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Os textos abaixo servirão de apoio para a proposta

de redação. Boa leitura!


Os vestibulares, e o ENEM abordam temas de relevância nacional e que oportunizam a reflexão a partir de
diferentes pontos de vista. A necessidade de implementar o uso de tecnologias nos processos educacionais
apresenta diferentes causas, gera inúmeras consequências e, para ser solucionada, precisa ser abordada
por diferentes segmentos da organização social.

Leia os textos motivadores a seguir e, a partir deles e de seus conhecimentos prévios, elabore um texto
dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Desafios para
o uso de tecnologias no ensino”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto
de vista.

TEXTO 01

Uso das tecnologias na educação


A inovação tecnológica está presente no cotidiano de alunos e professores, proporcionando o uso de modernos
recurso didáticos na escola, e com isso promovendo melhorias no processo de ensino e aprendizagem.

O avanço das tecnologias de informação possibilitou a criação de ferramentas que podem ser utilizadas pelos
professores em sala de aula, o que permite maior disponibilidade de informação e recursos para o educando,
tornando o processo educativo mais dinâmico, eficiente e inovador. Nesse sentido, o uso das ferramentas
tecnológicas na educação deve ser vista sob a ótica de uma nova metodologia de ensino, possibilitando a
interação digital dos educandos com os conteúdos, isto é, o aluno passa a interagir com diversas ferramentas
que o possibilitam a utilizar o seus esquemas mentais a partir do uso racional e mediado da informação.

No entanto, o professor não deve entender as novas tecnologias de ensino apenas como recurso didático
inovador, o que tornaria as novas ferramentas uma metodologia “neotradicional" de ensino, pois utilizar com
tais ferramentas a mesma metodologia tradicional de ensino significa retroceder, didaticamente, aos avanços
da modernidade.

Diante de tudo isso, é inegável reconhecer a importância das inovações tecnológicas no contexto educacional
e, principalmente, no cotidiano de alunos e professores. Isso se deve a utilização das ferramentas tecnológicas
na forma de recursos didáticos na sala de aula, favorecendo o processo de ensino aprendizagem nos diversos
setores da educação. Portanto, a tecnologia no ensino propicia para alunos e professores, uma nova forma de
ensinar e aprender, integrando valores e competências nas atividades educacionais.

fonte: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/uso-das-tecnologias-na-educacao.htm

TEXTO 02
Relatório recomenda reflexão sobre uso da tecnologia na educação
Útil para a aprendizagem, tecnologia não pode ser um fim em si mesma, enfatiza estudo da USP

Essas palavras abrem a sessão sobre tecnologias, educação a distância e escola integral do relatório produzido
pelo Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP com reflexões e propostas para a educação básica. O
documento é fruto de um ciclo de seminários organizado entre 2017 e 2018 para distinguir os desafios reais
das dificuldades aparentes que o tema concentra, conforme anunciou o Jornal da USP em julho passado (leia
reportagem neste link). O uso de tecnologias e o aumento do ensino a distância foram temas do terceiro
encontro, realizado em 22 de novembro de 2017. A íntegra do relatório do IEA está disponível neste link.
“A tecnologia está aí e o elogio de suas potencialidades educativas não pode dispensar a explicitação de seus
limites no que se refere à consideração dos fins da vida humana”, alerta o texto. “Seu uso adequado pode
contribuir para a criação de condições favoráveis ao exercício da cidadania, constituindo um auxílio
importante na tomada de decisões. Mas é preciso uma conscientização sobre as implicações associadas, as
consequências inerentes a seu uso como instrumento educacional.”

De acordo com o documento, dois pontos são cruciais no tratamento da questão. O primeiro envolve o
entendimento de que as tecnologias são recursos importantes, mas que pertencem à ordem dos meios, não
devendo constituir os fins das ações educacionais.

O outro ponto é um alerta ao uso acrítico dos instrumentos tecnológicos. Segundo o relatório, a tendência
alimenta um recado pernicioso para a educação, de que o novo é sempre melhor que o velho. “Na ausência de
projetos norteadores das ações educacionais, por mais interessantes e expressivos que sejam os recursos
tecnológicos, a sensação inevitável é a de inversão de perspectivas”, destaca o texto. “Satisfazer-se com o que
seria apenas meio como se fosse o fim de nossas ações é a marca da mediocridade.”

A relação entre simulação e pessoalidade é um dos itens que exemplificam essa reflexão que o documento
recomenda. “Um dos mais fecundos espaços criados pelas tecnologias é o das simulações”, registra o texto.
“No exercício de um número cada vez maior de profissões, sistemas como o CAD (Computer-Aided Design)
adquirem importância crescente. O merecido valor atribuído a tal recurso não pode conduzir a desvios do tipo
substituição: nas relações humanas, por exemplo, não se pode abdicar do ser em função do mero parecer. A
realidade virtual, por mais vivas que sejam as suas cores, não pode assumir o lugar da realidade concreta, do
mundo que habitamos, e pelo qual somos responsáveis.”

Ao mesmo tempo, a necessidade de superar a polarização entre o fascínio da tecnologia e a recusa de seu uso
é outro destaque. “O fascínio acrítico por tudo que dela deriva é típico de neófitos”, aponta, “na mesma medida
em que a sua recusa sistemática é patética.” A transformação que a tecnologia opera em nossa relação com o
tempo também é alvo de comentários. “A sucessão de tecnologias emergentes induz à crença de que, quanto
mais rapidamente se realiza uma tarefa, tanto melhor, mas a rapidez não pode ser confundida com pressa.”

O relatório expressa ainda preocupação com a pessoalidade das informações e a privacidade radicalmente
alteradas pelas novas tecnologias e as redes sociais, destacando a necessidade de reflexão sobre seus usos. “Se
não se preserva um sentido de privacidade, se não se tem vergonha ou pudor de expor tão indiscriminadamente
certos aspectos pessoais da existência, uma parte expressiva do espaço dos valores pessoais também resulta
comprometida”, ressalta o documento.

Para o professor da Faculdade de Educação da USP Nílson José Machado, coordenador do grupo de estudos
responsável pela organização do documento, algumas das pautas suscitadas pelas novas tecnologias sempre
estiveram presentes na educação. Machado cita como exemplo a discussão sobre ensino a distância.

“A formação é híbrida, na relação presencial e a distância. Sempre foi”, comenta. “Sempre houve a lição de
casa, que é educação a distância. Você aprende olhando para o professor e depPara o professor da
Universidade de Brasília (UnB) Marcos Formiga, um dos participantes do seminário, a educação de qualidade
deve priorizar o estudante, com ações concentradas na educação básica, que considera um dos pilares de um
projeto de nação. Nessa perspectiva, Formiga faz projeções para 2030, conforme registra o relatório.

“A aula expositiva, tipo palestra, desaparecerá quase completamente”, pondera. “O professor se tornará o guia
do estudante em seu próprio processo de aprendizagem. Os processos de avaliação também deverão se tornar
mais abrangentes, com a diminuição dos pesos das provas ou exames finais. A aprendizagem será
personalizada, permanente ao longo da vida. Os currículos serão desmontados, serão desenhados de acordo
com as necessidades de cada um. As habilidades individuais prevalecerão diante do mero desempenho no
conhecimento acadêmico.”

Formiga também aponta as tendências na tecnologia. “A internet será, cada vez mais, a principal fonte de
informações para a construção do conhecimento e o inglês se tornará crescentemente a língua majoritária. A
escola e a internet comporão um ambiente impregnado de Tecnologias de Informação e de Comunicação
(TIC), o que colocará de cabeça para baixo as formas tradicionais de aprender, alterando o modo de vida dos
professores, pais e alunos. As escolas se tornarão redes em que os alunos interagem entre si e com o professor,
de modo a ocorrer uma aprendizagem colaborativa.”

ois leva a lição para a casa, aprende sem estar na frente do professor. E, hoje, a tecnologia favorece outras
formas de você estar próximo, como o e-mail, o Skype. Eu acho que qualquer curso 100% presencial é um
desperdício.”

Nessa relação entre ensino presencial e a distância, o coordenador do grupo de estudos refuta também a ideia
de educação em tempo integral. Para Machado, a solução não é manter o estudante o dia todo na escola, mas
pensar na educação como um processo que acompanha o seu dia a dia, ao longo de toda a vida.

fonte: https://jornal.usp.br/cultura/relatorio-recomenda-reflexao-sobre-uso-da-tecnologia-na-educacao/

TEXTO 03
Estudo mostra que Brasil tem pouca conectividade nas escolas
Segundo a análise, 28,3% dos estudantes do Brasil afirmaram que têm

Um estudo organizado pelo Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional), com base em
dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) de 2015, mostra que o Brasil tem a segunda
pior conectividade nas escolas entre os países que participaram do levantamento.

Segundo a análise, 28,3% dos estudantes do Brasil afirmaram que têm acesso a computadores com internet
nas escolas Agência Brasil/EBC

Segundo a análise, 28,3% dos estudantes do Brasil afirmaram que têm acesso a computadores com internet
nas escolas. A porcentagem perde apenas para a República Dominicana, com 28,18%. A média de conexão
dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), é de 55,9%.

Ao fazer o Pisa, os estudantes respondem a perguntas sobre a existência e o uso de computadores nas
escolas, além do acesso à internet. Quando perguntados se a escola tem computadores, 20,19% dos alunos
responderam que a escola possui o equipamento, mas ele não utiliza. Outros 28,69% disseram que usam o
computador e 26,48% responderam que a escola não tem o equipamento.

Outro dado apontado pela pesquisa é que os estudantes utilizam a internet mais fora do que dentro da escola.
No Brasil, 37,65% dos estudantes dizem que não usam a internet na escola. No entanto, o questionário
mostra que, fora de casa, 6,6% dos alunos não acessam a rede mundial de computadores durante a semana, e
a maior parte (25,89%) acessa a internet mais de 6 horas por dia. Quando analisada a conexão sem fio, a
porcentagem de estudantes brasileiros que afirmam usá-la na escola chega a 29,21%, mas o país aparece no
ranking com a quinta menor porcentagem entre os países analisados.

“Pela internet, é possível acessar informações, notícias, serviços. Alunos que não têm acesso a esse tipo de
infraestrutura não estão sendo educados a usá-la de forma cidadã”, diz o coordenador de Políticas
Educacionais da Fundação Lemann, Lucas Rocha.

Pisa

O Pisa avalia estudantes em relação a conteúdos de matemática, português e ciências. É aplicado a


estudantes de 15 anos de idade dos 35 países-membros da OCDE e 35 nações parceiras da organização,
como o Brasil. Em 2015 foi aplicado a 540 mil estudantes que, por amostragem, representam os 29 milhões
de estudantes.
No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (Inep), participaram 23.141 estudantes de 841 escolas.

Política de educação conectada

Em novembro, o governo lançou a Política de Inovação Educação Conectada, com o objetivo de


universalizar o acesso à internet de alta velocidade nas escolas, a formação de professores para práticas
pedagógicas mediadas pelas novas tecnologias e o uso de conteúdos educacionais digitais em sala.

Segundo o Ministério da Educação (MEC), mais de 50% dos municípios brasileiros já aderiram à política. A
meta é que, até o fim de 2018, 22,4 mil escolas, urbanas e rurais, recebam conexão de alta velocidade. O
processo será concluído em todas as demais escolas públicas até 2024.

Durante a fase de indução da ação, até o fim de 2018, o MEC deve investir R$ 271 milhões, especialmente
em ações para melhoria da infraestrutura e conexão das escolas, o que inclui a ampliação da rede terrestre de
banda larga, serviços de conectividade, infraestrutura de wi-fi, compra de dispositivos e aquisição de um
satélite que vai levar internet a escolas da zona rural.

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