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• O preço

É desaconselhável a oferta de um jornal. Ao comprá-lo, o leitor assume, de alguma forma, o


interesse de o ler. O jornalista, por seu turno, tem de se preocupar em criar e alimentar tal
interesse.

• Que incluir no jornal?


O jornal não é um depósito onde se vai colocar uma composição melhorzita, um texto vulgar
sobre um cantor ou uma actriz, um comentário mais ou menos copiado sobre um tema
qualquer de uma ou outra disciplina ou, finalmente, mais um inconcebível poema de amor. Vale
a pena procurar sempre ter um tipo de abordagem dos assuntos que torne evidente que o
jornal não é uma imitação trivial de outras publicações. Importa, por isso, encontrar temas
interessantes que sejam tratados de modo original. O resultado final deve mostrar a coerência
de um projecto informativo.

• Proximidade
O jornal privilegiará, como é óbvio, o tratamento de temas que possam ter mais interesse para
os leitores. Uma regra estabelece que as pessoas se interessam por aquilo que está mais
próximo delas no plano temporal (o interesse manifesta-se, em primeiro lugar, pelo que se
passará amanhã; em segundo, pelo que ocorreu hoje; e, em terceiro, pelo que sucedeu ontem);
no plano geográfico (o acontecimento tem tanto mais interesse quanto mais perto ocorrer); nos
planos psíquico e afectivo (a paixão, o amor, o destino são assuntos que suscitam a
curiosidade de todos).

• A primeira página
A primeira página permite ter uma primeira impressão sobre a qualidade do jornal. Na parte
superior, será colocado o título do jornal (tratado graficamente) e informações técnicas (data,
número e mais um ou outro elemento). No resto da página, pode aparecer um título principal
que chama a atenção para o tema que merece maior destaque — o título pode ser
acompanhado de um texto breve e de uma fotografia ou de um desenho — e mais alguns
títulos curtos para suscitar a vontade de ler os artigos sobre outros temas relevantes.

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