Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DIAGNÓSTICO DE FALHAS
Teradne Training.
©2015 Teradne Training Sweden.
Introdução
O protocolo CAN foi desenvolvido por Robert Bosch e tem como
principal aplicação a implementação de uma rede intraveicular Classe C,
particularmente exemplificada na indústria automotiva, que se tem mostrada
uma cliente em potencial do CAN. Basicamente, a especificação CAN prevê
identificadores de mensagens que facilitam o controle do fluxo de informação
pela fiação. Como características de extrema relevância do CAN, podemos
citar um controle de alto nível na detecção/correção de erros, grande
flexibilidade na topologia e arranjo da rede intraveicular e baixa latência na
comunicação entre os componentes. Como exemplo desta última
característica, citamos um sistema de prevenção de acidentes que deve
monitorar, com baixa latência na aquisição de dados, para processar em tempo
real diversas variáveis de diferentes origens, como sensores de posição e
radar, potência do motor, poder de frenagem, etc.
O 82527 foi o primeiro controlador da Intel com suporte para o CAN 2.0, sendo
fabricado com o processo CHMOS III 5V e estando disponível com
encapsulamento PLCC-44. Ele pode ser configurado para interfacear com
CPUs usando 8 ou 16 bits de dados, multiplexados ou não com endereços.
Possui também uma interface serial flexível, conhecida como SPI, que pode ser
muito útil quando se torna dispensável o interfaceamento paralelo. O 82527
usa uma comunicação via mensagens de comprimento 8 bytes, podendo
transmitir, receber ou filtrar mensagens de seu interesse, isto graças à
utilização de máscaras especiais implementadas em hardware.
Gateway
Exemplo de mensagem
A posição do pedal do acelerador é indicada pelo potenciômetro (sensor
do acelerador) PID 091, que envia uma tensão variável ao ser pressionado o
pedal. A tensão do sinal de saída é proporcional à porcentagem de deslocamento
do pedal, que corresponde aos dados (DATA) de 0-255, neste caso, 000,
significando que o motor deve estar em marcha lenta.
A tensão variável é enviada à unidade de controle do motor (EECU) MID 128 e
convertida em sinal digital, DATA. Este sinal é então transmitido pela ligação de
dados e pode ser recebido por diversas unidades de controle, mas, neste caso,
a unidade de controle do motor, MID 128, interpreta o sinal e calcula a
quantidade de combustível injetada correspondente à marcha lenta.
Informação digital
A informação digital da posição do pedal do acelerador é então
“empacotada” na unidade de controle e consiste de MID 128, PID 091, Data
000, CKSM 021.
Estes “pacotes” são despachados, um após o outro, daí este tipo de
comunicação ser chamado de comunicação em série.
O sistema numérico binário, ou de base 2, é usado para converter os números
que conhecemos normalmente como sistema decimal em “1”s e “0”s digitais.
Oito posições, ou 8 bits, formam 1 byte. Essas posições correspondem a:
0 1 2 3 4 5 6 7 8
1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128, resultantes de 2 , 2 , 2 , 2 , 2 , 2 , 2 , 2 , 2 e 0, e
que são calculados quando todas as posições são iguais a 0. Isto significa
que é possível definir um total de 256 números, 1+2+4+8+16+32+64+128 +
uma posição para “0”, que resulta em uma nova posição = 256, mas como se
pode ver, foram adicionados um bit inicial e um bit final (em cinza na
ilustração). O bit inicial é sempre 0 e o final é sempre 1.
São então recebidas as tensões que devem variar para definir 1s e 0s e obter a
combinação binária correta.
Note que a posição que designa o valor mais alto, 128, é sempre o primeiro a
ser enviado, seguido de 64, 32, etc. em ordem decrescente.
Canais de comunicação
Canais de comunicação conectados às várias unidades de controle,
conforme a ilustração.
A ligação J1708 entre:
Pedal do acelerador
Velocidade do veículo
Tacógrafo
Velocímetro
Retardador
Tomada de força
Freio motor
Condições prévias:
PC3 Não é
utilizado.
Conexão Tipo do Pontos Valor Comentários Valor
sinal de nominal medido
medição
Iluminação externa
Faróis, dianteiros
Quando a luz alta está ligada, uma mensagem é transmitida pelo CAN do SAE
J1939 para o instrumento que acende a luz indicadora de sinal (repetidora) da
luz alta. Se o interruptor de iluminação está na posição Luzes de condução os
refletores de longo alcance são acesos quando a luz alta está ligada.
Luzes diurnas
LOWB- Quando a rotação do motor ultrapassa 100 rpm a luz baixa acende
DAY mesmo se o interruptor de iluminação estiver na posição 0.
Luzes de neblina
Luzes de neblina dianteiras
Luzes de freio
Se houver uma falha elétrica no circuito das luzes dos indicadores de direção, o
motorista é informado por um código de falha e pela lâmpada indicadora no
painel de instrumentos piscando com velocidade dupla.
Luzes de emergência
Função de alarme
Luzes da marcha à ré
Outras funções
Iluminação, instrumentos e painel de instrumentos
Limpador do para-brisa
Limpadores intermitentes
1. Cada vez que uma das 5 funções de iluminação acima for ativada.
2. A cada partida do veículo. (Partida na chave).
3. A cada liberação do freio de estacionamento.
4. Quando a velocidade do veículo for menor que 5 km/h, a unidade de
controle transmite um pulso de tensão a cada 2 segundos.
Se o consumo de corrente for menor que 500 mA, que pode ser o caso se os
LEDs forem utilizados no reboque, então não há detecção de reboque, o que
resulta em todas as luzes do reboque piscando a cada 2 segundos.
Detecção de reboque TD-LED
Veículos com TD-LED têm uma medida atual mais precisa no LCM. O sensor
pode medir correntes mais baixas do que o LCM, o que permite a detecção dos
reboques com iluminação de LED. O consumo total das 5 saídas descritas em
TD-BAS deve ser de no mínimo 700 mA.
Unidade de controle
Alimentação de tensão, LCM (21043962–05/21043961–04)
Ativação
Grupo 1
Grupo 2
Como o veículo é equipado com luz alta automática, a LCM (A27) monitorará a
condição dos cabos entre os relés K03 e K65. Quando o LCM indicar que há
tensão nestes cabos, a luz alta automática se apaga para fornecer ao motor de
partida toda alimentação das baterias. Quando a tensão nos cabos
desaparece, a luz alta acende novamente.
Condições:
6. Condição do alarme.
7. Se o código da chave de partida não estiver de acordo com a
informação do imobilizador, o motor de partida não estará habilitado
para a partida. O motor de partida estará habilitado a operar por um
determinado tempo enquanto o imobilizador estiver respondendo, já que
a resposta pode levar algum tempo, mas o motor não funcionará.
8. A EECU envia a informação para o painel de instrumentos referente a
condição de partida.
o Se o motor de partida superaquecer, a informação no painel de
instrumentos indica que é necessário esperar alguns segundos
antes de fazer uma outra tentativa de partida.
o Há uma opção para impedir que o motor ligue se a PTO estiver
acionada. Se esta opção estiver selecionada, o painel de
instrumentos informará que não é permitida a partida caso seja
feita uma tentativa de ligar o motor com a PTO acionada.
o Se ocorrer uma falha mecânica ou elétrica, será registrado um
código de falha.
9. O instrumento mostra.
Ventilador de arrefecimento
Nota! É sempre o sistema que exige a velocidade mais alta, que tem a sua
solicitação aceita. A unidade de controle eletrônico do motor (EECU) determina
que sistema terá a prioridade maior e qual a velocidade que funcionará o
ventilador.
1. Solenoide
2. Unidade da embreagem
3. Carcaça da embreagem
4. Tampa externa
5. Placa de acionamento
6. Válvula
7. Rolamento, carcaça da embreagem
8. Eixo do ventilador
9. Rolamento, eletromagnético
10. Roda dentada do sensor, sensor de velocidade rotacional
11. Canal de retorno, óleo de silicone
12. Canal de alimentação, óleo de silicone
13. Câmara de armazenamento
14. Câmara de acionamento
O sinal de controle para o ventilador energiza o eletroímã que, por sua vez,
aciona a válvula entre a câmara de óleo e o canal de alimentação. O sinal de
controle é do tipo PWM (Modulação da Largura do Pulso) e a velocidade do
ventilador é controlada pela largura dos pulsos. Quanto mais longos os pulsos
PWM, mais devagar o ventilador gira. O ventilador está equipado com um
sensor de tacômetro que envia informações à unidade de controle sobre a
velocidade do ventilador a qualquer momento.
Sistema pneumático
Temperatura do ar de carga
Freio motor
Temperatura da EECU
.
Links de dados, pesquisa de falhas
O link SAE J1939 é um link mais rápido e, portanto, pode transmitir dados
críticos por mais tempo. O link SAE J1939 é utilizado para transmitir dados que
o sistema utiliza para funções de controle, por exemplo, rotação do motor
(rpm).
Códigos de falha no link SAE J1587/J1708 (SID 250) podem também ser
devido a uma outra unidade de controle que não transmite as informações. A
razão para tal pode ser devido a uma falha nos componentes conectados à
outra unidade de controle. Portanto, todos os demais códigos de falha devem
ser reparados antes de iniciar a pesquisa de falhas no link.
PSID 201 é registrado pelo instrumento e pela unidade de controle dos freios e
indica a unidade de controle do veículo. Isto pode ser utilizado para encontrar
uma falha no link de controle. Se existir uma falha na instalação elétrica, o fato
de ainda existir contato entre as unidades de controle específicas pode ser
utilizado para excluir partes da instalação elétrica. No caso de determinadas
falhas no link SAE J1939, um código de falha também é registrado no link SAE
J1939 (SID 231).
1 Condições:
Objetivo:
A medição é realizada para verificar se existe alguma atividade no link.
Avaliação:
U ≈ 0V indica um curto-circuito à massa.
U > 5 V indica um curto-circuito à tensão mais alta.
Avaliação:
U ≈ 0 V indica um curto-circuito entre A e B.
Medição de tensão
1 Condições:
Objetivo:
A medição é realizada para verificar se existe alguma atividade no link.
Avaliação:
U ≈ 0V indica um curto-circuito à massa.
U > 5 V indica um curto-circuito à tensão mais alta.
SAE J1939 A deve sempre ter um valor maior que B.
Medição da resistência
1 Condições:
Duas terminações
Quando a resistência for R ≈ 60 Ω, a instalação elétrica está provavelmente em
boas condições com relação ao conector específico para os dois resistores de
terminação.
Medição no cabo
Condições:
Respectivos conectores desconectados.
Medição da resistência com o multímetro.
Chave de partida na posição de parada.
Objetivo:
A medição é realizada para verificar se existe uma interrupção no cabo.
Pontos de medição Valor
nominal
Avaliação:
R > 0 Ω indica uma interrupção em um cabo.
Sistema OK
Sistema OK