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I Seminário Nacional – Urbanismo, Espaço e Tempo

Temática: Cidade, Pandemia e Cotidiano


Resumo expandido

A Terapia Ocupacional pode ajudar as cidades?

Ricardo Lopes Correia


Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. E-mail: ricardo@medicina.ufrj.br
Monica Villaça Gonçalves
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. E-mail: monica.villaca@medicina.ufrj.br
Beatriz Akemi Takeiti
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. E-mail: biatakeiti@medicina.ufrj.br

RESUMO

A Terapia Ocupacional é uma profissão e área de conhecimento sobre o envolvimento ocupacional de


indivíduos e coletivos. O envolvimento ocupacional compreende a realização e o significado da experiência
em atividades da vida cotidiana. Assim, a Terapia Ocupacional desenvolve tecnologias para facilitar a
realização de atividades e através destas promover a participação social. Grande parte dos fundamentos
filosóficos que antecederam e motivaram a criação da Terapia Ocupacional foram propostos e instituídos por
diversos profissionais, entre eles, arquitetos e urbanistas. Além disso, os processos sócio-histórico-políticos,
como instituições, guerras e epidemias foram marcantes nesta construção. Assim, as questões sobre
ambiente, espaço social e cidades estiveram e continuam estando nos alicerces teórico-metodológicos da
Terapia Ocupacional, sobretudo pela crença e evidências de que o envolvimento ocupacional estrutura e 1
ordena o espaço social, assim como o seu contrário também é verdade. Contudo, contraditoriamente, a
identificação e reconhecimento do campo dos Estudos Urbanos é bastante recente na área. No entanto, já se
observa um giro epistêmico interessante com significativas composições, leituras e contribuições teóricas e
técnicas da Terapia Ocupacional sobre as questões que implicam o ordenamento e a gestão democrática das
cidades. Desta forma, apoiando-se em duas perspectivas emergentes: o analfabetismo urbano e a
interdisciplinaridade, este texto tem como objetivo situar a Terapia Ocupacional como uma área a compor o
campo dos Estudos Urbanos.

Palavras chaves: Cidades, Direito à cidade, Planejamento urbano de drenagem urbana, Ocupação humana,
Terapia ocupacional.

Introdução

Este trabalho tem por objetivo apresentar e discutir as interseções entre Estudos Urbanos e
Terapia Ocupacional, a partir do questionamento se, e como, a Terapia Ocupacional pode ajudar nas
demandas relativas às cidades.
Para tanto, busca-se na constituição dos fundamentos da Terapia Ocupacional, enquanto
área de conhecimento e profissão, as condições teórico-metodológicas para contribuir com as
questões que implicam o ordenamento das cidades e os seus processos na gestão democrática. Para
tanto, se utiliza do recurso metodológico da ‘cena’ para captar questões atreladas ao espaço social,
ambientes e situações de crise, como a do período atual de pandemia da COVID-19, a fim de
identificar como estes elementos, sob distintas configurações históricas, estiveram presentes na
constituição e institucionalização dos fundamentos filosóficos da Terapia Ocupacional.

Revista Políticas Públicas e Cidades – ISSN: 2359-1552


Volume 1, Número 1, 2020.
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As questões que implicam na estruturação do cotidiano e no envolvimento ocupacional dos
sujeitos sociais na cidade, em especial atenção às populações mais vulneráveis, como aquelas com
deficiência, doenças crônicas, sofrimento psíquico, em situação de pobreza, grupos minoritários,
comunidades tradicionais, entre outros, conformam, majoritariamente, o público-alvo da Terapia
Ocupacional, que vivenciam, fortemente, as desigualdades socioterritoriais. Desta forma, apresenta-
se o objeto de estudo e intervenção da área, denominado ‘ocupação humana’ e, por conseguinte, a
filosofia deste objeto como base para a criação e exploração de processos tecnológicos junto aos
sujeitos de atenção em Terapia Ocupacional. O envolvimento ocupacional diz respeito a realização e
a experiência de participação do sujeito nas ocupações da vida cotidiana.
Neste sentido, os fatores que criam, fortalecem e fragilizam o envolvimento ocupacional se
tornam objetos de interesse em Terapia Ocupacional, como é o caso das questões urbanas (HARVEY,
2012; LEFEBVRE, 2001). Isso implica direcionar e articular o objeto disciplinar da área às questões
macrossociais postas, historicamente, pelos Estudos Urbanos, Planejamento Urbano,
Desenvolvimento Local e Políticas Públicas Urbanas e intersetoriais.
Contudo, ao considerar o repertório que a Terapia Ocupacional vem desenvolvendo a mais
de 100 anos em todo o mundo, e considerando, também, a emergência pela interdisciplinaridade
para o desenvolvimento de leituras complexas e ações prático-efetivas e crítico-reflexivas para
responder as demandas da vida urbana, afirma-se que a Terapia Ocupacional é capaz de colaborar
com o ‘cuidado’ das cidades.

O espaço social das cidades nos fundamentos filosóficos da Terapia Ocupacional

A Terapia Ocupacional é uma área de conhecimento e profissão, fundada nos Estados Unidos 2
da América, EUA, em 1917, inicialmente chamada de “auxiliares de reconstrução em terapia
ocupacional”, e no Brasil, somente em 1952. Entre as questões que antecederam e motivaram a
criação da Terapia Ocupacional, desde o começo do século XVIII, destacam-se a mudança do modelo
médico das instituições psiquiátricas, de tuberculose e para pessoas com deficiência denominado
Tratamento Moral; o Movimento de Artes e Ofícios enquanto radicalização dos modos de produção
industrial para o artesanal; a primeira e segunda Guerra Mundial com a ampliação de demandas
relacionadas ao reestabelecimento de soldados e marinheiros feridos de guerra, sobretudo da
necessidade de ‘reconstrução’ da vida cotidiana, em especial às relacionadas as atividades de
trabalho e o uso do tempo qualificado; e, por conseguinte, as demandas de reabilitação profissional
e recuperação econômica da mão de obra trabalhadora no pós-guerra (ANDERSEN; REED, 2017).
Mesmo com a Terapia Ocupacional consolidada e com ampla expansão em países dominantes como
EUA, Inglaterra, Canadá, Alemanha, entre outros, foi somente nos anos 1940, com a epidemia de
poliomielite e sarampo, que a profissão foi criada nos países da região da América Latina, pelo o
Movimento Internacional de Reabilitação instituído pela articulação de agências internacionais
como ONU, UNESCO, OIT, PNUD, entre outras.
Este percurso histórico foi marcado pela institucionalização de crenças e valores que
fundaram uma filosofia de que “ocupar-se em uma atividade é um fenômeno transformador”, e que,
portanto, o envolvimento ocupacional poderia ser utilizado para fins educativos, sociais e
terapêuticos. Neste contexto, a realização e o envolvimento em atividades colaboravam para
organizar a mente, desenvolver habilidades, estruturar a rotina, compartilhar significados e produzir
bem-estar. Assim, diversas instituições, desde os antecedentes da fundação da Terapia Ocupacional,
promoviam programas de envolvimento ocupacional como estratégias de cuidado para pessoas com
diversas problemáticas, como mencionado no Tratamento Moral, que teve pelo o seu criador, o

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médico francês Philippe Pinel, a crença de que o envolvimento ocupacional poderia desvencilhar as
amarras e os sofrimentos mentais que as pessoas produziam, decorrentes da vida estressante,
precária e opressora das novas cidades industriais (ANDERSEN; REED, 2017).
A partir das crenças de Pinel, outros princípios e ideias foram propostos e organizados no
começo do século XIX, a fim de tecer um corpo de conhecimento epistêmico e prático para a recém-
criada profissão Terapia Ocupacional. Diversos sujeitos-chave foram considerados pioneiros para
fundar a profissão, como artesãs, médicos, assistentes sociais, enfermeiras e arquitetos e urbanistas.
Entre esses últimos, chama-se a atenção para o papel que tiveram nas proposições filosóficas, nos
estudos e no desenvolvimento de abordagens práticas para os fundamentos da Terapia Ocupacional.
Dois deles, George Edward Barton (1871-1923) e Thomas Kinder (1866-1932), podem ser considerados
como os pioneiros por introduzir as questões urbanas e a importância do espaço social na filosofia da
Terapia Ocupacional.
O estadunidense Barton, em 1915, em sua memorável frase: “se há uma doença ocupacional,
porque não uma terapia ocupacional”, foi o responsável por nomear e fundar, em 1917, a mais recente
profissão. Barton também contribuiu com a criação de métodos de análise das ocupações no
ambiente, na qual o influenciou a desenvolver modelos arquitetônicos de edifícios para melhor
atender pessoas com sofrimento psíquico, deficiência, problemas sociais, entre outros, colaborando
significativamente com o processo de Reforma Social dos EUA, naquela época. Barton também foi o
fundador e o primeiro presidente da Sociedade Nacional para a Promoção da Terapia Ocupacional
(SNPTO), que anos mais tarde viria a se tornar a American Occupational Therapy Asociation (AOTA)
(ANDERSEN; REED, 2017).
Já, Kinder, inglês, radicado nos EUA, desenvolveu uma abordagem de treinamento cognitivo
para pessoas com deficiência física, intelectual e transtornos mentais baseada na relação entre 3
ocupações e espaço social. Para Kinder as ocupações enquanto aquilo o que as pessoas faziam em
seu dia a dia eram determinantes para produzir os espaços onde elas aconteciam, logo, para se
produzir bem-estar através das ocupações era necessário cuidar dos espaços sociais. Para Kinder, os
espaços das cidades, assim como das instituições de cuidado, educacionais e jurídicas deveriam ser
construídas e orientadas por projetos que valorizassem a espacialidade das ocupações. Assim,
durante a primeira década do século XX, Kinder foi responsável pela projeção de edifícios de
instituições e programas de ocupações comunitárias durante o período da Reforma Social nos EUA
(ANDERSEN, REED, 2017), contribuindo, significativamente, para a inclusão de pessoas vulneráveis
no sistema de direitos sociais.
Especificamente no contexto brasileiro, a Terapia Ocupacional foi institucionalizada como
uma área voltada para as questões de saúde, sobretudo para as de reabilitação física e mental. No
entanto, desde os anos 1970, devido as importantes mudanças político-sociais do movimento de
redemocratização do país, a Terapia Ocupacional avançou significativamente no aprofundamento,
ampliação e difusão de suas bases filosóficas e, consequentemente, para o aumento de profissionais,
escolas de formação, pesquisa e pós-graduação. Este aumento tem oportunizado maior visibilidade
profissional a partir do direcionamento que vem sendo dado pelos órgãos de representação da área,
sobretudo, numa compreensão da Terapia Ocupacional enquanto direito social. Isso levou
terapeutas ocupacionais, antes inseridas apenas em contextos de cuidado à saúde, para outros
setores, políticas públicas, equipamentos e espaços sociais e comunitários, que as fizeram questionar
os fundamentos iniciais da profissão no contexto brasileiro (LOPES; MALFITANO, 2018). Desta forma,
mais recentemente, no começo dos anos 2000, há uma preocupação global na Terapia Ocupacional
em articular as tendências emergentes e contemporâneas junto a preservação de seu patrimônio
filosófico fundacional, ancorado nos valores e crenças do envolvimento ocupacional.

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Assim, a partir deste contexto, outras perspectivas teórico-metodológicas vêm sendo
desenvolvidas em Terapia Ocupacional. Estas, compreendem as ocupações coletivas em espaços
públicos (KANTARTIZIS, MOLINEUX, 2017), mobilidade urbana cotidiana (GONÇALVES, 2020),
Ensinagem em desenvolvimento local participativo para o planejamento urbano (CORREIA, COSTA,
AKERMAN, 2018), Tecnologia Assistiva no ambiente urbano (FERREIRA, FOLHA, TOBIAS, 2013) e
Terapia Ocupacional Social (CORREIA, COSTA, FARIA, TAKEITI, GONÇALVES, CARVALHO, MACHADO,
2017). Estas perspectivas baseadas em questões urbanas, vêm permitindo a criação e exploração de
estratégias e tecnologias que promovem a realização das ocupações da vida cotidiana e a
participação social de sujeitos e coletivos no espaço social das cidades.

O envolvimento ocupacional nas cidades

Tomam-se duas orientações importantes que respaldam a inserção da Terapia Ocupacional


no campo dos Estudos Urbanos: a primeira está relacionada com a ideia de Maricato (2002) sobre o
“analfabetismo urbano”, que compreende a ausência de dados oficiais sobre as cidades brasileiras,
em especial atenção sobre os modos de vida local; e a segunda compreende que para a produção
destes dados e a consequente intervenção na realidade, esta deve estar calcada em uma visão-ação
inter e transdisciplinar, como propõe Rolnik (1995).
As ocupações humanas, para a Terapia Ocupacional, são compreendidas como aquilo com o
que as pessoas fazem para participar do mundo humano compartilhado. Compreendem, em termos
de classificação geral, as ocupações de autocuidado, domésticas, de trabalho, brincar, lazer, estudos
e comunitárias. Estas classificações funcionam como categorias para terapeutas ocupacionais
compreenderem que as questões que conformam as estruturas e dinâmicas da cidade (espaço social) 4
determinam a forma das ocupações, as funções que elas exercem para os processos de subjetividade
e sociabilidade, assim como os significados que regem o ordenamento político e cultural das cidades
(KANTARTIZIS, MOLINEUX, 2017). Para a Terapia Ocupacional, as cidades são formadas pelo
envolvimento dos sujeitos em ocupações e as ocupações são determinadas pelas estruturas e
dinâmicas das cidades. Trata-se, portanto, de um processo indissociável e complexo, na qual
disciplinas isoladas são insuficientes para gerar respostas às suas necessidades.
Sobre estas questões, os processos tecnológicos em Terapia Ocupacional visam promover e
sustentar a realização de atividades que estruturam, mantêm e criam a vida cotidiana e o tecido
social dos indivíduos e coletivos. Destacam-se, neste sentido, os processos relativos ao envolvimento
ocupacional nas cidades, tanto em suas dimensões públicas, como privadas. Assim, a realização das
atividades enquanto um processo de envolvimento ocupacional no cotidiano é um caminho no qual
os sujeitos se inserem e participam da vida social nas cidades.
Como visto ao longo da história humana, bem como nos marcos fundacionais da Terapia
Ocupacional, as situações de crise, como as epidemias, guerras e mudanças do sistema político-
econômico são questões que modificam a relação dos sujeitos com o tempo e o espaço, sobretudo
no fenômeno que resulta desta relação – o envolvimento ocupacional. O uso e organização do tempo
no espaço é um marcador fundamental para que os seres humanos estruturem o seu cotidiano,
atribuam e compartilhem significados e se envolvam em projetos que lhe deem sentido de
continuidade na vida.
Para além do envolvimento ocupacional no âmbito privado, é importante considerar que no
espaço social das cidades os sujeitos realizam diversas atividades, como as de autocuidado,
alimentação, lazer, trabalho, estudo, mobilidade, entre outras, que lhe permitem participar, mais ou
menos, dos processos de sociabilidade e convivência. No entanto, o envolvimento ocupacional

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nestas atividades pode ser embarreirado ou dificultado por eventos externos, que implicam as
habilidades humanas e o desenvolvimento das capacidades. Neste sentido, as questões
mencionadas, implicam, muitas vezes, em rupturas desta relação, o que, de alguma maneira, irá ser
compreendida como uma demanda em Terapia Ocupacional, a fim de apoiar os sujeitos a
qualificarem e estruturarem este tempo, considerando o envolvimento ocupacional no espaço social.
A epidemia de COVID-19, enquanto um forte exemplo deste exposto, trouxe à reflexão e
critica o significado do isolamento físico e social ao considerar o frágil e desigual tecido social
brasileiro. A gestão do tempo privado – “mantenham-se em casa” e do tempo público “peçam pelo
delivery”, expôs profundas desigualdades socioterritoriais e as oportunidades de quem pode mais ou
menos se manter a salvo da infecção pelo coronavírus. Com isso, viu-se a exposição aceitável e
violenta dos mais pobres, ajustando-se às condições precárias de trabalho para manter a saúde
mental e a sensação de uma vida mais “flexível” às classes dominantes. Desta forma, compreende-se
que há um projeto e gestão da cidade baseada nos modos de envolvimento ocupacional, fortemente
marcadas pelas desigualdades socioterritoriais, que conformam explicitamente uma necropolítica.
Assim, as questões do ordenamento da cidade exigem leituras sobre os marcadores de
desigualdade (FERNANDES, 2005) que implicam a realização das atividades públicas e os modos de
participação social dos sujeitos. Neste sentido, as ocupações e os processos de envolvimento
ocupacional podem ser unidades de análise interessantes e necessárias para compreender as
estruturas e dinâmicas da cidade, sobretudo nos agravamentos das relações entre aquilo que se
produz nas relações entre tempo e espaço social e que, portanto, implica no direito à cidade.

Pode a Terapia Ocupacional ajudar a cidade?


5
Considerando os expostos, sim. Contudo, além do resgate e reconhecimento das proposições
e mudanças epistêmicas dos fundamentos da Terapia Ocupacional, se faz necessário uma produção
política de arranjos mais inter e transdisciplinares, para além da Terapia Ocupacional. É necessário
que as disciplinas mais tradicionais do Urbanismo olhem mais atentamente para o que outras áreas
estão produzindo e aceitando as aproximações, mesmo que isso configure acirrar as disputas
técnico-políticas entre áreas dominadas pela lógica e interesse neoliberal do conhecimento.
A Terapia Ocupacional, neste sentido, pode colaborar com a criação, desenvolvimento,
expansão e ordenamento das cidades, trazendo para o debate os processos educativos que marcam
o envolvimento ocupacional. Reconhecer as ocupações como um marcador, ou determinante social,
contribui com a manutenção ou superação dos mecanismos que atuam na garantia do direito à
cidade e da participação democrática na condução de seus instrumentos jurídico-institucionais.

Referência
ANDERSEN, Lori.T.; REED, Kathlyn. L. The history of Occupational Therapy. Slack Incorporate: Thorofare, New
Jersey, 2017.
CORREIA, Ricardo Lopes.; COSTA, Samira Lima da.; FARIA, Renata da Silva de.; TAKEITI, Beatriz Akemi.;
GONÇALVES, Monica Villaça.; CARVALHO, Claudia Reinoso Araujo de.; MACHADO, Keronlay da Silva. Las experiencias
de formación en Terapia Ocupacional Social en la Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil. Revista Argentina de
Terapia Ocupacional. V.2, n. 2, Buenos Aires, p.11-18, 2016.
CORREIA, Ricardo Lopes.; COSTA, Samira Lima da., AKERMAN, Marco. Processos de ensinagem em
desenvolvimento local participativo. Interações (Campo Grande), v. 18, n.3, 23, 2017.
FERNANDES, Edésio. Direito e gestão na construção da cidade democrática no Brasil. Oculum Ensaios, v. 4, p. 16–
33, 2005.
FERREIRA, Éden Fernando Batista; FOLHA, Otávio Augusto de Araújo Costa; TOBIAS, Maisa Sales Gama. Avaliação

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da percepção sobre o ambiente de circulação: a acessibilidade centrada no usuário. Cadernos de Terapia Ocupacional da
UFSCar, São Carlos, v. 21, n. 1, p. 25-33, 2013.
GONÇALVES, Monica Villaça. A mobilidade urbana de jovens em projeto social do Complexo do Alemão, no Rio
de Janeiro, e suas relações com a terapia ocupacional social. Tese (Doutorado em Terapia Ocupacional). Universidade
Federal de São Carlos, São Carlos, SP, 2020.
HARVEY, David. O direito à cidade. Lutas Sociais, (29), 73–89, 2012.
KANTARTZIS, Sarah., MOLINEUX, Matthew. Collective occupation in public spaces and the construction of the
social fabric. Canadian Journal of Occupational Therapy, v. 84, n. 3, p. 168–177, 2017.
LEFEBVRE, Henri. O direito à cidade. 5o ed, São Paulo: Centauro, 2001.
LOPES, Roseli Esquerdo.; MALFITANO, Ana Paula Serrata. Terapia Ocupacional Social: desenhos teóricos,
contornos práticos. EdUFSCar: São Carlos, 2016.
MARICATO, Ermínia. Erradicar o analfabetismo urbanístico. Revista da FASE, São Paulo, p.1-4, 2002.
ROLNIK, Raquel. O que é cidade. Brasiliense (coleção primeiros passos): São Paulo, 1995.

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