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Sistema de Gerenciamento Eletrônico PDF
Sistema de Gerenciamento Eletrônico PDF
Introdução........................................................................................................... 3
Sensores ............................................................................................................. 32
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Novo Atenção/Nota
2
Introdução
Os motores Cummins e MWM estão preparados para atender as normas Euro III e Conama V de
controle da poluição do ar por veículos automotores.
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Relação ser humano/gerenciamento eletrônico
Uma maneira bastante simples de entender como o Sistema de Gerenciamento Eletrônico funciona
em um motor à Diesel é relacioná-lo com o corpo humano.
No corpo humano, o cérebro recebe os sinais vindos dos “sensores” como a visão, o olfato, o tato
etc, e os processa. Em seguida, responde em formato de ações como o fato de se colocar uma
blusa quando está frio. No Sistema de Gerenciamento Eletrônico, os sensores presentes no motor
captam e enviam os sinais à Unidade de Gerenciamento Eletrônico (ECM) onde são processadas. O
resultado do processamento é convertido em ações para os atuadores controlando o momento e o
volume do combustível.
Assim como no ser humano, em um veículo, o processamento das informações ocorre de forma
similar, pois têm-se a entrada de dados (sensores), o processamento realizado pela Unidade de
Gerenciamento Eletrônico (ECM) e a saída destes dados, que agora já processados, é realizada pelos
atuadores.
No ser humano
Audição
Visão
Paladar
Olfato
Tato
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A figura apresenta, de forma esquemática, os componentes pertencentes ao sistema de
gerenciamento eletrônico.
.
Unidade de Gerenciamento
Sensores Atuadores
Eletrônico (ECM)
Sensor de rotação
Sensor de fase
Sensor de pressão/
temperatura do
coletor de admissão
Sensor de temperatura
do líquido de
arrefecimento
Válvulas injetoras
Sensor do pedal do
acelerador
Válvula reguladora
de pressão
Sensor de pressão
atmosférica
Sensor de temperatura
de Combustível
Sensor de pressão e
temperatura do óleo
Interruptor do pedal
do freio
Interruptor do pedal
de embreagem
Opcionais
ECM
Unidade de Gerenciamento Eletrônico
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Sistema de injeção Common Rail
Common Rail
Tubo comum, Tubo distribuidor
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Tabela comparativa de grandezas
Tempo de
Pressão Quantidade/Volume Medidas
Injeção
25 cm/ms
Quantidade injetada em
Quantidade marcha lenta = 5mm3
(cabeça de alfinete) Folga do
2000 bar Pré injeção = 1mm3 pistão: 0,01mm
t
= 1ms
Para que possamos ter uma referência sobre o sistema Common Rail, podemos efetuar alguns
comparativos:
Pressão: A pressão de injeção pode atingir valores de 1400 bar, ou seja, para sustentarmos um
veículo médio na ponta de um dedo teríamos que fazer uma força equivalente a 2000 bar.
Tempo de injeção: Um avião voando a 900 Km/h percorre 25 cm em 1ms (milésimo de segundo) e
nesse 1ms, ocorre a injeção.
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Diagrama funcional
– Alimentação
– Baixa pressão
– Alta pressão
– Retorno
Devido a elevada pressão do sistema, as tubulações de alta pressão não devem ser
desapertadas com o motor em funcionamento, sob o risco de acidente e danificação
de componentes.
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Sistema de injeção de combustível
Circuito de Alimentação
ECM
Separador de água
Reservatório de
combustível
Separador de água
No filtro do separador de água existe uma bomba manual e um sensor de presença de água. Caso
seja detectado água no sistema, irá acender uma luz no painel.
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Circuito de Baixa Pressão
Filtro principal
Bomba de engrenagens
Bomba de engrenagens
A bomba de engrenagens está fixada à bomba de alta pressão e tem como objetivo elevar para 2.5
bar a pressão do combustível e garantir o seu abastecimento.
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Funciona através de duas engrenagens que giram solidárias, o combustível é transportado pelos
dentes das engrenagens para o circuito de baixa pressão até atingir a bomba de alta pressão.
Sucção
Carcaça
Engrenagens
Pressão
aprox. 2,5 bar
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Circuito de Alta Pressão
Sensor de pressão
do Common Rail
Bomba de
alta pressão
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Entrada de Válvula reguladora de
combustível pressão
(bomba de
engrenagens)
2,5 bar
Bomba de
Eixo de engrenagens
acionamento
Válvula de
pressão
Excêntrico
Válvula de admissão
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A pressurização do combustível é gerada por três êmbolos dispostos a 120° que, acionados por um
eixo excêntrico, produzem movimentos de admissão e compressão.
Admissão
Tubo Eixo
distribuidor excêntrico
Válvula de
admissão Válvula de
escape
Compressão
No início da compressão, o
combustível é pressionado
aumentando gradativamente a
pressão dentro da câmara.
No momento em que a pressão na
câmara de compressão for maior que
Pistão a pressão do circuito de alta pressão,
a válvula de escape abre e permite
Câmara de
compressão que o combustível seja liberado para
o tubo distribuidor (Rail), podendo
chegar a um valor de 1400 bar.
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Tubo Distribuidor – Rail
Rail
Retorno do
combustível
Para que a pressão de combustível não sofra grandes oscilações, o Rail possui um
sensor de pressão e uma válvula limitadora de pressão. Toda vez que a pressão
interna exceder os valores limite, a válvula limitadora de pressão libera o combustível
para a linha de retorno.
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Válvula limitadora de pressão
A válvula limitadora evita que a pressão interna ultrapasse 1600 bar. Para realizar esse controle, a
válvula se abre, liberando a passagem do combustível para a linha de retorno.
Furo de
passagem
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Sensor de pressão do Common Rail
O sensor de pressão de injeção está instalado no tubo distribuidor (Rail) e tem como função
informar a ECM a pressão de combustível ali presente. Isso garante o monitoramento da pressão
desejada a qualquer momento.
Entrada de combustível
Com o motor funcionando, nunca soltar este sensor sob risco de acidente e
danificação.
Somente poderá ser removido para ser substituído.
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Válvula reguladora de pressão
É responsável pelo controle de combustível destinado à bomba de alta pressão. Dessa forma, a
bomba de alta pressão somente irá elevar a pressão no tubo distribuidor (Common Rail) o suficiente
para o volume e necessidades do motor.
Haste Solenoide
Esfera
Mola
Ligação elétrica
Sinal PWM
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Comandada pela ECM, a válvula recebe impulsos de sinal PWM, permitindo variar a pressão com o
aumento ou a diminuição do volume de combustível a ser comprimido pela bomba de alta pressão.
O sinal PWM é representado pelo tempo (T) em que o sensor é energizado durante um período.
Esse período sempre será o mesmo, o que varia é o tempo (T) de energização.
Para aumentar ou diminuir a pressão no tubo distribuidor (Rail), o tempo (T) é alterado.
Pressão Reduzida
Período = ciclo
T
E
Tensão
Tempo t
T = Tempo ligado
Pressão Elevada
Período = ciclo
E
Tensão
Tempo t
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Pressão reduzida de combustível
Quando o tempo (T) é reduzido, a válvula reguladora permite pouca passagem de combustível para
a bomba de alta pressão. Todo excedente de combustível é enviado ao circuito de retorno.
Alimentação
Sinais PWM
controlados pela
ECM Bomba de
engrenagens
Êmbolo
regulador Oríficio
regulador do
combustível Retorno do combustível
Sinais PWM
Período
E T
Tensão
Tempo t
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Pressão elevada de combustível
Para aumentar o volume de combustível para a bomba de alta pressão, a válvula reguladora
encontra-se mais retraída, permitindo a passagem de maior quantidade de combustível, ou seja, o
tempo (T) está ampliado.
Êmbolo da bomba
Saída para o tubo distribuidor (Rail)
Alimentação
Passagem para
lubrificação
da bomba
Êmbolo
regulador
Furo calibrado
Sinal PWM
Período
E T
Tensão
Tempo t
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Todo esse controle gerenciado pela ECM gera um ciclo de informações e ações. Através de um sinal
PWM, a ECM controla a válvula reguladora que varia o volume de combustível a ser comprimido
pela bomba de alta pressão.
A variação da pressão do Common Rail é detectado pelo sensor de pressão, informando à ECM,
fechando assim o ciclo.
Válvula
Sinal PWM Reguladora
E
Sensores ECM
Sensor de
pressão do
Common Rail
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Circuito de Retorno
Reservatório
de combustível
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Injeção de combustível
O combustível pressurizado chega até as câmaras de combustão através das válvulas injetoras que
são comandadas eletronicamente pela ECM. Para que haja uma combustão mais eficiente e
homogênea dentro da câmara de combustão, o ciclo de injeção está dividido em pré-injeção e
injeção principal de combustível.
Pré-injeção
Injeção Principal
Logo após o ciclo de pré-injeção, a agulha da válvula injetora se abre para a injeção principal.
O gráfico abaixo mostra que a pressão de combustão se mantém praticamente estável durante todo
o ciclo de injeção.
COMBUSTÃO
Pressão na câmara de combustão
COM PRÉ
INJEÇÃO
COMBUSTÃO
SEM PRÉ
INJEÇÃO
ABERTURA DA
VÁLVULA
Tempo
PRÉ
INJEÇÃO INTERVALO PMS INJEÇÃO
PRINCIPAL
Vale lembrar que estes ciclos de injeção são totalmente comandados pela ECM e
dependem diretamente das condições de solicitação do motor.
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Válvulas Injetoras
As válvulas injetoras estão montadas no cabeçote, sendo uma para cada cilindro.
Niple
Agulha do
injetor
Região de
esmagamento
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Início de injeção
O início de injeção é determinado pela ECM, a qual energiza a válvula eletromagnética criando um
campo magnético abrindo o furo calibrado de retorno. Nesse instante, o combustível pressurizado
passa pelo furo calibrado de retorno diminuindo a pressão na câmara de controle do injetor, fazendo
com que a agulha do injetor se mova para cima iniciando a injeção de combustível.
Ligação elétrica
Saída para o
retorno de
combustível
Unidade de
ativação (solenoide)
Entrada do combustível
pressurizado
Válvula
eletromagnética
Furo calibrado de
retorno
Furo calibrado de
entrada
Câmara de controle
do injetor
Haste de comando
Canal de alimentação
para o injetor
Câmara inferior
Agulha do injetor
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Término da injeção
Quando a ECM deixa de energizar a válvula eletromagnética e, por ação mecânica, a mola fecha a
passagem do furo de retorno, o combustível pressurizado passa a ocupar a câmara de controle do
injetor forçando a haste de comando para baixo, movendo a agulha do injetor até sua posição de
repouso, finalizando o ciclo de injeção.
Mola de retorno
da válvula
Mola de retorno da
agulha na posição
de repouso
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Unidade de Gerenciamento Eletrônico (ECM)
Motor Cummins
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A Unidade de Gerenciamento Eletrônico (ECM) recebe os sinais dos diversos sensores, gerencia
estas informações e, através de cálculos e valores pré-determinados, comanda os atuadores que
irão realizar as funções de injetar, controlar e avisar.
ECM
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Administração de defeitos
Durante o processamento das inúmeras informações que a ECM é responsável, pode ser detectado
um mal funcionamento de algum componente. Nestes casos, a ECM registra o defeito em uma
memória específica e passa a adotar ações de forma a tentar minimizar os efeitos decorrentes deste
defeito. Dependendo da severidade do defeito, o motor pode ser despotencializado.
O processamento das informações é feito pela ECM através de três tipos de memória:
⇒ Memória ROM ou EPROM: Recebe sinais já digitalizados com programas armazenados em forma
fixa;
⇒ Memória EEPROM: Memória do sistema onde ficam armazenados todos os dados de
imobilização do veículo e mapas de calibração (não volátil ou seja, não se apaga);
⇒ Memória RAM: Memória de recebimento e leitura para armazenamento de dados variáveis
(volátil). Necessita da EEPROM para processar os dados. Ao se desligar a bateria, todas as
informações contidas são apagadas. Armazena as falhas do sistema (Diagnóstico).
Conector de diagnóstico
Ônibus
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Conectores – Cummins e MWM
Chicote do veículo:
– Conector de 89
pinos
Índice de
calibração
Seqüência
Número da peça Teste do numérica de
(fabricante do motor) equipamento produção diária
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Sensores
É um sensor eletromagnético (indutivo) que tem por objetivo informar à ECM a velocidade angular
da árvore de manivelas. Este sensor é montado em um suporte onde encontra-se estrategicamente
posicionado.
Este sensor consiste de uma bobina cujo núcleo encontra-se envolvido por um campo magnético.
Sensor de rotação
Em conjunto com o sensor de rotação temos o disco dentado de 60 dentes com falha de 2 dentes
(60-2), nos motores Cummins ou o volante do motor com furos (60-2) nos motores MWM que, em
movimento, devido aos dentes ou furos, gera impulsos que são identificados pelo campo
magnético do sensor e enviados à ECM.
A ausência dos 2 dentes ou furos serve para indicar o posicionamento da árvore de manivelas.
O sinal, gerado pelos impulsos, é amplificado e chega à ECM que, juntamente com outros
parâmetros, determina o momento exato do início da injeção de combustível.
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Ausência de 2 dentes
Ausência
de 2 furos
Tensão
Tempo
Este sensor é utilizado pela ECM para determinar a rotação do motor, o momento exato do início de
injeção e, em conjunto com o sensor de fase, determinar o cilindro que receberá a injeção.
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Sensor de fase
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Através das cavidades (Cummins) e ressaltos (MWM) existentes na engrenagem, o sensor de fase
informa à ECM o próximo cilindro que deverá receber a injeção. Para determinar o 1o cilindro e
sincronizar os próximos, existe uma marca de referência (cavidade ou ressalto), junto à indicação do
primeiro cilindro.
Como este sensor trabalha em conjunto com o sensor de rotação, todas as vezes que passar a falha
de dois dentes ou furos no sensor de rotação e houverem dois sinais próximos no sensor de fase
(30° de diferença considerando a árvore de manivelas), a ECM entende como sendo o 1o cilindro.
Os demais cilindros serão determinados pelo sensor de rotação na contagem dos dentes (Cummins)
ou furos no volante do motor (MWM), em conjunto com o sensor de fase.
Cummins
1º A figura apresenta as
cavidades existentes na
4º
Marca de engrenagem da árvore de
referência comando de um motor
Cummins que são
utilizadas para a “leitura”
2º do sensor.
5º
Neste caso, é uma
engrenagem de um motor
de 6 cilindros e os números
6º em cada cavidade
3º
representam o
posicionamento de cada
cilindro.
6º 2º
MWM
3º
Os motores MWM
apresentam ressaltos, 5º
porém a função é a
mesma.
Marca de
referência
1º 4º
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Sensor de pressão e temperatura do ar admitido
Temperatura O
Este sensor é do tipo NTC (Negative Temperature Coeficient) que atua de forma que
quanto menor a temperatura, maior a resistividade.
Temperatura
Quando o ar está quente, as moléculas nele contidas aumentam de volume, isso significa que se
tivermos um ar aquecido em um mesmo cilindro, a massa (peso) admitida será menor que em um ar
frio, fazendo com que o módulo determine uma quantidade de combustível menor.
Pressão
Em função da elevação da pressão provocada pela turbina, uma massa maior de ar é admitida,
sendo necessário uma correção pela ECM na quantidade de combustível injetada para atender a
solicitação do motorista.
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Sensor de temperatura do líquido de arrefecimento
Localizado no cabeçote do motor, este sensor tem como função básica informar à ECM as variações
de temperatura do líquido de arrefecimento.
Para realizar sua função, esse sensor varia sua resistência elétrica
de acordo com a temperatura e utiliza o valor obtido como valor de
correção para o cálculo da quantidade de combustível a ser
injetada.
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Sensor do pedal do acelerador
A posição do pedal é um dos parâmetros para que a ECM calcule o volume de combustível a ser
injetado, atendendo a solicitação do usuário.
Interruptor
O interruptor possui duas funções, sendo a primeira de informar se o pedal está em posição de
descanso (marcha-lenta) e a segunda de informar a posição de aceleração (elevação da rotação).
Potenciômetro
Ligar a ignição, acionar progressivamente o pedal até plena carga e soltar. Acionar por
mais duas vezes o pedal.
Essa operação irá permitir que a ECM identifique o interruptor de marcha-lenta e o
valor do potenciômetro.
Esse procedimento sempre deverá ser realizado quando da substituição do pedal,
substituição da ECM, ou quando for desconectada a alimentação da ECM.
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Sensor de pressão atmosférica
Tanto para os motores Cummins quanto MWM, este sensor se localiza dentro da Unidade de
Gerenciamento Eletrônico (ECM), não sendo passível de substituição.
Do tipo barométrico, esse sensor informa à ECM dados sobre a pressão atmosférica em que se
encontra o veículo (altitude de operação). A partir deste sinal, a ECM adota parâmetros para
adequar a pressão no coletor de admissão em função do débito de combustível.
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Sensor de pressão e temperatura do óleo lubrificante
O sensor de pressão e
temperatura do óleo possui a
inscrição OIL em alto relevo, para
não ser confundido com o sensor
OIL
de pressão e temperatura do
coletor de admissão.
Os sinais de temperatura e pressão do óleo são monitorados pela ECM, a qual possui valores limites
pré-estabelecidos para proteger a vida útil do motor.
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Sensor de temperatura de combustível – somente Cummins
Informa a temperatura do combustível à ECM, a qual corrige o débito de combustível pela variação
de tempratura.
O limite de proteção será ativado quando a temperatura atingir 71ºC (despotencialização do motor).
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Sensor de velocidade do veículo
Pinos
A B C D
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Interruptor do pedal da embreagem e interruptor do pedal do freio
Caso o veículo seja equipado com piloto automático e/ou tomada de força (PTO), logo atrás dos
pedais do freio e embreagem estão instalados interruptores destinados a informar à ECM o
momento em que estes pedais são acionados. Esta informação é utilizada pela ECM exclusivamente
para desabilitar o funcionamento do piloto automático e PTO.
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Sistema de proteção do motor
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Especificações técnicas
45
Anotações
48