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Michael Jackson HIStory, um legado em disco 07/03/2019 14*01

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GABRIEL ROCHA

julho 09, 2018

MICHAEL JACKSON HISTORY, UM LEGADO EM DISCO


HIStory foi de longe o álbum mais pessoal da carreira de Michael Jackson, considerado assim
por ninguém mais nem menos que o próprio, como também foi, por efeito ou coincidência, o
mais polêmico deles. Para começar, esse foi o primeiro álbum lançado após as acusações de
pedofilia sofridas por Michael no ano de 1993. Eis o motivo de ter sido um trabalho tão
acompanhado de expectativas, tanto pelos fãs como pela imprensa.

O primeiro grupo esperava ansiosamente para aplaudir o ressurgimento do artista em meio as


acusações judiciais e morais, conflitos pessoais e profissionais, perseguição incansável da mídia e
tudo mais que enfrentava nos últimos dois anos. O segundo, aguardando, em geral, para salientar
os pontos negativos da obra e criar outros mais além dela.

Provavelmente, os fãs estavam apreensivos para saber o que viria como novo material, depois de
todos aqueles problemas, enquanto a mídia já se armava para polemizar o que quer que viesse, se

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viesse de Michael...

“Nas notícias de hoje, do estranho e duvidoso arquivo de fatos,


O cantor Michael Jackson dorme em uma câmara de oxigênio.
O cantor diz que a câmara tem o benefício de reverter
O processo de envelhecimento...”
Introdução de Tabloid Junkie

Visando restaurar a sua imagem, desgastada e estereotipada pela mídia, Michael lançou o que
veio a ser o seu único álbum duplo. O primeiro disco representava o marco das contribuições
artísticas de Michael que mudaram o cenário musical e cultural como também influenciaram
toda uma classe da indústria fonográfica, com grandes sucessos como Don't Stop 'Til You Get
Enough, Billie Jean, The Way You Make Me Feel, Man In The Mirror, Dangerous, Heal The World e
outras músicas que marcaram épocas e cantavam o seu passado, como sugere o título/subtítulo
do álbum, à medida que o segundo disco era composto de quinze faixas inéditas, representando a
fase presente e confirmando que aquele referencial histórico aludido pela obra não significava o
desfecho da produção do artista. Michael ainda tinha muito para oferecer, até mesmo depois de
morto.

HIStory. Esse foi o nome dado ao álbum ou, para ser mais fiel a obra, "HIStory: Past, Present and
Future – Book I". Um álbum com um nome tão extenso como este não é feito, assim, à toa quando
se trata de Michael Jackson. Desta vez ele quis prestar a mesma atenção que já tinha com a
música, em sua criação e qualidade, para com o título que nomearia a sua obra, fazendo valer a
grandeza artística que constituía aquele álbum — que Michael por sua vez só saberia fazer caber
na música, em perfeita grandeza — com a mensagem que estamparia o compilado da sua história
co(a)ntada da melhor forma que ele sempre soube dizer.

Tentando dizer muito em pouco, o mais conveniente seria optar para um trocadilho. Daí se fez
"history" embutido na inicial em referência ao autor, "His", que em inglês significa "dele";
portanto, a "história dele", do Michael. Acrescentando ainda os termos "Past, Present and Future",
antevendo uma suposta continuação bem sucedida de sua carreira e, para enfatizar, lê-se mais:
"Book I", singularizando a história, o legado e a figura do autor, tornando-o incomparável a
qualquer outro artista, algo como "o único".

A capa do álbum ainda conta com a imagem de uma estátua feita a figura de Michael sob um ar
imponente de glória. Ao fundo, um crepúsculo predominando o laranja escuro de um pôr do sol.
Não bastasse todo esse material autocentrado de exaltação a sua memória e imagem, a equipe de
marketing envolvida na divulgação do álbum espalhou inúmeras estátuas como a do álbum em
proporção real em várias capitais do mundo, inclusive aquelas que receberiam as apresentações

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da HIStory Tour que se iniciou um ano depois


do lançamento do álbum, de 1995.

Com todo esse aparato de divulgação, a mídia


tinha oportunidades de sobra para polemizar
alegando que Michael estava tendo um surto
de megalomania, um excesso absurdo de
autopromoção, se revelando como o
egocêntrico que sempre foi com sua fome
insaciável de ser visto pelo mundo inteiro,
etc. Pois então, ela não só teve a
oportunidade como a aproveitou, e assim o
fez.

O curioso a se perceber no segundo disco de


HIStory, que, aliás, era o disco principal como também o mais aguardado por abrigar o trabalho
até então inédito e tido como autobiográfico, é que das 15 músicas que o compunham, apenas
You Are Not Alone traz o tema do "amor romântico" que é típico, senão até clichê, quando se
trata de música pop. Não é estranho que, para a obra de um artista condiderado o Rei do Pop,
haja somente uma faixa que canta o que é de tão característico de seu gênero?

Não sou nenhum estudioso do meio artístico em geral e menos ainda musical, mas é fácil notar
que é um feito raríssimo um artista pop, e não apenas um, mas considerado o maior de todos
eles, conhecido internacionalmente lançar um disco de inéditas no mercado musical com,
apenas, uma – uma música que trata do tema elementar do amor enquanto todas as demais
trazem letras críticas; com estrofes ricas e densas que evitavam cairem em repetição ao longo da
música, a não ser no refrão, que abordavam temas pouco abordados no meio da cultura popular e
para um artista que possuia um contato tão próximo com ela.

HIStory fala de temas sabidamente controversos, como a injustiça e a caotização do mundo


moderno, em Scream e o apelo de um desiludido com a política americana, em They don't Care
About Us, que brada um hino de confrontamento e certo ceticismo ideológico ao afirmar que, de
fato, "eles não dão a mínima para a gente", e denuncia a realidade dos mais excluídos embora
menos admitidos, ao passo em que Cazuza, sete anos atrás, cantava querendo uma ideologia pra
viver; a ambição e a venda do caráter por dinheiro, em Money; a solidão interior que não pode ser
preenchida por nenhuma fama nem mesmo quandado se é Michael Jackson, em Stranger in
Moscow; a falta de confiança nas relações do que se tinha como pessoas próximas e confiáveis,
em This Time Around; a perda da infância de uma das maiores personalidades de todos os
tempos, em Childhood, e como isso o fazia parecer excêntrico aos olhos da mídia e elite

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enquanto tentava recuperar o irrecuperável; a triste história de uma criança solitária


transformada em canção, em Little Suzie, dramatizando de uma forma clássica o abandono e a
fragilidade social; a exploração humana com o meio ambiente e a banalização da vida, em Earth
Song; a perseguição moral e pessoal experimentada na pele por Michael, em D.S.; a retratação
dos grandes conflitos, em especial a segunda guerra com uma alusão clara da marcha militar, que
introduz a melodia e as referências da letra e da imagem, que caracteriza toda a obra e a própria
canção, expressos em History, e a necessidade urgente da união humana.

Em pelo menos quatro das músicas inéditas, o tema de maior evidência durante a escuta de todo
o álbum é o aborrecimento de Michael com a mídia por conta dos assuntos torpes, pobres e,
muitas das vezes, mentirosos que esta escolhe abordar. Em suma, assuntos que não são dignos de
serem noticiados pela sua intenção de degradar imagem de pessoas ou por serem mesquinhos
por si mesmos.

Em Tabloid Junkie, Michael é sagaz quando resolve encarnar toda a dissimulação midiática para
reclamar da constante perseguição que vinha sofrendo por ela e tenta, precisamente com o
mesmo espanto usado pelos plantões jornalísticos, arrebatar o ouvinte do comodismo deste
mundo enquanto dispara suas críticas num ritmo frenético.

"Junkie" é o nome pelo qual se é chamado comumente viciados em drogas e "Tabloid" é uma
categoria de jornal impresso muito popular nos EUA que tem como diferencial a sua abordagem
alarmista e caricata de acontecimentos cotidianos, mais frequentemente os que envolvem
escândalos entre famosos e figuras políticas. Não se trata, portanto, apenas de uma crítica à
quem produz a informação, ou a noticia, mas também à quem a consome e a propaga
irrefletidamente.

É muito provável que quem tenha um primeiro contato com essa música a ache difícil demais
para ser acompanhada, seja cantando ou tentando ouvir e entender o que está sendo dito, e, mais
que isso; ache-a sonoramente crua, com demasia na adição das segundas vozes e em
instrumentalização de percussões que quase cobrem o vocal que já tem uma locução bem
distante do natural, cuspindo palavras em uma rouquidão arrogante, tomado os longos versos em
uma fala apressada. "Nada profissional", algum ouvinte diria, "...menos ainda para os padrões de
Michael". E é por esses exatos motivos que se cumpre o objetivo primordial dessa confusa
canção, necessariamente feita confusa para que preservasse com precisão a sua mensagem.

O que Michael tenta abordar usando dessa forma é a manipulação e distorção informativa, bem
como a confusão e desentendimento gerado pelos veículos de informação. Tendo isso em mente,
não há nada mais sensato do que cantar a letra da maneira mais ininteligível possível,
empregando propositalmente na obra um dos elementos que constituem o tema criticado: faz-

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se, então, da distorção referencial da temática da obra um elemento melódico, convertendo-a em


distorção sonora e subjetiva. O resultado dessa síntese artística (do conceito "distorção" como
temática à composição distorcida como característica da canção) é uma espécie de cacofonia,
que exige atenção redobrada do ouvinte, bem como é estranho e confusa a locução usada pelos
telejornais tendenciosos para com o telespectador ou os tabloides pobres e sensacionalistas para
com o leitor.

Toda a canção de Tabloid Junkie parece fazer questão de evidenciar a representação mútua de
ideia e expressão; o conteúdo lírico que constituí a ideia e o efeito empregado na forma de
expressá-la. Isso não faz apenas com que a mensagem da música se integre a sua estética, mas
eleva a sua hermenêutica a outro patamar, este muito mais familiar ao ouvinte quando ele
percebe que o que é cantado de forma escrachada condiz tão somente com sua realidade
cotidiana, não menos confusa que a canção.

O característico dessa canção de Michael, em específico, é a busca pela integração entre


conceito e expressão; entre a ideia imaterial da obra com a forma que a vestia para torná-la ainda
mais evidente.

Para entender o que ele está falando tem-se que parar o que quer que esteja fazendo para, não só
ouvir, mas escutar. Tente distinguir as palavras em meio aos sons... Faça com que o sentido
meramente orgânico e involuntário da audição seja aproveitado e racionalizado pela capacidade
cognitiva que, enquanto ouve como posição passiva, busca também entender como ação, ativa. O
que a música te pede é que você saia da postura meramente receptora e contempladora da obra
que harpeja para você e comece a querer compreende-la. Teime consigo mesmo.

"Deixe, ao menos uma vez, a contemplação sonora, senão nunca irá me ver de verdade. Ouse me
conhecer!"

Sim, conhecer a música. Essa entidade imortal de voz e mente. Ela canta profundamente à alma.
Ela diz coesamente o que tanto fadiga ser dito numa redação, como esta!

E é visando aproveitar tamanho potencial de integração com a ideia e a melodia; a mensagem –


comunicativa e sólida – a expressão dela por meio da melodia – viva por natureza – que a música
sugere uma viagem interpsíquica a quem quer que a escute e se disponibilize a forjar seu
entendimento e, de fato, a desvendar o significado do que te canta aos ouvidos através da sua
interpretação. Ora, a interpretação neste caso jamais pode ser errada, sempre acertada, pois ela
não se dispõe a atirar dardos no centro do alvo, sim a compreender a forma do que lhe é posto à
frente.

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Michael viu que os jornalistas estavam tendo a pretensão de praticarem esse feitio artístico que
não cabia a eles a prática, pela incompetência e pelo viés de compromisso com uma tendência, ao
invés de se aterem a abordagem menos lucrativa e mais fidedigna aos fatos. Bastava então o autor
ser produtivo com tal situação que conhecia bem, para além da observação, empiricamente, uma
vez que tivera sido vítima dessa mesma exploração, e, como artista, produzir a partir da sua
experiência traumática o extrato artístico a chamar de música.

"Se ele morre, você simpatiza", canta Michael como se previsse o próprio destino. Já na ponte que
liga ao refrão, ele grita: "É escândalo, com as palavras que você usa". Não é estranho que isso nos
remeta às chamadas sensacionalistas, ou mais que isso; como aqueles antigos jornaleiros que
gritavam em praça pública para venderem os seus jornais, com suas notícias escandalosas: "Extra,
extra!".

É como o golpe envenenado que fere e mata o próprio tirano que pretendia encerrar a vida de
Hamlet na última cena da tragédia. Um reflexo chocante da ficção pagando os males da realidade
com a mesma moeda. Uma "Canção de Escárnio" linda para a vossa Majestade – a mídia: "Você é
um parasita em preto e branco, faz tudo por notícias".

Com ritmo crescente que empurra a introdução da música até a chegada do refrão, no qual os
versos são lidos rapidamente, é construída a analogia de sentidos diferentes, porém, que
convergem a mesma interpretação; como se o que fosse dito estivesse em contraste com o que
se é lido nas linhas de um tabloide de notícias ou no subtítulo de uma manchete, com o texto em
negrito, as frases em itálico para cativarem a atenção e as letras grifadas em cores vibrantes.

Desde então, pouca coisa mudou com a popularização do Whatsapp, onde a sua tia ou avó
encaminha desesperadamente uma mensagem alarmista para todos os contatos do celular; a
plataforma muda de rosto, mas o mau costume prevalece e resiste gerações.

Corrido como uma curta linha de jornal, o coro canta: "Só porque você lê numa revista, ou vê na
tela da televisão, não faz daquilo fatual, atual". A música foi lançada há mais de 20 anos e continua
tão atual quanto na época em que foi composta.​

Talvez o motivo dessa música não ter obtido muita atenção na época, em comparação com as
demais, é que as outras tinham maior apelo comercial, parte pelos videoclips promocionais e, por
outra parte, porque não faria sentido a mídia fazer circular notícias sobre uma canção de Michael
Jackson que continha críticas a ela, quer por bem ou por mal. Seria como atirar no próprio pé,
não importando o que dissessem sobre a música, só atrairia mais curiosos para escutá-la.

Considero HIStory, de todos, o álbum mais maduro, e realmente, o mais pessoal de Michael,

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tanto em termos de aproveitamento da sonoridade e a qualidade empregada na mesma, quanto


na composição lírica que carrega um conteúdo riquíssimo que não se via há tempo e que só não
fez grande falta no rock progressivo dos anos 80 – que o diga Pink Floyd – e como nunca se viu
no meio da música pop. Também o considero o mais conceitual, porque Michael soube brincar
com as variações melódicas e timbres, não apenas por questões harmônicas, mas para atender ao
significado das músicas, como o já mencionado Tabloid Junkie.

Outro exemplo desta troca, e de complementação, entre o som e a mensagem, é a música Scream
onde o canto é muito mais gritado do que cantado. Na Tabloid Junkie, ele já brinca com a ideia de
não importância do que se é dito e abusa de uma cacofonia informativa, cantando quase que
ininteligivelmente. Já na Stranger in Moscow, ele harmoniza voz e batida com o som da chuva, o
que dá uma peso atmosférico de profundidade sonora e poética à canção...

Agora compare, por exemplo, a temática e a letra das canções de HIStory com qualquer outro
álbum de gênero pop recém-lançado, deste ano ou mesmo dos últimos dez até onde consiga
recordar. Tome, como exemplo, o último álbum do Maroon 5 e compare com as letras do HIStory
analisando pelo critério de conteúdo lírico e fica claro a esmagadora diferença de abordagem
temática. Compare com outros artistas que dirigem a onda pop da atualidade e atraem toda essa
multidão, mas releve pela idade ainda jovem da maioria deles sem se esquecer, porém, que na
época em que foi lançado HIStory, Michael tinha por volta de 37 anos. Tente, primeiramente, com
Lady Gaga, 32 anos; Katty Parry, 33; agora Beyonce, 36 anos; e Justin Timberlake, com a mesma
idade de Michael em comparativo, 37 anos... Arriscaria Madonna?

Considero ainda mais interessante o fato de um artista pop ter feito uma obra tão densa em
termos líricos, quando geralmente se espera da música pop aquele escapismo banal e irrefletido,
muito comum desde os dias de hoje nas músicas contemporâneas, internacional ou nacional. É
um álbum que tem muito mais conteúdo crítico e político do que muitas bandas de rock, que
tradicionalmente tocavam suas composições como forma de protesto contra governos pelas
subculturas. E isso tudo vindo de um sujeito estranho que vivia isolado em seu rancho de
Neverland, e que muitos diziam ser um alienado por, dentre muitos outros motivos, abrigar um
zoológico e um parque de diversões no seu quintal, onde costumava brincar com algumas
crianças.

Gabriel Rocha
09.06.18

_
Nome legal da estátua de Michael: "Michael Jackson HIStory statue"
Artista: Diana Walczak

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