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LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO B3

Educação e Formação de Adultos

6 Sugestões para tornar a leitura em voz alta mais expressiva

A leitura expressiva consiste na interpretação oral de um texto realizada com


convicção. Está para além da mera leitura em voz alta, pois pressupõe que o leitor
encarna a(s) consciência(s) manifestada(s) no texto, assumindo como suas as vozes que
nele falam.

A leitura expressiva é muito importante no treino da competência leitora, pois


solicita um maior envolvimento com o texto, um esforço mais consciente para o
compreender (que normalmente implica a sua releitura), bem como a resolução de
dúvidas de pronúncia, vocabulário, etc., uma vez que estas impedem uma interpretação
oral adequada. Do ponto de vista do bem-estar emocional do leitor — desde que a
leitura seja feita com tempo e sem pressões — permite “viver” o texto, sentindo o prazer
da evasão. Trata-se de um modo lúdico e criativo de ler que favorece o despertar do
gosto pela literatura.

6 Sugestões para tornar a leitura em voz alta mais expressiva

1. Conheça bem a história.

Só a familiaridade com o texto permitirá interpretá-lo como se tivesse sido escrito por
si. Sem o ter lido todo, uma ou mais vezes, dificilmente terá segurança e à-vontade para
dizer todas as frases sem hesitações e sem enganos, com entoação adequada à pontuação
e aos estados de espírito subjacentes ao discurso. O próprio facto de saber como a
história acaba ajudá-lo-á a decidir qual o tom com que deve começar a lê-la.

2. Defina as vozes das várias personagens e do narrador.

Depois de conhecer bem o texto, decida qual será o timbre próprio de cada uma das
vozes que nele falam. Inspire-se em filmes, peças de teatro, etc., para as vozes mais
“convencionais”, ou opte por vozes mais originais, que se coadunem com a sua
capacidade vocálica. Não se esqueça de ser coerente e fazer a mesma voz para cada
personagem desde o início até ao fim do texto!

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3. Ajuste a velocidade de leitura ao texto.

A velocidade da leitura deve estar de acordo com o tipo de texto. Por exemplo, é natural
interpretar a fala de uma tartaruga com uma voz arrastada, que demora a acabar o que
tem para dizer, e a fala de um ratinho assustado mais rapidamente, talvez mesmo
“comendo” alguns sons pelo meio.

4. Acompanhe a leitura com expressões faciais.

Além de tornarem as histórias ouvidas mais divertidas e entusiasmantes, as expressões


faciais que vamos fazendo enquanto falamos alteram a qualidade da nossa voz, podendo
torná-la ainda mais ajustada ao que é dito. Um franzir de sobrancelhas com a boca
semicerrada adequa-se a uma fala ameaçadora, dita “entre dentes”, enquanto um ar de
espanto e a boca bem aberta são apropriados para uma fala surpreendida.

5. Anime a leitura com alguns sons.

Um bater de porta, um ranger do soalho, o uivo do vento ou de um lobo, uma explosão


ou o pingar de uma torneira são exemplos de sons que podem ser referidos nos textos
literários. Não é preciso tornar a interpretação fiel dos sons uma constante, basta eleger
alguns deles para introduzir alguma novidade na leitura.

6. Dinamize a leitura usando objetos.

O uso de alguns objetos, sem cair no exagero, é uma forma simples e eficaz de dar mais
dinamismo à história lida. Não é preciso usar fantoches, marionetas ou sombras
chinesas — recursos que poderá não ter à sua disposição. Se a história refere um objeto
vulgar, como uma flor, uma colher ou uma sacola, tenha-o à mão para surpreender e
criar um efeito teatral mais envolvente.

https://www.portoeditora.pt/paisealunos/pais-andalunos/noticia/ver?
id=117067&langid=1

Formador/a: Letícia Loureiro

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