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MANUAL
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C748c CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil / Campanha da Fraternidade 2020:
Manual. Brasília: Edições CNBB, 2019.
1. Campanha da Fraternidade;
2. Dom – compromisso;
3. Paz – solidariedade.
CDU: 250.1
Sumário
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Hino da Campanha da Fraternidade 2020
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Apresentação
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Permita o Bom Deus que cada pessoa, grupo pastoral, movimen-
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Lista de siglas
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CA Centesimus Annus
CDSI Compêndio da Doutrina Social da Igreja
CIgC Catecismo da Igreja Católica
CV Caritas in Veritate
DAp Documento de Aparecida
DCE Deus Caritas Est
DGAE Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil
DM Dives in Misericordia
EG Evangelii Gaudium
EV Evangelium Vitae
GeE Gaudete et Exsultate
GS Gaudium et Spes
GSa Gratissimam Sane
LS Laudato Si’
NMI Novo Millennio Ineunte
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O Bom Samaritano: Anúncio da
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ocasionado a agressão quase fatal e o abandono à beira da estrada, não
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proximidade. Não se deve questionar quem é o destinatário do amor.
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Importa identificar quem deve amar e não tanto quem deve ser amado,
pois todos devem ser amados, sem distinção. Não importa quem é o
próximo. Importa quem, por compaixão, se torna próximo do outro
(Lc 10,36). A medida do amor para com o próximo não é estabelecida
com base em pertença religiosa, grupo social ou visão de mundo. Ela
é estabelecida pela necessidade do outro, acolhendo como próximo
qualquer pessoa de quem se possa acercar com amor generoso e ope-
rativo. Isso abre uma nova perspectiva nos relacionamentos, excluindo
a indiferença diante da dor alheia.
10. No final da narrativa, Jesus se dirige novamente ao doutor da lei
com uma nova pergunta: “No teu parecer, qual dos três fez-se próximo
do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” (Lc 10,36). Desse modo,
afirma Papa Francisco, Jesus inverte a pergunta do seu interlocutor e tam-
bém a lógica de todos nós. Cristo nos faz entender que não somos nós,
com base em nossos critérios, que definimos quem é o próximo e quem
não é, mas é a pessoa em situação de necessidade a quem devemos reco-
nhecer como próximo, isto é, usar de misericórdia para com ela.
11. “Ser capazes de sentir compaixão: essa é a chave. Essa é a nos-
sa chave. Se, diante de uma pessoa necessitada, você não sente com-
paixão, o seu coração não se comove, significa que algo não funciona.
Fique atento, estejamos atentos. Não nos deixemos levar pela insensi-
bilidade egoística. A capacidade de compaixão se tornou a medida do
cristão, ou melhor, do ensinamento de Jesus”. 1
12. Discursando aos párocos da Diocese de Roma sobre o signi-
ficado da misericórdia para um presbítero, o Papa Francisco apresenta
a proximidade, a afinidade e o serviço como critérios para a ação pas-
toral. Atitudes que nascem de uma autêntica escuta nos questionam
sobre a compaixão que habita em nossos corações e é expressa em
nossas atitudes. Interpela-nos o Santo Padre:
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13. “Tu choras? Ou perdemos as lágrimas. Recordo que os mis-
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2 Discurso do Papa Francisco aos párocos da Diocese de Roma. Sala Paulo VI, 6 de março de
2014.
3 Disponível em: <https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2019-07/papa-francisco-ange-
lus-bom-samaritano-misericordia.html>. Acesso em: 8 ago. 2019.
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16. Quaresma é tempo favorável para sairmos de nossa aliena-
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um pobre mendigo. Por essa estrada, também os soberbos, os pode-
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5 Idem.
6 FRANCISCO. Exortação Apostólica Evangelii Gaudium: a Alegria do Evangelho sobre o anúncio
do Evangelho no mundo atual. (Documentos Pontifícios, 17). Brasília: Edições CNBB, 2015.
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21. Na busca de transformação e santificação, a Igreja no Brasil,
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7 SÃO BOAVENTURA. Itinerário da mente para Deus. São Paulo: Vozes, 2012, p. 85-93.
8 SANTA SÉ. Catecismo da Igreja Católica. Brasília: Edições CNBB, 2013.
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a Verdade e a Vida! ( Jo 14,6). Ele anuncia o ano da graça do Senhor,
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Objetivo geral
Conscientizar, à luz da Palavra de Deus, para o sentido da vida
como Dom e Compromisso, que se traduz em relações de mútuo
cuidado entre as pessoas, na família, na comunidade, na sociedade e
no planeta, nossa Casa Comum.
Objetivos específicos
Apresentar o sentido de vida proposto por Jesus nos Evangelhos;
Propor a compaixão, a ternura e o cuidado como exigências fun-
damentais da vida para relações sociais mais humanas;
Fortalecer a cultura do encontro, da fraternidade e a revolução
do cuidado como caminhos de superação da indiferença e da
violência;
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Promover e defender a vida, desde a fecundação até o seu fim
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I PARTE – “VIU, sentiu compaixão e
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9 SÃO JOÃO PAULO II. Carta aos jovens no ano Internacional da Juventude, 31 de março de
1985, n. 7.
10 CNBB. Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil: 2019-2023. (Documentos
da CNBB, 109). Brasília: Edições CNBB, 2019.
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28. O olhar que vê e passa adiante representa toda indiferença e
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desprezo pela vida do outro. Reflete aquilo que temos por dentro. Pelo
olhar, construímos e se manifestam os conceitos mais profundos sobre
a vida e o viver. Pelo olhar, podemos expressar verdades e mentiras,
amor e ódio, alegria e tristeza. Muitas vezes nosso olhar pode se tornar
maldoso, viciado e cansado. É preciso exercitar a mesma perspectiva
do olhar virtuoso que Cristo nos ensina. Não um olhar de indiferen-
ça, mas de compaixão. Essa foi a virtude que muitos santos buscaram
viver em suas vidas: conformar seus olhos ao olhar de Cristo. Santa
Terezinha, por exemplo, nos diz:
11 SANTA TEREZINHA DO MENINO JESUS. História de uma alma. São Paulo: Paulos, 2002.
12 CELAM. Documento de Aparecida: Documento Conclusivo da V Conferência Geral do Episco-
pado Latino-Americano e do Caribe. Brasília-São Paulo: Edições CNBB-Paulus-Paulinas, 2008.
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nos levam a superar a dor e o sofrimento, as injustiças e as violações
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para trabalhar com aqueles a quem tanto chamava seu coração, tor-
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14 PASSARELLI, Gaetano. Irmã Dulce: o anjo bom da Bahia. 3.ed. São Paulo: Paulinas, 2012.
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1.1. O olhar da indiferença gera ameaças à vida
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15 Todas as citações de Santa Dulce do presente do texto encontram-se nesta referência: OBRAS
SOCIAIS IRMÃ DULCE. Disponível em: <https://www.irmadulce.org.br/portugues/religio-
so/vida-de-irma-dulce>. Acesso em: 16 set. 2019.
16 ABRINQ (Fundação). Cenário da infância e adolescência no Brasil 2019. Disponível em: <https://
www.fadc.org.br/sites/default/files/2019-05/cenario-brasil-2019.pdf>. Acesso em: 13 set. 2019.
17 Para mais informações, remetemos ao site: < https://www.desaparecidos.gov.br/>.
18 Dados segundo a Organização Não Governamental Oxfam. Disponível em: <http://agen-
ciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2018-11/renda-recua-e-Brasil-se-torna-o-
-9%C2%BA-pa%C3%ADs-mais-desigual>. Acesso em: 13 set. 2019.
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32. Segundo os Bispos da América Latina e Caribe, a globaliza-
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encoberta de doentes e idosos privados de cuidados, nas novas formas
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atingir sujeitos de todas as idades, os fatores de risco se tornam maiores
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e 29 anos, estão entre as maiores vítimas do suicídio que é considerada
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muitos povos continuam vivendo em uma condição de vulnerabilida-
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por terra. Perto de um milhão de pessoas foram envolvidas no total dos
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29 COMISSÃO PASTORAL DA TERRA. Conflitos no Campo Brasil 2018. Disponível em: <ht-
tps://www.cptnacional.org.br/component/jdownloads/send/41-conflitos-no-campo-brasil-
-publicacao/14154-conflitos-no-campo-brasil-2018?Itemid=0>. Acesso em: 31 ago. 2019. p. 11.
30 Ibidem, p. 12.
31 Idem.
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mentalidade permissiva disfarçada de progresso científico. Na verda-
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a ser amado, alguém a quem se deve servir. Assim, as relações de so-
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32 IPEA (Instituo de Pesquisa Econômica Aplicada); FBSP (Fórum Brasileiro de segurança pú-
blica). Atlas da Violência 2019. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/
PDFs/relatorio_institucional/190605_atlas_da_violencia_2019.pdf. Acesso em: 5 set. 2019. p. 6.
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Nesse sentido, assume maior importância o papel do Estado como
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guardião da vida.
55. Em nossos dias, temos assistido uma transformação na con-
cepção do próprio Estado, cujas preocupações parecem estar mais vol-
tadas para o aspecto econômico do que para o cuidado com as pessoas.
Por certo, é possível ouvir que a preocupação com o viés econômico
se destina ao cuidado com as pessoas. Contudo, é preciso indagar: o
que dizer às vítimas de hoje? Elas podem ser sacrificadas em nome de
um progresso que um dia poderá vir? O Estado tem indispensavel-
mente uma função social. Essa função tem de ser cumprida no hoje da
história, com um efetivo equilíbrio entre as questões econômicas e as
sociais. Quando o equilíbrio desaparece, deparamo-nos com uma re-
alidade humanitária cruel que, por vezes, causa desespero, sendo que
os mais pobres são aqueles que mais sofrem.
56. O Estado cuida da vida quando promove ações específicas,
políticas públicas conforme lembrou a CF 2019, em favor de todas
as pessoas, com especial atenção aos mais necessitados. Se, por qual-
quer razão, o Estado se omite, ele se equipara àqueles que promovem
a morte como nos casos de guerra.
57. A incapacidade do Estado de frear a violência contribui para
a banalização do mal, na medida em que grupos de extermínio deter-
minam os que devem viver e os que devem morrer. Os poderes para-
lelos são fortalecidos por um Estado distante e acuado. Com isso, eles
impõem a violência e a morte. Como se este fato já não fosse grave em
si, ainda mais grave é a concepção daqueles que nutrem uma visão na
qual o extermínio do outro soa como alívio.
58. “A pobreza se expande e se manifesta em inúmeras formas
de sofrimento, sombras que desafiam a todos nós. É a vida agredida
nas mais diversas formas, desde a fecundação até a morte natural. É
a forte crise de sentido (DAp, n. 37), que gera desesperança, esgo-
tamento existencial, depressão, chegando até o suicídio, uma reali-
dade da qual ninguém está isento, nem mesmo ministros religiosos”
(DGAE 2019-2023, n. 59).
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1.1.2. O olhar que destrói a natureza
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33 FRANCISCO. Carta Encíclica Laudato Si’ sobre o cuidado da Casa Comum. (Documentos
Pontifícios, 22). Brasília: Edições CNBB, 2016.
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61. O domínio da economia, que retira o olhar para a pessoa do
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passivos, com sentido humanístico e priorizando o bem comum, com
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34 Dom Walmor Oliveira de Azevedo em nota da CNBB sobre Brumadinho. In: CNBB é solidá-
ria com as vítimas em Brumadinho (MG) e afirma que o “Desastre de Mariana” ensinou muito
pouco. 26 de Janeiro de 2019. Disponível em: <http://www.cnbb.org.br/cnbb-manifesta-soli-
dariedade-com-as-familias-atingidas-pelo-rompimento-da-barragem-de-brumadinho-mg-
-e-afirma-que-o-desastre-de-mariana-ensinou-muito-pouco/>. Acesso em: 7 set. 2019.
35 Dados do atlas Geografia do uso de agrotóxicos no Brasil e conexões com a União Europeia.
In: FERREIRA, Ivanir. Lançado na Europa mapa do envenenamento de alimentos no Brasil.
(Disponível em: <https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-ambientais/lancado-na-europa-ma-
pa-do-envenenamento-de-alimentos-no-brasil/>. Acesso em: 10 jul. 2019.
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o melhor frescor da brisa suave em tempos cálidos; a chuva mansa que
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traz vida à terra. Terra que é mãe a nos oferecer seus mais belos frutos.
Mãe que cuida e a quem devemos cuidar. Por que então não estamos
cuidando dela como deveríamos?
1.1.3. O olhar da indiferença exclui a vida
“No amor e na fé encontraremos
as forças necessárias para a nossa missão”
(Santa Dulce dos Pobres)
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uma sociedade profundamente marcada pelos traços de Caim, Deus
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novamente nos pergunta “Onde está (...) teu irmão?” (Gn 4,9).
69. São João Paulo II, na Encíclica sobre o valor e a inviolabili-
dade da vida (Evangelium Vitae), que, neste ano de 2020, completa
25 anos, retoma as palavras do Concílio Vaticano II para descrever as
ameaças sofridas pela vida humana: “Tudo o que se opõe à vida, qual
seja toda a espécie de homicídio, genocídio, aborto, eutanásia e sui-
cídio voluntário; tudo o que viola a integridade da pessoa humana,
como as mutilações, os tormentos corporais e mentais e as tentativas
para violentar as próprias consciências; tudo o que ofende a dignida-
de da pessoa humana, como as condições de vida infra-humanas, as
prisões arbitrárias, as deportações, a escravidão, a prostituição, o co-
mércio de mulheres e jovens; e também as condições degradantes de
trabalho em que os operários são tratados como meros instrumentos
de lucro e não como pessoas livres e responsáveis. Todas essas coisas e
outras semelhantes são infamantes; ao mesmo tempo que corrompem
a civilização humana, desonram mais aqueles que assim procedem, do
que os que padecem injustamente; e ofendem gravemente a honra de-
vida ao Criador” (EV, n. 3).38
70. Passados 25 anos da Encíclica, com tristeza, ainda hoje cons-
tatamos sua afirmação: “Infelizmente, esse panorama inquietante, lon-
ge de diminuir, tem vindo a dilatar-se: com as perspectivas abertas pelo
progresso científico e tecnológico, nascem outras formas de atentados
à dignidade do ser humano, enquanto se delineia e consolida uma nova
situação cultural que dá aos crimes contra a vida um aspecto inédito
e – se é possível – ainda mais iníquo, suscitando novas e graves preo-
cupações: amplos setores da opinião pública justificam alguns crimes
contra a vida em nome dos direitos da liberdade individual e, sobre tal
pressuposto, pretendem não só a sua impunidade, mas ainda a própria
autorização da parte do Estado para praticá-los com absoluta liberdade
e, mais, com a colaboração gratuita dos Serviços de Saúde” (EV, n. 4).
38 SÃO JOÃO PAULO II. Carta Encíclica Evangelium Vitae sobre o valor e a inviolabilidade da
vida humana, 25 de março de 1995.
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71. Essa constatação nos leva inevitavelmente a se questionar:
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73. Com esperança, vemos surgirem e mesmo se consolidarem
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40 Esses dados referem-se a março de 2019 e foram obtidos via e-mail junto à Coordenação
Nacional da Pastoral da Criança.
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76. O mesmo se diga dos jovens de todo o Setor Juventude nas
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às periferias, as boas propostas e os projetos que muitas vezes ouvimos
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Muitas vezes basta ser:
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II PARTE – “Viu, SENTIU COMPAIXÃO,
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82. Se, por um lado, o olhar da indiferença gera tanto mal, o olhar
da compaixão pode fecundar o bem no coração humano e conferir ver-
dadeiro sentido à vida. Na parábola do Bom Samaritano, o olhar que
Jesus nos ensinou é o olhar daquele que se compromete com o outro. Um
olhar interessado, não em si mesmo, mas no bem do próximo, seja ele
quem for: simpático ou antipático, de qualquer etnia ou religião, amigo
ou inimigo. O olhar da compaixão gera um “permanecer com”, uma pre-
sença que salvaguarda, cuida e transforma a vida de quem mais precisa.
83. Não se trata apenas de um olhar de comiseração ou de dó,
mas, sim, de um olhar compassivo que reconhece a dignidade de cada
um e procura resgatar a imagem e semelhança no rosto de homens e
mulheres desfigurados pelo pecado (Gn 1,26). Esse é o olhar de Deus
manifestado em Jesus Cristo. O olhar de Jesus é revelador do olhar
Trinitário, de um Deus que gera vida e amor. É por isso que, nesta
Quaresma, somos convocados a exercitar esse olhar de Jesus. Somos
interpelados a transformar nosso modo de ver, sentir, conviver, con-
formando-nos à verdade que Ele nos ensinou.
84. Somos chamados a iluminar nosso olhar com o olhar do
Cristo, que, do alto do madeiro, viu e perdoou todos os pecados e nos
salvou por sua misericórdia. “Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que
fazem!” (Lc 23,34). Esse novo olhar precisa gerar e promover a vida,
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defendê-la e dela cuidar desde a fecundação até a plenitude. Não so-
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estremecem à vista do mal do homem. Nos gestos e ações do bom
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seus rostos à luz do dia; entramos nas cadeias, separando o pecado
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é o sinal do nosso total respeito e interesse pela pessoa enferma. Um
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religioso capuchinho. Era dia 2 de fevereiro de 1575. A ferida no pé,
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94. De fato, quem ama não julga, não acusa, não divide! Quem
ama, cuida, acolhe, integra. Quem ama dialoga, suporta, se compade-
ce. O egoísta e prepotente, cujo alcance da visão e do coração é ele
mesmo, julga o mundo a partir de si, esquecendo-se de que seu olhar
está embaçado pelo pecado, seu coração está entupido pela maldade.
O que seria do mundo se nos julgássemos menos e nos compreendês-
semos mais? O que seria do mundo se houvesse menos competição e
mais compaixão? Não seria um mundo diferente se houvesse menos
voracidade e mais partilha?
95. “Mas é nocivo e ideológico também o erro das pessoas que
vivem suspeitando do compromisso social dos outros, considerando-
-o algo de superficial, mundano, secularizado, imanentista, comunista,
populista; ou então relativizam-no como se houvesse outras coisas
mais importantes, como se interessasse apenas uma determinada ética
52
ou um arrazoado que eles defendem. (...) Não podemos nos propor
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a ‘condição humana’ histórica, que de vários modos manifesta as limi-
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45 SÃO JOÃO PAULO II. Carta Encíclica Dives in Misericordia sobre Deus-Pai misericordioso.
(Documentos Pontifícios, 21). Brasília: Edições CNBB, 2015.
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opõe a ela, tanto nas relações entre as pessoas e grupos sociais, como
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motivação mais perfeita da justiça, na medida em que ambas têm em
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fato de que aquele que perdoa e o que é perdoado se encontram em um
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113. “A necessidade de resolver as causas estruturais da pobre-
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116. A plena verdade sobre o homem permite superar a limitada
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119. A contribuição cristã mais característica a serviço da vida
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48 BENTO XVI. Carta Encíclica Deus Caritas Est sobre o amor cristão. (Documentos Pontifícios,
1). Brasília: Edições CNBB, 2007.
49 FRANCISCO. Mensagem para o 52º Dia Mundial da Paz, 1º de janeiro de 2019).
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algo mais: indica a predisposição para entrar no problema, na situação
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acordo com as situações, valer-se das mediações sociais para melhorar
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sua vida ou remover os fatores sociais que causam a sua indigência. Sem
dúvida alguma, é um ato de caridade a obra de misericórdia com que
se responde aqui e agora a uma necessidade real que impele ao próxi-
mo (2Cor 5,14), mas é igualmente um ato de caridade indispensável o
empenho com vistas a organizar e estruturar a sociedade de modo que o
próximo não venha a se encontrar na miséria, sobretudo quando essa se
torna a situação em que se debate um incomensurável número de pes-
soas e mesmo povos inteiros. Essa situação assume hoje proporções de
uma verdadeira e própria questão social mundial, global (CDSI, n. 208).
125. É preciso redescobrir o valor e a beleza do conteúdo cristão
da justiça. Diante de várias formas de compreendê-la, lançamos um
olhar sobre as concepções retributiva e restaurativa. Sob o olhar retri-
butivo a justiça é vista como merecimento, uma retribuição à altura
diante do delito cometido. Embora a lei de talião, olho por olho e den-
te por dente, tenha sido um avanço na história da humanidade, Jesus
avançou muito mais. Ele não se limitou a retribuir, pois, na verdade,
nada havia a retribuir. Ele restaurou. Por isso, compreender a justiça
no horizonte restaurativo é estabelecer uma nova compreensão sobre
a pessoa que errou e sobre o conflito no qual ela se encontra envolvida.
126. Aqui, temos uma perspectiva não meramente punitiva, mas,
tendo em vista a reparação dos danos provocados e o restabelecimento
dos laços sociais entre os envolvidos, desponta para toda comunidade
um bem maior que surge como alternativa a um sistema predominan-
temente retributivo, na prática punitivo, que tem apresentado poucos
resultados no que tange à sua eficácia.
127. Na parábola dos trabalhadores da décima primeira hora
(Mt 20,1-11), encontramos um exemplo de justiça restaurativa. Aquele
que saiu à procura de trabalhadores para sua vinha contratou vários ope-
rários ao longo de todo o dia. No entardecer, na hora do pagamento, os
primeiros a serem chamados pensam que, por merecimento, deveriam
receber mais do que aqueles que chegaram ao findar do dia. Foi então que
o dono da vinha surpreendeu a todos, pois, para ele, não havia diferença.
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Todos receberam o mesmo valor pelo serviço prestado. Para o dono da
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vinha, as pessoas não são classificadas em razão do que podem render pe-
los serviços prestados. São classificadas a partir de um amor que é graça
radical e que as considera, simplesmente, porque elas existem.
128. A reação daqueles que esperavam uma ação retributiva é ime-
diata: “Esses últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós,
que suportamos o peso do dia e o calor intenso” (Mt 20,12). Aqui, re-
vela-se um conceito de justiça que se baseia na mentalidade do olho por
olho, dente por dente. Aquele, porém, que chama os trabalhadores para
sua vinha, olha o ser humano de forma integral, no desejo de contribuir
com a restauração da sua dignidade corrompida, no caso da parábola,
pela falta de trabalho. Cuidar da vida, ser justo, é, acima de tudo, ter um
coração misericordioso. Diante daqueles que o censuravam, o dono da
vinha adverte: “me olhas mal, porque estou sendo bom?” (Mt 20,15).
129. É possível que alguém pense que a justiça misericordiosa é
idílica, é irreal, acontecendo somente nos sonhos e nas histórias infan-
tis. A Quaresma, no entanto, é um tempo propício para discernirmos
se, de fato, estamos diante de uma fantasia ou em face ao sentido mais
profundo do nosso existir. A justiça misericordiosa está na nossa ori-
gem e no nosso destino. Fomos criados por um amor gratuito para um
dia nos apresentarmos diante desse mesmo amor, levando conosco o
que tivermos praticado ou não (Mt 25,31-46). Por isso, um dos gran-
des desafios da humanidade, desafio que se torna ainda mais urgen-
te em nossos dias, consiste em traduzir a concepção misericordiosa
de justiça em estruturas jurídicas e políticas. Temos aqui o desafio de
construir uma verdadeira democracia. Essa responsabilidade é de to-
dos os cidadãos, independentemente de qualquer outra condição. As-
sim como o senhor da vinha equiparou os operários com idêntico sa-
lário, o Deus de misericórdia a todos equipara com a mesma graça para
contribuírem, a partir das suas aptidões, em vista do bem comum, para
que se descubram caminhos eficazes de edificação da democracia.
130. Em discurso dirigido a juízes, advogados, assessores e de-
fensores no final de um encontro sobre direitos sociais e doutrina
63
franciscana, o Papa Francisco afirma que “A injustiça e a falta de opor-
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64
133. Muitas histórias de valorização da vida e de superação da
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65
2.4. Cuidar é ter mais ternura na vida
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55 FRANCISCO. Discurso do Santo Padre aos participantes do Simpósio nacional sobre a teolo-
gia da ternura do Papa Francisco. Sala Clementina, 13 de setembro de 2018.
56 Idem.
66
comunidade de Santo Egídio, que cuida dos pobres em Roma, expressa
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57 FRANCISCO. Palavras do Papa Francisco durante a visita à comunidade de Santo Egídio. Ba-
sílica de Santa Maria em Trastevere, 15 de junho de 2014. Disponível em: <http://w2.vatican.
va/content/francesco/pt/speeches/2014/june/documents/papa-francesco_20140615_comu-
nita-sant-egidio.html>. Acesso em: 16 set. 2019.
67
Deus. É um esvaziar-se de si mesmo para deixar Deus preencher todo
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68
2.5. A boa-nova do cuidado da vida
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58 SÃO JOÃO PAULO II. Carta Apostólica Novo Millennio Ineunte ao episcopado, ao clero e aos
fiéis no termo do grande Jubileu do ano 2000, 6 de janeiro de 2001.
69
vida humana. Sua tradução para a cultura greco-romana se deu por
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70
a convicção segundo a qual Deus oferece a todos o ambiente natural
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71
Santo”. O desafio de “ser mais solidários como irmãos e irmãs e de uma
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64 Idem.
72
uma produção ecologicamente sustentável, como acontece na agri-
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73
sofrimentos? Como alcançar a almejada felicidade? Como promover a
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65 CONCÍLIO VATICANO II. Declaração Nostra Aetate sobre a Igreja e as religiões não cristãs.
In: SANTA SÉ. Concílio Ecumênico Vaticano II: Documentos. Brasília: Edições CNBB, 2018,
p. 659-667.
66 CONCÍLIO VATICANO II. Constituição Gaudium et Spes. In: SANTA SÉ. Concílio Ecumêni-
co Vaticano II: Documentos. Brasília: Edições CNBB, 2018, p. 199-329.
74
encontrar-nos, dar o braço, apoiar-nos, participar desta maré um pouco
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75
III PARTE – “Viu, sentiu compaixão, e
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67 BENTO XVI. Discurso no Encontro com o mundo da cultura. Lisboa, 12 de maio de 2010.
76
163. Assim, aprendemos com o Bom Samaritano: o meu próxi-
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Neste intercâmbio do amor-doação, lembramos o gesto de Pilatos,
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68 Batista, P. Samuel. Animados pela força do Evangelho: sermão da Ceia do Senhor. Paróquia São
Carlos Borromeu, Lagoa da Prata-MG, 2016.
78
pode tornar melhores e mais felizes aqueles que o recebem. A ousadia
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Confessar que o Espírito Santo atua em todos implica reconhecer que
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80
compreender as causas de seus flagelos, especialmente as que os jo-
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81
182. “Portanto, quando vivemos a mística de nos aproximar dos
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82
E, no deserto, existe sobretudo a necessidade de pessoas de fé que,
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70 SÃO JOÃO PAULO II. Carta Encíclica Centesimus Annus no centenário da Rerum Novarum,
1º de setembro de 1991.
71 SÃO JOÃO PAULO II. Carta às famílias Gratissimam Sane, 2 de fevereiro de 1994.
83
família e motivar, organizar, ainda mais, a Pastoral Familiar em to-
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84
192. Outra bela iniciativa são as visitas às famílias que passaram por
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85
um horizonte estupendo, oferece um banquete apetecível. A Igreja não
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202. Indo para além do conformismo, do pessimismo estéril, da ti-
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207. Partindo da dimensão da caridade e do comprometimen-
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envolve não só, mas principalmente essas populações. Ela exige ressig-
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f. Promover o diálogo ecumênico e inter-religioso com organiza-
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216. Acompanhar: processos fundamentados no Evangelho.
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217. Frutificar: não perder a paz por causa do joio. É Deus quem
tudo conduz!
a. No âmbito da pessoa: fazer um sério exame de consciência tendo
em vista o pecado da omissão;
b. No âmbito da comunidade: torná-las verdadeiramente “casa da
acolhida”, “casa da amizade”, “casa do fraterno cuidado”, firmando
o projeto de chegar ao Domingo da Páscoa do Senhor com novas
comunidades formadas;
c. No âmbito da sociedade: redescobrir a esperança como força
agregadora de sentido à vida. Dessa forma, que os leigos e leigas
não se isentem da participação social e política, sendo canais de
diálogo em tempos de radicalizações.
91
a. Não descuidar dos momentos de confraternização na ação
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220. Proteger:
a. Acompanhar e dar suporte aos pais que descobrem que o filho
que está para nascer possui uma doença específica;
b. Criar e fortalecer grupos de valorização da vida e prevenção ao
suicídio;
c. Criar e favorecer espaços em favor das crianças;
92
d. Formar Redes de Proteção, criar e estabelecer casas pró-vida,
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221. Promover:
a. Formação da consciência sobre o valor da própria vida e da vida
do próximo;
b. Propor a formação de agentes para cuidados paliativos;
c. Presença junto aos hospitais, principalmente os católicos, para
que aprofundem seu agir, em consonância com a proposta da
vida cristã;
d. Projetos com universidades e escolas, públicas e particulares,
para a promoção da cultura do encontro;
e. Gestos e atitudes que transformam:
assumir um compromisso radical com a justiça e a
solidariedade;
apostar na capacidade das pessoas de serem construtoras da
vida;
eliminar todo tipo de exclusão ou apartação social;
93
222. Integrar:
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da ecologia;
94
h. Envolver as escolas e as universidades na prevenção e acompa-
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72 A palavra mistanásia advém do vocábulo grego mis (infeliz) e thanatos (morte), significan-
do, portanto, uma morte infeliz. O termo é utilizado para se referir à morte de pessoas que,
excluídas socialmente, acabam morrendo sem qualquer ou apenas uma precária assistência
de saúde. Assim, podemos afirmar que as vítimas da mistanásia são as pessoas que não dis-
põem de condições financeiras para arcar com os custos advindos dos tratamentos da própria
saúde, ficando na dependência da prestação de assistência pública. Fonte: https://jus.com.br/
artigos/68102/mistanasia-uma-breve-analise-sobre-a-dignidade-humana-no-sistema-unico-
-de-saude-no-brasil. Acesso em: 7 out. 2019.
95
Conclusão
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96
227. “Promova a paz em meio aos homens e não ouça a voz de
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quem espalha ódio e divisões. Não ouça essas vozes. Os seres huma-
nos, por mais que sejam diversos uns dos outros, foram criados para
viver juntos. Nos contrastes, paciência: um dia descobrirás que cada
um é depositário de um fragmento de verdade”.
228. “Ame as pessoas. Ame-as uma a uma. Respeite o caminho
de todos, seja linear ou difícil, porque cada um tem a sua história a
contar. Também cada um de nós tem a própria história a contar. Cada
criança que nasce é a promessa de uma vida que ainda uma vez se de-
monstra mais forte que a morte. Todo amor que surge é um poder de
transformação que deseja a felicidade”.
229. “Jesus nos entregou uma luz que brilha nas trevas: defenda-
-a, proteja-a. Aquela única luz é a maior riqueza confiada à sua vida.
E, sobretudo, sonhe! Não tenha medo de sonhar. Sonhe! Sonhe um
mundo que ainda não se vê, mas que por certo chegará. A esperança
nos leva a acreditar na existência de uma criação que se estende até o
fim, até o seu cumprimento definitivo, quando Deus será tudo em to-
dos. Os homens capazes de imaginação deram ao homem descobertas
científicas e tecnológicas. Atravessaram oceanos, pisaram terras que
ninguém antes havia pisado. Os homens que cultivaram esperanças
são também aqueles que venceram a escravidão e levaram melhores
condições de vida sobre esta terra. Pensem nesses homens”.
230. “Seja responsável por este mundo e pela vida de cada ho-
mem. Pense que cada injustiça contra um pobre é uma ferida aberta
e diminui a sua própria dignidade. E cada dia peça a Deus o dom da
coragem. Lembre-se de que Jesus venceu por nós o medo. Ele venceu
o medo!”.
231. “Tenha sempre a coragem da verdade, porém lembre-se:
você não é superior a ninguém. Recorde-se disso: você não é superior
a ninguém. Se você permanecer também o último a acreditar na ver-
dade, não se refugie, por isso, da companhia dos homens. Mesmo que
você viva no silêncio de um ermo, leva em teu coração os sofrimentos
de cada criatura. Você é cristão; e na oração tudo entrega a Deus”.
97
232. “Cultive ideais. Viva por algo que supera o homem. E, mes-
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mo que um dia esses ideais peçam a você uma conta salgada para pa-
gar, nunca deixe de levá-los em teu coração”.
233. “Se você errou, levante-se: nada é mais humano que come-
ter erros. E esses mesmos erros não devem se tornar para você uma
prisão. Não se engaiole em seus erros. O Filho de Deus veio não para
os sãos, mas para os doentes: portanto veio também para você”.
234. “Se te atinge a amargura, acredita firmemente em todas as
pessoas que ainda trabalham pelo bem: na humildade deles, há a se-
mente de um mundo novo. Conviva com pessoas que conservaram o
coração como aquele de uma criança. Aprende com a maravilha, culti-
va o estupor. Vive, ama, sonha, acredita. E, com a graça de Deus, nunca
se desespera”.
235. Fraternidade: Dom e compromisso. Ver, solidarizar-se e
cuidar, ações de uma vida samaritana. “Para partilhar a vida com o
povo e dar-nos generosamente, precisamos reconhecer também que
cada pessoa é digna da nossa dedicação. E não pelo seu aspecto físico,
suas capacidades, sua linguagem, sua mentalidade ou pelas satisfações
que nos pode dar, mas porque é obra de Deus, criatura sua. Ele criou-a
à sua imagem, e reflete algo da sua glória. Cada ser humano é objeto da
ternura infinita do Senhor, e Ele mesmo habita na sua vida. Na cruz,
Jesus Cristo deu o seu sangue precioso por essa pessoa. Independen-
temente da aparência, cada um é imensamente sagrado e merece o nosso
afeto e a nossa dedicação. Por isso, se consigo ajudar uma só pessoa a
viver melhor, isso já justifica o dom da minha vida. É maravilhoso ser
povo fiel de Deus. E ganhamos plenitude quando derrubamos os mu-
ros e o coração se enche de rostos e de nomes!” (EG, n. 274).
236. Como povo peregrino, povo da vida e pela vida, como nos
ensinou São João Paulo II, caminhamos confiantes para “um novo céu
e uma nova terra” (Ap 21,1). Não poderíamos concluir este Texto-Ba-
se, sem lançarmos o nosso olhar filial à Mãe da Esperança, a ela confia-
mos tudo o que somos e toda a Campanha da Fraternidade de 2020:
98
Ó Maria, aurora do mundo novo,
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74 SÃO JOÃO PAULO II. Carta Encíclica Evangelium Vitae, 25 de março de 1995. Disponí-
vel em: <http://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/encyclicals/documents/hf_jp-ii_
enc_25031995_evangelium-vitae.html>. Acesso em: 10 jul. 2019.
99
Fundo Nacional de Solidariedade
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100
projetos locais, por meio dos respectivos Fundos Diocesanos de Soli-
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dariedade (FDS).
Doações
Doações para o Fundo Nacional de Solidariedade da CNBB, para
aplicação em projetos sociais, podem ser efetuadas na conta indicada
abaixo, ao longo de todo o ano.
101
A Supervisão do Fundo Nacional, a destinação dos recursos e a
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102
MEMBROS DO CONSELHO GESTOR - FNS
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103
dos milhares de imigrantes Venezuelanos que ali aportam – 40% do
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104
Santarém - PA 08/10/2018 21.218,80
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105
Mossoró - RN 10/05/2018 22.844,68
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106
São Salvador da Bahia - BA 27/06/2018 45.542,00
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107
Barra do Piraí-Volta Redonda - RJ 09/01/2019 38.201,28
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108
Patos de Minas - MG 30/04/2018 27.224,48
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109
Piracicaba - SP 15/06/2018 28.700,89
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110
União da Vitória - PR 09/07/2018 15.568,64
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111
Tubarão - SC 20/11/2018 21.341,27
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112
Rondonópolis - MT 15/06/2018 16.700,40
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113
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INTRODUÇÃO
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115
Desejamos que este caminho para a Páscoa do Senhor nos aju-
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Cáritas Brasileira
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ORIENTAÇÕES PARA OS ENCONTROS
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117
Para aprofundar as reflexões de cada momento de oração, ao final
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1º ENCONTRO
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1. ACOLHIDA
Refrão meditativo: Deus vos salve Deus. / Deus vos salve Deus.
/ Deus salve a criação onde mora Deus, / Vos salve Deus.
Animador(a): Iniciamos nossa caminhada quaresmal em prepa-
ração para a Páscoa do Senhor. Ao longo desta jornada, somos convi-
dados e convidadas a revisar nossas práticas, rever os olhares e nosso
compromisso com a vida criada por Deus e oferecida a nós para ser
cuidada. “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso” é o tema da
Campanha da Fraternidade 2020. Com essas quatro potentes palavras,
queremos nos preparar individual e coletivamente para celebrar a vitó-
ria da vida sobre a morte, da luz sobre as trevas, a vitória do amor.
Canto: Hino da CF 2020 (p. 5)
Animador(a): Este primeiro encontro retoma a leitura do Livro
do Gênesis e o princípio de toda vida proclamada, criada e doada a
nós por Deus. Os céus, as águas e a terra, os animais, o dia e a noite, os
astros, as flores e os frutos. Tudo o que somos e temos, tudo que nos
cerca e permite nossa vida é dom de Deus. Todas as vidas, em todos os
tempos, devem ser nosso compromisso intransigente.
2. ESCUTA DA PALAVRA
Canto: Toda Palavra de Vida (Zé Vicente)
Toda palavra de vida é Palavra de Deus.
Toda ação de liberdade é a Divindade agindo entre nós.
É a Divindade agindo entre nós.
119
Boa-Nova em nossa vida, Jesus semeou /
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120
recursos destrói também a nós. Essa é a perspectiva da Ecologia Inte-
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121
Louvado sejas, ó, meu Senhor
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4. MEMÓRIA E TESTEMUNHO
Animador(a): Mulheres e homens de todas as partes do mun-
do estão comprometidos e comprometidas com o cuidado da criação.
São pessoas da cidade e do campo que, assumindo a vida como dom,
defendem e protegem a natureza, os territórios e seus povos.
Irmã Dorothy Stang – Mártir da Terra
Hoje fazemos memória de Irmã Dorothy Mae Stang, religio-
sa norte-americana naturalizada brasileira. Pertencia às Irmãs de
Nossa Senhora de Namur, congregação religiosa fundada em 1804
por Santa Julie Billiart (1751-1816) e Françoise Blin de Bourdon
122
(1756-1838). Essa congregação católica reúne mais de duas mil
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123
Segundo uma testemunha, antes de receber os disparos que
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2 Texto elaborado por Tonny, da Irmandade dos Mártires da Caminhada. Disponível em:
<http://irmandadedosmartires.blogspot.com/2017/02/galeria-dos-martires-irma-dorothy-
-stang.html>.
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2º ENCONTRO
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1. ACOLHIDA
Refrão meditativo: Não nos cansemos de fazer o bem. / Não
nos cansemos de fazer o bem.
Animador(a): Sejam bem-vindas e bem-vindos a este segundo
encontro do nosso caminho em preparação para a Páscoa do Senhor.
Se aproxima a festa maior de nossa Fé Cristã, que nos recorda a potên-
cia da vida manifestada na certeza da Ressureição. Neste ano, a Cam-
panha da Fraternidade é um chamado a olhar para a vida como dom e
compromisso. Parece que ao longo dos últimos tempos, o projeto de
vida plena, como desejara o próprio Jesus ( Jo 10,10) perdeu-se em
meio às migalhas, ao que sobra, àquilo que dá para fazer para continu-
ar vivendo. Como cristãos, nosso compromisso deve ser o de gestar
uma sociedade na qual todas as pessoas e toda a criação tenham vida.
Canto: Hino da CF 2020 (p. 5)
Animador(a): A leitura que nos provoca é a do Bom Samarita-
no. O Evangelista Lucas narra o encontro: indiferença de alguns e a
compaixão de outro. E no cuidado com a vida ameaçada, o amor se faz
compromisso, cumprindo o mandamento de Deus.
2. ESCUTA DA PALAVRA
Canto:
Louvor e glória a ti Senhor / Cristo Palavra / Palavra de Deus!
Oxalá ouvísseis hoje sua voz / Não fecheis os vossos corações.
125
Leitura do Evangelho segundo Lucas 10,25-37 (ler na Bíblia)
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3 PALAORO, Adroaldo. Solidariedade: o amor como êxodo solidário. Disponível em: < http://
www.ihu.unisinos.br/42-noticias/comentario-do-evangelho/590676-solidariedade-o-amor-
-como-exodo-solidario>.
126
Leitor(a) 1: Jesus desconcerta, desconstrói o que os sacerdotes
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127
Seu nome é Jesus Cristo e anda sedento / Por um mundo de Amor e
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de Justiça / Mas logo que contesta pela Paz / A ordem o obriga a ser
de guerra. R.
Seu nome é Jesus Cristo e é difamado / E vive nos imundos meretrí-
cios / Mas muitos o expulsam da cidade / Com medo de estender a
mão a ele.
Seu nome é Jesus Cristo e é todo homem / E vive neste mundo ou
quer viver / Pois pra Ele não existem mais fronteiras / Só quer fazer
de todos nós irmãos. R.
4. MEMÓRIA E TESTEMUNHO
Leitor(a) 2: Em outubro de 2019, o Papa Francisco elevou às
honras dos altares a primeira Santa brasileira. Santa Dulce dos Pobres
é um testemunho de compromisso com a vida, de solidariedade e cui-
dado com os pobres.
Santa Dulce dos Pobres: uma samaritana compromissada
com a vida
No dia 26 de maio de 1914, nascia em Salvador, Bahia, Maria
Rita de Souza Brito Lopes Pontes (1914-1992), missionária do
amor, conhecida por todos como Irmã Dulce; nome que traz em
homenagem à sua mãe, mas que, ao mesmo tempo, carrega a essên-
cia de sua alma, a doçura em seu coração que ardentemente deseja-
va servir a Deus através do próximo.
Aos 13 anos, graças a seu destemor e senso de justiça, traços
marcantes revelados quando ainda era muito novinha, Irmã Dul-
ce passou a acolher mendigos e doentes em sua casa, transfor-
mando a residência da família num centro de atendimento. A casa
ficou conhecida como “A Portaria de São Francisco”, tal o núme-
ro de carentes que se aglomeravam à sua porta. Também é nessa
época que ela manifesta, pela primeira vez, após visitar, com uma
tia, áreas onde habitavam pessoas pobres, o desejo de se dedi-
car à vida religiosa. Tendo iniciado sua caminhada junto as Irmãs
128
Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de
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129
a sua vida por amor. E, aos poucos, foram nascendo as Obras Sociais
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Irmã Dulce (OSID), nas quais nosso Anjo Bom da Bahia dedicou
sua vida a todos aqueles que eram marginalizados e necessitavam
de cuidados, obras que, segundo nossa querida Santa brasileira, não
eram suas, mas de Deus.4
Todos: Santa Dulce dos Pobres, inspirai em nós compromis-
so com a defesa e a promoção da vida!
4 PASSARELLI, Gaetano. Irmã Dulce: o anjo bom da Bahia. 3. ed. São Paulo: Paulinas, 2012.
130
3º ENCONTRO
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1. ACOLHIDA
Refrão meditativo: Tudo por causa de um grande amor. / Tudo
por causa de um grande amor. / Tudo, tudo, por causa de um grande
amor. / Por causa de um grande amor.
Animador(a): A Quaresma é um tempo propício para voltar a
Jesus e às suas causas. Deixar que nossos corpos, sentimentos e ges-
tos sejam afetados pelo modo de servir ao próximo com amor, com-
paixão e justiça. No primeiro encontro, contemplamos a criação de
Deus: toda a potência da vida e a esperança de que mulheres e homens
sejam sempre seus cuidadores. No segundo encontro, refletimos sobre
a misericórdia para com a vida ameaçada e ferida, o encontro com os
irmãos e irmãs que são destituídos na sua dignidade. Hoje, seguiremos
no caminho do cuidado, da compaixão, da acolhida e do serviço.
Canto: Hino da CF 2020 (p. 5)
Animador(a): Ao aproximarmos da Páscoa do Senhor, quere-
mos olhar para as nossas práticas cotidianas na relação com a criação,
em especial com os nossos irmãos e irmãs. Assumir o testemunho do
Cristo Ressuscitado é abandonar práticas hipócritas e deixar de se
esconder atrás de palavras bem pronunciadas. É preciso que nossa con-
versão quaresmal e a alegria da Ressureição tomem lugar em gestos de
cuidado com aqueles que têm fome, sede, que estão encarcerados, no
131
leito dos hospitais, vivendo nas ruas, sem-terra, sem trabalho, migran-
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2. ESCUTA DA PALAVRA
Canto:
Eu vim para escutar: / Tua palavra, Tua palavra, Tua palavra de amor.
/ O mundo ainda vai viver / Tua palavra, Tua palavra, Tua palavra de
amor.
Leitura do Evangelho segundo Mateus 25,31-46 (ler na Bíblia)
(Após leitura: silêncio e meditação.)
5 PAGOLA, José Antônio. Grupos de Jesus. O decisivo. Disponível em: < https://www.grupos-
dejesus.com/jesus-cristo-rei-do-universo-mateus-2531-46/>.
132
(Se possível, as informações apresentadas abaixo podem ser colo-
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base de açúcares e gordura, o que tem aumentado o número de brasi-
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conflitos trabalhistas também aumentaram, sobretudo as ocorrências
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4. MEMÓRIA E TESTEMUNHO
Zilda Arns – misericórdia, cuidado e compromisso
Doutora Zilda Arns Neumann foi médica pediatra e sanitaris-
ta, fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança,
fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa –
organismos de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB). Dra. Zilda Arns também foi representante titular
da CNBB, do Conselho Nacional de Saúde e membro do Conselho
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
Nascida em Forquilhinha (SC), residia em Curitiba (PR), mãe
de cinco filhos e avó de dez netos. Escolheu a medicina como mis-
são e enveredou pelos caminhos da saúde pública. Sua prática diária
como médica pediatra do Hospital de Crianças Cezar Pernetta, em
Curitiba (PR), e posteriormente como diretora de Saúde Materno-
-Infantil, da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná, teve como
suporte teórico diversas especializações como Saúde Pública, pela
Universidade de São Paulo (USP) e Administração de Programas
de Saúde Materno-Infantil, pela Organização Pan-Americana de
Saúde (OPAS/OMS). Sua experiência fez com que, em 1980, fosse
convidada a coordenar a campanha de vacinação Sabin para com-
bater a primeira epidemia de poliomielite, que começou em União
da Vitória (PR), criando um método próprio, depois adotado pelo
Ministério da Saúde.
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Em 1983, a pedido da CNBB, a Dra. Zilda Arns criou a Pasto-
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5. COMPROMISSO COM A VIDA
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SUGESTÕES PARA APROFUNDAR
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OS ENCONTROS
1º ENCONTRO
Textos e artigos:
FRANCISCO. Mensagem para o Dia Mundial de Oração pelo Cuida-
do da Criação 2019. Disponível em: <http://w2.vatican.
va/content/francesco/pt/messages/pont-messages/2019/
documents/papa-francesco_20190901_messaggio-giorna-
ta-cura-creato.html>.
BARROS, Marcelo. Dia de Oração e Cuidado com a Cria-
ção. Disponível em: <https://cebi.org.br/reflexoes/
dia-de-oracao-e-cuidado-com-a-criacao/>.
REDE ECLESIAL PAN-AMAZÔNICA – REPAM BRASIL. Revis-
ta de Ecoteologia. Disponível em: <http://repam.org.
br/?page_id=1385>.
Vídeos:
CÁRITAS BRASILEIRA . Papa Francisco: uma família humana cuidan-
do da criação. Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=I4IIcgFi1dg>.
CÁRITAS BRASILEIRA – REPAM BRASIL. Laudato Si: sobre o cui-
dado da Casa Comum. Disponível em: <https://www.you-
tube.com/watch?v=zuuOt4Q5QqA>.
MATARAM IRMÃ DOROTHY. Documentário. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=bg7HJa3NE8g>.
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2º ENCONTRO
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Textos e artigos:
FRANCISCO. Por uma cultura do encontro. Disponível em: <http://
w2.vatican.va/content/francesco/pt/cotidie/2016/docu-
ments/papa-francesco-cotidie_20160913_cultura-do-
-encontro.html>.
PESSINI, Padre Leo. Qual antropologia como fundamento da defesa da
vida?. Disponível em: <https://www.vidapastoral.com.br/
artigos/bioetica/qual-antropologia-como-fundamento-da-
-defesa-da-vida/>.
BIANCHI, Enzo. A comunidade ferida precisa de misericórdia. Dis-
ponível em: <http://www.imissio.net/v2/jubileu-da-
-misericordia/a-humanidade-ferida-precisa-da-miseridor-
dia-enzo-bianchi:3002/>.
RONCHI, Ermes. O Bom Samaritano: a misericórdia começa por ver,
parar e tocar. Disponível em: <https://www.snpcultura.
org/o_bom_samaritano_a_misericordia_comeca_por_
ver_parar_tocar.html>.
NEIVALDO DE SOUZA, José. Solidariedade em tem-
pos de indiferença. Disponível em: <http://amerin-
diaenlared .org/contenido/11533/solidar iedade
-em-tempos-de-indiferenca/>.
Vídeos:
FRANCISCO. Globalização da indiferença. Disponível em: <https://
www.youtube.com/watch?v=f591ErfzKpY>.
REDE APARECIDA DE COMUNICAÇÃO. Irmã Dulce. Docu-
mentário. Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=YknM7VvB8Bg>.
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3º ENCONTRO
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Textos e artigos:
CASAROTTI, Ana Maria. Seremos julgados pelo amor. Disponível em:
<http://www.ihu.unisinos.br/42-noticias/comentario-do-
-evangelho/574005-seremos-julgados-pelo-amor>.
MESTERS, Carlos; OROFINO, Francisco. Quem está aí sou eu. Entre
nós está e não o conhecemos. Disponível em: <https://cebi.
org.br/noticias/mateus-2531-46-quem-esta-ai-sou-eu-
-entre-nos-esta-e-nao-o-conhecemos-mesters-lopes-e-oro-
fino-2/>.
Vídeos:
CÁRITAS BRASILEIRA . Campanha Compartilhe a Viagem. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=OeaJxvMAtBU.
INSTITUTO TRATA BRASIL. Depoimento Dra. Zilda Arns. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=6ahujqkCWVk.
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Orientações gerais
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142
1º ENCONTRO: Apresentação geral da
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Campanha e do tema
Canto Inicial
(Enquanto cantam, colocar a Bíblia em destaque)
A Bíblia é a Palavra de Deus semeada no meio do povo/ Que cresceu,
cresceu e nos transformou/ Ensinando-nos viver num mundo novo.
Deus é bom, nos ensina a viver, nos revela o caminho a seguir:/ Só
no amor partilhando seus dons, sua presença iremos sentir./ Somos
povo, o povo de Deus e formamos o Reino de irmãos.
E a Palavra que é viva nos guia e alimenta a nossa união.
(Fr. Fabreti)
143
com os outros como irmãos que se respeitam e se querem bem, já que
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Deus é o Pai de todos. Afinal, não adianta saber o que Jesus ensinou,
os exemplos que nos deixou e as mensagens da Bíblia se não vivemos
de fato como filhos de Deus e irmãos que sabem se ajudar. Este ano,
o tema da Campanha é “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso”.
(Mostrar e comentar o cartaz da Campanha.)
O significado do tema
(Deve ser trabalhado em diálogo com os catequizandos.)
Fraternidade é sabermos viver como irmãos que se amam, se res-
peitam e se ajudam. Jesus ensinou que isso é o modo mais importan-
te de agradar a Deus. Que Pai não gostaria de ver que seus filhos se
amam, partilham coisas boas e cuidam bem uns dos outros? A palavra
vida nesse tema não se refere só a estar vivo, respirando. É a vida como
ela deveria ser, com direitos respeitados, em um planeta bem cuidado,
sem gente sendo maltratada ou tratada como se não existisse. Por que
essas ideias de fraternidade e vida são importantes?
Dom é todo presente que recebemos de Deus, por exemplo: nos-
sa vida, nossos companheiros, nossos talentos, nosso país. Somos obra
de um artista que faz tudo com amor e quer nos ver fazendo coisas
muito boas. Ele deseja que o mundo fique melhor porque nós exis-
timos. Podemos pensar no que deveria ser desenvolvido para todos
viverem melhor. Vamos escolher uma faixa que tenha uma qualidade
importante a ser desenvolvida para que isso aconteça.
(Colocar as faixas no chão e deixar que cada catequizando diga qual
seria a sua escolha; comentar as escolhas, conversar sobre situações em que
essa atitude melhora a vida de alguém; pedir que cada criança ou adoles-
cente diga como pretende viver cada uma das atitudes escolhidas; comen-
tar também os efeitos negativos das condições expostas em faixas que não
devem ser escolhidas.)
Que relação há entre dom e compromisso? Quem recebe uma
coisa boa deve usá-la bem. Por exemplo: quem tem boa voz deve can-
tar músicas bonitas para alegrar os outros; quem estuda em uma boa
144
escola deve ter interesse em estudar e aprender para depois transmitir
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Como o amor de Deus é apresentado no texto? O que Deus
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deseja que façamos com esse amor? Como Jesus foi sinal desse amor
de Deus? Como vivemos esse amor na família, com os vizinhos, com
os colegas da escola, na Igreja? Como esse amor pode se manifestar
na vida dos adultos? O que mudaria na vida do nosso povo se todos
vivessem esse amor?
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Canto: Hino da CF 2020 (p. 5)
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Tarefas em casa:
Conversar com o pessoal de casa sobre dom e compromisso e
sobre a importância de uma Campanha da Fraternidade. Contar a his-
tória de Santa Dulce dos Pobres e ver se alguém conhece outras histó-
rias de santos dedicados ao serviço dos mais pobres. Lembrar alguns
dons que já conseguem perceber nas pessoas que conhecem. Conver-
sar com Deus sobre os dons que já identificamos nessas pessoas e em
nós e sobre como gostaríamos de os ver crescer.
Oração da CF 2020 (p. 4)
147
2º ENCONTRO: A história
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do bom samaritano
Canto Inicial
(Depois de cantar, conversar sobre a letra.)
Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão. (2x)
Eis que eu vos dou o meu novo mandamento:/ Amai-vos uns aos
outros como eu vos tenho amado.
Vós sereis os meus amigos se seguirdes meus preceitos:/ Amai-vos uns
aos outros como eu vos tenho amado.
Como o Pai sempre me ama, assim também eu vos amei:/ Amai-vos
uns aos outros como eu vos tenho amado.
Permanecei no meu amor e segui meu mandamento:/ Amai-vos uns
aos outros como eu vos tenho amado.
Nisto todos saberão que vós sois os meus discípulos:/ Amai-vos uns
aos outros como eu vos tenho amado.
(J. Weber)
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O lema da Campanha da Fraternidade 2020
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O levita – membro da tribo destinada a ajudar no templo.
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Por exemplo: um colega pode ter estado doente e perdido aulas na
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escola; alguém pode estar triste porque foi ofendido; uma pessoa com
deficiência física pode precisar ser valorizada; alguém com complexo
de inferioridade pode estar se sentindo inútil e sem valor. O que pode-
ríamos fazer para ajudar alguém nessas situações?
Sobre SENTIR COMPAIXÃO, poderíamos pensar na cena de
um seriado americano ER (Emergency Room, um espaço de Pronto-
-Socorro). Era assim:
A enfermeira Abby trabalhava na maternidade e foi transferida
para o Pronto-Socorro. Logo no primeiro dia, ao atender uma senhora
doente, a paciente morreu em seus braços. Abby ficou desesperada e
subiu chorando para o terraço do hospital. Um colega viu e a seguiu,
tentando ajudá-la. Ela chorava e dizia: “Não estou acostumada com
isso. Lá onde eu trabalhava as pessoas não morriam, ficavam felizes
com a criança que nascia”. O colega disse que tinha para ela uma boa e
uma má notícia E perguntou qual ela gostaria de ouvir primeiro? Ela
optou pela má notícia e ele disse: “A má notícia é que você nunca vai se
acostumar. Sempre que acontecer algo assim, você vai sofrer”. No meio
das lágrimas ela perguntou: “E qual é a boa notícia?” Ele respondeu:
“A boa notícia é que você nunca vai se acostumar, porque seu coração
não vai endurecer, você sempre vai ser uma boa pessoa, sensível diante
dos sofrimentos do próximo”.
(A turma pode criar uma história com personagens diferentes,
ambientada nos dias de hoje e passando uma mensagem semelhante.
Depois a história pode ser dramatizada.)
151
(Ver como os catequizandos percebem isso.)
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3º ENCONTRO: Cuidar bem da casa de
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Canto inicial
(Depois de cantar, comentar a letra da canção e o tratamento que
devemos dar à natureza.)
Irmão sol com irmã luz, trazendo o dia pela mão,/ Irmão céu de inten-
so azul a invadir o coração, aleluia!
Irmãos, minhas irmãs, vamos cantar nesta manhã/ Pois renasceu
mais uma vez a criação nas mãos de Deus./ Irmãos, minhas irmãs,
vamos cantar: Aleluia, aleluia, aleluia!
Minha irmã terra, que ao pé dá segurança de chegar./ Minha irmã
planta, que está suavemente a respirar. Aleluia!
Irmã flor que mal se abriu, fala do amor que não tem fim./ Água irmã
que nos refaz e sai do chão cantando assim. Aleluia!
Passarinhos, meus irmãos, com mil canções a ir e vir./ Homens todos,
meus irmãos, que vossa voz se faça ouvir. Aleluia!
(Waldeci Farias; Navarro)
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Nosso planeta, casa e responsabilidade de todos
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No Evangelho de Mateus vemos uma regra que melhoraria muito
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um consiga responder aos dons recebidos de Deus com um compro-
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Tarefa de casa
Cada um vai receber um cartãozinho para preencher em casa com
2 ou 3 coisas que todos devem fazer para preservar o meio ambiente,
gerando uma vida mais saudável.
Oração da CF 2020 (p. 4)
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4º ENCONTRO: Que bom se cada um
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Canto Inicial
Os cristãos tinham tudo em comum, dividiam seus bens com alegria./
Deus espera que os dons de cada um se repartam com amor no dia a
dia.
Deus criou este mundo para todos, quem tem mais é chamado a repar-
tir/ Com os outros o pão, a instrução e o progresso, fazer o irmão sorrir.
Mas acima de alguém que tem riqueza está o homem que cresce em
seu valor/ E liberto caminha para Deus, repartindo com todos o amor.
(Navarro e W. Farias)
157
Apresentação do(a) representante da pastoral
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2. Cada um, em seu ambiente, em meio a seus parentes e amigos,
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podem ser convidados a visitar o trabalho dessa pastoral em uma oca-
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Tarefa de casa
Conversar sobre o que foi refletido, convidar parentes e amigos
para a celebração, e cada um pode fazer uma oferta de ajuda aos neces-
sitados (explicar como será, conforme combinado previamente na
comunidade).
Oração da CF 2020 (p. 4)
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CELEBRAÇÃO DO QUE FOI REFLETIDO,
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Canto
Um coração para amar, pra perdoar e sentir,/ Para chorar e sorrir, ao
me criar tu me deste./ Um coração pra sonhar, inquieto e sempre a
bater,/ Ansioso por entender as coisas que tu disseste.
Eis o que eu venho te dar, eis o que eu ponho no altar./ Toma,
Senhor, que ele é teu, meu coração não é meu.
Quero que o meu coração seja tão cheio de paz/ Que não se sinta
capaz de sentir ódio ou rancor./ Quero que a minha oração possa me
amadurecer,/ Leve-me a compreender as consequências do amor.
(Pe. Zezinho)
162
Pedido de perdão por nossas falhas e indiferenças
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Canto
Quem, ó Senhor, em tua casa habitará?/ O que for justo e a verdade
praticar,/ Aquele que não fala mal de seu irmão/ E não pratica a injus-
tiça e a opressão.
Feliz quem ama a fraternidade e em sua casa vive a verdade (2x)
Aquele que constrói a paz na caridade/ E é fermento de uma nova
humanidade/ Aquele que começa em casa a cada dia/ A construir fra-
ternidade na alegria.
(Fátima Oliveira / Aury A. Brunetti)
163
Outra opção de canto
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Canto
Bendita, bendita, bendita a Palavra do Senhor!/ Bendito, bendito,
bendito quem a vive com amor!
A Palavra de Deus escutai. No Evangelho Jesus vai falar:/ A justiça do
Reino do Pai, procurai em primeiro lugar.
(Maucyr Gibin / J. Weber / Waldeci Farias)
Leitura bíblica
(As leituras podem ser feitas por agentes das Pastorais ou catequistas.)
Primeira leitura: Pensando no que foi refletido nesta Quares-
ma, podemos pedir a Deus que nos ajude a tornar realidade o que o
profeta Isaías anunciou: Isaías 32,16-18
Todos: Queremos nos comprometer com essa justiça que
torna melhor a vida de todos.
Segunda leitura: Na primeira carta de Pedro, temos uma men-
sagem sobre o uso dos dons que recebemos de Deus: Primeira Carta
de Pedro 4,8-11
164
Todos: Ajuda-nos, Senhor, a perceber nossos dons para
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Homilia
(Que pode ser feita pelo padre, religiosa, pelo(a) catequista ou por
um(a) agente de Pastoral, em forma de diálogo com as crianças e os
adolescentes.)
Todos: Queremos viver a maravilhosa aventura de tornar o
mundo melhor vivendo o amor, a compaixão, a ação solidária.
Fica conosco, Senhor, e dai-nos sabedoria para usar bem nossos
talentos.
Oferta para os necessitados: O dirigente ou outra pessoa por
ele indicada vai explicar como se pretende usar o que for oferecido.
Pessoas das Pastorais podem comunicar sobre a maneira de agir de seu
grupo em defesa da vida e no compromisso de colocar seus dons em
ação. As crianças podem ajudar no recolhimento das ofertas.
165
Somos povo a caminho construindo em mutirão/ Nova terra, novo
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Canto final
Quero te dar a paz do meu Senhor com muito amor (2x)
Na flor vejo manifestar o poder da criação,/ Nos teus lábios eu vejo
estar o sorriso de um irmão./ Toda vez que te abraço e aperto a tua
mão/ Sinto forte o poder do amor dentro do meu coração.
Deus é Pai e nos protege, Cristo é Filho e Salvação/ Santo Espírito
Consolador, na Trindade somos irmãos./ Toda vez que te abraço e
aperto a tua mão/ Sinto forte o poder do amor dentro do meu coração.
(Pedro de Almeida)
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Introdução
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ENCONTRO 1: O conceito da vida
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“Sim, amas tudo o que existe e não desprezas nada do que fizeste;
porque, se odiasses alguma coisa, não a terias criado. (...)
como poderia alguma coisa subsistir, se não a tivesses querido?
Ou como poderia ser mantida na existência, se por ti não
tivesse sido chamada? A todos, porém, tratas com bondade,
porque tudo é teu, Senhor, amigo da vida!”.
(Sb 11,24-26)
169
É também um mistério, porque em nossa humanidade não con-
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1. Caminhos
Nos dissabores da vida cotidiana, no ordinário e no extraordiná-
rio, perdemos a dimensão da beleza da vida, sua perfeição e o dom que
ela carrega em si. Que tal resgatarmos o sentido profundo do amor
que nos cerca em meio à vida que renasce a cada dia?
2. Nosso espaço
Preparar o local onde se realizará o encontro de hoje, utilizan-
do fotos que manifestem a vida: natureza, paisagens, idosos, bebês,
famílias etc.
Também separar frases bíblicas que revelem o amor de Deus e a
criação, e deixar disponíveis em uma vasilha para que, ao final do encon-
tro, cada participante possa retirar para si um versículo bíblico. Sugestões:
“Então Deus viu tudo quanto havia feito, e era muito bom” (Gn 1,31);
“Deus disse: ‘Façamos um ser humano, à nossa imagem e segun-
do nossa semelhança’” (Gn 1,26);
“Ó Senhor, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome em toda
a terra!” (Sl 8,10);
“Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as
obras de suas mãos” (Sl 19,1);
170
“A bondade do Senhor enche a terra” (Sl 33,4);
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3. Palavra de Deus
Em Jesus, encontramos o nosso modo de ser e fazer. Lucas narra
um episódio em que o Senhor, em dia de sábado, sai ao encontro do
seu próximo para lhe reestabelecer a vida. A vida é dom, e seu valor
precisa ser resgatado e defendido.
Vejamos o que a Palavra de Deus quer falar ao nosso coração:
vamos ler atentamente a passagem de Lucas 6,6-11 e fazer uma breve
partilha no grupo.
4. Nossa vida
Gianna Beretta nasceu em Magenta (Milão, Itália) em 4 de
outubro de 1922. Desde sua primeira juventude, acolhe plenamente
o dom da fé e a educação cristã, recebidos de seus ótimos pais. Essa
formação religiosa ensina-lhe a considerar a vida como um dom mara-
vilhoso de Deus, a ter confiança na Providência e a estimar a necessi-
dade e a eficácia da oração.
Enquanto exercia sua profissão médica, que considerava como
uma missão, consagra-se intensivamente a ajudar adolescentes. Atra-
vés do alpinismo e do esqui, manifesta sua grande alegria de viver e de
gozar os encantos da natureza. Através da oração pessoal e da oração
dos outros, questiona-se sobre sua vocação, considerando-a como dom
de Deus. Opta pela vocação matrimonial, que abraça com entusiasmo,
assumindo total doação para formar uma família realmente cristã.
171
Casa-se com o engenheiro Pedro Molla em 24 de setembro
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172
5. Trocando ideias
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6. Dinamizando
Louvor “ping-pong”
Objetivos: Reconhecer as maravilhas de Deus na criação, sua
bondade e providência em nossa vida.
Desenvolvimento: Dividir o grupo em duplas aleatórias, posi-
cionar-se um de frente para o outro e, um de cada vez, verbaliza um
agradecimento por algo. Por exemplo, o primeiro inicia dizendo que
louva a Deus pela vida, o segundo responde que louva pela nature-
za, novamente o primeiro agradece pela família e de novo chega à vez
do segundo, e assim sucessivamente durante alguns minutos. Quanto
mais motivos para louvar e reconhecer a bondade de Deus, melhor.
7. Sentinelas da manhã
O Livro de Daniel nos apresenta três jovens que foram atirados
ao fogo por escolherem ser fiel ao Deus de Israel. Em meio às chamas,
eles dedicam ao Senhor um canto de louvor, relembrando a criação de
Deus. Vamos rezar também como eles? Tomemos nossa palavra em
Daniel 3,57-76. Cada um pode ler um versículo.
173
8. Mãos na massa
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9. Mais um pouquinho
Ouvir a música “Toque de Amor”, de Suely Façanha.
Livro Santa Gianna médica, esposa e mãe: um holocausto pela vida.
Filme “O Extraordinário”.
174
ENCONTRO 2: A ação da Igreja
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na defesa da vida
2 SÃO JOÃO PAULO II. Carta Encíclica Evangelium Vitae sobre o valor e a inviolabilidade da
vida humana, 25 de março de 1995.
175
Guiados pelo Papa Francisco, o importante é que a Igreja no
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Brasil tem tido a capacidade de ser uma Igreja mais missionária e também
de se qualificar mais, aceitando o desafio de ser uma Igreja evangelizado-
ra que possa realmente chegar às periferias geográficas, sociais e existen-
ciais. É necessário sair da zona de conforto, que limita e nos impede de
ver Cristo no outro, e ir em direção ao povo para sermos Igreja viva.
1. Nosso espaço
Preparar o ambiente para recordar os projetos de promoção da
vida realizados pela Igreja no Brasil. Recomenda-se colocar um teci-
do colorido, utilizar o cartaz da CF 2020, velas e uma Bíblia. Colocar
também matérias que tratem da Igreja e suas atividades de promoção
da dignidade humana.
2. Palavra de Deus
No momento oportuno, escolhido por quem prepara o encontro,
ler a Palavra de Deus e conversar, e/ou rezar, a partir dela:
Comentário: “O ser humano ainda não se conscientizou de que
não é o príncipe da criação, mas seu primeiro responsável e cuidador.
A centralidade humana na criação não se refere à sua suposta supe-
rioridade ou ao senhorio sobre a criação, mas à sua responsabilidade
diante de todos os seres que deve se manifestar no cuidado com toda
a obra da criação. Em relação aos seres humanos, cabe-nos cultivar o
amor enquanto ato de reciprocidade. O reconhecimento de si como
criatura deve conduzir o humano à humildade diante do mistério da
vida em todas as suas formas e manifestações”.
Leia com muita atenção o texto bíblico: Gênesis 1,27.
3. Nossa vida
Sabemos que nossa Igreja tem uma função social importante na
sociedade, de modo que, seguindo os ensinamentos de Cristo, bus-
ca fazer da terra o Reino dos céus. Ouçamos atentamente o relato de
experiência da Pastoral Carcerária, que realiza atividades em vários
estados do Brasil:
176
Inspirada pela Campanha da Fraternidade de 1997, “Fraternidade
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4. Papo cabeça
1. Observando a Igreja no Brasil, quais ações da Igreja na defesa da
vida você consegue identificar?
2. Você acredita que é possível preservar a vida na terra com peque-
nas ações? De que maneira o grupo tem colaborado para isso?
3. De que forma você acredita que o autocuidado, o cuidado com
o outro e com a casa comum contribuem para a valorização da
vida humana?
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5. Agita a galera
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6. Sentinelas da manhã
Neste momento, vamos entregar nossas vidas ao serviço e rea-
firmar nosso compromisso de cristãos e cristãs comprometidos com
a construção da Civilização do Amor, como bem nos lembra o Papa
Francisco. Vamos ainda lembrar de nossas ações cotidianas que con-
tribuem diariamente para o bem viver. Portanto:
429. Dizemos sim à vida! Sabemos que isso nos obriga ao pen-
samento crítico, à aceitação e ao serviço permanente e, acima de
tudo, à defesa e à opção pelos pobres. Não importa! Dizemos sim
ao amor como vocação humana! No amor, reconhecemos-Te, Pai
querido. Que esse amor seja o impulso transformador em todas as
dimensões deste Continente.
431. Dizemos sim à verdade e ao diálogo! Em todas as pessoas,
inclusive nas juventudes, revela-se uma parte da plena verdade de
Teu Filho. Isso, Pai querido, fundamenta e exige uma atitude cons-
tante de diálogo, um caminhar de forma decidida, junto com os
jovens e as jovens. Partilhar, descobrir, reconhecer, aceitar.
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433. Dizemos sim ao respeito às culturas! Aprendemos com
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teu Filho que Deus “quer que todos sejam salvos e cheguem ao
conhecimento da verdade” (1Tm 2,4). Sim, inteiramo-nos de que
somente a partir do respeito ao diferente se pode progredir rumo
a uma nova humanidade. Que sejamos mais maduros em nosso
desejo.
434. Dizemos sim ao respeito à natureza! Somos convocados
a viver o amor a toda a natureza e a reconhecer tua presença na
criação, acolhendo-a com reverência e respeito, não como objeto
de dominação.3
7. Mãos na massa
Sugestão de gesto concreto:
Como material, recomenda-se utilizar: faixa de tecido TNT
(da cor de preferência), tintas e pincel.
Sugerimos que o grupo, a partir do momento vivido no encontro
e relembrando a trajetória dos encontros anteriores, coloque em pou-
cas frases o que acreditam como defesa e valorização da vida. A faixa
poderá ser exposta na Igreja ou durante a Missa, ficando a critério do
grupo decidir como será essa partilha.
8. Mais um pouquinho
Sugestões de música:
“Te desejo vida” (Flavia Wenceslau);
“Alma” (Zélia Duncan).
3 CELAM. Civilização do Amor – Projeto e Missão. Brasília: Edições CNBB, 2013, p. 188-189.
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ENCONTRO 3: A vida que sofre
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e é atacada
“(...) com as perspectivas abertas pelo progresso científico e tecnoló-
gico, nascem outras formas de atentados à dignidade do ser humano,
enquanto se delineia e consolida uma nova situação cultural que dá
aos crimes contra a vida um aspecto inédito e – se é possível – ainda
mais iníquo, suscitando novas e graves preocupações”.4
4 SÃO JOÃO PAULO II. Carta Encíclica Evangelium Vitae sobre o valor e a inviolabilidade da
vida humana, 25 de março de 1995.
5 Disponível em: < http://portalms.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/44404-novos-dados-
-reforcam-a-importancia-da-prevencao-do-suicidio >. Acesso em 15 out 2019.
6 Palavra do inglês, que pode ser traduzida como “intimidar” ou “amedrontar”.
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Quantas violações contra a vida e a integridade humana sofremos
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1. Nosso espaço
De preferência, organize a disposição dos assentos, para que seja
formado um semicírculo. No centro, deixe uma caixinha e peça aos
jovens que depositem os seus celulares ali e somente o peguem no
momento da dinâmica. De um lado, coloque símbolos, fotografias que
representam ataques à vida. Do outro lado, sinais de esperança.
2. Palavra de Deus
Qual é a pessoa a que, perante uma tribulação, nunca ocorreu
primeiramente um pensamento de negação, um questionamento do
porquê Deus permitiu tal coisa?
Quando nossos olhos se voltam apenas para nós mesmos, não
deixamos espaço para que Deus possa vir e fazer em nós morada.
Os momentos mais difíceis são justamente aqueles que Deus nos
ajuda a ter a vitória, porque seu amor nunca falha.
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À luz dessa reflexão, façamos a leitura da Palavra de Deus:
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Romanos 5,1-10.
3. Nossa vida
Um encontro transformador
“Eu cresci na igreja porque minha família sempre frequentou. Quan-
do eu fui crismada, comecei a frequentar o grupo de jovens. Lá conversá-
vamos sobre Deus e o ‘mundo’. Começamos a sair para comemorar ani-
versários em baladas, em barzinhos, eu tinha quinze anos e nunca tinha
saído. Comecei a mentir para os meus pais que estava indo para casa de
amigos, quando estava indo para barzinhos. Comecei a beber toda a vez
que saia, comecei a fumar cigarros, a ficar com meninos...
Com 16 anos, depois de fazer tanto disso, eu comecei a ficar com
meninas também. Então entrava na homossexualidade e tinha a sensa-
ção de que eu havia me encontrado ali. Como nesse meio existe muita
droga, comecei a fumar maconha todos os dias; passava o dia inteiro
fumando. Depois, passei a cheirar cocaína e ainda mantinha um rela-
cionamento sério com uma garota. Ficamos três anos juntas.
Com 18 anos, meus pais descobriram e falaram que eu não podia
frequentar a igreja no estado em que eu estava. Então, eu larguei de vez
a igreja mesmo. E aí comecei a cantar em barzinhos e boates. Saia de
terça a domingo, sem parar. Nessa vida de viagem, bebidas e drogas.
Em 2011, eu estava com 21 anos e fui convidada por uma tia para
participar de uma vigília da Comunidade Aliança de Misericórdia.
Olhando para eles, eu fiquei com vergonha de me apresentar,
porque, se eles soubessem quem eu era e a vida que eu vivia, eu sabia
que eles iriam me rejeitar, já que eu me sentia rejeitada, como se eu
não pudesse estar na igreja, fazer parte dela.
Depois de dois meses da vigília, eu fiz o Talita Khun.8 E, nesse
encontro, tem um momento que pede uma decisão nossa, em que
você precisa se lançar nos braços de Deus, e a pregadora dizia que, se
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você se lançasse, Deus poderia mudar a sua vida. E eu duvidei! Duvi-
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4. Trocando ideias
A partir do texto introdutório, discuta em grupo:
Quais são as ameaças que os jovens enfrentam hoje em dia e
como combatê-las?
No testemunho da Lilian, o que mais chamou a atenção do
grupo?
Partilhem também histórias transformadas por um verdadeiro
encontro com Deus.
5. Dinamizando
Exercício de escuta
Participantes: indefinido.
Tempo estimado: 10 a 15 minutos.
Material: nenhum.
Objetivo: é um exercício que faz com que a pessoa olhe para
dentro de si mesma, percebendo seu estado emocional, para poder
compartilhá-lo e também treinar o seu escutar.
Descrição: O grupo é separado em duplas aleatórias. Escolhe-
-se quem irá começar. Uma pessoa da dupla fará a seguinte pergunta:
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“como você está?”. A outra pessoa deve então responder da forma mais
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6. Sentinelas da manhã
Vamos colocar como intenção todas as mazelas que os jovens
enfrentam. Trazer presente a nossa realidade, nossa família, amigos e
conhecidos. Rezar por cada realidade juvenil, pedindo que o Senhor
esteja sempre presente e faça de nós instrumentos.
Oração do Jovem9
Senhor, Mestre da Sabedoria,/ que Orienta minha alma para que saiba
nos revela ensinamentos de vida discernir/ entre o escutar e o falar,/
eterna,/ guia meus passos no cami- entre a verdade e a mentira,/ a luz e
nho do bem,/ para que, seguindo as trevas,/ o bem e o mal.
teu exemplo,/ eu ilumine o mundo Conceda-me a graça de seguir teus
com o testemunho/ de uma vida passos,/ para que vivendo na ple-
alicerçada na tua Palavra. nitude de tua presença/ meus dias
sejam permeados de paz e amor.
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Que meus dias sejam sementes Cristo Senhor, fortalece meu
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7. Mãos na massa
Um dos grandes males é a falta de tempo. Vivemos correndo con-
tra o relógio para darmos conta do trabalho, dos estudos, da família e
dos amigos. Mas quanto tempo dedicamos para a atividade de escuta?
Sendo assim, convidamos-te a reservar um pouco do seu tempo em
alguma atividade de voluntariado voltado para a escuta de quem pre-
cisa muitas vezes, somente desabafar.
Lembra que deixamos os telefones ao centro do círculo?
Agora é a hora de pegá-los e cada um deve postar em uma rede
social uma mensagem de alegria e esperança.
8. Mais um pouquinho
Sugestão de leitura:
Carta encíclica Evangelium Vitae, de São João Paulo II;
Exortação Apostólica Pós-Sinodal Christus Vivit, do Papa
Francisco – para os jovens e para todo o povo de Deus.
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ENCONTRO 4: Compromissos que nós
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Homicídios
Segundo dados do Atlas da Violência publicado em 2018 pelo
Ipea, entre 2006 e 2016, o Brasil registrou 324.967 casos de jovens
assassinados. Só para se ter um breve comparativo, durante 20 anos de
guerra no Vietnã, os EUA tiveram 47.434 motos.
De 2006 para 2016, o índice de homicídios na faixa etária que se
refere à juventude (15 a 29 anos) teve um crescimento de cerca de 23%.
Segundo a OMS, a cada 100 mil pessoas, o índice de jovens assas-
sinados no Brasil é de 65,5, o que é 6 vezes maior do que índice global
de assassinato de jovens.
Diante desses índices alarmantes, fica clara a urgência de darmos
um basta ao extermínio de nossas juventudes.
No entanto, a palavra sobreviver em nosso cotidiano também sig-
nifica ter possibilidade de acesso aos bens e aos direitos básicos que
garantam a dignidade humana.
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O que infelizmente também é uma luta nada fácil para esse grupo
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social.
Desemprego
Segundo reportagem do Portal G1, de 17 de agosto de 2018:
Dados do mercado de trabalho divulgados pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, nos traba-
lhadores entre 18 e 24 anos, a taxa de desemprego é maior que o dobro
da taxa da população em geral. Enquanto a taxa geral ficou em 12,4%
no segundo trimestre, entre os jovens esse percentual salta para 26,6%.
“Essa taxa é muito maior entre os jovens por conta das barreiras
que são impostas a eles para ingressar no mercado de trabalho. Capa-
citar uma pessoa para o mercado de trabalho custa caro. Por isso o
mercado tende a buscar quem já tem experiência profissional”, expli-
ca Cimar Azeredo, que gerencia a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (PNAD).
Educação
Segundo reportagem da Revista Isto é, de 25 de abril de 2018,
atualmente, a cada 100 jovens entre 18 e 24 anos (faixa etária esperada
para se estar no ensino superior), apenas 18 têm acesso a esse nível de
educação.
Então, estima-se que hoje cerca de 11 milhões de jovens estão em
uma condição de vida sem acesso ao estudo e sem trabalho. Ou seja,
com seus direitos básicos negados e sem condições de sobrevivência
digna.
Conclusão
Esse cenário é sem dúvida fruto de um desequilíbrio ecológico, ou
seja, fruto de uma desigualdade no meio social em que a população juve-
nil brasileira está inserida, e é preciso perceber que os dados acima apre-
sentados são consequências visíveis de uma ética social perversa, que
coloca o lucro do capital como um valor supremo, tendo no acumulo
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de renda e riqueza o seu fim e a sua perversidade. Pois o mesmo siste-
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1. Nosso Espaço
Sugere-se que a ambientação do encontro seja feita da seguinte
forma:
Que os participantes sentem-se em círculo para facilitar a visibi-
lidade de todos e uma melhor fluidez nos diálogos.
Que, ao centro do círculo, possam ser dispostas reportagens de
revistas e jornais locais, com notícias de situações que maltratam a vida
da juventude e do planeta. Exemplo: índice de desemprego, violências
contra a juventude, desastres ambientais. Além disso, sugerimos que
também haja flores, frutos, uma pequena fonte de água e reportagens
que revelem iniciativas de ações que buscam um bem viver.
Essas informações dispostas no ambiente servem para perceber-
mos as complexidades do ambiente em que o grupo está inserido a fim
de que possa ir se ambientando com o lugar que deve se comprometer.
2. Palavra de Deus
O texto de Lucas 4,14-21 trata de Jesus em sua terra, em seu
espaço comunitário e religioso, em uma ação litúrgica que, ao ser exer-
cida, revela profunda vivência de fé e vida, os quais, por sua vez, se
tornam sinais concretos do seu compromisso com todos aqueles que
estavam marginalizados, subjugados pelo sistema que oprimia e não
gerava vida plena a todos. Esse ato simbólico de Jesus tomar para si as
palavras do profeta Isaías é sinal de seu compromisso profético com
o Reino de Deus. Jesus deixa claro seu projeto, seu lado, o qual fica
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evidente não ser o mesmo dos poderosos que, em seus esquemas de
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3. Nossa vida
A Carta da Terra
A Carta da Terra foi primeiramente idealizada pela Comis-
são Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações
Unidas, em 1987.
Durante o ano de 1992, no Rio de Janeiro, foi realizada a
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvol-
vimento (CNUMAD), também conhecida por Rio 92 ou Eco-92, em
que foi elaborada a primeira versão da Carta da Terra.
Paralelo a isso, no mesmo evento, foi assinada por 179 países a
Agenda 21, um instrumento de planejamento com o intuito de alertar
para uma sociedade sustentável.
Ainda que tenha sido apresentada nesse evento, a Carta da Terra
foi somente ratificada e assumida pela Unesco em 2000 no Palácio da
Paz em Haia, Holanda, com a adesão de mais de 4.500 organizações
do mundo, incluindo o Brasil.
A Carta da Terra é uma inspiração para a busca de uma socie-
dade em que todos sejam responsáveis por ações de paz, respeito e
igualdade.
Assim, ela preza pelo bem-estar mundial ao tratar de temas éticos
de suma importância para todos os cidadãos do século XXI.
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Resumo10
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Preâmbulo
Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, em
uma época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida
que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro
enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para
seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio de uma magnífica
diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana
e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar
forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito
à natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e em
uma cultura da paz. Para chegar a esse propósito, é imperativo que nós,
os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os
outros, com a grande comunidade da vida e com as futuras gerações.
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6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de prote-
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4. Trocando ideias
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5. Dinâmica
Dividir o grupo em quatro, para que cada um possa fazer a leitura
de um dos grandes tópicos da Carta da Terra, sendo eles: I. Respeitar
e cuidar da comunidade da vida; II. Integridade ecológica; III. Justiça
social e econômica; IV. Democracia, não violência e paz.
Após a leitura e o debate, pedir que cada grupo, inspirado na lei-
tura, redija um compromisso com a comunidade local, carta do grupo
de jovens. Ela pode ser feita por tópicos.
Após esse exercício, propõe-se que o grupo apresente o seu tra-
balho para todos, e possa juntar com os outros em uma única carta:
Carta da comunidade.
6. Referências de leitura
Carta da Terra.11
7. Sentinela do amanhã
Em espírito orante, neste momento, convidamos todos a se pôr
em sintonia com a Oração de São Francisco de Assis, exemplo de
homem, que fez uma opção preferencial pelos pobres e viveu uma
dinâmica capaz de perceber a beleza de uma fraternidade universal, ou
seja, a beleza e a importância de toda a criação.
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Oração de São Francisco
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8. Mão na massa
Como gesto concreto desse encontro, propomos que o grupo
possa plantar uma árvore como sinal de aliança com a natureza e a
vida. Além da responsabilidade de cuidar dela, o grupo deve examinar
quais são as principais causas de injustiça e morte na comunidade e
cuidar dessa libertação.
Sugerimos que, após esse plantio, seja feita a leitura da Carta da
comunidade, no desejo de que o cuidado com a planta seja sinal vivo
de um cuidado com a vida digna de toda a comunidade.
9. Mais um pouquinho
Encíclica Laudato Si’.12
Discurso do Papa Francisco no II Encontro Mundial dos Movi-
mentos Populares.13
Livro: Docat.
12 FRANCISCO. Carta Encíclica Laudato Si’ sobre o cuidado da Casa Comum. (Documentos
Pontifícios, 22). Brasília: Edições CNBB, 2016.
13 Disponível em: <http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2015/july/documents/
papa-francesco_20150709_bolivia-movimenti-popolari.html>. Acesso em 15 out 2019.
193
Juventude
Juventude orante: roteiro de Lectio Divina
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1. Ambientação
Preparar o ambiente para que os participantes fiquem dispostos
em círculo. Ao centro, preparar uma mesa com uma vela, a Bíblia e a
frase bíblica: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração (...)
e a teu próximo como a ti mesmo!” (Lc 10,27) e deixar bem visível
sobre a mesa. Cada participante seja acolhido com alegria e com ges-
tos de fraternidade. Pode-se motivar a acolhida mútua, desejando a
paz uns aos outros.
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Comentário: desde sempre, o povo de Deus é chamado a
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5. Meditação
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6. Preces
Após a meditação, convidar todos a ficarem de pé e elaborar pre-
ces espontâneas nas seguintes intenções:
1. Pelas vítimas dos abusos da internet.
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2.Pelas vítimas dos crimes ambientais.
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7. Oração Final
O grupo pode rezar uma Ave-Maria confiando a Nossa Senhora
nosso desejo de ser e defender a vida, e rezar todos juntos a seguinte
Oração pela vida:
“Pai Santo, Amor Criador, Senhor da vida, Deus providente e todo-
-poderoso: desde toda a eternidade quisestes o ser e a vida de cada um de
nós, e enviastes o vosso Filho ao mundo a fim de que tenhamos a Vida e a
tenhamos em abundância. Dai-nos o vosso Espírito vivificante para que,
sempre, em qualquer circunstância e sem excepção alguma, defendamos,
amemos e sirvamos a vida, dignidade, direitos e integridade de cada ser
humano – desejado ou imprevisto, são ou enfermo, perfeito ou deficiente –
desde o momento da sua concepção, ou fase unicelular, e em todas as fases
da sua existência até à morte natural, e, indo, assim, ao vosso encontro,
alcancemos a felicidade eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amém”.14
O grupo pode se despedir com um abraço de paz, enquanto se
coloca como fundo o Hino da Campanha da Fraternidade 2020.
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Observações
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que, compadecidas,
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Oração Final:
Ó Maria, aurora do mundo novo,
Mãe dos viventes, confiamos-vos a causa da vida:
olhai, Mãe, para o número sem fim de crianças
a quem é impedido nascer,
de pobres para quem se torna difícil viver,
de homens e mulheres vítimas de inumana violência,
de idosos e doentes assassinados pela indiferença
ou por uma falsa compaixão.
Fazei com que todos aqueles que creem no vosso Filho
saibam anunciar com desassombro e amor aos homens
do nosso tempo o Evangelho da vida.
Alcançai-lhes a graça de o acolher como
um dom sempre novo, a alegria de o celebrar
com gratidão em toda a sua existência, e a coragem
para o testemunhar com grande tenacidade, para construírem,
juntamente com todos os homens de boa vontade, a civilização
da verdade e do amor, para louvor e glória de
Deus Criador e amante da vida.
Amém!
(São João Paulo II)
200
1º ENCONTRO: Rever o nosso olhar?
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4. Iluminando a vida com a Palavra
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202
à ação, à caridade e à fraternidade. Jesus é o verdadeiro bom samari-
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tano que se aproxima dos homens e das mulheres que sofrem e, por
compaixão, lhes restitui a dignidade perdida. Neste tempo quaresmal,
temos diante de nós duas maneiras de olhar: um olhar que vê e passa
adiante, como o sacerdote e o levita, e um olhar samaritano que vê e se
faz próximo, se envolve, se compromete. Para uma verdadeira conver-
são, precisamos rever o nosso olhar. Aprender com Jesus a ter o olhar
do bom samaritano.
Todos (cantando): Peregrinos, aprendemos nesta estrada / o
que o “bom samaritano” ensinou: / Ao passar por uma vida ame-
açada, / Ele a viu, compadeceu e cuidou (cf. Lc 10,33-34).
Leitor(a) 5: A Igreja no Brasil nos recorda que “Somente um
olhar interessado pelo destino do mundo e do ser humano permi-
tirá experimentar a dor pela situação que rege a história, mas que é
superada pelo amor de Deus que a envolve. Somente contemplan-
do o mundo com os olhos de Deus, é possível perceber e acolher o
grito que emerge das várias faces da pobreza e da agonia da criação”
(DGAE, n. 102).1 A partir do modo de olhar, desdobra-se um jeito de
agir. Se não aprendemos a olhar como Jesus, não agiremos como Ele.
Não seremos de fato seus seguidores, pois só se torna seguidor quem
faz a vontade do Pai.
5. Puxando conversa
O que mais nos chamou a atenção nos comentários do texto
bíblico e no tema da reunião de hoje?
203
7. Rezar a Palavra de Deus na vida
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8. Pistas de ação
1. Ler em casa o texto do próximo encontro: Levítico 19,9-18.
2. Convidar outros amigos ou vizinhos para participar do próximo
encontro.
3. Descobrir as iniciativas que nos ajudam a ser solidários aos
sofredores.
9. Encerramento
a. Avisos
b. Canto (à escolha, p. 221-223)
c. Oração Final (p. 200)
204
2º ENCONTRO: Rever o nosso agir
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4. Iluminando a vida com a Palavra
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Leitor(a) 4: A Campanha da Fraternidade 2020 quer ajudar a
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rever nosso agir cristão na sociedade. Ela nos revela que há uma men-
talidade que vai assumindo com naturalidade a relativização da vida,
o enfraquecimento do conceito de pessoa e até a justificativa legal de
modalidades de homicídios e extermínios humanos, sob a alegação de
“conquista de direitos”. Uma série de ameaças à vida chega a nós, atra-
vés dos meios de comunicação, das redes sociais, que confundem os
cristãos, iludem as famílias e atraem os jovens para uma mentalidade
permissiva disfarçada de progresso científico. As redes sociais têm fun-
cionado como uma caixa amplificada que faz parecer normal todo tipo
de violência, causando grande mal à vida.
Todos (cantando): Peregrinos, aprendemos nesta estrada / o
que o “bom samaritano” ensinou: / Ao passar por uma vida ame-
açada, / Ele a viu, compadeceu e cuidou (cf. Lc 10,33-34).
Leitor(a) 5: A Campanha da Fraternidade 2020 nos mostra uma
crescente banalização da violência, favorecida por meio das fake news,
dos perfis falsos e da disseminação de notícias caluniosas e raivosas.
Isso faz crescer a violência por meio de agressões físicas, homicídios,
feminicídio, drogas, desrespeito no trânsito, passando pela agressão
psicológica, verbal e simbólica. O Estado, que tem o papel de ser o
guardião da vida, em muitas situações, apenas administra a morte. Isso
contribui para a banalização do mal na medida em que as milícias e os
grupos de extermínio determinam os que devem viver e os que devem
morrer. À luz da vida de Jesus, temos que rever nosso jeito de cultuar a
Deus, rever o nosso jeito de pensar e, sobretudo, o nosso modo de agir.
5. Puxando conversa
O que mais nos chamou a atenção nos comentários do texto
bíblico e no tema da reunião de hoje?
207
7. Rezar a Palavra de Deus na vida
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8. Pistas de ação
1. Ler em casa o texto do próximo encontro: Lucas 4,14-29.
2. Procurar descobrir as iniciativas concretas de nossa paróquia
para esta Campanha da Fraternidade e com ela colaborar mais
ativamente.
9. Encerramento
a. Avisos
b. Canto (à escolha, p. 221-223)
c. Oração Final (p. 200)
208
3º ENCONTRO: Viver é dom e
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compromisso
209
4. Iluminando a vida com a Palavra
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210
de preservação. Valorizar a vida em primeiro lugar é um ato de fé, é
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5. Puxando conversa
O que mais nos chamou a atenção nos comentários do texto
bíblico e no tema da reunião de hoje?
3 SÃO JOÃO PAULO II. Carta Apostólica Novo Millennio Ineunte ao episcopado, ao clero e aos
fiéis no termo do grande Jubileu do ano 2000, 6 de janeiro de 2001.
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7. Rezar a Palavra de Deus na vida
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8. Pistas de ação
1. Ler em casa o texto do próximo encontro: Lucas 10,33-37.
2. Procurar descobrir formas de ampliar as ações concretas da
Campanha da Fraternidade e incentivar os grupos de reflexão ou
círculos bíblicos em nossa comunidade.
9. Encerramento
a. Avisos
b. Canto (à escolha, p. 221-223)
c. Oração Final (p. 200)
212
4º ENCONTRO:
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213
1. Quais são as atitudes do Samaritano?
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214
“responsabilidade pela vida e pela criação”, de acordo com a qual a
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5. Puxando conversa
O que mais nos chamou a atenção nos comentários do texto
bíblico e no tema da reunião de hoje?
215
7. Rezando a Palavra de Deus na vida
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8. Pistas de ação
1. Ler em casa o texto do próximo encontro: Mateus 20,1-15.
2. Participar das celebrações quaresmais e da CF 2020 promovidas
por nossa paróquia ou comunidade.
9. Encerramento
a. Avisos.
b. Canto (à escolha, p. 221-223)
c. Oração Final (p. 200)
216
5º ENCONTRO: Cuidar e restaurar a vida
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217
4. Iluminando a vida com a Palavra
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218
efetivamente voz aos pobres valorizando a iniciativa do “Dia mundial
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dos pobres”.
Todos (cantando): Peregrinos, aprendemos nesta estrada / o
que o “bom samaritano” ensinou: / Ao passar por uma vida ame-
açada, / Ele a viu, compadeceu e cuidou (cf. Lc 10,33-34).
Leitor(a) 5: A Campanha da Fraternidade 2020 ainda nos anima
a desenvolver gestos e atitudes que transformam: assumir um compro-
misso radical com a justiça e a solidariedade; apostar na capacidade das
pessoas de serem construtoras da vida; eliminar todo tipo de exclusão
ou apartação social; respeitar a vida das diversas culturas e das diferen-
tes etnias; integrar ações da Igreja em parceria com outras forças vivas
da sociedade. Enfim, esta CF nos recorda que temos diante de nós duas
bacias: a de Pilatos, que é a bacia da indiferença, que favorece a injustiça
e continua fazendo vítimas; e a bacia de Jesus, que se despoja e se colo-
ca a servir, que doa sua vida para que todos tenham vida.
5. Puxando conversa
O que mais nos chamou a atenção nos comentários do texto
bíblico e no tema da reunião de hoje?
219
Todos: Senhor, fazei de nós guardiões da vida!
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8. Pistas de ação
1. Participar de outros cursos de formação ligados à CF 2020.
2. Desenvolver ações concretas a partir desta CF a fim de superar-
mos as agressões à vida humana e à vida no planeta.
9. Encerramento
a. Avisos
b. Canto (à escolha, p. 221-223)
c. Oração Final (p. 200)
220
CANTOS
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2. Bendita, Bendita
Bendita, bendita, bendita a Palavra do Senhor! / Bendito,
bendito, bendito quem a vive com amor!
1. A Palavra de Deus escutai:/ no Evangelho Jesus vai falar./ “A justiça
do reino do Pai/ procurai em primeiro lugar”!
222
2. Se eu não der de mim / podendo me doar, / serei então culpado /
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223
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CELEBRAÇÃO DA VIA-SACRA
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ACOLHIDA
Dirigente: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém!
Dirigente: Irmãos e irmãs, que a paz de Jesus Cristo esteja
conosco!
Todos: Bendito seja o Senhor, que nos reuniu na sua paz!
Leitor(a) 1: Todos os anos, a Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil (CNBB) apresenta a Campanha da Fraternidade como cami-
nho de conversão quaresmal. Um caminho pessoal, comunitário e
social que visibiliza a salvação paterna de Deus. “Fraternidade e Vida:
Dom e Compromisso” é o tema da Campanha para a Quaresma em
2020. A parábola do bom samaritano inspira o lema: “Viu, sentiu com-
paixão e cuidou dele” (Lc 10,34-35).
Todos: A vida é Dom e Compromisso! Seu sentido consiste
em ver, solidarizar-se e cuidar. Não se pode viver a vida passando
ao largo das dores dos irmãos e irmãs!
Leitor(a) 2: Neste ano, somos convidados a olhar, de modo mais
atento e detalhado, para a vida e seus clamores e “a refletir sobre o sig-
nificado mais profundo da vida e a encontrar caminhos para que esse
sentido seja fortalecido e, algumas vezes, até mesmo reencontrado”.
Todos: Senhor, ajudai-nos a romper com as estruturas exis-
tentes em nós que não nos ajudam a enxergar que a vida é um
Dom precioso!
225
Dirigente: Irmãos e irmãs, como discípulos missionários de
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226
1ª ESTAÇÃO:
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228
3ª ESTAÇÃO: Jesus cai pela primeira vez
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229
4ª ESTAÇÃO: Jesus se encontra com sua Mãe
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230
5ª ESTAÇÃO: Simão, o cirineu, ajuda
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231
6ª ESTAÇÃO: Verônica enxuga o rosto
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de Jesus
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7ª ESTAÇÃO: Jesus cai pela segunda vez
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233
8ª ESTAÇÃO: Jesus consola as mulheres
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de Jerusalém
Dirigente: Nós vos adoramos, ó
Cristo, e vos bendizemos!
Todos: Porque, pela vossa Santa
Cruz, remistes o mundo!
Leitor(a): A cidade inteira se
aglomera para acompanhar o drama da
paixão de Jesus. O espetáculo terrível
leva aos prantos as mulheres, filhas de
Jerusalém. Jesus se aproxima delas e as
consola.
Leitor(a): Jerusalém é a cidade
das contradições; condena e, ao mesmo tempo, chora pelo condena-
do. Jesus, pouco antes da sua paixão, já havia desvelado essa realidade
complexa: “Jerusalém, Jerusalém! Tu que matas os profetas e apedre-
jas os que te foram enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos,
como a galinha reúne os pintinhos debaixo das asas, mas tu não qui-
seste!”. E naquela hora foi Ele a chorar por Jerusalém e não Jerusalém
a chorar por Ele. O choro contraditório da Cidade Santa representa
o choro da humanidade e da criação inteira que “geme e chora”. O
homem destrói irresponsavelmente o Dom da criação e, logo, chora o
Dom que foi destruído: “Chorai por vós mesmas e por vossos filhos”.
Todos: Senhor Jesus, cujas lágrimas se misturam às lágrimas das
criaturas e as consolam, ajudai-nos a consolar os sofredores, a reno-
var a esperança dos abatidos e a libertar a criação da opressão do mal.
(Reza-se as orações: Pai-Nosso; Ave-Maria; Glória ao Pai.)
Canto: Das mulheres piedosas, de Sião filhas chorosas / é Jesus
consolador! É Jesus consolador!
Pela Virgem dolorosa, vossa Mãe tão piedosa / perdoai-me, meu
Jesus! Perdoai-me, meu Jesus!
234
9ª ESTAÇÃO: Jesus cai pela terceira vez
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235
10ª ESTAÇÃO: Jesus é despojado de suas
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vestes
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11ª ESTAÇÃO: Jesus é pregado na cruz
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12ª ESTAÇÃO: Jesus morre na cruz
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13ª ESTAÇÃO: Jesus é descido da cruz
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14ª ESTAÇÃO: Jesus é sepultado
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15ª ESTAÇÃO: A ressurreição de Jesus
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CONCLUSÃO
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RECORDANDO ALGUNS PONTOS
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SOBRE A EXPOSIÇÃO DA
SANTÍSSIMA EUCARISTIA1
244
para a adoração dos fiéis e depois repô-la o acólito e outro ministro
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Preparação do ambiente
Preparar o local de forma sóbria, de modo que os participantes
fiquem bem acomodados. Se a adoração for realizada dentro da Igreja,
a exposição deve ser feita sobre o altar em que se celebra a Eucaristia,
contendo algumas velas em torno dele, como a comunidade tem cos-
tume de usar para a Celebração Eucarística.
Prepare-se também a mesa da Palavra (ambão) com o Lecionário
(ou uma Bíblia) previamente marcado com os textos a serem procla-
mados. Os ministérios devem ser previamente distribuídos e prepara-
dos para maior harmonia da celebração.
245
CELEBRAÇÃO DA VIGÍLIA EUCARÍSTICA
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Ritos Iniciais
(Enquanto as pessoas chegam e vão se acomodando, entoar o refrão
meditativo ou outro à escolha.)
Refrão meditativo: Onde há amor e a caridade, Deus aí está!
Presidente: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém.
Presidente: A graça e a paz de Deus, nosso Pai, e de Jesus Cristo,
nosso Senhor, estejam convosco.
Todos: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.
Leitor(a) 1: Aqui nos reunimos para um momento de forte inti-
midade com Cristo Jesus, que, no Santíssimo Sacramento da Euca-
ristia, garante sua presença viva e eficaz junto de nós, que formamos
a sua Igreja. “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso” é o tema
da Campanha da Fraternidade deste ano. Através dela, a Igreja no
Brasil “deseja fermentar uma cultura do cuidado, da responsabilidade,
da memória e da proximidade, estabelecendo uma aliança contra todo
tipo de indiferença e ódio” (CF 2020: Texto-Base, n. 71).
Leitor(a) 2: Vivendo com toda Igreja este intenso tempo de
oração e conversão que o Tempo da Quaresma nos favorece, devem
ressoar intensamente em nossos corações essas palavras do Papa
Francisco: “Não nos deixemos contagiar pela arrogância, não nos
deixemos invadir pela amargura, nós que comemos o Pão que em si
contém toda a doçura. O povo de Deus ama o louvor, não vive de
lamentações; está feito para a bênção, não para a lamentação. Diante
da Eucaristia, de Jesus que se fez Pão, deste Pão humilde que contém
a totalidade da Igreja, aprendamos a bendizer o que temos, a louvar a
Deus, a abençoar e não a amaldiçoar o nosso passado, a dar boas palavras
aos outros” (Homilia da Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue do
Senhor, 2020).
246
Leitor(a) 3: Acolhendo este convite do Papa Francisco, louve-
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Exposição do Santíssimo
(Enquanto o ministro expõe o Santíssimo, canta-se o hino eucarís-
tico ou outro à escolha. Se for conveniente, pode-se também fazer uso do
incenso.)
1. Deus de amor, nós te adoramos neste Sacramento,/ Corpo e San-
gue que fizeste nosso alimento./ És o Deus escondido, vivo e vence-
dor,/ A teus pés depositamos todo nosso amor.
2. Meus pecados redimiste sobre a tua cruz./ Com teu Corpo e com
teu Sangue, ó Senhor Jesus!/ Sobre os nossos altares, vítima sem par,/
Teu divino sacrifício queres renovar!
3. No Calvário se escondia tua divindade,/ Mas aqui também se escon-
de tua humanidade:/ Creio em ambas e peço, como o bom ladrão,/
No teu reino, eternamente, tua salvação!
4. Creio em Ti ressuscitado, mais que São Tomé./ Mas aumenta na
minh’alma o poder da fé./ Guarda a minha esperança, cresce o meu
amor./ Creio em Ti ressuscitado, meu Deus e Senhor!
5. Ó Jesus, que nesta vida pela fé eu vejo,/ Realiza, eu te suplico, este
meu desejo:/ Ver-te, enfim, face a face, meu divino amigo/ Lá no céu,
eternamente, ser feliz contigo.
Ministro: Graças e louvores se deem a todo momento. (3x)
Todos: Ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento.
(Momento de silêncio para contemplação e oração pessoal.)
247
Liturgia da Palavra
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Canto:
Eu me entrego, Senhor, em tuas mãos e espero pela tua
salvação!
1. Junto de ti, ó Senhor, me refugio; não tenha eu de que me enver-
gonhar; em tuas mãos, ó Senhor, eu me confio fiel e justo, Senhor,
vem me livrar.
2. Pois me tornei a vergonha do inimigo, e a gozação do vizinho e
conhecido, dos corações esquecido qual um morto, e rejeitado
como um ser apodrecido.
248
3. Mas eu repito, Senhor, em ti confio: Tu és meu Deus e em ti me
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Preces
Presidente: Cada um deve sempre se perguntar “se o seu cora-
ção não endureceu, se não se tornou gelo. A misericórdia, diante de
uma vida humana em situação de necessidade, é a verdadeira face do
amor. O Bom Samaritano nos inspira e ensina como vencer a globali-
zação da indiferença” (Papa Francisco – CF 2020: Texto-Base, n. 14).
Peçamos, então, diante de Jesus Eucarístico que deixemos nosso cora-
ção se assemelhar ao seu divino coração:
Todos: Jesus, nosso Bom Samaritano, fazei o nosso coração
semelhante ao vosso!
1. “Diante do convite para vivermos uma profunda conversão, te-
mos duas maneiras de olhar que são apresentadas por Jesus na
parábola do bom samaritano: um olhar que vê e passa em frente,
vivido pelo sacerdote e pelo levita; e um olhar que vê e perma-
nece, se envolve, se compromete, vivido pelo samaritano. Dian-
te desses olhares, há uma vida em jogo, em perigo, necessitada
e vulnerável” (CF 2020: Texto-Base, n. 26). Para que saibamos
configurar nosso olhar com o olhar de Jesus Bom Samaritano,
rezemos:
Todos: Jesus, nosso Bom Samaritano, fazei o nosso coração
semelhante ao vosso!
2. “O olhar que vê e passa adiante representa toda indiferença e
desprezo pela vida do outro. Reflete aquilo que temos por den-
tro. Pelo olhar, construímos e se manifestam os conceitos mais
profundos sobre a vida e o viver. Pelo olhar, podemos expressar
249
verdades e mentiras, amor e ódio, alegria e tristeza. Muitas vezes
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250
vê-se o outro como adversário, como inimigo a ser abatido, não
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Bênção do Santíssimo
(de joelhos, canta-se:)
Tão Sublime Sacramento, adoremos neste Altar,/ pois o Antigo
Testamento deu ao Novo o seu lugar./ Venha a fé por suplemento,
os sentidos completar./ Ao Eterno Pai cantemos e a Jesus, o Salva-
dor,/ ao Espírito exaltemos, na Trindade eterno Amor./ Ao Deus
Uno e Trino demos a alegria do Louvor./ Amém! Amém!
(durante o canto, pode-se incensar o Santíssimo Sacramento.)
Presidente: Do céu lhes destes o pão!
Todos: Que contém todo o sabor!
Presidente: Oremos. (pausa silenciosa) Senhor Jesus Cristo, nes-
te admirável Sacramento, nos deixastes o memorial da vossa paixão.
Dai-nos venerar com tão grande amor o mistério do vosso Corpo e
do vosso Sangue, que possamos colher continuamente os frutos da
redenção. Vós que viveis e reinais para sempre.
251
Todos: Amém.
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Bênção solene
(se houver diácono ou sacerdote)
- Bendito seja Deus.
- Bendito seja o seu Santo Nome.
- Bendito seja Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
- Bendito seja o nome de Jesus.
- Bendito seja o seu Sacratíssimo Coração.
- Bendito seja o seu Preciosismo Sangue.
- Bendito seja Jesus no Santíssimo Sacramento do altar.
- Bendito seja o Espírito Santo Paráclito.
- Bendita seja a grande Mãe de Deus, Maria Santíssima.
- Bendita seja sua Santa e Imaculada Conceição.
- Bendita seja sua gloriosa Assunção.
252
- Bendito seja o nome de Maria, Virgem e Mãe.
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ENVIO
Presidente: Ide em paz, glorificai o Senhor com vossas vidas e
que ele sempre vos acompanhe.
Todos: Graças a Deus.
253
CANTOS
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254
5. A quem amparamos, quando mostramos um mundo melhor?/ O
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255
R. Por onde formos também nós que brilhe a tua luz!/ Fala,
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256
CELEBRAÇÃO DA MISERICÓRDIA
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Orientações2
Celebrações penitenciais são reuniões do povo de Deus para
ouvir a sua Palavra, que convida à conversão e à renovação de vida,
proclamando também nossa libertação do pecado pela morte e res-
surreição de Cristo.
Convém que, depois do rito inicial (canto, saudação e oração),
sejam feitas uma ou várias leituras da Sagrada Escritura, intercaladas
de cantos, salmos ou momentos de silêncio, que serão explicadas e
aplicadas aos fiéis pela homilia. Nada obsta que antes ou depois das
leituras bíblicas sejam lidos trechos dos Santos Padres ou de outros
escritores que levem realmente a comunidade e cada um a um verda-
deiro conhecimento do pecado e a uma sincera contrição interior, que
conduzam à conversão.
Após a homilia e a meditação da Palavra de Deus, convém que a
assembleia dos fiéis reze em um só espírito e em uma só voz, median-
te alguma prece litânica ou outra maneira de promover a participa-
ção. Ao final sempre se rezará o Pai-Nosso, para que Deus, nosso Pai,
“perdoe nossas ofensas assim como nós perdoamos aos que nos têm
ofendido... e nos livre do mal”. O sacerdote, ou ministro que preside,
conclui com a oração e despede o povo.
Deve-se cuidar que os fiéis não confundam estas celebrações
com a celebração do sacramento da Penitência.
Preparação do ambiente
Preparar o espaço celebrativo com sobriedade, em conformidade
com a espiritualidade quaresmal. Preparar previamente a celebração,
distribuindo os ministérios e as funções litúrgicas. Valorizar o ambão,
onde deve ser colocado o Lecionário ou a Bíblia, do qual será pro-
clamada as leituras. Em local conveniente, nunca no ambão, colocar
257
o Cartaz da CF 2020 e outros símbolos penitenciais que evoquem a
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Ritos Iniciais
CANTO: Senhor, eis aqui o teu povo (ou outro à escolha, p. 254-256)
R. Senhor, eis aqui o teu povo que vem implorar teu perdão./ É
grande o nosso pecado, porém é maior o teu coração.
1. Sabendo que acolheste Zaqueu, o cobrador,/ E assim lhe devolveste
tua paz e teu amor,/ Também, nos colocamos ao lado dos que vão/
Buscar no teu altar a graça do perdão.
2. Revendo em Madalena a nossa própria fé,/ Chorando nossas penas
diante dos teus pés/ Também, nós desejamos o nosso amor te dar/
Porque só muito amor nos pode libertar.
3. Motivos temos nós de sempre confiar,/ De erguer a nossa voz, de
não desesperar,/ Olhando aquele gesto que o bom ladrão salvou,/
Não foi, também, por nós, teu sangue que jorrou?
Presidente: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém!
Presidente: Estejam convosco a graça e a paz de Deus, nosso Pai,
de Jesus Cristo, o Senhor, que se entregou por nossos pecados.
Todos: A Ele a glória pelos séculos dos séculos. Amém!
Motivação
Presidente: Queridos irmãos e irmãs, estamos vivendo um tem-
po forte de oração, jejum e penitência ao trilharmos, com toda a Igreja,
o Tempo da Quaresma. “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso” é
258
o tema da Campanha da Fraternidade deste ano. Através dela, a Igreja
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259
Canto: Eis o tempo de conversão
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Oração
Presidente: Oremos. (silêncio) Deus todo-poderoso e cheio de
misericórdia, vós nos reunistes em nome de vosso Filho para alcançar-
mos misericórdia, e sermos socorridos em tempo oportuno. Abri nos-
sos olhos para vermos o mal que praticamos, e tocai nossos corações
para que nos convertamos a vós sinceramente. Que vosso amor recon-
duza à unidade aqueles que o pecado dividiu e dispersou; que vosso
poder cure e fortaleça os que em sua fragilidade foram feridos; que
vosso espírito renove para a vida os que foram vencidos pela morte.
Restabelecido em nós vosso amor, brilhe em nossas obras a imagem
do vosso Filho para que todos, iluminados pela caridade de Cristo,
que resplandece na face da Igreja, reconheçam como vosso enviado
Jesus Cristo, vosso Filho, nosso Senhor.
Todos: Amém!
Liturgia da Palavra
(Do ambão se proclama o texto bíblico sugerido. Outros textos à
escolha: Is 53,1-7.10-12; 1Pd 2,20b-25. Pode-se também utilizar outros
textos do Ritual da Penitência – Capítulo IV.)
1ª LEITURA : Leitura do Livro do Êxodo (3,1-10).
260
1. Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia!/ Na imensidão de vos-
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261
Aclamação ao Evangelho
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Homilia
(Breve homilia, inspirada nos textos das leituras e da CF 2020,
levando os penitentes ao Exame de Consciência e à Renovação da Vida. Ao
término, breve momento de silêncio.)
Exame de consciência
(Seguem alguns trechos do Texto-Base da CF 2020 que podem aju-
dar o Presidente da Celebração na condução do Exame de Consciência.
Outra sugestão para o Exame de Consciência: Ritual da Penitência –
Apêndice III, p. 242.)
1. “Ser capazes de sentir compaixão: essa é a chave. Essa é a nossa
chave. Se, diante de uma pessoa necessitada, você não sente compaixão,
o seu coração não se comove, significa que algo não funciona. Fique
atento, estejamos atentos. Não nos deixemos levar pela insensibilidade
egoística. A capacidade de compaixão se tornou a medida do cristão,
ou melhor, do ensinamento de Jesus” (CF 2020: Texto-Base, n. 11);
2. No Discurso do Papa Francisco aos párocos da Diocese de
Roma, em 6 de março de 2014, ele dizia: “Tu choras? Ou perdemos
as lágrimas. Recordo que os missais antigos continham uma oração
extremamente bonita para pedir o dom das lágrimas. A oração come-
çava assim: ‘Senhor, vós que confiastes a Moisés o mandato de bater na
pedra para que dela brotasse água, batei na pedra do meu coração, para
que eu verta lágrimas (...)’. quantos de nós choram diante do sofri-
mento de uma criança, perante a destruição de uma família, diante de
262
tantas pessoas que não encontram o seu caminho?” (CF 2020: Texto-
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-Base, n. 13);
3. “Em uma sociedade profundamente marcada pelos traços de
Caim, Deus novamente nos pergunta: ‘Onde está (...) teu irmão?’
(Gn 4,9)” (CF 2020: Texto-Base n. 68);
4. “São João Paulo II, na Encíclica sobre o valor e a inviolabilidade
da vida (Evangelium Vitae), que, neste ano de 2020, completa 25 anos,
retoma as palavras do Concílio Vaticano II para descrever as amea-
ças sofridas pela vida humana: ‘Tudo o que se opõe à vida, qual seja
toda a espécie de homicídio, genocídio, aborto, eutanásia e suicídio
voluntário; tudo o que viola a integridade da pessoa humana, como
as mutilações, os tormentos corporais e mentais e as tentativas para
violentar as próprias consciências; tudo o que ofende a dignidade da
pessoa humana, como as condições de vida infra-humanas, as prisões
arbitrárias, as deportações, a escravidão, a prostituição, o comércio de
mulheres e jovens; e também as condições degradantes de trabalho
em que os operários são tratados como meros instrumentos de lucro
e não como pessoas livres e responsáveis. Todas essas coisas e outras
semelhantes são infamantes; ao mesmo tempo que corrompem a civi-
lização humana, desonram mais aqueles que assim procedem, do que
os que padecem injustamente; e ofendem gravemente a honra devida
ao Criador’” (CF 2020: Texto-Base, n. 69);
5. “Estaremos marcados para conviver, de modo definitivo, com
a indiferença e o ódio?” (CF 2020: Texto-Base, n. 71);
6. “A tristeza que brota de quem olha o sofrimento não pode
impedir que o olhar de esperança encontre também as luzes da solida-
riedade” (CF 2020: Texto-Base, n. 72);
7. Santa Dulce dos Pobres questionava: “Se Deus viesse à nossa
porta, como seria recebido? Aquele que bate à nossa porta, em busca
de conforto para a sua dor, para o seu sofrimento, é um outro Cristo
que nos procura” (CF 2020: Texto-Base, n. 80);
8. Poema “Não sei” de Cora Coralina: “Não sei se a vida é curta ou
longa demais para nós, mas, sei que nada do que vivemos tem sentido,
263
se não tocamos o coração das pessoas. / Muitas vezes basta ser: o colo
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que acolhe, o braço que envolve, a palavra que conforta, o silêncio que
respeita, a alegria que contagia, a lágrima que corre, o olhar que aca-
ricia, o desejo que sacia, o amor que promove. / E isso não é coisa de
outro mundo, é o que dá sentido à vida. / É o que faz com que ela não
seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira,
pura enquanto ela durar” (CF 2020: Texto-Base, n. 81);
9. “Acolher essa proposta de vida cristã exige uma autêntica res-
posta às seguintes perguntas: Estou disposto a fazer o mesmo? Que-
ro concretizar para os irmãos e irmãs a mesma compaixão e cuidado
que o Senhor tem para comigo? Estou disposto a não ignorar ninguém
que me pede ajuda, apoio, socorro, presença, consolação? Se cada um
de nós não se fizer essas perguntas, pelo menos uma vez na vida, não
poderá dizer que tem verdadeiramente fé e, talvez, não poderá nem
dizer que é efetivamente humano, enquanto imagem e semelhança de
Deus” (CF 2020: Texto-Base, n. 87);
10. “Somos discípulos e amigos do Ressuscitado (Jo 15,15)!
Estamos a serviço da Vida! Por isso, não nos fechamos em nós mes-
mos. A Páscoa nos ensina a, por Cristo, com Cristo e em Cristo, romper
os túmulos da indiferença e do ódio e ressurgir para o zelo, o cuidado
e a solidariedade. O que acontece em nosso coração quando pratica-
mos o bem? De onde vem a força para compartilhar do pouco que se
tem com quem tem menos ainda? O que leva uma pessoa a se esque-
cer totalmente de si e acolher as grandes causas pela transformação do
mundo? Um prato partilhado, um agasalho oferecido, incompreensões
sofridas, agressões e repressões, noites em claro, vidas entregues até o
martírio? Fracos com os fracos (1Cor 9,22) levamos alimento noturno
para quem vive nas ruas e, diante deles, não reconhecemos seus rostos à
luz do dia; entramos nas cadeias, separando o pecado do pecador; lim-
pamos feridas que o pecado e a ganância desprezam; buscamos terra e
direitos defendendo os pequenos; estamos ao lado de crianças, jovens,
adultos e idosos, em suas alegrias e dores. Consolados por Cristo,
encontramos, no mais profundo de nós mesmos, a nossa vocação
humana e divina de consolar os que se acham em alguma tribulação
264
(2Cor 1,3-4). É possível que o mundo de indiferença e ódio nos consi-
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Igreja que cuida pessoalmente daqueles que estão feridos à beira do
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caminho e que não permite que lá permaneçam. ‘Uma Igreja das pes-
soas e não dos papéis e dos poderes (...) uma Igreja onde as pessoas
vivem pela fé, dentro da qual se deixam transformar, segundo o modo
de existência da comunhão, segundo a Verdade Trinitária gravada no
coração do homem, feito à imagem e semelhança de Deus’. Em todo
o tempo, é tempo de fazer o bem. Para quem vive o mandamento do
amor caritas, sempre é tempo de cuidar, pois o próximo é quem cuida
com misericórdia (Lc 10,37)” (CF 2020: Texto-Base, n. 122).
(Terminado o Exame de Consciência, quem preside convida todos a
se ajoelharem ou a se inclinarem:)
Presidente: Amados irmãos e irmãs, ainda que em nosso mundo,
na realidade que nos cerca, “vejamos ameaças à vida, existem também
muitos olhares de compaixão, ternura, amor, solidariedade, carinho:
olhares de fraternidade” (CF 2020: Texto-Base, n. 84). Confiando nos
olhares fraternos de tantos santos, nossos intercessores junto a Deus,
no olhar terno e materno de Maria que nos acompanha e nos olhares
de fraternidade que aqui somos chamados a ter uns pelos outros, con-
fessemos os nossos pecados:
Todos: Confesso a Deus todo-poderoso e a vós, irmãos e
irmãs, que pequei muitas vezes, por pensamentos e palavras, atos
e omissões, por minha culpa, minha tão grande culpa. E peço
à Virgem Maria, aos anjos e santos e a vós, irmãos e irmãs, que
rogueis por mim a Deus, nosso Senhor.
(Onde se julgar oportuno, depois do “Confesso a Deus”, pode-se rea-
lizar algum gesto penitencial ou exercício de piedade, como a adoração
da Cruz, a recitação de uma dezena do terço, aspersão com a água ben-
ta, etc. Enquanto isso, se oportuno e necessário for, canta-se uma música
adequada.)
266
vida nova que constantemente nos é dada pela graça do perdão. Con-
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cedei, ó Deus, que, por vossa misericórdia, jorrem sempre para nós as
águas da salvação, para que possamos celebrar os mistérios da Páscoa
de coração reconciliados convosco, com nossos irmãos e todas as cria-
turas, obra de vossas mãos. Por Cristo, Senhor nosso.
(Todos são convidados a tocar na água benta e a traçar sobre si o
Sinal da Cruz ou o ministro asperge a assembleia enquanto se canta um
hino adequado.)
Oração do Senhor
Presidente: Agora, irmãos e irmãs, dirijamos nossa súplica ao
Pai, para que nos torne participantes de sua misericórdia e peçamos
perdão por nossas ofensas, rezando:
Todos: Pai Nosso...
Presidente: Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e, pela santa
Paixão de vosso Filho, à qual nos unimos pela penitência, fazei-nos
participar com alegria de sua Ressurreição gloriosa. Por Cristo, nosso
Senhor.
Todos: Amém!
Havendo possibilidades, realiza-se a confissão sacramental (confis-
são e absolvição individual);
Não havendo confissão sacramental, sendo oportuno, quem preside
poderá solicitar das pessoas presentes um gesto de mútua reconcilia-
ção e paz;
Antes do canto de ação de graças, solicitar um compromisso em
sintonia com a CF 2020.
267
1. Obrigado, Senhor, porque és meu amigo,/ Porque sempre comi-
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Oração Final
Presidente: Oremos. (silêncio) Senhor Jesus Cristo, porque sois
rico em perdão, quisestes assumir a fraqueza de nossa carne, para dei-
xar-nos exemplo de humildade e fortalecer-nos em toda tribulação;
dai-nos conservar os bens que de vós recebemos, e levantai-nos pela
penitência, sempre que cairmos em pecado. Vós que viveis e reinais
para sempre.
Todos: Amém!
Bênção Final
Presidente: O Senhor vos conduza segundo seu amor miseri-
cordioso e a paciência de Cristo, seu Filho.
Todos: Amém!
Presidente: Para que possais caminhar na vida nova e agradar a
Deus em todas as coisas.
Todos: Amém!
Presidente: Abençoe-nos Deus todo-poderoso Pai e Filho e
Espírito Santo. Amém!
Todos: Amém!
Canto: Hino da CF 2020 (p. 5)
268
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Ecumenismo dentro da
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Campanha da Fraternidade
270
Celebração Ecumênica – Juntos vamos
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Preparação da celebração
As diferentes tarefas (música, leituras, homilia, organização)
devem ser combinadas com antecedência. O presbitério deve estar pre-
parado com lugares para receber um representante de cada Igreja pre-
sente. Uma equipe de acolhida deve estar na entrada recebendo e iden-
tificando os visitantes. O cartaz da Campanha deve ser colocado em
lugar de boa visibilidade. Um lugar de destaque deve ser reservado para
colocar a Bíblia. Se estiver de acordo com o que tiver sido combinado
nas visitas de convite, prepara-se um espaço para colocar as ofertas.
Canto de entrada
(Que vai acompanhar a procissão de entrada dos visitantes que irão
ficar no altar, dos coordenadores da celebração, da apresentação da Bíblia
e do espaço onde serão colocadas as ofertas.)
Se caminhar é preciso, caminharemos unidos/ E nossos pés, nossos
braços, sustentarão nossos passos./ Não mais seremos a massa, sem vez,
sem voz, sem história,/ Mas uma Igreja que vai em esperança solidária.
Se caminhar é preciso, caminharemos unidos,/ E nossa fé será tanta
que transporá as montanhas./ Vamos abrindo fronteiras onde só havia
barreiras,/ Pois somos povo que vai em esperança solidária.
Se caminhar é preciso, caminharemos unidos,/ E o Reino de Deus
teremos como horizonte de vida./ Compartilhemos as dores, os sofri-
mentos e as penas,/ Levando a força do amor em esperança solidária.
Se caminhar é preciso, caminharemos unidos,/ E a nossa voz no deser-
to fará brotar novas fontes./ E a nossa vida na terra será antevista nas
festas./ É Deus que está entre nós em esperança solidária.
(Simei Monteiro)
271
Dirigente: Nossa celebração faz parte da Campanha da Fraternidade,
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Canto
Os que confiam no Senhor são como o monte de Sião. (2x)
Firmes para sempre permanecem, firmes para sempre no Senhor,/ Fir-
mes para sempre no Evangelho, firmes para sempre no amor/ Os que
confiam no Senhor, os que confiam no Senhor.
Os que esperam no Senhor as forças hão de renovar. (2x)
Sobem como águias para os montes, correm mesmo sem se fatigar/
Engajados pelo Evangelho, querem suas vidas ofertar./ Os que espe-
ram no Senhor, os que esperam no Senhor!
(Oziel Campos de Oliveira)
272
A realidade que precisamos VER e
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Dirigente: Jesus disse que veio para que todos tenham vida, e vida
em abundância. Mas a humanidade deixou muita coisa ameaçar a vida,
tanto no campo pessoal, como no convívio comunitário, na organização
social e no modo de lidar com a natureza do planeta, nossa casa comum.
Além do comportamento dos que fazem o que é errado, temos a indife-
rença de muita gente que não se envolve, não se sente chamada a cola-
borar para defender a vida. A indiferença diante desses problemas é uma
omissão, uma ingratidão diante do dom da vida que Deus nos oferece.
Leitor(a) 1: No campo pessoal, podemos ter por perto pessoas
deprimidas, viciadas em drogas, vítimas de preconceitos, sem a devida
autoestima. Esses e muitos outros seres humanos precisam ser vistos
com cuidado, ser acolhidos e ajudados, para que percebam o valor que
têm como obra preciosa de Deus e como irmãos amados na grande
família humana.
Todos: Livra-nos, Senhor, da indiferença diante dos sofri-
mentos dos que estão à nossa volta. Como Igrejas unidas, quere-
mos ser para todos sinal de esperança e amor.
Leitor(a) 2: No convívio comunitário, estamos cercados de gen-
te na igreja, no local de trabalho, no bairro. Será que sempre prestamos
atenção aos que podem estar precisando de ajuda nesses ambientes?
Sabemos ajudá-los com amor, para que se sintam valorizados e pos-
sam pôr em ação seus dons?
Todos: Livra-nos, Senhor, da indiferença que pode nos
impedir de ver o que precisaria ser feito nos lugares que frequen-
tamos. Como Igrejas unidas, queremos que nossa presença seja
construtiva e amorosa, fonte de vida e alegria.
Leitor(a) 3: Alguns problemas são mais amplos e exigem solu-
ções em nível social, por exemplo, salários baixos e desemprego, terras
em conflito, migrantes sem apoio, educação precária, saúde pública
273
sem atendimento, economia valendo mais que as pessoas. Não pode-
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mos resolver tudo isso sozinhos, mas sabemos protestar quando algo
está errado, trabalhar em conjunto e apoiar possíveis soluções?
Todos: Livra-nos, Senhor, da indiferença diante dos pro-
blemas maiores que ameaçam a dignidade de vida da população.
Como Igrejas unidas, queremos ter voz e presença na construção
de uma sociedade mais justa.
Leitor(a) 4: Outra questão importante para preservar a vida é o
cuidado com a natureza, a ecologia que precisa ser integral. O planeta
é um dom recebido de Deus, com recursos para uma vida sadia. Ele é
de todos, não de alguns. Se sabemos agradecer por esse dom, temos
que assumir o compromisso de cuidar bem da casa de todos.
Todos: Livra-nos, Senhor, da indiferença que pode até nos
transformar em cúmplices da contaminação da natureza. Como
Igrejas unidas, queremos ensinar a preservar a natureza e dar bom
exemplo pela forma saudável de viver e cuidar da vida de todos.
Canto
O nosso Deus, com amor sem medida/ Chamou-nos à vida, nos deu
muitos dons./ Nossa resposta ao amor será feita/ Se a nossa colheita
mostrar frutos bons.
Mas é preciso que o fruto se parta e se reparta na mesa do amor. (2x)
Participar é criar comunhão/ Fermento no pão, saber repartir,/ Com-
prometer-se com a vida do irmão,/ Viver a missão de se dar e servir./
Os grãos de trigo em farinha se tornam/ Depois se transformam em
vida no pão./ Assim também, quando participamos,/ Unidos criamos
maior comunhão.
(José A. Santana)
Leituras bíblicas
Dirigente: Jesus ensinou de várias maneiras que devemos VER,
SENTIR COMPAIXÃO e CUIDAR DA VIDA. Ele prestava atenção
274
nos que estavam à sua volta, ia ao encontro de gente que era rejeitada
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Canto
Fala, Senhor! Fala, Senhor, palavra de fraternidade!/ Fala, Senhor!
Fala, Senhor! És luz da humanidade!
A tua Palavra é fonte que corre,/ Penetra e não morre, não seca jamais.
A tua Palavra que a terra alcança,/ É luz, esperança que faz caminhar.
A tua Palavra, farol de justiça/ Que vence a cobiça, é bênção e paz.
(L. Almir Gonçalves dos Reis / M. Paulo Rafael / Adenor Leonardo)
Leitor(a) 5: Na figura do bom samaritano, Jesus nos convida a
olhar o próximo com atenção, sentir compaixão quando ele sofre e
cuidar dele, porque todos precisam ter vida.
Leitura do Evangelho de Lucas 10,25-37
Leitor(a) 6: Tendo aprendido com Jesus a importância de amar
ao próximo, como forma fundamental de servir a Deus, João escreve
uma carta na qual destaca que, sem esse amor voltado para todos, não
podemos dizer que amamos a Deus.
Leitura da Primeira Carta de João 4,7-16
Homilias
Cada uma das leituras bíblicas vai ser comentada por aquele que
a leu (ou por outra pessoa que tenha sido escolhida quando se plane-
jou a celebração), relacionando-a com o tema da Campanha.
Canto
O Senhor me chamou a viver, a viver a alegria do amor./ Foi teu amor
que nos fez conhecer toda a alegria da vida, Senhor.
275
Senhor da vida, teu amor nos faz recomeçar/ E eu sei que a nossa vida
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Todos: Anima, Senhor, as Igrejas e as famílias na formação
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de novas gerações que vão usar seus dons para melhorar o mundo.
Leitor(a) 3: Como bons companheiros de caminhada, quere-
mos valorizar os que nos cercam, animando cada um a reconhecer
seus dons e reconhecendo neles uma obra preciosa de Deus.
Todos: Abre nossos olhos, Senhor, para tudo de bom que
nós e os outros podemos fazer.
Leitor(a) 4: Como cidadãos de um país que precisa cuidar
melhor do seu povo, queremos estar sempre bem informados do
que acontece, para podermos nos manifestar e ser ouvidos na busca
da verdadeira justiça, dando bons exemplos de respeito a todos onde
estivermos.
Todos: Inspira-nos, Senhor, para sermos ativos, na Igreja e
na sociedade, trabalhando juntos em defesa da vida.
Leitor(a) 5: Agradecidos pelo planeta que nos foi dado como
casa comum, nos comprometemos a cuidar dos recursos da natureza,
que são de todos e não podem ser prejudicados por amor ao dinhei-
ro, nem pela acomodação de quem não se sente responsável pelo que
garante a vida saudável da humanidade.
Todos: Mostra-nos, Senhor, o melhor modo de cuidar da
natureza e de comunicar a outros essa responsabilidade que é de
todos.
(Agora, se foi combinado fazer uma oferta de ajuda aos necessitados,
um agente de pastoral explica o destino a ser dado ao que for ofertado, que
será depositado no espaço que tiver sido previamente determinado.)
Canto: Hino da Campanha da Fraternidade 2020 (p. 5)
277
Ato final: gesto de alegria fraterna pelo encontro
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aqui realizado
(Algum dos visitantes e um representante da comunidade podem
dizer como se sentiram no convívio com seus irmãos cristãos na celebração.)
Dirigente: Agradecemos ao Senhor por estarmos aqui juntos
ouvindo sua Palavra, partilhando nossas orações e nossas experi-
ências. Na alegria de estarmos unidos, vamos dar as mãos, cantar e
depois vamos participar da confraternização que faz parte da amizade
e do diálogo que queremos viver como parceiros no anúncio do Evan-
gelho e na defesa da vida.
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Crianças:
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280
Os encontros seguem a linha metodológica utilizada pela Cam-
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1º ENCONTRO: Fraternidade e Vida:
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Dom e Compromisso
1. Acolhida
Organizar o local do encon-
con-
tro com uma Bíblia, uma vela,
uma planta, se possível com flores,
flores,
e bonecos ou gravuras que representem a família.
Convidar as crianças para ficarem em círculo e dar as boas-vindas.
Dizer que vão fazer juntos(as) uma caminhada de fraternidade e vida.
Dividir as crianças em grupos e entregar a cada grupo as letras e os núme-
ros que formam o nome: CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2020.
Estimular cada grupo a formar as palavras com as letras e o ano
com os números. Caso as crianças sejam muito pequenas, entregar
uma faixa com as palavras e o ano que devem formar. Depois que
todos os grupos formarem o nome, conversar com eles sobre o que
é Campanha e o que é Fraternidade. Escolher uma canção que fale de
fraternidade para cantar com elas.
Cantemos (um canto à escolha, p. 295-298)
282
Dizer o tema e o lema da Campanha. Oferecer lápis e papel e
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4. O Evangelho da vida: Jo
o 13,34-35
“Eu vos dou um novo mandamento:
mento: que
vos ameis uns aos outros. Como euu vos amei,
assim também vós deveis amar-vos os uns aos
outros. Nisso conhecerão todos que sois
meus discípulos: se tiverdes amor uns para
com os outros”. Palavra da salvação.
o.
Todos: Glória a vós Senhor.
283
6. Nosso compromisso com a vida
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284
2º ENCONTRO:
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1. Acolhida
Apresentar às crianças o lema da CF 2020: “Viu,
sentiu compaixão e cuidou dele” (Lcc 10,33-34).
Conversar com elas sobre o significado
ado desse
versículo bíblico. O que é ver? O quee é sentir
compaixão? O que é cuidar? Colocar ass crianças
em círculo, de mãos dadas, e convidá-las
las para:
Olharem para todos(as) no círculo lo e sorrir;
Apertarem a mão do colega que estiver à direita dizendo: “você
é meu irmão/irmã”;
Darem um abraço coletivo.
Cantemos (um canto à escolha, p. 295-298)
2. O olhar que vê a v
vida
A vida é ddom que recebemos de Deus e que somos
chamados a comcompartilhar. Jesus disse: “Eu vim para que
tenham vida, e a tenham em abundância” ( Jo 10,10).
vida, como dom, nos conduz a um compro-
A vid
somos responsáveis por nós mesmos, pelos
misso: som
outros, nossos
noss irmãos, e por todas as criaturas. Santa
Terezinha dizia:
d “Ah! Compreendo agora que a cari-
perfeita consiste em suportar os defeitos dos
dade perfei
outros, (...) e compreendi sobretudo que a caridade não deve
ficar encerrada no fundo do coração: ‘ninguém, disse Jesus, acende uma
candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas coloca-a sobre o cande-
labro, para alumiar todos os que estão em casa’. Creio que essa luz repre-
senta a caridade que deve iluminar e alegrar, não só os que são mais que-
ridos, mas todos aqueles que estão em casa, sem exceção de ninguém”.
285
3. Aclamemos a Palavra de
e Deus (um canto à escolha, p. 295
295-298)
298)
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286
6. Nosso compromisso com
m a vida
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287
3º ENCONTRO: Dulce dos pobres:
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peregrina da fraternidade
1. Acolhida
Vivenciar com as crianças um exercícioo de partilha.
Providenciar bolo, biscoito ou alguma outrautra comida
que possa ser repartida com facilidade. Darar as boas-
-vindas às crianças e pedir para formarem duplas.
uplas. Dis-
tribuir o alimento entregando apenas a um dos par-
ceiros da dupla. Informar que todos devem m comer do
alimento. Observar como foi feita a divisão em cada dupla. Depois convi-
dar todos para ficarem em círculo e indagar: Que critérios vocês utiliza-
ram para escolher seus parceiros(as) nas duplas? Como foi feita a partilha
do alimento? O que aprendemos com essa dinâmica?
Cantemos (um canto à escolha, p. 295-298)
288
4. O Evangelho da vida: Mt 9,36-37
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289
4º ENCONTRO:
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1. Acolhida
Vamos acolher as crianças com alegria
desejando a todos a paz. Em uma roda oda de
conversa, falar sobre a importância dos
os valo-
res humanos em nossa vida. Relacionarr valores
importantes como amor, gratidão, fraternidade,
rnidade, fé,
esperança, perdão, amizade, verdade, justiça,
ti coragem,
paz, entre tantos outros. Entregar corações de papel e
pedir que cada um escreva seu nome e o valor que mais precisa culti-
var em seu coração. Pendurar os corações em um galho seco que será
transformado na árvore dos valores.
Cantemos (um canto à escolha, p. 295-298)
290
4. O Evangelho da vida: Jo 14,27
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291
5º ENCONTRO: Cuidando da casa Comum
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1. Acolhida
Preparar previamente uma caixa xa ou sacola
com algumas perguntas voltadas para ra
as questões ambientais. Fazer circularr
a caixa ou sacola cantando uma can--
ção. Onde parar, a criança retira umaa
das seguintes perguntas e responde:
Você se considera parte da natu- u-
reza? Por quê?
Qual é o maior problema ambiental para você?
O que você mais gosta na natureza?
O que você faz para diminuir a produção do lixo?
O que você faz para poupar a água?
Estimular que as outras crianças também complementem a res-
posta. No final, fazer uma síntese das ideias expostas.
Cantemos (um canto à escolha, p. 295-298)
292
Também é admirável os que defendem que as plantações não sejam
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293
Conversar sobre os principais problemas ambientais da sua cida-
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Cantos
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295
3. DEUS NOS ABENÇOE, DEUS NOS DÊ A PAZ
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296
5. QUERO OUVIR TEU APELO (Ir. Míria Kolling)
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297
E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai.
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Adolescentes: 6º ao 9º ano
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300
“Nosso compromisso com a vida” (agir). Em cada uma dessas etapas,
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301
1º ENCONTRO: Fraternidade e Vida:
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Dom e Compromisso
1. Acolhida
Sejamos todos muito bem-vindos dos
para refletirmos nesta Quaresma sobre a
vida. A Campanha da Fraternidade deste te
ano nos traz como tema: “Fraternidade e
Vida: Dom e Compromisso”. Refletir sobre bre
esse tema é despertar para a responsabilidade
dade de
nossa existência e de todas as criaturas.
O Objetivo Geral da Campanha já nos orienta: “Conscientizar,
à luz da Palavra de Deus, para o sentido da vida como Dom e Com-
promisso, que se traduz em relações de mútuo cuidado entre as pes-
soas, na família, na comunidade, na sociedade e no planeta, nossa
Casa Comum”. Olhe para quem está ao seu lado, estenda a mão e diga:
somos irmãos, vamos cuidar uns dos outros e do nosso planeta, nossa
Casa Comum.
Cantemos (um canto à escolha, p. 317-319)
302
para com essa vida, dom de Deus: levá-la à plenitude de Cristo. Cria-
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6. Nosso compromisso com a vida
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2º ENCONTRO:
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1. Acolhida
Sejamos todos(as) muito bem-vindos(as)
os(as)
para este encontro em que vamos refletir a
importância de conhecer as pessoas e cui-
ui-
dar de cada um como irmão.
Procuremos, em nossa realidade, de,
conhecer as pessoas com quem convive- ve-
mos, olhando para aquelas que estão passan-
assan-
do por necessidades e ainda não tínhamos percebido.
Cantemos: Como você se chama, quero lhe conhecer. Aperte a
minha mão e amigos vamos ser.
305
Despertar as famílias para a beleza do amor que gera continua-
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3. Aclamemos a Palavra
vra de Deus (um canto à escolha, p. 317-319)
306
Ele respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”.
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3º ENCONTRO:
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Testemunhas da esperança
1. Acolhida
Expor na sala imagens de homensmens
e mulheres da Igreja que testemunha- ha-
ram ou testemunham com suas vidas as
o amor, a fraternidade, a compaixão: o:
Papa Francisco, São João Paulo II,I,
Santa Dulce, São Camilo de Lélis,, Dra. Zilda Arns,
Dom Helder Câmara, São Francisco..
Compartilhar na roda de conversa: Vocês conhecem essas pessoas?
Sabem o que elas fazem ou fizeram que serve de exemplo para as
outras pessoas?
Agora vamos olhar uns para os outros procurando o que temos
de bom. Cada um vai sortear o nome de um colega do nosso grupo e
vai dizer o que mais admira nele.
Concluir dizendo: esse nosso terceiro encontro da Campanha da
Fraternidade 2020 é para refletirmos sobre as testemunhas da esperança,
aqueles e aquelas que são luzes nos indicando o caminho da santidade.
Cantemos (um canto à escolha, p. 317-319)
309
Todos: Glória a vós Senhor.
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310
4º ENCONTRO: Cultura da fraternidade
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e superação da indiferença
1. Acolhida
N
Neste nosso 4º encontro vamos tratar
sobre
sobr cultura da fraternidade e superação
da indiferença.
Vamos começar vivenciando
uuma dinâmica: colocar na testa de cada
participante
pa um pedaço de papel no
qqual deve estar escrito: “Me ignore.
Faça de conta que eu não eexisto”.
Explicar que devem caminhar
camin pela sala fazendo exatamente o
que está indicado nas placas na testa dos colegas.
Recolher os papéis e colocar outro no qual estará escrito: “Seja
fraterno e amigo”. Orientar que se movimentem pela sala fazendo o
que a placa na testa dos colegas está solicitando. Em seguida, conver-
sar: O que vocês acham que estava escrito na primeira placa? Como
você se sentiu enquanto caminhava pela sala? Como foi tratado por
seus colegas? E na segunda placa, o que você acha que estava escrito?
Como você se sentiu? Como foi tratado por seus colegas? Como você
trata as pessoas? Você acha que a forma como tratamos as pessoas
influi na forma como elas nos tratam?
Ficar em círculo em um abraço coletivo. Cada um(a) deve falar
um valor em voz alta (por exemplo amor, paz, fraternidade, fé) e todos
vão repetir.
Cantemos (um canto à escolha, p. 317-319)
311
2. O olhar que vê a vida
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Jesus nos diz para ter fé e confiar! Você tem fé na vida? Acredita
em um futuro melhor? Reza pedindo a graça de Deus, mas estuda e
age para conseguir conquistar seus sonhos?
No desejo de que Jesus seja nosso Mestre na construção de um
olhar amoroso para a vida, vamos recitar o poema “Não sei”, de Cora
Coralina:
Não sei se a vida é curta ou longa para nós,/ mas sei que nada do que
vivemos tem sentido,/ se não tocarmos o coração das pessoas./ Mui-
tas vezes basta ser: / colo que acolhe,/ braço que envolve, / palavra
que conforta,/ silencio que respeita, / alegria que contagia,/ lágrima
que corre, / olhar que acaricia,/ desejo que sacia, / amor que promo-
ve./ E isso não é coisa de outro mundo,/ é o que dá sentido à vida./
É o que faz com que ela não seja nem curta,/ nem longa demais, mas
que seja intensa,/ verdadeira, pura enquanto durar.
Rezemos a Oração da Campanha da Fraternidade 2020 (p. 4)
313
5º ENCONTRO: Ética do Cuidado
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1. Acolhida
Selecionar imagens de desastres
ambientais recentes e compor um pai-
nel na sala. Selecionar uma canção que
trate de tema ligado ao meio ambiente
como “Sobradinho”, de Sá e Guarabira.
Este é o nosso último encontro
da Campanha da Fraternidade 2020,
mas nosso compromisso com a vida continua, seja a nossa própria
vida, a vida das pessoas de nossa família, a vida de todos os brasileiros,
a vida de toda a humanidade e do planeta Terra. Essa é nossa respon-
sabilidade sempre. Ultimamente, temos assistido muitos desastres
ambientais. Que memória nos trazem essas imagens? Quais os prin-
cipais riscos ambientais que identificamos no lugar em que vivemos?
Distribuir papéis, tintas e pincéis e sugerir que cada um expresse,
através do desenho e da pintura, seu sentimento em relação ao que
está acontecendo com a natureza e nossa responsabilidade de cuidar
da nossa Casa Comum.
Expor as obras de arte e comentar sobre elas.
Cantemos (um canto à escolha, p. 317-319)
17-319)
314
mas despertar nossa responsabilidade enquanto membros da obra da
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criação.
Tanto a extinção de espécies quanto os desequilíbrios climáticos
apresentam forte ligação com a exploração desordenada e a poluição.
Raramente são registrados deslizamentos de terras em áreas em que a
vegetação está preservada. Mas o contrário torna-se presente e desas-
troso em nossos dias como atestam os rompimentos das barragens de
rejeitos de minério no distrito de Fundão, em Mariana (MG), e no
Córrego do Feijão, município de Brumadinho (MG). Em ambos os
casos o dano ecológico e humano é incalculável, modificando a biodi-
versidade e deixando milhares de pessoas sem seu sustento por causa
da contaminação do solo e das águas da bacia do Rio Doce, no caso de
Mariana, e da bacia hidrográfica do rio Paraopeba, em Brumadinho.
315
5. Sentindo o olhar de Jesus
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Cantos
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317
A paz pra quem viaja, a paz pra quem ficou / e a benção do conforto a
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quem chegou.
A paz entre as igrejas e nas religiões/ e a benção da irmandade entre as
nações!
A paz pra toda a terra e a terra ao lavrador/ e a benção da fartura e do
louvor.
318
Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado, compre-
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ender que ser compreendido, amar que ser amado. Pois é dando, que se
recebe, é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se vive para a
vida eterna!
319
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Jovens: Ensino Médio
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321
“Nosso compromisso com a vida” (agir). Em cada uma dessas etapas,
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322
1º ENCONTRO: Fraternidade e Vida:
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Dom e Compromisso
1. Acolhida
Sejamos todos(as) muito bem-
-vindos(as) a este encontro no qual
vamos refletir sobre a vida que é dom e
compromisso para exercitar a fraterni-
dade com todos. Quando Deus nos fez
diferentes uns dos outros, levando em
consideração que as minhas qualidades
ajudam a superar os defeitos dos outros
e as qualidades dos outros ajudam a
superar os meus defeitos, Ele queria
verdadeiramente que percebêssemos
que somos todos irmãos uns dos outros.
Vamos cumprimentar quem está ao nosso lado dizendo: “Seja muito
bem-vindo, meu irmão!”.
Cantemos (um canto à escolha, p. 337)
323
de permanecer junto de, comprometer-se com. É o que lemos e vemos
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6. Nosso compromisso com a vida
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325
2º ENCONTRO:
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1. Acolhida
Somos todos bem-vindos(as) a esse
encontro que nos fará refletir sobre o Lema
ema
da Campanha da Fraternidade deste ano
de 2020. Ver, sentir e cuidar do outroo é
um desafio grandioso para os dias de hoje
oje
onde na convivência prevalecem as próprias
rias
opiniões e um egoísmo acentuado.
Cantemos (um canto à escolha, p. 337)
7)
326
Despertar os jovens para o dom e a beleza da vida, motivando-
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3. Aclamemos a Palavra de
e Deus (um canto à escolha, p. 337)
327
5. Sentindo o olhar de Jesus
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328
3º ENCONTRO:
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1. Acolhida
É uma alegria estarmos juntoss para
refletirmos sobre mais um tema da Cam-
panha da Fraternidade deste ano. Foi
um olhar de amor pelo outro que fezz
tantos santos para a Igreja. Vejamoss
o exemplo de Santa Terezinha e,,
nos dias atuais, de Santa Dulce doss
pobres. O amor constrói uma vida nova. É urgente conformarmos o
nosso olhar ao olhar de Jesus Cristo.
Cantemos (um canto à escolha, p. 337)
329
Já procuramos perceber o quanto podemos fazer pelos outros,
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3. Aclamemos a Palavra de De
Deus (um canto à escolha, p. 337)
13,1-13
4. Palavra de vida: 1Cor 13,1-
“Se eu fa
falasse as línguas dos homens e
as dos anjos, m mas não tivesse amor; eu seria
como um bronze que q soa ou um címbalo que
retine. Se
S eu tivesse o dom da profe-
cia, se cconhecesse todos os mistérios
e toda a ciência; se tivesse toda a fé,
a ponto de remover montanhas, mas
não tivesse
tives amor, eu nada seria. Se eu
todos os meus bens no sustento
gastasse to
dos pobres e atéa entregasse meu corpo para
me gloriar, mas não tivesse amor, de nada me aproveitaria. O amor
é magnânimo, é benfazejo; não é invejoso,
invejos não é presunçoso nem arro-
gante; não faz nada de vergonhoso, não é interesseiro, não se encoleri-
za, não leva em conta o mal sofrido; não se alegra com a injustiça, mas
se regozija com a verdade. Ele tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo
suporta. O amor jamais acabará. Se há profecias, desaparecerão; se há
línguas, cessarão; se há ciência, desaparecerá. Com efeito, conhecemos
parcialmente e profetizamos parcialmente. Mas, quando vier o que é
completo, desaparecerá o que é parcial. Quando eu era criança, falava
como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Quan-
do me tornei adulto, rejeitei o que era próprio de criança. Agora, nós
vemos como num espelho, confusamente; mas, então, veremos face a
face. Agora, conheço apenas parcialmente, mas, então, conhecerei com-
pletamente, como sou conhecido. Atualmente permanecem estes três: a
fé, a esperança, o amor. Mas a maior deles é o amor”. Palavra do Senhor.
330
Todos: Graças a Deus.
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4º ENCONTRO: Compaixão e justiça
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1. Acolhida
Somos todos(as) muito bem-vindos(as)
vindos(as)
a este Encontro da Campanha da Fraterni-
dade para hoje refletirmos sobre Compai-
ompai-
xão e Justiça. “Com efeito, a ‘compaixão’
ixão’
é uma característica essencial da miseri-
seri-
córdia de Deus. Deus tem compaixão xão
de nós. O que isso significa? Padece ao
nosso lado, sente os nossos sofrimen-
n-
tos” (CF 2020: Texto-Base, n. 86).
Cantemos (um canto à esco--
lha, p. 337)
332
4. O Evangelho da vida: Mt 20,1-11
0,1-11
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Rezemos a Oração da CF 2020 (p. 4)
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5º ENCONTRO: Ecologia humana e integral
g
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1. Acolhida
Estamos iniciando o último encontro
tro
sobre a Campanha deste ano. Com certe- e-
za, descobrimos muito sobre a vida, sobre
nossos irmãos e sobre a natureza. Vamos
escrever as nossas descobertas em peque--
nos pedaços de papel e pendurá-los em m
uma árvore que vamos construir e colocarr em
algum lugar onde muitos possam ver.
Cantemos (um canto à escolha, p. 337)
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3. Aclamemos a Palavra de Deus (um canto à escolha, p. 337)
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Cantos
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1º ENCONTRO
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A revolução do cuidado
1. ACOLHIDA
Animador(a): Que bom que conseguimos esta pausa para nos
encontrar! Bendito seja Deus que nos reúne em seu amor. Invoque-
mos o Espírito Santo, Senhor que dá a vida, a fim de ouvirmos a sua
voz e abrirmos nossos corações para refletir sobre a vida, dom e com-
promisso, que se concretiza em relações marcadas pelo cuidado e pela
ternura. (um instante de silêncio.)
Rezemos confiantes a Oração do Espírito Santo.
Vinde, Espírito Santo...
Animador(a): A CF em família é uma oportunidade para viven-
ciarmos o tempo quaresmal nos comprometendo, como famílias,
a trilhar um caminho de conversão. Quando Deus encontra espaço
em nossa vida, tudo muda. E a primeira coisa que muda é o nosso
olhar. Já não vemos mais as coisas do mesmo modo. O “olhar de Jesus”
contagia o nosso coração e nos faz olhar diferentemente para nossos
irmãos. Um olhar de ternura que resgata o sentido da vida. Nesses cin-
co encontros, um por semana, chegaremos à semana maior de nossa
fé, a Semana Santa, com o olhar modificado e com o coração querendo
CUIDAR melhor de nosso próximo.
Leitor(a) 1: “Permita o Bom Deus que cada pessoa, grupo pas-
toral, movimento, associação, Igreja Particular, enfim, o Brasil intei-
ro, motivado pela Campanha da Fraternidade, possa ver fortalecida a
339
revolução do cuidado, do zelo, da preocupação mútua e, portanto, da
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fraternidade (...) Muito mais pode ser feito quando o coração se abre
para o intercâmbio do cuidado, e a criatividade se deixa conduzir pela
fraternidade e pela solidariedade” (CF 2020, Texto-Base, p. 9).1
Animador(a): Revolução do cuidado! Revolução do bem, que
percebe que tudo pode ser diferente e que as atitudes, por mais sim-
ples, fazem a diferença, podem mudar e até salvar vidas. Não custa
nada dar uma chance para a ternura.
340
não endureceu, se não se tornou gelo. (...) A misericórdia, diante de
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3. O EVANGELHO DA VIDA
Canto
Buscai primeiro o Reino de Deus / E a sua justiça / E tudo mais
vos será acrescentado / Aleluia! Aleluia!
Evangelho – Lc 10,25-37 (Ler na Bíblia, de forma bem pausada.)
Perguntas para todos (partilha)
1. Quantos são e quais são os personagens dessa parábola? O que
eles fazem?
2. Com quem você mais se parece? Por quê?
3. Quem é o “meu próximo”?
Leitor(a) 1: “A postura inesperada do samaritano contém o
centro do ensinamento de Jesus: o próximo não é apenas alguém
com quem possuímos vínculos, mas todo aquele de quem nos apro-
ximamos. É todo aquele que sofre diante de nós. Não é a lei que esta-
belece prioridades, mas a compaixão que impulsiona a fazer pelo
341
outro aquilo que é possível, rompendo, dessa forma, com a indife-
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4. FATOS DA VIDA
Animador(a): Vamos conhecer um pouco da vida de alguém
que mudou muitas outras vidas e a quem podemos chamar de “boa
samaritana”.
Leitor(a) 2: “No dia 26 de maio de 1914, nascia em Salvador,
Bahia, Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, (1914-1992) missio-
nária do amor, conhecida por todos como Irmã Dulce. Aos 13 anos,
graças a seu destemor e senso de justiça, traços marcantes revelados
quando ainda era muito novinha, Irmã Dulce passou a acolher men-
digos e doentes em sua casa, transformando a residência da família
em um centro de atendimento. A casa ficou conhecida como ‘A Por-
taria de São Francisco’, tal o número de carentes que se aglomeravam
à sua porta. (...) Tendo iniciado sua caminhada junto às Irmãs Mis-
sionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São
Cristóvão, em Sergipe, depois da profissão religiosa, ela retornou para
342
Salvador, onde se viu imersa em uma realidade de miséria e pobre-
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5. A ALEGRIA DE CUIDAR
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2º ENCONTRO
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1. ACOLHIDA
Animador(a): Para começar nosso encontro, vamos, em um
instante de silêncio, nos entregar à ação do Espírito Santo, para que
juntos possamos refletir, partilhar e planejar a partir da Campanha da
Fraternidade. (um instante de silêncio.)
Rezemos confiantes a Oração do Espírito Santo.
Vinde, Espírito Santo...
(A primeira vela deverá estar acesa. As outras duas não serão ace-
sas hoje.)
Animador(a): A proposta de nossos encontros é que possamos,
juntos, conhecer um pouco da CF 2020 e, de uma maneira simples,
como é proposta dessa campanha, perceber que o “olhar de Jesus” pre-
cisa contagiar nosso coração e, assim, possamos fazer com que o nos-
so coração queira “olhar como Jesus”. Sejam bem-vindos ao segundo
encontro.
Leitor(a) 1: “Diante do convite para vivermos uma profunda
conversão, temos duas maneiras de olhar que são apresentadas por
Jesus na parábola do bom samaritano: um olhar que vê e passa em
frente (...) e um olhar que vê e permanece, se envolve, se compromete
(...) O olhar que vê e passa adiante representa toda indiferença e des-
prezo pela vida do outro” (CF 2020, Texto-Base, p. 21).
345
2. CONTEMPLANDO A BELEZA DA VIDA
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Leitor(a) 2: “Nossa realidade está repleta de histórias de pessoas que
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3. O EVANGELHO DA VIDA
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Canto
Deixa-me ficar em paz, Senhor, / para ouvir tua Palavra! /
No coração do meu silêncio / deixa-me ficar em paz!
Evangelho – Mc 10,46-52 (Ler na Bíblia, de forma bem pausada.)
Perguntas para todos (partilha)
1. Quais são as cegueiras que nos impedem de ver o sofrimento dos
irmãos e das irmãs?
2. Temos pedido a Jesus que abra nossos olhos como fez com o
cego Bartimeu?
Leitor(a) 1: “Jesus não abre apenas os olhos do cego, mas tam-
bém o coração. E o cego curado reconhece Jesus como o Messias”
Diante das trevas, muitas vezes parecemos cegos e nos deixamos
envolver pela sedução que elas oferecem. Nosso olhar precisa sempre
lembrar do samaritano, que vê, sente compaixão e cuida. Jesus está
sempre pronto a nos livrar das cegueiras, portanto, peçamos a graça
do olhar da fé.
Todos: Senhor, que nosso olhar seja capaz de ver e sentir
compaixão! Conceda-nos a graça de enxergar com os olhos da fé!
4. FATOS DA VIDA
Animador(a): Vamos conhecer um pouco da vida de alguém
que mudou muitas outras vidas.
Leitor(a) 2: “Dra. Zilda viveu para defender e promover as
crianças, gestantes e idosos, construir uma sociedade mais justa, fra-
terna, com menos doenças e sofrimento humano. Em seu trabalho,
sempre aliou o conhecimento científico ao conhecimento e à cultura
populares; valorizou o papel da mulher pobre na transformação social;
mobilizou a todos, pobres e ricos, analfabetos e doutores, na busca da
Vida Plena para todos. Ela costumava dizer: ‘Há muito o que se fazer,
porque a desigualdade social é grande. Os esforços que estão sendo
feitos precisam ser valorizados para que gerem outros ainda maiores’.
Morreu dia 12 de janeiro de 2010 no terremoto que devastou o Haiti.
348
Nesse mesmo dia, discursara sobre como salvar vidas com medidas
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5. A ALEGRIA DE CUIDAR
Animador(a): “Se Deus viesse à nossa porta, como seria rece-
bido? Aquele que bate à nossa porta, em busca de conforto para a sua
dor, para o seu sofrimento, é um outro Cristo que nos procura” (Santa
Dulce dos Pobres). Essa imagem nos remete ao belo poema “Não sei”
de Cora Coralina:
Todos: Não sei se a vida é curta/ ou longa demais para nós,/
mas, sei que nada/ do que vivemos tem sentido, /se não tocamos
o coração das pessoas.
Animador(a): Muitas vezes basta ser:/ o colo que acolhe,/ o
braço que envolve,/ a palavra que conforta,/ o silêncio que respeita,/
a alegria que contagia,/ a lágrima que corre,/ o olhar que acaricia,/ o
desejo que sacia,/ o amor que promove.
Todos: E isso não é coisa de outro mundo,/ é o que dá senti-
do à vida.
Leitor(a) 1: É o que faz com que ela não/ seja nem curta, nem
longa demais,/ mas que seja intensa, verdadeira,/ pura enquanto ela
durar…
349
Animador(a): Nossa proposta para esta semana será um pouco
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ousada, pois vamos ter um “olhar de Jesus”, buscando nas coisas mais
simples uma nova forma de enxergar o irmão. No próximo encontro,
falaremos sobre os sentimentos despertados.
350
3º ENCONTRO
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1. ACOLHIDA
Animador(a): Para começar nosso encontro, vamos, em um
instante de silêncio, nos entregar à ação do Espírito Santo, para que
juntos possamos refletir, partilhar e planejar a partir da Campanha da
Fraternidade. (Um instante de silêncio.)
Rezemos confiantes a Oração do Espírito Santo.
Vinde, Espírito Santo...
(A primeira e segunda velas deverão estar acesas. A terceira não será
acesa hoje.)
Animador(a): A proposta dos nossos encontros é que possa-
mos, juntos, conhecer um pouco da CF 2020 e, de uma maneira sim-
ples, como é proposta dessa campanha, perceber que o “olhar de Jesus”
precisa contagiar nosso coração e assim possamos fazer com que ele
queira “olhar como Jesus”. Estamos no terceiro encontro em um total
de cinco que teremos até chegar à semana maior de nossa fé, a Semana
Santa. Que Deus nos ajude a ela chegarmos, querendo cuidar melhor
de nosso próximo.
Leitor(a) 1: No último encontro, levamos uma proposta: olhar
com fé as situações mais simples, enxergando o próximo que estava
em cada situação, e trazer para o encontro de hoje os sentimentos
que essas experiências despertaram em nós. Agora, vamos falar dos
sentimentos, sem contar os fatos. (Ouvir os participantes.)
Leitor(a) 2: “Se, por um lado, o olhar da indiferença gera tanto
mal, o olhar da compaixão pode fecundar o bem no coração humano e
351
conferir verdadeiro sentido à vida (...) Somos interpelados a transfor-
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Caridade – “Verdadeira caridade é também ofertar um coração
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3. O EVANGELHO DA VIDA
Canto
Palavras que não passam/ Palavras que libertam/ Palavra pode-
rosa tem teu coração/
Palavra por palavra/ Revelas o infinito/ Como é bonito ouvir teu
coração.
Evangelho – Mt 14,13-21 (Ler na Bíblia, de forma bem pausada.)
Perguntas para todos (partilha)
1. Jesus teve compaixão e acolheu aquele povo. E nós como de-
monstramos compaixão?
2. “Vocês é que têm de lhes dar de comer”. Como essa ordem de
Jesus chega a nossos corações?
353
Leitor(a) 1: Jesus sentiu compaixão daquele povo. Reuniu e ali-
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mentou a multidão, mas antes nos chamou à missão: “Vocês é que têm
de lhes dar de comer”. Jesus viu, sentiu compaixão e cuidou deles. O
povo estava sedento de Deus, mas sentia fome de pão. Jesus sacia a
sede e oferece o alimento, que mais tarde terá novo sentido. Houve
reflexão, oração e ação.
Todos: Senhor, que sejamos capazes de ver, sentir compai-
xão e cuidar de nosso próximo!
4. FATOS DA VIDA
Animador(a): Vamos conhecer um pouco da vida de alguém
que mudou muitas outras vidas.
Leitor(a) 2: “São Camilo de Lellis nasceu na Itália, em 25 de
maio de 1550. Filho de pai militar e de mãe muito devota, o nasci-
mento de Camilo foi considerado um milagre, tendo em vista que seus
pais ainda não tinham herdeiro e tiveram um filho já em idade avan-
çada. Ambos faleceram quando Camilo era ainda jovem, levando-o a
enfrentar a vida sozinho e a assumir responsabilidades prematuramen-
te. Camilo seguiu a carreira militar do pai, alistando-se no exército aos
17 anos de idade. Viveu sob condições financeiras precárias e, sem ain-
da atentar-se à presença de Deus em sua vida, entregou-se aos prazeres
e aos vícios do mundo, principalmente à bebida e ao jogo, chegando
a perder a própria roupa em uma aposta. Naquele período, Camilo
adquiriu também uma dolorosa úlcera no pé, ferida que o acompanhou
durante toda sua vida. Padecendo sob condições adversas, passando
fome, frio e sem ter onde morar, Camilo foi acolhido no convento dos
Capuchinhos, onde passou a trabalhar. Um dia, levando uma merca-
doria do convento para a cidade, Camilo cai do animal que o transpor-
tava e, em um momento de profundo arrependimento e comoção, se
converte a Deus entre prantos, comprometendo-se a mudar de vida
e a servir a Deus como religioso capuchinho. Era dia 2 de fevereiro
de 1575. A ferida no pé, entretanto, impediu-o de permanecer naque-
le convento e de abraçar a vocação capuchinha. Camilo parte, então,
para o Hospital São Tiago, em Roma, onde passa a cuidar dos doentes.
354
Naquele local, Camilo compreende a missão que Deus queria para sua
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5. A ALEGRIA DE CUIDAR
Animador(a): “Colocai mais coração nessas mãos!” (São Cami-
lo de Lellis). Vamos repetir juntos.
Todos: “Colocai mais coração nessas mãos!”
Animador(a): Vamos receber agora pequenos corações e vamos
levá-los para casa. Coloque-o em um lugar que você veja todos os dias,
até o nosso próximo encontro, pois você deverá trazê-lo de volta. Você
irá escrever nele uma atitude de compaixão que tiver realizado, mesmo
355
que seja a mais simples. Não escreva seu nome no coração, somen-
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4º ENCONTRO
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1. ACOLHIDA
Animador(a): Para começar nosso encontro, vamos, em um
instante de silêncio, nos entregar à ação do Espírito Santo, para que
juntos possamos refletir, partilhar e planejar a partir da Campanha da
Fraternidade. (Um instante de silêncio.)
Rezemos confiantes a Oração do Espírito Santo. Vinde, Espírito
Santo...
(A primeira e segunda velas deverão estar acesas. Acender, neste
momento, a terceira vela.)
Animador(a): A proposta de nossos encontros é que possamos,
juntos, conhecer um pouco da CF 2020 e, de uma maneira simples,
como é proposta dessa campanha, perceber que o “olhar de Jesus” pre-
cisa contagiar nosso coração, e assim possamos fazer com que o nosso
coração queira “olhar como Jesus”. Estamos no quarto encontro, de
cinco que teremos até chegarmos à semana maior de nossa fé, a Sema-
na Santa, querendo cuidar melhor de nosso próximo.
Leitor(a) 1: No nosso último encontro, fizemos um propósito
bem especial: levamos um coração para nossa casa e nele escreveríamos
uma atitude de compaixão que tivéssemos. Iriamos escrever essa atitude
e trazer para nosso encontro de hoje, e não deveríamos colocar nossos
nomes. “Nós somos como um lápis com que Deus escreve os textos que
Ele quer ditos nos corações dos homens” (Santa Dulce dos Pobres).
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(Preparar vasilha para a queima e colocar incenso para perfumar.)
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pessoas-cântaro para dar de beber aos outros (...) Não deixemos que
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queremos crescer na vida espiritual, não podemos renunciar a ser
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3. O EVANGELHO DA VIDA
Canto
Palavra de salvação somente o céu tem pra dar. / Por isso meu
coração se abre para escutar. / Por mais difícil que seja seguir / Tua
palavra queremos ouvir. / Por mais difícil de se praticar / Tua palavra
queremos guardar.
Evangelho – Jo 13,12-17 (Ler na Bíblia, de forma bem pausada.)
Perguntas para todos (partilha)
1. O que a atitude de Jesus nos ensina?
2. Quais alegrias encontramos ao praticar esse ensinamento de
Jesus?
Leitor(a) 1: “Em nosso agir evangelizador, ‘também temos, dian-
te de nós, à nossa disposição, duas bacias com água: de um lado, a bacia
utilizada por Pilatos, símbolo da indiferença e da omissão; do outro
lado, a bacia utilizada por Jesus no lava-pés, sinal de terno cuidado e
compromisso para com o serviço. Serviço evangelizador que dá visi-
bilidade ao Reino de Deus presente no mundo. Qual das duas bacias
temos utilizado como evangelizadores?” (CF 2020, Texto-Base, p. 77).
Qual dessas bacias escolhemos?
Todos: Necessitamos de corações semelhantes ao coração de
Jesus, que se curvou sensivelmente à dor de toda a humanidade e
dela cuidou. “Pondo-se de joelhos diante dos outros para os lavar;
mas, logo a seguir, diz aos discípulos: ‘Sereis felizes se o praticar-
des’ (Jo 13,17)” (EG, n. 24).
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4. FATOS DA VIDA
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5. A ALEGRIA DE CUIDAR
Animador(a): “As mudanças que tanto queremos no mun-
do só serão reais se começarem em nós, a partir de nós, afetando,
assim, o ambiente em que vivemos. A conversão pastoral é fruto da
conversão pessoal. ‘Vai e faze o mesmo’ (Lc 10,37). Daí a importân-
cia de renovarmos, pessoalmente, nosso compromisso de cuidado e
valorização da vida. Dar início a processos de fraternidade e de ter-
nura. Cultivar boas amizades. Redescobrir o valor da vizinhança”
(CF 2020, Texto-Base, p. 81).
361
Leitor(a) 1: Recordemos as palavras de Santa Teresa de Calcutá:
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“Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de
água no oceano. Mas o oceano seria menor se lhe faltasse uma gota”.
Animador(a): Em um gesto simples, vamos realizar dois
momentos. No primeiro, vamos ouvir uma música, que muitos devem
conhecer.
Música: “Verdades do Tempo” (Thiago Brado). (pode ser
eletrônica.)
Animador(a): No segundo momento, em um gesto de acolhi-
mento, ternura, amizade e celebração, vamos nos abraçar, mas não é
um simples abraço, e sim aquele abraço que nos remeta à “ternura de
Deus”. (Todos se abraçam.)
Animador(a): Como gesto concreto desta semana, iremos abra-
çar mais pessoas: mas abrace pessoas que precisam do seu “olhar de
fé”, pessoas que estão sedentas de atenção, que estejam à margem, pre-
cisando de quem lhes dê atenção. Tenha compaixão!
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5º ENCONTRO
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Um novo olhar
1. ACOLHIDA
Animador(a): Para começar nosso encontro, vamos, em um
instante de silêncio, nos entregar à ação do Espírito Santo, para que
juntos possamos refletir, partilhar e planejar a partir da Campanha da
Fraternidade. (Um instante de silêncio.)
Rezemos confiantes a Oração do Espírito Santo. Vinde, Espírito
Santo...
(As 3 velas do castiçal deverão estar acesas.)
Animador(a): A proposta de nossos encontros é que possamos,
juntos, conhecer um pouco da CF 2020 e, de uma maneira simples,
como é proposta dessa campanha, perceber que o “olhar de Jesus” pre-
cisa contagiar nosso coração e assim possamos fazer com que o nosso
coração queira “olhar como Jesus”. Estamos no último encontro, apro-
ximando da semana maior de nossa fé, a Semana Santa, e temos certe-
za de que nossos corações têm estado mais em nossas mãos, como nos
ensinou São Camilo de Lellis.
Leitor(a) 1: No nosso último encontro, fizemos um propósito
bem especial: iríamos abraçar algumas pessoas que estivessem preci-
sando de um “olhar de fé”, pessoas sedentas de atenção. Agora quem
quiser partilhe conosco alguma experiência sobre esse propósito.
Faremos de maneira breve para que mais pessoas possam partilhar
também.
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(Esperar manifestações.)
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mas fundamental para a vida dele. Sejamos mais ousados quando se
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3. O EVANGELHO DA VIDA
Canto:
Como são belos os pés do mensageiro / Que anuncia a paz /
Como são belos os pés do mensageiro / Que anuncia o Senhor.
Ele vive, ele reina/Ele é Deus e Senhor
Evangelho – Jo 13,34-35 (Ler na Bíblia, de forma bem pausada.)
Perguntas para todos (partilha)
1. Jesus nos oferece o mandamento novo. Por que é tão difícil
segui-lo?
2. Se o amor, tudo desculpa, tudo perdoa, por onde andará o amor
que Jesus nos falou nesse Evangelho?
Leitor(a) 1: O mandamento novo supera todos os outros man-
damentos. Deus e o homem são inseparáveis e é somente amando
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ao homem que amamos a Deus. Em Jesus, Deus se fez presente no
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4. FATOS DA VIDA
Animador(a): Vamos conhecer um pouco da vida de alguém
que tem mudado muitas outras vidas: você!
Leitor(a) 1: Você! Quem é você? Quando você descobriu seu
valor para Deus? Qual é a sua história diante dos homens e diante de
Deus? O que você traz em si que despertou o olhar do Senhor, que
tem tido compaixão de você, todo o tempo? Quem é você que faz nos-
so Senhor cuidar tanto? Quem é você, meu próximo, que tem cativado
o olhar de Jesus, que tem conquistado sua compaixão e tem recebido
seu cuidado? Você já pensou em quem é você? (pausa)
Leitor(a) 2: Você é o próximo, aquele que traz uma linda história
que tem sido escrita pelo amor e pela misericórdia de nosso amado
Pai. Com certeza, você tem fatos incríveis que, se contados, pessoas
que não conhecem a fé diriam que são apenas coincidências, mas sua
fé te dá a certeza, que nosso Deus zela por você. “Você é obra de Deus,
criatura sua. Ele criou-a à sua imagem, e reflete algo da sua glória. Cada
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ser humano é objeto da ternura infinita do Senhor, e Ele mesmo habita
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na sua vida” (Papa Francisco). Por isso, viva, ame, sonhe, acredite. E,
com a graça de Deus, nunca se desespere.
Música: Vamos no silêncio ouvir com muita atenção uma
música:
“Fala, Senhor” (Márcio Todeschini).
Animador(a): Sabendo quem é você e ouvindo o que quer falar,
podemos olhar o Cartaz da Campanha da Fraternidade 2020 e ter a
certeza de que podemos nos espelhar na Santa Dulce dos Pobres.
5. A ALEGRIA DE CUIDAR
(A imagem de Nossa Senhora deve estar em um pequeno altar ou
sobre a mesa preparada.)
Animador(a): Durante nossos cinco encontros tivemos as velas
acesas no castiçal, lembrando o Lema “Viu, sentiu compaixão e cui-
dou dele”. Agora, vamos multiplicar essa luz! Cada um irá receber uma
vela e, durante a música, vamos acendê-la e ladear o altar onde está
a imagem daquela que entendeu o verdadeiro sentido de ver, sentir
compaixão e cuidar, Nossa Senhora.
Refrão Orante: Ó luz do Senhor, que vem sobre a terra, inun-
da meu ser, permanece em nós. (2x)
Leitor(a) 1: Voltemos o olhar para aquela que é, para nós, sinal
de esperança segura e consolação, e rezemos juntos:
Todos: “Ó Maria, aurora do mundo novo, / Mãe dos viven-
tes, confiamos-vos a causa da vida: / olhai, Mãe, para o número
sem fim de crianças / a quem é impedido nascer, / de pobres para
quem se torna difícil viver, de homens e mulheres vítimas de inu-
mana violência, de idosos e doentes assassinados pela indiferen-
ça ou por uma falsa compaixão. Fazei com que todos aqueles que
creem no vosso Filho saibam anunciar com desassombro e amor
aos homens do nosso tempo o Evangelho da vida. Alcançai-lhes
a graça de o acolher como um dom sempre novo, a alegria de o
celebrar com gratidão em toda a sua existência, e a coragem para
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o testemunhar com grande tenacidade, para construírem, junta-
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BENÇÃO DA TERNURA
Animador(a): Ao final deste encontro, rezemos a benção da ter-
nura, que quer nos lembrar que o nosso Deus é terno e nos envolve,
cuidando e ensinando, como nesses encontros.
Leitor(a) 1: Senhor Deus, Pai rico em Misericórdia, com quem
precisamos aprender o verdadeiro sentido da compaixão, iluminai-
-nos através do Dom do Entendimento, para que sejamos capazes de
perceber que o nosso próximo espera e precisa de nós.
Leitor(a) 2: Que a indiferença que vem invadindo a humanidade
seja afastada por nós, para que a sensibilidade inunde nosso ser. Pedi-
mos que as lágrimas brotem em nossos olhos, diante do sofrimento
do nosso próximo, que padece à nossa frente e assim chegue ao nosso
coração a vontade de fazer acontecer algo diferente, através de nossas
mãos, que precisam se estender para aliviar o sofrimento de seus filhos
e filhas, nossos irmãos e nossas irmãs.
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Todos: Ajude-nos, Senhor, a reconhecer nossa pequenez,
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INTRODUÇÃO
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c. um calendário de atividades e exercícios de santificação para
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1. TEMPO DIÁRIO DE ORAÇÃO PESSOAL
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TODOS OS DIAS:
De manhã:
Fazer sobre si o sinal da cruz de Cristo, recebido no Batismo, de-
sejando viver todo o dia a partir de Cristo, morto e ressuscitado;
Pedir as luzes do Espírito Santo para o dia que se inicia e para que
Ele lhe dê o reto conhecimento da Palavra;
Ler, meditar, orar e contemplar o Evangelho do dia (ver tabela
a partir da p. 378), conforme o método da Leitura Orante da
Bíblia (p. 375-377).
À noite:
Examinar a própria consciência a partir destas três perguntas:
a. Hoje, o que eu fiz de bom?
b. Em que eu poderia melhorar?
c. Amanhã, o que não posso repetir?
Em seguida, agradecer a Deus o bem e suplicar sua misericórdia
para o mal feito;
Por fim, recomendar-se a Nossa Senhora, rezando a Oração do
Papa Francisco a Maria (EG, n. 288):
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Vós, que permanecestes firme diante intercedei pela Igreja, da qual sois
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2. EVANGELHO DO DIA E EXERCÍCIOS
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DIÁRIOS DE SANTIFICAÇÃO
1. Ponha-se em oração:
Escolha o momento mais propício do dia, quando você não
esteja cheio(a) de tarefas e preocupações, com calor ou frio,
sono ou cansaço;
Busque um lugar onde possa estar sozinho(a) e sentir-se bem;
Desligue a TV, o computador e o celular;
Conecte-se unicamente em Deus;
Tenha clareza de que este momento é único e diferente de tudo
e concentre-se nele;
Busque uma posição corporal que lhe ajude na concentração: de
pé, sentado, de joelhos, com as mãos abertas, juntas... Respire
profundamente – uma, duas, três vezes… – tome consciência
de si mesmo(a), da vida que pulsa em si. Procure o seu modo!
Evite, porém, andar ou deitar-se;
Faça silêncio, acalme-se, suscite em si mesmo(a) o desejo de
ouvir a Palavra de Deus;
Um fundo musical bem baixinho e uma vela acesa podem ajudar;
Mas o essencial é ter a Bíblia na mão.
2. Leia o texto:
Leia o texto com toda a sua atenção;
Se possível, leia em voz alta;
Se preciso, leia outra vez;
Feche a Bíblia e responda à pergunta: O QUE O TEXTO DIZ?
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Esforce-se por recompor na sua memória tudo que o texto diz,
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Descubra como colocar em prática o que Deus lhe está dizendo;
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QUINTA, SEXTA E SÁBADO DEPOIS DAS CINZAS:
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Proposta:
Dia Evangelho Exercitar-se no
seguimento de Jesus
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1ª SEMANA DA QUARESMA:
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Proposta:
Dia Evangelho Exercitar-se no
olhar de Jesus
1º Domingo Mt 4,1-11
Visitar uma pessoa idosa
da Quaresma
ou doente.
(1º de março)
Segunda-feira Mt 25,31-46
Separar roupas de bom uso
da 1ª Semana
e doá-las a quem precisa.
(2 de março)
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2ª SEMANA DA QUARESMA:
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Proposta:
Dia Evangelho Exercitar-se no com-
prometimento de Jesus
Terça-feira Mt 23,1-12
Pedir perdão a alguém que
da 2ª Semana
você prejudicou ou ofendeu.
(10 de março)
Quarta-feira Mt 20,17-28
Servir uma pessoa que esteja
da 2ª Semana
precisando.
(11 de março)
Quinta-feira Lc 16,19-31
Doar alimento a uma pessoa
da 2ª Semana
necessitada.
(12 de março)
Sábado Lc 15,1-3.11-32
Ser misericordioso com
da 2ª Semana
os pecados dos outros.
(14 de março)
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3ª SEMANA DA QUARESMA:
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Proposta:
Dia Evangelho Exercitar-se no
amor de Jesus
Quarta-feira Mt 5,17-19
Evitar julgamentos e críticas
da 3ª Semana
às pessoas difíceis .
(18 de março)
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4ª SEMANA DA QUARESMA:
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Proposta:
Dia Evangelho Exercitar-se na
compaixão de Jesus
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5ª SEMANA DA QUARESMA:
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Proposta:
Dia Evangelho Exercitar-se no
cuidado de Jesus
Terça-feira Jo 8,21-30
Ter paciência com a fraque-
da 5ª Semana
za do outro.
(31 de março)
Quarta-feira Jo 8,31-42
Dar esmola, com generosi-
da 5ª Semana
dade.
(1º de abril)
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6ª SEMANA DA QUARESMA:
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Proposta:
Dia Evangelho Exercitar-se na
fidelidade de Jesus
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3. TEMPO SEMANAL DE ORAÇÃO COMUNITÁRIA
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QUARTA-FEIRA DE CINZAS
“Ele viu, sentiu compaixão e cuidou dele”
(Lc 10,33-34)
1. ACOLHIDA
Dirigente: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém.
Dirigente: Estamos iniciando hoje o tempo da Quaresma, tempo
de intensa oração, jejum, penitência e conversão. “A Quaresma é tempo
favorável para sairmos de nossa alienação existencial” (CF 2020: Texto-
-Base, n. 16). A Quaresma que iniciamos hoje se estende até a Quinta-
-feira Santa, quando iniciaremos o Sagrado Tríduo Pascal, a maior de
todas as celebrações cristãs, a Páscoa da Ressurreição do Senhor. Desde
as suas origens, a Quaresma é um grande retiro que toda a Igreja, unida,
faz em preparação para a Páscoa, festa da Vida nova e definitiva.
Todos: É isto que queremos fazer: queremos que a nossa
Quaresma seja um grande retiro que nos conduza à festa da Vida,
à Páscoa, à Festa da salvação!
2. PREPARANDO O CORAÇÃO
Dirigente: Como um grande retiro, a Quaresma se caracteriza
por ser um tempo de recolhimento, de mais silêncio para uma maior
atenção aos toques que Deus nos dá por meio de sua Palavra e tam-
bém dos sinais que Ele coloca em nossa vida através dos outros. Neste
ano, um dos sinais que Deus nos dá para orientar nosso retiro de con-
versão quaresmal é a Campanha da Fraternidade.
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Todos: Fraternidade e Vida! Dom e Compromisso! “Viu,
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3. ACOLHENDO A PALAVRA
Dirigente: Em meio aos inúmeros e ricos textos bíblicos que
a Quaresma nos apresenta, um deles é destacado pela Campanha da
Fraternidade deste ano, tornando-se referência para tudo o que vier-
mos a rezar, refletir e fazer. Vamos aclamá-lo:
Todos: Eu vim para escutar tua Palavra, tua Palavra, tua
Palavra de amor! Eu gosto de escutar tua Palavra, tua Palavra,
tua palavra de amor!
Evangelho: Lucas 10,25-37.
(Após proclamação da leitura, segue-se um momento de silêncio para
interiorização.)
Todos: Eu quero entender melhor tua Palavra, tua Palavra,
tua Palavra de amor!
Meditação:
1. O que devo fazer para entrar na vida eterna? É a pergunta do dou-
tor da Lei que dá origem à parábola. Nós também estamos real-
mente interessados na vida eterna ou queremos apenas aprovei-
tar a vida, o hoje, o agora, sem nos preocuparmos com o futuro,
com a salvação, com a eternidade? A Quaresma, este nosso retiro,
é um tempo oportuno para recolocar na pauta da nossa vida a
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Vida Eterna: esta vida que é dom de Deus e compromisso nosso
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Canto: O mundo ainda vai viver tua Palavra, tua Palavra, tua
Palavra de amor!
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Faça uma lista de grandes amigos Quantas mentiras você condenava
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Quem você mais via há dez anos atrás Quantas você teve que cometer
Quantos você ainda vê todo dia Quantos defeitos sanados com o tempo
Quantos você já não encontra mais Eram o melhor que havia em você
Faça uma lista dos sonhos que tinha Quantas canções que você não cantava
Quantos você desistiu de sonhar Hoje assobia pra sobreviver
Quantos amores jurados pra sempre Quantas pessoas que você amava
Quantos você conseguiu preservar Hoje acredita que amam você
Onde você ainda se reconhece Faça uma lista de grandes amigos
Na foto passada ou no espelho de agora Quem você mais via há dez anos atrás
Hoje é do jeito que achou que seria Quantos você ainda vê todo dia
Quantos amigos você jogou fora Quantos você já não encontra mais
Quantos mistérios que você sondava Quantos segredos que você guardava
Quantos você conseguiu entender Hoje são bobos ninguém quer saber
Quantos segredos que você guardava Quantas pessoas que você amava
Hoje são bobos ninguém quer saber Hoje acredita que amam você.
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7. UMA REFLEXÃO PARA A SEMANA:
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Criar “casa” é criar família; é aprender a sentir-se unido aos outros,
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Papa Francisco
Lar O Bom Samaritano – lar que acolhe
enfermos com HIV e Aids
Panamá, 27 de janeiro de 2019
391
1ª SEMANA
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1. ACOLHIDA
Dirigente: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém.
Dirigente: Estimados irmãos e irmãs em Cristo, sejam todos
bem-vindos a este nosso momento em que faremos uma profunda
experiência de abandonar-nos no coração misericordioso de Deus
através deste exercício espiritual, que vai nos preparar para bem cele-
brarmos as alegrias pascais dentro de nossas comunidades.
Todos: Queremos, através destes exercícios espirituais, ama-
durecer na fé e ser mais corajosos no serviço e na missão, sendo
um verdadeiro “Dom e Compromisso” para a vida eclesial.
2. PREPARANDO O CORAÇÃO
Dirigente: Queridos irmãos e irmãs, estamos na primeira sema-
na da Quaresma. Tempo propício para fazermos uma caminhada de fé,
pautada na oração, no jejum e nas práticas de caridade. A Quaresma é
o grande retiro que todos nós somos chamados a percorrer. Por vezes,
pela correria do nosso dia a dia ou pela nossa falta de comprometi-
mento com a nossa fé, deixamos esta oportunidade passar desperce-
bida em nossa caminhada e não a aproveitamos para sermos tocados e
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transformados pela graça de Deus, que utiliza destes momentos para
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nos fortalecer.
Todos: Senhor, perdoai-nos pela falta de comprometimen-
to com a nossa fé. E ajudai-nos, através destes exercícios, a nos
fortalecer neste bom propósito de caminharmos rumo às ale-
grias da Ressurreição.
Leitor(a) 1: Nesta semana, somos convidados a buscar os deser-
tos da nossa interioridade. O deserto é o lugar do silêncio, da oração,
da solidão; é também o lugar da liberdade em que o homem é coloca-
do diante dos seus maiores dramas existenciais. Por vezes, não gosta-
mos dos desertos que são propostos para a nossa caminhada. Fugimos
dos momentos de solidão, pois não estamos preparados para fazer o
encontro com o nosso próprio ser. Peçamos a graça de buscar, ao lon-
go deste tempo intenso, a graça de vivermos o silêncio e a escuta.
Todos: Silêncio, ó Silêncio! Deus nos fala ao coração! (Silêncio
– Frei Luiz Turra)
Leitor(a) 2: No deserto de nossa existência, somos tentados a
nos deparar com as nossas limitações e misérias. “Jesus Cristo vai para
o deserto para ser tentado, para participar nas tentações do seu povo
e do mundo, para carregar a nossa miséria, para vencer o inimigo e,
assim, nos abrir o caminho da terra prometida” ( Joseph Ratzinger, na
obra: O caminho pascal). É necessário fazermos também o caminho do
deserto e ali enfrentarmos as tentações e darmos uma resposta segura
e firme das nossas escolhas mediante a fé que professamos.
Todos: Senhor, dai-nos coragem para estarmos abertos à pro-
posta que Deus nos faz e preparados para testemunhar, com a nossa
vida, em palavras e ações concretas, o que estamos meditando.
Leitor(a) 3: “A Quaresma, que é o caminho do povo de Deus
rumo à Páscoa, um caminho de conversão, de luta contra o mal com
as armas da oração, do jejum e das obras de caridade” (Papa Francisco,
Angelus, 5 de março de 2017). Em nosso país, além daquilo que
a Igreja nos propõe, temos feito uma bonita experiência com a CF.
393
Neste ano, somos chamados a voltar o nosso olhar e refletirmos sobre
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3. ACOLHENDO A PALAVRA
Aclamação: Glória e louvor a vós, ó Cristo! (bis) / O homem não
vive somente de pão, Mas de toda a palavra da boca de Deus! (Eurivaldo
S. Ferreira – CF 2011: CD)
Evangelho: Mateus 4,1-11.
(Após proclamação da leitura, segue-se um momento de silêncio para
interiorização.)
Meditação:
1. A Palavra foi proclamada, passando pelos nossos ouvidos e en-
contrando lugar em nossos corações. A semente quando é plan-
tada em terreno fértil, logo germina e produz fruto. Vamos par-
tilhar um pouco sobre aquilo que escutamos. Partilhando, um
poderá enriquecer o outro. Essa partilha é como um adubo or-
gânico que colocamos no terreno em que foi plantada a semen-
te para fortificar o fruto que dali brotará. Como lidamos com o
deserto em nossas vidas?
2. “Jejuando quarenta dias no deserto, Jesus consagrou a obser-
vância quaresmal. Desamarrando as ciladas do antigo inimigo,
ensinou-nos a vencer o fermento da maldade” – assim nos diz
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o Prefácio da Oração Eucarística deste Domingo, assim sendo
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7. UMA REFLEXÃO PARA A SEMANA:
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aconteceria se tratássemos a Bíblia como tratamos o nosso celu-
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Papa Francisco,
Angelus, 5 de março de 2017
397
2ª SEMANA
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1. ACOLHIDA
Dirigente: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém.
Dirigente: Queridos irmãos e irmãs, continuamos a nossa cami-
nhada neste grande deserto quaresmal, para reencontramos com
Deus, conosco e com os irmãos e irmãs, e assim ressuscitar para uma
vida nova. No início da nossa viagem, certamente a bagagem estava
pesada. Mas, no caminho, alimentando-nos da Palavra, estamos des-
cobrindo que não é preciso levar muita coisa. Pelo contrário, é preci-
so abandonar o que nos pesa e que nos impede de avançar. Basta um
coração aberto para viver a experiência de encontro com o Senhor,
que preenche os vazios de nossa existência e nos tira todo o medo.
Dessa forma, subindo a montanha para estar com Ele, desejamos viver
uma experiência penitencial profunda e transformadora, repleta de
esperança e coragem, que nos permita proclamar a uma só voz:
Todos: “O Senhor é minha luz e minha salvação: de quem
terei medo? O Senhor é o refúgio da minha vida: diante de quem
tremerei?” (Sl 26,1).
2. PREPARANDO O CORAÇÃO
Leitor(a) 1: O medo paralisa nossos corações e nossas ações
e impede que a graça de Deus opere plenamente em nossa história.
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Somos levados a tirar nossos olhos do Senhor e de sua imensa mise-
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radicalmente a missão de anunciar a Boa-Nova a todos, confiantes de
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3. ACOLHENDO A PALAVRA
Aclamação: Que a Palavra esteja em minha boca, a Tua Palavra!
Para anunciar ousadamente o Evangelho, o mistério do Evangelho!
(O Mistério do Evangelho – CD Chamaste-me, Senhor!)
Evangelho: Mateus 17,1-9.
(Após proclamação do Evangelho, segue-se um momento de silêncio
para interiorização.)
Meditação:
1. O convite para subir a montanha aponta que existe um lugar para
o conhecimento do Cristo e que Ele nos convida, como aos após-
tolos, a estar com Ele. No encontro com Ele, acontece o trans-
bordamento do amor de Deus, que afasta todo o medo e acalma
o nosso coração. Nossa experiência de fé nos tem conduzido a
momentos de recolhimento, de intimidade com Deus e de paz?
Em se tratando de nossos momentos de oração e das celebrações
litúrgicas nas quais participamos, conseguimos fazer essa experi-
ência de retiro e de silêncio, que preenche todo nosso ser a ponto
de dizer: “Senhor, é bom estarmos aqui!” (Mt 17,4)?
2. A Transfiguração, testemunhada por Pedro, Tiago e João, é a reve-
lação prévia da vida plena que espera Jesus e a todos nós depois
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da Ressurreição, para animar os apóstolos e a nós a enfrentarmos
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5. A PALAVRA SE TRANSFORMA EM ORAÇÃO
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multidão de homens e mulheres que, em diversas partes do mundo,
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Papa Francisco,
Angelus, 6 de agosto de 2017
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3ª SEMANA
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1. ACOLHIDA
Dirigente: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém.
Dirigente: Queridos irmãos e irmãs, mais uma vez nos encontra-
mos para o nosso tempo semanal de oração comunitária neste grande
retiro quaresmal. Nesta caminhada, preparando a Festa da Páscoa do
Senhor, vamos pouco a pouco rasgando nossos corações, atentos ao
apelo que o próprio Deus nos faz ( Jl 2,12-13). Assim, sob uma dimen-
são penitencial e batismal, somos chamados a renovar e intensificar
a vivência do nosso Batismo, mediante a escuta atenta da Palavra de
Deus e uma insistente conversão.
Todos: “É agora o momento favorável, é agora o dia da salva-
ção” (2Cor 6,2).
2. PREPARANDO O CORAÇÃO
Leitor(a) 1: A água, no conjunto da criação, é um dos recursos
naturais mais necessários à vida. Nosso corpo é composto de 70 a 75%
de água. É simplesmente impossível viver sem ela. Não bastasse sua
importância fisiológica, existe também uma importância simbólica da
água. Para diferentes culturas, a água é sinal de plenitude de todas as
possibilidades, início primordial de todo o ser, força de purificação e
renovação corporal, psíquica e espiritual, fonte da juventude, fertilida-
de, vida, eternidade.3
3 BECKER, Udo. Água. In: Dicionário de símbolos. São Paulo: Paulus, 1999, p. 10-14.
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Todos: Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã água!
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3. ACOLHENDO A PALAVRA
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Meditação:
1. O encontro de Jesus com a samaritana rompeu esquemas cul-
turais e religiosos de seu tempo e conduziu aquela mulher ao
encontro consigo mesma, com sua história, com suas sedes.
A cultura do encontro é, pois, o remédio para tempos de “globa-
lização da indiferença”, é uma forma de nos comprometermos
com a Vida, dom do Criador. Com quem temos nos encontrado
ao longo do caminho? Como têm sido esses encontros? Quais
as nossas sedes?
2. Jesus pede água. Toma a iniciativa. Ele sabia que a água daquele
poço saciava apenas por fora, não alcançava o coração; era água
de poço, parada. Jesus pede água, mas Ele é fonte. De pedinte
passa a ser oferente. Oferece água viva, geradora de vida eterna.
Que águas temos procurado? Que águas temos oferecido?
3. A mulher samaritana não pode guardar apenas para si o Dom da-
quele encontro, mas, esquecendo sua jarra, seu passado, correu
até à cidade para anunciar: “Vinde ver!”. Nosso compromisso
batismal, que desejamos renovar nessa Quaresma, nos conduz
ao apostolado – batizados e enviados – no coração do mundo.
Como podemos redescobrir esse Dom de Deus em nossas vidas?
Como despertar nossas comunidades para o Compromisso com
vida, como nos pede a CF 2020?
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4. REZANDO O QUE OUVIMOS
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e que apenas sei que é a tua! Que esta sede se torne o mapa e a viagem
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7. UMA REFLEXÃO PARA A SEMANA:
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Cada um de nós pode identificar-se com a mulher samaritana: Jesus
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4ª SEMANA
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1. ACOLHIDA
(Espontânea, feita pelo dirigente.)
Em nome do Pai... (pode ser cantado)
2. PREPARANDO O CORAÇÃO
Dirigente: Irmãs e irmãos, vai adiantado este tempo especial de
recolhimento, jejum, oração, esmola e conversão! Temos aproveitado
bem este tempo que o Senhor fez para nós? Como andam nossos exer-
cícios espirituais diários? Estamos nos esforçando ou continuamos
acomodados? “Desperta, tu que estás dormindo, levanta-te dentre os
mortos, e Cristo te iluminará” (Ef 5,14).
Todos: (cantando) Eu vim para que todos tenham vida!
Que todos tenham vida plenamente! (bis) (L. e M.: José Weber;
CD Liturgia VIII: Quaresma ano A.)
Leitor(a) 1: Somos presenteados com uma semana especial na
vivência quaresmal. Sim! Nesta semana já experimentamos previa-
mente a alegria da Ressurreição. É por isso que, mantendo a sobrieda-
de da Quaresma, nesta semana há um pouco mais de ornamentos em
nossa comunidade e o roxo cede espaço para o róseo, cor um pouco
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mais clara, que indica a alegria contrita que toma nossa oração e nossa
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À imagem e semelhança de Deus (Gn 1,26) e mergulhados no mistério
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3. ACOLHENDO A PALAVRA
Dirigente: Tendo aquecido o coração, permitamos que a Palavra
de Deus pouse nele e produza a reflexão e a oração que o transformem
ao molde do coração de Deus, que vê, sente compaixão e cuida de nós
(CF 2020: Texto-Base, n. 93).
Aclamação: Luz radiante, luz da alegria! Luz da glória, Cristo
Jesus! (L. e M.: Reginaldo Veloso)
Evangelho: João 9,1-17.34-38.
(Após proclamação da leitura, segue-se um momento de silêncio para
meditação.)
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Meditação:
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4. REZANDO O QUE OUVIMOS
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Leitor(a) 1: Por tudo isso, fica claro para nós o motivo de já nos
alegrarmos pela Páscoa de Jesus, ainda durante esses passos que damos
rumo à celebração do mistério maior da nossa fé. Ele nos vê, se compa-
dece e cuida de nós, como temos refletido durante toda esta Quares-
ma, e queremos continuar em todo o ano, motivados pela Campanha
da Fraternidade.
Leitor(a) 2: Aproveitando as expressões artísticas do Brasil,
vamos ouvir e rezar, gravando no coração cada parte deste nosso
encontro, os versos de Erasmo Carlos.4
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De incontáveis alegrias vindas do amor Uma plenitude mansa que acendeu
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seguisses”. Pediste um conselho de vida. De que vida, senão daquela
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grande coisa é a vida! Ah, se fosse possível à minha alma encontrar
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Santo Agostinho,
Ofício de Leituras da Liturgia das Horas,
IV Domingo da Quaresma
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5ª SEMANA
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1. ACOLHIDA
Dirigente: Queridas irmãs, queridos irmãos, hoje o Senhor nos
chama para perto dele, para nos comunicar como é grande o valor da
vida humana. Em seu grande amor, Jesus Cristo se entregou por nós,
para que tenhamos a plenitude da vida! Aqui estamos reunidos como
família de Deus e, com alegria, iniciamos este nosso encontro.
Todos: Em nome do Pai... (pode ser cantado)
2. PREPARANDO O CORAÇÃO
Dirigente: Com a ajuda de Deus, estamos perseverando em nos-
sa caminhada quaresmal. Quanto já avançamos, e quanto ainda preci-
samos avançar! Este Quinto Domingo da Quaresma nos garante que a
vontade de Deus é nos oferecer uma vida definitiva que supera a mor-
te. Ser amigo de Jesus e aderir à sua proposta, fazendo de nossa própria
vida uma entrega obediente ao Pai e um dom aos irmãos, é entrar na
vida definitiva. Quem vive assim até experimenta a morte física, mas
não permanece morto: viverá para sempre em Deus.
Todos: Eu vim para que todos tenham vida, que todos
tenham vida plenamente! Reconstrói a tua vida em comunhão
com teu Senhor. Reconstrói a tua vida em comunhão com teu
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irmão. Onde está o teu irmão, eu estou presente nele (Eu vim para
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presos, recuperar a vista aos cegos, dar liberdade aos oprimidos (Lc 4,18).
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Há pessoas que estão de pés e mãos atados, não enxergam, não escutam,
não falam, falta-lhes no rosto expressão de vida. “A missão do discípulo
missionário de Jesus Cristo é acreditar na justiça expressa na Palavra de
Deus e colaborar para promovê-la e garanti-la. Valorizar a vida e promover
a justiça misericordiosa é um ato de fé. Mas é também um exercício que
passa pela organização comunitária e social que não pode ser confundido
como algo meramente assistencialista” (CF 2020: Texto-Base, n. 114).
Todos: Eu vim para que todos tenham vida, que todos
tenham vida plenamente! Vim buscar e vim salvar o que estava já
perdido. Busca, salva e reconduze a quem perdeu toda a esperan-
ça. Onde salvas teu irmão, tu me estás salvando nele (Eu vim para
que todos tenham vida, Pe. José Weber).
3. ACOLHENDO A PALAVRA
Dirigente: Muitas vezes, vivemos situações que parecem verda-
deiros sepulcros frios, escuros e sem vida. Mas são esses lugares que
Deus quer alcançar com sua graça, que nos reanima, liberta, salva.
É preciso abrir o coração e permitir a ação transformadora da Palavra
de Deus em nós.
Aclamação: É uma luz, tua Palavra! É uma luz pra mim,
Senhor! Brilhe esta luz, tua Palavra! Brilhe esta luz em mim,
Senhor! (3x)
Evangelho: João 11,1-45.
(Após proclamação da leitura, segue-se um momento de silêncio para
interiorização.)
Meditação:
1. “Preparemo-nos para celebrar a festa do Senhor não apenas com
palavras, mas também com nossos atos” (Santo Atanásio, Cartas
Pascais). Qual é a família dos irmãos de Jesus? Lutamos pela vida,
aqui e agora, com a esperança da vida futura? Podemos fazer algo
além de lamentar e chorar as situações difíceis de nosso tempo?
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2. “Ao aproximarem-se as festas pascais, a quem tomaremos por
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Mas isso não impede Há quem fale
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Viver Eu sei, eu sei
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um de nós: “Sai daí! Vem a mim!”. Ele diz a todos nós: “Não tenham
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medo!”. Também a nós, hoje como naquela época, Jesus diz: “Tirai
a pedra!” Por mais pesado que seja o passado, por maior que seja
o pecado, por forte que seja a vergonha, nunca atrapalhemos a
entrada do Senhor. Diante dele, removamos a pedra que impede
que Ele entre. Este é o tempo favorável para removermos nosso
pecado, nosso apego às vaidades mundanas, o orgulho que nos blo-
queia a alma, muitas inimizades entre nós, nas famílias… Este é o
momento favorável para removermos todas essas coisas. Visitados
e libertados por Jesus, peçamos a graça de sermos testemunhas de
vida neste mundo, que dela tem sede; testemunhas que suscitam e
ressuscitam a esperança de Deus nos corações cansados e sobrecar-
regados pela tristeza. Nosso anúncio é a alegria do Senhor vivente,
que ainda hoje diz, como o fez a Ezequiel: “Eis que abro o sepulcro
de vocês, e os faço sair do seu túmulo, ó meu povo!”.
Papa Francisco,
Homilia em Capri, 2 de abril de 2017
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6ª SEMANA – SEMANA SANTA
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1. ACOLHIDA
Dirigente: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém.
Dirigente: Irmãos e irmãs em Cristo, já nos encontramos na
última semana da Quaresma, a Semana Santa. Percorremos um perí-
odo intenso de preparação do nosso coração. Tanta dedicação, tantos
convites à conversão, cujo foco é a celebração do Mistério pascal do
Senhor e, como expressão da Ressurreição, uma mudança que perdura
em nossos dias. Essa atitude de conversão é uma resposta ao chamado
que Deus nos faz e um ato sincero de quem assume a cruz de Cristo
e o segue, como discípulo e discípula. Diante do mistério do amor de
Deus, estamos reunidos fraternalmente.
Todos: (cantando) Prova de amor maior não há que doar a
vida pelo irmão! (2x)
2. PREPARANDO O CORAÇÃO
Leitor(a) 1: A vida oferecida a nós como dom é manifestada ple-
namente na cruz de Jesus Cristo, cujo significado não remete à morte,
mas à vida. Sabemos como a entrega de Cristo é revestida pelo vínculo
do amor e da misericórdia. Esse sacrifício redime a humanidade de
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seus pecados e conduz o homem à plena comunhão com Deus. Nes-
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Leitor(a) 3: Nestes dias intensos da nossa fé, somos convidados
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3. ACOLHENDO A PALAVRA
Aclamação: Palavra de salvação somente o céu tem pra dar.
Por isso meu coração se abre para escutar. Por mais difícil que seja
seguir, tua palavra queremos ouvir. Por mais difícil de se praticar,
tua palavra queremos guardar! (Palavra de Salvação – Pe. Zezinho).
Evangelho: Mateus 21,1-11.
(Após proclamação da leitura, segue-se um momento de silêncio para
interiorização.)
Meditação:
1. Chegando a este momento, temos a oportunidade de avaliar a
nossa caminhada quaresmal e nos propor uma renovação pascal.
Quais foram os frutos colhidos durante a Quaresma? Quais difi-
culdades nos afastaram do propósito de conversão? Fomos capa-
zes de exercer a caridade, o jejum e a oração de forma autêntica,
ou apenas ficamos na aparência?
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2. O relato da entrada em Jerusalém apresenta um modo diferente
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de Jesus ser rei, que não se serve de honrarias, mas vem de modo
humilde aos que são seus. Somos capazes de vivenciar essa hu-
mildade em nossa vida? Temos o desejo de ser em tudo seme-
lhantes a Jesus Cristo? Ou carregamos o desejo vaidoso de ser-
mos maiores e melhores que os outros naquilo que fazemos?
3. “Portanto, em vez de mantos ou ramos sem vida, em vez de fo-
lhagens que alegram o olhar por pouco tempo, mas depressa
perdem o seu verdor, prostremo-nos aos pés de Cristo” (Santo
André de Creta, bispo). De que modo acolhemos Jesus em nossa
vida? Deixamos que Ele entre profundamente e possa converter
em nós o que há de mau, ou ainda temos medo de acolhê-lo co-
nosco? Nossa fé é verdadeira, a partir de nossa própria vida, ou
ela vive de aparências?
4. Somos fiéis e corajosos na fé ou ainda somos como aqueles que fu-
giram diante da cruz? Temos a capacidade de abraçar a cruz cotidia-
na com amor ou vivemos arrastando e reclamando das dificuldades
da vida? Somos capazes de ajudar o irmão a carregar a sua cruz?
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caminho através do deserto até à terra da liberdade. Nesta Sema-
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são cristãos, os mártires de hoje (e são tantos): não renegam Jesus e
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Papa Francisco,
Homilia no Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor,
29 de março de 2015
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