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Cactos Do Semiárido Do Brasil (Ler e Colorir)
Cactos Do Semiárido Do Brasil (Ler e Colorir)
Texto
Arnóbio Cavalcante
Ilustrações
Wedscley Melo
Presidência
Dilma Vana Rousseff
Ministro de Estado
José Aldo Rebelo Figueiredo
Diretor
Ignacio Hernán Salcedo
Revisão
Catarina de Oliveira Buriti
CDU: 82-93
apresentação
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introdução
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Melocactus zehntneri
É um cacto verde, com formato globoso e revestido de espinhos grossos e fortes. Na
parte central do topo existe uma área circular com pelos, cuja cor varia do vermelho
intenso na borda mudando gradualmente para branco no sentido do miolo. É dessa área
que surgem várias pequenas flores em cor de rosa, facilmente vistas de dia. Um visitante
dessas flores é o beija-flor, que bebe seu néctar. O fruto é vermelho cuja forma imita
uma pimenta. É conhecido das pessoas como “coroa-de-frade”.
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Pereskia bahiensis
Esse cacto não se parece com um cacto comum. Como os outros, ele possui aréolas
e espinhos. Porém, é diferente porque tem folhas verdes e seu caule nem é totalmente
verde e nem tão pouco suculento. Outra característica marcante desse cacto, é que seu
fruto também tem folhas. Assim, temos um estranho fruto com folhas. A flor é cor de
rosa com miolo branco e pintas amarelas. Seu nome popular é “ora-pro-nobis”.
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Pilosocereus gounellei
É um cacto colunar verde com muitos espinhos e pelos presentes em algumas
aréolas mais novas. Como seu caule é curto e muito ramificado, de longe, o cacto
parece imitar um candelabro. A flor é branca e só abre à noite, momento em que os
morcegos a visitam para beber o néctar. O fruto é comestível tal qual o do mandacaru.
É um cacto endêmico do semiárido e chamado de “xique-xique”.
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Pseudoacanthocereus brasiliensis
É um cacto verde com o diâmetro menor do que o pulso de um adulto, com grupos
de espinhos bem separados e alinhados. Esse cacto não consegue manter-se de pé,
necessitando de um apoio que pode ser uma rocha grande ou uma planta forte. Tanto a
flor como o fruto são amarelos e perfumados. A espécie é conhecida como “catana”.
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Quiabentia zehntneri
É também um cacto diferente dos outros, pois tem folhas verdes. Quando adulto
esse cacto imita uma árvore de porte médio, até 6 metros de altura, fase em que seu
tronco perde os espinhos. Os galhos novos são verdes e apresentam muitos espinhos
longos e na medida em que envelhecem, os galhos tornam-se marrons. A flor é de cor
roxa. O fruto é vermelho, suculento e redondo. Esse cacto é conhecido por “quiabento”.
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Rhipsalis baccifera
Esse cacto vive pendurado em árvores. O caule é verde, suculento e fino como vários
canudinhos de refrigerante unidos. Os espinhos somente aparecem na fase jovem do
cacto e são pequenos e finos como o cabelo. O cacto adulto não tem espinho. A flor é
branca e seu tamanho corresponde a unha do dedo mindinho. A fruta é globosa e tem o
mesmo diâmetro de um lápis. Esse cacto é conhecido por “conambaia”.
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Stephanocereus luetzelburgii
É um cacto verde, colunar com numerosas costelas e espinhos. Ele apresenta uma
forma curiosa quando jovem. Nessa fase sua base é dilatada e a parte superior estreita.
Assim, o cacto imita uma garrafa com gargalo longo. A flor é branca em forma de tubo
e noturna. A fruta é carnosa e azul. É uma espécie endêmica do semiárido. Não tem
nome popular, mas podemos chamá-lo de “cacto-garrafa”.
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Tacinga inamoena
É um cacto verde, de pequeno porte e com muitos espinhos. Seu corpo é feito de
peças achatadas com a forma de raquete, que estão conectadas entre si. A cor da flor
é vermelha brilhante, surgindo da borda da raquete. O fruto é redondo e tem tufos de
pequenos espinhos que imitam pelos. É uma espécie endêmica do semiárido brasileiro
e conhecida popularmente por “quipá”.
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glossário
Ameaçada de extinção - espécie que está em risco de desaparecimento da natureza em futuro
próximo.
Aréola - são pequenas áreas circulares e esbranquiçadas no caule do cacto, de onde partem os
pelos, espinhos, flores e frutos.
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Espinho - é uma peça dura e pontiaguda, como uma agulha de costura, que protege o cacto de ser
comido por animais e, também, evita que a planta perca água e não murche.
Extinção - desapareceu da natureza. Não existe mais um representante da espécie no mundo.
Forma plana ou achatada - quando imita a forma de um disco gordo, este chamado de raquete ou
palma.
Fruto - é a palavra técnica para fruta.
Globoso - forma redonda ou que lembra a forma de uma bola de futebol.
Glossário - lista de palavras em ordem alfabética para explicar as palavras técnicas ou pouco usadas
contidas no texto.
Haste - pequena vara que segura uma folha, fruto ou flor.
Inédito - nunca visto, por exemplo, livro inédito ou que não se publicou ainda.
Lã - pano feito de pelo.
Magnífica - ótima, excelente.
Mamífero - animal quando bebê se alimenta de leite, por exemplo, gato, onça, preá e soim.
Medicina popular - é o uso por pessoas de plantas medicinais para prevenir e curar doenças.
Moita - várias plantas entrelaçadas.
Nativo - que é próprio ou natural de certo lugar. Nascido naquele lugar.
Néctar - Líquido açucarado produzido pelas flores.
Nome científico - o nome científico de qualquer espécie consiste de duas palavras latinas: a primeira
é escrita com inicial maiúscula e a segunda com inicial minúscula. Por exemplo, Cereus jamacaru é o
nome científico para o mandacaru.
Nome popular - nome dado pelos moradores da região onde a planta ocorre. Esse nome geralmente
remete a uma característica marcante da planta. O nome popular coroa-de-frade se deve a planta
lembrar a cabeça de um frade. Pode ainda uma mesma espécie de cacto ter diferentes nomes
populares ou, mais de uma espécie podem ser conhecidas pelo mesmo nome popular. Existem ainda
espécies que não possuem um nome popular. Assim, uma identificação precisa do cacto sempre se
dá pelo nome científico.
Noturna - que só aparece ou ocorre à noite.
Pólen - pó amarelado encontrado dentro da flor.
Porte - o mesmo que tamanho.
Ramifica - ganha novos ramos ou galhos.
Raquete - peça usada no jogo de tênis para bater na bola.
Réptil - animal que anda arrastando-se no chão como a cascavel, o camaleão e o jacaré.
Saliente - que se projeta para fora ou facilmente visto.
Semiárido - é um lugar onde chove pouco e passa a maior parte do ano seco.
Suculento - que armazena muita água.
Tronco - é a parte da árvore que sustenta os galhos com folhas, por exemplo, o tronco do juazeiro.
Tubular - na forma de um cano.
Tufo - monte de pelos ou pequenos espinhos.
Úmido - molhado.
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bibliografia
CAVALCANTE, A. M. B; MENEZES, M. O. T; MACHADO, M. C. Cactos do Semiárido do
Brasil: guia ilustrado. Campina Grande: Instituto Nacional do Semiárido, 2013. 103p.
TAYLOR, N. P; ZAPPI, D. C. Cacti of Eastern Brazil. Kew: Royal Botanical Gardens, 2004.
499p.
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Arnóbio de Mendonça Barreto Cavalcante é Doutor em
Ecologia e Recursos Naturais e Pesquisador Associado do Ministério
da Ciência, Tecnologia e Inovação lotado no Instituto Nacional
do Semiárido. Muitas contribuições têm levado à conservação
da vida selvagem do semiárido brasileiro, por meio de artigos
científicos internacionais e nacionais, livros, palestras e formação
de conservacionistas. Publicou os livros infantis Joana e Pirrura:
amigos por natureza (2006), Lola: a guardiã da natureza (2007) e
Joana e a Borboleta Verde (2008).
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