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Tema 02 – Esquecimento das ofensas para desligar-se do mal.

O ódio ou o ressentimento nos liga ao ofensor e aumenta


nosso sofrimento.

1 – As bagagens que carregamos nas diversas oportunidades reencarnatórias

2 – Perdoar na medida em que se quer ser perdoado

3 – Amar ao próximo como a si mesmo, reconhecendo a imperfeição alheia

4 – Sacudir a poeira das sandálias

5 – Deixar fluir

1 – As bagagens que carregamos nas diversas oportunidades reencarnatórias

Alguém já se perguntou o porquê de reencarnarmos seguidamente? Pq necessitamos dessa fieira sem fim de
reencarnações? Se pudéssemos ter acesso a essas informações no mundo espiritual, com certeza saberíamos, de
pronto, que um dos maiores motivos de reencarnarmos seguidamente é justamente nos reconciliar com aqueles a
quem nos ofende ou viemos a ofender.

Por tal razão, quando encontramos alguém e sentimos algum tipo de rejeição imediata, mesmo sem nunca ter visto a
pessoa antes (nesta existência), temos esse tipo de sentimento.

Tudo está gravado em nosso períspirito. Nossa alma sabe, ainda que nossa memória imediata não permita, tudo aquilo
que vivemos no passado. E essas reações que temos, inesperadas, reverberam quando temos esses reencontros.

Da mesma forma que, inexplicavelmente, sentimos atração por uma pessoa, também sentimos a repulsa por outras.
Isso significa que realmente temos situações não resolvidas em vidas passadas, e enquanto não conseguirmos dar uma
solução a essas situações, vamos continuar repetindo viagens à matéria para reparar essas situações.

Consideramos que Deus nos quer presentes uns nas vidas dos outros, e isso se torna impossível quando não
conseguimos lidar com as imperfeições alheias e com as nossas próprias imperfeições.

2 – Perdoar para ser perdoado

Todos os dias, quero crer, fazemos a prece do PAI NOSSO. “Pai, perdoa na medida em que aprendo a perdoar”

Mas, na prática, levamos esse termo em consideração?

O Pai Nosso, que nos foi ensinado pelo Mestre Jesus, no Monte das Oliveiras, vem nos trazer mais que uma simples
prece. É uma forma de combinar com o Pai. É um compromisso que fazemos com o Criador, e que precisamos ter
consciência desse compromisso para que essa prece tenha seus efeitos em nossas vidas.

3 – Amar ao próximo como a si mesmo, reconhecendo a imperfeição alheia

Quando passamos a compreender as imperfeições humanas, isso diz, de todos nós, começamos a compreender a
necessidade de compreender também que todos, além de nós, estão também sujeitos ao erro. Se houvesse perfeição
nas pessoas, com certeza não estariam mais nessa escalada de reencarnações. Os espíritos perfeitos vivem ao redor do
Pai, em estações da evolução bem mais adiante da que nos encontramos.

Assim, nada mais simples, aqui estamos para acertar essas imperfeições. Somos todos, portanto, imperfeitos. E esse
mandamento máximo “Amar a Deus sobre todas as coisas, e o próximo como a si mesmo” vem justamente nos dizer
duas coisas. Amar a Deus, entregando a Ele as imperfeições do ser que nos magoa, pedindo a Ele, como Pai, que tenha
misericórdia e perdoe nossos irmãos que nos ofendem. Amar ao próximo como a nós mesmos, reconhecendo que,
exatamente como nós, são também imperfeitos. Se somos capazes de entender nossas próprias imperfeições, o que
Jesus nos pede é que nos capacitemos também para compreender as imperfeições de nossos irmãos. É desse amor que
Jesus quer nos ensinar.
4 – Sacudir a poeira das sandálias

Ainda assim, naqueles momentos em que nos sentimos abatidos moralmente pelas ofensas, precisamos de algo que nos
auxilie, correto?

O que pode nos auxiliar no momento dessas aflições?

Quando Jesus determinava aos seus discípulos que saíssem pelo mundo a pregar a mensagem da Boa Nova, não deixava
de advertir: “Quando chegarem a uma casa e não forem bem recebidos, ou não forem compreendidos, sigam em frente,
mas, antes, sacudam a poeira das vossas sandálias já na porta de saída, e sigam em frente”

O que o Mestre vem nos ensinar com essas palavras?

Justamente para que não levemos do lugar onde fomos contrariados qualquer tipo de sentimento negativo,
ressentimentos, mágoas. Pois assim, não levaremos adiante os enfrentamentos que nos são impostos. Seguindo em
frente, pensando somente nos próximos atos, dando pontos para o futuro, o passado logo será esquecido.

A mágoa, a dor, o sofrimento... tudo isso vai passando a medida que trabalhamos e seguimos em frente.

5 – Deixar fluir

A lei de ação e reação, tão difundida no meio espírita, e tão conhecida na sociedade em geral (alguém já ouviu o termo:
“Aqui se faz, aqui se paga”?), é real, comprovada, inclusive, pela ciência, conforme nos traz a Lei de Newton. É lei da
física, e Universal. Ou seja, imutável como o Deus que a criou e que criou todas as leis universais.

Então, se paramos um momento para pensar nessa lei, teremos a consciência que todos os nossos atos, bons ou não
bons, nos trarão resultados e consequências. Assim também é com os nossos irmãos que nos ofendem e magoam.

Se erram conosco, não é necessário, de nossa parte, qualquer tipo de revide. O universo cuidará para que esse irmão
aprenda com seus erros.

Assim, parar no tempo desejando o mal daquele que nos ofende, além de perda de tempo, é um acúmulo de energias
que só nos trarão consequências funestas.

Ressentimento é uma bagagem que não precisamos, pesa em nossas costas espirituais, nos liga ainda mais ao ofensor.

Desnecessário, portanto, carregar essas bagagens.

Deixar fluir é o caminho. Pedir ao Pai perdão para si próprio e para os outros é tudo que precisamos pra seguir em
frente.

Deixar fluir é reconhecer no outro o próprio espelho, pois se paramos pra pensar, logo vemos que também seríamos
capazes de cometer o mesmo erro, ou até pior.

Deixar fluir é colocar as mágoas na caixa do esquecimento, sacudir a poeira das sandálias, rezar pelo irmão que nos
contrariou, e seguir em frente, em paz...

Possamos refletir durante a semana...

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