Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Peelings Químicos, Enzimáticos e Mecânicos Aplicados À Estética - Final
Peelings Químicos, Enzimáticos e Mecânicos Aplicados À Estética - Final
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
REVENDO A PELE.................................................................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE.............................................................................................. 9
CAPÍTULO 2
CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE PELE....................................................................................... 22
CAPÍTULO 3
RADIAÇÃO SOLAR.................................................................................................................. 27
UNIDADE II
COSMETOLOGIA.................................................................................................................................. 39
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO À COSMETOLOGIA............................................................................................ 39
CAPÍTULO 2
CLASSIFICAÇÃO DOS COSMÉTICOS DE ACORDO COM SUA FUNÇÃO.................................... 62
CAPÍTULO 3
PROTETOR SOLAR.................................................................................................................... 84
UNIDADE III
COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS....................................................................................... 90
CAPÍTULO 1
COSMETOLOGIA HLDG........................................................................................................... 90
CAPÍTULO 2
COSMÉTICOS NO TRATAMENTO DE ESTRIAS E ANTI-AGING ...................................................... 97
CAPÍTULO 3
ATIVOS PARA CONTROLE PIGMENTAR.................................................................................... 103
CAPÍTULO 4
COSMÉTICOS PARA ACNE..................................................................................................... 111
CAPÍTULO 5
ÁREA DOS OLHOS................................................................................................................. 115
CAPÍTULO 6
FATORES DE CRESCIMENTO................................................................................................... 120
UNIDADE IV
PEELING QUÍMICO E FÍSICO............................................................................................................... 128
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO AOS PEELINGS QUÍMICO E FÍSICO................................................................... 128
CAPÍTULO 2
OS ÁCIDOS........................................................................................................................... 133
CAPÍTULO 3
PEELING FÍSICO.................................................................................................................... 173
REFERÊNCIAS................................................................................................................................. 178
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
6
Saiba mais
Sintetizando
7
Introdução
Convido-os a vir mergulhar no mundo mágico da cosmetologia. Nas próximas páginas
você poderá aprender como agregar todos os benefícios dos cosméticos e dos peeling
químico e mecânico em distúrbios como anti-aging, estrias, olheiras, hipercrômia,
entre outras disfunções.
Objetivos
»» Promover o conhecimento fisiológico, farmacológico e terapêutico dos
cosméticos.
8
REVENDO A PELE UNIDADE I
CAPÍTULO 1
Anatomia e fisiologia da pele
Sua composição é feita por duas camadas: epiderme e derme. O epitélio estratificado
pavimentoso queratinizado da pele é constituído por quatro populações de células:
Queratinócitos, Melanócitos, Células de Langerhans, Células de Merkel (Figura 1).
Logo abaixo da derme encontra-se o tecido conjuntivo frouxo, antigamente conhecido
como hipoderme, não faz parte da pele, mas constitui a fáscia superficial da dissecção
anatômica que cobre todo o corpo, imediatamente abaixo da pele. Os indivíduos
excessivamente nutridos, ou que vivem em clima frio, possuem uma grande quantidade
de gordura depositada na fáscia superficial (hipoderme), chamada de panículo adiposo
(BORGES, 2006).
A textura e a espessura da pele variam nas diferentes regiões do corpo. Por exemplo,
a pele da pálpebra é macia, delicada com pelos delicados, enquanto, a uma pequena
distância, nas sobrancelhas, a pele é mais espessa e possui pelos grosseiros. A pele da
9
UNIDADE I │ REVENDO A PELE
testa produz secreções oleosas; a pele do queixo não produz secreções oleosas, mas
forma muitos pelos. As palmas das mãos e as solas dos pés são espessas e não possuem
pelos, mas contêm muitas glândulas sudoríparas. Além disso, a superfície das polpas
dos dedos e dos artelhos tem cristas e sulcos alternados que formam alças, curvas e
vórtices com determinados padrões chamados dermatóglifos, popularmente chamados
de impressões digitais, que se formam ainda no feto e permanecem sem modificações
durante toda a vida (ALTCHEK et al., 2006).
Epiderme
A epiderme origina-se do ectoderma e é constituída por epitélio estratificado
pavimentoso queratinizado. Na maior parte do corpo, a espessura da epiderme varia
de 0,07 a 0,12 mm, com espessamentos localizados nas palmas das mãos e solas dos
pés (onde sua espessura pode variar de 0,8 mm a 1,4 mm, respectivamente) (BORGES,
2006).
Por causa da citomorfose dos queratinócitos, durante sua migração da camada basal
para a superfície da epiderme, podem ser identificadas na epiderme cinco zonas
morfologicamente distintas. Indo da camada mais interna para a mais externa, essas
zonas são o estrato basal (germinativo), estrato espinhoso, estrato granuloso, estrato
lúcido, e estrato córneo (Figura 2) (BORGES, 2006).
11
UNIDADE I │ REVENDO A PELE
A camada mais profunda da epiderme, o estrato basal, apoia-se sobre uma membrana
basal e assenta-se sobre a derme, formando uma interface irregular. O estrato basal é
constituído por uma única camada de células cuboides a colunares baixas, mitoticamente
ativas, contendo um citoplasma basófilo e um núcleo grande. Há muitos desmossomos
localizados na membrana lateral das células, prendendo as células do estrato basal umas
às outras e às células do estrato espinhoso. Hemidesmossomos, localizados basalmente,
prendem as células da camada basal à lâmina basal. Na microscopia eletrônica elas
apresentam alguns mitocôndrios, um pequeno complexo de Golgi, alguns perfis do
retículo endoplasmático granular (REG) e abundantes ribossomos livres. Numerosos
feixes e filamentos intermediários (tonofibrilas de 10 nm) passam pelas placas dos
desmossomos laterais e terminam nas placas dos hemidesmossomos (BORGES, 2006).
Figuras mitóticas deveriam ser observadas com frequência no estrato basal, pois essa
camada é parcialmente responsável pela renovação celular desse epitélio. Entretanto, as
mitoses ocorrem principalmente durante a noite e os espécimes histológico são colhidos
durante o dia; por isso, figuras mitóticas são vistas raramente em cortes histológicos
de pele. Quando novas células são formadas, a camada anterior é empurrada para
a superfície e une-se à próxima camada da epiderme, cestrato espinhoso (Figura 3)
(BORGES, 2006).
12
REVENDO A PELE │ UNIDADE I
Estrato espinhoso
Nas células do estrato espinhoso esses feixes irradiam-se da região perinuclear para a
periferia em direção dos prolongamentos celulares que, altamente entrelaçados ligam
células adjacentes umas às outras por meio de desmossomos. Esses prolongamentos,
denominados “pontes intercelulares” pelos antigos histologistas, dão às células do
estrato espinhoso um aspecto de uma “célula com espinhos” (Figura 4). Ao se deslocarem
através do estrato espinhoso em direção da superfície, os queratinócitos continuam
13
UNIDADE I │ REVENDO A PELE
Estrato granuloso
O estrato granuloso é constituído por três a cinco camadas de células contendo grânulos
de querato-hialina (BORGES, 2006).
14
REVENDO A PELE │ UNIDADE I
Estrato córneo
15
UNIDADE I │ REVENDO A PELE
Células de Langerhans
16
REVENDO A PELE │ UNIDADE I
Células de Merkel
As células de Merkel estão dispersas entre as células do estrato basal e podem atuar
como mecano-receptores (ALTCHEK et al., 2006).
Derme
A região da pele que fica diretamente abaixo da epiderme, denominada derme, origina-se
do mesoderma e está dividida em duas camadas: a camada papilar, superficial, frouxa,
e a camada reticular, mais profunda e muito mais densa. A derme é constituída por
17
UNIDADE I │ REVENDO A PELE
A espessura da derme varia de 0,6 mm, nas pálpebras, a 3 mm, na palma da mão e na
sola do pé. Entretanto, não há uma linha nítida demarcando a interface da derme com
o tecido conjuntivo da fáscia superficial. Normalmente, a derme é mais espessa nos
homens do que nas mulheres, e nas superfícies dorsais do que nas ventrais do corpo
(GUIRRO; GUIRRO, 2002).
Figura 9. Derme.
18
REVENDO A PELE │ UNIDADE I
A camada papilar também possui muitas alças capilares, que se estendem até a interface
epiderme-derme. Esses capilares regulam a temperatura do corpo e nutrem as células
da epiderme, avascular. Localizados em algumas papilas dérmicas ficam os corpúsculos
de Meissner, periformes encapsulados, que são mecano receptores especializados para
responder a pequenas deformações da epiderme. Esses receptores são mais comuns
nas áreas da pele especialmente sensíveis aos estímulos táteis (p. ex., lábios, genitália
externa e mamilos). Outro mecano receptor encapsulado presente na camada papilar
é o bulbo terminal de Krause. Já se acreditou que esse receptor respondia ao frio, mas
não se conhece sua função (GARTNER e HIATT, 2003).
Nessa camada as células são mais escassas do que na camada papilar. Elas incluem
fibroblastos, mastócitos, linfócitos, macrófagos e, com frequência, células adiposas na
parte mais profunda da camada reticular (GARTNER; HIATT, 2003).
Outras fibras musculares lisas, denominadas músculos eretores do pelo, estão inseridas
nos folículos pilosos; a contração desses músculos levanta os pelos quando o corpo
19
UNIDADE I │ REVENDO A PELE
Fibras de colágeno
Fibras de elastina
Estão intimamente ligadas ao colágeno. Na derme papilar, fibras finas que tendem a
correr perpendiculares à superfície da pele. Na derme reticular as fibras são mais grossas
20
REVENDO A PELE │ UNIDADE I
Glicosaminaglicana
21
CAPÍTULO 2
Classificação dos tipos de pele
Cucé (2001) esclarece que a emulsão epicutânea, formada pelo conjunto do sebo com o
suor excretado em conjunto, e os agentes emulsionantes representados pelos eletrólitos
do suor, ácidos graxos e suas combinações, irão determinar o pH cutâneo da pele
(GARTNER; HIATT, 2003).
Segundo Barata (2002), para uma pele ser sadia e com aparência estética agradável é
necessário um equilíbrio ácido básico, numa condição normal, o ideal é o pH tender à
acidez, pois é necessário como barreira a micro-organismos e fungos sensíveis ao ácido
(GARTNER. HIATT, 2003).
Figura 12.
0--------------------------7-------------------------14
OLEOSA SECA
ÁCIDA ALCALINA
No valor de 7: neutro
A superfície cutânea tem uma reação ácida, que vai se alcalinizando à medida que
atingimos a profundidade da pele. O pH ácido possibilita o desenvolvimento da flora
saprófita, fundamental para um grau ótimo de acidez na superfície cutânea, constituindo
o manto ácido, que protege a pele contra a permanência e o ataque de micro-organismos
patogênicos (GARTNER e HIATT, 2003).
22
REVENDO A PELE │ UNIDADE I
Esse grau de acidez varia conforme a idade, sexo e o indivíduo, assim como varia de
acordo com cada região do corpo. A produção de sebo, o grau de hidratação, a espessura
e o grau de produção da melanina permitem classificar a pele de diferentes maneiras
(BORGES, 2006).
23
UNIDADE I │ REVENDO A PELE
Veja o quadro abaixo onde colocamos as principais características dos tipos de pele
(quadro 2).
24
REVENDO A PELE │ UNIDADE I
Na primeira infância
Na adolescência
Aos 20 anos
Essa é a idade em que a pele atinge sua maturidade plena. Firme, macia e sem manchas,
as células cutâneas produzem grande quantidade das fibras colágenas e elastina,
garantindo sustentação e firmeza da pele. As glândulas sebáceas e sudoríparas também
funcionam bem nessa idade, produzindo sebo e suor, os quais hidratam e proporcionam
textura mais macia. Passada a adolescência e os excessos hormonais instala-se aí o
equilíbrio hormonal que torna a pele mais estável (BORGES, 2006).
Aos 30 anos
Nessa idade, a pele mostra os primeiros sinais de envelhecimento, já que cerca de 10%
do mecanismo de defesa da pele fica enfraquecido, deixando os radicais livres atuarem
com maior intensidade. A renovação celular se torna cerca de 20% mais lenta, deixando
a pele menos viçosa. Resultado das agressões externas e internas, de maus hábitos e
do acúmulo de sol guardado na memória celular, é quando as pequenas rugas surgem
na região dos olhos, formando os conhecidos pés-de-galinha. Alterações nas fibras
de sustentação da pele (colágeno e elastina), que também começam a se degenerar,
provocam flacidez e pequenas rugas ao redor da boca e testa, e sulcos entre o nariz e os
25
UNIDADE I │ REVENDO A PELE
Aos 40 anos
A partir dessa idade, o envelhecimento é cada vez mais evidente. Todas as transformações
iniciadas aos 40 anos se tornam mais intensas e já é mais difícil ocultar naturalmente a
flacidez da pele e a ação da gravidade, que nessa idade chegam associadas aos processos
degenerativos do corpo: vincos e rugas de expressão ficam mais acentuados, as bochechas
caem, os lábios se tornam mais finos por causa da perda de gordura e surgem “papadas”
na região do pescoço. Com a menopausa, a pele das mulheres se torna ainda mais fina e
ressecada, porque se acentua a diminuição da produção de fibras de colágeno e elastina,
assim como a vascularização (BORGES, 2006).
26
CAPÍTULO 3
Radiação solar
A Terra é constantemente irradiada por fótons (partículas de energia) de luz vinda do sol;
56% são fótons de luz infravermelha (comprimento de onda de 780-5000 nanômetros,
nm), 39% de luz visível (400- 780nm) e 5% de UVR (200-400nm) (Figura 13). Assim,
a UVR é parte de um espectro de radiação eletromagnética emitido pelo Sol. A UVR é
arbitrariamente dividida em três faixas de diferentes comprimentos de onda, embora
os comprimentos de onda exatos nos quais se dividem essas faixas possam diferir
de acordo com algumas áreas do conhecimento científico. A classificação proposta
pelo segundo congresso Internacional de Luz, em 1932, estabeleceu os seguintes
comprimentos de onda: UVA (400-320nm), UVB (320-290 nm) e UVC (290-200nm)
(FLOR, et al., 2007).
27
UNIDADE I │ REVENDO A PELE
Figura 14. Alcance na Terra dos diversos comprimentos de onda da radiação ultravioleta.
Além dos riscos de câncer de pele, a radiação solar é responsável pelo envelhecimento
extrínseco da pele, ao qual denominamos fotoenvelhecimento. O uso do filtro solar deve
ser concomitante a qualquer protocolo de tratamento anti-aging. E mesmo com o uso
constante do FPS, a exposição solar deve ser moderada (FLOR, et al., 2007).
28
REVENDO A PELE │ UNIDADE I
Radiação ultravioleta
A radiação ultravioleta representa o componente com maior poder energético do
espectro solar. Classifica-se em UVA, UVB e UVC, como detalhado a seguir:
29
UNIDADE I │ REVENDO A PELE
»» Antirraquitismo.
30
REVENDO A PELE │ UNIDADE I
Ângulo de incidência:
31
UNIDADE I │ REVENDO A PELE
Melanogênese
Os melanócitos são células dendríticas responsáveis pela produção de melanina,
pigmento que protege a pele contra os danos dos raios UV a nível do DNA (Figura 18)
(SCHALKA; REIS, 2011).
32
REVENDO A PELE │ UNIDADE I
33
UNIDADE I │ REVENDO A PELE
A cor da pele está relacionada a uma série de fatores. Segundo o dermatologista Thomas
B. Fitzpatrick, a cor natural da pele pode ser classificada de duas formas.
A cor facultativa da pele é reversível e pode ser induzida. Resulta da exposição solar,
pode ser por bronzeamento imediato ou tardio e inclusive pode alterar a cor constitutiva
da pele (GUIRRO; GUIRRO, 2002).
Discromia
Hipercromia
Acromia
Vitiligo
34
REVENDO A PELE │ UNIDADE I
A causa não está esclarecida, mas há três teorias para explicar a destruição dos
melanócitos:
Albinismo
Diferentes alterações dos genes podem causar albinismo. Por exemplo, a falta de alguma
das enzimas sintetizadoras da melanina ou a incapacidade da enzima para entrar nas
células responsáveis pela pigmentação e transformar o aminoácido tirosina, a base para
construir o pigmento, em melanina (GUIRRO; GUIRRO, 2002).
35
UNIDADE I │ REVENDO A PELE
chegar a ser rosados. A despigmentação com que as pessoas nascem não se modifica
com a idade (GUIRRO; GUIRRO, 2002).
Fitzpatrick elaborou sua escala a partir de visualizações empíricas. Ele classificou a pele
de cada um como sendo potencialmente de uma das seis classificações listadas a seguir
(grupo, eritema, pigmentação e sensibilidade ao Sol) (KEDE; SABATOVICH, 2003).
36
REVENDO A PELE │ UNIDADE I
I II III
Pele: Pele: Pele:
Pele muito clara Pele clara mas um pouco mais escura que a Morena clara
do primeiro
Sardas: Sardas:
Sardas:
Muitas Nenhumas
Algumas
Cabelo: Cabelo:
Cabelo:
Ruivo Louro escuro a castanho
Louro a louro escuro
Olhos: Olhos:
Olhos:
Azuis, Avermelhados (Raramente) Azuis, verdes e cinzentos
Azuis, Avermelhados (Raramente)
Mamilos: Mamilos:
Mamilos:
Muito claros Muito claros
Muito claros
Denominação: Denominação:
Denominação:
Tipo céltico Europeu de pele escura
Europeu de pele clara
Aparecimento de queimadura solar: Aparecimento de queimadura solar:
Aparecimento de queimadura solar:
Constante, acentuado, doloroso Raramente, Moderado
Constante, acentuado, doloroso
Aparecimento de bronzeado: Aparecimento de bronzeado:
Aparecimento de bronzeado:
Nunca, vermelhão que desaparece em 1 ou 2 Médio
dias, muda a pele Quase nunca muda a pele
Tempo de auto-proteção ao sol:
Tempo de auto-proteção ao sol: Tempo de auto-proteção ao sol:
20-30 minutos
5-10 minutos 5-10 minutos
37
UNIDADE I │ REVENDO A PELE
IV V VI
Pele: Pele: Pele:
Morena moderada Morena escura (mulatas) Negra
Sardas: Sardas: Sardas:
Nenhumas Nenhumas Nenhumas
Cabelo: Cabelo: Cabelo:
Castanho Castanho escuro Negro
Olhos: Olhos: Olhos:
Escuros Escuros Escuros
Mamilos: Mamilos: Mamilos:
Escuros Escuros Escuros
Denominação: Denominação: Denominação:
Tipo mediterrâneo Mulatos Negros
Aparecimento de queimadura solar: Aparecimento de queimadura solar: Aparecimento de queimadura solar:
Muito raramente Muito raramente Nunca
Aparecimento de bronzeado: Aparecimento de bronzeado: Aparecimento de bronzeado:
Rápido e profundo Intenso Intenso
Tempo de auto-proteção ao sol: Tempo de auto-proteção ao sol: Tempo de auto-proteção ao sol:
40 minutos 50-60 minutos +60 minutos
Fonte: <http://www.solariobodysun.pt/tipos-de-pele.html>.
38
COSMETOLOGIA UNIDADE II
CAPÍTULO 1
Introdução à cosmetologia
A busca da beleza e da juventude gera exigências cada vez maiores dos pacientes no
desenvolvimento de novas técnicas cirúrgicas e de novos procedimentos estéticos, pois,
com o avanço da idade, a pele começa a sofrer alterações como aparecimento de rugas,
diminuição da espessura da epiderme, ressecamento, que modificam seu aspecto, o
qual é caracterizado pelo envelhecimento cutâneo (DRAELOS, 1999).
A natureza expressa sua perfeição por meio dos três reinos naturais: mineral, vegetal e
animal. Em todos há manifestação do ciclo vital que envolve concepção, crescimento,
maturidade, envelhecimento e colapso. A diferença entre os três reinos é o grau de
complexidade de suas estruturas. Atualmente, o homem entendeu que deve atuar em
harmonia com seus processos vitais e buscar nesses reinos os recursos naturais para a
manutenção e aprimoramento da estética de seu corpo (DRAELOS, 1999).
39
UNIDADE II │ COSMETOLOGIA
A cosmética e os bioativos têm como proposta atuar nas estruturas extremas do corpo
humano (pele e cabelos) de forma idêntica aos processos vitais, auxiliando o metabolismo
para que se possa prolongar a juventude, retardando o envelhecimento. Cosmetologia
é a ciência que serve de suporte à fabricação dos produtos de beleza e permite verificar
as suas propriedades. A utilização tópica de itens que tenham identidade com a pele e
cabelos baseia-se em:
»» Condicionamento e brilho.
(DRAELOS, 1999).
O conhecimento das leis naturais e a correta utilização dos bioativos fazem da cosmética
moderna uma opção no atendimento das necessidades dos homens. Ao atender tais
expectativas, os cosméticos estão sendo transformados em verdadeiros agentes de
tratamento, com propostas e sugestões que podem modificar a estrutura e a atividade da pele.
Fato este que confronta a legislação vigente, a qual considera cosmético como preparações
que justamente não modificam a estrutura e atividade da pele (RIBEIRO, 2010).
Foi nesse momento que o termo Cosmecêutico foi criado. Existem várias substâncias
que já há tempos vem sendo utilizadas em cosméticos e que estão sendo investigadas,
revelando ter alta bioatividade podendo, portanto, ser classificadas como substâncias
médicas. Normalmente, produtos cosméticos que não necessitam de intervenção do
governo podem ser produzidos muito mais rapidamente, sendo então, por esse motivo,
uma desvantagem para a indústria cosmética se esses ingredientes forem classificados
como substância ativa (RIBEIRO, 2010).
Definições
40
COSMETOLOGIA │ UNIDADE II
A - Categorias:
»» Produto de higiene.
»» Cosmético.
»» Perfume.
41
UNIDADE II │ COSMETOLOGIA
B - Grau de risco:
Observações importantes
»» Indicação de FPS.
»» Dermatologicamente testado.
»» Hipoalergênico.
»» Não comedogênico.
42
COSMETOLOGIA │ UNIDADE II
Quadro 3.
Categoria: cosmético
Grupo Grau
Produtos para lábios
»» Batom 1
»» Brilho labial 1
»» Lápis labial 1
»» Protetor labial sem fotoprotetor 1
»» Outros A definir
Produtos para áreas dos olhos (exceto globo ocular)
»» Sombra para as pálpebras 1
»» Máscaras para cílios 1
»» Lápis 1
»» Kajal 1
Categoria: produto de higiene
Grupo Grau
Sabonetes (líquidos, gel cremoso ou sólido)
»» Sabonete facial e/ou corporal 1
»» Sabonete abrasivo/esfoliante 1
»» Sabonete antisséptico 2
1
»» Sabonete desodorante
A definir
»» Outros
Produtos para higiene dos cabelos e couro cabeludo (líquido, gel, creme, pós ou sólido)
1
»» Xampu
1
»» Xampu consicionador
1
»» Xampu para lavagem a seco 2
»» Xampu anti-caspa 1
»» Creme rinse 1
»» Enxaguatório capilar 1
»» Condicionador 2
»» Condicionador anti-caspa 2
A definir
»» Enxaguatório capilar anti-caspa
»» Outros produtos para higiene dos cabelos e couro cabeludo
1
Produtos para higiene dental e bucal (líquidos, gel, cremoso, sólido ou aerossol)
2
»» Dentifrício
2
»» Dentifrício antiplaca
2
»» Dentifrício anticárie
»» Dentifrício antitártaro
43
UNIDADE II │ COSMETOLOGIA
Categoria: perfume
Grupo Grau
Produtos para banho/imersão
»» Sais 1
»» Óleo 1
»» Cápsula gelatinosa 1
»» Banho de espuma 1
»» Outros A definir
Quadro 4.
Quanto à origem
»» Inorgânicos
»» Orgânicos
Quanto à constituição química
»» EsterÉter
»» Aldeído
»» Cetona
»» Ácido carboxílico
»» Amina
»» Amida
Quanto à função
Conservantes, Veículos/excipientes, Umectantes, Emolientes, Espessantes, Viscosantes, Neutralizantes, Detergentes, Emulsionantes, Espumantes,
Sobreengordurantes, Antioxidantes, Sequestrantes, Fragrâncias, Colorantes.
Fonte: Taís Amadio Menegat 2016.
I. Tensoativos.
II. Adjuvantes.
IV. Excipientes.
V. Veículo.
Tensoativos
Substâncias naturais ou artificiais que podem reduzir a tensão superficial dos líquidos
ou influenciam a superfície de contato entre dois líquidos. São feitos de moléculas nas
quais uma das metades é solúvel em água (parte hidrofílica(H)) e a outra não (parte
lipofílica(L)) (Figura 21). Também podemos classificar os cosméticos por sua função:
45
UNIDADE II │ COSMETOLOGIA
Figura 22.
Tensão superficial
Tensão superficial é definida como a força necessária para romper uma superfície.
Ela é determinada pelo grau de coesividade entre as moléculas que formam essa
superfície. A água líquida forma uma extensa rede de pontes de hidrogênio que
lhe confere uma grande tensão superficial. Quando um tensoativo é adicionado
à água, as extremidades hidrofílicas que se espalham na superfície competem
pelas pontes de hidrogênio que contribuem para a coesividade da superfície.
Como resultado, a tensão superficial é diminuída.
46
COSMETOLOGIA │ UNIDADE II
Classificação tensoativo
Tensoativos aniônicos
Os sabonetes entram nessa categoria, mas não representam um bom método de limpeza
dos cabelos, danificando-os, pois são extremamente alcalinos em solução. Além disso,
eles formam com o calcário da água, sais de cálcio insolúveis que se depositam nos
cabelos, tornando-os sem brilho, ásperos e difíceis de desembaraçar. São exemplos de
tensoativos aniônicos: lauril sulfato de sódio, lauril éter sulfato de sódio, lauril éter
sulfato de trietanolamina (Figura 23) (BRANDÃO, 2000).
Tensoativos catiônicos
Esses tensoativos têm uma grande afinidade com a queratina, à qual conferem maciez
e brilho. Eles facilitam o desembaraçar dos cabelos e diminuem a eletricidade estática.
Mas essa afinidade os torna difíceis de separar do cabelo no enxágue, deixando-os mais
pesados (BRANDÃO, 2000).
Eles não são muito utilizados e são incompatíveis com os aniônicos. Na prática, os
tensoativos catiônicos são formulados com os não iônicos (BRANDÃO, 2000).
Tensoativos anfóteros
47
UNIDADE II │ COSMETOLOGIA
Adjuvante
48
COSMETOLOGIA │ UNIDADE II
Aditivos: óleo mineral ou vegetal, sulfato de amônio e ureia, entre outros, que afetam
a absorção devido à sua ação direta sobre a cutícula (RIBEIRO, 2010). Os principais
aditivos são:
49
UNIDADE II │ COSMETOLOGIA
Alguns quelantes são compostos importantes para a vida na Terra, como a hemoglobina
e a clorofila (BAUMANN, 2004).
A clorofila, molécula que sustenta a vida na Terra, por ser responsável pela absorção
dos fótons da luz solar nas plantas verdes, é um quelato de Mg (magnésio) (BAUMANN,
2004).
Excipientes
Substâncias geralmente inertes, adicionadas a uma prescrição, ou seja, que têm pouco
ou nenhum valor terapêutico, mas são necessárias para garantir uma consistência
satisfatória para a formulação. Essas incluem aglutinantes, matrizes, bases ou diluentes
(DRAELOS, 2009). Exemplos: talco farmacêutico, amido, lactose.
50
COSMETOLOGIA │ UNIDADE II
O excipiente principal é a água, mas também pode ser de gordura ou a mistura dos dois.
O excipiente fundamental mais abundante é a água, porque é capaz de dissolver muitas
substâncias e é totalmente compatível com a pele e cabelo (DRAELOS, 2009).
Veículo
51
UNIDADE II │ COSMETOLOGIA
Micro emulsões: são constituídas por três fases: A/O/A ou O/A/O. São utilizadas
para encapsulação de ativos para sistemas de liberação prolongada. Classificação das
emulsões quanto à viscosidade:
52
COSMETOLOGIA │ UNIDADE II
Sérum: faz uma alusão ao soro sanguíneo, líquido rico em nutrientes, com perfeita
compatibilidade com nosso organismo. É um veículo extremamente leve, conseguindo
assim carregar concentração maior de princípios ativos. Por ter sua textura fluída,
facilita a penetração na pele (PEYREFITTE; MARTINI; CHIVOT, 1998).
Gel: sistema semissólido com aspecto gelatinoso, formado por dispersão de partículas
pequenas num veículo líquido, que não sedimenta, apresentando-se como uma
suspensão estável. Sua forma cosmética é viscosa, mucilaginosa, transparente ou não,
que, ao secar, deixa uma película invisível sobre a pele. Quanto menores os tamanhos
das partículas, mais transparentes são as soluções aquosas. Quando a água evapora,
forma uma película na pele que fica aderida a ela. Em cosmética decorativa, dá forma a
rímeis incolores e sombras. Pode ser:
»» Oleosos: são mais raros quanto à aplicação dos produtos. São chamados
de géis hidrófobos ou lipogéis. Formados por vaselina líquida, óleos
graxos e 2-5% de lipogelificantes (derivados de sílicas e da bentonita
lipofílicas, estearatos de magnésio).
53
UNIDADE II │ COSMETOLOGIA
Nanospheras: São nano partículas, ou seja, estruturas poliméricas inertes, que são
capazes de armazenar em seu interior ou fixar em sua superfície os mais diversos
ativos. Esses nano reservatórios armazenam homogeneamente o princípio ativo no
interior da matriz polimérica. Desta forma, obtém-se um sistema monolítico, onde não
é possível identificar um núcleo diferenciado; liberando, assim, o princípio ativo nele
contido de modo gradativo e uniforme, cronologicamente determinado, colocando-os à
disposição do tecido cutâneo (AZEVEDO, 2010). Previnem ainda superconcentrações e
potencializam a ação desejada. Exemplos:
Umectante
Podem ser:
54
COSMETOLOGIA │ UNIDADE II
Conservante
Princípio ativo
São substâncias que possuem uma ação definida quando aplicadas sobre a pele e/ou
cabelos (REBELLO, 2007).
Origem vegetal
São cosméticos naturais, ou seja, aqueles que dão preferência, sempre que possível, a
ativos de origem vegetal visando a suas propriedades benéficas com total inocuidade
para o consumidor final (LEONARDI, 2008).
56
COSMETOLOGIA │ UNIDADE II
Origem animal
Elastina: também é uma proteína em forma de fibra, porém mais delicada; é responsável
pela elasticidade da pele. Assim como o colágeno é o suporte da hidratação da pele, a
elastina é o suporte da elasticidade. Porém a elasticidade da pele depende muito mais
do estado da quantidade de água retida pelo colágeno dérmico do que de seu conteúdo
de elastina. Com o envelhecimento, ocorre uma degeneração das fibras elásticas,
conhecida como flacidez (LEONARDI, 2008).
57
UNIDADE II │ COSMETOLOGIA
os espaços entre as células da maioria dos tecidos, incluindo cartilagens, tendões e pele)
(LEONARDI, 2008).
Quadro 5.
58
COSMETOLOGIA │ UNIDADE II
»» Cis ou isotretinoína: além do uso tópico, vem sendo usada via sistêmica
no tratamento de acne. Sua ação reduz a produção de sebo, diminuindo o
tamanho das glândulas sebáceas, alterando a morfologia e a capacidade
secretora das células. Em produtos cosméticos usam-se ésteres (função
álcool) de vitamina A, que tanto podem ser palmitato ou acetato. Como o
palmitato é mais estável do que o acetato, tem sido mais empregado em
formulações cosméticas (LEONARDI et al., 2002).
59
UNIDADE II │ COSMETOLOGIA
como sendo vitaminas. Os ácidos graxos essenciais são usados principalmente nos
cosméticos de uso tópico e servem para promover um efeito antiqueratinizante. É
encontrada principalmente no óleo de milho, de girassol, de soja, de caroço de uva, de
germe de trigo, nos óleos de oliva e de peixes, e destes, principalmente, nos de água
fria (SOUZA, 2003).
Específicos
Blend de ativos que agem sinergicamente visando alcançar o efeito desejado. Assim,
o mercado oferece complexos vegetais, vitamínicos, associações de proteínas com
extratos, entre outros (REBELLO, 2007). Exemplos:
Existem, ainda, ativos tradicionais com nova tecnologia, maior eficiência e maior
inocuidade, como, por exemplo:
60
COSMETOLOGIA │ UNIDADE II
Quadro 6.
61
CAPÍTULO 2
Classificação dos cosméticos de
acordo com sua função
Requisitos:
»» Espalhar-se facilmente.
»» Fácil eliminação.
Classificação:
3. Esfoliantes.
4. Agentes abrasivos.
5. Máscaras tonificantes.
62
COSMETOLOGIA │ UNIDADE II
6. Sais de banho.
7. Óleos.
8. Emolientes.
Como a grande maioria tende a alcalinidade (80%), a alta detergência os torna mais
irritantes para a pele. E na grande maioria das vezes são desaconselháveis para peles
secas e sensíveis (MERCANTE, et al., 2009).
Já os sabonetes líquidos não são considerados como verdadeiros sabões (sais de ácidos
gordos), mas misturas de tensoativos detergentes, agentes emolientes, antissépticos e
aromatizantes em geral. São elaborados a partir de sabões de potássio numa concentração
de 15 a 20%. Entretanto, atualmente, esse tipo de formulação quase não leva sabão
em sua fórmula. Os sabonetes líquidos são formulados apenas com misturas de tenso
ativos sintéticos, ou derivados de produtos naturais (MERCANTE, et al., 2009).
Loções de limpeza
São produtos líquidos que limpam quando aplicados sobre a pele (seca ou umedecida),
esfregados para produzir espumas, enxugados ou evaporam-se sem enxágue (MASSON,
2003).
63
UNIDADE II │ COSMETOLOGIA
Esfoliante
Máscaras faciais
São classificadas como formulações de risco grau 1, desde que elas não sejam indicadas
para peles acneicas, com finalidade de peeling químico e/ou outros benefícios.
64
COSMETOLOGIA │ UNIDADE II
Características:
»» Secagem rápida.
»» Inócuas.
Ativos incorporados:
»» Extratos vegetais.
»» Óleos essenciais.
»» Colágena/elastina.
(GALEMBECK; CORDA, 2007).
Máscaras de porcelana
Tratam-se de máscaras em pó (gesso), as quais endurecem após serem aplicadas. São
oclusivas. Exercem um efeito psicológico (ZANGUE, et al., 2007).
Devem ser homogeneizadas com água ou uma solução tônica apropriada no momento
da aplicação; uma camada mais ou menos espessa é aplicada com a ponta dos dedos
ou pincel, ocluindo a pele. Recomenda-se usar uma forração de gaze previamente para
ser mais fácil a sua retirada. Cuidado redobrado com a superfície pilosa da pele, pois
pode provocar traumatismos. Pode-se aplicar por sobre outro produto (ZANGUE, et
al., 2007).
Máscaras em pó
São dispersões de ativos num veículo sólido pulverizado como o talco ou argila. Devem
ser homogeneizadas com água ou uma solução tônica apropriada no momento da
65
UNIDADE II │ COSMETOLOGIA
aplicação; uma camada mais ou menos espessa é aplicada com a ponta dos dedos ou
pincel, ocluindo a pele (ZANGUE, et al., 2007).
São populares para uso doméstico. São formadas por substâncias formadoras de
películas (álcool polivinílico). Após a evaporação do veículo, uma película flexível de
vinil permanece na face. São apropriadas para todos os tipos de pele. A evaporação
do veículo cria uma sensação refrescante e o enrugamento da máscara com a secagem
pode dar a impressão de que a pele está apertando (ZANGUE, et al.,2007).
Essas máscaras são formadas por gomas (gomas de celulose, xantana) e umectantes.
Deixam na pele uma sensação suave e criam a sensação da pele apertando quando a
água evapora e a máscara seca. Possuem um bom efeito psicológico de estiramento e
agradável sensação refrescante (ZANGUE, et al.,2007).
São conhecidas como máscaras em pastas ou pacotes de lama. São formadas por argila.
Podem ser apresentadas sob a forma de pó ou suspensões em veículo semissólido. As
argilas fixam considerável quantidade de água, óleos e corpos gordurosos por adsorção
ou absorção. Podem ser usadas com a propriedade secativa, clareadora (em tese),
adstringente e antisséptica (BOURGEOIS, 2006).
Variedades:
66
COSMETOLOGIA │ UNIDADE II
Outras máscaras:
»» Máscara de ouro.
»» Máscara de diamante.
»» Máscara de pérola.
»» Máscara de prata.
São considerados produtos exóticos, porém sem comprovação científica. O único efeito
desses produtos na pele é o glamour de usar uma máscara facial elaborada com material
nobre, e o efeito do ativo incorporado a ela, que na maioria das vezes não é citada na
publicidade, na maior parte das vezes são os hidratantes (BOURGEOIS, 2006).
Têm-se ainda as máscaras de chocolate, nesse caso pode-se admitir que exista um
fundamento (RICHTER; LANNES, 2007).
O chocolate possui riqueza em material graxo que lubrifica e oclui a pele, melhora a
hidratação, deixa-a mais macia e suave ao toque. A ideia de que os polifenóis funcionem
como ativos nesse tipo de produto não condizem com a realidade, pois eles só existem
no cacau in natura, e não no processado (RICHTER; LANNES, 2007).
67
UNIDADE II │ COSMETOLOGIA
Conclusão
1. Usar no mínimo uma vez por semana.
Efeitos desejados:
Quadro 7.
Sais de banho
São cosméticos sólidos utilizados para limpar, tonificar, esfoliar e perfumar a pele
durante o banho. Alguns deles são quelantes de cálcio (GALEMBECK; CORDA, 2007).
68
COSMETOLOGIA │ UNIDADE II
Sais efervescentes: são constituídos geralmente por uma mistura de um ácido orgânico
(cítrico, fumárico, succínico) com bicarbonato ou carbonato de sódio. A escolha do ácido
orgânico depende do seu custo, pka, solubilidade em água. Em relação aos carbonatos,
o bicarbonato de sódio produz mais C02 porque requer apenas um próton para ser
neutralizado (GALEMBECK; CORDA, 2007).
Óleos
Composição: formados por misturas de óleos, ésteres graxos, álcoois graxos líquidos,
essências e corantes. Repositores do manto hidrolipídico principalmente após o banho.
Promovem maciez ao toque e hidratação por mecanismo oclusivo (GALEMBECK, F.;
CSORDAS, Y, 2015).
Podem ser consideradas soluções lipofílicas. Pode ser usado um único óleo, mistura de
diferentes tipos de óleos, ou ainda a mistura de agentes lipofílicos e óleos (GALEMBECK,
F.; CSORDAS, Y, 2015)
Emolientes
De modo geral, os óleos de origem animal penetram mais que os óleos vegetais (FIGURA
26) (LEONARDI, 2008).
69
UNIDADE II │ COSMETOLOGIA
Emoliente polar
70
COSMETOLOGIA │ UNIDADE II
(DRAELOS, 2009).
71
UNIDADE II │ COSMETOLOGIA
(DRAELOS, 2009).
Outros emolientes
Ceras
(DRAELOS, 2009).
Figura 27.
2. Tonificação
• Repõe nutrientes
substâncias
recuperadores do manto
hidrolipídico, protetora
da pele
72
COSMETOLOGIA │ UNIDADE II
Higienização
Os cosméticos de higienização são produtos que não devem penetrar na pele, nem ser
absorvidos por ela. Devem permanecer sobre a pele o tempo bastante para eliminar
da superfície epidérmica toda a variedade de contaminantes como secreção sebácea,
impurezas, células mortas, maquilagem, detritos etc., arrastando, emulcionando ou
solubilizando.
A água é uma das principais substâncias usadas na limpeza da pele; sozinha, porém, é
ineficaz, principalmente contra a oleosidade.
Loções para limpeza da pele e abertura dos óstios: pH alcalino e loções tônicas após
limpeza, pH ácido (para que a pele retorne ao seu pH natural, entre 5,5 e 6,0).
»» não ser muito fluidos nem muito espessos, para que possam ser espalhados
facilmente sobre a pele;
Tonificação
Os cosméticos de tonificação devem:
»» restaurar o pH fisiológico;
»» favorecer a reepitelização;
»» adstringente;
»» calmante;
»» descongestionante.
O tônico é formado por um sistema hidroalcoólico cujo teor de álcool etílico pode chegar
até 70% em determinados casos.
74
COSMETOLOGIA │ UNIDADE II
Em todos os casos de aplicação, o produto não deve ser usado na área dos olhos.
Hidratante
»» Umidade externa.
75
UNIDADE II │ COSMETOLOGIA
Todo o produto secretado pelas glândulas sebáceas é rico em ácidos graxos, triglicérides,
esqualeno e ceras, e é distribuído sobre a camada córnea formando um filme lipofílico
que dificulta a saída da água e também a sua evaporação (GALEMBECK; CORDA,
2007).
Pode-se observar durante a infância uma redução dessa secreção, por consequência
tornando a pele mais seca, e também o mesmo acontece no envelhecimento
(GALEMBECK; CORDA, 2007).
76
COSMETOLOGIA │ UNIDADE II
A pele se manifestará seca quando o conteúdo de água total na camada córnea estiver
abaixo de 10%.
»» Prurido.
»» Queimação.
»» Aspereza ao toque.
Considerações gerais
»» envelhecimento cutâneo.
Oclusivos
77
UNIDADE II │ COSMETOLOGIA
»» silicone: dimeticones;
»» álcool: octildodecanol.
Umectantes
São substâncias que na sua grande maioria não penetram na camada córnea devido ao
seu alto peso molecular. Porém possuem a capacidade de reter a água da formulação,
da atmosfera e também a água que é perdida pela córnea mais superficialmente.
Para umectação são também utilizadas substâncias hidrossolúveis como, por exemplo,
o açúcar (oligo e polissacarídeos), polímeros e proteínas. Os polissacarídeos, algas e
o ácido hialurônico (polissacarídeo heterogêneo) também fazem essa função. Vários
glicóis têm a capacidade de formar pontes de hidrogênio com a água.
Podem atuar:
78
COSMETOLOGIA │ UNIDADE II
Substâncias umectantes:
(MASSON, 2003)
A lanolina é uma matéria graxa natural que se encontra na lã das ovelhas, possui grande
similaridade química e física com os lipídeos da pele humana.
Esses ativos conseguem permear a camada córnea e reter água em toda sua extensão.
São eles: glicerina 5%, ureia 5%, PCA 5%, PEG 600 5%, lactato de amônio 5%, lactato
de amônio 13%, sal da AHA’S 5%, 13%.
(MASSON, 2003)
Nutrição
Os produtos nutritivos contêm ativos que levam nutrientes para a pele, a fim de
promover a regeneração, a conservação e a proteção, prevenindo o envelhecimento
cutâneo (MONTEIRO; BAUMANN, 2008).
79
UNIDADE II │ COSMETOLOGIA
Óleos vegetais:
80
COSMETOLOGIA │ UNIDADE II
Quadro 8.
81
UNIDADE II │ COSMETOLOGIA
»» Fucogel (2 a 5%).
»» Galactosan (2 a 10%).
»» Lipossomas (1 a 5%).
»» Glicossomas (1 a 5%).
»» PCA-Na (1 a 5%).
»» Pentaglycan (2 a 5%).
»» Squalane (3 a 10%).
82
COSMETOLOGIA │ UNIDADE II
Alantoína e derivados
83
CAPÍTULO 3
Protetor solar
Físicos ou Inorgânicos: têm origem mineral, são conhecidos como bloqueadores solar,
contêm maior quantidade de dióxido de titânio, formam uma barreira sobre a pele,
refletindo, dispersando e absorvendo a luz UV. Na reflexão/dispersão, a luz incidente
nas partículas inorgânicas é redirecionada de volta ou espalhada por vários e diferentes
caminhos. Esse processo é responsável pela translucência e opacidade das partículas
de filtros orgânicos aplicadas sobre a pele. Deixam uma camada branca sobre a pele,
devido ao excesso de TiO2. Não são irritantes (materiais inertes). A principal vantagem
dos filtros físicos é que raramente irritam a pele. A desvantagem, contudo, é cosmética:
a maioria dos produtos que contém filtros físicos deixa a pele com resíduos brancos.
Felizmente, atualmente contamos com filtros físicos de tamanho muito reduzido
(conhecidos como “nanopartículas”). Essas “nanopartículas” permitem a formulação
de produtos quase transparentes (Figura 28) e (Figura 29) (TERCI, 2008).
Figura 28. Todos são protetor físico, os dois últimos são em nanopartículas.
84
COSMETOLOGIA │ UNIDADE II
com resíduos brancos), geralmente são oleosos e podem causar alergias em algumas
pessoas (Figura 29) (TERCI, 2008).
Por outro lado, não devem ser tóxicos, irritantes ou sensibilizantes e não podem, em
hipótese alguma, manchar roupas ou produzir descolorações. Os principais ingredientes
dos filtros solares são moléculas aromáticas conjugadas com grupos carbonil. Essa
estrutura geral permite à molécula absorver raios ultravioleta de alta energia e liberar
a energia como raios de baixa energia, desse modo prevenindo o ultravioleta, que é
danoso à pele, de atingi-la (SOUZA, et al., 2004).
85
UNIDADE II │ COSMETOLOGIA
Os filtros solares químicos são classificados em: UVA, UVB e amplo espectro. Exemplos:
derivados de PABA, salicilatos, cinamatos, benzofenonas e outros (Figura 30) (SOUZA,
et al., 2004).
86
COSMETOLOGIA │ UNIDADE II
O FPS ajuda na escolha do produto mais adequado a cada tipo de pele (Quadro 9)
(KINDERSLEY, 2001)
Nível de proteção:
Fototipos de pele Comportamento da pele à radiação solar FPS
queimadura solar
Pouco sensível Raramente apresenta eritema Baixo 2<6
Sensível Moderadamente apresenta eritema Alto 6 <12
Muito sensível Facilmente apresenta eritema Alto 12 < 20
Extremamente sensível Sempre apresenta eritema Muito alto 20
Quadro 10.
Emulsão Óleo
»» Forma cosmética mais popular »» Forma cosmética mais antiga
»» Filme uniforme solar sobre a pele »» Excelente estabilidade (somente uma fase)
»» Filme mais espesso sobre a pele »» Filme transparente e fino sobre a pele (FPS baixos)
»» Filme não transparente sobre a pele »» Alto custo (não contém água)
»» Mais barata (FPS altos) »» Pode interagir com a embalagem
»» A maioria dos filtros solares usados são lipossolúveis »» Dificuldade de atingir altos FPS
Gel Stick
»» Facilmente removido pela água e transpiração
»» Filme não uniforme sobre a pele »» Mais usado nos lábios e nariz (cobre uma pequena área com uma
única aplicação)
»» Gel aquoso: usa apenas filtros hidrossolúveis ou solubilizante para os
lipossolúveis, que em altas concentrações são irritantes e encarecem »» Em geral composto por filtros solares oleosos, ceras e petrolato
a formulação (gel transparente) »» Resistente à água
»» Gel oleoso: mesmas características dos óleos
Fonte: (KINDERSLEY, 2001).
Bronzeamento
A pigmentação tardia começa 48-72 horas e atinge o máximo de sete dias. É mantida
por exposições repetidas do UV.
87
UNIDADE II │ COSMETOLOGIA
Autobronzeador/Bronzeador Simulatório
88
COSMETOLOGIA │ UNIDADE II
Existem os bronzeadores por via oral, que são produtos à base de caroteno, cujo
aparecimento não é muito recente. Não foram muito bem aceitos pelas autoridades, por
serem facilmente considerados medicamentos. As necessidades diárias de vitamina A
ou ainda de pró-vitamina B (caroteno puro ou carotenoides) são de 5.000 UI no adulto
e 1.500 UI na criança (RIBEIRO, 2010).
Cosmético Pós-Sol: a pele sofre inúmeras agressões causadas pelo excesso de UV, e
apresenta um processo inflamatório local. Inicia-se com um eritema, em apenas 2 a 8
horas após a exposição ao sol, e alcança sua magnitude em 24 a 36 horas (RIBEIRO,
2010).
Esse excesso de radiação leva a uma maior formação de radicais livres na pele, os
quais atacam as membranas biológicas, DNA e proteínas que compõem o tecido de
sustentação da pele. Compromete também a atividade enzimática e produtora de
substâncias que eliminam os radicais livres, deixando assim a pele mais desamparada
em questões de proteção. Os cosméticos e cosmecêuticos pós-sol devem conter ativos
que hidratem a pele, neutralizem os radicais livres, possuam efeito anti-inflamatório,
sejam emolientes e produzam um aumento na resistência imunológica da pele.
Certas vitaminas podem ajudar nesse processo: vitamina A, vitamina C, vitamina E,
pró-vitamina B5, carotenoides e vitamina F. Os flavonoides são outra categoria de
ativos, pois atuam contra os radicais livres (chá verde – “epicatequinas”, folha de oliveira
“oleuropeina”, ginkgo biloba, Isoflavonas, aloe vera, beta-glucanas, tamarindus, ureia,
alfa bisabolol, PCA-NA, alfa bisabolol, e também algumas formulações acrescidas
de manteigas vegetais e diversos óleos (manteiga de cupuaçu, óleo de buriti, óleo de
castanha do Brasil, óleo de milho) (RAJATANAVIN et al., 2008).
89
COSMETOLOGIA
E OS DISTÚRBIOS UNIDADE III
ESTÉTICOS
CAPÍTULO 1
Cosmetologia HLDG
Introdução
Várias outras expressões são utilizadas para definir o conjunto de alterações que
ocorrem na derme e na tela subcutânea: lipodistrofia ginoide, fibroedema ginoide ou
paniculopatia fibroesclerótica. O termo “celulite” tem gerado grande controvérsia desde
seu emprego inicial em 1928, porque o sufixo “ite” significa inflamação, a qual não
está presente nas alterações observadas nessa patologia. Embora inadequado, o termo
continua amplamente difundido entre leigos e mídia (GUIRRO; GUIRRO, 2006).
90
COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS │ UNIDADE III
»» Aumento da lipólise.
»» Inibição da fosfodiestearase.
»» Diminuição do edema.
As formulações desses cosméticos devem conter ativos para realizar três tarefas básicas:
a lipólise, o ativador da microcirculação sanguínea e a reestruturação dos tecidos.
91
UNIDADE III │ COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS
(SOUZA, 2003).
92
COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS │ UNIDADE III
(SOUZA, 2003).
Metilxantinas
Coenzima A e L-carnitina
São utilizadas associadas a outros ativos. O COAXEL é um ativo que contém na sua
composição cafeína e carnitina, as quais aumentam o catabolismo dos lipídeos (KRUPEK
e COSTA, 2012).
Adipol®
Amarashape®
Mistura lipossomada contendo laranja amarga, cafeína, lecitina, álcool e água. Indutor
da lipólise, de uso exclusivamente tópico. A sinefrina possui afinidade pelos recpetores
adrenérgicos dos adipócitos e é capaz de estimular a quebra da gordura intercelular;
ela inibe a ação da fosfodiesterase, aumentando a concentração de AMPc intracelular,
93
UNIDADE III │ COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS
Argisil C®
Ativo que age por comunicação celular que desencadeia a lipólise. Atua através da
solicitação do aumento da produção de óxido nítrico NO, mensageiro endócrino
que ativa a lipólise, induzindo assim a resposta lipolítica. Outra ação importante
do ativo é a inibição da fibrose tecidual. A fibrose se dá por meio da glicação
que induz a uma alteração irreversível das proteínas “CROSS-LINKING”. A
consequência do cross-linking do colágeno da pele pode desencadear uma
retração na superfície desta, que será representada visualmente pelas ondulações
superficiais. Concentração usual: 5% (KRUPEK e COSTA, 2012).
Biocelucomplex®
94
COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS │ UNIDADE III
Coffee Oil®
Ativo que contém óleo de café incolor e inodoro, inibe ação de fosfodiestearase, enzimas
responsáveis pela quebra de AMP cíclico envolvido no acúmulo de gordura nos tecidos.
Usado em cremes e loções, com finalidade de remodelamento corporal ou nos cuidados
com o FEG. Concentração usual: 2 a 6%. (KRUPEK; COSTA, 2012).
Glycosan cafeína®
Nicotinato de metila
Slimbuster H®
95
UNIDADE III │ COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS
Xantagosil C®
96
CAPÍTULO 2
Cosméticos no tratamento de estrias e
anti-aging
Radiação UV
»» Temperatura: tanto o calor excessivo quanto o frio, aceleram o processo
de envelhecimento da pele, porém de maneiras diferentes. Altas
temperaturas desnaturam as proteínas e o DNA celular, enquanto que as
baixas temperaturas dificultam a circulação, induzem ao ressecamento e
à descamação da pele.
97
UNIDADE III │ COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS
Argireline®
Myoxinol®
DMAE/ (Dimetilaminoetanol)
Liftiline®
Combinação de proteínas do trigo de alto peso molecular que proporciona efeito tensor.
Pentacare®
pH: 7
98
COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS │ UNIDADE III
Raffermine®
(REBELLO, 2007)
Ativos multifuncionais
Coenzima Q10
pH: 4 a 6.
Extrato de caviar
99
UNIDADE III │ COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS
5% em loções
1 a 5% em xampus
Lipoaminoácidos (Sepilift®)
Tocoferol: antioxidante.
Elastinol®
Pode ser associado a filtros solares químicos e físicos, anti-inflamatórios, VIT. C, VIT E,
AHA’S, clareadores, hidratantes e umectantes.
100
COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS │ UNIDADE III
Haloxyl®
Possui também substâncias que ativam a eliminação dos pigmentos responsáveis pela
coloração escura e inflamação ao redor dos olhos.
Vitaminas
A, E, C, complexo B (D-Pantenol), F.
Ácido lactobiônico
Inconvenientes
101
UNIDADE III │ COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS
AHAS
102
CAPÍTULO 3
Ativos para controle pigmentar
Introdução
Segundo dados da literatura, mais de 90% das pessoas com mais de 50 anos de idade
podem apresentar a pele da face, mãos e colo hiperpigmentadas, possibilitando, com
isso, afetar sua autoestima e também sua qualidade de vida.
(SOUZA, 2005).
103
UNIDADE III │ COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS
SARDAS: pequenas manchas normalmente com diâmetro inferior a 0,5 cm, cor
acastanhada, podem aparecer a partir dos três anos de idade em áreas expostas ao sol.
Ocorrem especialmente em indivíduos de pele e olhos claros. Nas sardas o número de
melanócitos não aumenta, o que ocorre é um aumento da produção de melanina e dos
melanossomas (GUIRRO; GUIRRO, 2006).
Apresentam características simétricas, sendo mais comum na região centro facial, malar,
fronte, queixo, lábios superiores. Pode exarcebar pela exposição solar, gravidez, certas
drogas antiepilépticas e contraceptivos orais, apesar de o estrógeno não ser considerado
isoladamente agente causador, somente quando associado ao progestógeno. (GUIRRO;
GUIRRO, 2006).
Cerca de 70% dos casos de melasma e cloasmas são considerados epidérmicos, 10%
dérmicos e 20% mistos. (GUIRRO; GUIRRO, 2006).
104
COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS │ UNIDADE III
basal é maior e mais intensa que no melasma, e pode vir acompanhada de hiperqueratose
localizada, o que dificulta sua remoção. (GUIRRO; GUIRRO, 2006).
(CRIADO, 2010)
Ativos despigmentantes
Hidroquinona
Um dos ativos mais utilizados, e usados como despigmentante desde 1961. Seu efeito
despigmentante é devido à inibição da tirosinase. Concentração de uso no Brasil: 2-10%
(FRASSON; CANSSI, 2008).
105
UNIDADE III │ COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS
Mequinol®
Arbutin
Ácido Kójico®
106
COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS │ UNIDADE III
Vitamina C e derivados
O ácido ascórbico (vitamina C) deve ser utilizado na forma levógira, não ionizada
para ser permeada. Em pH 3,5 encontra-se na forma não ionizada. A concentração de
uso deve ser entre 10-20%. Sua associação a esfoliantes químicos intensifica sua ação
despigmentante. Apesar de ser hidrofílico, permeia muito bem na pele após a aplicação
(ROCA, 2006).
Derivados da Vitamina C
Ácido ascórbico 2 – glucosado (AA2G) – Vitamina C estabilizada com glicose. Atua sobre
os radicais livres, aumenta a síntese de colágeno, atua também como despigmentante
leve para manchas senis e fotodano solar. Concentração usual: 2% pH: 5 a 7 (SOLER,
2004).
Incompatível com óleo, luz visível e ultravioleta, metais pesados, oxigênio e temperaturas
altas. Recomenda-se usar embalagem opaca para proteger a formulação. Concentração
usual: 3 a 4% pH: 4 a 7 (SOLER, 2004).
107
UNIDADE III │ COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS
Ácido Fítico®
Ácido Azelaico
Ácido Glicirrízico
Nano White®
108
COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS │ UNIDADE III
Clariskin®
Ácido Retinoico
Alfa-hidroxiácidos
Dermawhite®
É uma mistura de ácido ferúlico (inibidor da tirosinase), ácido glucônico, ácido cítrico
e extrato das folhas de Walteria Indica, rica em flavonoides e ácido fenólico. Reduz
a pigmentação pela inibição das enzimas específicas do metabolismo da melanina,
quelante dos íons cobre, e leve esfoliação pelo ácido cítrico. (YOKOMIZO, et al., 2013).
Vegewhite
Ativo natural que consiste em uma associação sinérgica de uva ursi, mendronheiro,
alcaçuz e ácido Kójico (YOKOMIZO, et al., 2013).
Melaslow
109
UNIDADE III │ COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS
Melawhite®
Concentração: 2-5%.
Laktokine fluid®
Tabela 1. Resumo dos ativos despigmentantes, suas concentrações de uso, phs recomendados.
CONCENTRAÇÃO
ATIVO COSMÉTICO DESCRIÇÃO pH MECANISMO DE AÇÃO
DE USO
AA2G® Ácido ascórbico 2- glucosídeo 1-2% 5-7 Redutor
Ácido ascórbico Ácido ascórbico 1-15% 3- 3,5 Redutor
Ácido azelaíco Ácido azelaico 15-20% <4 Inibidor da tirosinase
Ácido fítico Ácido fitíco 2-5% Inibidor não competitivo da tirosinase
Ácido kójico Ácido kójico 1-5% 3-5 Inibição não competitiva da tirosinase e redutor
Ácido salicílico Ácido salicílico Max. 2% 3-3,5 Esfoliante
Ácido glicólico, láctico, cítrico, 3,5
Alfa-hidroxiácidos Max. 10% Esfoliante
mandélico, málico a4
Extrato aquoso de Ascophyllum Inibe a atividade da tirosinase e da proliferação
Algowhite ® 1-10% 2-9
nodosum dos melanócitos, apresenta ação antioxidante.
Antipollon HT® Silicato sintético de alumínio 1-5% 4-8 Absorção da melanina
Hidroquinona – D-
Arbutin 1-3% 5-8 Inibição competitiva da tirosinase
glucopiranosídeo
3,5-
Asafoetida extract Extrato de férula assafoetida 2% Inibidor da tirosinase
5,5
Ascorbosilane® Pectinato de ascorbil metilsilanol 3-4% 4-6,5 Redutor
Extrato de Saxisfraga sarmentosa,
Biowhite® vitis vinifera, Morus bombycis root, 1-4% 5-6 Inibidor da tirosinase e esfoliante
scutellaria baicalensis root
Ácido ferúlico, ácido glucônico,
Dermawhite NF ácido cítrico, e extrato de Waltheria 5,5-
0,5 -2% Inibidor da tirosinase e esfoliante
LS9410 ® (rico em flavonoides, taninos e 5,5
ácido fenólico)
5,0- Inibidor da tirosinase, anti-inflamatório e
Extrato de licorice® Extrato de raiz de Glycyrrhiza 0,5 – 2%
5,5 antioxidante
Hidroquinona Hidroquinona 1-10% <5,5 Inibição competitiva da tirosinase
Diacetil boldina (DAB) em
Lumiskin® 4% 6 Estabilização da tirosinase em sua forma inativa
triglicérides
Fonte: Taís Amadio Menegat 2015.
110
CAPÍTULO 4
Cosméticos para acne
»» coadjuvantes;
»» auxiliares;
»» ou mesmo preventivos.
Fisiopatologia:
»» Respostas imunes.
»» Obstrução mecânica.
»» Exposição ocupacional.
»» Medicamentos.
»» Estresse.
»» Causas endócrinas.
»» Alimentação.
»» Menstruação.
111
UNIDADE III │ COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS
Acnebiol®
112
COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS │ UNIDADE III
Anti-Oil Spheres®
pH: 5 a 7%.
Azeloglicina®
Betapur®
Cutipure®
113
UNIDADE III │ COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS
»» 24% as pústulas.
Epicutin TT®
pH 4,5 a 5,5.
Glycosan salicílico®
pH: 5,5.
Zincidone®
pH 5,5.
114
CAPÍTULO 5
Área dos olhos
115
UNIDADE III │ COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS
O paciente atópico, com forte tendência alérgica, tanto na parte respiratória, como na
pele (dermatites) é mais propenso a ter esse tipo de distúrbio cujo aspecto piora em
cada crise da doença.
Os principais fatores que levam ao aparecimento das olheiras e que podem intensificar
uma condição pré-existente:
1. componentes genéticos;
5. envelhecimento cronológico;
7. hipertensão arterial;
8. insuficiência renal;
9. excesso de álcool;
11. tabagismo;
12. má alimentação;
116
COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS │ UNIDADE III
Bioskinup® Contour
Dermatan sulfato®
Nodema®
Estrias
117
UNIDADE III │ COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS
O tratamento tem por objetivo eliminar o tecido fibroso, substituindo-o por células
novas, restabelecendo a elasticidade e o aspecto saudável da pele.
»» Esqualeno.
»» Colesterol.
»» Ureia.
»» Lactatos.
»» Ceramidas.
»» Triglicérides.
Aosaine®
118
COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS │ UNIDADE III
Hidroxyprolisilane CN®
119
CAPÍTULO 6
Fatores de crescimento
Introdução
São proteínas (citoquinas) produzidas por células do tecido e responsáveis pelo
fenômeno conhecido por “Comunicação Celular”. Graças a essa “comunicação química”
que existe entre as células o tecido desempenha a sua função. Pelo envelhecimento e por
decorrência de algumas doenças, a produção de Fatores de Crescimento é diminuída e,
com ela, a fisiologia do tecido. (FU, et al., 2002)
120
COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS │ UNIDADE III
Os Fatores de Crescimento e seus Peptídeos são obtidos por biotecnologia pela técnica
de produção de proteínas recombinantes - a mesma técnica adotada na produção de
vacinas, antibióticos e enzimas. (KWON, et al., 2006)
121
UNIDADE III │ COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS
Recuperação de lesões realizadas em porcos após tratamento por cinco dias com um
creme contendo 1% de EGF (Fator de Crescimento Epidermal). Conclui-se que
o Fator de Crescimento Epidermal é uma excelente opção epitelizante no tratamento
pós-operatório. (MAIBACH; GOROUCHI, 2009)
122
COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS │ UNIDADE III
Trabalho publicado por Fitzpatrick que utilizou o produto TNS Recovery Complex
(bFGF + VEGF) da Skin Médica em pacientes portadores de fotoenvelhecimento
importante. Seu interesse por estudar os Fatores de Crescimento partiu do momento em
que se deparou com o desempenho dos Fatores de Crescimento na cura de ferimentos
crônicos. (FITZPATRICK; MEHTA, 2007)
123
UNIDADE III │ COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS
124
COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS │ UNIDADE III
Tem sido demonstrado que Peptídeos de Cobre (Copper Peptídeo) age como fator
de crescimento na diferenciação celular, além de estimular a proliferação de fibroblastos
dérmicos e elevar a produção de fator de crescimento endotelial vascular. Esse estudo
avaliou o efeito do complexo Tripeptídeo de Cobre (Copper® Peptídeo) no
crescimento de cabelo em humanos, por meio de estudo ex vivo e cultura de células
da papila dérmica. Os resultados demonstraram que Copper Peptídeo estimulou
o prolongamento de folículos pilosos ex vivo e a proliferação das papilas dérmicas
do folículo. Com isso, concluiu-se que o complexo de tripeptídeo de cobre (Copper
Peptídeo) promoveu crescimento de folículos capilares em humanos, e que esse efeito
pode ter ocorrido devido à estimulação da proliferação e pelo impedimento da queda
capilar. (FU, et al., 2002)
125
UNIDADE III │ COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS
Uma dúvida muito comum sobre Fatores de Crescimento e seus Peptídeos é como
prescrevê-los. Se devem utilizar todos os Fatores de Crescimento ou se devem criar
um MIX ou POOL de Fatores de Crescimento como semiacabado. Para resolver essa
questão, nada melhor do que recorrermos à literatura e aos estudos publicados. Diante
do que existe de publicações científicas, fiz uma tabela que classifica quais os Fatores
de Crescimento e seus Peptídeos estão mais relacionados com determinados tipos de
tratamento. Sabemos que, pela própria fisiologia da pele, os Fatores de Crescimento
agem em sinergia de forma associada.
Para um tratamento mais rápido e significativo, devemos optar por uma associação de
Fatores de Crescimento que esteja mais relacionada à CICATRIZAÇÃO, aos CABELOS
ou ao efeito ANTI-AGING, e ao utilizar os Fatores de Crescimento em uma associação
estratégica, o porcentual de uso poderá variar de 0,5 a 1,5% de cada Fator de Crescimento.
São permitidos os veículos: emulsões, gel creme, gel.
Dessa forma, será viabilizado o custo da formulação para o paciente, veja quadro abaixo:
Quadro 12.
126
COSMETOLOGIA E OS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS │ UNIDADE III
127
PEELING QUÍMICO UNIDADE IV
E FÍSICO
CAPÍTULO 1
Introdução aos peelings químico e
físico
Introdução
Primeiros documentos são datados de 1941 no tratamento de cicatrizes. Em 1961,
iniciou-se a era moderna dos peelings químicos, mas foi em 1986 que se teve o primeiro
peeling médio.
A palavra peeling vem do inglês, significa tirar a pele, descamar. O uso de agentes
cáusticos e/ou escarificadores para acelerar uma esfoliação resulta numa injúria
tecidual controlada, de porções da epiderme/derme com posterior regeneração do
tecido. O conhecimento da cosmetologia por biomédicos e afins apresenta utilização de
produtos tópicos, cosmecêuticos, que atinjam somente até a área da derme epidérmica
(VELASCO, et al., 2004).
128
PEELING QUÍMICO E FÍSICO │ UNIDADE IV
Cucé (2001) esclarece que a emulsão epicutânea, formada pelo conjunto do sebo com o
suor excretado em conjunto, e os agentes emulsionantes, representados pelos eletrólitos
do suor, ácidos graxos e suas combinações, irão determinar o pH cutâneo da pele.
Pode-se observar variações desses valores de pH de acordo com as regiões anatômicas,
por ação dos componentes hidrossolúveis da camada córnea, da secreção sebácea, das
soluções tampão (ácido láctico/lactato ou bicarbonato do suor) dos radicais do ácido
carbônico e dos aminoácidos livres, assim podem-se encontrar regiões com pH ácido
ou básico.
Segundo Barata (2002), para uma pele ser sadia e com aparência estética agradável é
necessário um equilíbrio ácido básico, numa condição normal; o ideal é o pH tender à
acidez, pois é necessário como barreira a micro-organismos e fungos sensíveis ao ácido
(Figura 32).
129
UNIDADE IV │ PEELING QUÍMICO E FÍSICO
Quanto menor o pH, mais ácido será o produto; e quanto maior o pH, menos ácido.
O pH é quem determina o nível de disponibilidade de um ácido na pele, ou seja, quanto
da concentração desse ácido é realmente aproveitada pela pele. (LEONARDI, et al.,
2002)
No valor de 7: neutro.
Vai depender de uma série de fatores e variáveis, que devem ser observados, para se
obter o máximo de sucesso nas aplicações:
130
PEELING QUÍMICO E FÍSICO │ UNIDADE IV
(BORGES, 2006)
Concentração
131
UNIDADE IV │ PEELING QUÍMICO E FÍSICO
Peso Molecular
Quanto menor o peso molecular, mais rapidamente o ácido penetrará na pele; e quanto
maior, mais lentamente penetrará na pele (menor a chance de causar lesão porque
aparecem as reações e pode-se remover a tempo). (BORGES, 2006)
Tabela 2.
132
CAPÍTULO 2
Os ácidos
Alfa-hidroxiácidos (AHAs)
Pertencem ao grupo de ácidos orgânicos de cadeia não muito ampla que tem em comum
o grupo HIDRÓXIDO em posição ALFA ou posição 2; não são fotossensíveis, podendo
ser aplicados durante todo o ano. (BARQUET et al, 2006)
Possui ação que resulta na inflamação do tecido, seguida pela substituição de novas
células, após a morte das células epidérmicas envelhecidas. (BARQUET et al, 2006)
Em 1996, a revisão de ingredientes cosméticos (CIR) concluiu ser seguro o uso dos
AHAs em produtos cosméticos até 10%, e que o pH final da formulação não deveria ser
inferior a 3,5, pois quanto menor seu pH maior seu teor de acidez e, consequentemente,
maior seu poder abrasivo na pele. Já para produtos de uso profissional em estética, é
permitida concentração de até 30% e o pH maior que 3,0. (BARQUET et al, 2006)
133
UNIDADE IV │ PEELING QUÍMICO E FÍSICO
Não há efeitos sobre as células de outras camadas. A localização desse efeito sugere
que a ação dos AHAs envolve um processo dinâmico sobre a cornificação que pode
ser devido à modificação da ligação iônica, como foi proposto anteriormente. Um
segundo mecanismo possível é o aumento da hidratação do estrato córneo por meio
das propriedades umectantes dos AHAs.
Concentrações altas e baixas, em soluções, loções, cremes e géis constituem uma nova
opção terapêutica para uma variedade de condições cutâneas, incluindo acne, sequelas
de acne, xerose, queratose seborreica ictiose, verrugas vulgares, melasma, manchas
hipercrômicas, cloasma manchas senis, pele envelhecida, rugas superficiais e médias,
flacidez de pele, estrias, e fases isoladas de algumas lesões de psoríase (nesse caso muito
cuidado) estão sendo tratadas com sucesso com o ácido glicólico. (GUERRA et al., 2013)
Ácido Glicólico
Dentre todos esses ácidos, o glicólico é o que possui a menor molécula. Devido à sua
configuração, a indústria cosmética investiu em pesquisas a seu respeito. (BARQUET
et al, 2006)
Ação:
134
PEELING QUÍMICO E FÍSICO │ UNIDADE IV
Dessa forma, os dados sugerem que é necessário ajustar o pH das formulações para
valores baixos a fim de obter atividade máxima dos AHAs, observando-se pouca
atividade (se houver) se os ácidos forem totalmente neutralizados. (BARQUET et al,
2006)
PROPRIEDADES
»» Queratolítico
»» Estimula a proliferação de fibroblastos
»» Anti-inflamatório
»» Antioxidante
»» Promove afinamento do estrato córneo, promovendo a epidermólise
»» Dispersa a melanina e o ácido hialurônico basal e epidermal
INDICAÇÕES CONTRAINDICAÇÕES
»» Acne »» gravidez
»» Desordens de hiperpigmentação
»» Ceratose actínica
»» Rugas finas
»» Lentigens
»» Melasma
»» Ceratoses seborreicas
135
UNIDADE IV │ PEELING QUÍMICO E FÍSICO
1.HIGIENIZAÇÃO 2. PEELING
Ácido Glicólico......................15% Ácido Glicólico.........................30 a 70%
LESS...........................................20% Limão O.E................................0,1%
Limão O.E................................0,5% Água destilada qsp......................30g
Gel de Aristoflex 4% qsp.......100ml Aplicar sobre a face após a higienização. Deixar agir por 3-5 minutos.
Neutralizar em seguida.
Aplicar na face do paciente, esfregando sobre a pele com auxílio de
algodão ou gaze. Remover o excesso com algodão ou gaze embebidos
em água.
3. NEUTRALIZAÇÃO 4. PROTETOR
Bicarbonato de Sódio..20% Modukine..............................................1%
Limão O.E.......................0,5% Filtro solar PPD 35.5 PPD 32.1 qsp....60g
Água destilada qsp......50ml Aplicar após a neutralização do peeling e recomendar a utilização
doméstica do produto.
Usar para promover a neutralização e cessar a penetração do ácido.
Aplicar com o auxílio de algodão ou wipe.
Fonte: Taís Amadio Menegat 2015.
Quadro 15.
136
PEELING QUÍMICO E FÍSICO │ UNIDADE IV
Ácido Mandélico
AHA com uma cadeia carbônica grande, não tão irritante quanto o ácido glicólico, tem
sido estudado exaustivamente para ser usado em tratamentos de desordens de pele
como fotoenvelhecimento, pigmentação irregular e acne. Testes abertos conduzidos no
Gateway Aesthetic Institute e no Laser Center em Salt Lake City, Utah, demonstraram
que o ácido mandélico é indicado no caso de supressão de pigmentação, tratamento de
acne não cística inflamatória e rejuvenescimento de pele envelhecida pelo sol. Além do
mais, tem sido usado para preparar as peles para peeling a laser e auxiliar na recuperação
da pele após a cirurgia a laser. O interesse dos pesquisadores no ácido mandélico deve-
se à sua dupla função: AHA e atividade antibacteriana. (GUERRA et al., 2013)
PROPRIEDADES
»» Queratolítico
»» Baixo grau de descamação
INDICAÇÕES CONTRAINDICAÇÕES
137
UNIDADE IV │ PEELING QUÍMICO E FÍSICO
1. HIGIENIZAÇÃO 2. PEELING
Ácido mandélico......................15% Ácido mandélico...................40%
LESS...........................................20% Limão O.E................................0,1%
Limão O.E................................0,5% Água destilada qsp......................30g
Gel de Aristoflex 4% qsp.......100ml Aplicar sobre a face após a higienização. Deixar agir por 3-5 minutos.
Neutralizar em seguida.
Aplicar na face do paciente, esfregando sobre a pele com auxílio de
algodão ou gaze. Remover o excesso com algodão ou gaze embebidos
em água.
3. NEUTRALIZAÇÃO 4. PROTETOR
Bicarbonato de Sódio..20% Grevilline.........................................1%
Limão O.E.......................0,5% Lavanda O.E..............................0,5%
Água destilada qsp......50ml Filtro Solar FPS 30 100% físico qsp....60g
Usar para promover a neutralização e cessar a penetração do ácido.
Aplicar com o auxílio de algodão ou wipe.
Aplicar após a neutralização do peeling e recomendar a utilização
doméstica do produto.
Ácido Lático
Além de ser um AHAs, é um dos componentes da pele, sendo assim um importante fator
de hidratação cutânea. O ácido láctico oferece os mesmos benefícios dos outros AHAs,
138
PEELING QUÍMICO E FÍSICO │ UNIDADE IV
Além de ser um AHA, faz parte da composição do Fator de Hidratação Natural da pele,
sendo um importante fator de hidratação cutânea. O Ácido Láctico oferece o mesmo
benefício de outros AHAs, por meio da promoção da descamação, além de outros
benefícios. Concentração: 20% A 88%. (BARQUET et al, 2006)
PROPRIEDADES
»» Hidratante
»» Queratolítico
»» Estimula a renovação celular
»» Despigmentante
INDICAÇÕES CONTRAINDICAÇÕES
»» Fotodano Peles extremamente sensíveis. O uso na gravidez e lactação é contraindicado pela falta de estudos
científicos. Não aplicar em verrugas do rosto ou áreas genitais. História de infecção por herpes
»» Desordens de hiperpigmentação
simples recorrente.
»» Ceratose actínica
»» Rugas finas
»» Lentigens
»» Melasma
»» Verrugas
CONCENTRAÇÃO RESIDENCIAL CONCENTRAÇÃO CONSULTÓRIO
1 a 10% 20 a 88%
ESQUEMA TRATAMENTO
»» Tratamento pré-peeling para reduzir a melanogênese e promover afinamento do estrato córneo (durante 00-15 dias antes da aplicação do
peeling).
»» Higienização com álcool 30-70ºGL ou clorexedina alcoólica por toda a face por 20 segundos, para reduzir a oleosidade.
»» Aplicar o peeling de ácido mandélico por 3-5 minutos.
»» Neutralizar com solução de bicarbonato de sódio, descartar o algodã o, gaze ou wipe e realizar novamente a neutralização.
»» Pode-se repetir o procedimento se desejar efeitos pronunciados.
»» Aplicar o agente fotoprotetor com ativos anti-inflamatórios.
»» Usar em intervalos de 10-20 dias.
VANTAGENS DESVANTAGENS
»» Eficácia comprovada no melasma. »» Provoca ardência e queimação durante a aplicação.
»» Ação hidratante. »» Necessita de neutralização.
»» Curto período de recuperação. »» Intensa descamação e vermelhidão nos 2-3 dias subsequentes.
»» Pode ser utilizado em peles tipos III e IV.
139
UNIDADE IV │ PEELING QUÍMICO E FÍSICO
1.HIGIENIZAÇÃO 2. PEELING
Ácido lático......................15% Ácido lático...................20% a 88%
LESS...........................................20% Limão O.E................................0,1%
Limão O.E................................0,5% Água destilada qsp......................30g
Gel de Aristoflex 4% qsp.......100ml Aplicar sobre a face após a higienização. Deixar agir por 3-5 minutos.
Neutralizar em seguida.
Aplicar na face do paciente, esfregando sobre a pele com auxílio de
algodão ou gaze. Remover o excesso com algodão ou gaze embebida
em água.
3. NEUTRALIZAÇÃO 4. PROTETOR
Bicarbonato de Sódio..20% Grevilline.........................................1%
Limão O.E.......................0,5% Lavanda O.E..............................0,5%
Água destilada qsp......50ml Filtro Solar FPS 30 100% físico qsp....60g
Usar para promover a neutralização e cessar a penetração do ácido. Aplicar após a neutralização do peeling e recomendar a utilização
Aplicar com o auxílio de algodão ou wipe. doméstica do produto.
Ácido Pirúvico
140
PEELING QUÍMICO E FÍSICO │ UNIDADE IV
PROPRIEDADES
»» Queratolítico.
»» Estimula a proliferação de fibroblastos, fibras colágenas e glicoproteínas.
»» Atividade antimicrobiana.
»» Antioxidante.
»» Sua atividade está diretamente relacionada ao solvente utilizado na formulação, ao tempo de aplicação e ao número de aplicações.
INDICAÇÕES CONTRAINDICAÇÕES
»» Fotodano moderado História de infecção por Herpes simplex recorrente, gravidez e pacientes que necessitam de
exposição solar diária.
»» Acne inflamatória
»» Pele oleosa
»» Verrugas
»» Ceratose actínica
»» Rugas finas
»» Alterações texturais
CONCENTRAÇÃO RESIDENCIAL CONCENTRAÇÃO CONSULTÓRIO
1 a 10% 40 a 60%
ESQUEMA TRATAMENTO
»» Tratamento pré-peeling para reduzir a melanogênese e promover afinamento do estrato córneo (durante 30-45 dias antes da aplicação do
peeling).
»» Higienização com álcool 30-70ºGL por toda a face por 20 segundos, para reduzir a oleosidade.
»» Aplicar o peeling de ácido pirúvico por 1-3 minutos utilizando pincel. Aplicar 2-3 camadas, até o eritema aparecer.
»» Recomenda-se aplicar uma área de cada vez e ir realizando a neutralização.
»» Utilizar um pequeno ventilador sobre o rosto do paciente para dispersar os gases.
»» Neutralizar com solução de bicarbonato de sódio, descartar o algodão, gaze ou wipe e realizar novamente a neutralização.
»» Aplicar o agente fotoprotetor hidratante com ativos anti-inflamatórios e cessar o uso de agentes retinoides ou alfa-hidroxiácidos por uma semana
após o peeling.
»» Aplicar aproximadamente 3-5 sessões, em intervalos de 4 semanas.
VANTAGENS DESVANTAGENS
»» Eritema muito leve. »» Intensa sensação de formigamento e queimação durante a aplicação.
»» Leve descamação. »» É necessária neutralização.
»» Curto período de recuperação. »» Os vapores liberados podem ser irritantes à mucosa e provocarem enjoos.
»» Pode ser utilizado em peles tipos III e IV.
141
UNIDADE IV │ PEELING QUÍMICO E FÍSICO
1.HIGIENIZAÇÃO 2. PEELING
Ácido Salicílico...............................2% Ácido Pirúvico......................40%
Green tea extract........................10% Propilenoglicol......................5%
LESS.................................................20% Etanol qsp............................30ml
Essência de Chá verde…...........1% Aplicar sobre a face após a higienização. Deixar agir por 1-3 minutos.
Neutralizar em seguida.
Gel de Aristoflex 4% qsp.............100ml
Aplicar na face do paciente, esfregando sobre a pele com auxílio de
algodão ou gaze. Remover o excesso com algodão ou gaze embebidos
em água.
3. NEUTRALIZAÇÃO 4. PROTETOR
Bicarbonato de Sódio..20% Grevilline.........................................1%
Limão O.E.......................0,5% Lavanda O.E..............................0,5%
Água destilada qsp......50ml Filtro Solar FPS 30 100% físico qsp....60g
Usar para promover a neutralização e cessar a penetração do ácido. Aplicar após a neutralização do peeling e recomendar a utilização
Aplicar com o auxílio de algodão ou wipe. doméstica do produto.
Retinoides
A vitamina A foi descoberta em 1913, e em 1930 foi possível identificar o grupo retinol,
que é sua estrutura básica. O termo retinoide foi criado em 1976 e destina o grupo de
substâncias naturais ou sintéticas da vitamina. O ácido retinoico, também chamado de
tretinoína (sinônimo de ácido retinoico) trata-se de moléculas hidrofóbicas e associam-
se rapidamente a proteínas celulares retinol-específicas. A ação dos retinoides em
geral é por sua ligação a receptores dentro das células epiteliais. Ao se ligarem a esses
receptores, os retinoides estimulam a produção de Fatores de Crescimento Epidérmico
(EGF), além da redução da produção de sebo pelas glândulas sebáceas, mecanismo esse
ainda não muito bem esclarecido. Agem inibindo as metaloproteinases que danificam
a estrutura do colágeno, além de estimularem a produção de elastina e reduzir a ação
das colagenases. A melhora das alterações cutâneas, potência e tempo dependem da
concentração do retinoide e do tempo de uso. (GUERRA et al., 2013)
142
PEELING QUÍMICO E FÍSICO │ UNIDADE IV
Quadro 22.
Histologicamente Clinicamente
A aplicação é indolor, pode durar de 30 min, em peles muito sensíveis, até 8 horas em
peles mais espessas. A média gira em torno de 3 a 4 horas. Retirar em água corrente
com sabão neutro sem esfregar a toalha. Não utilizar cosméticos por 48 horas, somente
filtro solar (que poderá provocar ardência e dermatites de contato). Geralmente a
descamação inicia-se após 48 horas a 5 dias. (GUERRA et al., 2013)
143
UNIDADE IV │ PEELING QUÍMICO E FÍSICO
PROPRIEDADES
»» O peeling desse ácido promove melhora clínica na textura e aparência da pele.
»» Reduz a espessura da camada córnea.
»» Aplicação uniforme e indolor.
»» Promove rápida reepitelização, melhorando o processo de cicatrização.
»» Possui vários estudos comprovando eficácia no tratamento da acne e pele fotoenvelhecida.
INDICAÇÕES CONTRAINDICAÇÕES
»» Fotodano leve a moderado. História recente de peelings químicos agressivos e ou cicatrizes, infeção herpética
recidivante, gravidez suspeita ou em fase de desenvolvimento, hábitos de atividades no
»» Acne comedogênica e inflamatória.
sol.
»» Pele oleosa.
»» Ceratose actínica.
»» Rugas finas.
»» Alterações texturais.
CONCENTRAÇÃO RESIDENCIAL CONCENTRAÇÃO CONSULTÓRIO
0,05 a 1% 4 a 8%
ESQUEMA TRATAMENTO
»» Tratamento pré-peeling para reduzir a melanogênese e promover afinamento do estrato córneo (durante 10-15 dias antes da aplicação do
peeling).
»» Higienização com álcool 30-70ºGL por toda a face por 20 segundos, para reduzir a oleosidade.
»» Aplicar o peeling por todo o rosto, evitando a área dos olhos e regiões nasolabiais.
»» O peeling deve ficar na face do paciente de 6-8 horas. Para remoção do produto basta o paciente lavar o rosto com água corrente e sabão.
»» Aplicar o agente fotoprotetor hidratante durante os dias seguintes e orientar ao paciente para não remover a pele que estará em constante
descamação, como também reduzir o uso de sabonetes no rosto.
»» Aplicar aproximadamente 3-5 sessões, em intervalos de 15 dias.
VANTAGENS DESVANTAGENS
»» Eficácia em todos os tipos de pele. »» Intensa descamação após 2-3 dias.
»» Excelentes benefícios no fotoenvelhecimento. »» A pele fica ressecada e sensível.
»» Extremamente seguro. »» O produto necessita ficar por um longo período sobre a pele.
»» Não causa dor, ardência ou desconforto durante a
aplicação.
»» Eficaz no controle da acne e oleosidade.
»» Não necessita neutralizar.
Fonte: (BARQUET et al, 2006).
1.HIGIENIZAÇÃO 2. PEELING
Ácido Glicólico..............3% Ácido Retinoico........................7%
Ácido .............................2% Lavanda O.E.........................0,2%
Ácido Salicílico..............1% Base corretiva AR qsp.............30g
Amisoft CS22.................10% Aplicar sobre a face após a higienização.
Laranja O.E....................0,7% Deixar agir por 6-8 horas. Orientar o paciente para
remover o produto com sabonete líquido.
Etanol qsp......................100ml
Aplicar na face do paciente, esfregando sobre a pele com auxílio de algodão ou
gaze para complementar a limpeza e remover os últimos resíduos de óleo antes da
aplicação.
144
PEELING QUÍMICO E FÍSICO │ UNIDADE IV
3. PROTETOR
Grevilline.........................................1%
Lavanda O.E..............................0,5%
Filtro Solar FPS 30 100% físico qsp....60g
Aplicar após a neutralização do peeling e recomendar a utilização doméstica do produto.
Fonte: Taís Amadio Menegat 2015.
PROPRIEDADES
»» Queratolítico.
»» Ativa a epiderme basal.
»» Estimula a produção de fibroblastos.
»» Ação anti-inflamatória.
»» Antimicromiano.
INDICAÇÕES CONTRAINDICAÇÕES
»» Fotodano moderado. Hipersensibilidade aos salicilatos, infecção viral aguda e gravidez. A
terapia por isotretinoína deverá ser suspensa seis meses antes da
»» Sardas.
aplicação.
»» Hiperpigmentação pós-inflamatóra.
»» Melasma.
»» Lesões inflamatórias (acne).
»» Rosácea.
»» Lentigens.
»» Ceratoses pigmentadas.
»» Rugosidade cutânea.
»» Dano actínico das mãos.
»» Pós-tratamento ao TCA.
145
UNIDADE IV │ PEELING QUÍMICO E FÍSICO
1.HIGIENIZAÇÃO 2. PEELING
Ácido Glicólico..............3% Ácido Salicílico......................40%
Ácido .............................2% Etanol qsp.............................30ml
Ácido Salicílico..............1% Aplicar sobre a face após a higienização.
Amisoft CS22.................10% Deixar agir por 6-8 horas. Orientar o paciente para remover o produto
com sabonete líquido.
Laranja O.E....................0,7%
Etanol qsp......................100ml
Aplicar na face do paciente, esfregando sobre a pele com auxílio de
algodão ou gaze para complementar a limpeza e remover os últimos
resíduos de óleo antes da aplicação.
3. PROTETOR
Grevilline.........................................1%
Lavanda O.E..............................0,5%
Filtro Solar FPS 30 100% físico qsp....60g
Aplicar após a neutralização do peeling e recomendar a utilização doméstica do produto.
Fonte: Taís Amadio Menegat 2015.
Peeling de JESSNER
146
PEELING QUÍMICO E FÍSICO │ UNIDADE IV
estiver límpido e transparente, poderá causar manchas na pele e nas unhas. (BARQUET
et al, 2006)
Essa solução é composta de resorcina 14%, ácido salicílico 14%, ácido láctico 14%
diluído em etanol. Cria uma esfoliação uniforme, muito útil na hiperpigmentação senil,
aumentando o metabolismo epidérmico e removendo queranócitos sobrepostos. Sua
penetração é limitada. Sessões repetidas de esfoliação com esse composto melhoram o
desempenho das fibras colágenas. O processo esfoliativo é discreto e percebido até oito
ou dez dias após a aplicação. (GUERRA et al., 2013)
PROPRIEDADES
»» Queratolítico.
»» Estimula a proliferação de fibroblastos.
»» Reduz oleosidade cutânea.
»» Aumenta a penetração de outros agentes cosméticos.
»» Excelente perfil de segurança, podendo ser utilizado em todos os fototipos de pele.
»» Utilizado em combinação com outros agentes de peelings e aumenta a penetração do TCA.
INDICAÇÕES CONTRAINDICAÇÕES
»» Acne Inflamação ativa, dermatites ou infecções na área a ser tratada e pacientes com deficiências
na cicatrização. A terapia por isotretinoína deverá ser suspensa seis meses antes da aplicação.
»» Desordens de hiperpigmentação
»» Ceratose actínica
»» Rugas finas
»» Lentigens
»» Melasma
ESQUEMA TRATAMENTO
»» Tratamento pré-peeling durante 10-15 dias antes da aplicação do peeling.
»» Higienização com álcool 30-70ºGL por toda a face por 20 segundos, para reduzir a oleosidade.
»» Aplicar a Solução de Jessne, começando pelas bochechas, seguindo pelas áreas mediaislaterais, seguindo de testa e queixo.
»» Não necessita neutralização. Após a aplicação ocorre a produção visível de um precipitado branco sobre a pele do paciente, que não pode ser
confundido com o frost.
»» A profundidade do peeling é dependente da quantidade de camadas que o produto é aplicado e da quantidade de frost que é formada durante a
aplicação.
»» Aplicar o agente fotoprotetor com ativos anti-inflamatórios.
VANTAGENS DESVANTAGENS
»» Excelente perfil de segurança. »» Estudos demonstram toxicidade e alterações da tiroide pelo resorcinol.
»» Pode ser utilizado em todos os fototipos de pele. »» Instável quando exposto ao ar e luz.
»» Eficácia substancial com tempo mínimo de »» Ocorre maior esfoliação em alguns pacientes.
recuperação.
»» Aumenta a penetração do ATA.
147
UNIDADE IV │ PEELING QUÍMICO E FÍSICO
1.HIGIENIZAÇÃO 2. PEELING
Ácido Glicólico..............3% Ácido Salicílico......................40%
Ácido .............................2% Etanol qsp.............................30ml
Ácido Salicílico..............1% Aplicar sobre a face após a higienização.
Amisoft CS22.................10% Deixar agir por 6-8 horas. Orientar o paciente para remover o
produto com sabonete líquido.
Laranja O.E....................0,7%
Etanol qsp......................100ml
Aplicar na face do paciente, esfregando sobre a pele com auxílio de algodão ou
gaze para complementar a limpeza e remover os últimos resíduos de óleo antes
da aplicação.
3. PROTETOR
Grevilline.........................................1%
Lavanda O.E..............................0,5%
Filtro Solar FPS 30 100% físico qsp....60g
Aplicar após a neutralização do peeling e recomendar a utilização doméstica do produto.
Fonte: Taís Amadio Menegat 2015.
»» gravidez;
»» amamentação;
»» infecção ativa;
»» alergia ao resorcinol.
148
PEELING QUÍMICO E FÍSICO │ UNIDADE IV
Apresentam efeitos comparáveis aos AHAs, com a vantagem de não causarem irritação
na pele e possuírem ação hidratante e antioxidante. (BARQUET et al, 2006)
Essa diferença tem implicações importantes: espera-se que uma molécula maior
penetre na pele de forma mais lenta e gradual, sem causar reações indesejáveis, tais
como a queimação, ardência e a sensação de pequenas picadas, provocadas pelos AHAs
tradicionais. (BARQUET et al, 2006)
Além do que a presença desses múltiplos grupos hidroxila explica a forte propriedade
umectante desse ativo, uma vez que os grupos hidroxila podem atrair e fixar água.
(GUERRA et al., 2013)
2. Essa suavidade não está associada a uma diminuição dos efeitos clínicos:
os PHAs oferecem benefícios clínicos e cosméticos significativos,
comparáveis com os efeitos obtidos com o ácido glicólico e outros AHAs
tradicionais. (BARQUET et al, 2006)
149
UNIDADE IV │ PEELING QUÍMICO E FÍSICO
Peeling enzimático
Enzimas são proteínas com atividade biocatalítica e proteases são enzimas que
hidrolisam proteínas, portanto as mais usadas em esfoliações cutâneas. (GUERRA et
al., 2013)
150
PEELING QUÍMICO E FÍSICO │ UNIDADE IV
Esse tipo de peeling pode ser definido como sendo uma esfoliação realizada pela ação
de proteases sobre a camada córnea da pele, rica em queratina onde elas degradam
as proteínas tornando-as mais solúveis e facilitando assim a remoção das camadas
superficiais dos corneócitos. (GUERRA et al., 2013)
Bromelina e papaína
É uma mistura de enzimas: bromelina e papaína. É uma moderna abordagem para
esfoliação. A bromelina é capaz de quebrar proteínas indesejáveis, secretadas na pele.
Essas proteínas são transformadas em aminoácidos e, estes, facilmente eliminados.
A papaína hidrolisa proteínas, pectinas e também açúcares e lipídios. (MONTEIRO e
SILVA, 2009)
Possui propriedade esfoliante e dosagem usual: 2%. Tem sua melhor eficácia com pH 6,
e deve permanecer na pele por cerca de 20 min. (MONTEIRO e SILVA, 2009)
Bambu
Pó cristalino em forma de extrato seco, rico em sílica (77%) e sais minerais. Elimina as
células mortas e regenera a pele. Utilizado na concentração de 5% em gel creme, para
esfregaço. Produzido pela indústria LIBIOL.
Pumpkin Enzyme®
Pumpkin Enzyme® é o extrato fermentado da abóbora, Cucurbita pepo, com ação
esfoliante e amaciante da pele.
»» Renew Zyme____________________5%.
151
UNIDADE IV │ PEELING QUÍMICO E FÍSICO
»» Gel qsp___________________50g.
Pós-peeling
»» Lactoquine__________3,0%.
»» Fucogel_____________2,0%.
»» Higienizar a pele.
»» Aplicar o produto.
(MENEGAT, 2015)
152
PEELING QUÍMICO E FÍSICO │ UNIDADE IV
Hidroquinona
Estudos mais recentes concluíram que existe outro composto também indicado para
o tratamento do melasma: o monometil éter da Hidroquinona (MMEH). O MMEH é
também conhecido por Mequinol – hidroquinone monomethyl ether –, pertencente
também ao grupo da Hidroquinona. (YOKOMIZO, et al., 2013).
É um análogo químico mais potente, com resposta mais imediata e resultados definitivos.
(YOKOMIZO, et al., 2013).
153
UNIDADE IV │ PEELING QUÍMICO E FÍSICO
Ácido Kójico
Pode ser associado à AHAs, mas não ao VCPMG e ao arbutin. Utilizado na concentração
de 1%, uso diário. (GUERRA et al., 2013)
Ácido Fítico
Inibe a tirosinase, 0,5 a 2%. Não esfoliante, pode ser incorporado em gel, gel creme
e creme. Além de ser despigmentante, é hidratante e suaviza rugas finas, possui um
mecanismo semelhante ao da Vitamina C. O que não acontece com o ácido Kójico, nem
com a Hidroquinona. (YOKOMIZO, et al., 2013).
154
PEELING QUÍMICO E FÍSICO │ UNIDADE IV
Pode, então, ser usado em peles sensíveis, pós-peelings químicos, dermoabrasão, fenol,
TCA, ou laser, nesses casos mais profundos, recomenda-se o uso após a terceira ou
quarta semana. (YOKOMIZO, et al., 2013).
Na prática clínica, a concentração ideal é ácido fítico 4%, vitamina C entre 10 a 20%
(desde que previamente estabilizada). (YOKOMIZO, et al., 2013).
Nos pós-operatórios dos peelings por dermoabrasão mecânica, peelings químicos por
fenol ou TCA, ou nos lasers de CQ2 ou Erbium-yag, mostrou o seu maior benefício
corrigindo sequelas, como hiperpigmentação pós-inflamatória, comuns a esses
tipos de peelings e também atuando como preventivo dessas lesões hipercrômicas
pós-inflamatórias, neste caso, por seu uso na fase inflamatória aguda dos peelings
entre a terceira e quarta semana pós-peeling, reduzindo o processo inflamatório e,
por consequência, diminuindo a chance de formação de manchas hipercrômicas.
(YOKOMIZO, et al., 2013).
Vitamina C
155
UNIDADE IV │ PEELING QUÍMICO E FÍSICO
Sabe-se também que o estresse físico, mental e emocional aumenta ainda mais essa
demanda. Porém, o ponto negativo para se lidar com a vitamina C é a sua deterioração
e instabilidade, durante o processo de manipulação. (YOKOMIZO, et al., 2013).
Quando associada 15% dela ao ácido glicólico a 4%, este irá potencializar a penetração do
ativo desejado. Esse derivado apresenta, em estudos comprovados, uma concentração
de 60 a 70 vezes maior que quando administrada via oral, prolongando sua atividade
156
PEELING QUÍMICO E FÍSICO │ UNIDADE IV
até 48 horas depois da sua aplicação. Para a área dos olhos a concentração ideal é 5%
puro. (MÊNE et al., 2007)
»» Peles envelhecidas.
»» Desidratadas.
»» Manchas senis.
»» Flacidez de pele.
Repeeling
Quadro 28.
Superficiais A cada duas a seis semanas, dependendo da quantidade de necrose epidérmica secundária.
Um peeling epidérmico de espessura total não deve ser repetido durante um período menor do que seis
semanas, enquanto que um de espessura epidérmica parcial pode ser repetido em duas a três semanas.
O preparo da pele por duas semanas antes do peeling é um dos conceitos mais
importantes da terapêutica por ácidos químicos.
Os objetivos são:
157
UNIDADE IV │ PEELING QUÍMICO E FÍSICO
Aplicação
A aplicação se faz conforme o objetivo a alcançar. Hoje, a ANVISA proibiu o uso dos
pincéis, assim só podemos aplicar com cotonete (áreas pequenas), gaze (peles mais
grossas) ou com dedo protegido com luva.
Interromper o efeito do ácido assim que for visível a epiremia. Pode-se aplicar um
agente neutralizante específico ou com base de bicarbonato de sódio (1 a 10%), ou lavar
com água corrente em abundância.
Realização do Peeling
c. Retirar a maquiagem.
158
PEELING QUÍMICO E FÍSICO │ UNIDADE IV
II. Caso a pele fique muito sensível, realize compressas com soro fisiológico
gelado ou chá de camomila gelado. Nunca aplique máscara calmante
III. Orientação quanto aos produtos que devem ser de uso residencial.
IV. Por três dias não aplicar nenhum cosmético de revitalização, (de uso
residencial), somente um leve hidratante (Sensicalmine 3,0%) e filtro
solar.
VII. Aplicar o filtro solar e liberar o paciente (entre os itens 10 e 13, esse tempo
é necessário para observar o eritema residual que irá ocorrer).
Pós-peeling imediato
Durante dois ou três dias após a aplicação, é prudente utilizar hidratantes específicos
ao tipo de pele, filtro solar adequado UVA e UVB (deverão ser usados durante todo o
tratamento com muita responsabilidade). Não utilizar nenhum produto que contenha
ácido, nem tampouco a escova facial. Lavar e secar a face com delicadeza sem esfregar,
não forçar a remoção das crostas.
Após três dias inicia-se o tratamento domiciliar de acordo com o tratamento proposto
(clareamento, acne, rejuvenescimento etc.). O ácido deve ser aplicado somente à noite
em concentrações compatíveis com o uso domiciliar.
159
UNIDADE IV │ PEELING QUÍMICO E FÍSICO
Ácido Ação
Glicólico Despigmentante, hidratante e queratolítico
Retinoico Queratolítico e esfoliante
Mandélico Renovador celular e clareador
Glicirrízico Anti-inflamatório e antialérgico
Hialurônico Hidratante, regenerador, restaurador dos tecidos
Salicílico Queratolítico e antifúngico
***Hidroquinona Despigmentante
Azeláico Antiacneico e despigmentante
Kójico Despigmentante e anti-irritativo
TCA – Tricloroacético Cáustico e vesicante
Alfa lipoico Antioxidante
Benzoico Fungistático e antisséptico
Fítico Despigmentante
*** não é um ácido, contudo é destaque na categoria.
160
PEELING QUÍMICO E FÍSICO │ UNIDADE IV
(CUNHA, 2014)
Eritema
Pela ativação da microcirculação dos capilares superficiais, ele pode ocorrer em alguns
pontos ou em toda a extensão da pele exposta ao princípio ativo. Evitar máscaras
calmantes, pois elas impediriam o efeito desejado do produto; aplicar somente
compressas frias de soro fisiológico ou água. (CUNHA, 2014)
Edema
161
UNIDADE IV │ PEELING QUÍMICO E FÍSICO
Frost
Hiperpigmentação pós-peeling
Somente surgirá se a pele for exposta ao sol nas primeiras semanas. Trata-se de uma
mancha epidérmica, porém contornável com despigmentantes de uso contínuo, seguido
de um novo peeling. Embora possa ocorrer após qualquer tipo de peeling, observa-se
que o tipo de pele é fator determinante. Pessoas com pele clara (FITZPATRICK I-III)
apresentaram menos complicações. Pessoas com pele Tipo V (FITZPATRICK), com
descendência oriental, latina ou indiana desenvolvem mais alterações pigmentares
difusas, após peeling, com quaisquer agentes esfoliantes, que outros tipos de pele.
Pessoas com pele Tipo IV (FITZPATRICK) podem ser submetidas a peelings desde que
sejam observadas as linhas de demarcação entre a região esfoliada e não submetida a
esse procedimento, por exemplo, face e região cervical. (CUNHA, 2014)
Pacientes com pele Tipo VI (FITZPATRICK) podem ser submetidas a peelings por
agentes não fenólicos e desenvolver hiperpigmentação por 18 a 24 meses após essa
técnica. Outro fator determinante dessa complicação seria se a pele foi preparada para
esse procedimento. É preconizado o uso de ácido retinoico e Hidroquinona duas a três
semanas antes do peeling. Foi constatado que a gravidez, exposição ao sol, o uso de
anticoncepcionais orais, estrógenos, exógenos e drogas fotossensibilizantes, seis meses
após o peeling, podem ocasionar hiperpigmentação. (CUNHA, 2014)
Hiperpigmentação pós-inflamatória
Pode desenvolver-se em quatro ou cinco dias após um peeling, ou até dois meses depois.
Está relacionada com uma tendência que algumas pacientes apresentam em exibir
hiperpigmentação por causa do traumatismo mínimo ou picadas de inseto, portanto, deve-
se questionar com as pacientes essa tendência previamente ao peeling. (CUNHA, 2014)
Cicatriz
162
PEELING QUÍMICO E FÍSICO │ UNIDADE IV
acometidos são os lábios, mento, malar, região perioral e a mímica facial. (CUNHA,
2014)
O dorso das mãos, antebraços, braços e região cervical são também mais acometidos
pela cicatriz; nesses casos a preferência é pelos peelings superficiais. Uso precedente de
isotretinoina, peelings e dermoabrasões prévias são fatores de risco. O intervalo entre
esses procedimentos e o peeling deve ser de seis meses; já com a isotretinoina o intervalo
deve ser de, pelo menos, um ano. É inegável que outros fatores ainda desconhecidos são
responsáveis pelo surgimento de cicatriz pós-peeling. (CUNHA, 2014)
A fibrose é uma complicação incomum do peeling químico. Parece ter relação direta
com a profundidade da própria descamação. (CUNHA, 2014)
Peelings reticulares são muito mais propensos a causar fibrose que os papilares. Uma
descamação intradérmica nunca deixa cicatriz. Muitos casos de fibrose são secundários
a outra complicação, como infecção, descamação prematura ou traumatismo no novo
tecido. (CUNHA, 2014)
Hipopigmentação
Surge quando a pele foi mal preparada. Um novo peeling pode reverter esse processo.
Ocorre uma estase temporária ou permanente na produção de melanina. Segundo
Rubin (Manual of Chemical Peels, 1995), qualquer agente que possa causar verdadeira
esfoliação poderá clarear a pele. Contudo, o clareamento é transitório, pois a formação
de melanina é contínua. À medida que o nível da descamação se aprofunda, a
hipopigmentação aumenta.
em pesquisa realizada com 588 cirurgiões plásticos que realizavam peeling com fenol.
A hipopigmentação é proporcional ao fenol aplicado.
Infecção
»» Herpes simples.
»» Cândida sp.
Os curativos oclusivos podem promover uma foliculite, onde pode ocorrer infecção
por Streptococos ou Stafilococos. As infecções por Pseudomonas ocorrem
repentinamente; acredita-se que acontecem quando o paciente entra em contato com
animais, adquire uma infecção hospitalar, quando a barreira da pele é removida ou pela
falta de cuidados durante a cicatrização. O herpes simples pode ser ativado pelo peeling.
Uma dor inesperada, no pós-peeling, pode refletir o aparecimento da infecção viral.
Pacientes com história positiva devem ser tratados profilaticamente com antivirais.
A cicatriz decorrente dessa infecção é rara.
(CUNHA, 2014)
164
PEELING QUÍMICO E FÍSICO │ UNIDADE IV
Milia
A milia surge como parte do processo de cicatrização. É mais comum após a dermoabrasão
do que após o peeling. Os cuidados pós-peeling profundo podem ocasioná-la devido à
oclusão das unidades pilo sebáceas com unguentos. Pacientes com pele oleosa são de
maior risco, mas isso não está totalmente esclarecido. (CUNHA, 2014)
Eritemas persistentes
São aqueles que persistem por um ou dois dias pós peeling. Se necessário, aplicar
máscaras com Dexametasona 0,01 %, compressas geladas, que promovam a
vasoconstrição. Pode-se complementar o tratamento com vitamina K1 à noite. Porém,
em peelings mais profundos usualmente desaparecem entre 30 e 90 dias após o peeling,
dependendo do agente esfoliante, usualmente após 30 dias no peeling superficial
(médico), 60 dias após o peeling médio e 90 dias após o peeling de fenol. Entretanto,
os pacientes apresentam variações com relação ao tempo de duração, especialmente se
estão em uso de tretinoína. O uso de isotretinoína prévio, fatores genéticos e o uso de
bebidas alcoólicas podem interferir nessa complicação. Áreas de eritema persistente
três semanas após um peeling devem ser vistas como precursores definitivos de fibrose e
precisam ser tratadas de maneira enérgica. Em geral, essas áreas são vermelho-escuras
ou vermelho-purpúreas, ao contrário das vermelho-brilhantes vistas inicialmente após
um peeling. (CUNHA, 2014)
Atrofia
Pode ocorrer após múltiplos peelings, mas não é vista após peelings superficiais ou
médios múltiplos do ácido tricloroacético. Pode ocorrer, também, após o uso de um
agente que agrida profundamente a pele sensível e fina; nesse caso, por exemplo, a
região periorbital após um peeling de fenol. A pele não está atrófica histologicamente
após o peeling. (CUNHA, 2014)
O alargamento dos poros pode ocorrer, no peeling, devido à remoção do estrato córneo,
mas é aparentemente temporário. (CUNHA, 2014)
Acne
Sensibilidade ao frio
Ocorre, com frequência durante o uso do ácido retionoico e após peeling médio de
laser com ou sem o ácido tricloroacético. Apresenta-se como edema ou urticária em
locais próximos ou em média distância da área esfoliada, por curtos períodos de tempo.
Ardência local, prurido e sensibilidade exarcebada podem se relatadas associadas à
sensação de queimação ou cefaleia, e esta pode persistir por algumas horas pós-peeling.
A realização de testes (Cryopatch) não é garantida, devido à raridade dessa complicação.
(CUNHA, 2014)
Contraindicações
Absolutas:
»» cicatrizes recentes;
»» processos carcinogênicos;
(BORGES, 2006)
Relativas:
»» eritema solar;
166
PEELING QUÍMICO E FÍSICO │ UNIDADE IV
»» Fototipos iv a v.
(BORGES, 2006)
Ácido glicólico
Indicação: peeling.
Concentrações:
»» 30% - pH 1,8.
»» 50% - pH 1,8.
»» 70% - pH 1,8.
167
UNIDADE IV │ PEELING QUÍMICO E FÍSICO
Estes pHs seriam os ideais, mas devem variar conforme a tecnologia da farmácia em
estabilizar o produto.
Remover quando o paciente referir ardor e se observar leve eritema (máximo 5 min).
(MENEGAT, 2015)
Remover quando o paciente referir ardor e se observar leve eritema (máximo 5 min).
(MENEGAT, 2015)
Ácido mandélico de 20 a 50 %
pH 2,0 A 3,0
Retirar quando perceber hiperimia ou ardor do paciente. Lavar com água abundante
(máximo 5 min)
(MENEGAT, 2015)
168
PEELING QUÍMICO E FÍSICO │ UNIDADE IV
Remover quando o paciente referir ardor e se observar leve eritema (máximo 5 min)
Ácido kójico: ácido orgânico obtido pela fermentação do arroz. Excelente clareador e
renovador celular.
(MENEGAT, 2015)
Ph 3,0.
Aplicar por quatro a sete minutos, porém deve-se observar a hiperimia ou ardor do
paciente, retirar e neutralizar com água abundante.
Número de sessões pode variar de duas a seis. Com intervalos semanais ou quinzenais.
(MENEGAT, 2015)
pH 3.5.
Gel fluido.
Aplicar por quatro a sete minutos, porém deve-se observar a hiperemia ou ardor
do paciente, retirar e neutralizar com água abundante. Com intervalos semanais ou
quinzenais.
(MENEGAT, 2015)
pH 3,5
Ácido málico: ácido orgânico obtido por meio da biotecnologia, presente em alguns
frutos como a maçã verde e a pera. Hidratante, regenerador da epiderme, esfoliante
169
UNIDADE IV │ PEELING QUÍMICO E FÍSICO
pH 2,5
Gel fluído Qsp. Aplicar por um a dois minutos, porém deve-se observar a hiperemia ou
ardor do paciente, retirar e neutralizar com água abundante. Com intervalos semanais
ou quinzenais.
Ácido láctico: ácido orgânico incolor e xaroposo, que exerce importante função
metabólica. Obtido pela fermentação da lactose, excelente propriedade hidratante.
(MENEGAT, 2015)
Frequência: semanal ou quinzenal. Deixar agir por três a cinco minutos, ou conforme
hiperemia ou ardor do paciente. Indicação: pele fotoenvelhecida, hiperpigmentada,
acneica. Remover com água abundante.
(MENEGAT, 2015)
Peeling enzimático
Propriedades esfoliantes.
Procedimento semanal.
Deixe agir por aproximadamente dez minutos. Observar hiperemia e ardência. Esfregar
como gomagem.
170
PEELING QUÍMICO E FÍSICO │ UNIDADE IV
Solução de Jessner
É preferível manipular sob a forma gel fluido apesar de a forma consagrada ser a líquida.
Resorcina... 14%.
(MENEGAT, 2015)
Ácido retinoico
(MENEGAT, 2015)
Ácido salicílico
Antes da aplicação, a pele deverá ser desengordurada com solução alcoólica, (álcool
PA). Após o peeling deverão ser realizadas compressas frias de soro fisiológico para
acalmar a ardência da pele.
(MENEGAT, 2015)
171
UNIDADE IV │ PEELING QUÍMICO E FÍSICO
Uso residencial:
20 a 30% em gel fluido uma vez na semana, aplicar durante 20 a 30 min, ou conforme
a sensibilidade do paciente, lavar com água abundante.
(MENEGAT, 2015)
Hidroviton...................................................10%.
Renovhyal.....................................................1%.
Grevelline......................................................2%.
(MENEGAT, 2015)
172
CAPÍTULO 3
Peeling físico
Microdermoabrasão
Ainda nessa categoria temos o Peeling de Diamante, onde se utiliza uma ponteira
diamantada, somente com pressão negativa, causando sensação de lixamento, que
é efetuado por meio de movimentos executados pelo fisioterapeuta. As ponteiras
devem ser descartáveis, já que elas se mantêm diretamente em contato com a pele,
preferencialmente também devem ser transparentes, possibilitando a visualização da
erosão cutânea desejada. (BAUMANN, 2004)
É indicada para:
173
UNIDADE IV │ PEELING QUÍMICO E FÍSICO
»» Rugas finas: conhecida nos EUA como efeito “lunch peel (peeling da hora
do almoço)”, devido ao tempo utilizado, cerca de 30 minutos, promovendo
o afinamento do tecido epitelial, melhora da neovascularização com
aumento considerado da colagenese.
(SAMPAIO, 2000)
174
PEELING QUÍMICO E FÍSICO │ UNIDADE IV
»» Passa-se uma loção tônica para retirar o que sobrou do produto e, para
finalizar, o protetor solar que é aconselhável a todos os tipos de pele.
175
UNIDADE IV │ PEELING QUÍMICO E FÍSICO
»» Passa-se uma loção tônica para retirar o que sobrou do produto e, para
finalizar, o protetor solar que é aconselhável a todos os tipos de pele.
176
Para (não) Finalizar
177
Referências
178
REFERÊNCIAS
FU, X.; SHEN, Z.; GUO, Z.; ZHANG, M.; SHENG, Z. Healing of chronic cutaneous
wounds by topical treatment with basic fibroblast growth factor.
MERCANTE, R.; CIELO, I. D.; ILVA, F.; RODRIGUE, K. F.; FRANZ, A. C.; HAHN, P.;
BUENO, R. K. Sabonetes líquidos. Projeto Gerar. 17:22 2009.
179
REFERÊNCIAS
180
REFERÊNCIAS
TOLEDO, Anna Maria Farias. Pele e anexos. In: MAIO, Maurício (editor). Tratado de
Medicina Estética. 1. ed. São Paulo: Editora Roca, 2004, cap 2, pp. 19-35.
ZANGUE, V.; SANTOS, D. A.; BABY, A. R.; VELASCO, M. V. R. Argilas: Natureza nas
Máscaras Faciais. Cosmestics & Toiletries. São Paulo, 19:64-66 2007.
181