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14 O DIA - ARTIGO 28.12.

2010
ENVIADO: Caracteres: (2217=344+1873)

POR JANAINA FERREIRA

Rio - A negociação do salário na hora da entrevista é um assunto delicado e deve ser deixado
para o final da conversa com o selecionador. A dica inicial é pensar antes da entrevista qual é
o mínimo salarial que você vai aceitar. Para encontrar esse valor pesquise o salário de outros
profissionais do mesmo cargo no mercado e na futura empresa.

“Estou concorrendo a uma vaga em que o salário é "a combinar", mas não tenho
experiência nesse tipo de negociação. Devo "pedir o máximo para ganhar o mínimo".
Como devo proceder?

Olá Fulano! Tente conseguir uma proposta por parte da empresa colocando sua faixa salarial
anterior sem esquecer de somar os benefícios. Estes devem ser convertidos em salário porque
tudo que nós deixamos de gastar são ganhos e aumentam o pacote salarial.

Caso a empresa não faça uma proposta, deixe claro que sua expectativa é que a remuneração
seja maior que a anterior em função da sua experiência acumulada e nunca por argumentos
pessoais como, por exemplo, estar com dívidas.

Se você estiver empregado terá a vantagem da tranquilidade na hora da negociação. Esteja


aberto para ouvir a proposta, pois remuneração não é só o salário. É um pacote que inclui
também os benefícios, as oportunidades de crescimento, os treinamentos oferecidos pela
empresa e a qualidade de vida.

Além disso, outros fatores têm peso na escolha de uma vaga: o nome da empresa no mercado,
o cargo que vai ocupar e principalmente a oportunidade de adquirir experiência e fazer
network.

Na semana do Natal recebi a visita dos queridos primos mineiros Romano e Cristiane. Entre as
várias conversas interessantes que tivemos, o Romano me contou o início de sua carreira: há
menos de vinte anos ele estava no segundo ano da Faculdade de Direito e foi admitido na
função de office-boy ganhando um salário mínimo na empresa onde ele está até hoje.

No momento, ele é um profissional muito bem sucedido atuando na área comercial, além de
ser fazendeiro e já pensar em viver de rendas aos quarenta anos. Ele reconhece que em troca
da experiência que adquiriu poderia ter trabalhado até sem salário no primeiro ano, porque o
aprendizado fez com que ele multiplicasse seus ganhos. A lição que o primo Romano deixa é
que conhecimento e network são fatores que valem tanto ou mais do que o salário.

Sendo flexível para considerar todos esses fatores em sua avaliação, você tem chances de
tomar a melhor decisão.

Janaina é coordenadora da pós-graduação do Ibmec/RJ

PUBLICADO
Caracteres: (1988=442+1546)

Sucesso na carreira: Salário a combinar


Rio - A negociação do salário na hora da entrevista é um assunto delicado e deve ser deixado para o final
da conversa. A dica inicial é pensar antes da entrevista qual é o mínimo salarial que você vai aceitar. Para
encontrar esse valor, pesquise o salário de outros profissionais do mesmo cargo no mercado e na futura
empresa. Seja flexível para considerar todos os fatores em sua avaliação. Assim, você tem chances de
tomar a melhor decisão.
PERGUNTA E RESPOSTA

por Janaína Ferreira Alves

Estou concorrendo a uma vaga com salário a combinar, mas não tenho experiência nessa
negociação. Devo “pedir o máximo para ganhar o mínimo”?

Paola, Jacarepaguá

Olá, Paola! Tente conseguir uma proposta da empresa colocando sua faixa salarial anterior somando os
benefícios. Eles devem ser convertidos em salário, porque tudo que nós deixamos de gastar são ganhos e
aumentam o pacote salarial. Caso a empresa não faça uma proposta, deixe claro que sua expectativa é
uma remuneração maior que a anterior. Fale da sua experiência acumulada e nunca use argumentos
pessoais como, por exemplo, estar com dívidas.

Se você estiver empregada, terá tranquilidade na negociação. Esteja aberta para ouvir a proposta.
Remuneração não é só o salário, é um pacote que inclui também benefícios, oportunidade de crescimento,
treinamentos dados pela empresa e qualidade de vida. E outros fatores também pesam na escolha, como o
nome da empresa no mercado, o cargo que você vai ocupar e principalmente a oportunidade de ganhar
experiência e fazer network.

No Natal, recebi a visita de dois primos. Entre várias conversas interessantes, um deles me contou o início
de sua carreira: há menos de 20 anos ele estava na Faculdade de Direito e foi contratado como office-boy
por um salário mínimo na empresa onde ele está até hoje. Agora, ele é um profissional muito bem
sucedido atuando na área comercial, além de ser fazendeiro e já pensar em viver de rendas aos quarenta
anos.

Ele reconhece que, pela experiência que ganhou, poderia ter trabalhado até de graça no primeiro ano,
porque o aprendizado o fez multiplicar seus ganhos. A lição que ele deixa é que conhecimento e network
valem tanto ou mais do que o próprio salário.

Crédito esquecido

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