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=ISCISA=
CURSO DE LICENCIATURA EM NUTRIÇÃO, 1° ANO
II SEMESTRE, PERÍODO-LABORAL
Discente:
O presente artigo ensaio visa apresentar sucintamente os fundamentos para uma crítica
das principais do pensamento evolucionista cultural clássico do século XIX na base das
contribuições de Lewis Henry Morgan, Edward Burnett Tylor e James George Frazer. O
eixo em torno do qual gravitava essa disputa, espero elucidar, era uma noção de história:
os intelectuais evolucionistas levavam a termo uma perspectiva histórica herdada do
pensamento iluminista, para o qual a história era uma entidade metafísica que englobava
toda manifestação cultural particular de acordo com leis universais e desenvolvia-se
segundo uma concepção linear progressiva.
ABSTRAC
T
This essay article aims to briefly present the fundamentals for a critique of the main
classical 19th century evolutionary cultural thinking based on the contributions of Lewis
Henry Morgan, Edward Burnett Tylor and James George Frazer. The axis around which
this dispute gravitated, I hope to clarify, was a notion of history: evolutionary
intellectuals carried out a historical perspective inherited from Enlightenment thought,
for which history was a metaphysical entity that encompassed every particular cultural
manifestation in accordance with universal laws and developed according to a
progressive linear conception.
Para os três autores, o estágio de “avanço” ou “atraso” de uma certa sociedade em seus
percursos evolutivos, configura um problema essencial. A análise comparada estabelece
o grau “avançado” ou “atrasado” de uma sociedade, ou seja, uma sociedade é
“avançada” ou “atrasada” em relação a uma outra sociedade, à “líder”.
Este é o segundo ponto essencial das perspectivas dos autores: a utilização do método
comparativo de análise. A comparação entre sociedades é justificada pela noção de que
certas causas e condicionantes operam uniformemente por toda a humanidade:
CRÍTICA
S
É notório que os pioneiros revolucionistas não mostram provas concretas em relação aos
seus pensamentos que fenómenos aparentemente semelhantes pudessem ser atribuídos
as mesmas causas, assim sendo era preciso perguntar, para cada caso, se eles não teriam
desenvolvido independentemente, ou se não teriam sido transmitidos por difusão de um
povo a outro, sendo necessário falar da cultura não no singular mas sim
O antigo padrão de disposição das peças dos museus etnográficos, com sua classificação
por tipo de actividade ou instrumento, misturando peças de povos de todo o mundo.
Esse padrão, de inspiração evolucionista, foi sendo substituído pelo ordenamento de
conjuntos de elementos relacionados a diferentes culturas. Nesse sentido, o
procedimento fundamental do método comparativo, tal como preconizado por Tylor
dissecá-la a civilização em detalhes e, em seguida, classificá-los em seus grupos
apropriados" com evidências recolhidas em todo o mundo passava a ser visto como um
método equivocado.
Apoiando-se a Boas, no tocante às características raciais, o autor sugere que elas não
são totalmente estáveis e que estão mais sujeitas a modificações influenciadas pelo
ambiente social e geográfico do que por factores étnicos da mesma maneira que ele
desconsidera o resultado dos chamados testes de inteligência, por acreditar que o
ambiente cultural dos indivíduos é o factor mais importante para determinar o resultado
desses testes, não o conjunto de características feno típicas.