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As seis características do bom governante de Maquiavel

1. Distinção entre “virtú” e “fortuna” – Virtú: são virtudes, características


próprias do governante, não são necessariamente boas ou morais: por
exemplo, se ele faz o mal no momento certo o governante tem virtú, de
acordo com o pensamento maquiavélico. Fortuna: a sorte, o acaso: o
que acontece de bom para o governante, mas que independe de sua
vontade.
2. Distinção entre “boas” e “más” crueldades – A boa crueldade,
segundo Maquiavel, é aplicada de uma vez só, para que os súditos se
esqueçam também rapidamente. A “má” feita aos poucos, oprimindo os
súditos ao longo do tempo, pode alimentar a revolta.
3. Saber a quem ofender e como ofender: de preferência aos fracos e
pequenos, que não tem capacidade de defesa. Se ofender aos grandes
e fortes, a ofensa deve ser a maior possível, não possibilitando
retaliações.
4. Saber ser amado, temido e odiado: "Chegamos assim à questão de
saber se é melhor ser amado do que temido. A resposta é que seria
desejável ser ao mesmo tempo amado e temido, mas que, como tal
combinação é difícil, é muito mais seguro ser temido, se for preciso
optar".
5. Agir como homem, leão e raposa: agir como homem: seguir as leis,
ser correto. Como leão: usar a força física se necessário. Agir como
raposa: usar a astúcia, ser esperto.
6. Possuir a arte da dissimulação: “Todos veem aquilo que aparentas,
poucos sentem aquilo que tu és.” O príncipe não precisa ser bom,
religioso, generoso, mas apenas aparentar ser.

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