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Welcome to the Training!

Sejam todos bem-vindos ao curso técnico de Impressoras Digitais de Grande Formato


– IDGF, curso esse de capacitação profissional organizado pela Revista Grandes Formatos e
ministrado pelo Professor Engenheiro Francisco F. Chubaci da MLC Serviços de Manutenção
Especializada.

Esse curso consiste em uma abordagem geral do mundo das impressoras digitais de
grande formato, com objetivo de apresentar a seus participantes o aspecto técnico –
operacional da impressão digital profissional.

Aproveitem bem o curso, participem e tire todas dúvidas sobre os temas abordados.

Um bom aprendizado a todos!


Francisco F. Chubaci
Engenheiro Eletricista e Físico, Mestre em Engenharia Biomédica pela USP.

1- Informações Importantes:

- Solicitamos a todos atenção durante as aulas e silêncio. Não esquecer de colocar os


telefones celulares em modo silencioso até término do dia.
- As despesas de alimentação são de responsabilidade de cada participante.
- Contatos professor Francisco:

e-mail: franciscochubaci@gmail.com
Skype@: mlc.servicos
Google Hangouts@: franciscochubaci
Google Meet@: franciscochubaci

- Dúvidas durante curso devem ser tiradas pessoalmente durante as aulas, após
curso favor contatar professor Francisco via e-mail (consulta mais formal e complexa)
ou Skype ou Google Hangouts (consulta mais rápida).
- Todas marcas, modelos de equipamentos, software e peças citados nessa apostila
e no curso pertencem a seus respectivos proprietários. Sendo os mesmos utilizados
apenas como exemplo. Dúvidas contatar professor Francisco por email.
- Todo material utilizado para elaboração dessa apostila e do curso de impressoras
digitais de grande formato foi extraído da internet (Google LLC), Livros e revistas
contidos na bibliografia desta apostila e manuais de serviço e operacionais das
impressoras citadas durante curso. Dúvidas e questionamentos favor contatar
professor Francisco por email.
- Esta apostila é um guia para o aluno acompanhar curso, servir como referência
durante as aulas e consultas futuras após treinamento.
- Esta apostila não é um material ou manual para manutenção de impressoras
digitais, todos exemplos de reparo e manutenção de impressoras aqui citados e
comentados durante o curso são exemplos genéricos aplicados ao mais variado tipo
de impressoras digitais.
- Durante as aulas iremos tratar e comentar vários assuntos, onde alguns deles não
constam nessa apostila, portanto tome nota, escreva, utilize um caderno para
anotações durante as aulas.

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2- Pré-Requisitos, orientações:

Como esse é um curso bastante amplo e de informação geral na área técnica de


impressoras digitais não temos como pré-requisito a exigência de o aluno
matriculado possuir outros cursos técnicos em seu currículo, mas salientamos que o
aluno que já possua algum curso técnico em eletricidade, mecânica ou informática
poderá ter um aproveitamento melhor das aulas. Bem como o aluno que possuir
experiência operacional em impressoras digitais também seguramente poderá ter
um aproveitamento melhor do curso.
Todos tenham certeza de que a experiencia é mais importante na área profissional,
quanto mais horas tivermos em frente a uma impressora digital produzindo, mais
segurança e conhecimento teremos.
Durante as aulas iremos comentar sobre cursos de graduação, nível técnico e
tecnólogo que auxiliam o profissional técnico em IDGF.
Conhecimentos da língua inglesa é uma ferramenta muito poderosa para quem quer
se tornar um técnico não só de impressoras digitais, mas de qualquer outro tipo de
equipamento. No mundo globalizado e da informação ultrarrápida a língua Inglesa
se torna indispensável para crescimento de qualquer profissional, principalmente
profissional da área técnica.

3- Mercado de Trabalho em Impressoras Digitais:

O mercado de trabalho para qualquer tipo de técnico hoje no mundo é abundante e


a cada dia que passa cresce a demanda pelo profissional técnico de máquinas e
equipamentos.
Técnicos de campo, que passam a semana visitando o mais variado tipo de clientes,
executando serviços de instalação, treinamento, manutenção e suporte técnico
presencial ou remoto são profissionais cada vez mais requisitados e exigidos no
mercado de trabalho, principalmente devido a ultrarrápida evolução tecnológica que
vivemos atualmente.
Na área de impressoras digitais não é diferente, com o constante crescimento da
população, das cidades, da necessidade de comunicação visual e difusão de
fabricantes de impressoras ao redor mundo, as oportunidades para o técnico de
impressoras digitais só aumentam. Mas é importante saber que as oportunidades
são mais sólidas ao profissional qualificado, que faz cursos como este, que se
especializa em outras línguas e que procura a cada dia se aprimorar e qualificar.
Cuidado o mercado de serviços técnicos em impressoras digitais possui hoje muito
aventureiros, que não tem qualquer tipo de qualificação profissionais e atuam como
genuínos curiosos na área. Portanto se qualifique, estude, faça cursos e se torne um
profissional certificado e acima de tudo responsável.

ATENÇÃO: a grade curricular desse curso pode sofrer alterações sem aviso prévio.
Ela está em constante mudança a fim de proporcionar um melhor aprendizado e de
sempre estar atualizada.

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CAPÍTULO-1

TEORIA DAS IMPRSSÕES DIGITAIS

1.1- História da Impressão:

Desde início da escrita, o ser humano busca várias formas de se expressar. Expressar
sentimentos, ideias, informar, dar avisos e sem dúvida expressar seus pensamentos,
crenças e sua arte. Dessa forma imprimir permite ao ser humano transmitir de forma
rápida e documental suas ideias a várias pessoas.

Foi Johannes Gutenberg (1400 – 1468) um inventor, gravador e gráfico do Sacro


Império Romano, de nacionalidade alemã quem inventou a prensa, chamada de prensa
de Gutenberg.
A prensa de Gutenberg é uma impressora de contato, tipo carimbo, no qual cada folha
em contato com uma matriz coberta de tinta gera a impressão.

A prensa de Gutenberg (Press)


Johannes Gutenberg (1400-1468)

1.2- O que são impressoras digitais:

A definição de impressão digital é envio de arquivos de um computador diretamente


para uma impressora. Portanto é imprimir arquivo digital a partir de um computador
para uma impressora conectada a esse computador.
As impressoras digitais são equipamentos destinados a imprimir uma demanda mundial
e crescente de materiais (substratos) nas mais diferentes áreas como:
- Comunicação Visual.
- Decoração.
- Sinalização Industrial.
- Fotografia.
- Propaganda.
- Industria Moveleira.

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- Industria Cerâmica.
- Embalagens e até calçadista.
Diariamente surgem novas aplicações para impressoras digitais, para compreender
essas aplicações das impressoras digitais precisamos analisar e compreender algumas
características importantes como o tamanho da impressora a fim de distingui-la cobre
seu FORMATO.

1.3- Definição de Formato:

Formato é o tamanho do material ou substrato que a impressora pode imprimir.


Com relação ao tamanho de uma impressora temos desde impressoras que imprimem
formato A4 (impressoras de mesa) e impressoras que imprimem bobinas de lona de 5
metros largura (impressoras industriais), portanto é importante conhecermos a
padronização quanto ao formato de um substrato.

1.4- Pequeno, Médio e Grande Formato:

Formato é o tamanho do papel, do material. Para uma impressora digital formato é o


tamanho máximo do tipo substrato que a impressora pode imprimir. Dessa forma
podemos definir de acordo com o tamanho do substrato que a impressora pode
imprimir, qual o formato da impressora.
Padronização Internacional de Formatos ISSO, é uma padronização quanto ao tamanho
papel, como mostra imagem abaixo.

Formato Papel de acordo padrão ISO. Impressoras de Mesa, desktop.

Impressora de pequeno formato são equipamentos pequenos e portáteis, com objetivo


de imprimir em alguns tipos de papel com ou sem tratamento. Geralmente impressora
de pequeno formato designamos o nome de impressora de mesa (desktop). Elas
imprimem formato A4 e menores como carta e A5. Suas tintas geralmente são a base
de água.

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Impressora de médio formato são equipamentos que necessitam estar apoiados no
chão devido ao seu tamanho e partes constituintes. Geralmente imprimem formatos
A0, A1 e A2.
As impressoras de médio formato já possuem uma ampla possibilidade de aplicação,
imprimindo desde lonas, papéis e até tecidos. Devido ao seu formato e velocidade de
impressão são aplicadas na mais variada áreas como fotografia, engenharia,
comunicação visual, indústria de sinalização e até decoração. Podem imprimir com
tintas base água, solvente e Ultravioleta UV.

Impressoras de Médio Formato.

Impressoras de Grande Formato são equipamentos que possuem as mesmas


características de impressão como as impressoras de médio e pequeno formato, exceto
pelo tamanho de material que elas podem imprimir. Outra característica das
impressoras de grande formato é sua velocidade de impressão, onde geralmente por
possuir chassi maior pode ter em seu cabeçote de impressão uma maior quantidade de
cabeças de impressão, aumentando assim sua cobertura na passada e propiciando
maior velocidade de impressão.
Essas impressoras podem trabalhar com tinta à base água, UV e solvente. Podem
imprimir materiais flexíveis (em bobinas), rígidos (chapas) e hibridas imprimindo ambos
tipos materiais rígidos e flexíveis.

Impressora para materiais rígidos, cama plana ou flatbeb.

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Impressora para material flexível, bobinas. Impressora rolo a rolo.

1.5- Tipos de
Impressoras (Classificação Geral):

Uma forma bastante prática que a indústria mundial de impressoras digitais encontrou
para classificar as impressoras de acordo com sua aplicação foi separar em três tipos, as
impressoras domésticas, impressoras semi-industriais e impressoras industriais.
As impressoras domésticas são as impressoras desktop ou de mesa, como citado
anteriormente, elas são impressoras utilizadas em casa e escritórios.
As impressoras semi-industriais são impressoras que podemos classificar em médio
formato como explicamos anteriormente, mas também por utilizarem sistema de
tracionamento do material através de roletes ou pinch rollers.

Impressora semi-industrial – Pinch Rollers.

Observação Importante: A diferenciação entre semi-industrial e industrial é


simplesmente uma forma encontrada pela indústria para diferenciar esses tipos de
impressoras, em nenhum momento o termo semi-industrial e industrial são
designados para classificar a qualidade de uma máquina, suas qualidades e muito
menos depreciar uma com relação a outra. Semi-industrial e industrial foram
convencionados.

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As impressoras industriais são caracterizadas por imprimirem em alta velocidade de
produção, em materiais de grande formato e também por possuírem sistema de
tensionamento material por rolos “cabo de guerra”. O material é preso em por
rolaria gráfica antes da área impressão e depois dando-se o tensionamento. É um
sistema amis eficiente no tensionamento material, avanço e evita variação tamanho
final da impressão no eixo Y.

Impressora Industrial Rolo a Rolo.

1.6- Sistema de Impressão – Varredura (Scan), Passo Único (Single Pass) e Varredura-
Passo único (Double Scan).

Como vimos anteriormente podemos dividir as impressoras de acordo com tamanho


do material impresso, sendo pequeno, médio e grande formato.
Mas podemos também dividir e classificar as impressoras de acordo com a forma de
impressão ou sistema de impressão.
O sistema de impressão por varredura (Scan) consiste no movimento do carro de
impressão lateralmente por sobre toda extensão do material. O carro de impressão se
movimenta levando com eles as cabeças de impressão, onde seu movimento
esquerda-direita se combina e sincroniza com o avanço do material, ou seja, a cada
movimento completo do carro de impressão temos avanço do material. Esse
movimento completo sobre material do carro de impressão chamamos de passo ou
passada. Portanto a cada passada do carro as cabeças de impressão depositam no
material a ser impresso uma quantidade de tinta até a formação completa da imagem.

O sistema de impressão por passo único o carro de impressão juntamente com as


cabeças de impressão são fixos onde somente substrato que se movimenta por
debaixo do carro.
No sistema por passo único na realidade na existe um carro e sim uma base fixa onde
se encontram as cabeças de impressão.
Nesse sistema de passo único também podemos ter uma base móvel (gantry ou ponte)
onde nessa base temos um carro de impressão que se movimenta esquerda-direita e o

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material permanece estático na mesa de impressão. Muitas máquinas UV cama plana
utilizam esse sistema de impressão.

Se pensarmos em termos de velocidade de produção, termo esse muito usado em um


Bureau de Impressão Digital, o sistema que combina varredura e passo único (double
scan) apresenta maior velocidade de impressão onde tanto a a base com cabeçote e o
material se movimentam. O sistema double scan é muito utilizado nas máquinas
hibridas que veremos a seguir.

1.7- Classificação das impressoras digitais – impressoras rolo a rolo, cama plana e
híbridas.

Utilizaremos a seguir exemplos de impressoras digitais de grande formato para


classificar as impressoras digitais.

Exemplos de sistema double scan.

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CAPÍTULO-2

PARTES CONSTITUINTES DE UMA IMPRESSORA DIGITAL

2.1- Estrutura Geral:

Uma impressora digital é constituída em sua estrutura mecânica basicamente por


uma base ou pedestal, pelo carro de impressão, por suas cabines e caixas elétricas, pela
sua interface com usuário (operador) e corpo principal. A seguir a imagem nos detalha
melhor essa estrutura.

Área Impressão Carro Impressão

Interface Homem
Máquina

Secadores Cabine Elétrica


Base
Estrutura Geral de uma impressora digital

2.2- Partes da Estrutura:

A base é responsável por sustentar toda a máquina, também conhecida como


pedestal ela deve ser muito bem montada quando necessário e verificado sua
estabilidade de firmeza. Alguns fabricantes chamam a base de chassi também.

A base sempre está diretamente conectada a mesa de impressão ou área de


impressão sendo esse o ponto para verificar o nivelamento da máquina. Uma máquina
bem nivelada é uma máquina que quase não irá vibrar, sendo assim um bom
nivelamento contribui para qualidade de impressão e conservação de partes e peças d
máquina.

Nível de Precisão Starret

Sapatas

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2.3- Peças mecânicas da estrutura:

Uma impressora digital possui inúmeras peças e partes mecânicas, iremos listar aqui
as mais importantes e as mais relacionadas com manutenção.

- Correias e Polias,
- Guia linear.
- Rolamentos.

2.4- Peças eletrônicas:

Uma impressora digital possui várias peças eletrônicas, são elas placas eletrônicas,
fontes VDC, motores, resistências elétricas, controladoras de motores e etc. Abaixo
iremos comentar um pouco sobre elas.

Fonte VDC, servo motores e motores de passo, placa eletrônica e controladora motor.

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2.5- Peças Hidráulicas:

Dentre as peças “hidráulicas” podemos citar, mangueiras de tinta, subtnques de tinta,


filtros, bombas de tinta.

Mangueiras tinta, bomba tinta, filtro tinta e subtank de tinta.

2.6- Noções de eletricidade básica e mecânica básica:

O conhecimento de eletricidade é muito importante para um técnico de impressoras


digitais, saber diferenciar aspectos de tensão elétrica, medir tensão elétrica e
continuidade elétrica são tópicos obrigatórios para o profissional.

- Tensão Alternada ou AC: é a tensão elétrica em que seu nível oscila entre positiva
e negativa e possui uma frequência de oscilação medida em Hertz.

- Tensão Contínua ou VDC: é a tensão elétrica que que seu nível não varia a
polaridade com o tempo, mantendo-se sempre constante e contínua.

- Continuidade elétrica: é a capacidade de um circuito conduzir a corrente elétrica.

A unidade de tensão elétrica é o Volts e para medir a mesma utilizamos um


equipamento muito importante chamado multímetro. Um multímetro além de medir
tensão elétrica contínua e alternada, também mede continuidade elétrica, resistência
elétrica e demais grandezas elétricas.

Sempre tenha um multímetro


em sua maleta ferramentas é
um item obrigatório para
manutenção de impressoras
digitais.

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O conhecimento de mecânica também é de suma importância para um técnico de
impressoras digitais, principalmente o que tange os assuntos unidades de grandeza e
equipamentos de medição mecânica.

- A relação de medidas físicas: 1 metros – 100 cm – 1000 mm, é muito importante


para entender as grandezas físicas de impressão, material, software rip. A trena é uma
ferramenta necessária e de uso diário.

- Nível mecânico, paquímetro, relógios comparadores e tensiometros são também


ferramentas de mecânica que o profissional de impressoras digitais deve conhecer e ter
disponível para utilizar sempre que necessário.

2.7- Sua maleta de ferramentas:

Todo técnico de equipamentos em geral deve possuir um conjunto de ferramentas que


auxiliam o trabalho de instalação ou manutenção do equipamento em questão. Com o
técnico de impressoras digitais não é diferente, existem ferramentas que são
mandatórias para trabalho.

Abaixo iremos citar algumas ferramentas muito importantes e que devem estar sempre
disponíveis na maleta ferramentas de um técnico IDGF.

- Maleta ou bolsa de ferramentas.

- Kit de chaves fenda e Philips (padrão e cotoco). Kit chave relojoeiro.

- Kit chave arlen abaulada em mm.

- Chave ajustável ou Inglesa.

- Trena, paquímetro e tensiometro.

- Multímetro, fita isolante e extensão elétrica.

- Kit tubulação, conectores de mangueirinhas e fita teflon.

- Tesoura eletricista, estilete e lanterna.

- Alicate de corte, de bico e terceira mão.

- EPI´s como óculos proteção, luva manipulação mecânica e luva procedimentos.

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2.8- Sua mochila de serviço:

Um técnico de serviço de campo deve ter além de sua maleta de ferramentas uma
mochila ou pasta onde contenha seu computador pessoal (notebook) e sua pasta de
relatórios ou ordem de serviço.

Essa mochila além dos itens citados no parágrafo anterior, pode ser útil para armazenar
EPI´s, manuais técnicos, blocos anotações, equipamentos frágeis e demais itens de
serviço.

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CAPÍTULO-3

IMPRESSORAS DIGITAIS

CLASSIFICAÇÃO COM RELAÇÃO TIPO DE TINTAS UTILIZADAS

3.1- Impressoras Base Solvente:

Outra forma de classificar o tipo de impressora digital é através do tipo de tinta utilizado
para imprimir.

Chamamos de impressora base solvente impressoras que utilizam tintas na qual seus
compostos sólidos (pigmento e resinas) são dissolvidos e conduzidos até o substrato por
um fluido chamado solvente. As impressoras que utilizam tintas base solvente são as
mais difundidas no mercado mundial de IDGF.

3.2- Impressoras base UV:

Chamamos de impressora UV, impressoras que utilizam tinta base UV. Uma tinta base
UV consiste em uma tinta na qual seus pigmentos, resinas e reagentes a luz ultravioleta
são também conduzidos até o material por um fluído composto de solvente leve em
baixa proporção e fluídos reagentes a radiação ultravioleta.

As tintas UV secam somente com a ação da radiação ultravioleta, onde se uma gota de
tinta UV cai sobre chão não secará.

Cuidado: recomendamos ao técnico sempre ao manipular qualquer tipo de tinta,


principalmente UV utilizar luva de procedimentos para proteção das mãos. Sempre
utilizar óculos de proteção e mascara com filtro.

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3.3- Impressoras base água:

Chamamos de impressora base água uma impressora que utiliza tinta a base de água.
Uma tinta a base de água consiste em uma tinta na qual seus componentes sólidos são
dissolvidos e conduzidos até material por um fluído chamado água. Ao chegar no
material a água evapora e sobra aderido nos poros do substrato pigmento (cor) e
resinas.

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CAPÍTULO-4

IMPRESSORAS DIGITAIS

METODOLOGIA OU TÉCNICA DE IMPRESSÃO

4.1- Impressão Digital por Jato de Tinta:

As impressoras digitais são equipamento específicos que tem objetivo de imprimir sobre
um determinado tipo de material sem que haja contato físico entre material e
dispositivo de impressão. O material ou substrato pode ser com ou sem tratamento
desde papel de baixa gramatura, lonas e até pisos cerâmicos, MDF e vidro.

Lembrete: para uma reprodução de cores padrão e fidedigna uma impressão deve ser
feira sobre o branco.

A fim de termos a impressão propriamente dita sobre um substrato as impressoras


digitais utilizam um dispositivo eletrônico chamado de cabeça de impressão ou no inglês
Print Head. As print heads disparam, pequenas gotículas de tinta (drops) sobre o
material a fim de gerar uma imagem impressa.

Portanto a definição de um sistema impressão por jato de tinta é a capacidade disparar


ou jogar micro gotículas de tinta sobre um material a ser impresso onde essas micro
gotículas possuem tamanho determinado e trajetória controlada com muita precisão.

Gotículas de tinta saindo de uma cabeça impressão (14 pL)

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4.2- Método de Impressão DOD (Drop On Demand):

O método de impressão drop on demand ou gota sobre demanda consiste na


produção ou disparo de gotas sob demanda, ou seja, quando necessário para
formação imagem através da cabeça impressão.

O método DOD é o método mais comum utilizado em IDGF, além de produzir gotas
de acordo com a necessidade o tamanho da gota também pode variar (variable
dot).

Nesse método a gota é formada em um orifício chamado NOZZLE que possui


praticamente as mesmas dimensões da gota e por ele que se impulsiona o fluído,
no caso a tinta de impressão.

4.3- Formação Imagem no Substrato:

Uma imagem impressa em um material através do método DOD nada mais é do


que um conjunto de minúsculos pontos, onde quando todos ponto são depositados
no substrato por completo se forma a imagem impressa.

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4.4- O conta fio gráfico:

Um equipamento bastante utilizado na área gráfica é uma lupa gráfica, chamada de


conta fio gráfico. O conta fio gráfico visualiza a quantidade de pontos em uma
polegada (inch) quadrada.

4.5- Definição de DPI:

Em linhas gerais do inglês DPI (Dot Per Inch Square) significa, ponto por polegada
quadrada. Serve para denominar a resolução de uma imagem, seja ela digital ou
analógica. Indicando quantos pixel ou pontos tem em uma polegada quadrada da
imagem.

Portanto, o termo DPI é utilizado para definir a resolução de uma imagem, que
podemos dizer quanto maior sua resolução maior sua qualidade. Assim
concluímos que quanto mais pontos por polegada quadrada uma imagem possuir
maior sua qualidade. Os detalhes de uma imagem impressa serão melhor
visualizados quanto melhor for sua qualidade, ou seja, quanto mais DPI´s a
imagem possuir.

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CAPÍTULO-5

IMPRESSORAS DIGITAIS

A PIEZOELETRICIDADE

PRINT HEADS

5.1- O que é Piezo?

Piezo é um cristal, em impressoras digitais temos nas cabeças de impressão um


piezo em cada nozzle, ou seja, um micro cristal (grão de cristal) em cada orifício da
cabeça de impressão por onde sai a tinta.

5.2- O Efeito Piezoelétrico:

O efeito piezoelétrico é um processo reversível em que os materiais exibem o efeito


piezoelétrico direto (a geração interna de carga elétrica resultante de uma
força mecânica aplicada), mas também exibem o efeito piezoelétrico reverso (a
geração interna de uma tensão mecânica resultante de um campo elétrico
aplicado). Nas cabeças de impressão uma tensão elétrica é aplicada no cristal a fim
de oscilar o mesmo mecanicamente onde a partir dessa oscilação temos o impulso
de uma gota de tinta. O Piezo age em uma cabeça de impressão como uma válvula
abre e fecha empurrando a gota de tinta para fora do nozzle.

5.3- Como funciona uma cabeça e impressão digital:

A cabeça de impressão digital é uma peça eletrônica que possui vários orifícios de
saída de tinta chamados nozzles onde através da piezoeletricidade minúsculos
cristais presentes em cada nozzle oscilam de forma mecânica a fim de gerar uma
gota de tinta a ser depositada no substrato.

Saída da gota de tinta por um nozzle de uma cabeça impressão impulcionada pela piezoeletricidade.

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5.4- Cabeças de impressão digital:

A seguir iremos mostrar algumas das principais cabeças de impressão digital


utilizadas no mercado.

Cabeças de impressão Ricoh Gen4, Spectra SL128 e Epson DX5.

5.5- Limpeza de uma cabeça de impressão:

Existem várias maneiras de limpeza de uma cabeça de impressão. Geralmente


quando falamos limpeza, estamos falando de limpeza dos nozzles mas devemos
também limpar toda a cabeça, sua periferia a fim de mantermos a mesma sempre
pronta para trabalho.

Ao tirar uma cabeça de impressão de uma impressora devemos proceder com sua
limpeza técnica externa e depois com a tentativa de limpeza dos nozzles.

Limpeza Nozzles manualmente.

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A clean station ou estação de limpeza industrial.

Clean Station industrializada.

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CAPÍTULO-6

SISTEMA DE PRESSÃO NEGATIVA

6.1- Sistema de pressão negativa:

Muitas máquinas de impressão digital, principalmente as IDGF possuem além do


tanque principal de tinta um sub tanque de tinta próximo as cabeças de impressão. O
motivo é de sempre termos um volume de tinta próximo as cabeças suficiente para
suprir a demanda de tinta durante impressão.

Para que a tinta armazenada dentro sub tanque não caia com a força da gravidade,
se aplica uma pressão negativa a fim de segurar a tinta. Essa pressão é muito
importante pois, ela que irá ser responsável pela facilidade ou não da tinta sair pelos
nozzles.

Sub Tanque de tinta

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CAPÍTULO-7

SISTEMA ALIMENTAÇÃO TINTA

7.1- Sistema de Alimentação de Tinta por Gravidade – Sub Tanques Rebaixados:

Um sistema de alimentação de tinta por gravidade com tanques rebaixados significa


que os sub tanques estão abaixo da linha dos nozzles das cabeças. Lembrando que
esses sub tanque rebaixado que irá alimentar as cabeças com tinta.

Nesse sistema a cabeça serve como uma bomba de tinta onde o sub tanque alimenta
a cabeça com tinta. Mas isso é possível porque existe uma abertura no sub tanque
para pressão atmosférica exercer uma pressão sobre a tinta dentro sub tanque.

Sub Tanque rebaixado.

7.2- Sistema de Alimentação de tinta por Gravidade por Cartuchos:

No sistema onde tanque principal de tinta é um cartucho selado ou recarregável


damos nome de sistema alimentação de tinta por cartucho. Nesse sistema por
gravidade a tinta tem seu fluxo até as cabeças devido a diferença de pressão entre
os cartuchos e uma peça chamada damper. O damper trabalha de forma
peristáltica onde quando ele perde fluído (tinta) uma diferença de pressão se cria

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entre cartucho e damper fazendo com que a tinta seja impulsionada novamente à
cabeça.

Esse sistema de alimentação de tinta por cartucho é muito utilizado principalmente


no modo cartucho recarregável ou com bulk ink, devido a sua versatilidade e custo.

Sistema alimentação tinta por cartucho selado e recarregável.

7.3- Sistema de Alimentação de Tinta por Abastecimento Automático,


sub tanques elevados próximos as cabeças.

Nesse sistema de alimentação de tinta automática temos sub tanque de tinta


que é alimentado automaticamente por uma bomba de tinta através de um
sensor de nível de tinta que fica dentro do sub tanque. Quando sensor de
nível (boia) detecta baixo nível de tinta, esse sensor envia sinal eletrônico à
bomba de tinta a fim da mesma ligar e bombar tinta até sub tanque
restabelecer seu nível regular de tinta.
Para que essa tinta interna ao sub tanque não caia com a gravidade é
necessário que o sub tanque trabalhe pressurizado (pressão negativa) como
comentamos no item 6.1 dessa apostila, onde essa pressurização acaba
também interferindo na facilidade ou não da tinta sair pela cabeça através dos
nozzles, por esse motivo esse sistema deve ser muito bem ajustado (em
termos da pressão negativa aplicada ao sub tanque) em média usa-se uma
pressão negativa dentro do sub tanque entre -3,0 a -4,0 mBars. Para esse
controle é necessário uso de sensores de pressão e indicadores IHM de
pressão.
Esse sistema de abastecimento automático de tinta com sub tanque
pressurizado é complexo, mas é bastante estável a fim de estabilidade de
impressão. A partir do momento que pressão negativa está ajustada, o
sistema todo se estabiliza proporcionando excelente condição de impressão
para as print heads. As IDGF de médio e grande formato bem como as
industriais utilizam bastante esse sistema de alimentação de tinta.

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Abaixo temos conjunto de sub tanques de tinta que são alimentados com tinta
automaticamente e pressurizados através de um sistema de pressão negativa
com auxílio de válvulas solenoides.

Sub tanques de tinta pressurizados (pressão negativa topo).

7.4- Sistema Fechado de Alimentação de Tinta. Vazamento de Ar:

Todos sistemas de alimentação de tinta que citamos desde item 7.1 ao 7.3 dessa
apostila são extremamente sensíveis a qualquer tipo de vazamento de ar, que por
consequência gera vazamento de tinta. A consequência final de um vazamento de
ar ou tinta é a perda na estabilidade desse sistema fechado. Perda de pressão onde
a tinta começa a gotejar pelos nozzles falhando a impressão.

Geralmente a falha gerada na impressão devido a um vazamento de ar ou de tinta


na tubulação ou alguma peça da linha de tinta (entre tanque principal até cabeça) é
um facheamento ou banding na impressão. Mas também pode ser gotejamento de
tinta pelas cabeças sobre o susbstrato.

7.5- Sistema automático de limpeza cabeça impressão:

As impressoras digitais que utilizam tinta base solvente tendem a secar muito fácil a
tinta nas cabeças de impressão – nos nozzles. Ao secar a tinta nos nozzles os
mesmos falham causando falha (banding) na impressão.

A primeira ação corretiva para reestabelecer o funcionamento dos nozzles é gotejar


tinta pelas cabeças de forma intencional (botão purge). Mas as vezes é necessária
uma limpeza mais profunda dos nozzles, daí utilizamos recurso de inserir solvente
de forma voluntária nas cabeças, chamado também de solvente flush (descarga de
solvente).

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Salientamos que esse sistema de flush solvente está incorporado a impressora,
onde ela possui tanque principal de solvente, bomba solvente e tubulação exclusiva
para solvente.

Sistema automático descarga solvente impressora New Targa Ampla

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CAPÍTULO-8

SISTEMA MECÂNICO X, Y e Z

8.1- Sistema de Movimentação X, Y e Z:

Pensando no movimento dos motores de uma IDGF temos as três coordenadas


cartesianas para designar cada motor – orientação da máquina e seu movimento.

É convencionado que o eixo de movimento esquerda e direita do cabeçote de


impressão é o eixo X, portanto o motor que movimenta o cabeçote é chamado
motor X.

É convencionado que o eixo que se movimenta o material é a coordenada


cartesiana Y, ou eixo Y, portanto o motor que movimenta o material é chamado
motor Y.

Em algumas impressoras temos também motor que é responsável pelo movimento


de subida e descida do cabeçote, esse motor é convencionado como motor Z,
portanto o cabeçote irá se movimentar para cima e para baixo no eixo Z.

Sistema X,Y e Z de motores e movimento IDGF.

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8.2- Sistema de orientação do movimento X, Y e Z – O Encoder.

Nas impressoras digitais temos sensores de posição ou orientação bastante


precisos que serve para orientar de forma bastante exata o movimento dos
motores X e Y. Podemos dizer que o encoder X e Y são o GPS de uma IDGF.

Encoder são dispositivos/sensores eletro-mecânicos cuja funcionalidade é


transformar posição em sinal elétrico digital. Portanto o encoder X que informa
para impressora a posição do cabeçote e uma placa eletrônica microprocessada
geralmente chamada Pixel Board informa a posição exata em que a cabeça deve
disparar a fim de criar uma imagem impressa.

Em algumas impressoras principalmente as IDGF Industriais temos um driver


controlador para cada motor, Drive X, Drive Y e Drive Z. Essas controladoras fazem
toda interface elétrica e de dados entre motores e placas eletrônicas da máquina,
além também de receber as informações de posição dos motores X, Y e Z dos
encoder.

Abaixo iremos mostrar alguns tipos de encoder utilizados em IDGF.

Tipos de encoder linear e circular utilizados IDGF.

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CAPÍTULO-9

ALINHAMENTOS E AJUSTES

9.1- Alinhamentos e Precisão de Impressão:

Para que uma impressora digital possa imprimir com qualidade a mesma precisa de
alinhamentos e ajustes bastante precisos pois, a cabeça de impressão que faz a
impressão é um dispositivo eletrônico de muita precisão e também devido ao fato
de que as cores CMYK (cores primárias) são geralmente impressas por cabeças
individualmente, portanto precisamos alinhar cada cabeça, ou cada cor uma com
relação a outra.

9.2- Alinhamento Bidirecional – Registro de Impressão:

Uma impressora digital imprime nos dois sentidos de movimentação do cabeçote


esquerda-direita, ou seja, imprime quando vai para esquerda e quando vai para
direita. Portanto para que haja uma concordância na impressão para esquerda e na
impressão para direita temos que realizar o alinhamento chamado bidirecional.

Padrão de alinhamento Bidirecional

O alinhamento bidirecional também é chamado de registro de impressão.

9.3- Alinhamento Vertical ou Feed (Ajuste Passo Impressão):

Na direção Y que é a direção do avanço material, também temos um ajuste


bastante importante com relação ao passo dado para conduzir material à
área de impressão. Esse alinhamento do avanço do material chamamos de
alinhamento vertical, calibração do passo ou feed.

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Esse alinhamento nada mais é do que ajustar o sincronismo entre uma
passada e a seguinte, a fim de com precisão milimétrica onde uma passada
termina a seguinte tem que iniciar.

Alinhamento vertical com relação ao black.

Lembrando que o alinhamento vertical se dá na direção Y, ou seja, é uma calibração


do motor Y. Inclusive muitos fabricantes o chamam de Y adjust.

9.4- Tensão elétrica das cabeças:

Como estudamos no capítulo 5 desta apostila, a piezo eletricidade consiste em


aplicar tensão elétrica em um cristal onde o mesmo com a ação dessa tensão
elétrica sofre uma oscilação mecânica, ou seja, oscila em sua forma.

Essa oscilação funciona como a abertura e fechamento de uma válvula de gotículas


de tinta disparadas pela cabeça, mas existe uma relação bastante útil nas IDGF com
relação ao nível da tensão elétrica VDC aplicada em uma cabeça de impressão. A
relação é que quanto maior a tensão elétrica menor o ponto, ou seja, menor
volume da gota gerada pela cabeça e quanto menor a tensão elétrica maior o
ponto. Mas vamos melhor um pouco essa relação através do exemplo abaixo.

Vamos exemplificar essa questão da variação da tensão elétrica aplicada em uma


cabeça impressão, uma cabeça de impressão Konica Minolta modelo KM512M
geralmente vem de fábrica calibrada para trabalhar com uma tensão elétrica VDC
em torno de 15 V. Essa cabeça dispara por característica de fabricação uma gota
com volume de 14pL. Se a máquina que essa cabeça está instalada possui a opção
via software ou via hardware de se variar um pouco esses 15 V, ou seja, subir 2V
acima de 15V ou descer 2 V abaixo de 15 V podemos diminuir um pouco ou
aumentar um pouco o volume do ponto dessa cabeça, deixando o mesmo pouco
maior ou pouco menor.

Esse recurso de variar um pouco para cima ou para baixo a tensão elétrica de uma
cabeça é muito útil para adequarmos o funcionamento de uma tinta a uma
máquina e para melhor um pouco qualidade de impressão.

Dica: visitem site da empresa Konica Minolta, no link abaixo temos muita
informação interessante sobre o mundo das inkjets.

www.konicaminolta.com/inkjet/inkjethead

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9.5- Condições Sala Impressão:

A sala de impressão é a sala onde iremos instalar uma impressora digital. Essa sala
ou local deve ser muito bem planejado, elaborado e preparado para receber a
máquina.

O local deve ser limpo, protegido de poeira, umidade, luz solar e fechado. Deve
possuir temperatura ambiente controlada. O ideal para uma boa conservação das
peças eletrônicas e reprodução fidedigna de cor é temperatura entre 22°C a 24°C,
sendo que esse limite superior já é máximo permitido.

A umidade em torno de 50% é ideal inclusive para evitar estática do material.

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CAPÍTULO-10

SITE PREPARATION DE INSTALAÇÃO DE UMA IMPRESSORA DIGITAL

10.1- Inspeção sala da impressora:

É ideal e muito importante realizar uma inspeção do local a instalar a máquina


antes da instalação de uma impressora digital. Independente seu formato pequeno,
médio ou grande alguns itens abaixo devem ser inspecionados e analisados a fim de
instalarmos a impressora no melhor local e mais adequado para seu
funcionamento.

Abaixo listaremos alguns itens a serem previamente discutidos com cliente sobre
local de instalação da máquina impressão.

- Passagem da máquina até local a ser instalada.


- Condições do piso da sala.
- Instalação elétrica presente.
- Aterramento elétrico.
- Mobiliário para sala.
- Iluminação adequada para análise de cores.
- Pontos de ar comprimido caso necessário.
- Ar condicionado.
- Fechamento da sala.

10.2- Condições Ambientais:

Quando falamos em condições ambientais de uma sala onde iremos instalar


impressora digital não estamos falando somente em temperatura da sala, mas
também em umidade, limpeza e condições laborais de trabalho.
A temperatura ideal para uma sala onde vamos ter impressora digital é de 22°C e a
umidade relativa do ar de 45%.
Sobre as condições laborais, estamos falando principalmente do odor ou cheiro de
tinta, principalmente quando for máquina que utiliza tinta base solvente pesado. O
cheiro muito forte de solvente em um ambiente confinado causa irritação da
mucosa estomago, irritação olhos e cefaleia em algumas pessoas, portanto uma
boa exaustão do ar é importante.
Lembrete: odor é pesado, sempre se deposita próximo ao chão.

10.3- Limpeza e cuidados do local:

A limpeza da sala de impressão digital é muito importante como a limpeza de


qualquer local de trabalho. Simples ações de limpeza como varrer local e
principalmente tirar pó ajuda muito o aumento da vida útil da máquina e a
condição de impressão.
Dica: passar pano úmido no chão da sala é procedimento de limpeza muito
recomendável pois, remove a poeira do local e impede com que essa poeira
contamine a máquina e suas partes principais além de evitar contaminação do
material a ser impresso.

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10.4- Sistema Elétrico para instalação:

Uma impressora digital é um equipamento elétrico, portanto irá funcionar somente


com eletricidade. Portanto um sistema elétrico projetado para conectar a máquina
é um dos pontos mais importantes de um site preparation.
A utilização de dispositivos de proteção como disjuntores, estabilizadores de tensão
elétrica, nobreaks e aterramento elétrico são fundamentais para a instalação
máquina.
Uma sequência segura e recomendada do circuito elétrico para instalação de
qualquer impressora digital pode ser descrita abaixo através do diagrama em blocos
a seguir:

Diagrama em blocos sistema elétrico para instalação.

10.5- Nobreaks e Estabilizadores de tensão elétrica:

A fim de proteger e aumentar a vida útil de uma impressora digital o uso de


nobreaks ou estabilizadores de tensão elétrica é bastante recomendado em um site
preparation de instalação.

Nobreak é um equipamento que estabiliza a tensão elétrica de saída em patamares


solicitados pela impressora e na interrupção do fornecimento de energia elétrica
pela concessionária o mesmo supri tensão elétrica ao equipamento durante um
período de tempo de acordo com banco de baterias que o nobreak possui. Portanto
o nobreak é um estabilizador também.

O estabilizador de tensão somente estabiliza a tensão elétrica de saída, mantendo


constante a mesma que irá alimentar a máquina.

Selecionamos um nobreak a ser conectado a uma impressora digital a partir da sua


potência aparente também conhecida como kVA. Toda impressora digital possui
sua potência aparente em kVA fornecida pelo fabricante, antes de comprar um
nobreak precisamos saber da sua potência aparente, tensão de entrada e tensão de
saída.

Dica: recomendamos uso de nobreak senoidal on-line e se maior de 3kVA com


transformador isolador.

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10.6- O Aterramento Elétrico:

O sistema de aterramento elétrico consiste em uma haste cravada na terra que é


conectado a um fio, geralmente de cor verde e amarela, que se conecta a caixa de
disjuntores, ao nobreak e ao computador. Ele tem como objetivo diminuir e
praticamente zerar a resistência elétrica entre equipamentos e a haste de terra,
criando um caminho fácil de mesmo potencial elétrico para sobre tensões elétricas
internas e externas ao equipamento, eliminando fugas de energia, principalmente
estática e protegendo os usuários de um possível choque elétrico.

Haste para aterramento elétrico, modelo instalação.

10.7- Equipotencial da Instalação:

O sistema de aterramento tem a principal função de deixar todos componentes


do circuito elétrico (impressora, nobreak, computador, caixa de disjuntores)
todos no mesmo potencial elétrico, por isso o termo equipotencial. Dessa forma
não haverá nenhuma variação de corrente elétrica, seja ela de natureza estática
ou não além de drenar toda e qualquer fuga de corrente elétrica do
equipamento. Portanto equipotencial é conectar todos equipamentos
relacionados a instalação elétrica da impressora no mesmo terra ou mesma
referência elétrica.

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10.8- Medição de Aterramento Circuito Elétrico:

O equipamento utilizado para medir corretamente a eficiência de um sistema de


aterramento elétrico é o terrômetro ou Ohmimetro. Esses são equipamentos
tem a função de medir resistência elétrica de um circuito (Ohm - Ω). O valor
satisfatório da resistência elétrica de terra é 5 Ohm ou menor, zero é ideal.

Terrômetro Minipa@ e exemplo aterramento a três hastes de terra.

10.9- Mídia e Tintas – Cuidados de Armazenamento e Manipulação:

Chamamos de matéria prima para impressão digital as mídias (rolos de lona,


rolos de adesivo, rolos de tecido, chapas de fórmica, MDF, vidro e etc.) e as tintas
para abastecer máquina.

Esses dois itens são muito importantes para a produção de um Bureau de


Impressão Digital, desta forma os mesmos devem ser manipulados e
armazenados de forma correta.

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As tintas devem ser armazenadas em local com temperatura controlada, de
forma segura e protegidas do sol e da umidade.

Os materiais devem também ser armazenados em local seguro, com umidade


controlada e protegidos do sol. A manipulação e transporte de rolos de material
como lona, adesivos e chapas; deve ser realizada de forma cuidadosa a fim de
evitar danos no material, como bordas de rolos de vinil adesivo, lona e também
bordas chapas em geral.

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CAPÍTULO-11

SISTEMA DE PROTOCOLO DE COMUNICAÇÃO

O SOFTWARE DE RIP

PERFIL ICC

11.1- Sistema Operacional:

É o conjunto de programas que gerenciam recursos, processadores,


armazenamento, dispositivos de entrada e saída e dados da máquina e seus
periféricos. O sistema que faz comunicação entre o hardware e os demais
softwares. O Sistema Operacional cria uma plataforma comum a todos os
programas utilizados. Exemplos: Dos, Unix, Linux, Mac OS, OS-2, Windows 7.

Sistemas Operacionais

11.2- Rede de Computadores:

Uma Rede de computadores é formada por um conjunto de máquinas


eletrônicas com processadores capazes de trocar informações e compartilhar
recursos entre si.

As IDGF possuem uma comunicação de rede entre seus computadores de


controle e também seus computadores de rip, geralmente essa comunicação é
realizada via protocolo ethernet (RJ45) ou USB.

Dica: Muita atenção com cabos USB e cabos de rede, os mesmos necessitam
sempre estar bem conservados e funcionando perfeitamente para que haja a
comunicação entre impressora e computador.

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11.3- Drive de Comunicação:

Drivers são programas responsáveis pela comunicação entre o sistema


operacional de computador e o hardware conectado a ele. Este hardware pode
ser uma impressora, um mouse, placas de vídeo e rede, pendrives etc.

Gerenciador de Dispositivos Windows.

11.5- Software de Rip – O que é ripar?

RIP (Raster Image Processor) consiste em um processamento de imagens por


varredura usado em um sistema de impressão que produz uma imagem
rasterizada também conhecida como bitmap. Esse bitmap é usado por um
estágio posterior do sistema de impressão para produzir a saída impressa.

De forma mais prática ripar é converter um formato de imagem padrão como


JPEG, EPS, PDF por exemplo, em formato de máquina, linguagem de máquina,
utilizado para impressão. Geralmente a imagem ripada tem formato RTL (raster
transfer language).

O software de RIP é o responsável, portanto para fazer essa conversão, dentre


eles podemos citar, PhotoPrint@, Caldera@, Onyx@, Wasatch@ dentre outros.

Alguns softwares de rip são dedicados a um tipo específico de máquina-


fabricante, já outros podem ser utilizados em vários tipos de impressoras.

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11.6- Gerenciamento de Cor – Perfil ICC:

Em gerenciamento de cor, perfil de cor é a característica de cor de um periférico


em concordância com o material/impressora. Objetivo do uso do perfil ICC é a
reprodução fiel das cores em uma impressão, de acordo com material impresso e
tinta utilizada.

ICC – significa International Color Consortiun.

www.color.org

Os formatos de um arquivo ICC são: .ICC e .ICM e para se criar um perfil ICC para
uma impressora digital devemos utilizar um leitor de cores, que é um dispositivo
que por reflexão lê a cor impressa por um dispositivo de impressão ou
reproduzida por um monitor. Esse dispositivo é o espectrofotômetro.

Espectro Fotômetro Ione Pro2 – Xrite.

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CAPÍTULO-12

GUIA DE SOLUÇÃO DE PROBLEMAS - TROUBLESHOOTING GUIDE

12.1- Problema-1:

Impressora não liga.

12.2- Problema-2:

Comunicação entre computador de RIP e impressora com erro.

12.3- Problema-3:

Teste de cabeça falhando.

12.4- Problema-4:

Avanço impróprio do material.

12.5- Problema-5:

Banding Horizontal.

12.6- Problema-6:

Secagem Imprópria do Material.

12.7- Problema-7:

Ruído durante impressão.

12.8- Problema-8:

Cabeça de impressão não dispara.

12.9- Problema-9:

Fusível queimado.

12.10- Problema-10:

Perda de registro impressão, duplicidade da impressão (fantasma).

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CAPÍTULO-13

INGLÊS TÉCNICO PARA IDGF

13.1- Glossário Técnico Inglês – português.

Pallet, Pallets (P) → Palete, Paletes.

Wooden Pallets → Paletes de madeira.

Inspection → Inspeção.

Environment – Health – Safety (EHS) → Meio Ambiente – Saúde – Segurança ou Proteção.

Compressed air → ar comprimido.

Employees → Funcionários.

Machine → máquina.

Cabin → cabine.

Shelf → prateleira, estante.

Rack → prateleira, cavalete.

Hose → mangueira.

Assembly, mounting → montagem, suporte.

Instruction → instrução.

Electrical → Elétrico ou Elétrica.

Service → serviço.

Team → time, equipe.

Department → departamento.

Phase → fase.

Ground → terra

Neutral → neutro

Plug → tomada, plugue, ponto.

Connection → conexão.

Power → energia, força.

Test → teste.

Calibration → calibração.

Valve → válvula.

System → sistema.

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Install → instalar.

Installation → instalação.

Full → completo, cheio.

Training → treinamento.

Provide → fornecer.

Pin Hole → buraco alfinete, buraquinho.

Sample → amostra.

Visual Inspection → inspeção visual.

Technical analysis → análise técnica.

Successful → bem-sucedido.

Damaged → danificada.

Print Head → cabeça impressão.

Damper → amortecedor.

Cap → capa.

Flatcable → cabo plano.

Station → estação.

Technical Support → Suporte técnico.

Wire → Fio.

Tube → tubo.

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BIBLIOGRAFIA:

Site Pesquisa Google, www.google.com

Apostila Curso NR-10 Segurança em Eletricidade. Inbraep SC.

Manual Técnico de Serviço. Vutek 3360 EFI.

Manual Técnico de Serviço. TurboJet Scitex Vision.

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