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Arlindo Ugulino Netto – PATOLOGIA – MEDICINA P4 – 2009.

FAMENE
NETTO, Arlindo Ugulino.
PATOLOGIA

INTRODUÇÃO À PATOLOGIA
(Profº Raimundo Sales)

O termo patologia significa, ao pé da letra, o estudo (logos) do sofrimento (pathos). A patologia é, portanto, um
ramo da ciência que visa realizar uma ponte entre as ciências médicas básicas à prática clínica, estando voltada ao
estudo das alterações estruturais e funcionais que ocorrem nas células, tecidos e órgãos decorrentes das doenças.
A patologia faz uso de técnicas moleculares, microbiológicas, imunológicas e morfológicas para explicar as
causas e os motivos dos sinais e sintomas que os pacientes manifestam, fornecendo uma base racional para uma
abordagem clínica e o tratamento.
O estudo da patologia está dividido em duas grandes correntes:
• Patologia geral: aborda as reações básicas das células e dos tecidos aos estímulos anormais relacionados às
doenças.
• Patologia sistêmica (especial): examina as respostas específicas de órgãos e tecidos especializados a
estímulos moderadamente definidos.

Os quatro aspectos das doenças que formam a base da patologia são as suas causas (etiologia), os
mecanismos de seu desenvolvimento (patogenia), as alterações estruturais induzidas nas células e nos órgãos
(alterações morfológicas) e as conseqüências funcionais das alterações morfológicas (significado clínico).
• Etiologia ou causa: considera-se que existam duas classes principais de fatores etiológicos: intrínsecos ou
genéticos, e adquiridos (ou seja, de forma infecciosa, nutricional, químico, físico).
• Patogenia: se refere à sequência de eventos da resposta das células ou dos tecidos ao agente etiológico,
desde o estímulo inicial até a expressão final da doença em si.
• Alterações morfológicas: referem-se às alterações estruturais nas células ou nos tecidos que são
característicos da doença ou levam ao diagnóstico do processo etiológico.
• Desordens funcionais e manifestações clínicas: a natureza das alterações morfológicas e sua distribuição nos
diversos órgãos o tecidos influencia a função normal e determina as características clínicas (sinais e sintomas),
curso e prognóstico de uma doença. As interações célula-célula e célula-matriz contribuem de forma
significativa para a resposta às lesões levando, em conjunto, à lesão tecidual e do órgão, que são tão
importantes quanto o dano celular na definição dos padrões morfológicos e clínicos da doença.

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