata
ou Resposta errada!
5) O aluno que conseguir responder todos os itens ganha um ―mimo‖, ―prêmio‖ ao
final.
Obs. Você, formador e/ou professor, pode ir organizando vários textos e atividades
para que em cada semana, a cada 15 dias ou por mês seja realizado o jogo com
alunos diferentes.
Obs. Não esqueça que após a cada resposta corrigida, é importante o debate das
alternativas para que os alunos entendam com clareza o item, o gabarito e os
distratores.

Este jogo, pode ser feito de maneira coletiva também. Ao invés do professor sortear
um aluno, ele entrega 4 plaquinhas aos alunos com as letras A, B, C e D e faz a
leitura do texto de forma compartilhada pelos alunos, além de dirigir os itens para
todos. No momento pedido, todos os alunos devem erguer sua placa com a resposta
que acha correta. O professor, pode fazer uma sondagem de quantos marcaram
cada resposta e ir intervindo.

2. Baladão dos descritores


Público – alvo: A partir do 6º ano

Objetivos: Dinamizar o trabalho com os descritores a partir da Matriz de Referência


do Spaece, a partir do uso de músicas.

Material:
1 notebook;
1 datashow;
Caixinhas de som;
Slides com o baladão;

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Plaquinhas com as letras A, B, C, D.

Como jogar:
1) Divida a sala em dois ou mais grupos;
2) Apresente o vídeo com a música e sugira que os participantes cantem;
3) Em seguida, peça a atenção dos grupos e leia pausadamente os itens
elaborados, a partir dos descritores, sobre as músicas trabalhadas.
4) Cronometre 5 minutos para que os alunos possam pensar na alternativa correta e
em seguida, peça que um representante de cada equipe levante a plaquinha com a
letra que se refere a resposta certa.
Obs. As plaquinhas devem ser levantadas ao mesmo tempo, para que não haja
trocas depois; por isso, é importante que se estabeleça o tempo para decisão do
grupo.
5) Após a exposição das respostas, faça as devidas correções e comentários sobre
os itens.
6) Vence quem tiver o maior número de respostas corretas.
Obs. Você, formador e/ou professor, pode ir acrescentando músicas, itens ao
Baladão.

Game Start
Agora é com vocês, formadores municipais e professores! É hora de soltar a voz, a
criatividade e preparar estes momentos dinâmicos e interativos com os alunos.
Vamos tornar o estudo da Língua Portuguesa uma oportunidade prazerosa para
aprender! Clica o play e que os jogos comecem!

Referência
KAMII, Constance; DEVRIES, Rheta. Jogos em grupo na educação infantil: implicações
da teoria piagetiana. São Paulo: Trajetória Cultural, 1991.

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