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Métodos de Sinalizações entre Centrais

As centrais telefônicas são interligadas através de redes telefônicas, que utilizam

certos protocolos de comunicação para o estabelecimento de ligações telefônicas, controle

de tarifação, supervisão, gerenciamento de rede, e troca de informações necessárias para

processamento de aplicações distribuídas. Estes protocolos são conhecidos como sistemas

de sinalização.

Os primeiros sistemas de sinalização utilizados nas centrais automatizadas se

basearam totalmente na codificação de informações bastante simples em sinais ( pulsos )

elétricos - sinalização E&M - ou, posteriormente, em combinações de tons audíveis -

sinalização MFC; como estudamos nos itens sinalização de linha e de registro.

Este tipo de sinalização é conhecida como Sinalização por Canal Associado .

A Sinalização por Canal Associado ( CAS ) representa a troca de sinalização entre

centrais associada à um mesmo circuito de voz .

Nas centrais analógicas a sinalização é feita associada ao canal de voz através da

técnica FDM .

Considerando uma chamada local usando um enlace analógico, ocorre uma troca de

aproximadamente 20 sinais, ( alguns segundos, por chamada ); que pode ser considerado

elevado visto uma central telefônica deve estabelecer milhares de chamadas.


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Nas centrais digitais a sinalização é feita associada ao canal de voz através da

técnica TDM, a qual permite que a sinalização seja feita através intervalos de tempo

diferentes aos dos sinais de voz, porém associados a um mesmo enlace PCM.

No sistema PCM europeu ou brasileiro utiliza o canal 16 para sinalização de linha e

a sinalização de registro é feita através dos canais 1 a 15 e 17 a 31 que posteriormente

serão utilizados para a voz.

Como este tipo de sinalização utiliza o próprio canal de voz desde inicio da

discagem; mesmo que a chamada não seja estabelecida e são muito limitadas quanto à

diversidade de informação que podem representar.

Na Sinalização por Canal Comum – CCS, a sinalização entre centrais digitais

relativas a várias chamadas caminham em um enlace PCM comum ( canal comum ), porém

independente do enlace PCM usado pelos sinais de conversação.


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Na Sinalização por Canal Comum ( CCS ), o primeiro sinal enviado para outra

central já traz consigo a completa identificação do assinante de destino ( “B” ), a

identificação da origem ( assinante “A” ) e a categoria de “A”.

Como resposta a essa mensagem, temos outra que informa que foram recebidos os

dígitos para encaminhamento da chamada, estado do assinante “B” e outras.

Assim, na Sinalização por Canal Comum, o assinante percebe que, imediatamente

após terminado o ato da discagem, já é recebido o tom de supervisão da chamada.

O objetivo de utilizar um canal comum e separado dos caminhos de voz é criar um

rede somente de sinalização; podendo utilizar ou não a infra-estrutura da rede de voz.

Com uma rede separada são obtidas as seguintes vantagens:

1. Informações são trocadas rapidamente entre processadores, representando para

as centrais um menor tempo de linhas ocupadas e um aumento da capacidade de

escoamento de tráfego..

2. Pode atender tipos diferentes de serviços.

3. Modificações podem ser feitas por software. Por ex., inclusão de novos serviços.

4. Informações relacionadas a uma chamada podem ser enviadas durante o

andamento daquela chamada. Por ex., transferência de chamada ou conexão de

um outro assinante em uma chamada em andamento ( conferência a três ).

5. A rede de sinalização pode ser utilizada para outras finalidades, como

manutenção e gerenciamento da rede.


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Redes de Sinalização Digital

 Rede de Sinalização CCITT No. 6

É constituída por enlaces de sinalização analógico ou digitais.

Um enlace de sinalização analógico utiliza um canal telefônico exclusivo com uma

velocidade de sinalização de 4,8 Kbps, através do uso de modems.

No enlace de sinalização digital, pode-se utilizar juntores analógicos ou digitais,

inserindo a sinalização no time slot 16 dos quadros PCM , através do OSCC.

Utilizando-se juntores analógicos é necessário o uso de um MUX MCP, porém a

velocidade de transmissão permanece em 4,8 Kbps.


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Utilizando-se juntores digitais a velocidade de transmissão sobe para 64 Kbps .

 Rede de Sinalização CCITT No. 7 ou SS7 ( Signaling System No 7 )

Constitui um enlace PCM de sinalização digital com velocidade de sinalização de

1,5 Mbps ( Sistema Americano ) ou 2 Mbps ( Sistema Europeu e Brasileiro ).

Como na rede SS7 várias informações distintas podem ser empacotadas e então

transportadas por um único canal comum, ela se torna mais eficiente a aplicação telefônica

e permite novas facilidades e aplicações, tais como sinalização da RDSI - Rede Digital de

Serviços Integrados ( ou, do termo em inglês, ISDN ), controle de aplicações de telefonia

celular, suporte à "Rede Inteligente" (RI) e outras.

Todo nodo na rede SS7 é chamado genericamente de Ponto de Sinalização ( PS ).

Todo ponto de sinalização tem a capacidade de realizar a discriminação de

mensagens ( ler o endereço e determinar se a mensagem é para este nodo ).


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Existem várias classificações de pontos de sinalização, de acordo com sua função na

rede de sinalização. Entre elas, podemos destacar:

 STP - Signaling Transfer Point - Pontos de Transferência de Sinal :

Recebem e encaminham as mensagens de sinalização aos seus destinos

apropriados.

 SSP - Service Switching Point - Pontos de Serviço de Comutação :

Provê apenas acesso local à rede de sinalização, onde se originam, terminam ou

comutam chamadas.

 SCP - Service Control Point - Pontos de Controle de Serviço:

São os bancos de dados para fornecer informações necessárias para dar continuidade

ao processamento de uma chamada.

Além disso, nas Redes Inteligentes ( RI ) e nas Advanced Intelligent Networks

( AIN ), temos o SMS - Service Management System:- Sistema de Gerenciamento de

Serviço, que provê a interface homem-máquina à base de dados, bem como a capacidade de

atualizá-la quando preciso.


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Em uma rede de sinalização SS7 podemos definir :

 Point Code : É o código de endereçamento de um ponto de sinalização .

 Signaling Links ou Enlace de Sinalização : Representa uma via bidirecional de

sinalização que transporta mensagens entre dois pontos de sinalização.

 Linkset : É o conjunto de enlaces de sinalização que definem uma rota usada

para atingir um certo destino. Um linkset pode pertencer a mais de uma rota.

 Routeset : É o conjunto de rotas associada a um só destino; isto acarreta em

rotas alternativas para o destino .

 Destino : É um endereço presente na tabela de roteamento de um PS, o qual

pode ser atingido a partir deste.

A rede de sinalização SS7 inicia todo o processo de conexão de uma chamada,

necessitando dessa forma ser bastante confiável ( uso de elementos redundantes ).

No exemplo a seguir de uma rede SS7, onde temos os pares casados ( STPs W - X e

STPs Y – Z ).
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Os STPs e os SCPs são geralmente instalados aos pares, porém em locais separados,

mas executando redundantemente as mesmas funções lógicas.

Dessa forma toda sinalização é feita de forma redundantes, sendo tratadas

equivalentemente nos STPs.

O conjunto SSP e enlace que conecta ao STP é denominado ponto final de

sinalização.

Os SCPs são em geral (não necessariamente) instalados em pares, executando as

mesmas funções. Os pares não são interconectados por enlaces.

Modos de Sinalização

Os modos de sinalização são definidos, levando-se em consideração o caminho

seguido pelas mensagens de sinalização a ela referentes.

 Modo Associado :

O canal comum acompanha a rota dos troncos de voz e a central de comutação pode

incorporar as funções de sinalização.

Neste caso a sinalização entre dois PS adjacentes são passadas diretamente através

de um enlace de sinalização ( Signaling Links ), sem o uso de rotas alternativas.


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 Modo Não-Associado :

As mensagens de sinalização entre dois PSs, passam por dois ou mais enlaces de

sinalização, antes de chegar ao destino.

Além disso, o caminho percorrido pela mensagem não é único, isto é, existem várias

alternativas para a sinalização (caminho não fixo).

Neste caso, não existe um caminho predeterminado a ser percorrido pela

 Modo Quase Associado

É um caso particular do modo não-associado, onde as mensagens de sinalização

entre dois PSs, passam por dois ou mais enlaces de sinalização, porém o caminho é

predeterminado.

No caso de haver algum problema no caminho normal, é feito o desvio do tráfego

para um caminho predeterminado, retornando ao caminho normal no momento do

restabelecimento deste.
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Tipos de Enlaces

A figura a seguir mostra as denominações dos enlaces utilizados na rede SS7.

Enlace do tipo A : É aquele que interconecta um STP a um SSP ou a um SCP.

São enlaces utilizados para inicializar ou finalizar a sinalização. A se refere a inicial

de access, em inglês.

Enlaces dos tipos B, D e B/D : Interconectam dois pares casados de STPs.

As suas funções são transportar as mensagens de sinalização de um ponto inicial a

um outro ponto até atingir o seu destino final.

Os enlaces tipo B ( bridge ) são enlaces utilizados para interconectar os pares

casados que estão na mesma hierarquia de uma rede.


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Os enlaces tipo D ( diagonal ) são enlaces que interconectam os pares casados que

estão em diferentes hierarquias.

Quando os enlaces interligam diferentes redes eles são denominados de enlaces

B/D, B ou D, indistintamente.

O enlace do tipo C ( cross ) conecta um par casado de STPs.

Em geral os SSPs são conectados através dos enlaces do tipo A aos STPs

designados “homes”, que são utilizados em condições normais.

Para aumentar a confiabilidade em algumas situações, os SSPs podem ser

conectados a um outro par de STPs através dos enlaces do tipo E ( extended ).

Os enlaces que interconectam dois pontos finais de sinalização são denominados de

F ( fully associated ). O enlace F permite modo associado de sinalização, e é utilizado de

acordo com as conveniências da operadora de rede.


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Protocolos da Rede SS7

O Sistema de Sinalização por Canal Comum foi estruturado pelo CCITT para ser

modular e flexível, com a finalidade de poder ser expandido, em futuras aplicações.

Os protocolos do SS7 são organizados em 4 níveis, de maneira análoga às camadas

do modelo OSI (Open Systems Interconnections) para redes de computadores, publicado

em 1992 pela ISO (International Standards Organization).

É um subsistema comum aos diversos tipos de usuários e sua função principal e

estabelecer um caminho de comunicação de sinalização que seja rápido e confiável,

interligando os diversos subsistemas de usuários que necessitam trocar informações.


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Os níveis 1, 2 e 3 compõem a Parte de Transferência de Mensagens ( Message

Transfer Part – MTP ) e corresponde aos três primeiros níveis do modelo OSI.

- Nível 1 : É equivalente a Camada Física do modelo OSI e define as características

mecânicas, elétricas, físicas e funcionais para transmissão dos dados de sinalização.

Interfaces físicas definidas incluem E-1 ( 2048 kbps; 32 x 64 kbps canais ), DS-1

(1544 kbps; 24 x 64kbps canais), V.35 (56 e 64 kbps), DS-0 (64 kbps), e DS-0A (56 kbps).

- Nível 2 : É equivalente a Camada de Enlace do modelo OSI e desempenha as

funções de enlace de sinalização, tais como; controle de erro, estabelecimento de enlace,

monitoração da taxa de erro, controle de fluxo e delineação de mensagens.

- Nível 3 : É equivalente a Camada de Rede do modelo OSI e desempenha as

funções de rede de sinalização; isto é, relacionadas ao tratamento das chamadas

( mensagens de roteamento ) e gerência da rede ( controle de trafego, falha ou serviços no

enlace ).
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Descrição funcional para cada um dos blocos :

-- Discriminação de mensagem:

Analisa a mensagem para saber qual o seu destino, entregando-a para distribuição

ou encaminhamento.

-- Distribuição de mensagem:

Ao receber a mensagem do discriminador, se encarrega de entregá-la ao nível 4

correspondente.

-- Encaminhamento da mensagem:

Quando a mensagem vem do discriminador, a mesma é encaminhada ao seu destino.

Quando a mensagem é originada no nível 4, é feito o endereçamento e o encaminhamento

ao seu destino.

-- Gerência de Tráfego:

São funções utilizadas para desviar o tráfego de sinalização de um enlace para um

ou mais enlaces, no caso de falha ou congestionamento,

-- Gerência de Enlaces:

São funções utilizadas para restabelecer enlaces de sinalização com falhas para

ativar e desativar enlaces.

-- Gerência de Rota:

São funções que distribuem informações de estado da rede de sinalização para que

as funções de gerência de tráfego, dos pontos de sinalização remotos, possam tomar as

providências necessárias.
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- Nível 4 :

O nível 4 é constituído por diversos subsistemas de usuários ( User Parts ) , cujas

funções são relacionadas com o tratamento das informações que devem ser trocadas entre

cada tipo de usuário, seja ele de telefonia, dados ou outros.

Estes subsistemas podem ser :

SCCP - Signaling Connection Control Part : É a Parte de Controle de Conexão da

Sinalização que complementa os serviços do MTP no que se refere ao transporte de

serviços baseados em TCAP.

O SCCP provê redes de serviços orientadas a conexão e sem conexão e tradução de

título global ( GTT ). Um título global é um endereço ( por exemplo, um número 0800 )

que é traduzido pelo SCCP em um código de ponto de destino ( DPC ) e número de

subsistema ( SSN ). Um número de subsistema identifica uma aplicação exclusiva ao ponto

de sinalização de destino.

 TCAP - Transaction Capability Application Part : É a Parte de Aplicação com

Capacidade de Transação que fornece um conjunto de protocolos e funções ( operação,

manutenção e gerenciamento ) usadas pelas diversas aplicações para que possam se

comunicar.

A TCAP apoia a troca de dados entre aplicações pela rede de SS7 não relacionados

a circuitos que usam o serviço SCCP orientados a não-conexão. Questões e respostas são

enviadas entre SSPs e SCPs em mensagens de TCAP. Por exemplo, um SSP envia uma

TCAP "query" para determinar o número de roteamento associado com um 0800 e conferi

o número de identificação pessoal (PIN) de um usuário de calling card.


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Em redes móveis (IS-41 e GSM), a TCAP carrega mensagens do Mobile

Application Part (MAP) trocadas entre centrais móveis e bancos de dados para autenticação

de usuário, identificação de equipamento e roaming automático.

 ISUP - ISDN User Part : Refere-se ao protocolo usado para gerar, administrar,

e liberar circuitos de tronco que levam voz e dados entre Usuários RDSI .

 TUP - Telephony User Part : Refere-se a Parte de Usuário Telefônico, cujas

funções podem ser de recepção de dígitos do assinante chamado, procedimentos de dupla

ocupação, gerência dos circuitos de voz, etc.

Em algumas partes do mundo (por exemplo, China e Brasil), o Telephone User Part

(TUP) é usado para sinalizar circuitos de voz. O TUP só controla circuitos analógicos. Em

muitos países, o ISUP substituiu o TUP para a administração de chamadas.

 OMAP and ASE - Operations, Maintenance and Administration Part :

OMAP e ASE são áreas para definição futura.

Atualmente, podem ser usados serviços de OMAP para verificação de roteamento

de bancos de dados em redes e diagnosticar problemas de links.


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Estrutura das camadas da sinalização No 7

 Nível 2

O nível 2 da padronização N7 utiliza uma estrutura de quadros.

As denominações dos quadros são :.

1. MSU - Message Signal Unit - Unidade de Sinal de Mensagem. É um quadro que

transporta informações da camada superior.

2. LSSU - Link Status Signal Unit - Unidade de Sinal de Status do Enlace. É um

quadro para estabelecer um enlace e fazer controle de fluxo.

3. FISU - Fill-In Signal Unit - Unidade de Sinal de Alinhamento. É um de quadro de

alinhamento, quando não há tráfego de sinal.

-- Formato do quadro MSU

FSN - Forward sequence number - número de sequência para frente.

BSN - Backward sequence number - número de sequência para trás.

FIB - Forward indicator bit - bit indicador para frente.

BIB - Backward indicator bit - bit indicador para trás.


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SIF - Signaling Information field - campo de informação de sinalização.

LI - Length indicator - indicador de comprimento do campo de informação ( Se for

maior que 2, indicará que é um quadro MSU).

SIO - Service information octet - indica o tipo de usuário ( telefone, dados ou

ISDN). Faz parte do nível 3.

-- Formato do quadro LSSU e FISU

O campo de informação do quadro LSSU pode ser 1 ou 2 octetos e no caso do

quadro FISU esse campo não existe.


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A seguir é mostrado um exemplo de troca de informações entre dois STPs (A e B).

Supõe-se que o enlace já está estabelecido e que a numeração do quadro MSU está

no número 22 de A para B e no número 6 de B para A.


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 Nível 3

Conteúdo do campo de informação ( SIF ), que corresponde aos dados que o nível 3

troca com o seu par ( peer entities ).

Os campos H0 e H1 dão indicação dos tipos de mensagens que são trocados entre

dois STPs.

Como exemplo de mensagens podemos citar:

IAM ( Initial Address Message ) – mensagem de endereço inicial .

ACM ( Address Complete Message ) – indica que a mensagem IAM alcançou o seu

destino corretamente.

ANM (Answer Message) – mensagem de questionário.

REL (Release Message) – mensagem de liberação.

RCL (Release Complete Message) – mensagem de resposta à REL.


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Temos a seguir um exemplo de troca de informações na fase de estabelecimento e

liberação de uma chamada telefônica.

Neste exemplo, o assinante telefônico na central A quer conversar com o assinante

que está na central B.

Sequência de processo de chamada utilizando a sinalização No 7 :

1. Após a recepção e análise dos dígitos recebidos do assinante, a central conclui

que necessita enviar a chamada a central B.

2. A central A seleciona um tronco (ou canal de voz) existente entre as centrais A e

B e prepara a mensagem IAM. Esta mensagem contém as identificações da central origem

A, a central destino B, o tronco selecionado, os números dos assinantes chamador e

chamado e informações adicionais de controle.

3. A central A seleciona um dos enlaces do tipo A, por exemplo o enlace AW, e

transmite a mensagem IAM para ser encaminhada a central B.


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4. O STP W recebe a mensagem, analisa o cabeçalho de encaminhamento

( referente aos 28 bits de códigos de ponto do formato ) e decide encaminhar a mensagem

através do enlace BW.

5. A central B recebe a mensagem e, após a análise conclui que o assinante chamado

está conectado a sua central e que o assinante está livre.

6. A central B prepara a mensagem ACM que indica que a mensagem IAM chegou

ao seu destino adequadamente. A mensagem contém as identificações das centrais de

origem A e de destino B e o tronco selecionado.

7. A central B seleciona um dos enlaces do tipo A, por exemplo o enlace BX, e

transmite a mensagem ACM com destino a central A. Ao mesmo tempo conecta o assinante

chamado ao tronco selecionado, e envia tom de campainha através do tronco para a central

A, assim como para o assinante chamado.

8. O STP X recebe a mensagem ACM, analisa o cabeçalho e decide encaminhar a

mensagem através do enlace AX.

9. Ao receber a mensagem ACM, a central A conecta a linha do assinante chamador

ao tronco selecionado, de modo que o assinante chamador possa ouvir a campainha tocando

no assinante chamado.

10. Quando o assinando chamado tira o fone do gancho para iniciar a conversação, a

central B gera mensagem ANM, identificando as centrais de origem A e B e o tronco

selecionado.

11. A central B seleciona o mesmo enlace que transmitiu ACM e transmite ANM.

Nessa fase, os assinantes já estão conectados e podem conversar.

12. O STP X analisa a mensagem ANM e encaminha a central A através do enlace

AX.
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13. A central A verifica se o assinante chamador está realmente conectado ao tronco

e se a conversação está ocorrendo.

14. Se o chamador coloca o fone no gancho (após a conversação), a central A gera

uma mensagem de liberação REL direcionada a central B, identificando o tronco associado

a chamada. A mensagem é enviada através do enlace AW.

15. O STP W recebe a REL e após a análise encaminha a central B, através do

enlace WB.

16. A central B ao receber a REL, desconecta o tronco da linha do assinante, coloca

o tronco como livre, gera uma mensagem RLC e envia a central A através do enlace BX. A

RLC identifica o tronco utilizado na chamada.

17. O STP X após a análise da RLC, encaminha para a central A através do enlace

AX.

18. Ao receber a RLC, a central A coloca o tronco utilizado como livre, terminando

assim o processo de uma chamada.


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Relação entre MTP, Subsistemas de Usuários e Níveis Funcionais

Conhecendo-se a função desempenhada pelo Subsistema de Transferência de

Mensagens (MTP), podemos dizer que o mesmo desempenha as funções dos níveis 1, 2 e 3,

que conjugadas, proporcionarão enlaces de sinalização confiáveis e consequentemente

também uma rede confiável.

Da mesma forma, podemos dizer que os Subsistemas de Usuários, desempenham a

função do nível 4.

A figura ilustra essa relação, mostrando a interligação de subsistema de usuário (TUP

ou ISUP) via Subsistema de Transferência de Mensagens e seus diversos níveis funcionais.

Bibliografia

1. Prática Telebrás SDT 210.110.703

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