Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Monografia MKT Pessoal
Monografia MKT Pessoal
NOVA VENÉCIA
2010
AIDRAN DE JESUS TYBEL
ANA PAULA MACHADO SARMENTO
ROZIMERI BOLSANELLO PETARLI
NOVA VENÉCIA
2010
Catalogação na fonte elaborada pela “Biblioteca Pe. Carlos Furbetta”/UNIVEN
T977i
Tybel, Aidran de Jesus
A influência do marketing pessoal no processo de seleção: um estudo de
caso na empresa G9 Pesquisa, Desenvolvimento e Consultoria Empresarial
Ltda. no município de Nova Venécia no ano de 2010./ Aidran de Jesus Tybel,
Ana Paula Machado Sarmento, Rozimeri Bolsanello Petarli - Nova Venécia:
UNIVEN/ Faculdade Capixaba de Nova Venécia, 2010.
54f. : enc.
Orientador: Sandra Maria dos Santos
CDD. 658.8
COMISSÃO EXAMINADORA
__________________________________________________
Profª Sandra Maria dos Santos
Faculdade Capixaba de Nova Venécia
Orientadora
______
_____________________________________________
Profª Jaqueline Guimarães
Faculdade Capixaba de Nova Venécia
Membro 1
______
_____________________________________________
Profº Alexandre Bernardi
Faculdade Capixaba de Nova Venécia
Membro 2
Aidran
Ana Paula
Roziméri
“A vitória não se limita ao feito. Tudo o
que se fez para atingi-la é tão valioso
quanto sua realização. Assim, cada
obstáculo, cada pedra no caminho, tem
efeito honroso sobre a glória alcançada”.
(Aidran Tybel)
1 INTRODUÇÃO...................................................................................... 10
1.1 JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO TEMA.............................................. 11
1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA........................................................................ 12
1.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA............................................................. 12
1.4 OBJETIVOS.............................................................................................. 13
1.4.1 OBJETIVO GERAL........................................................................................ 13
1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................................. 13
1.5 HIPÓTESE................................................................................................ 13
1.6 METODOLOGIA....................................................................................... 14
1.6.1 CLASSIFICAÇÃO DA 14
PESQUISA......................................................................
1.6.2 TÉCNICAS PARA COLETA DE 15
DADOS..............................................................
1.6.3 FONTES PARA COLETA DE 17
DADOS.................................................................
1.6.4 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA 18
PESQUISADA...............................................
1.6.5 INSTRUMENTOS PARA COLETA DE 18
DADOS......................................................
1.6.6 POSSIBILIDADE DE TRATAMENTO E ANÁLISE DOS 19
DADOS................................
1.7 APRESENTAÇÃO DO CONTEÚDO DAS PARTES................................. 19
2 REFERENCIAL TEÓRICO................................................................ 21
2.1 ORGANIZAÇÃO....................................................................................... 21
2.2 MERCADO................................................................................................ 22
2.2.1 MERCADO DE 23
2.3 TRABALHO............................................................................. 25
2.3.1 MARKETING............................................................................................. 27
2.3.2 IMAGEM...................................................................................................... 27
2.4 MARKETING 32
PESSOAL..................................................................................
PESSOAS.........................................................
2.4.2 SUBSISTEMAS DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS 34
HUMANOS..........................
2.4.2.1 O PROCESSO DE 34
2.4.2.2 RECRUTAMENTO................................................................. 36
2.4.2.2.1 O PROCESSO DE 37
SELEÇÃO...........................................................................
TÉCNICAS DE
SELEÇÃO................................................................................
3 ESTUDO DE CASO............................................................................ 40
3.1 INTRODUÇÃO.......................................................................................... 40
3.2 EMPRESA OBJETO DE ESTUDO DA PESQUISA.................................. 40
3.3 APRESENTAÇÃO DOS DADOS.............................................................. 41
3.3.1 APRESENTAÇÃO DA ENTREVISTA COM O 41
GESTOR...........................................
3.4 ANÁLISE DOS DADOS............................................................................ 44
4 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES.......................................... 46
4.1 INTRODUÇÃO.......................................................................................... 46
4.2 CONCLUSÃO........................................................................................... 46
4.3 RECOMENDAÇÕES................................................................................ 48
5 REFERÊNCIAS................................................................................... 50
APÊNDICE
1 INTRODUÇÃO
A relevância das pessoas numa organização se deve ao fato de que bens, produtos
e serviços são fáceis de a concorrência imitar e até mesmo melhorar, mas conseguir
copiar pessoas e o que elas representam para a sociedade é praticamente
impossível, porque cada um possui sua identidade, sua marca, que quando
estruturada de forma positiva passa a ser chamada de marketing pessoal.
De acordo com todas essas premissas, este estudo de caso procura esclarecer a
influência que o marketing pessoal pode ter num processo de seleção de pessoal e
como ele pode interferir diretamente no resultado deste processo, através da análise
do comportamento, da postura, da ética profissional, enfim, da apresentação
pessoal.
11
Com a evolução dos tempos e do mercado, sente-se que o capital intelectual passou
a ser o maior diferencial para o sucesso das empresas.
Assim, o marketing pessoal pode ser um fator de grande importância, mesmo que de
forma subconsciente, nesse processo em que qualquer característica em desacordo
com os padrões pode ser fatal para a continuidade do indivíduo pretendente ao
cargo.
Por todos os fatores elencados acima, pode-se dizer que o que impulsionou a
realização deste trabalho foi descobrir o grau de influência que o marketing pessoal
pode assumir na escolha de um novo profissional/colaborador, bem como
proporcionar referências didáticas para contribuir com a melhor qualificação e
escolha de recursos humanos dentro das organizações.
12
1.4 OBJETIVOS
1.5 HIPÓTESE
Para Andrade (2001, p. 143), “hipótese é uma solução provisória que se propõe para
o problema formulado. Trata-se de solução provisória porque o desenvolvimento da
pesquisa determinará sua validade: pode ser confirmada ou rejeitada”.
14
1.6 METODOLOGIA
Para melhor apreciação desta pesquisa, observou-se que ela é classificada como
pesquisa exploratória e descritiva.
Gil (1999, p. 43) diz que: “as pesquisas exploratórias têm como principal finalidade
desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, tendo em vista, a formulação
de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores”.
Para Gil (1999, p. 44), as pesquisas descritivas “têm como objetivo primordial a
descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o
estabelecimento de relações entre variáveis”.
Para complementação deste projeto utilizou-se como técnicas para coleta de dados
os seguintes instrumentos: a pesquisa bibliográfica, o estudo de caso e a
observação.
Gil (1999, p. 65), por sua vez, salienta que: “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida
a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos
científicos”.
O estudo de caso, por sua vez, procura reunir um grande número de informações
detalhadas com a finalidade de trazer maior conhecimento sobre o assunto e até
mesmo levar ao diagnóstico de soluções para o problema levantado.
Para Santos (1999, p. 28), “selecionar um objeto de pesquisa restrito, com o objetivo
de aprofundar-lhe os aspectos característicos é o estudo de caso, cujo objeto pode
ser qualquer fato/fenômeno individual, ou um de seus aspectos”.
Para realização desta pesquisa utilizou-se as fontes primárias, visto que os fatos
foram analisados pela primeira vez e também fontes secundárias, devido a coleta de
informações bibliográficas pautadas no assunto objeto de estudo.
Para Mattar (2001, p. 48), as fontes ou dados primários “são aqueles que não foram
antes coletados, estando ainda em posse dos pesquisados, e que são coletados
com propósito de atender às necessidades específicas da pesquisa em andamento”.
Portanto, neste projeto considera-se que a fonte primária utilizada foi a entrevista
aplicada junto ao entrevistador/gestor da organização em estudo para colher os
dados necessários para atender aos objetivos propostos.
Andrade (2001, p. 43) define que: “as fontes secundárias referem-se a determinadas
fontes primárias, isto é, são constituídas pela literatura originada de determinadas
fontes primárias e constituem-se em fontes das pesquisas bibliográficas”.
Mattar (2001, p. 48) acrescenta que as fontes ou dados secundários “são aqueles
que já foram coletados, tabulados, ordenados e, às vezes, até analisados e que
estão catalogados à disposição dos interessados”.
18
Os dados secundários, por sua vez, foram coletados por meio de materiais
bibliográficos pertinentes ao assunto em estudo, servindo como fonte de pesquisa
para o embasamento teórico, indispensável à realização deste trabalho.
Após a coleta dos dados, estes foram selecionados, passando para a fase seguinte
que é a apresentação, interpretação e análise dos dados, tornando-se possível fazer
comentários a fim de correlacionar os dados obtidos com o referencial teórico
levantado, cujas informações foram determinantes para a formulação do parecer
conclusivo sobre o tema abordado e para a verificação e comprovação da hipótese
proposta.
objeto de estudo no ano de 2010, sendo que sua realização foi fundamental para
construir uma análise sobre como o marketing pessoal influencia no processo de
seleção.
Constam no quinto capítulo as referências utilizadas durante todo este estudo para
que sirvam realmente de base para outros interessados em se aprofundar na área
em questão.
21
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 ORGANIZAÇÃO
Esta idéia é extremamente útil para perceber a visão de organização como a soma
de recursos humanos, materiais financeiros, tecnológicos e outros, necessários para
22
Sobre este mesmo prisma, nota-se que a sociedade é mutante e que a cada época
anseia por novas necessidades e desejos. Com isso, surgem novas organizações ou
organizações reformuladas com propósitos diferentes para atender essas demandas
distintas.
2.2 MERCADO
Para o marketing, Etzel; Walker e Stanton (2001, p. 45) afirmam que um mercado
pode ser definido como “pessoas ou organizações com necessidades para se
atender, dinheiro e disposição para gastá-lo”.
. Excesso de vagas e de oportunidades de . Escassez de vagas e de oportunidades
emprego no mercado de trabalho de emprego no mercado de trabalho
. Os candidatos escolhem e selecionam as . Os candidatos concorrem entre si para
organizações que ofereçam melhores conseguir as poucas vagas que surgem,
oportunidades, salários e benefícios apresentando propostas salariais mais
baixas ou candidatando-se a cargos
inferiores às suas qualificações
. As pessoas se predispõem a deixar seus . As pessoas procuram fixar-se nos atuais
empregos atuais para tentar melhores empregos, com medo de engrossar as
oportunidades em outras organizações, filas de candidatos desempregados
aumentando a rotatividade de pessoal
. Os funcionários sentem-se donos da . Os funcionários evitam criar atritos
situação e fazem reivindicações de em seus empregos, ou propiciar possíveis
melhores salários, benefícios e tornam-se desligamentos; tornam-se mais
mais indisciplinados, faltam e atrasam disciplinados, procuram não faltar nem
mais, aumentando o absenteísmo se atrasar para o serviço
Figura 1 - O impacto do mercado de trabalho sobre os candidatos.
Fonte: Chiavenato (1999, p. 84).
Esta oscilação, em que ora há oferta de vagas, ora há procura, influencia a maneira
de selecionar candidatos e o comportamento destes diante das oportunidades
apresentadas no mercado de trabalho.
2.3 MARKETING
Para defini-lo, Cobra (1992, p. 29) diz que: “marketing é mais do que uma forma de
sentir o mercado e adaptar produtos ou serviços – é um compromisso com a busca
da melhoria da qualidade de vida das pessoas...”.
[...] qualquer coisa que possa ser oferecida ao mercado para satisfazer uma
necessidade ou desejo. Em geral, a palavra produto sugere um objeto físico,
como um carro, uma televisão ou um sabonete, mas seu conceito não se
limita a objetos físicos – qualquer coisa capaz de satisfazer uma
necessidade pode ser chamada de produto (KOTLER; ARMSTRONG, 1998,
p. 5).
Kotlher (apud COBRA, 1992, p. 35) afirma que atualmente o marketing tem um
enfoque maior para o aspecto humano, societal, assim:
Doin (2003) acrescenta que: “imagem é uma apreciação de valor construída através
de idéias, convicções e sensações resultantes da comunicação dos atributos do
pretendente a criar o seu diferencial e a buscar a sua visibilidade”.
Hooley; Saunders e Piercy (2001, p. 106) alertam que: “a imagem muitas vezes
exige um longo tempo para ser construída, mas pode ser destruída muito
rapidamente com erros”.
Assim, é tarefa do marketing criar e fortalecer uma imagem positiva de uma pessoa
na mente de quem o observa, a ponto deste fazer – inconscientemente -
associações mentais positivas, levando a uma lembrança de marca, da sua “marca
pessoal”. É essa lembrança que vai permitir maior aceitação e preferência pela sua
marca.
Persona (2010, p. 11) ensina que o marketing pessoal deve ser feito da seguinte
maneira:
[...] gerando impressões positivas na mente das pessoas, e para isso não há
nada melhor do que criar experiências de satisfação. Como fazer isso?
Criando uma reputação por meio da promoção alheia, tanto em um bom
atendimento que agregue valor às outras pessoas, como na simples
distribuição de atenção e gentilezas.
Para Czinkota et al. (apud RIZZO, 2008, p. 27), “criar uma marca significa ter uma
identidade, o que destaca um profissional dos demais. As empresas pagam o valor
que a marca representa”.
“Nesse caso, para manter a credibilidade dessa marca pessoal, num ambiente
volátil, em termos de produtos e até ações, é preciso melhorar suas habilidades,
adquirir outras e criar constantemente um novo valor” (RIZZO, 2008, p. 27).
Na construção da marca pessoal, Coelho (2007) fala que devem ser observados e
desenvolvidos seis passos.
trajes apropriados; usar de forma regrada os acessórios como brincos, anéis etc.;
estudar regras de etiqueta social; ter uma boa postura ao sentar, caminhar e ao
falar; usar um vocabulário e escrita adequados e, apresentar-se e preocupar-se
com a saúde.
Terceiro passo: a visibilidade – para construir uma marca você precisa ser
visto, comunicar e repercutir. Esse ponto envolve: criar uma logomarca e um
cartão de visitas que o identifique; manter um site pessoal com artigos, currículos,
experiências profissionais etc.; procure ter uma única conta de e-mail e inclua
uma assinatura para que possa identificá-lo melhor nas mensagens que enviar; se
tem facilidade de escrever uma boa arma é escrever artigos relacionados à sua
profissão e, busque participar de eventos dos mais diversos, levando consigo seu
cartão de visitas.
Quarto passo: a ênfase – uma marca para ser lembrada, precisa ser repetida,
ter um nome curto e de fácil percepção pelas pessoas.
Quinto passo: a divulgação – você deve virar notícia, seja através da publicação
de artigos ou em participações em eventos; exercitar sua comunicação e
aumentar sua rede de relacionamentos não escolhendo lugar.
Todos os passos acima servem para a construção de uma imagem sólida, lembrada,
requisitada e diferenciada perante todo o mercado – a sua marca pessoal.
Como são exigidas: qualificações cada vez mais complexas para o adequado
planejamento das carreiras; técnicas de comunicação que aprimoram a fluência, e
também o discurso claro para melhor validar currículos, candidatos a empregos e
idéias, a questão da apresentação pessoal ganha uma força muito grande nesta
corrida pelo emprego e como o marketing pessoal é o ponto fraco da maioria dos
candidatos, ele torna-se cada vez mais decisivo no momento da contratação.
Donateli (2009) afirma que é inegável dizer que nossa sociedade é cada vez mais
visual. Para confirmar esta idéia, aponta que segundo dados do Professor PhD
Albert Mehrabian, pioneiro na compreensão da comunicação desde 1960, logo após
uma conversa, o que mais se destaca em uma pessoa é a sua aparência e as suas
ações (55%). A maneira como se expressa vem em seguida (38%), e só depois é
que aparece o conteúdo (7%).
O valor que um candidato pode representar para uma organização, além da sua
formação profissional, está na sua maneira de lidar com as intempéries do mercado,
32
Isto requer uma gestão de recursos humanos preparada para identificar potenciais
talentos entre os candidatos, treiná-los e desenvolvê-los para que suas
33
necessidades possam ir de encontro com as das organizações onde irão prestar seu
trabalho, proporcionando crescimento à empresa e também ao profissional.
Diante destas premissas pode-se dizer que o conjunto de pessoas que trabalham
em nome de uma empresa é o principal fator de definição se esta irá operar com
êxito ou não.
Por este motivo, fica clara a importância das pessoas dentro das organizações, o
que leva a gestão de recursos humanos desenvolver um papel cada vez mais
complexo, que é o de encontrar profissionais adequados às exigências das
empresas e trabalhar para que estes estejam sempre aptos a prestar um bom
trabalho para as mesmas.
O papel das pessoas como alicerce de uma organização está sendo cada vez mais
valorizado, o que as leva a ser o centro das atenções e consequentemente parte
crucial no contexto empresarial.
Para Chiavenato (1999, p. 92), “o recrutamento externo atua sobre candidatos que
estão no MRH (Mercado de Recursos Humanos), portanto, fora da organização,
para submetê-los ao seu processo de seleção de pessoal”.
Marras (2002, p. 73) diz que o recrutamento externo “é o processo de captação de
recursos humanos no mercado de trabalho, com o objetivo de suprir uma
necessidade da empresa no seu quadro de efetivos”.
36
O recrutamento externo é aquele que demanda de maior tempo e ainda gera custos
para a empresa, pelo fato de os candidatos serem captados no ambiente fora da
organização, buscando direcionar para as áreas que se pretende preencher.
A escolha de um profissional é algo que requer total atenção, por isso, além de ser
uma atividade da Administração de Recursos Humanos, conta com a participação de
psicólogos e especialistas que darão auxílio para o êxito do resultado desse
processo. A gestão da empresa também participa diretamente na decisão final,
cabendo a ela, após receber todas as informações do profissional de seleção,
escolher qual candidato assumirá a vaga.
37
Deste modo, pode-se dizer que a área de recursos humanos auxilia no processo de
seleção aplicando provas e testes, enquanto a gestão irá analisar essas informações
coletadas pela área de recursos humanos e, com base nelas, tomará as decisões a
respeito do candidato mais adequado às exigências do cargo.
O mesmo autor (1999) explica que a entrevista é uma das técnicas mais utilizadas
no processo de seleção. A entrevista de seleção pode ser caracterizada como um
diálogo entre duas ou mais pessoas, onde uma dessas pessoas está disposta a
conhecer melhor a outra. Uma parte é o entrevistador e a outra parte é o
entrevistado que será posto diante de várias indagações sobre sua vida profissional
e pessoal. Para que a entrevista ocorra da melhor forma possível há a necessidade
que seja bem preparada, desde o ambiente em que se irá proferir a referida
entrevista até por quem vai entrevistar. As provas de conhecimento anseiam por
avaliar o nível dos conhecimentos tanto gerais como específicos dos indivíduos e
que são exigidos pelo cargo o qual estão concorrendo. Os testes de personalidade
mostram aspectos das características das pessoas, sejam aquelas determinadas
pelo caráter ou aquelas ditas pelo temperamento. As técnicas de simulação são
centradas no tratamento em grupo, onde seu ponto de partida é a dramatização do
evento que se pretende analisar de forma a deixá-lo o mais real possível.
3 ESTUDO DE CASO
3.1 INTRODUÇÃO
40
O grupo foi fundado há cerca de 8 anos através de uma idéia acadêmica partilhada
por nove universitários da Faculdade Capixaba de Nova Venécia, que se tornaram
sócios. Aos poucos, estes foram se desligando e hoje somente um dos sócios
fundadores permanece na empresa, tendo parceria com uma nova sócia.
A andragogia é utilizada pela empresa como principal forma de fazer da práxis uma
maneira de entender melhor a filosofia da organização.
41
A pesquisa foi realizada por meio de uma entrevista com o gestor da empresa G9,
no dia 06 de Setembro de 2010. A entrevista foi a ferramenta metodológica que
norteou a pesquisa, sendo que sua elaboração visou discutir todas as questões
referentes ao papel do Marketing Pessoal no processo de Seleção de Pessoas.
Sim, pode influenciar e muito. Tem empresas que não contratam pessoas
que tenham vícios como: beber ou fumar, possuir tatuagens, usar trajes
inadequados para a situação, por exemplo: saias muito curtas.
Outro fator é a religião. É fundamental seguir uma religião, não importa qual
seja, sendo que isso já é ponto positivo para o candidato. [...] a questão da
religião está agregada às redes de relacionamentos. Durante a seleção
fazemos perguntas que identificam como é o relacionamento dos candidatos
com pessoas, buscando visualizar a relação interpessoal com os círculos de
amizade, família e pessoas da sua igreja.
3) Quais as técnicas mais utilizadas por V.S.ª em seleções? Para quê elas servem?
42
Os trajes que a pessoa utiliza, as gírias que usa ao falar, os vícios que tem
como álcool, cigarro que prejudicam a saúde e até mesmo vícios de
comportamentos, e algumas atitudes como arrogância, entre outras. Isso
tudo é importante porque conta na empresa.
disso, essa experiência faz com que ela aprenda a viver com o diferente,
com as dificuldades em todos os sentidos.
Esta afirmação ajuda a compreender o que realmente é e como pode ser promovido
o marketing pessoal, indo de encontro com o conceito elaborado por Passadori
(2007) – (capítulo 1, item 1.1) que afirma:
Para esclarecer melhor quais comportamentos não devem ser realizados pelos
candidatos durante uma seleção, a resposta do gestor da empresa G9, na pergunta
5, remete às questões dos vícios cometidos pelas pessoas. Eles envolvem os vícios
químicos que debilitam a saúde, e também os de mau comportamento e de desvios
de conduta, que podem ocorrer tanto dentro quanto fora da organização, além da
falta de maturidade.
Coelho (2007) - (capítulo 2, item 2.3.2) ensina que, para não cair nesses erros,
deve-se: apresentar uma boa aparência física e trajes apropriados; usar de forma
regrada os acessórios como brincos, anéis etc.; estudar regras de etiqueta social; ter
uma boa postura ao sentar, caminhar e ao falar; usar um vocabulário e escrita
adequados e, apresentar-se e preocupar-se com a saúde.
45
Esta discussão é muito importante para que os candidatos percebam que há muitas
formas de se promover pessoal e profissionalmente através de ações simples, que
tornam-se um diferencial e aumentam a visibilidade da pessoa de forma positiva.
4 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
4.1 INTRODUÇÃO
46
De acordo com os objetivos propostos nesta pesquisa, este capítulo vem apresentar
a conclusão do projeto, bem como denotar recomendações para futuros trabalhos
acerca da área estudada, tendo como base os resultados alcançados e o referencial
teórico exposto.
4.2 CONCLUSÃO
Para atingir este objetivo, foi preciso desdobrá-lo em três objetivos específicos
obtendo com estes as seguintes conclusões:
O primeiro objetivo específico buscou verificar como a apresentação pessoal e a
postura do candidato tornam-se decisivas para a contratação na visão do
responsável pela seleção. Foi possível atender este objetivo por meio da resposta
obtida na pergunta 7 (item 3.3.1) onde o entrevistado apontou a observação da
linguagem corporal e o uso de técnicas de simulação como meios de selecionar os
candidatos com melhores posturas, e na pergunta 6 do mesmo item ao expor que o
47
Persona (2010, p. 12) - item 2.3.2 - alerta os candidatos para o fato de que:
Esta afirmação foi decisiva para finalizar este projeto verificando-se que a hipótese
levantada nesta pesquisa – Se entre os candidatos os requisitos curriculares muitas
vezes são semelhantes, então o marketing pessoal é o fator que mais afeta
positivamente o processo decisório de uma seleção de pessoal – é verdadeira, vez
48
4.3 RECOMENDAÇÕES
Depois de toda essa análise, este estudo atingiu seus objetivos como mencionado
anteriormente, e permitiu elucidar a nova maneira de se pensar sobre os processos
seletivos, dando ênfase na preocupação com o comportamento humano,
consagrando o marketing pessoal como diferencial para os candidatos pretendentes
à vaga no mercado de trabalho.
5 REFERÊNCIAS
4 CERVO, Amado L.; BERVIAN, Pedro A.. Metodologia científica. 5. ed. São
Paulo: Prentice Hall, 2002.
13 ETZEL, Michael J.; WALKER, Bruce J.; STANTON, William J.. Marketing. São
Paulo: Makron Books, 2001.
16 GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 1999.
17 HOOLEY, Graham J.; SAUNDERS, John A.; PIERCY, Nigel F.. Estratégia de
marketing e posicionamento competitivo. 2. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2001.
51
APÊNDICE
3) Quais as técnicas mais utilizadas por V.S.ª em seleções? Para quê elas servem?
6) Depois de avaliar os requisitos curriculares qual fator é mais importante para levar
a decisão por um candidato em caso de impasse?