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O fisco no caso em tela teria até 12/10/12 para efetuar o lançamento tributário,
caso o fisco tivesse realizado o lançamento em 12/10/12, ele teria 5 anos após
essa data para propor à execução fiscal.
O lançamento [natureza jurídica mista] declara a obrigação tributária e
constitui o crédito tributário.
CTN, art. 173. O direito de a FP constituir o crédito tributário extingue-se após
5 anos [prazo decadencial], contados:
I - do 1º dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido
efetuado;
01/01/2008 - início do prazo decadencial.
31/12/2012 - término do prazo decadencial.
CTN, art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em 5
anos, contados da data da sua constituição definitiva.
A prescrição quinquenal para a cobrança dos tributos sujeitos a lançamento
de ofício é contada da data de sua constituição definitiva, ou seja, quando já
não caiba recurso adm. ou findo o prazo para sua interposição. (STJ -
jurisprudência em teses).
09/11/2012 - data em que o contribuinte foi notificado.
09/12/2012 - prazo limite para impugnação.
08/12/2017 - prazo limite para ajuizamento da ação de execução fiscal.
23. O Município X, na tentativa de fazer com que os cofres municipais pudessem
receber determinado tributo com mais celeridade, publicou, em maio de 2017, uma
lei que alterava a data de recolhimento daquela exação. A lei dispunha que os
efeitos das suas determinações seriam imediatos.
Nesse sentido, assinale a afirmativa correta.
A Segundo a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), a lei é
válida, mas apenas poderia entrar em vigor 45 (quarenta e cinco) dias após a sua
publicação.
B A lei é inconstitucional, uma vez que não respeitou o princípio da anterioridade.
C A lei é constitucional, uma vez que, nessa hipótese, não se sujeita ao
princípio da anterioridade.
D A lei é válida, mas só poderia vigorar 90 (noventa) dias após a sua publicação.
Sandra Mara Dobjenski
Art. 62, § 1º, III, da CF/88 - É vedada a edição de medidas provisórias sobre
matéria reservada a lei complementar.
26. O Chefe do Executivo do Município X editou o Decreto 123, em que corrige o
valor venal dos imóveis para efeito de cobrança do Imposto Predial e Territorial
Urbano (IPTU), de acordo com os índices inflacionários anuais de correção
monetária.
No caso narrado, a medida
A fere o princípio da legalidade, pois a majoração da base de cálculo somente pode
ser realizada por meio de lei em sentido formal.
B está de acordo com o princípio da legalidade, pois a majoração da base de cálculo
do IPTU dispensa a edição de lei em sentido formal.
C está de acordo com o princípio da legalidade, pois a atualização monetária
da base de cálculo do IPTU pode ser realizada por meio de decreto.
D fere o princípio da legalidade, pois a atualização monetária da base de cálculo do
IPTU não dispensa a edição de lei em sentido formal.
FUNDAMENTAÇÃO: Súmula160, STJ: é defeso, ao município, atualizar o IPTU
mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção
monetária.
§ 2º do art. 97 do CTN, informa que não constitui majoração de tributo a mera
atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo. Dessa forma,
não fere o principio da legalidade o Decreto editado que corrige/atualiza o
valor venal dos imóveis para efeito de cobrança do IPTU, de acordo com os
índices inflacionários anuais de correção monetária.
O princípio da legalidade: Só será instituído/majorado tributo por meio de lei
ordinária ou complementar.
(Cada tributo exige a depender do caso LO ou LC).
Precisamos entender primeiramente sobre "competência tributária"
O IPTU é um tributo de competência municipal.
É permitido por meio de "DECRETO" alterar apenas a base de calculo do IPTU,
para que o município por meio dessa alteração, não sofra impactos por conta
da inflação e atualizações monetárias.
É uma EXCEÇÃO ao PRINCÍPIO DA LEGALIDADE.
Sandra Mara Dobjenski
DIREITO ADMINISTRATIVO
27. Luciana, imbuída de má-fé, falsificou documentos com a finalidade de se passar
por filha de Astolfo (recentemente falecido, com quem ela não tinha qualquer
parentesco), movida pela intenção de obter pensão por morte do pretenso pai, que
era servidor público federal. Para tanto, apresentou os aludidos documentos forjados
e logrou a concessão do benefício junto ao órgão de origem, em março de 2011,
com registro no Tribunal de Contas da União, em julho de 2014. Contudo, em
setembro de 2018, a administração verificou a fraude, por meio de processo
administrativo em que ficou comprovada a má-fé de Luciana, após o devido
processo legal.
Sobre essa situação hipotética, no que concerne ao exercício da autotutela, assinale
a afirmativa correta.
A A administração tem o poder-dever de anular a concessão do benefício
diante da má-fé de Luciana, pois não ocorreu a decadência.
B O transcurso do prazo de mais de cinco anos da concessão da pensão junto ao
órgão de origem importa na decadência do poder-dever da administração de anular
a concessão do benefício.
C O controle realizado pelo Tribunal de Contas por meio do registro sana o vício do
ato administrativo, de modo que a administração não mais pode exercer a
autotutela.
D Ocorreu a prescrição do poder-dever da administração de anular a concessão do
benefício, na medida em que transcorrido o prazo de três anos do registro perante o
Tribunal de Contas.
FUNDAMENTAÇÃO: Artigo 54 da Lei 9.784/99. O direito da administração de
anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os
destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados,
salvo comprovada má-fé.
28. O Ministério Público ajuizou ação civil pública por improbidade em desfavor de
Felipe dos Santos, servidor público federal estável, com fulcro no Art. 10, inciso IV,
da Lei nº 8429/92. O servidor teria facilitado a alienação de bens públicos a certa
sociedade empresária, alienação essa que, efetivamente, causou lesão ao erário,
Sandra Mara Dobjenski
sendo certo que, nos autos do processo, restou demonstrado que o agente público
não agiu com dolo, mas com culpa.
Com base na hipótese apresentada, assinale a opção que está em consonância com
a legislação de regência.
A Felipe não pode sofrer as sanções da lei de improbidade, pois todas as hipóteses
capituladas na lei exigem o dolo específico para a sua caracterização.
B É passível a caracterização da prática de ato de improbidade administrativa
por Felipe, pois a modalidade culposa é admitida para a conduta a ele
imputada.
C Não é cabível a caracterização de ato de improbidade por Felipe, na medida em
que apenas os atos que atentam contra os princípios da Administração Pública
admitem a modalidade culposa.
D Felipe não praticou ato de improbidade, pois apenas os atos que importam em
enriquecimento ilícito admitem a modalidade culposa.
FUNDAMENTAÇÃO: Lei 8929/92, art. 10, Constitui ato de improbidade
administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou
culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento
ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei,
e notadamente: IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de
bem integrante do patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º
desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao
de mercado;
STJ - Dolo ou culpa são necessários para configuração de improbidade
administrativa.
Exige-se dolo para que se configure improbidade por enriquecimento ilícito e
por atentar contra os princípios da Administração.
Exige-se pelo menos culpa para que se configure improbidade por ato que
cause prejuízo ao erário.
No caso em tela, o servidor agiu com culpa, causando prejuízo ao erário. (por
exemplo: alienou um bem que dependia de avaliação prévia acreditando que
não era necessária tal avaliação).
Sandra Mara Dobjenski
[...]
§ 6º A proposta de acordo de leniência somente se tornará pública após a
efetivação do respectivo acordo, salvo no interesse das investigações e do
processo adm. (D)