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Reconhecida pela Portaria – MEC. n.º 1580, de 09/11/1993, publicada no D.O.U. de 10/11/1993
Mantenedora: ASSOCIAÇÃO PARANAENSE DE ENSINO E CULTURA – APEC.
Unidades:
Umuarama – Toledo – Guaíra – Paranavaí – Cianorte – Cascavel – Francisco Beltrão
ATIVIDADE AVALIATIVA
NOTA DA PROVA
2.ª REMOTA
TRABALHOS
EXTRAORDINÁRIA
MÉDIA
BIMESTRAL
CURSO: DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL PENAL II
SÉRIE: 5ª BIMESTRE 1◦ Ano Letivo: 2020
PROFESSOR(A): JOSÉ BOLIVAR BRETAS
23/06/2020
Data da realização
ATENÇÃO ! da Prova.
1) Favor preencher todos os campos acima, a fim de facilitar a identificação, em uma possível “Revisão de
Prova”.
2) A “Nota Bimestral” deverá ser registrada no Sistema Informatizado de Lançamento e Alteração de Notas e
Frequência – SINF no item: Diário de Classe.
RESPOSTA:
Trata-se a impronúncia de decisão por meio da qual o magistrado conclui não haver provas
suficientes quanto à materialidade do fato em questão, ou então, nem ao menos indícios suficientes da
autoria ou participação do acusado. Sendo assim, insuficientes razões para levar o acusado a julgamento
perante o Tribunal do Júri. Esta é a conclusão a partir da leitura do artigo 414 do Código de Processo
rt. 414. Não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de indícios
Penal que assim dispõe: “A
suficientes de autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, impronunciará o acusado.”
Existem no direito processual penal duas correntes acerca da natureza jurídica da decisão de
impronúncia. A primeira delas consiste em um entendimento de que se trata de uma decisão interlocutória
mista terminativa, uma vez que põe fim a uma fase do processo, no entanto terminativa porque também
encerra o processo; Já a segunda corrente afirma que se trata de uma sentença terminativa, tendo em vista
somente o fato de que encerra o processo.
Ora, na medida em que encerra o processo, sem resolução do mérito, correto é se dizer que trata-se
a impronúncia de uma sentença terminativa. Nas palavras de Fernando Capez (2012), “a impronúncia é
uma decisão de rejeição da imputação para o julgamento perante o Tribunal do Júri, porque o juiz não se
convenceu da existência do fato ou de indícios suficientes de autoria ou de participação. Nesse caso, a
acusação não reúne elementos mínimos sequer para ser discutidos. Não se vislumbra nem o fumus boni
iuris, ou seja, a probabilidade de sucesso na pretensão punitiva.”
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Importante ainda destacar que para a impronúncia, não se exige a comprovação, isto é, a certeza
de que não houve o fato criminoso ou mesmo a prova de que não seja o réu o autor ou partícipe do crime
investigado. Basta, no entanto, que não haja provas de materialidade ou indícios suficientes de autoria ou
participação delitiva para que ocorra a mesma. A decisão de impronúncia, por se tratar de decisão que tem
o condão de pôr fim ao processo, é atacável com recurso de apelação, de acordo com o artigo 416 da Lei
Processual Penal.
Por derradeiro, conclui-se que com a decisão de impronúncia o magistrado não absolve o réu, e
sim, por não resolver o mérito da questão, o deixa à disposição para um possível novo processo enquanto
não extinta a pretensão punitiva do Estado.
QUESTÕES OBJETIVAS
PRIMEIRA
1. Pode o Tribunal de Justiça anular o julgamento do Tribunal do Júri, por reconhecer que a decisão
dos jurados foi manifestamente contrária à prova dos autos, em recurso de apelação cujo objeto
tenha sido unicamente a injustiça quanto à aplicação da pena.
3. Para que haja pronúncia por um crime de homicídio, não é indispen-sável à comprovação da
materialidade do delito, que tenha sido identificado um cadáver.
RESPOSTA: D
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SEGUNDA
Assinale a alternativa correta, fazendo um círculo em torno do número da opção escolhida:
1. A sentença de pronúncia não transita em julgado, mesmo sem recurso das partes, mas se
sujeita ao fenômeno da preclusão.
2. O libelo será confeccionado nos limites da pronúncia e a falta de sua leitura em plenário é
causa de nulidade.
RESPOSTA: 1
TERCEIRA
1. A Defesa poderá interpor, no prazo de 20 (vinte) dias, recurso sem sentido estrito da decisão
que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir, sendo de 2 (dois) dias o prazo para o
oferecimento das respectivas razões.
3. Segundo o Código de Processo Penal, não será permitida a leitura de qualquer documento que
possa influenciar a decisão dos jura-dos se este não tiver sido juntado aos autos com
antecedência mínima de 5 (cinco) dias, dando-se ciência à outra parte.
RESPOSTA: A
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QUARTA
1. O interrogatório do réu é o último ato da instrução probatória o que confirma o seu perfil de meio
de Defesa.
2. Os peritos prestarão esclarecimentos em juízo desde que haja prévio requerimento e deferimento
do Juiz.
5. A Defensoria Pública será intimada para o novo julgamento toda vez que o julgamento pelo
Tribunal do Júri for adiado e não houver escusa legítima do defensor do réu que deixou de
comparecer defendê-lo.
RESPOSTA: 3
QUINTA
RESPOSTA:
O artigo 396 - A, § 2º do Código de Processo Penal disciplina que se o acusado não apresentar
resposta à acusação no prazo legal ou não constituir defensor, o juiz nomeará um defensor para o fazer. A
partir disso, entende-se que tal resposta é obrigatória, uma vez que pretende-se assegurar sempre os
princípios constitucionais do contraditório e ampla defesa.
Este entendimento, ainda que alguns operadores do direito defendam ser facultativo, é tido
inclusive pelos tribunais, conforme jurisprudência a seguir:
“PENAL - VIOLÊNCIA DOMÉSTICA - PRELIMINAR - AUSÊNCIA DE OPORTUNIDADE DE
APRESENTAR DEFESA - CERCEAMENTO DE DEFESA - NULIDADE ABSOLUTA. I. A recente reforma do
processo penal tornou a resposta à acusação peça indispensável à validade do processo, ao contrário da antiga
defesa prévia, que era facultativa. II. O não oferecimento de peça defensiva obrigatória caracteriza vício
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processual que gera nulidade absoluta. Presume-se o prejuízo à defesa, necessário à declaração de nulidade
(artigo 563 do CPP), em especial porque o recorrente não teve oportunidade de arrolar testemunhas. III.
Declarada a nulidade da sentença. Determinado o retorno dos autos à instância a quo para intimação da defesa,
para apresentação de resposta à acusação, e a reabertura da instrução processual.
(TJ-DF 20120710103799 - Segredo de Justiça 0010044-71.2012.8.07.0007, Relator: SANDRA DE SANTIS, Data
De Julgamento: 06/10/2016, 1º TURMA CRIMINAL).”
SEXTA
Na jurisdição penal, existe processo sem ação? Explique nas linhas abaixo:
RESPOSTA:
Tendo em vista as regras gerais do direito, sem o exercício do direito de ação não há o processo, e sem
este então, não pode o órgão jurisdicional solucionar a demanda. É necessário haver o processo, que é o
conjunto de procedimento que dão andamento a uma demanda, importante ainda invocar o princípio do
devido processo legal, que deve ser aplicado ao direito processual penal.
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