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MERGULHO
APRESENTAÇÃO
INDICE
ASSUNTOS PÁGINA
TEORIA I
A prova está, que os povos que possuíam grandes extensões territoriais não
fizeram fama como navegadores. Já, ao contrário, os "ilhados" ou moradores
de penínsulas, com o aumento da população, foram obrigados a descobrir
novas terras, e essas terras sempre estiveram além dos limites do horizonte
marítimo.
Não obstante o nível de sofisticação que o mergulho atingiu hoje em dia, povos
mergulhadores ainda o praticam tal qual o faziam nos primórdios de sua
história. Os pescadores de pérolas do arquipélago de Tuamoto, no Pacífico
Sul, são um exemplo disso. "O ritual do mergulho" iniciado com uma oração em
que pedem proteção contra tubarões e moréias. Depois, tratam de se
hiperoxigenar, em geral assobiando baixo e com respirações rápidas e
profundas.
Essa prática antiga, continuada nos dias de hoje, nos confirma a idéia de que
foi a necessidade econômica, a sobrevivência, o estimulo para que o homem
mergulhasse. Hoje a atividade mais difundida é o mergulho de lazer e é
possível a qualquer pessoa com condições normais de saúde. Mas quando o
homem nele iniciou-se, era para poucos e por questão de sobrevivência.
Habitantes de ilhas vulcânicas, com solo pouco produtivo, a pesca era a maior
fonte de alimentação deste povo. Por questão de sobrevivência, o polinésio foi
"flagrado" mergulhando em seu cotidiano. Ora, isso causou grande admiração
aos europeus, gente de muita roupa e com muitas lendas sobre os mistérios do
mar. Fazendo uso de dois pedaços de bambu unidos entre si e ajustados
contra a face do mergulhador, o polinésio mergulhava de pé. A água invadia o
bambu até uma certa altura e ali estacionava, permitindo que fosse mantido um
pequeno intervalo com ar, onde o ajuste da visão se fazia com bastante nitidez
embora com outras restrições de área. E mergulhava em respiração suspensa,
em apnéia.
A resposta é simples: foi devido ao fato do corpo humano ter sido feito com
amplas possibilidades para o mergulho, isto é: até certa intensidade de
ambiente hiperbárico (aumento de pressão) a máquina fisiológica se ajusta
automaticamente.
Não fosse isso verdade, o homem não mergulharia a menos que já tivesse
dominado grande tecnologia que viesse a compensar sua incapacidade
orgânica. Saltar de pára-quedas ou voar são um exemplo desta afirmação. No
entanto, povos totalmente desconhecedores de qualquer ciência tecnológica
atingiram profundidades de mais de 30 metros (4 atm). Foi porque o corpo
humano estava "calculado" para também funcionar ali.
Ora, como sabemos, vivemos sob o peso de uma camada de ar. O peso deste
ar se distribui sobre nosso corpo com o valor de 1 quilograma força por cada
centímetro quadrado da área que apresentamos. (Este valor é um valor de
pressão, que tem como fórmula, sempre, força/área.)
Esta é uma das leis mais importantes do mergulho e vem nos explicar a
relação de variação entre pressão e volume. De uma maneira simples ela nos
diz que: o volume de um gás varia de maneira inversa a variação da pressão a
qual está submetido. (Conforme animação mostrada na página anterior)
5 lit
------------ pressão = 1 atm
10 metros de profundidade
2,5 lit
------------ pressão = 2 atm
O exemplo anterior nos ilustra como isso acontece. Imaginemos uma bola de ar
com um volume de 5 litros teve seu volume reduzido pela metade, quando a
pressão a qual estava exposta duplicou de valor. Atenção: não houve perda de
ar. O que ocorreu foi que as moléculas desse gás se agruparam por força da
pressão, dando, como conseqüência, uma diminuição do volume ocupado.
b) PASCAL
10 m 2 2,5
20 m 3 1,66
30 m 4 1,25
40 m 5 1
Portanto, podemos dizer que, para o ser humano, de uma maneira geral, o
limite de profundidade/segurança recomendada para essa modalidade seria na
faixa dos 35 metros.
(bar, baro = pressão, trauma = lesão, machucado, barotrauma = lesão por
efeito da pressão)
Você já deve ter ouvido falar ou lido sobre o fato do homem ter atingido, em
apnéia, profundidades maiores do que os 40 metros. Realmente, o recorde,
hoje, está na faixa dos 120 metros. Ocorre que estes mergulhadores possuem
funcionando em seus organismo um processo que se encontra latente,
hibernado, nas demais pessoas. O chamado sistema de imersão profunda dos
mamíferos.
Tudo que falamos até agora, diz respeito a apnéia inspiratória, isto é, aquela
onde o mergulhador inicia com os pulmões cheios. Nesse caso o volume
mínimo só seria atingido por volta dos 40 metros de profundidade. Entretanto,
caso já se iniciasse o mergulho com os pulmões em volume reduzido (apnéia
expiratória = exalou o ar e mergulhou), o volume mínimo (1 litro) seria atingido
bem antes dos 40 metros. Num mergulho a partir do pulmão vazio, podem
ocorrer graves problemas já aos 5 metros de profundidade (barotrauma
pulmonar total, de acordo com a lei de Boyle). Soltar o ar durante o mergulho
em apnéia, dependendo da profundidade onde se está, pode criar um quadro
semelhante ao que ocorreria numa profundidade de 40 metros. Portanto, não é
recomendado soltar-se o ar num mergulho em apnéia. O correto é tomar o ar
normalmente, mergulhar, permanecer e voltar sem soltar o ar.
É ideal que o corpo humano funcione com doses muito pequenas de CO2, uma
vez que esse gás é um produto residual do organismo. Quando a ppCO2
aumenta e a ppO2 diminui, a velocidade da respiração se acelera para
compensar este desequilíbrio. Entretanto a diminuição do nível de oxigênio, se
bem que tenha participação no acionamento deste "estimulo" respiratório, não
se compara a influencia que o aumento da ppCO2 exerce na "necessidade" de
respirar. Embora o mecanismo da respiração seja um processo complexo e
ainda não esclarecido de todo, sabe-se que o grande estimulo da continuidade
respiratória não é o decréscimo da ppO2, e sim a elevação da ppCO2.
a) VOLUMES PULMONARES
b) O PROCESSO DA RESPIRAÇÃO
A este processo como um todo, conforme o que acima foi descrito, chamamos
de ventilação. Ventilação, portanto, é o mecanismo de troca entre o ar que
entra nos pulmões e o ar que dele sai.
A velocidade com que esse processo se repete é regulada pelos teores de
mais ou menos oxigênio ou gás carbônico no sangue arterial. Entretanto, o
aumento da pressão parcial de CO2 é o estimulo preponderante.
A falta de CO2, por sua vez, chama-se hipocapnia e pode apresentar tremores
musculares, contrações, tonturas e inconsciência.
Nem todo o ar que passa pelas vias aéreas participa logo da ventilação. A área
da boca, nariz, garganta e mesmo dentro dos brônquios, que ficaram cheias
pela expiração anterior, isto é, o ar já usado, é quem primeiro voltará aos
pulmões. Obviamente este ar possui maior concentração de CO2. Estas áreas
de ar "repetido" são chamadas de espaços mortos.
De acordo com a Lei de Boyle e Mariotte, todo espaço em que existir algum
tipo de gás no corpo ou equipamento do mergulhador, sofre sempre uma
variação de volume em razão inversa a variação que houver ocorrido na
pressão circundante (no caso, provocada pelo aumento ou pela diminuição da
profundidade).
Óculos de natação não permitem que se faça a compensação. Não são feitos
para o mergulho.
Se nos não tivéssemos uma comunicação entre as vias aéreas que vem da
boca e o ouvido médio, o mergulho seria algo impossível para a espécie
humano devido a total impossibilidade de equalizarmos as pressões externas e
internas do ouvido. Ao conduto que permite esta equalização por parte do
mergulhador, chamamos de Trompa de Eustáquio.
c) BAROTRAUMA TIMPÂNICO
Se este processo (de liberação do fluido) não tiver tempo de ser executado
pelo organismo, como atenuação de um problema de não equalização
(geralmente proveniente de uma descida muito rápida, como o salto de uma
ponte realizado por um leigo), a tendência será o rompimento do tímpano.
Sinais e Sintomas:
· Dor ostomastóide presente, aliviando pela interrupção do mergulho ou ruptura
do tímpano.
· Presença de zumbido sangramento pelo ouvido ou fossas nasais.
Forma leve:
· irritação no conduto auditivo e membrana timpânica.
· Evolução em menos de uma semana.
Forma moderada:
· inflamação, bolhas e sufasões hemorrágicas (vermelho no conduto auditivo).
Forma grave:
· Ruptura da membrana do tímpano e / ou sangramento no conduto auditivo.
f) VERTIGEM ALTERNOBÁRICA
Obs.: Num curso de 1o. grau, para evitar que algum aluno já se considere
possuidor do último tipo mencionado e fique temeroso, este assunto não deve
ser abordado. Entretanto o instrutor deve estar sempre atento a esta
possibilidade de ocorrência (é assunto obrigatório num curso de 2o. grau).
i) BAROTRAUMA SINUSAL
Os "sinus" da face (espaços aéreos rígidos e "ocos") se comunicam com a
faringe por condutos pequenos. Isto permite o equilíbrio da pressão no interior
da face. O ideal é que o ar flua normalmente por este caminho, como acontece
quase sempre. A Manobra de Valsalva também realiza isto. No caso de haver
qualquer obstrução, a compensação não ser possível nos "sinus" e a dor e o
desconforto logo se instalarão interrompendo o mergulho. É um barotrauma
característico de descida, podendo algumas vezes ocorrer na subida, devido ao
ar comprimido expandido. Naturalmente, desde que os sinus estejam
desobstruídos, nada disso acontecerá. Há estreita relação entre a obstrução da
fossas nasais e o fechamento dos condutos para os sinus.
j) BAROTRAUMA DENTAL
É um barotrauma de rara incidência, não tendo suas causas seguramente
definidas. Presume-se que isso ocorra devido a pequenas bolhas gasosas que
estariam no "interior da polpa dentária ou em tecidos moles adjacente". Esta
região, não tendo comunicação com o exterior, já possuiria uma pressão
levemente negativa que se agravaria durante a descida.
BAROTRAUMA %
Timpânico 71,62 %
Dental 1,35 %
Sinusal 19,60 %
Facial 4,06 %
Toráxico 3,37 %
FONTE: casuística da BACS (Marinha do Brasil)
Como todos nós sabemos, alguns objetos, alguns materiais flutuam e outros
não. Isso se deve a uma lei física que foi postulada por Arquimedes, filósofo
grego que teria percebido a razão deste fenômeno quando tomava um banho
de banheira, há mais de 2000 anos. De uma maneira mais simplificada,
diríamos que descobriu e formulou a lei do empuxo. Esta Lei nos diz que:
Todo corpo submerso em um liquido recebe, deste liquido (de baixo para cima)
uma força igual ao peso do volume de liquido que o corpo teria deslocado para
aí entrar.
A capacidade de flutuar mais ou menos e a diferença entre afundar e
permanecer a tona, é um resultado da relação entre o peso do corpo e o peso
do volume do liquido deslocado. Um tijolo de madeira flutua e um tijolo de
barro, das mesmas dimensões, afunda. Ambos deslocam a mesma quantidade
de água, portanto recebem o mesmo valor de sustentação no sentido contrário.
Ocorre que, no caso do tijolo de madeira, o peso do corpo é menor do que este
valor. Isto é, o empuxo é superior ao peso real do tijolo.
No caso do tijolo de barro, o empuxo é inferior ao peso real do tijolo.
b) PESO APARENTE
É exatamente o peso que o objeto "aparenta" ter, depois de ter seu peso real
"atenuado" pelo empuxo. Resumiríamos que:
Para retornar de um mergulho de 10 metros ele tem que usar sua impulsão,
continuadamente até os três metros. Se parar, volta novamente para baixo.
Subirá esta extensão de água, sem descanso, acumulando cada vez mais
dióxido de carbono pelo esforço em se deslocar com flutuabilidade negativa. Se
obteve vantagens para descer, paga esta facilidade com um risco maior na
hora da subida.
Por estar abaixo da cota de equilíbrio, a tendência ser cada vez ir mais para o
fundo. A menos que seja resgatado por um companheiro nesse primeiros
minutos, as probabilidades de jamais ser encontrado são quase totais.
Uma boa técnica para se livrar deste acidente é respeitar seu tempo de apnéia,
em qualquer profundidade. Se for necessário um mergulho mais fundo, tenha
certeza de que esteja sendo observado por alguém capaz de intervir a seu
favor. É devido a freqüência deste acidente nas águas claras, que a água muito
azul é chamada, na gíria da pesca sub, de "água azul-caixão".
Experiências Vividas:
Após uma série de mergulhos desta natureza, onde a ventilação foi deficiente,
pode ocorrer um início de intoxicação por CO2, provocando tonteiras e até
algum desmaio.
Duas ou três respirações, calmas e profundas, terão sido uma boa ventilação
antes do mergulho.
A prática tem demonstrado que, no mergulho com ar comprimido, uma vez que
o aluno passe a acreditar no equipamento de respiração, raríssimas vezes
ocorre qualquer problema sob a água. Primeiramente, porque o aluno se
descontrai e, então, realiza as técnicas de deslocamento e respiração de
maneira calma e correta, normalizando totalmente sua ventilação; por fim,
devido ao alto grau de confiabilidade que o material hiperbárico atingiu,
raramente se apresenta alguma pane de funcionamento.
EXPERIÊNCIA REALIZADA
Com a finalidade de corroborar as afirmações evidenciadas no tópico anterior,
esta Direção Técnica realizou, dentro de todas as normas de segurança
previsíveis, a seguinte experiência:
TESE: estar sob a água é uma atividade extremamente fácil, desde que o
mergulhador tenha adquirido confiança no suprimento de ar. Mesmo uma
pessoa que não saiba nadar, mas estando informada e sendo capacitada a
executar as compensações necessárias, pode permanecer em profundidade
considerável, com estabilidade emocional apreciável.
Consegue, no fundo, a sobrevivência que não conseguiria na superfície.
· profissão: professora.
Ano: 1993
Tão bem saiu-se no mergulho que custávamos a crer tratar-se de alguém que,
absolutamente, não nadava.
4.2. AQUACIDADE
Não pretendemos que isso seja alcançado num curso de mergulho. Exigimos,
sim, que isso seja iniciado; que seja evidenciada esta necessidade; que seja
incutido na mentalidade dos alunos a urgência em se conseguir níveis cada vez
maiores de aquacidade, mesmo depois do curso realizado. É necessário
incentiva-los a prática das mais diversas atividades com o snorkel, para, a
qualquer momento, estarem em condições de realizar mergulhos autônomos
com segurança.
Portanto não vamos aqui explicar quais são as características de uma boa
máscara de mergulho. Apenas vamos relembrar determinados conceitos, posto
que as perguntas dos alunos são sempre as mesmas, não importando em qual
Estado do Brasil estejamos.
Quando olhamos para alguma coisa, fora da água, a luz passa pelo ar e
penetra no nosso olho. Na vista, temos um liquido de densidade muito
semelhante a da água do mar. A diferença de densidade entre o ar e o liquido
que mencionamos, faz com que a luz seja refratada ao entrar no olho. E essa
luz refratada cai então na retina e nós enxergamos o objeto com perfeição.
5.2. NADADEIRAS
6. A LUZ E O MAR
Depois do por do sol, toda essa incontável multidão retorna à superfície. Essa
gigantesca migração vertical, a pulsação do oceano, é desencadeada somente
pela luz, a luz que é mãe da vida através da fotossíntese, a luz que é a
fabricante do nosso oxigênio, a luz arquiteta da beleza." (J. YVES
COUSTEAU).
A luz que penetra no mar possui todas as cores conhecidas, reunidas sob a
forma que costumamos chamar de espectro luminoso. Quando essa luz, como
um todo, penetra na superfície, encontra, como campo de propagação, um
meio oitocentas vezes mais denso. Isto é, a água do mar. Nesse momento,
além de diminuir sua velocidade (de 300.000 para 225.000 km/s) os raios de
luz são absorvidos e refratados pelas moléculas da água, bem como pelas
partículas de areia, sal e outras suspensões. Ricocheteando em cada uma
desses "empecilhos" a luz prossegue em sua penetração até que toda sua
energia seja absorvida.
Em tese e no mar aberto, abaixo dos 30 metros a coloração geral ser o azul,
uma vez que as demais cores, por possuírem menor comprimento de onda, já
terão sido absorvidas.
Quando isso não ocorre no mar largo ou quando nos referimos a águas mais
próximas do litoral, a causa da presença de uma outra tonalidade dominante
(verde, azul esverdeado, cinza etc.) é a presença de determinadas partículas,
água doce (barrenta), proliferação e morte de diatomáceas (componentes do
plancton) ou mesmo a poluição.
7. A ESCOLA DE MERGULHO E A PESCA SUBAQUÁTICA.
a) É notório que, nos estados onde a praia é de fácil acesso, grande número
dos alunos que se matriculam em cursos de mergulho com equipamento
autônomo, praticavam pesca sub. O fator mais forte que teria motivado o
ingresso do aluno na escola do ar comprimido, bem provavelmente, foi a
descoberta do mar através da pesca submarina.
b) É considerável o número de alunos que, após o curso de mergulho, também
pretendem obter iniciação em pesca sub.
c) Durante um curso de mergulho, quando o assunto permite ou mesmo após
as aulas, é comum que alunos façam perguntas que envolvam a pesca sub.
Algumas dessas perguntas se revestem de um questionamento ético em
relação a um procedimento ecológico. Outras já são mais direcionadas a
pescaria propriamente dita.
d) Acaba de ser lançado pela CMAS a carteira de pescador subaquático
formado por Escola Oficial do Sistema. Brevemente a CBPDS passa a emitir
este certificado, juntamente com o envio de programas de curso para as
Escolas interessadas. Trata-se, pois, de mais uma opção de mercado
destinado às Escolas de Mergulho.
Para que se tenha uma idéia mais exata, com a finalidade de formação de
opinião, saiba que uma traineira pode vir com mais de 30 toneladas de peixe
por dia. E se possível, ela pesca todos os dias a e quantos barcos destes ou
maiores existem sobre as águas dos oceanos?
Ocorre entretanto, que a rede e o anzol não tem a aparência de armas, mas o
são. A rede e o anzol tem se prestado a muitas melodias e inspirado vários
poetas... que cantam o mar e os pescadores...
Ocorre que quando um dos pescadores é um praticante de pesca sub, ele não
carrega rede nem anzol. Seu equipamento de captura tem a aparência de uma
arma. Então, ele pode ser estereotipado como um "destruidor". Mas é o
pescador que menos pesca. Se consegue pescar um dia, talvez só pesque
novamente no próximo mês. Se capturar, após estafante dia de mergulhos, 10
Kg de peixe, sente-se feliz. E tem mais: come seus peixes.
Num lance de rede tudo pode vir: peixes adultos, filhotes e o mais grave: ovos
aos milhares que estavam nas águas e se fixam nas escamas do cardume
capturado. Isso é o que compromete a geração futura. Isto jamais ocorre na
Pesca Sub. Pelo contrário, quando um excelente mergulhador vai fundo e
captura um peixe maior, tem a certeza de que capturou apenas um peixe e, se
o tamanho for avantajado, tem também mais uma certeza: a de que aquele
peixe já reproduziu muito no mar.
Como Escola de Mergulho não podemos reduzir a matança das baleias ainda
praticada por algumas nações. O uso indiscriminado da rede, de cerco ou
arrasto, praticado em algum local do mar, fora de nossas vistas, também é fato
sem controle. A propaganda veiculada pela mídia, em favor da ecologia e da
mudança de alguns hábitos, atinge, no nosso entender, justamente aqueles
que não se constituem em agentes causadores do malefício. Quanto ao
pescador inculto, se não lhe é dada outra alternativa de sobrevivência, a
necessidade sempre fala mais alto do que a ética. Quanto aos capitais
investidos na área de captura, estes não tem outra lógica que não a da
remuneração. Naturalmente algumas providências governamentais tem
atenuado, até onde isto é possível, esse estado da coisas. Mas ainda é pouco
e, com o tempo, todos pagarão a imprudência cometida: os que pescam e os
que não pescam.
Mas fica a pergunta: de que forma imaginam que aquele peixe veio parar no
seu prato? obviamente alguém o pescou. Mas parece que na hora da fome não
se questiona a forma como isso ocorreu. Já que são grandes os cuidados em
relação a preservação, melhor seria que até nesses detalhes permanecessem
os procedimentos de zelo para com a natureza.
Nos parece, também incoerente, o instrutor de mergulho que tece
considerações desairosas em relação a Pesca Subaquática, quando ele
mesmo faz uso do pescado como meio de alimentação. Talvez também se
esqueça que o carro chefe do mergulho no Brasil (que em conseqüência
acabou por propiciar todo o esquema atual da qual sua Escola faz parte) foi a
Pesca Subaquática.
A experiência nos mostra que o jovem, quando interessado nisso, busca por
todos os meios a oportunidade de praticar. Se a prática é inevitável, em
benefício dele e em benefício dos peixes não temos dúvidas que melhor seria
se contasse com uma filosofia de ensino neste sentido, corrigindo deturpações
de conceitos, podando necessidades exibicionistas e, principalmente
conscientizando o pescador sobre a grande responsabilidade que adquire, em
relação a escolha que fará antes do tiro, bem como quanto ao destino que dar
ao rendimento de sua pescaria.
Isto traria ainda mais algum benefício: a diminuição dos acidentes por arma de
pesca sub ou por diversos tipos de Apagamento. Para os peixes que tem seu
habitat sobre os bancos de coral, a certeza de sobrevivência para frades,
labros, baiacus, salemas, pequenos budiões, barbeiros, sargentos, tartarugas
etc., que jamais seriam alvejados por um pescador bem formado.
A Escola de Mergulho não pode controlar a traineira "galhuda" que, com sua
rede de arrasto a reboque, fora das vistas de quem de direito, passa o pente
fino no leito da plataforma. E depois despeja a mistura no convés, seleciona e
joga morto no mar o que não lhe convém. Mas pode ensinar a um pescador
sub que "aquela tartaruga grande" lutou muito para chegar a tal tamanho no
oceano e, portanto, deve ser respeitada e seguir. Pode ensina-lo a não se
apoiar nos corais, antes de atirar, buscando outros tipos de sustentação e pode
orienta-lo a pescar em seu proveito aquilo que seria o mais lógico,
preservando, de maneira inegociável, a vida marinha das regiões do coral,
constituída de peixes mais lento, em transição para bentônicos, que são as
verdadeiras "aves coloridas" do mar (que até, por coincidência, os piores para
alimentação).
Caso a Escola opte ou já tenha optado por entrar neste segmento do ensino de
atividades subaquáticas, certas normas de conduta tem que ser
imperiosamente cumpridas, quando das saídas para o mar A saber:
Após esta fase inicial em que o mergulho era praticado utilizando-se material
excedente de guerra, o esporte começou a difundir-se, já contando com um
pequeno número de adeptos.
Todo o material era estrangeiro e seu custo bastante elevado, o que veio
retardar o desenvolvimento do esporte da Pesca Subaquática, ainda recém-
nascida, trazendo-lhe também a fama de "esporte de rico".
Nas antigas épocas, sendo por todos sabido que tal proposta era impossível ao
ser humano, a imaginação e a fantasia tomavam o lugar da tecnologia e
sempre se conseguia alguma razão mágica para se iniciar contos ou odisséias
em que o herói dispunha de possibilidades de praticar suas façanhas sob o
mar.
2.3. VOLUME
2.4. TEMPERATURA
°C = K - 273
ou seja,
ou seja,
2.5. VELOCIDADE
- portátil.
- rapidez em equipar.
- pouco afetado pela natureza do fundo.
- suprimento limitado de ar.
- requer estrutura de apoio simples e mínima para a utilização.
- correntada máxima recomendada = 1 nó.
- profundidade máxima recomendada (utilizando ar comprimido) = 35 m
- utilizado em atividades de lazer e trabalhos diversos.
Para que tal acompanhamento da vida de um cilindro de alta pressão possa ser
realizado, é necessário a interpretação dos caracteres que toda garrafa trás,
gravados, no corpo do material. Tem havido variações ao longo dos anos em
relação a esta simbologia. Entretanto nenhuma delas é tão misteriosa que não
possa ser interpretada por um mergulhador, principalmente se for o caso de um
instrutor de mergulho.
P = 80 pés cúbicos;
Y = 71,2 pés cúbicos;
R = 50 pés cúbicos...
Obs.: sobre este assunto falaremos mais adiante, quando tratarmos do cálculo
de ar em uma garrafa de mergulho.
Garrafas de aço que não sejam inox (quase absoluta maioria) podem se tornar
perigosas em pouco tempo, devido a corrosão interna. Este processo
degenerativo do material é aquilo que comumente chamamos de ferrugem ou
oxidação. Como conseqüência, esta ação química acarreta a perda de material
das paredes do cilindro, diminuindo sua espessura e alterando sua capacidade
de suportar pressões.
Para evitar este inconveniente, algumas medidas podem ser tomadas, visando
a obtenção de longa vida útil para as garrafas:
- não guarde garrafas cheias por muito tempo. Quanto maior a pressão, mais
moléculas de oxigênio. Em conseqüência, maior chance de corrosão.
Outro detalhe seria a recomendação de, uma vez pôr ano, retirar-se o registro
do cilindro e passar lubrificante apropriado nas roscas do registro e da garrafa.
Esperar umas três horas para que o cheiro se desfaça e recolocar novamente a
torneira.
Como todos nós sabemos, as torneiras (ou registros) usadas nas garrafas
atuais, não costumam mais apresentar o dispositivo que funcionava como
"reserva" de ar. A adoção generalizada do manômetros de imersão, para a
verificação da pressão do cilindro durante o mergulho, praticamente aboliu o
registro com reserva. Não se pode reagir a uma mudança já consagrada,
conforme esta característica do mergulho na atualidade. Obviamente tudo se
aperfeiçoa e torna-se mais confortável para o usuário.
Portanto, quem possui registros com reserva em seus cilindros e neles confia,
desde que os mantenha, está muito bem servido.
3.1.i) VÁLVULAS REGULADORAS DE PRIMEIRO E SEGUNDO ESTÁGIOS
A norma geral é que esta redução seja para 140 psi, além da pressão normal.
Um parafuso de regulagem (em diferentes posições em produtos de marcas
diversas) é um dos principais responsáveis pôr esse ajuste. Muito abaixo disso
o ar torna-se pesado no segundo estágio; um pouco mais acima dessa marca e
passamos a ter vazamentos no segundo estágio.
Um equipamento deste tipo não tem tempo de utilização definido, isto é: sua
vida útil é indeterminada, desde que corretamente mantido. É mais provável
que caia em desuso pelo aparecimento de outros tipos mais modernos, como
foi o caso de muitos dos usados nas décadas de 60 e 70, que possuíam
apenas uma saída para o 2° estágio e uma para a alta pressão. Pôr esta
época, surgiram segundos estágios com mais uma saída que seria para a
adaptação de uma válvula reserva (em baixa pressão), mantendo a terceira
saída em alta pressão. Posteriormente, com o advento generalizado dos
coletes equilibradores, praticamente tornou-se obrigatório exigir-se um
equipamento com uma saída a mais na baixa pressão. Embora já muito nos
tenhamos distanciado daquele tipo de uma só saída, o princípio básico de
funcionamento dos mais modernos ainda é neles apoiado.
Experiências vividas:
Regulador octopus
Quanto a influencia da temperatura da água, desde que não seja atípica, pouca
interferência produzirá nos valores que estamos considerando. No mergulho de
lazer não é muito usual que uma pessoa suporte água fria por tempo que se
estenda até a duração normal de um mergulho. O frio, considerado como um
dos agentes responsáveis pelo aumento do consumo de ar, é variável de maior
relevância quando dos mergulhos em que a água fria "tem que ser suportada",
como nas atividades de serviço. Para nossas considerações basta levar em
conta a variação de profundidade e a constante dos 25 litros de ar/min.
T = Q/C onde....
Ora, sabemos que a quantidade de gás que pode caber em um recipiente será
sempre função do volume deste recipiente e da pressão com a qual o gás é ali
conservado. Para nós, enquanto interessados na quantidade de ar contida num
cilindro, é o que basta. Portanto:
Q = V x P onde....
Exemplo:
Para um cilindro de 13 litros de ar (volume do casco), carregada a 200 Atm de
pressão, que será utilizada a 20 metros prof....
Não se pode realizar esses cálculos efetuando litros com libras ou atm com pés
cúbicos. Efetuar sempre litros por atm.
A não ser que este barotrauma tenha acometido o mergulhador de uma forma
muito branda, cujos sintomas podem cessar antes de qualquer tratamento, o
normal é o agravamento durante o transporte, em rápida progressão,
caminhando para a inconsciência ou estado de choque.
Sintomas Brandos:
Experiência Vivida
(da importância de se ter certeza de que foi bem feito...)
Subo os quase dois metros num lance, pergunto o que houve e ninguém sabe.
Me informam coisas confusas que não entendo. Embarcamos o rapaz. Está
inconsciente e espuma sanguinolentamente pela boca.
Os alunos fazem o diagnóstico de ETA, mas eu (e somente eu) sei que não
pode ter havido... Eu subi com ele, mas só eu vi.
Minhas afirmações, de que não pode ter havido nada nesta intensidade, devido
a subida ter sido realizada corretamente nem ao menos são consideradas.
Compreendo.
O rapaz já vai ser submetido a uma série de radiografias, quando uma senhora,
que observava há algum tempo minha solitária e discriminada posição,
apresenta-se como médica; como neurocirurgiã. Em seguida afirma que tem
fortes motivos para suspeitar que o caso foi um ataque brando de epilepsia.
Daí para diante o caso começou a ser desvendado. Logo em seguida o rapaz
consegue falar e, com dificuldade, me chama e (sic) pede desculpas. Pergunto
o porque e me confessa que sua vontade de mergulhar era tanta que me
ocultara (bem como ao médico que lhe fornecera o atestado) que possuía esta
restrição. Como tomasse uma medicação muito branda e como há décadas
nada lhe acontecia, julgou-se seguro para o mergulho.
Neste momento a crise eclodiu: branda, mas que poderia ter sido mortal se
tivesse ocorrido aos 12 metros, onde estivéramos poucos minutos antes.
Mas isso é outro assunto. A finalidade deste caso é lembrar ao instrutor que
nunca abandone o aluno na subida livre, por mais desembaraçado que esteja.
Tenha sempre alguém para recebê-lo na superfície e, principalmente, muita
certeza do que você fez.
Hipóteses Explicativas:
Após mergulho com equipamento, quando surge nos primeiros dez minutos um
quadro com manifestações neurológicas e respiratórias, faça o diagnóstico de
embolia traumática pelo ar e tome todas as providências nesse sentido.
VEJA A FIGURA:
4.1.d) CASUÍSTICA DE STANLEY MILLES (em relação a ETA)
Diversos locais interessantes para o mergulho de lazer estão na faixa dos trinta
metros de profundidade. É exatamente a partir dessa marca que, num
mergulho com ar comprimido, as pessoas mais predispostas (cerca de 30%
dos mergulhadores) começam a sentir os primeiros sintomas desta
"embriaguez".
4.2.a) DEFINIÇÃO CLÁSSICA
Baseada na teoria de Meyer Overton, esta escola postula que qualquer gás
inerte (praticamente gases carreadores) podem agir como narcóticos,
dependendo, para isso, da maior ou menor facilidade de penetração nas
células do sistema nervoso central e se combinarem com as substâncias
lipóides ali presentes.
solubilidade do gás
no azeite de oliva
(representando os
lipóides do sistema
nervoso)
____________________ = c
solubilidade
do gás na água
(representando as
condições do sangue)
Isto nos informa que o Xenônio já seria narcótico ainda que a pressão fosse
apenas de 1 Atm, durante o processo respiratório. Em contra partida, o baixo
coeficiente de partição do Hélio dificultaria sua combinação com os lipóides do
sistema nervoso mesmo quando o processo respiratório estivesse submetido a
pressões muito elevadas.
Disso tudo e muito mais, o certo é que, se ainda não se conseguiu constatar
aumentos significativos de gás carbônico na circulação cerebral, quando de
manifestações inconfundíveis de narcose. Por outro lado, é indiscutível que o
gás carbônico seja um agente agravante do processo da narcose.
4.2.d) A CONCEPÇÃO DIDÁTICA DO ENSINAMENTO A SER MINISTRADO
Num curso onde o aluno faz sua iniciação no mergulho, qual seja um curso de
primeiro grau, qualquer aprofundamento no tema não atende aos objetivos
propostos.
Este gás, quando em baixa concentração é logo percebido devido ao seu odor
característico. Em alta concentração, entretanto, não tem cheiro e pode
provocar, em tempo extremamente curto, a inconsciência e a morte. Quando
não mata deixa seqüelas definitivas, uma vez que provoca a morte de
neurônios.
Sua forma de ação é reagir com a hemoglobina, impedindo que ela cumpra sua
função normal de carregar oxigênio para os tecidos.
Para simplificar e generalizar, diríamos que pode haver gás sulfídrico em todos
os lugares que o cinema apresenta como bolsões de ar. Cavernas,
compartimento de naufrágios etc., que se prestam a um enredo
cinematográfico, podem, na verdade conter o gás. Não sempre, mas alguma
vez.
Entendemos que caso sinta muito prazer em retirar a válvula da boca e inflar os
pulmões com ar fresco, melhor faria subindo e retornando ao convés da
embarcação. Lá obteria o melhor ar possível - o ar marinho. Embaixo d'água o
melhor ar deve estar exatamente no interior do cilindro.
As normas de conduta ditadas por gente que, por dever de profissão, tem a
obrigação de entrar em locais onde pode haver ar ou gás sulfídrico nos
recomendam que...
Uma pessoa pode respirar oxigênio puro, sob pressão atmosférica normal, por
longo tempo, sem que apresente sintomas da toxicidade aguda em relação ao
sistema nervoso.
Este perigo será tanto maior, quanto mais fundo for o mergulho, uma vez que
seus efeitos serão proporcionais a pressão parcial do gás (Lei de Dalton).
Tanto num caso como no outro, por si mesmo ou sendo socorrido por alguém,
ventilar é a solução. Exposto ao ar fresco, os sintomas regridem rapidamente,
podendo permanecer ainda alguma dor de cabeça e um certo mal estar que
acabam por desaparecer.
Antes de entrarmos nesse assunto convém deixar bem claro que não há
unanimidade quanto a origem da formação dessas bolhas.
É consenso quase que genérico que o aparecimento das bolhas nas estruturas
articulares seria a causa das dores nessas regiões, por pressão (ou
compressão) direta no tecido do local.
a) Intravascular:
b) Extravascular:
Neste presente tópico não entraremos em estudos complexos, haja visto tal
interesse ser mais da alçada médica e, mais especificamente, da medicina
hiperbárica.
a) Dor Osteomusculoarticular:
É a mais freqüente das manifestações dolorosas, nos casos de DD. É uma dor
que se instala lentamente e, gradativamente, aumenta até se tornar
insuportável. As articulações do ombro, do cotovelo, do joelho e do quadril
registram a maior incidência, nos casos dessa manifestação.
Estudando um universo de 935 mergulhadores que tinham sido acometidos por esse
mal, Rivera encontrou a manifestação acima citada em 858 casos e dentro da seguinte
distribuição.
Localização da Dor %
Membros superiores 53,3
Membros inferiores 27,1
Lombar 6,4
Cefálica e Cervical 4,7
Torácica 4,3
Abdominal 3,4
b) Manifestações cutâneas
e) Manifestação pulmonar:
O simples fato de retornar para apanhar alguma coisa que tenha caído,
enquanto subia, já implica em outro tempo de fundo.
Num curso de mergulho, desde o primeiro grau, deve ser recomendado que o
mergulhador jamais planeje mergulhos que venham a necessitar de
descompressão no seu retorno.
Devido ao fato da água ter uma condutividade térmica 25 maior do que o ar, o
mergulhador perde calor com mais facilidade do que uma pessoa que esteja na
superfície.
Não se deve ingerir ou fornecer bebida alcóolica para "aquecer". Até algum
tempo atrás acreditava-se que a bebida fosse importante auxiliar no processo
de aquecimento.
5. PROCEDIMENTOS DE MERGULHO
Neste caso, entendemos que ela deve ser mesmo imprevisível. Entretanto,
temos que nos cercar de todas as normas de segurança já elaboradas e que,
por mais banais que sejam, não podem ser desprezadas sob pena de, entre
outros problemas, trazerem ao profissional amargas lembranças.
5.1.a) EQUIPANDO
3) colocar o cilindro com auxílio do dupla (o sistema de ar deve ter sido aberto
antes, para evitar o incômodo de desequipar-se a fim de corrigir algum
vazamento).
5.1.b) NA ÁGUA
1) verificar a si e ao dupla.
2) respirar calmamente, mas sem reduzir seu volume médio de respiração. Não
prender o ar para poupá-lo, pois isso irá aumentar muito a taxa de CO2 no
sangue.
4) jamais perder o contato visual com o dupla. Em caso de perda deste contato,
ambos devem retornar à superfície imediatamente.
5.1.e) SUBINDO
1) Retirar primeiro o cinto de lastro, segurando-o pela ponta (não é pela fivela)
e entregá-lo a alguém de bordo.
2) Retirar o cilindro (ou cilindro juntamente com BC) e passá-lo para bordo.
3) caso decida por suspender o mergulho e não possa evitar que algum
mergulhador caia na água por conta própria, desconsiderando sua
recomendação, manifeste perante todos e educadamente a sua desaprovação.
Após isso só entre na água para prestar socorro, se for o caso.
5.2.c) NA BORDA
5.2.d) NA ÁGUA
1) observe a entrada na água de cada um. Esteja pronto para intervir desde já.
Verifique se são capazes de nadar com o snorkel ou se estão muito lastrados.
5.2.e) NO FUNDO
1) inicie o deslocamento.
3) logo que possível, em algum recanto favorável, pare e mostre alguma coisa
interessante. Isso provoca um início de descontração.
O mar pode ser vasto e profundo. Comparado com as dimensões para as quais
os sentidos naturais do homem se referenciam, as probabilidades de locação
de algum objeto submerso podem ser estimadas como tendendo ao infinito.
Fica porém registrado que, sobre tudo, os processos de busca são sempre um
exercício de paciência e persistência, devendo continuar enquanto sua relação
custo/benefício ainda for interessante.
- profundidade da busca
- visibilidade das águas
- tamanho do objeto procurado
Quando se procura algo como um pequeno mastro, também é bom, posto que
quando o cabo tocar no objetivo, o mergulhador será alertado mesmo que não
o tenha visto.
6.3. VARREDURA PENDULAR
Então usa-se apenas meio circulo, pendulando para um lado e para outro, a
favor da correnteza, cuja força esticará o cabo.
Noticias nos chegam de situações em que a própria fotografia com flash não é
recomendada, para não perturbar determinados vegetais que se prejudicariam
pelo excesso da luminosidade.
Em relação aos animais, entretanto, a própria mídia divulga atitudes das mais
condenáveis, realizada por mergulhadores que presumem ostentar dessa
maneira uma grande intimidade com o mar.
Isso, entre o pacatos cangulos e piruás, teria conseqüências bem mais sérias.
É necessário entender-se que os peixes não precisam de mergulhadores. Para
nada.
Se, entretanto, por algum bom motivo, tiver que pegar qualquer coisa, coloque
no mesmo lugar e com todo cuidado.
Havia uma pequena aranha do mar que, a duras penas, escondendo-se aqui e
ali, conseguiu se criar entre as frestas das pedras. Num dia de águas claras um
mergulhador a apanhou entre duas pedras. Agarrou-a com todo o carinho,
compadecido da fragilidade daquele animal. Passou-a levemente às mãos da
namorada que, entre curiosa e temerosa, pousou para uma foto. Em seguida
abandonaram o animal, deixando que ele caisse levemente para o fundo e
continuaram o mergulho sem terem lhe feito qualquer mal.
Forma de leitura:
letra do grupo
de repetição
Î
Prof => tempo de fundo __|
Obs.: quando o primeiro mergulho tiver sido além do tempo limite sem
descompressão, obtemos as letras para a repetição na tabela da página
anterior. Quando tiver sido de um tempo de fundo menor do que o limite sem
descompressão, as letras para a repetição são obtidas na tabela acima.
TABELA DE TEMPO DE NITROGÊNIO RESIDUAL
Primeira Etapa
Leitura:
Letra
|
|
Letra --------- IS
-AÇÂO IMEDIATA
-AFOGAMENTO
15 / minuto
(verificando a eficácia da insuflação).
(Ausência de pulsações)
Boca a Boca (BAB)
ALERTA:
SINAIS
* Dores
* Náuseas
* Vertigens
* Formigamentos (Dormência)
* Paralisia
* Impossibilidade de Urinar
* Perda de Sentidos
AÇÃO
SOBREPRESSÃO
SINAIS
1. AMEAÇADORES
* Dor Toráxica
* Dificuldade Respiratória
* Cuspe Sangrento
AÇÃO
2. GRAVES
* Síncope na Imersão
* Perda de Consciência
evoluído para coma
* Estado de Choque
AÇÃO
BAROTRAUMATISMOS
SINAIS
* Dores
* Zumbidos
* Vertigens
* Surdez Súbita
AÇÃO
* Não mergulhar
ANIMAIS PERIGOSOS
NÃO VENENOSOS
* Lavagem da ferida
VENENOSOS
* Analgésicos
* Tratamento do choque
PREVENÇÕES GERAIS
* FADIGA ANORMAL
* FORMIGAMENTOS / COCEIRAS
1. MERGULHO EM ALTITUDES
Quanto a localização esses pontos de mergulho diferem uns dos outros pelas
altitudes em que estão situados. E praticamente todos apresentam altitudes
superiores ao nível dos
mares.
Quanto a água doce, devido a sua menor densidade, para atingirmos uma
pressão hidrostática de mesmo valor que determinada pressão hidrostática de
água salgada, teremos que mergulhar mais fundo do que no mar. Isto em
conseqüência da coluna de água doce ser mais leve do que a coluna de
mesma profundidade de água salgada.
Ainda mais relevante que esta diferença seria a variação das pressões
atmosféricas de altitude, quando comparadas a pressão atmosférica ao nível
do mar. Por exemplo, para um mergulho em local situado a 5400 metros de
altitude, estaríamos sob a pressão de 0,5 Atm.
Impõe, como condição para que o mergulho seja realizado (acima de 700
metros de altitude), a aprovação de um especialista responsável.
Este método parte da consideração que, até 3000 metros de altitude, a pressão
barométrica diminui em torno de 8,3 mm de Hg a cada 100 que se sobe.
Em função disso, o método nos apresenta a seguinte fórmula para correção
das profundidades reais de mergulho.
PR x 760
PE = ---------------------------
760-(Alt x 0,083)
Onde:
PE = profundidade equivalente
PR = profundidade real do mergulho
Alt = altitude
11. 400
= -------------
511
= 22,3 metros
Consultando a tabela para 22,3 metros, achamos em 24 metros um limite sem
descompressão de 40 minutos. Observe como o tempo foi reduzido,
considerando que um mergulho de 15 metros, no mar, apresentaria um limite
sem descompressão de 100 minutos.
Onde:
PPE = profundidade da parada equivalente
PPT = profundidade da parada da tabela
Assim, para um mergulho no qual a tabela normal indica uma parada aos três
metros, quando realizado aos 3000 metros de altitude receberá a seguinte
correção:
3 x [760-(3000 x 0,083)]
PPE = ----------------------------------
760
1533
= --------
760
= 2,017 metros.
Vejamos alguns:
CINTO DE LASTROS
COLETE EQUILIBRADOR
PROFUNDÍMETROS
Eis aí um equipamento que merece toda nossa atenção, nas condições de
altitude. Caso sejam a óleo, indicam a pressão ambiente e, de fábrica, são
zerados a 1 atm.
No aumento da altitude sua tendência será a de apresentar valores inferiores a
zero para a profundidade. O ideal é que tenham dispositivo de regulagem para
a agulha, permitindo zerá-los no local de mergulho.
Caso não possuam este dispositivo e sejam submetidos a um mergulho na
altitude de 5400 metros (onde a pressão atmosférica é de 0,5 atm), somente a
partir dos 5 metros é que começarão a funcionar, devido a terem atingido a
pressão de fábrica (1 atm) para a profundidade zero... e continuarão
apresentando sempre uma diferença de 5 metros.
Profundímetros de coluna d'água também apresentarão grande diferenças,
devido a serem baseados na dinâmica da variação volumétrica inversamente
proporcional à variação barométrica.
A 5400 metros de altitude indicarão 10 metros de profundidade quando
tivermos mergulhado apenas 5 metros. Em compensação, estarão sempre
apresentando a profundidade equivalente para uso de uma tabela no mar.
Entretanto não são recomendados, uma vez que apresentam considerável
imprecisão em maiores profundidades.
No caso de dúvidas, o melhor é realizar sondagem antes do mergulho e, se for
o caso, com cabos e pesos, marcar também as paradas de descompressão.
2. MERGULHO NOTURNO
Procure não tocar nos animais que se encontram "adormecidos". Tanto você
como eles podem se machucar. Aprecie e respeite, não intervindo naquilo que
não foi você quem organizou.
O homem, neste ambiente, quase nada ouve; enxerga num angulo e numa
profundidade muito pequena e tem seu olfato reduzido a zero.
Se, além de todas essas limitações, ainda lhe falta luz, torna-se um total
incompetente para a percepção do que lhe está próximo. Mas nem por isso é
menos percebido pelos formidáveis sensores que são a vida marinha.
Finalmente, considere que mesmo que você nada tenha visto, certamente você
terá sido notado por todos que lá estavam, como se o mais claro dos dias
fosse.
3. ORIENTAÇÃO SUBAQUÁTICA
Alguns dos termos que vamos abordar na continuação deste trabalho, recebem
conotação diferente em diferentes lugares onde se trabalha com ângulos
tomados a partir de instrumentos de orientação ou locação de posição.
Az V =
Az Mg + declinação mg L
Az V =
Az Mg - declinação mg W
3.2.b) RUMOS
Claro está portanto que, para uma navegação costeira (estimada) ou de longo
curso, é imprescindível computar nos cálculos do navegador esta variável
(declinação de agulha).
As posições procuradas tem que oferecer uma frente considerável, uma vez
que o fato de se chegar nas proximidades do objetivo visado não permitirá a
correção visual do rumo, conforme veremos adiante.
Aquele que vai, deve retornar. Algumas vezes nossa necessidade de utilizar
uma bússola se fará apenas no percurso de ida ao objetivo visado. Neste caso
seremos orientados por um rumo magnético apenas numa direção. Quando do
retorno (particularidades da situação) a bússola torna-se dispensável.
Mas pode haver o caso em que não seja possível (por diversos motivos) ir à
superfície fazer uma visada de retorno (a profundidade do mergulho não
recomendaria ou a própria condição severa do mar sobre as lajes, por
exemplo).
Nestas situações, após ter encerrado o motivo do seu interesse no local e não
podendo ir à superfície para realizar nova visada de rumo, é usual que o
mergulhador faça uso do rumo contrário para retornar, à partir do ponto de
chegada no primeiro percurso (ida).
Simplificando, dizemos que todo rumo de ida tem um retorno sobre ele mesmo,
orientado pelo contra-azimute magnético do ângulo inicial.
Quando se faz necessário esta providência, na mesma hora em que marcamos
na bússola a direção de ida, já memorizamos o contra-azimute da volta.
3.2.c) MARCAÇÃO
a) Se, com a bússola na mão, faço uma visada para um determinado local,
estarei fazendo a marcação magnética daquele local.
b) Se, com a bússola apontada para o local, leio o ângulo que ela me fornece,
estarei lendo o azimute magnético, que será a marcação magnética daquele
local, a partir do ponto onde me encontro.
c) Se, após isso, mergulho e sigo este ângulo (com a finalidade de atingir o
local), estarei se guindo um rumo magnético.
3.2.d) OUTRAS CONSIDERAÇÕES
Não basta ter chegado nas proximidades do objetivo com um pequeno erro que
possa vir a ser corrigido visualmente, como acontece numa orientação sob a
luz direta do sol.
Numa navegação estimada, é normal a correção visual.
Daí concluímos que o primeiro ponto deve ser alguma coisa grande.
Um emprego comum e prático de bússola, que configura bem a idéia de
utilização deste instrumento, é relatado abaixo.
EXPERIÊNCIA VIVIDA
A embarcação afastou-se uns 150 metros e, com a bússola, fiz a leitura para o
costão. Ida e volta.
Várias outras composições podem ser feitas com a bússola, desde lances
diretos até intercalando objetivos intermediários.
Esta prática deve ser bem demonstrada nos cursos desta natureza.
4. SALVAMENTO
4.1. INTRODUÇÃO
4.2. AFOGAMENTO
AFOGAMENTO PRIMÁRIO
AFOGAMENTO SECUNDÁRIO
AFOGADO SECO
GRAU I - LEVE
GRAU II - MODERADO
GRAU IV - GRAVÍSSIMO
Logo que o paciente chega a terra firme (ou é recolhido a bordo), faz-se uma
limpeza sumária de suas vias aéreas, visando retirar restos alimentares, outros
resíduos e peças de prótese dentária.
A seguir coloca-se o paciente com a cabeça mais baixa do que o plano do
corpo (voltada para o mar, se o local do atendimento for uma praia).
Não deve haver preocupação em retirar água dos alvéolos, pois o volume de
água retirado com as melhores manobras é desprezível, não justificando
nenhum retardo no socorro.
A seguir deverá ser aplicado o método boca a boca que dá ao paciente a
melhor oxigenação possível, movimentando para dentro dos seus pulmões
um maior volume de ar em comparação com outros métodos de reanimação.
CONTÍNUA -- Uma vez iniciado o método, não deve ser interrompido sob
nenhum pretexto. A mudança da equipe deverá se fazer gradativamente, sem
solução de continuidade.
TABELA DE MERGULHO