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POLÍTICAS PÚBLICAS
Pois a autora citada considera que tais eventos possibilitaram uma avaliação
crítica dos rumos da Psicologia. Gonçalves (2010) acrescenta que outras experiências
importantes, no sentido de colocar o tema Políticas Públicas em questão na Psicologia,
buscando-se pensar um novo fazer dos profissionais de Psicologia nesse contexto,
foram: as iniciativas do Conselho Federal da Psicologia, por meio dos Seminários
Nacionais de Psicologia e Políticas Públicas; o Banco Social de Serviços em Psicologia;
e Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP).
No que se referem aos Seminários Nacionais de Psicologia e Políticas Públicas,
já foram realizados seis, acontecendo sempre como evento articulado ao Congresso
Norte-Nordeste de Psicologia, o CONPSI. O I Seminário Nacional de Psicologia e
Políticas Públicas, realizado em 2001 em Salvador, conforme relatório publicado, teve
como tema Políticas Públicas como um desafio para os psicólogos. Dentre outros
aspectos discutiu-se o fato de os profissionais de Psicologia não serem formados para
atuar no setor público. A partir das discussões realizadas em áreas como saúde e
educação, apontaram para a necessidade de desconstrução de determinadas maneiras de
intervenção, uma vez que estas estavam voltadas para o atendimento individual,
fundamentada em uma prática normalizadora e adaptativa.
Representativa dessa forma como a Psicologia estava ocupando as Políticas
Públicas foi a intervenção de Marcus Vinícius de Oliveira, que, enquanto coordenava a
mesa de abertura do I Seminário Nacional, considerou, por um lado, serem as Políticas
Públicas um espaço estratégico para sobrevivência da Psicologia, haja visto o fato de
estar em xeque a possibilidade de o profissional de Psicologia continuar se apresentando
como um profissional liberal, mas por outro lado aproveitou para chamar atenção para o
fato de que:
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