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E nós acreditamos no quê? Um produto é bom, dois produtos são melhores, três
produtos são muito bons, e assim por diante. Não é bem assim. Se fosse assim,
você entraria na Netflix e ela teria setenta pacotes para estarem a venda, mas
não necessariamente as coisas funcionam dessa forma.
Quando a gente fala de carrinho, assim como a gente fala de preço, é uma
parábola. Uma barriguda. É o seguinte, aqui é o ponto óptimo (desenho de
parábola no chat), é quando você vai estar com o carrinho fino, liso. É onde ele
vai estar performando da melhor maneira possível. 99% das vezes nós não
vamos acertar no cuzinho da moça. Esse é outro erro muito grande: acharmos
que nós temos como nos reunir com a equipe, nos reunir com nosso entorno,
nos reunir com nosso professor, se reunir com o Ícaro, ou com a galera.
Vamos soltar logo a bomba no topo da parábola. Geralmente, você começa por
aqui ou por aqui, e vai ajustando (ilustração). Puxando para cá, se passou do
ponto (para a esquerda), puxando para cá, se você não passou (para a direita).
Cada ponto alto da parábola depende da empresa, depende do tipo de produto,
de quanto ela quer crescer, do tamanho da equipe, do tamanho do seu suporte.
O que é aqui para você (ponto óptimo), pode ser aqui para o Novo mercado (lado
esquerdo da parábola).
Mas a parábola do Novo mercado é assim, entendeu? (Ilustração no chat). Não
é que seja a mesma parábola para todos. Provavelmente a parábola da Netflix é
completamente diferente da sua ou da minha parábola.
Mas o ponto é: existe uma parábola. No teu negócio ou no de qualquer outra
pessoa existe uma parábola. Existe um ponto em que você dimensionou
corretamente, onde você encontrou seu ponto óptimo. É o momento que você
está andando muito bem e é quase impossível — eu nunca vi — alguém acertar
na mosca ou logo de cara.
O Novo Mercado quando saiu, ele saiu aqui (lado esquerdo da parábola), e um
aqui bem convincente. Agora ele está sendo puxado para cá (em direção ao
ponto óptimo). E quando eu sei que chegou aqui? (Ponto óptimo). Não dá pra
saber. Você olha pra trás seis meses depois e diz: “Caralho, eu realmente estou
no casco”.
Então, é muito difícil que você perceba que chegou no ponto óptimo exatamente
no momento em que você chega. Você só sabe que pegou a mulher mais bonita
da festa quando ela está acabando. Não tem certeza se daqui a vinte minutos
não vai entrar a melhor, entendeu?
O que acontece? Nós ficamos achando que a quantidade de produtos e o preço
dos produtos depende apenas da nossa boa vontade, que não depende de um
teste de mercado, da sua validação, do que os clientes estão falando. Eu vejo
muito desenvolvedor, muito cara técnico de startup falando assim: “Olha, vamos
fazer uma pesquisa de mercado com os nossos concorrentes e ver o quanto eles
cobram...” É assim que você quer fazer? Nós vamos voltar lá para aula 29 ou 30,
pra responder essa pergunta.
Com quantos produtos você deve iniciar o seu negócio? Quem vai te dizer
isso é o seu mercado.
O que eu sempre digo para as pessoas, é o seguinte: está com sua empresa,
está com seu negócio, lança a quantidade mínima pra que você possa
desempenhar o seu negócio.
Por que eu estou falando isso? Porque quando eu fiz isso para o Novo mercado,
eu lancei uma assinatura de 49,90. Isso era o mínimo que eu precisava para
fazer o meu negócio funcionar.
Aqui no Novo mercado, o que eu tinha? Eu tinha suporte, eu tinha tecnologia
(chat, e-mails, grupos...), eu tinha tudo o mais. Como eu consigo validar tudo
isso com a menor quantidade de produtos possíveis? No meu caso, com um
produto a 49,90. Com um produto eu testo o meu tráfego (porque tem uma
proposta definida), eu testo o meu suporte (porque vocês acenam com suas
dificuldades na plataforma), eu consigo validar todos os elementos, consigo
validar o meu marketing (se eu estou fechando assinaturas).
No meu caso, um produto já foi o suficiente para que eu cobrisse todas as minhas
variáveis e para que eu colocasse a minha máquina para rodar com todas peças
sendo testadas.
Agora, por que o número mágico não é um? Eu vejo até o Eric Ries (Lean
Startup), caindo nesse erro: “Comece com um protótipo”. Nós temos a Martha
(aluna do curso), que é dona da Saloon 33, uma e-commerce. Ninguém
consegue começar um e-commerce com uma peça. Existe uma dimensão
mínima para que você comece uma e-commerce.
Provavelmente, se você começar uma e-commerce com uma única peça você
não vai ter sucesso. Porque você não consegue com uma peça só criar algo tão
isentão que atraia todo mundo. “Ah, Ícaro, qual a quantidade mínima de um e-
commerce?” Eu não sei. Não faço a menor ideia, não tenho e-commerce, nunca
tive. Mas provavelmente as pessoas do meio do e-commerce tem que entender
minimamente disso. Não adianta você decidir do nada, não sabendo
minimamente com quantas peças você precisa trabalhar.
Eu vou falar para vocês aqui, não foi divulgado, não foi liberado, mas como será
nos próximos quarenta, ou cinquenta dias, vocês são alunos e clientes que
fazem parte do Novo mercado, vale a pena comunicar, até como sinal de
confiança. O Novo mercado está fazendo uma migração muito grande. Ele deixa
de ser apenas uma escola de empreendedorismo (que é muito oceano
vermelho), se assume hoje com a identidade que ele deveria ter assumido. Nós
somos uma escola criativa para negócios.
Dentro dessa migração do Novo mercado, eu retorno para o YouTube, vou
começar a fazer vídeos diários, fazer vlogs duas ou três vezes por semana. Não
havia falado nada para ninguém ainda, mas nós temos uma marca de roupa,
uma coleção de uma empresa grande que se interessou e vai fazer para o Novo
mercado. A galera que tem, que gosta de desenvolvimento, de design, de
internet, de vlog, mídias sociais, de treta, nós vamos ter uma coleção para vocês.
Naquele dia que eu estava em Santos, estava justamente batendo o martelo e
fechando o contrato com essa produtora. A pergunta que ela me fez, no caso,
foi a seguinte: “Beleza, Ícaro nós ficamos muito empolgados com o seu projeto.
O Novo mercado tem muito para crescer. Quanto mais popular o seu discurso
fica, mais ele alcança as pessoas. Quantas peças nós vamos começar?”.
Eu falei: “Vocês é que vão me dizer isso. Porque eu não entendo como vocês
fazem isso. Me digam quantas peças! Que tal dez? Se quiserem começar com
uma, começaremos com uma...” e nós chegamos na conclusão que
começaríamos com quatro peças. Cada peça cabe a um público alvo diferente.
Vamos validar essas peças e quinze dias depois vamos introduzir uma quinta
peça, e quinze dias depois uma sexta peça. Mas como nós chegamos ao quatro?
Quando as pessoas falam com o Ícaro, me refiro a marca do Novo mercado
personalizada (eu sempre gosto de dar o exemplo do Novo mercado porque é o
que eu vivo, é o que sai do meu bolso e o que entra nele), não adianta nada eu
chegar aqui e falar: “Olha, o Flávio Augusto fez...”. De que adianta? Não adianta
eu ficar gozando com o pau dos outros. (Desculpe a expressão). Eu tenho que
me orgulhar das conquistas que me adicionaram dinheiro, e das derrotas que me
tiraram dinheiro, mas que me mantiveram vivos.
As pessoas que falam com o Ícaro, estão divididas, geralmente em quatro
grupos:
1) o cara que está querendo falar de família e 2) religião (são os temas pessoais).
3) o cara que quer falar sobre vida intelectual ou estudos (internet, marketing,
comunicação, política).
3) e o cara que quer falar sobre treta.
Todos os meus clientes estão distribuídos nesses quatro elementos (ou leads
também). E seja ele em forma de texto, em vídeo, artigo, Indigesto, Facebook...
nós vamos criar uma peça para cada uma dessas áreas.
Provavelmente, isso aqui será adaptado (primeira área, ilustração no chat), não
posso comentar muito, mas será modificado para uma mensagem minha, do
Ícaro. E por que nós temos uma peça na manga para daqui a cada quinze dias?
E outra para daqui a trinta? Porque eu boto tudo na venda.
Beleza, 70% das vendas estavam concentradas em duas dessas áreas, uma
peça vai entrar aqui e outra peça aqui (ilustração). E se eu tivesse meu pull de
clientes divididos em três áreas? Seriam três peças.
Então no começo, eu não sei o que é que vai acontecer. No começo, eu não sei
quais as camisas que mais vão vender, o moletom que mais vai vender, se é
sobre inovação ou startup ou se a que mais vai vender será uma de zoeira total,
fazendo uma puta brincadeira com o co-funding da Bel Pence. (Risos)
Como é que eu faço? Eu lanço uma tiragem mínima, poucas peças, no meu
público total e deixo ele dizer o que está mais interessante. A que for esvaziando
primeiro, vai ser a que vai entrando na segunda da linha. E o que acontece? Ela
ganha força. Então, nós temos aqui, quatro áreas completamente diferentes,
mas que atendem as pessoas. Eu tenho uma camisa em cada uma dessas
áreas. Eu sei que as pessoas que me buscam, me buscam para um desses
quatro temas e quem já validou isso? Eu acho que elas me buscam por esses
quatro temas? Não, é o Facebook que me diz.
Quando eu escrevo sobre isso, uma galera aceita. Quando eu escrevo sobre
aquilo, outra galera aceita. Tem cara que está nas quatro, tem cara que está em
duas. Mas uma coisa completamente diferente é o cara clicar no botão de like e
outra coisa, totalmente diferente, é esse cara tirar o dinheiro do bolso.
Então, Jean, (aluno fazendo pergunta no chat sobre uma possível pré-venda), ia
ter uma pré-venda, mas olha como as coisas acontecem. Como nunca é uma
linha reta, eu acho que os exemplos que acontecem no Novo mercado são mais
importantes do que qualquer outro exemplo, porque é meu, essa iniciativa da
coleção ia sair bem grande, com três peças em cada uma.
Ela ia sair através de um co-funding, onde você ia dar o dinheiro e ia receber a
peça exatamente no mesmo valor do dinheiro que você colocou. Aconteceu a
merda da Bel, e abortou o co-funding. Nenhum cara imbecil o suficiente vai falar
a palavra co-funding nos próximos três ou quatro meses, o risco de baque é
altíssimo. Porque agora fodeu a consciência da galera, eles conseguiram
corromper a ideia temporariamente (Bel Pesce).
Antigamente, a ideia de um co-funding seria o quê? A gente faz a pré-venda,
você produz e entrega para gente. Legal, é assim que vai acontecer. Depois do
escândalo da Bel, podem dizer: “Ah, que empreendedor de merda! Você não
quer entrar com risco nenhum?”. Eu ia lançar o meu livro como um co-funding,
eu ia exatamente fazer as tiragens nas vendas, abortou. Nunca é uma linha reta.
Então, como acontece? Começa com uma tiragem mínima, mas só com vinte
peças de cada (é só um exemplo, eu não sei quantas peças serão), e aí começa
a sair muito rápido em determinada área, a linha dois entra.
Só que quando você tem uma camiseta em cada área, geralmente 80% das
vendas vão estar concentradas em 20% das peças. Eu sei e já deixei a produtora
consciente: “Olha, 80% da nossa força de venda vão ser em cima de duas
estampas. Talvez uma estampa. ”
Vamos dizer que seja essa (ilustração no chat). Começa a vender e daqui a
quinze dias, boto outra. Quando você bota outra, você começa a vender mais.
Tanto essa, quanto a anterior. Por quê? Porque tem mais opção, mais opção ao
agrado do cliente, e mais opção comercial.
Aí eu posso fazer as duas com o preço de uma e meia. Aí eu posso unir elas
com um story telling legal. Como as duas já dão um valor maior, eu posso dar
uma aula pra quem comprar as duas ou uma coisa diferente. Depois eu adiciono
a terceira, gera ainda mais possibilidades de brincar com isso.
Então, por que eu não lanço três peças de cada uma? E essa daqui que vai
vender 20%, que vai ficar encalhadinha? Para quê caralhos eu vou triplicar o
meu risco se eu não tenho certeza sobre nada? Essa daqui e todas as que forem
vendidas, vão ser vendidas sem anunciar promoção, para não denunciar qual é
a que está vendendo menos. E quando acabar, fechou. Eu vou e ponho uma
estampa nova depois. Provavelmente, já ligando a isso daqui (a estampa que
está vendendo menos). Esse é o exemplo da loja que a gente está montando
para o Novo mercado. Isso pode acontecer com qualquer coisa.
Foi exatamente o que aconteceu com meu modelo de assinatura. O que eu
sabia? Sabia que as pessoas que estavam atrás de mim, se encontram nessas
quatro áreas (já mencionadas, anteriormente). Por que eu escolhi a assinatura?
Eu fiz uma pesquisa de mercado? Eu fiz uma assessoria com algum “mago” dos
negócios? Não, eu escolhi isso por causa da minha vocação e do meu
temperamento. Eu gosto de dar aula ao vivo. Eu gosto de ler vocês no chat. Eu
gosto de dar conteúdo toda semana. Eu não tenho problema nenhum com isso.
Acho que todo mundo só tem a ganhar.
Vocês continuam gostando do que eu faço, eu entrego o que prometo, as coisas
estão sempre frescas, eu vou criando um banco de ativos onde adiciono toda
semana um produto a mais. E vai ficando um movimento cada vez mais forte.
Eu lanço um produto de 49,90. Começou a vender. Beleza, agora adiciono um
segundo, de 79,90. Começou a vender. Beleza, agora eu lanço a anuidade.
Por que eu já não lancei os três? Por quê? Dava mais trabalho? O trabalho era
muito pequeno, são três modalidades sobre um mesmo produto, mas meu foco
não era esse, eu tinha uma meta. Eu queria X assinantes à 49,00 antes de poder
chegar em 79,90. E agora eu tenho X assinantes de 79,00, antes de poder iniciar
alguma outra, que nem estou pensando ainda.
Essa meta está diretamente subordinada à manutenção da qualidade de
atendimento que eu dou. Não é uma meta que é para aumentar faturamento.
Claro que eu também quero isso, mas eu desejo aumentar o faturamento desde
que eu preserve o atendimento, que é característico. Minha meta não é crescer
pra caralho e sumir. Então, assim, quando a gente vem para essa questão (Com
quantos produtos e serviços você deve iniciar o seu negócio), podemos afirmar
o seguinte:
“Ícaro, mas eu não tenho audiência!...”. Não tem problema, o que você vai fazer?
Qual o teu concorrente direto? Qual é a tua inspiração? Não é possível que você
venha do zero, absolutamente do zero. Você não está inventando uma coisa que
ninguém nunca inventou. É só você cair dentro desse teu benchmarking, desse
teu estudo e fazer o seu pull de produtos baseado no público alvo.
Não é difícil perceber. É só ver quantos assuntos você consegue falar recebendo
engajamento. Se eu falar de Fórmula 1 dificilmente vou ter engajamento, porque
meu público não está acostumado com isso.
Quem vai definir isso é a quantidade de camadas que você consegue cortar
da sua audiência. É a voz que você fala com sua audiência e ela responde
da melhor maneira possível.
Tem muita gente achando que assinatura é o novo “Santo Graal”, e não é.
Se não entregar conteúdo, você está fodido. Vai matar o teu negócio. É
melhor fazer um produto caro e vender.
Como setar os seus preços? Não é você que seta o teu preço. Vamos voltar
para a parábola, você tem um ponto óptimo que ninguém sabe onde é. Ele está
aqui, mas você não sabe qual é. (ilustração de parábola no chat). Você vai
chutar. Quando eu botei 49,90, eu chutei.
Eu acho que quanto mais experiência, estudos de caso e conhecimento da
concorrência, mais fácil fica o chute. Ninguém abriria uma concorrente da Netflix,
começando com 99 dólares de assinatura, porque ela já estabeleceu o padrão.
Então, sei lá, chutei. Porque 49,90 eu considero que tenha sido aqui? (Lado
esquerdo da ilustração da parábola no chat). Porque quando eu soltei a 79,90,
começou a sair muito mais venda, ou seja, eu estava deixando o dinheiro na
mesa. Poderia ter lançado ela a 99,00? Poderia, mas eu não tenho garantia
nenhuma de que 99,00 estaria aqui (no ponto óptimo), ou aqui (após o ponto
óptimo), eu começo a perder venda também, já que nesse preço começaria a
pesar.
Fica tudo equilibrado ao longo da parábola. 90% das vendas no Novo mercado
são lá no topo da parábola, são assinaturas de 79,90. Lógico que quando eu
vendo uma anuidade, é como se eu vendesse dez assinaturas dessas, então dá
um gás. Eu sei que meu ponto óptimo é esse (79,90). Se não fosse, como eu
teria descoberto? Eu colocaria isso (49,90).
Como a gente volta para o “Age of Empires”? Essas estratégias são baseadas
em informações parciais, é coberto por uma sombra, você só sabe onde o seu
bonequinho está. O jogo é baseado em ação e reação. O princípio do jogo de
estratégia é baseado em ação, reação e informações parciais. Por quê?
Por exemplo, o seu inimigo vai fazer um exército pesado (só com um monte de
caras com lanças). Se você fizer um exército de cavalos com arqueiros
montados, vai poder atirar neles e correr. Faz o seu micro gerenciamento e os
lanceiros nunca irão de acertar. Só que você só vai saber o que o cara vai fazer
indo ver o que ele está fazendo. Quando você joga isso profissionalmente faz
muito sentido ao lançar o seu preço. Você faz um “scout” no mercado.
Quais são os dois indicadores que você pode ter quando seta um preço?
1) Comentários ou manifestações;
2) Compras.