Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
GEOLOGIA DA BAHIA
Pesquisa e Atualização
Governador
Jaques Wagner
Secretário
James Silva Santos Correia
Diretor Presidente
Hari Alexandre Brust
Diretor Técnico
Rafael Avena Neto
Reitora
Dora Leal Rosa
Vice-Reitor
Luiz Rogério Bastos Leal
Coordenação Geral
Volume 1
Coordenação Geral
Johildo Salomão Figueirêdo Barbosa
Editores
Johildo Salomão Figueirêdo Barbosa
Juracy de Freitas Mascarenhas
Luiz César Corrêa Gomes
José Maria Landim Dominguez
Jailma Santos de Souza
Editoração Gráfica
Gabriela Nascimento
Letícia Nunes de Almeida Gouveia
Marcela Matthews Soares
Rafael Gordilho Barbosa
Tarcio Cândido Roseira Viana
Revisão Ortográfica
Enock Dias de Cerqueira
Francisco Baptista Duarte
Revisão Geral
Augusto J. Pedreira da Silva
G345 Geologia da Bahia : pesquisa e atualização / coordenação geral Johildo Salomão Figueirêdo
Barbosa. – Salvador : CBPM, 2012.
2 v. : il. color. – (Série publicações especiais ; 13).
Convênio CBPM-UFBA.
ISBN 978-85-85680-47-3 (v. 1).
CDD 558.142
CDU 551(813.8)
A Bahia, um dos estados brasileiros com notável apelo nacional e internacional pela geodiversidade de seu ter-
ritório, destaca-se, por exemplo, em possuir rochas dentre as mais antigas da história da Terra, com idades de
3,4-3,5 bilhões de anos. A antiguidade e a boa preservação de algumas sequências estratigráficas do Arqueano
e do Paleoproterozoico são completadas por importantes registros do Fanerozoico e que nos tem possibilitado,
gradativamente, traçar o desenvolvimento crustal e litosférico do embasamento do cráton e de suas faixas móveis
Brasilianas circunjacentes.
Diante dessa importância surgiu a idéia de reunir todos os dados geológicos existentes no Estado, da carta de
Pero Vaz de Caminha aos tempos atuais, e assim publicar este livro “Geologia da Bahia. Pesquisa e Atualização”.
Desta forma, no final de 2008 foi celebrado um convênio entre a CBPM-Companhia Baiana de Pesquisa Mineral
e a UFBA-Universidade Federal da Bahia, essa ultima através do NGB-Núcleo de Geologia Básica-Mapeamento
Geológico e Metalogênese do IGEO-Instituto de Geociências, visando a elaboração desta valiosa obra.
Seus autores, de comum acordo, decidiram contar a história geológica da Bahia por Eras, desde o Paleoarquea-
no até o final do Neógeno. Diante da grande quantidade de informações, a obra foi dividida em dois volumes. O
primeiro dedica-se à história da geologia da Bahia, às contribuições da geofísica e principalmente às rochas do
embasamento precambriano (Capítulos I ao VII) enquanto o segundo, às rochas de cobertura (Capítulos VIII ao
XIX). O Capítulo XX é de conclusão e está reservado à evolução tectônica e metalogenética do estado.
A criação, fundamentos e forma final deste livro têm contribuições de muitas e muitas fontes, entre as quais
algumas inéditas. Tentamos render homenagem a todos estes contribuidores, tentando fazer um referencial bi-
bliográfico o mais rico e impessoal possível.
A CBPM, sempre comprometida com o desenvolvimento mineral do Estado e prestes a completar 40 anos de
ações centradas no esforço de gerar produtos objetivando a geração de informações básicas sobre a geologia do
nosso território, publica este importante trabalho. Com o cuidado extremo dispensado pelos autores, revisores
e organizadores, esta obra visa contribuir com o avanço do conhecimento da geologia da Bahia. Com os mapas
geológicos ao milionésimo devidamente revisados, e as modificações inseridas ao longo do texto, ela será útil,
não somente à nova geração de geocientistas e profissionais da área, mas também a empresas que lidam com
as Ciências da Terra. Estamos, portanto, felizes com mais esta realização, e convictos de que este livro será um
referencial de destaque, um marco notável e notório nos tempos atuais e naqueles que advirem.
In Memoriam
Hermes Augusto Verner Inda
Capítulo I
Histórico da Geologia da Bahia
Benjamim Bley de Brito Neves (USP), Augusto Jose Pedreira (CBPM) & Juracy de Freitas Mascarenhas (CBPM)
1 Introdução... 33
2 Periodização... 36
2.1 Período colonial (1500-1808)...37
2.2 Na Trilha da Liberdade (1808 – 1907)...41
2.2.1 Primeira Fase (1808- 1839)...41
2.2.2 Segunda Fase (1839-1870)...42
2.2.3 Terceira Fase (1870-1907)...43
3 Pós 1907-processos de urbanização e industrialização mais período desenvolvimentista... 46
3.1 Pré anos 60...46
3.2 Anos 60...49
4 Pós-década de “60”/Sob o signo do desenvolvimentismo... 50
4.1 Os anos pós-60. As pedras angulares da evolução do conhecimento geológico da Bahia...50
4.1.1 PETROBRAS - Petróleo Brasileiro S/A...51
4.1.2 SBG - Sociedade Brasileira de Geologia...52
4.1.3 CPRM - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais–Serviço Geológico do Brasil...53
4.1.4 CBPM - Companhia Baiana de Pesquisa Mineral...56
4.1.5 O papel das Universidades...56
4.1.6 Projeto RADAMBRASIL...59
5 Síntese... 59
Capítulo II
Estudos Geofísicos. Evolução e Estágio Atual do Conhecimento
Edson Emanoel Starteri Sampaio (UFBA) & Raymundo Wilson Santos Silva (CBPM)
1 Introdução... 63
2 Aplicações da geofísica...64
3 Levantamentos geofísicos... 65
3.1 Gravimetria...65
3.2 GDS...68
G eo lo g i a d a Ba h ia • 9
Capítulo III
Terrenos Metamórficos do Embasamento
Johildo Salomão Figueirêdo Barbosa (UFBA), Simone Pereira Cruz (UFBA) & Jailma Santos de Souza (UFBA)
1 Introdução... 101
2 Unidades Litoestratigráficas... 102
2.1 Localização das rochas arqueanas e paleoproterozoicas do embasamento...102
2.2 Principais Litologias do Bloco Gavião (Parte Norte)...107
MESOARQUEANO
2.2.1 Gnaisses e migmatitos...108
2.2.2 Greenstone Belt Mundo Novo...109
2.2.3 Complexo Mairi...109
NEOARQUEANO
2.2.4 Greenstone Belt Lagoa do Alegre...114
2.2.5 Greenstone Belt Salitre-Sobradinho...114
2.2.6 Complexo Barreiro...114
PALEOPROTEROZOICO
2.2.7 Grupo Colomi...115
2.2.8 Complexo Serra da Boa Esperança...115
2.2.9 Complexo Carbonatítico Angico dos Dias...115
2.2.10 Complexo Máfico-Ultramáfico do Peixe...116
2.2.11 Complexo Máfico-Ultramáfico de Campo Alegre de Lourdes...117
2.2.12 Complexo Saúde...117
2.2.13 Grupo Jacobina ...117
2.2.14 Complexo Máfico-Ultramáfico de Campo Formoso...118
2.2.15 Granitoides...119
2.3 Principais Litologias do Bloco Gavião (Partes Oeste, Central e Sul)...119
PALEOARQUEANO
2.3.1 Rochas Tonalíticas, Trondhjemíticas, Granodioríticas (TTGs)...120
MESOARQUEANO
2.3.2 Complexo Gnáissico Migmatítico...122
10 • G e olog i a da B a hi a
G eo lo g i a d a Ba h ia • 11
12 • G eolog i a da B a hi a
Capítulo IV
Greenstone Belts e Sequências Similares
José Carlos Cunha (CBPM), Johildo S. F. Barbosa (UFBA) & Juracy de F. Mascarenhas (CBPM)
1 Introdução...203
2 Greenstone Belts na Bahia...207
2.1 Principais Greenstone Belts e Sequências Similares...207
2.2 Ocorrências de Komatiitos na Bahia...210
2.3 O Caso Contendas Mirante...213
3 Greenstone Belts do Bloco Gavião (Parte Norte)...216
PALEOARQUEANO-MESOARQUEANO
3.1 Greenstone Belt Mundo Novo...218
3.1.1 Embasamento...220
3.1.2 Sequência Inferior...220
3.1.3 Sequência Média...222
3.1.4 Sequência Superior...222
3.1.5 Estruturas e Metamorfismo...224
3.1.6 Intrusivas Pós-Tectônicas...226
3.1.7 Dados Litogeoquímicos...226
3.1.8 Dados Geocronológicos...226
3.1.9 Recursos Minerais...227
NEOARQUEANO
3.2 Greenstone Belt Lagoa do Alegre...228
3.2.1 Sequência Inferior...229
3.2.2 Sequência Superior...231
3.2.3 Dados geocronológicos...231
3.2.4 Recursos Minerais...232
3.3 Greenstone Belt Salitre-Sobradinho...232
3.3.1 Sequência Inferior...233
3.3.2 Sequência Superior...235
3.3.3 Estruturas e Metamorfismo...237
3.3.4 Dados Litogeoquímicos...239
3.3.5 Dados Geocronológicos...239
G eo lo g i a d a Ba h ia • 13
14 • G e olog i a da B a hi a
G eo lo g i a d a Ba h ia • 15
Capítulo V
Granitoides
Johildo S.F. Barbosa (UFBA), Marilda Santos-Pinto (UEFS), Simone C. P. Cruz (UFBA)
& Jailma Santos de Souza (UFBA)
1 Introdução...327
2 Granitoides do Bloco Gavião (Parte Norte)...328
PALEOPROTEROZOICO
2.1 Granitoide Campo Formoso...328
2.2 Granitoide Carnaíba...330
2.3 Granitoide Cachoeira Grande...336
2.4 Granitoide Flamengo...336
2.5 Granitoide Jaguarari...336
2.6 Granitoide Serra do Meio...337
2.7 Síntese dos Dados Litogeoquímicos e Geocronológicos ...337
3 Granitoides do Bloco Gavião (Partes Central, Sul e Oeste...339
PALEOARQUEANO
3.1 Granitoide Sete Voltas...339
3.2 Granitoide Boa Vista/Mata Verde...339
3.3 Granitoide Bernarda...342
3.4 Granitoide Aracatu...343
3.5 Granitoide Mariana...343
MESOARQUEANO
3.6 Granitoide Sete Voltas...344
3.7 Granitoide Lagoa do Morro...344
3.8 Granitoide Serra do Eixo...345
3.9 Granitoide Lagoa da Macambira...346
3.10 Granitoide Serra dos Pombos...346
3.11 Granitoide Malhada de Pedra...346
16 • G eolog i a da B a hi a
G eo lo g i a d a Ba h ia • 17
18 • G e olog i a da B a hi a
Capítulo VI
Serra de Jacobina e Contendas-Mirante
Carlson de Matos Maia Leite (UFBA/Petrobras) & Moacyr Moura Marinho (UFBA)
1 Introdução...397
2 Região da Serra de Jacobina...398
PALEOARQUEANO-MESOARQUEANO
2.1 Greenstone Belt de Mundo Novo...398
2.1.1 Domínio Máfico–Ultramáfico...398
2.1.2 Domínio Vulcânico Máfico...401
2.1.3 Domínio Vulcânico Félsico-Sedimentar...401
2.1.4 Domínio Metassedimentar...402
2.2 Complexo Saúde...402
PALEOPROTEROZOICO
2.3 Grupo Jacobina...403
2.3.1 Formação Bananeira...404
2.3.2 Formação Serra do Córrego...404
2.3.3 Formação Rio do Ouro...404
2.3.4 Formação Cruz das Almas...405
2.3.5 Rochas Magmáticas...405
2.4 Tectônica...407
2.4.1 Estruturas Dúcteis...407
2.4.2 Estruturas Rúpteis-Dúcteis e Rúpteis...410
2.5 Metamorfismo...410
2.6 Síntese e Evolução Geotectônica do Grupo Jacobina...414
3 Região de Contendas-Mirante...418
ARQUEANO
3.1 Unidade Inferior...421
3.1.1 Formação Jurema-Travessão...421
3.1.2 Formação Barreiro d’Anta...425
3.1.3 Subvulcânicas de Barra da Estiva...426
3.2 Unidade Média...426
3.2.1 Formações Rio Gavião e Mirante...426
3.2.2 Metavulcânicas Calcialcalinas...427
PALEOPROTEROZOICO
3.3 Unidade Superior...429
3.4 Tectônica...429
G eo lo g i a d a Ba h ia • 19
Capítulo VII
Corpos Máficos-Ultramáficos
Angela Beatriz de Menezes Leal (IGEO/UFBA), Johildo Salomão Figueiredo Barbosa (IGEO/UFBA)
& Luiz César Corrêa-Gomes (IGEO/UFBA)
1 Introdução...443
2 Corpos Máfico-Ultramáficos do Bloco Gavião (Parte Norte)...444
PALEOPROTEROZOICO
2.1 Complexo Máfico-Ultramáfico de Campo Alegre de Lourdes...444
2.2. Complexo Máfico-Ultramáfico do Peixe...449
2.3. Complexo Máfico-Ultramáfico de Campo Formoso...450
3 Corpos Máfico-Ultramáficos do Bloco Gavião (Parte Sul)...454
NEOARQUEANO
3.1. Sill do Rio Jacaré...454
4 Corpos Máfico-Ultramáficos do Bloco Serrinha...457
MESOARQUEANO
4.1. Complexo Máfico-Ultramáfico de Pedras Pretas (Peridotito Cromitífero de Santa Luz)...457
5 Corpos Máfico-Ultramáficos do Bloco Uauá...459
MESOARQUEANO
5.1. Complexo Anortosítico-Leucogabroico de Lagoa da Vaca...459
6 Corpos Máfico-Ultramáficos do Bloco Jequié...462
PALEOPROTEROZOICO
6.1. Maciço do Rio Piau...462
6.2. Maciço de Samaritana/Carapussê...465
7 Corpos Máfico-Ultramáficos do Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá (Parte Norte)...468
MESOARQUEANO
7.1. Rochas Máfica-Ultramáficas do Vale do Curaçá...468
7.2. Suíte São José do Jacuípe...475
7.3. Rochas Máfica-Ultramáficas do Vale do Jacurici...475
8 Corpos Máfico-Ultramáficos do Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá (Parte Sul)...478
PALEOPROTEROZOICO
8.1 Maciço de Mirabela...478
8.2. Maciço de Palestina...481
9 Síntese...481
20 • G eolog i a da B a hi a
•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
Capítulo VIII
Supergrupos Espinhaço e São Francisco
José Torres Guimarães (CPRM-SUREG/SA), Fernando Flecha Alkmim (UFOP)
& Simone Cerqueira Pereira Cruz (UFBA)
1 Introdução...33
2 Evolução do Conhecimento dos Supergrupos Espinhaço e São Francisco...37
3 Supergrupo Espinhaço na Região da Chapada Diamantina...41
MESOPROTEROZOICO
3.1 Formação Serra da Gameleira...42
3.2 Grupo Rio dos Remédios...45
3.3 Grupo Paraguaçu...48
3.4 Grupo Chapada Diamantina...50
3.5 Formação Morro do Chapéu...54
4 Supergrupo Espinhaço na Região do Espinhaço Setentrional...55
4.1 Formação Algodão...56
4.2 Grupo Oliveira dos Brejinhos...57
4.3 Grupo São Marcos...61
4.4 Grupo Santo Onofre...63
5 Supergrupo Espinhaço na Região Ocidental da Bahia...67
NEOPROTEROZOICO
6 Supergrupo São Francisco...68
6.1 O Supergrupo São Francisco na Chapada Diamantina...68
6.1.1 Formação Bebedouro...68
6.1.2 Formação Salitre...72
7 Supergrupo São Francisco na Região Ocidental da Bahia...74
7.1 Formação Jequitaí (Grupo Macaúbas)...74
7.2 Grupo Bambuí...74
8 Estilos Deformacionais do Supergrupo São Francisco...76
8.1 Corredor de Deformação do Paramirim...79
8.1.1 O Cinturão de Falhamentos e Dobramentos da Chapada Diamantina...79
8.1.2 Cinturão de Falhamentos e Dobramentos do Espinhaço Setentrional...81
8.2 deformação das Coberturas da Região Ocidental...82
9 Síntese e Evolução Tectônica...83
G eo lo g i a d a Ba h ia • 21
1 Introdução...87
2 Faixa Rio Preto...89
2.1 Evolução dos Conhecimentos...89
2.2 Estratigrafia...91
ARQUEANO-PALEOPROTEROZOICO
2.2.1 Embasamento...91
MESOPROTEROZOICO-NEOPROTEROZOICO
2.2.2 Grupo Rio Preto. Formação Formosa...93
NEOPROTEROZOICO
2.2.3 Grupo Santo Onofre...94
2.2.4 Formação Canabravinha...94
2.2.5 Grupo Bambui...95
CRETÁCEO
2.2.6 Grupo Urucuia...96
CENOZOICO
2.2.7 Coberturas Paleógenas-Neógenas...96
2.3 Sedimentologia e Modelo Deposicional...96
2.4 Geologia Estrutural e Tectônica...103
2.5 Metamorfismo e Geocronologia...110
3 Faixa Riacho do Pontal...112
3.1 Evolução dos Conhecimentos...112
3.2 Estratigrafia...113
ARQUEANO-PALEOPROTEROZOICO
3.2.1 Embasamento...114
MESOPROTEROZOICO
3.2.2 Rochas Metassedimentares da Chapada Diamantina...114
NEOPROTEROZOICO
3.2.3 Suíte Afeição...114
3.2.4 Grupo Casa Nova...114
3.2.5 Complexo Brejo Seco...117
3.2.6 Rochas Plutônicas...117
PALEOZOICO-MESOZOICO
3.2.7 Coberturas Fanerozoicas...120
3.3 Sedimentologia e Modelo Deposicional...120
3.4 Geologia Estrutural e Tectônica...120
Capítulo X
Orógeno Araçuaí
Simone Cerqueira Pereira Cruz (UFBA), Fernando Flecha Alkmim (UFOP), Augusto José Pedreira da Silva
(CBPM), Leo Rodrigues Teixeira (CPRM), Antônio Carlos Pedrosa Soares (UFMG), Luiz César Corrêa Gomes
(UFBA), Jailma Santos de Souza (UFBA) & Ângela Beatriz de Menezes Leal (UFBA)
1 Introdução...131
1.1 Orógeno Araçuaí...131
1.2 Evolução do Conhecimento sobre o Orógeno Araçuaí na Bahia...132
2 Faixa Araçuaí...139
2.1 Estratigrafia...139
ARQUEANO-PALEOPROTEROZOICO-MESOPROTEROZOICO
2.1.1 Embasamento...139
NEOPROTEROZOICO
2.1.2 Suíte Salto da Divisa...140
2.1.3 Grupo Macaúbas...142
2.1.4 Grupo Rio Pardo...143
2.1.5 Grupo Una...145
2.1.6 Complexo Gabro-Anortosítico Rio Pardo...145
2.1.7 Província Alcalina do Sul da Bahia...149
2.2 Arcabouço Estrutural e Metamorfismo...152
2.2.1. Zona de Interferência Orógeno Araçuaí e Aulacógeno do Paramirim...152
2.2.2 Saliência do Rio Pardo...160
2.2.3 Zonas de cisalhamento Itabuna-Itaju do Colônia e Itapebi-Potiraguá...161
2.2.4 Bacia do Rio Pardo...164
3 Núcleo Orogênico de Alto Grau...165
3.1. Estratigrafia...167
3.1.1 Complexo Jequitinhonha...167
3.1.2 Supersuítes Plutônicas...168
3.2 Arcabouço Estrutural e Metamorfismo...172
3.2.1 Principais Traços Estruturais...172
3.2.2 Metamorfismo...172
4 Síntese e Evolução Tectônica...172
4.1 Bacia Precursora Macaúbas...173
4.2 Fechamento Inicial da Bacia Macaúbas...173
G eo lo g i a d a Ba h ia • 23
Capítulo XI
Faixa Sergipana
Elson Paiva de Oliveira (Unicamp)
1 Introdução...179
2 Faixa Sergipana no Estado da Bahia...184
2.1. Domínios Tectônicos...184
ARQUEANO-PALEOPROTEROZOICO
2.1.1 Embasamento Arqueano-Proterozoico...184
NEOPROTEROZOICO
2.1.2 Domínio Estância...184
2.1.3 Domínio Vaza Barris...189
2.1.4 Domínio Macururé...191
2.1.5 Domínio Marancó...191
2.1.6 Domínios Poço Redondo e Canindé...195
2.2. Síntese e Modelo Tectônico Regional...196
Capítulo XII
Diques Máficos
Angela Beatriz de Menezes Leal (UFBA), Luiz César Corrêa-Gomes (UFBA) & José Torres Guimarães (CPRM)
1 Introdução...199
ARQUEANO-PALEOPROTEROZOICO
2 Províncias de Diques Máficos...200
2.1 Província Uauá-Caratacá...200
2.1.1. Aspectos de Campo e Estruturais...200
2.1.2. Dados Petrográficos...204
2.1.3. Dados Litogeoquímicos...204
2.1.4 Dados Geocronológicos e Tectônicos...205
2.2 Província Salvador...206
2.2.1 Aspectos de Campo e Estruturais...206
2.2.2 Dados Petrográficos...207
2.2.3 Dados Litogeoquímicos...207
2.2.4 Dados Geocronológicos e Tectônicos...208
3 Ocorrência de Diques Máficos...208
24 • G eolog i a da B a hi a
Capítulo XIII
Bacias Paleozoicas e Mesozoicas
Antonio Sérgio Teixeira Netto (Consultor)
1 Introdução...233
PALEOZOICO
2 Borda sul da Bacia do Parnaíba...234
3 Ocorrências Paleozoicas no nordeste e seus registros em subsuperfície por sob o rift-valley
Mesozoico...235
MESOZOICO
4 Bacia Sedimentar Jurássica da Depressão Afro-Brasileira...238
G eo lo g i a d a Ba h ia • 25
Capítulo XIV
Tectônica das Bacias Paleozoicas e Mesozoicas
Luiz César Corrêa-Gomes (UFBA) & Nivaldo Destro (PETROBRAS)
1 Introdução...255
PALEOZOICO-MESOZOICO
2 Bacias Paleozoica-Mesozoicas...259
2.1 Depósitos sedimentares da região de Paulo Afonso e Santa Brígida...259
2.2 Bacia do Parnaíba...259
2.3 Bacia do Urucuia...260
MESOZOICO
3 Bacias Mesozoicas...263
3.1 Bacias Tipo Rift...264
3.1.1 Modelos de formação de Bacias Tipo Rift...265
3.2 Bacias Tipo Rift. Quebra de supercontinentes e anomalias termais...266
4 Evolução Tectônica da Borda Atlântica da Bahia...269
5 Herança Estrutural do Embasamento nas BaciasTipo Rift...272
6 Relevo Associado as Bacias Tipo Rift...282
7 Modos de Falhamento e Bacias Tipo Rift...285
8 Visão Geral do Sistema de Bacias do Recôncavo-Tucano-Jatobá (SBRTJ)...288
8.1 Planos de Falhas.Visão Geral...292
8.1.1 Planos de falha com cinemática deduzida...292
8.2 Orientações dos Campos de Tensão...295
8.2.1 Orientações dos campos de tensão por subáreas...298
9 Sistemas de Falhas, Estágios Evolutivos e Orientações de Campos de Tensão em Bacias do Tipo Rift ...302
9.1 Grande Rift Este Africano...302
9.2 Evolução Tectônica Polifásica do Rift Recôncavo-Tucano-Jatobá...303
9.3. Falhas Transversais em Bacias tipo Rift. Falhas de Transferência e de Alívio...304
9.4 Magnitudes Relativas dos Tensores Principais e os Sistemas de Falha em Bacias Tipo Rift...306
9.5 Falhas Translacionais versus Rotacionais...308
10 Sistemas de Falhas no Terreno. O Complexo Quadro de Campos de Tensão do SBRTJ...309
10.1 Falhas Longitudinais...310
10.2 Falhas Transversais...311
11. Considerações Finais...313
26 • G e olog i a da B a hi a
Capítulo XV
Geologia das Bacias Sedimentares da Margem Continental
do Estado da Bahia
Webster Mohriak (PETROBRAS)
1 Introdução...327
1.2 Base de Dados...328
2 Evolução Tectônica da Região Leste Brasileira...329
2.1 Evolução Estrutural e Estratigráfica das Bacias da Margem Continental...331
2.1.1 Megassequência Pré-Rift...332
2.1.2 Megassequência Sin-rift...335
2.1.3 Megassequência Transicional...336
2.1.4 Megassequência Pós-Rift...336
2.2 Modelos Evolutivos Conceituais...338
2.3 Principais Feições Morfoestruturais da Região Oceânica...339
2.3.1 Interpretação Geológica e Geofísica de Feições Crustais...345
3 Características Estruturais das Bacias...350
3.1 Margem Nordeste (Segmento Transversal)...350
3.1.1 Bacia de Jacuípe...350
3.2 Margem Leste (Segmento Divergente)...351
3.2.1 Bacia de Camamu...351
3.2.2 Bacia do Almada...352
3.2.3 Bacia do Jequitinhonha...353
3.2.4 Bacia de Cumuruxatiba...354
3.2.5 Bacia de Mucuri...356
3.3 Vulcanismo pós-rift...359
4 Geologia de Petróleo...361
5 Síntese...363
G eo lo g i a d a Ba h ia • 27
1 Introdução...365
2 Distribuição Geográfica e Contexto Geológico...366
3 Estudos Prévios sobre a Formação Barreiras...368
4 Caracterização de Associações Faciólogicas...369
4.1 Associação de Fácies CF...371
4.2 Associação de Fácies PI...371
4.3 Associação de Fácies BD...371
4.4 Associação de Fácies PD...373
4.5 Associação de Fácies CD...373
4.6 Associação de Fácies BE/DM...376
4.7 Associação de Fácies P...376
4.8 Associação de Fácies AP...376
4.9 Associação de Fácies CM...377
4.10 Associação de Fácies PM...384
5 Paleoambientes de Deposição...384
6 Distribuição Espacial...388
7 Considerações sobre a Tectônica...389
8 Síntese...391
Capítulo XVII
Zona Costeira do Estado da Bahia
José Maria Landim Dominguez (UFBA) & Abilio Carlos da Silva Pinto Bittencourt (UFBA)
1 Introdução...395
2 Origem da Zona Costeira...395
2.1 Principais Controles...396
2.1.1 Geologia Pré-Quaternária...396
2.1.2 Cráton do São Francisco...396
2.1.3 Faixa de Dobramentos Araçuaí...396
2.1.4 Bacias Sedimentares Mesozoicas...396
2.1.5 Tabuleiros Costeiros...397
2.2 Suprimento de Sedimentos...397
2.3 Variações do Nível do Mar...397
2.3.1 Clima e Fatores Oceanográficos...399
3 Compartimentação da Zona Costeira Baiana...399
3.1 Costa do Litoral Norte...399
28 • G eolog i a da B a hi a
Capítulo XVIII
Plataforma Continental
José Maria Landim Dominguez (UFBA), Alina Sá Nunes (UFBA-UNIME), Renata Cardia Rebouças (UFBA),
Rian Pereira da Silva (UFBA), Antonio Fernando Menezes Freire (CENPES-PETROBRAS) & Carolina de Almeida
Poggio (UFBA)
1 Introdução...427
2 Arcabouço Geológico...428
3 Aspectos Oceanográficos...430
3.1 Ondas...430
3.2 Correntes de Maré...430
3.3 Correntes Geradas pelo Vento...430
3.4 Correntes Geostróficas...432
4 Suprimento de Sedimentos...432
5 Batimetria...438
G eo lo g i a d a Ba h ia • 29
Capítulo XIX
Neotectônica
Luiz C. Corrêa-Gomes (UFBA), Jose Martin Ucha (CG-DCA-IFBA) & Idney Cavalcanti da Silva (UFBA)
1 Introdução...497
1.1 Padrões de Orientação de Planos de Falhas e dos Campos de Tensão...499
2 Fatores de Influência na Orientação Local de Campos de Tensão...503
3 Mecanismos de Geração dos Campos de Tensão...507
4 Idades dos Campos de Tensão da Formação Barreiras...510
5 Motores de Geração dos Campos de Tensão...510
6 Implicações Regionais...514
7 Síntese...514
Capítulo XX
Evolução Tectônica e Metalogenética
Johildo S. F. Barbosa (UFBA), Juracy de F. Mascarenhas (CBPM), José Maria Landim Dominguez (UFBA)
& Antônio Sergio Teixeira Netto (Consultor)
1 Introdução...517
2 Arqueano...519
2.1 Bloco Gavião (Parte Norte)...519
2.2 Bloco Gavião (Partes Oeste, Central e Sul)...520
30 • G eolog i a da B a hi a
Referências...567
G eo lo g i a d a Ba h ia • 31
1 Introdução
O resgate da história da evolução do conhecimento geológico de uma determinada região é, a um só tempo, uma
tarefa difícil e delicada, na mesma proporção que é uma tarefa necessária. Geralmente, este resgate está dentro
de um contexto maior da ciência e da tecnologia, e, de certa forma, do contexto político vigente, dos quais não
pode nem deve ser separado. Mas, esta é uma tarefa essencial e em processo em qualquer civilização que queira
ser julgada como tal.
Em primeiro lugar, há uma grande heterogeneidade de fontes e registros das informações e nas ênfases escolhi-
das e dadas pelos eventuais historiadores, houve sempre certa falta de cuidado na preservação dos registros, e
muitas vezes não se deu a devida importância como matéria-prima da própria ciência. No caso do Brasil, costu-
ma-se dizer que “este é um país sem memória...”, mas isto não é um fato total, felizmente. Consoante Motoyama
(2004), no seu prelúdio para uma história, “existe uma história belíssima e fascinante que ainda não foi escrita
– pelo menos em sua plenitude. Trata-se da história da técnica , da ciência e da tecnologia no Brasil”. Qualquer
autor, ou grupo de autores, estará fadado tanto a dar pesos distintos para os acontecimentos, como também,
lamentavelmente, estará sujeito a omissões.
No caso das ciências geológicas em particular, onde se tem um cotejo de fatos complexos e multifários , houve
uma série de fatos marcantes, de repercussão rica ao nível continental que aparecem na maioria das restituições
históricas. Mas há alguns acontecimentos locais (caso da Bahia, como exemplo) de grande importância para a
história dos conhecimentos e para o desenvolvimento econômico que carecem ser pinçados e exaltados com o
devido peso. No compromisso de traçar uma história de desenvolvimento científico e tecnológico serão muitos os
percalços, alguns dos quais inevitáveis.
Hi stó r i co d a G eo lo g i a d a Ba h ia • 33
34 • G eolog i a da B a hi a
Hi stó r i co d a G eo lo g i a d a Ba h ia • 35
36 • G eolog i a da B a hi a
Hi stó r i co d a G eo lo g i a d a Ba h ia • 37
38 • G eolog i a da B a hi a
(i) 1553 – Francisco Bruza Espinosa: teria partido da É justo acrescentar, que no final do século XVIII, co-
vila de Porto Seguro, percorrendo o vale do rio Jequi- meçou a florescer algum estímulo para o desenvol-
tinhonha e as cabeceiras dos rios Pardo e das Velhas, vimento científico no Brasil (inclusive em ramos da
alcançando até o rio São Francisco; o geólogo Orville geologia), com pesquisadores do escol dos irmãos
A. Derby reconstituiu o seu itinerário (Fig.I.2). Entre- Andrada (José Bonifácio e Martim Francisco), Manoel
tanto, esta expedição não trouxe minérios nem pedras Ferreira Bethencourt (o “intendente Câmara”), Mano-
preciosas; apenas notícias de riquezas a serem des- el de Arruda Câmara e outros. As primeiras informa-
cobertas. ções sobre os diamantes do Brasil foram publicadas
Hi stó r i co d a G eo lo g i a d a Ba h ia • 39
40 • G e olog i a da B a hi a
2.2.1 Primeira Fase (1808-1839) Figura I.3 - Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855)
Hi stó r i co d a G eo lo g i a d a Ba h ia • 41
Em síntese, Spix e Martius (Fig.I.4) elaboraram um Sem que tenha havido um marco fixo natural, esta
tratado magnífico sobre nossas condições sociais, primeira fase é um preâmbulo dos acontecimentos da
políticas, econômicas e com informações preciosas fase subsequente.
sobre as ciências naturais, geologia e geografia inclu-
sive. 2.2.2 Segunda Fase (1839-1870)
Com respeito aos diamantes, há várias menções an- Esta segunda fase tem a marca dada pelo esforço de
teriores e posteriores a Spix e Martius, sem o peso de construção de uma ciência nacional, no campo das
publicação científica. Há referências ao Capitão-Mor geociências e outros, consoante Figueirôa (1992), com
Félix Ribeiro Novaes que havia encontrado diamantes uma participação efetiva de muitos cientistas nas-
próximo a Boninal, na parte central da Bahia. Outra cidos e educados no Brasil (ainda que alguns deles
referência é de 1841, na Serra do Assuruá, entre Mi- tenham estudado no exterior). Ainda assim, a contri-
radouro e Xique-Xique, encontrados por um senhor buição de naturalistas estrangeiros foi auspiciosa e
chamado de “Mineiro Matos”. Em 1844, José Pereira expandida, numa continuidade e enriquecimento do
Prado (“Cazuzinha do Prado”) extraiu alguns diaman- que começara na fase anterior.
tes do rio Mucugê (hoje rio Mucugezinho). Vide refe-
rências em Teixeira & Linsker (2005). Destaque inicial para o francês A. Pisis (apud Ghig-
none 1979 e Oliveira & Leonardos 1943) que viajou
Charles Darwin (Fig.I.5), a bordo do navio Beagle , pas- algum tempo pelo Brasil e publicou um trabalho
sou pelos rochedos de São Pedro e São Paulo, Bahia acompanhado de um mapa geológico da parte leste
e Rio de Janeiro, em 1832, retornando quatro anos do Brasil (mapa ideal para o início do Siluriano). Este
mais tarde à Bahia e Pernambuco. Suas passagens e autor fez um relato sobre a “Bacia de Salvador”, em
observações pelo país tiveram repercussões em vários 1842, incluindo mapeamento geológico, indo ao lon-
campos das ciências, muito além da sua proposição da go da costa até Maraú. É dele a primeira tentativa de
teoria de evolução das espécies. interpretar a tectônica, identificando fases, do Paleo-
zoico ao Terciário.
42 • G eolog i a da B a hi a
Em 1854 foi divulgado o primeiro mapa geológico do 2.2.3 Terceira Fase (1870-1907)
Brasil por Franz Foetterle, sob as ordens do Instituto
Geológico Imperial Austríaco, e que se acha repro- Motoyama (2004) coloca como fecho desta etapa pós-
duzido no artigo de Schobbenhaus e Mantesso-Neto -chegada da família real em 1889 (Proclamação da
(2004). Este mapa, com legenda ampla (cores e tra- República), enquanto que S.F.M. Figueirôa o coloca
mas) que traz inclusive informações de países vizi- em 1907, o que para termos de evolução da geologia
nhos (vai de 5o N até 35o S) é referencial muito impor- parece mais adequado, e foi adotado. Esta é uma fase
tante para o conhecimento da geologia do Brasil e da de expansão dos espaços institucionais nos quais as
Bahia (mapa mural, na escala 1:15.000.000). Na sua ciências geológicas estiveram presentes, mas tam-
nota explicativa Foetterle relaciona dezenas de fon- bém de criação de várias instituições especificas como
tes, de praticamente todos os pesquisadores estran- a Comissão Geológica do Brasil - CGB, a Comissão Ge-
geiros que até então tinham visitado o Brasil. ográfica e Geológica de São Paulo - CGGSP e o Serviço
Geológico e Mineralógico do Brasil - SGMB, e ainda da
Em 1865 chegou ao Brasil a Expedição Thayer, orga- Escola de Minas de Ouro Preto - EMOP, a primeira es-
nizada no Canadá (financiada por Nathaniel Thayer) pecificamente voltada para a formação profissional.
e sob o comando do naturalista (e glaciologista) Jean Além destes fatos concretos, e repercussão em todo
Louis R. Agassiz, com um grupo de cerca de 15 natu- o Brasil, e do qual a Bahia foi beneficiária inconteste,
ralistas, e entre estes integrantes, o geólogo Charles soma-se a isto o fato de ser a fase da explosão das
Frederick Hartt, que veio a se constituir na pedra an- contribuições de Hartt, Derby (Fig.I.6), em suas curtas
gular da geologia brasileira, por seus trabalhos e pelos existências (e em parte também da contribuição de J.
discípulos que veio formar e trazer (como Orville Derby C. Branner).
e John Casper Branner) e contribuir no mesmo fanal.
Charles Frederick Hartt (Fig.I.6), canadense natura-
Encerrada a expedição (com muitos frutos em vários lizado norte-americano que chegou ao Brasil como
campos científicos), Hartt voltou ao Brasil em 1867, às membro da Expedição Thayer, como supramenciona-
próprias custas, para completar sua obra sobre a ge- do, voltou por conta própria em 1867 e publicou seu
ologia e a geografia física do Brasil, que foi publicada primeiro e importante trabalho em 1870 (o primeiro
em Boston em 1870. A vinda de Hartt e o seu papel texto incisivo sobre a geologia do Brasil). Ele nasceu
Hi stó r i co d a G eo lo g i a d a Ba h ia • 43
44 • G e olog i a da B a hi a
Hi stó r i co d a G eo lo g i a d a Ba h ia • 45
46 • G eolog i a da B a hi a
Hi stó r i co d a G eo lo g i a d a Ba h ia • 47
48 • G e olog i a da B a hi a
Hi stó r i co d a G eo lo g i a d a Ba h ia • 49
50 • G eolog i a da B a hi a
A curta apreciação sobre estas principais fontes pro- É válido destacar o v.15 n.2, do Boletim de Geociên-
pulsoras do atual conhecimento geológico da Bahia cias, ano 2007, que traz uma síntese atualizada e as
será feita procurando alcançar pequenas sínteses ob- colunas litoestratigráficas (e cronoestratigráfica) de
jetivas. Certamente, em cada caso, há vários outros todas as bacias sedimentares, interiores e costeiras,
caminhos de exploração para o melhor conhecimen- da Bahia (Tucano Norte, Central e Sul, Recôncavo, Ja-
to do conteúdo e peso de cada uma delas. A ordem cuípe, Camamu, Almada, Jequitinhonha e Cumuruxa-
seguida foi cronológica, para não sugerir uma clas- tiba) e do Brasil. Este volume traduz com rara fideli-
sificação, mesmo porque os autores tinham um com- dade o estágio do conhecimento estratigráfico do Fa-
promisso expositivo, o mais enxuto possível, e não nerozoico na Bahia, e é um documento de inestimável
teriam condições de fazer uma opção de uma ordem valor para o histórico do conhecimento da geologia
de méritos. da Bahia, referencial para o passado e para o futuro.
Claramente se verifica que, doravante, indicar nomes Na parte de publicações é necessário ressaltar os vá-
fica difícil, porque começam os trabalhos de equipes rios roteiros de excursão (bacias Recôncavo, Tucano,
multidisciplinares. Poderia se apontar nomes de teses Almada, Sergipe-Alagoas, etc.) da lavra de técnicos
de doutoramento, possibilidade que não é assumida da Petrobras que têm sido publicados e são do-
para não cometer omissões. cumentos atualizadíssimos e de grande valia para
estudantes e professores em geral. A Petrobras
4.1.1 PETROBRAS – Petróleo Brasileiro S.A. tem funcionado também como financiadora de vá-
rios livros de diferentes ramos das ciências geológi-
Neste período, a Petrobras continuou os trabalhos cas, sendo válido exemplificar aqueles mais recentes
de exploração no Recôncavo e bacias adjacentes (tra- de geologia do continente sul-americano (Mantesso
balhos de recuperação, e de refinamento dos dados Neto et al. 2004), sobre ambientes de sedimentação
de subsuperfície), e em várias outras atividades corre- siliciclástica (Pedreira da Silva et al. 2008), sobre a
latas e paralelas, contribuindo para o enriquecimento geologia e a tectônica do sal (Mohriak et al. 2009), so-
do conhecimento geológico e para a divulgação do bre geologia geral (Grotzinger et al. 2006) e, recente-
mesmo de forma altamente elogiosa. mente, sobre a história do petróleo na Bahia (Teixeira
et al. 2009).
A contribuição científica , oriunda de muitos relatórios
técnicos, tem sido regularmente publicada no Bole- Além deste trabalho de rotina de uma indústria pe-
tim Técnico da Petrobras (periódico de 1957 até 1998, trolífera, é justo exaltar o engajamento da Petro-
ISSN 0006-6117) e posteriormente o Boletim de Ge- bras com a universidade e com as empresas de geo-
ociências da Petrobras (trimestral, desde 1987, ISSN logia e mineração, em prol do crescimento coletivo. O
0102-9304), que são referências inescapáveis, tendo fomento aos cursos de graduação, de pós-graduação
em vista principalmente os dados (litoestratigráficos, (em termos financeiros diretos e indiretos) regula-
paleontológicos, geofísicos) obtidos das perfurações mentares e das dissertações e teses é um ponto alto,
e re-exame de dados de poços profundos. A primeira assim como o apoio irrestrito aos diferentes congres-
revisão litoestratigráfica das bacias do Recôncavo e sos realizados na Bahia. Vários outros cursos têm sido
Hi stó r i co d a G eo lo g i a d a Ba h ia • 51
Esta associação nacional e seu núcleo regional (Nú- (iv) IV/SSAGI – 2003 – South American Symposium on
cleo Bahia-Sergipe) vêm desenvolvendo o papel es- Isotope Geology;
perado da sua proposta original, fazendo uma inter-
mediação importante no e para o desenvolvimento do (v) I , II, III Simpósios sobre o Cráton do São Francis-
conhecimento geológico da Bahia. Isto tem sido feito co-1973 (Aracaju, reunião preparatória), 1979 (primei-
de várias formas e oportunidades. ro simpósio, em Salvador, com Anais publicados em
1981), II (em Salvador, 1993) e III (em Salvador, 2005).
Em termos de organização de congressos nacionais, o Em todos eles houve participação decisiva da Univer-
núcleo da Bahia organizou os encontros de 1949, 1957, sidade Federal da Bahia, da CBPM e da CPRM.
1969, 1982 e 1996 em Salvador, e os de 1973 e 2006
em Aracaju. Além disto, vários simpósios regionais, e Este papel da SBG tem sido árduo, mas profícuo. No
em todos eles se verificou um somatório notável de primeiro desafio o de arregimentar contribuições fi-
assentamento do conhecimento geológico progressi- nanceiras de órgãos estaduais e privados de mine-
vo, seja através de Boletim de Resumos e Anais, e dos ração, das agências estaduais e federais de fomento,
debates promovidos. etc. Em segundo lugar, estes encontros têm sido o
foro por excelência para aprimorar e elevar o conhe-
Destaque aqui para as reuniões científicas de caráter cimento coletivo. E como todos estes encontros têm
internacional, trazendo especialistas de vários conti- documentos (Atas, Anais, etc.), e até mesmo publica-
nentes, incluindo apresentações, debates e excursões ções específicas (impressas e em forma digital), eles
52 • G eolog i a da B a hi a
Hi stó r i co d a G eo lo g i a d a Ba h ia • 53
54 • G eolog i a da B a hi a
Hi stó r i co d a G eo lo g i a d a Ba h ia • 55
56 • G eolog i a da B a hi a
Hi stó r i co d a G eo lo g i a d a Ba h ia • 57
58 • G e olog i a da B a hi a
Hi stó r i co d a G eo lo g i a d a Ba h ia • 59
60 • G eolog i a da B a hi a
Hi stó r i co d a G eo lo g i a d a Ba h ia • 61
1 Introdução
Atualmente, a aplicação da geofísica em geociências tem sido intensamente requerida para a análise e o enten-
dimento do ambiente natural. Entre suas áreas de aplicação, avulta o suporte ao mapeamento geológico básico
e sua implementação, principalmente para prover informações dos mecanismos crustais causadores das evidên-
cias na superfície. Também, a prospecção regional de recursos naturais, tais como: materiais de construção, água
subterrânea, petróleo e uma diversidade de espécies minerais, necessita da participação de estudos geofísicos.
Além dessas duas grandes aplicações, o conhecimento geofísico também é útil em estudos de hidrologia super-
ficial e subterrânea, de proteção ambiental, de desenvolvimento florestal e agrícola, de arqueologia e de saúde
comunitária, bem como em investigações forenses e de geotecnia.
A crescente difusão e procura pelo uso da geofísica deve-se à capacitação de grupos de geocientistas e pesqui-
sadores da área. Isto tem possibilitado um grande avanço na tecnologia de aquisição de dados, na definição de
algoritmos mais precisos no tratamento, modelagem e interpretação dos mesmos e na informatização e gestão
da informação com criação de bancos de dados robustos e corporativos.
Historicamente, nas décadas anteriores a 1970, os trabalhos de geofísica na Bahia foram predominantemente
direcionados para pesquisa de petróleo com o uso dos métodos potenciais magnético e gravimétrico, além dos
métodos sísmicos de refração e de reflexão.
64 • G eolog i a da B a hi a
66 • G e olog i a da B a hi a
Figura II.3 - Esboço tectônico do perfil C-D. Baseado na combinação dos dados Bouguer com a geologia
e segmentos tectônicos da Bahia (Sampaio & Barbosa, em elaboração). BG = Bloco Gavião,
BJ = Bloco Jequié.
Figura II.4 - Esboço tectônico do perfil E-F. Baseado na combinação dos dados Bouguer com a geologia
e segmentos tectônicos da Bahia (Sampaio & Barbosa, em elaboração).
68 • G eolog i a da B a hi a
10°S
A
SE 11
10
ETO 04 RG
PR IP
03 AN
RIO 11 16 A
18
XA 18
12
13
I
07
FA
01
06 16
12
17 01
01
LIA
14
01 05
SÍ
14°S
14°S
02 16
BRA
08
52
01 50
48
46 r
I
44 e
UA
42 s
AÇ
40 o
XA
38 l
AR
09
FAI
36 u
34 ç
32 ã
18°S
18°S
30 o
FAIXA
28
26 e
24 s
22 t
20 i
18 m
16 a
14 d
12 a
10 (km)
8
6
22°S
22°S
0 90 180 270 km
4
2
48°W 44°W 40°W 36°W
Figura II.5 - Mapa de resolução das estações gravimétricas dado em distância média entre estações vizinhas. Fonte: Molina et al. (2000).
O arcabouço tectônico da Bahia, em linhas brancas e áreas numeradas, é o mesmo da figura II.1.
Linha vermelha assinala o limite do Cráton do São Francisco.
10°S
A
SE 11
O 10 RG
P RET 04 IP
SJ 03 AN
RIO 16 A
12 18
XA 18
13
I
07
FA
01
06 16
01
17
12
LIA
14
01
01 05
SÍ
14°S
14°S
02
BRA
08
16 90
01 80
70
60
I
50
UA
40
AÇ
30
XA
09 20
AR
10
FAI
0
-10
-20
18°S
18°S
-30
FAIXA
-40
-50
-60
-70
-80
-90
-100
-110
-120
-130
-140
-150
22°S
-160 22°S
0 90 180 270 km
-170
-180
Figura II.6 - Mapa de anomalia Bouguer (valores em mGal) sobreposto ao relevo. Fonte: Molina et al. (2000). O arcabouço tectônico da
Bahia, em linhas brancas e áreas numeradas, é o mesmo da figura II.1. Linha vermelha assinala o limite do Cráton do São Francisco.
70 • G e olog i a da B a hi a
DO PON
CHO TA
RIA L
XA 04
I
FA 01
FA
IX
15 A
SE
RG 11
10°S
10°S
SJ 16 IP
AN
ETO 04 A
PR 03
10
RIO 18
12
XA 18
07
I
FA
13
01
06 16
01
17
IA
14 12
ÍL
01
01 05
BRAS
14°S
14°S
08 02
01 16
90
80
70
I
UA
60
50
AÇ
XA
40
AR
30
FAI
09 20
10
0
18°S
18°S
-10
FAIXA
-20
-30
-40
-50
-60
-70
-80
-90
-100
-110
-120
-130
-140
22°S
22°S
-150
-160
0 90 180 270 km -170
-180
Figura II.7 - Mapa gravimétrico regional (valores em mGal). Fonte: Molina et al. (2000). O arcabouço tectônico da Bahia, em linhas brancas e
áreas numeradas, é o mesmo da figura II.1. Linha vermelha assinala o limite do Cráton do São Francisco.
10°S
RG
IP
ETO AN
PR 12 04 16 A
SJ 03
RIO 10
18
XA 18 12 12 13 807
I
FA
01
06 16
01
17
16
IA
14 12
01
ÍL
16
01 05
BRAS
14°S
14°S
08 02
01 16
90
80
70
I
UA
60
50
AÇ
XA
09 40
AR
FAI
30
20
10
0
18°S
18°S
-10
FAIXA
-20
-30
-40
-50
-60
-70
-80
-90
-100
-110
-120
-130
-140
22°S
-150 22°S
-160
0 90 180 270 km -170
-180
Figura II.8 – Mapa gravimétrico residual (valores em mGal). Fonte: Molina et al. (2000). O arcabouço geotectônico da Bahia, em linhas
brancas e áreas numeradas, é o mesmo da figura II.1. Linha vermelha assinala o limite do Cráton do São Francisco.
72 • G eolog i a da B a hi a
10°S
SE 11
ETO 04 RG
PR IP
03 AN
RIO 10 A
12 18
XA 18 13 16
12
I
FA
01
17 06 07
16
01
12
14
LIA
01 05
16
16
SÍ
14°S
14°S
01 08
BRA
02
90
01
80
70
60
I
50
UA
40
AÇ
30
XA
20
AR
09 10
FAI
0
-10
-20
18°S
18°S
-30
FAIXA
-40
-50
-60
-70
-80
-90
-100
-110
-120
-130
-140
-150
-160
22°S
22°S
Figura II.10 – Mapa gravimétrico residual (valores em mGal) obtido com a remoção dos dados da figura II.15. Fonte: Molina et al. (2000).
O arcabouço tectônico da Bahia, em linhas brancas e áreas numeradas, é o mesmo da figura II.1. Linha vermelha assinala o limite do
Cráton do São Francisco.
74 • G eolog i a da B a hi a
área que exibe valores anômalos elevados exatamen- A análise de Santos e Sampaio (2010) empregou os
te entre essas estações e em uma região localizada a mapas das Transformadas de Fourier para os perí-
noroeste do Bloco Jequié. Supondo que o Bloco Je- odos de 4, 8, 24, 64 e 172 minutos das amplitudes e
quié possua grande espessura crustal, a anomalia de fases dos três componentes: vertical (Z), norte (X) e
condutividade pode estar associada a uma ascensão leste (Y).
local do manto nessa região ou a uma diferenciação
litológica marcante da crosta inferior que compõe A posição das 24 estações empregadas para calcular
esse bloco. todos os mapas de (GDS) das Transformadas de Fou-
rier estão representadas nas figuras II.13 e II.14. Essas
figuras ilustram a variação espacial da amplitude e da
3.2.2 Mapas de Contorno da Transformada de fase dos componentes Z, X e Y, respectivamente para
Fourier os períodos de 8 e de 64 minutos.
O emprego de mapas de contorno da transformada de Considerando que as partes superior e média da cros-
Fourier constitui procedimento corriqueiro na análise ta apresentam um valor médio de resistividade entre
de dados do método GDS. Os mapas representam a 50 e 500 Ω.m, pode-se estimar uma profundidade en-
variação das amplitudes e fases ou das partes reais tre 85 e 250km para o período de 8 minutos. Se for
e imaginárias, para um dado valor de frequência ou considerado um valor médio de resistividade entre
de período. 20 e 200 Ω.m para a parte inferior da crosta e para
76 • G eolog i a da B a hi a
Será dado maior destaque ao mapa da amplitude do Em correlação com os mapas da amplitude de Z, os
componente vertical conjugado ao mapa da fase de Z. mapas da fase de Z em radianos (rd), evidenciam as
Esse componente é mais sensível às variações late- seguintes características geotectônicas: realce das
rais no valor da condutividade elétrica, principalmen- anomalias 3D do Bloco Jequié para T=64 minutos e
te por causa da baixa inclinação (menor do que 30º) evidências de heterogeneidades laterais na região en-
do campo geomagnético. Entre os dois componentes tre 14º-16ºS e 42º-44º W, região limite Bahia-Minas
horizontais se considerou o componente leste como Gerais, para T=8 minutos. Entre as causas prováveis
mais diagnóstico. Ele é mais sensível que o compo- dessa estrutura, que deve estar a mais de 20km e a
nente norte por causa da declinação inferior a 30º menos de 50km de profundidade, está a passagem da
W do campo e do efeito da direção da interface entre Faixa Araçuaí para seu substrato, representado pelo
as crostas continental e oceânica: o campo anômalo Cráton de São Francisco.
tende a orientar-se perpendicularmente ao contraste
de condutividade. Os mapas do componente Y apresentam compor-
tamento semelhante ao do componente Z para T=8
Os mapas da amplitude de Z em nanotesla (nT) ilus- minutos, o que reforça a idéia da migração do conta-
tram características importantes, descritas a seguir. to entre o Cráton de São Francisco e a Faixa Araçuaí,
Há um lineamento para T igual a 8 minutos, que se es- para noroeste e para profundidades maiores. Vale res-
tende na direção SE-NW desde a costa na latitude de saltar a presença do núcleo positivo no extremo norte
16ºS até uma posição em torno de 14ºS, 42ºW. A partir do mapa em 43ºW, que está mais conspícuo no mapa
daí, ele continua na mesma direção até o extremo NW. da amplitude de Y do que no mapa da amplitude de
Este lineamento deve corresponder ao limite entre Z. Este núcleo pode estar associado à Faixa de Dobra-
o Cráton de São Francisco e a Faixa de Dobramentos mentos Rio Preto (CAPÍTULO IX).
Enquanto os mapas da amplitude do componente Z A primeira fase está relacionada ao período de 1975
apresentam um padrão gradativo entre T=8 minutos a 1982, com os levantamentos magnético e gamaes-
e T=64 minutos, o padrão geral dessa gradação en- pectrométrico cobrindo grandes áreas e espaçamen-
contra-se quebrado nos mapas dos componentes X e tos superiores a 500 metros entre as linhas-de-voo
Y. É possível que tal quebra seja o reflexo da presen- - atingindo até 4.000 metros. Esses levantamentos
ça de heterogeneidades 3D em um nível intermediário usaram para o posicionamento das linhas-de-voo, fil-
de profundidade, que afetam mais a configuração dos mes fotográficos de 35 mm e foto mosaicos, rádio-po-
componentes horizontais. Sendo assim, ficam esta- sicionamento ou Doppler, além de instrumentos com
belecidas a presença de heterogeneidades laterais e forte nível de ruídos. Tais levantamentos são conside-
a definição da parte basal das faixas móveis na seção rados de baixa resolução do ponto de vista atual.
mediana da crosta. No mapa para T=64 minutos, a po-
laridade do componente X é o inverso da polaridade do A segunda fase começou em 1999, com a realização
componente Z e a posição assumida para o Bloco Je- de levantamentos com espaçamentos entre as li-
quié se localiza sobre os valores de menor amplitude. nhas-de-voo iguais ou inferiores a 500 metros. Nesta
fase, equipamentos mais modernos de aquisição de
O mapa da fase de X para T=8 minutos evidencia uma dados foram utilizados e o sistema de posicionamento
heterogeneidade intensa e, por essa razão, não propi- das linhas-de-voo tornou-se mais preciso com o uso
cia uma interpretação qualitativa adequada. O mapa do GPS. Estes levantamentos são aqui considerados
para T=64 minutos mostra um padrão estrutural de alta resolução.
80 • G e olog i a da B a hi a
Figura II.15 – Gráfico de distribuição dos levantamentos aerogeofísicos de baixa resolução por ano e espaçamento das linhas-de-voo.
82 • G eolog i a da B a hi a
84 • G e olog i a da B a hi a
Figura II.18 - Gráfico de distribuição dos levantamentos aerogeofísicos regionais de alta resolução por ano e espaçamento das linhas de voo.
86 • G eolog i a da B a hi a
Cromo
Cromo
Senhor
Esmeralda do Bonfim
Xique-Xique
Irecê Ouro
Chumbo/Zinco Ouro
Barita Ouro
Zinco
Diamante Feira de Santana
Barreiras Ruy Barbosa
Lençóis Itaberaba
Salvador
Vanádio
Ferro Jequié
Caetité Ipiaú
Guanambi Urânio
Magnesita Níquel
Mortugaba Bentonita
Vitória da Conquista
Sedes Municipais
Jazidas/Depósitos Porto Seguro
Greenstone Belts
Teixeira de Freitas
Figura II.21 – Mapa ternário (K+Th+U) sobreposto ao mapa de relevo, destacando as principais minas,
jazidas minerais e os Greenstone Belts conhecidos na Bahia.
88 • G e olog i a da B a hi a
Fosfato
Campo Alegre Juazeiro
de Lourdes Cobre
Fe-Ti-V
Cromo
Cromo
Senhor
Esmeralda do Bonfim
Xique-Xique
Irecê Ouro
Ouro
Chumbo/Zinco Barita
Ouro
Zinco
Barreiras Diamante Feira de Santana
Ruy Barbosa
Lençóis
Itaberaba
SALVADOR
Vanádio
Ferro Jequié
Caetité Ipiaú
Guanambi Urânio
Magnesita Níquel
Greenstone Belts
Porto Seguro
Teixeira de Freitas
Figura II.22 –Mapa da amplitude do sinal analítico do campo magnético total, sobreposto ao mapa de relevo destacando
as principais minas e jazidas minerais, além dos greenstone belts e sequências vulcanossedimentares.
90 • G eolog i a da B a hi a
Figura II.24 – Mapa Geológico da área de Cândido Sales – Mascote (Bahia). Fonte: Mapa Geológico do Estado da Bahia, 1:1.000.000.
Figura II.26 – Mapa da 1a. derivada vertical do campo magnético total. Área Cândido Sales – Mascote (Bahia).
Fonte: Projeto Aerogeofísico da área Cândido Sales – Mascote. CBPM (2009).
92 • G e olog i a da B a hi a
FIGURA II.34
Figura II.27 – Mapa de amplitude do sinal analítico do campo magnético total. Área Cândido Sales – Mascote (Bahia).
Fonte: Projeto Aerogeofísico da área Cândido Sales – Mascote. CBPM (2009).
Figura II.28 – Mapa Ternário (K+Th+U). Área Cândido Sales – Mascote (Bahia).
Fonte Projeto Aerogeofísico da área Cândido Sales – Mascote. CBPM (2009).
Para ilustrar a importância deste tipo de levantamento relação direta existente entre os corpos encaixantes
no apoio direto ao mapeamento de detalhe em progra- da mineralização de esmeralda. Isto aperfeiçoa a in-
mas de exploração mineral, são exibidos, como exem- terpretação geológica com indicação da continuida-
plo, os resultados do levantamento aerogeofísico, mag- de desses corpos sob as coberturas superficiais das
nético e gamaespectrométrico, que cobre o Distrito de rochas metassedimentares do Grupo Jacobina (CAPÍ-
Esmeralda de Carnaíba–Pindobaçu–Bahia, tradicional TULO VI).
produtor de esmerada, berilo e molibdenita.
A figura II.34 mostra uma seção geológica da área
A figura II.31 representa o mapa geológico da região com posicionamento do corpo encaixante das mi-
do garimpo de Carnaíba e as figuras II.32 e II.33, re- neralizações, com a posição de furos de exploração.
presentam, respectivamente, os mapas da amplitude A figura II.35 destaca a presença de berilo em teste-
do sinal analítico do campo total magnético e de es- munhos de sondagem. Todos esses elementos con-
pectrometria gama ternário (K+U+TH). Uma simples firmam a importância da geofísica nessa região da
comparação visual entre esses mapas indica a cor- Bahia rica em esmeraldas.
94 • G e olog i a da B a hi a
1 MACURURÉ
2 7
17 18
UAUÁ
3
MONTE SANTO
CÍCERO
MANSIDÃO 21
DANTAS
22
CAPIM GROSSO
NOVA FÁTIMA
23 16
MAIRI
MUNDO NOVO TANQUINHO
BAIXA GRANDE
IPIRÁ
RUY BARBOSA
10
19 NAZARÉ
9 PLANALTINO
SANTA MARIA
MARACÁS JIQUIRIÇA
DA VITÓRIA 4
SERRA DO
RIACHO DE 8 12
RAMALHO 11 5
SANTANA 13
6
14 15 20
ANAGÉ
STA. CRUZ
CORDEIROS DA VITÓRIA
ITAJU DO
BELO
COLÔNIA
CAMPO
15 0 15 30 45 60 75km
BELMONTE
Figura II.30 – Localização dos levantamentos aerogeofísicos de detalhe com alta resolução.
96 • G eolog i a da B a hi a
Es
G r o t a d o In fe r n o
8817
B a rr a d o E s t iv a
0 50 0 1000 15 00 2000m
C a rn a í b a N o r t e
V a l e d o E s t iv a
F2 A F10A
F3
Es F4 A F 7A F8 A
B a r ra d o M u n d é F3A F6 A F1 A
F9 A F5 A
F2
Es F1
V a le d o E s p in h e i ro
Es F4
Es
Es
Es
V a le d o T r a í r a s Es
Es
8812
Es
C a t u a b a O e s te
Es
Es
8807
334 339 344
Figura II.33 – Mapa gamaespectrométrico ternário (K+Th+U) da região de Carnaíba-Pindobaçu, Bahia. Fonte: Moreira & Silva (2006).
98 • G e olog i a da B a hi a
4 Síntese
No capítulo aborda-se a evolução da geofísica como No caso dos levantamentos aéreos, discute-se o papel
ferramenta de contribuição ao conhecimento geoló- dos métodos magnético e gamaespectrométrico no
gico do Estado da Bahia do ponto de vista macro para mapeamento geológico em caráter regional e o papel
auxiliar na definição de grandes ambientes e de sua do método eletromagnético na identificação de alvos,
configuração tectônica. Preliminarmente é realizado em caráter exploratório.
um balanço histórico dos levantamentos geofísicos
terrestres e aéreos realizados na Bahia. As informações apresentadas evidenciam a impor-
tância do uso da metodologia geofísica, e a contri-
No caso dos levantamentos terrestres, analisa-se o buição desses levantamentos para tornar o território
papel do método gravimétrico e do método eletro- baiano um dos mais bem conhecidos geologicamen-
magnético GDS (Sondagem Geomagnética Profunda) te, e permitir a descoberta de importantes jazimentos
na definição das grandes estruturas da litosfera. minerais.
100 • G eolog i a da B a hi a
1 Introdução
Nesse Capítulo é feita uma síntese dos dados geológicos mais importantes, voltada para explicar a geologia das
rochas metamórficas que fazem parte do embasamento arqueano-paleoproterozoico (Riaciano-Orosiriano) da
Bahia. Apesar de ter sido dada ênfase às rochas metamórficas de alto e médio graus, foram também resumida-
mente descritas as rochas de mais baixo grau, da fácies xisto-verde-anfibolito baixo a médio, denominadas de
greenstone belts e de sequências metavulcanossedimentares (CAPÍTULO IV).
Esse Capítulo servirá como uma introdução para os CAPÍTULOS IV e VI que tratam essencialmente, de rochas
arqueanas e paleoproterozoicas da Bahia. Da mesma forma, servirá de base para os corpos de granitoides e
máfico-ultramáficos e para o magmatismo fissural toleiítico paleoproterozoico, cujas litologias estão descritas
nos CAPÍTULOS V, VII e XII, respectivamente.
Para a elaboração desse capítulo, foram analisados os principais mapas geológicos de grande, pequena e média
escalas e as mais importantes pesquisas petrológicas, geocronológicas e isotópicas dos últimos cinquenta anos,
relativas às rochas do embasamento do Cráton do São Francisco na Bahia. As subdivisões tectonoestratigráficas
existentes em Barbosa & Dominguez (1996) foram reexaminadas nos seguintes segmentos: Bloco Gavião com os
antigos núcleos TTG, além de seus migmatitos, granitos, granodioritos e sienitos; Cinturão Itabuna; Núcleo Ser-
rinha, além das litologias e principais características geológicas dos denominados Complexo Jequié e Complexo
Mairi, conforme constam do texto explicativo dos dois mapas geológicos ao milionésimo do Estado da Bahia (Inda
& Barbosa 1978, Barbosa & Dominguez 1996). Essas cinco unidades e suas relações petrológicas e tectônicas fo-
ram confrontadas com os dados de trabalhos geológicos mais recentes, obtidos por Barbosa (1986, 1990), Abram
Litoestratigráficas 1998, Bastos Leal, 1998, Bastos Leal et al. 1998, 2000,
Cruz et al. 2009). Ao lado dessas litologias, maciços
TTG com zircões antigos foram datados entre 3,4-
2.1 Localização das Rochas Arqueanas e 3,1Ga e com idades-modelo Sm-Nd de 3,6Ga, permi-
Paleoproterozoicas do Embasamento tindo caracterizar essas rochas como as mais antigas
da América do Sul (Martin et al. 1997; Santos Pinto et
O embasamento arqueano-paleoproterozoico da al. 1998). Diversos greenstone belts estão localizados
Bahia, que constitui a parte setentrional do Cráton nesse bloco, a maioria de idade arqueana, sendo de-
102 • G eolog i a da B a hi a
nominados de Mundo Novo, Lagoa do Alegre, Salitre- Belt Serrinha-Rio Itapicuru, de idade paleoprote-
-Sobradinho, Barreiro-Colomi, Tiquara (parte norte rozoica, está localizado nesse bloco. Não possui ro-
do Bloco Gavião, Fig.III.4), Umburanas, Brumado, Ibi- chas komatiíticas como os anteriores, embora exiba
tira-Ubiraçaba, Guajeru, Riacho de Santana e Boquira igualmente lavas máficas na base, félsicas na parte
(parte central e sul do Bloco Gavião). Boa parte deles intermediária e rochas siliciclásticas no topo (Mas-
possui komatiitos com textura spinifex na base, lavas carenhas 1976, Silva 1985, 1992, Oliveira et al. 2004)
máficas e félsicas, juntamente com rochas piroclásti- (CAPÍTULO IV).
cas na parte intermediária e sedimentos siliciclásticos
no topo (Mascarenhas & Silva 1994, Cunha et al. 1996, O Bloco Jequié, deformado e metamorfizado regio-
Angelim et al. 1997, Bastos Leal 1998, Silva & Cunha nalmente no paleoproterozoico, consiste em granuli-
1999, Arcanjo et al. 2000, Guimarães et al. 2005) (CA- tos enderbíticos, charnoenderbíticos e charnockíticos
PÍTULO IV). As Sequências Metavulcanossedimenta- (protólitos de aproximadamente 2,7-2,8Ga), granu-
res Contendas-Mirante (CAPÍTULO VI), Caetité-Licínio litos heterogêneos com migmatitos, além de rochas
de Almeida e Urandi também se situam na parte sul supracrustais subordinadas (Cordani 1973, Cordani &
desse Bloco (Fig.III.4) (CAPÍTULO IV). Iyer 1978, Barbosa 1990, Barbosa et al. 2003), essas
últimas também granulitizadas.
O Bloco Serrinha é composto de gnaisses e migma-
titos com anfibolitos subordinados, todos arqueanos O Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá é formado ba-
e metamorfizados na fácies anfibolito. O Greenstone sicamente de granulitos tonalítico-trondhjemíticos e
104 • G eolog i a da B a hi a
Figura III.3 - Diagrama isotópico εNd x εSr (t=2,0 Ga) com campos distintos para as idades arqueanas dos diferentes domínios tectônicos.
As idades relacionadas ao CISC (Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá) estão mais próximas ao MD (Manto Deplecionado). BJ (Bloco Jequié),
BS (Bloco Serrinha) e BG (Bloco Gavião) (Barbosa & Sabaté 2002, 2004).
106 • G e olog i a da B a hi a
108 • G eolog i a da B a hi a
110 • G eolog i a da B a hi a
3.537±8 3.189±24 3,7
2.2.1 Gnaisse e Migmatito Gnaisse e Migmatito 0,7127
2.567±11 2.704±126 3,0
0,49 a 3.230±6
2.2.2 Greenstone Belt Mundo Novo Metadacito porfirítico 3.305±9 3,41
BLOCO 1,94 3.254±2
GAVIÃO
3.025±12
(PARTE 2.2.3 Complexo Mairi Ortognaisse 0,703 -2 3,0 3,2
3.040±15
NORTE)
2.2.9 Complexo Angico dos Dias Carbonatito 2.010±6
3.352±11
2.2.13 Grupo Jacobina Conglomerados 1.960±16
2.086±43
2.680±58
2.530±35
2.3.3 Complexo Paramirim Ortognaisse 0,700 2.570±30
2.520±45
2.535±90
2.680±83
0,705
3.030±107
0,704
BLOCO 2.3.4 Complexo Santa Isabel Migmatito 3.352±290 1.987±36
0,7043
GAVIÃO 1.967±400
0,7046
(PARTE 2.008±129
OESTE,
Quartzitos
CENTRAL E 3.147±16
2.3.6 Greenstone Belt Umburanas conglomeráticos
SUL)
Metandesitos 2.744 ±15
Fm. Jurema-Travessão
2.3.12 Sequência 3.010±0,16
(Basaltos Toleiíticos)
Meta-vulcanossedimentar
Contendas-Mirante Formação Areião
2.168±0,002
(Quartzitos)
2.3.15 Sill Rio Jacaré- Faz. Gulçari Gabros 2,7 2.757±45
17/10/12 21:10
Capitulo 3.indd 111
GEOCRONOLOGIA -GEOQUÍMICA ISOTÓPICA
17/10/12 21:10
Capitulo 3.indd 112
GEOCRONOLOGIA -GEOQUÍMICA ISOTÓPICA
112 • G e olog i a da B a hi a
0,7194 2.699±24
17/10/12 21:10
Capitulo 3.indd 113
GEOCRONOLOGIA -GEOQUÍMICA ISOTÓPICA
17/10/12 21:10
Loureiro (1991) foi quem primeiro utilizou a denomi- trional do Bloco Gavião sendo formado de litologias
nação Complexo Mairi para a faixa de rochas, de dire- metavulcanossedimentares que afloram nas adja-
ção N-S, que ocorre na sua maioria a leste, e adjacen- cências do vilarejo de Lagoa do Alegre, no municí-
te à Serra de Jacobina (Fig.III.4). A maioria das rochas pio de Casa Nova (Fig.III.4). Ele foi classificado como
desse complexo foi re-equilibrada na fácies anfiboli- greenstone belt, recentemente, quando geólogos
to, durante a Orogênese Riaciana-Orosiriana. Seme- da CBPM faziam avaliações de ocorrências de ferro
lhantemente às rochas do subitem 2.2.1, ele faz parte e metais básicos, em área de direitos minerários da
do Bloco Gavião norte (Fig.III.4). Em mais detalhe é Empresa. Nas rochas ultramáficas metamorfizadas,
formado basicamente de ortognaisses migmatíticos, talcificadas, na fácies xisto-verde, foram encontradas
graníticos e tonalíticos, incluindo corpos básicos e estruturas do tipo spinifex (Arndt et al. 1979), tanto
ultrabásicos. Para Sampaio et al. (2001) e Nunes & aquelas com granulação grossa, orientadas, como
Melo (2007), as rochas possuem composição TTG, nas aquelas de granulação fina, com plaquetas de olivina,
partes félsicas, sendo as partes máficas de composi- aleatórias.
ção diorítica-gabroica. Gnaisses kinzigíticos também
ocorrem esporadicamente. Vale destacar que nas 2.2.5 Greentone Belt Salitre-Sobradinho
áreas onde predominam os migmatitos Mairi, eles
são muito semelhantes macroscopicamente aos mig- O Greenstone Belt Salitre-Sobradinho (CAPÍTULO IV)
matítos do Complexo Santa Luz, presentes no Bloco corresponde ao Complexo Rio Salitre (Kegel & Barroso
Serrinha e descritos mais adiante (subitem 2.4.1). 1965, Leal 1970, Dalton de Souza et al. 1979). Ele aflora
no baixo vale do Rio Salitre, nas proximidades da cida-
Nos granodioritos do Complexo Mairi foram obtidas de de Juazeiro, constituindo o embasamento dos me-
idades Pb-Pb, evaporação em zircão de 3.025±22Ma e tassedimentos da Chapada Diamantina Setentrional,
3.040±15Ma, além de idades modelo Sm-Nd de 3,2Ga mais especificamente da Formação Tombador (CAPÍ-
(Peucat et al. 2002) (Tab.III.2). Essas idades, mesoarque- TULO VII) (Fig.III.4). Angelim et al. (1997) consideraram
anas, representantes dos protólitos, são concordantes as rochas desse complexo como neoarqueanas, e as
com àquelas obtidas pelo método Rb-Sr, (rocha total) subdividiram na Unidade Baixo Vale do Rio Salitre e na
de aproximadamente 3,0Ga (Couto et al. 1978, Masca- Unidade Sobradinho, essa última correspondendo ao
renhas & Garcia, 1989). Mugeout (1996) datou também Complexo Tanque Novo de Delgado & Dalton de Souza
ortognaisses migmatíticos desse complexo, aflorantes (1975).
a oeste da Serra de Jacobina, tendo obtido idades dos
protólitos de 3,44 e 3,4Ga. Por sua vez, o eNd negativo 2.2.6 Complexo Barreiro
(-2) e a alta razão inicial 87Sr/86Sr de 0,703, para a idade
de 3,04Ga sugerem que houve retrabalhamento crus- Esse complexo se distribui em três segmentos isola-
tal para a formação do magma que, por cristalização dos, situados a sul do Lago de Sobradinho, no Rio São
fracionada, originou os granodioritos Mairi. Francisco, sendo separados por coberturas tércio-
-quaternárias (Fig.III.4). Angelim et al. (1997) o sub-
dividiram em três unidades, denominadas da base
NEOARQUEANO para o topo de Serra da Ingrata, Baixa do Rancho e
Boqueirão da Onça, todas metamorfizadas na fácies
2.2.4 Greenstone Belt Lagoa do Alegre xisto verde.
O Greenstone Belt Lagoa do Alegre (Vitória de Moraes A Unidade Serra da Ingrata é composta por rochas
2009) (CAPÍTULO IV), está situado no extremo seten- metavulcânicas ácidas a intermediárias, metavulca-
114 • G eolog i a da B a hi a
A Unidade Boqueirão da Onça, além de conter me- Essas rochas metassedimentares, xistosas, foram pri-
tavulcânicas ácidas e intermediárias, possui também meiramente referidas por Barbosa (1965), Caldasso et
rochas metassedimentares pelíticas piritosas e psa- al. (1973), Lima (1977) e Kegel (1966). Entretanto, nos
míticas de granulação média (Angelim et al. 1997) anos 80 e 90, esse complexo foi re-estudado por Leite
(CAPÍTULO IV). et al. (1987), Leite & Fróes (1989), Leite et al. (1993) e
Leite et al. (1997, org). Com mais detalhe, esses auto-
res chegaram à conclusão que as rochas do Complexo
NEOARQUEANO-PALEOPROTEROZOICO Serra da Boa Esperança reúnem xistos carbonatados
com lentes de calcários e metapelitos carbonáticos.
2.2.7 Grupo Colomi Micaxistos quartzosos também são encontrados con-
tendo localmente níveis enriquecidos de magnetita-
O Grupo Colomi (Barbosa 1965, Dalton de Souza et al. -hematita, bem como concentrações de granadas.
1979) ocorre ao norte e ao sul do Lago/Represa do So- Moscovita, feldspatos, carbonatos e traços de zircão
bradinho no Rio São Francisco, verificando-se que no são igualmente observados nessas rochas, conside-
seu extremo sul ele é recoberto pela Formação Tom- radas por Leite & Fróes (1989), como da fácies xisto
bador do Grupo Chapada Diamantina (Fig.III.4). Se- verde.
gundo Angelim et al (1997), esse grupo pode ser sub-
dividido em quatro unidades: Serra do Choro, Castela, A falta de dados geocronológicos e a dificuldade de
Serra da Capivara e Serra da Bicuda, da mais velha correlacioná-lo com as outras entidades da parte
para a mais nova. A Unidade Serra do Choro é forma- setentrional do Bloco Gavião, fazem com que esse
da de metarenitos e quartzitos. A Unidade Castela é complexo tenha seu posicionamento estratigráfico
constituída predominantemente de metacarbonatos duvidoso, embora seja colocado pelos últimos auto-
(dolomitos). A Unidade Serra da Capivara é formada res citados, no Paleoproterozoico.
de quartzitos ferríferos (itabiritos) e a Unidade Serra
da Bicuda composta somente de metarenitos. 2.2.9 Complexo Carbonatítico Angico dos Dias
Deve ser assinalado que no CAPÍTULO IV, embora Esse complexo carbonatítico ocupa uma área de cer-
ainda sem idade absoluta, os autores consideraram o ca de 3km2 e foi o primeiro complexo desse tipo en-
Silva et al. (1987) foram os primeiros que descreveram Esse complexo situa-se no município de Peixe no no-
esse complexo. Eles identificaram piroxenitos, dioritos roeste do Estado da Bahia (Fig.III.4). Segundo Leite et
alcalinos, sienitos com feldspato potássico rico em Ba al. (1993, 1997), a área de afloramento desse comple-
(albititos, álcali-feldspatos sienitos e quartzossienitos), xo, mineralizado em Fe-Ti-V, é amplamente coberta
carbonatitos (olivina-apatita-sovito, biotita-apatita- de sedimentos eluviais/coluviais cenozoicos e sua de-
-sovito e magnetita-olivina-apatita-sovito), lamprófi- limitação só pode ser feita através da expressiva ano-
ros e crosta fosfática, essa última, produto da super- malia aeromagnética a ele associada, cuja intensida-
gênese. Mais detalhadamente, o carbonatito apresenta de é semelhante à do Complexo Máfico-Ultramáfico
granulação grossa, coloração cinza-claro, com cristais de Campo Alegre de Lourdes, descrito adiante (subi-
centimétricos de calcita (18-92%) e grânulos ovoides tem 2.2.11) (Fig.III.4).
de apatita verde-claro (2-35%), biotita (ausente-46%),
magnetita (ausente-25%) e olivina serpentinizada (au- Em furo de sondagem exploratório feito em 1988 pela
sente-45%), com estruturas sugerindo acumulação CBPM, com 362m de profundidade, foram intercepta-
magmática. Os minerais acessórios são tremolita, mo- dos litotipos que variam de metagabro grosso, meta-
nazita, badeleíta, zircão, antofilita e sulfetos. Silva et al. magnetita gabro, metapiroxenito, ilmenita magneti-
(1987) apresentaram nos seus trabalhos grande quan- tito, metaleucogabro grosso, tremolitito, metagabro
tidade de dados químicos dessas rochas, bem como fino e magnetita metagabronorito grosso. Apresentam
datações U-Pb em zircão e badeleíta, além de dados textura cumulática, por vezes acamadada. O principal
sobre traços de fissão em grãos de apatita. Com efeito, mineral de cumulus é o plagioclásio e o de intercumu-
o método U-Pb mostra uma concórdia de 2.010±6Ma lus, os piroxênios. Apatita representa uma outra fase
(Tab.III.2) que é considerada como a idade de cristaliza- de cumulus, estando inclusa na massa de magnetita
ção do carbonatito. Traços de fissão em apatita forne- ou dentro de cristais de plagioclásio. Magnetita e ilme-
ceram a idade de 336±16Ma, considerada como ligada nita preenchem os espaços entre os plagioclásios e os
ao último evento termal na área, com temperatura aci- piroxênios. Magnetita apresenta ex-soluções de lame-
ma de 100oC (Silva et al. 1987). las de ilmenita. Os minerais acessórios principais são:
hornblenda, biotita, tremolita-actinolita, clorita e tita-
Importante jazida de rocha fosfática foi identifica- nita. Esses minerais acessórios estão presentes princi-
da nesse carbonatito, composta de duas lentes, com palmente nas zonas milonitizadas, que atingiram os li-
espessuras de 50 e 100m. Apatita constitui o minério totipos antes assinalados. Pelas características desses
primário, com teor médio de 8% de P2O5. Além desse acessórios, essa milonitização ocorreu em ambiente
óxido, a Mineração Galvani S.A., que explota o depósi- da fácies xisto-verde. Análises químicas realizadas em
to, encontra ainda no minério teores elevados de CaO diversas amostras das rochas desse complexo indicam
(35-48%), BaO (0,04-0,49%) e SrO (0,87-1,18%) (Li- afinidade toleiítica para o magma que as formaram.
beral & Cassola 1989). As formas lenticulares dessa Essas rochas ainda não possuem idades absolutas
116 • G e olog i a da B a hi a
118 • G eolog i a da B a hi a
120 • G e olog i a da B a hi a
PALEOARQUEANO-MESOARQUEANO
122 • G e olog i a da B a hi a
NEOARQUEANO-PALEOPROTEROZOICO
124 • G e olog i a da B a hi a
10
Sendo assim, sem ordem estratigráfica, devido às
deformações que ocorreram nas rochas que com-
põem a Serra do Espinhaço Setentrional, Cruz et al.
(2010) identificaram nessa sequência: (i) anfibolitos
(rochas sub-vulcânicas) e xistos máficos (metavulcâ-
nica máfica) encontrados sob a forma de lentes pou-
co espessas, intercaladas tectonicamente nos xistos/
metapelitos a seguir descritos; (ii) rochas cálcissilicá-
ticas bandadas, destacando-se níveis com proporções
variadas de hornblenda, tremolita-actinolita, biotita,
epidoto, quartzo, calcita e clorita; (iii) mármores com
hornblenda e calcita; e (iv) xistos/metapelitos, esses
11
últimos os mais representativos da sequência, sen-
do formados por domínios ricos em biotita, quartzo,
moscovita, calcita, estaurolita, cianita, almandina,
opacos, clorita e epidoto. Quartzitos com moscovita
também ocorrem intercalados nesses xistos, sob a
forma de lentes (Fig.III.9) (Fig.III.10) (CAPÍTULO IV).
126 • G eolog i a da B a hi a
tapiroxenito (piroxênio, anfibólio, plagioclásio, biotita, rior a 10% é suficiente para saturar um magma má-
titano-magnetita e ilmenita); (ii) metamagnetititos fico, formando líquidos muito ricos nesse elemento e
(magnetita e ilmenita); (iii) metagabros de leste (pla- em outros, como o vanádio e o titânio (Winter 2001).
gioclásio, magnetita, quartzo, anfibólio e biotita); e (iv) No caso do sill do Rio Jacaré, isso tornou seu liquido
meta-anortositos (plagioclásio, piroxênio reliquiar e ferroso, gerador da jazida em questão, imiscível em
anfibólio). Os anfibólios presentes na matriz e nas bor- relação ao liquido ferro-magnesiano que deu origem
das dos piroxênios são considerados metamórficos. Os aos piroxenitos, gabros e anortositos
anfibólios maiores, não pertencentes à matriz, embora
re-equilibrados pelo metamorfismo, guardam ainda Com relação à idade do sill, o método Sm-Nd rocha
características plutônicas (CAPÍTULO VII). total forneceu uma idade de 2.841±68Ma e o método
Rb-Sr, uma idade de 2.757±45Ma (Brito 2000). A idade
No que diz respeito à litogeoquímica, Brito (2000) obtida pelo método U-Pb SHRIMP em zircão situa-se
demonstrou que o magma que deu origem ao Sill do em torno de 2,7Ga (Brito, comunicação verbal).
Rio Jacaré foi toleiítico, muito enriquecido em ferro e
relativamente empobrecido em magnésio. Segundo
esse autor, uma quantidade de ferro até mesmo infe-
128 • G e olog i a da B a hi a
2.3.16 Granitoides
No Bloco Gavião, no lado leste da Serra do Espinhaço 2.4 Principais Litologias do Bloco
Setentrional, o paleoproterozoico está representado, Serrinha
principalmente por corpos de granitos ovalados, de
pequenas dimensões, indeformados, anarogênicos e O Núcleo Serrinha (Rios 2002) ou Bloco Serrinha
isolados. (Barbosa & Sabaté 2002, 2004), localizado na porção
nordeste do Estado da Bahia, representa um impor-
Encaixados nas rochas gnáissicas e migmatíticas des- tante segmento arqueano-paleoproterozoico do Crá-
critas anteriormente (subitem 2.3.2), eles estão exem- ton do São Francisco (Mascarenhas 1979).
plificados pelos granitoides Rio do Paulo, Caculé, Es-
pírito Santo e Iguatemi, que revelaram idade média A parte mais antiga e mais representativa do Bloco
de cristalização em torno de 2,0 Ga e tendência cal- Serrinha tem seus protólitos de idade mesoarquea-
cialcalina (CAPÍTULO V) (Fig.III.6). Os dois primeiros na, denominados de Complexo Santa Luz (Fig.III.15).
possuem mineralogia a anfibólio e biotita e caráter Esse conjunto de rochas mais antigas serviu de em-
metaluminoso enquanto os dois últimos, mineralogia basamento para as sequências vulcanossedimentares
a biotita e moscovita, além de caráter peraluminoso. paleoproterozoicas do Greenstone Belt Serrinha/Rio
O granito Jussiape, que se situa nas proximidades da Itapicuru (Mascarenhas 1976, Kishida 1979, Kishida
cidade homônima, é indeformado e tem idade U-Pb & Riccio 1980) (CAPÍTULO IV). Esse greenstone está
zircão (ICP-MS) de 2.068±85Ma, (Cruz et al. no prelo) equilibrado na fácies xisto verde e associado a uma vo-
(CAPÍTULO V). lumosa granitogênese, quase toda de idade Riaciana-
130 • G e olog i a da B a hi a
MESOARQUEANO
2.4.1 Complexo Santa Luz Figura III.16 – Migmatito típico do Complexo Santa Luz
Nos migmatitos desse complexo, nas vizinhanças da 2.4.3 Peridotito Cromitífero de Santa Luz
cidade de Retirolândia, Oliveira et al. (2002a) obtive-
ram idades U-Pb (SHRIMP) em zircões (paleossomas) Na parte sul do Complexo Santa Luz é encontrado um
de 3.085±6Ma (eNd=1,15 e -0,04) (Tab.III.2), Por sua corpo de peridotito, onde se explota cromo. Essas ro-
vez, Rios et al. (2009) encontrou idades de 3.102±5Ma chas ultramáficas mineralizadas levaram o nome de
(Granitoide Valente), 3162±26Ma (Granitoide Ambró- Peridotito Cromitífero de Santa Luz (Fig.III.18).
sio) e 2989±11Ma (Granitoide Requeijão) (CAPÍTULO
V), todos eles associados aos Migmatitos Santa Luz.
132 • G eolog i a da B a hi a
134 • G e olog i a da B a hi a
136 • G e olog i a da B a hi a
138 • G e olog i a da B a hi a
140 • G eolog i a da B a hi a
primeira fase de deformação, contemporânea ao me- pode ter sido relíquia de carbono orgânico. Os kinzigi-
tamorfismo granulítico (subitem 3.1). Deve-se cha- tos são, provavelmente, o resultado da granulitização
mar a atenção, que em alguns casos, onde elas são e migmatização em alto grau de pelitos. Compatibili-
mais espessas, as formações ferríferas estão sendo zando a mineralogia com a litogeoquímica, verifica-
avaliadas economicamente para a extração do miné- -se que os kinzigitos contêm mais de 40% de granada,
rio de ferro. quando a quantidade total de ferro e alumínio situa-
-se em torno de 15-16%; quando a concentração de
Os kinzigitos, ou granulitos alumino-magnesianos, Al2O3 é maior que 16% a sillimanita também aparece
apresentam-se na forma de bandas de cor creme na paragênese metamórfica (Barbosa 1986).
avermelhado, com espessuras variáveis (30cm a 5m),
intercaladas com bandas claras quartzo-feldspáticas Os quartzitos e quartzitos portadores de granada aflo-
granadíferas e, algumas vezes, com granulitos bá- ram em associação, não só com os kinzigitos anterio-
sicos. Os kinzigitos são formados de granada (35%), res, mas também com outras rochas paraderivadas,
quartzo (30%), plagioclásio (15%), cordierita (10%), como formações ferríferas, grafititos e calcissilicáti-
biotita (5%) e sillimanita (3%). Opacos, apatita, zircão cas. Em todos esses casos formam bandas paralelas,
e grafita são os minerais acessórios. Alguns aflora- que podem estar posicionadas tanto na posição sub-
mentos de kinzigitos encontram-se migmatizados, -horizontal, produto da primeira fase de deformação
com as bandas quartzo-feldspáticas bem recristali- (região de Brejões), quanto na sub-vertical, registro
zadas e com textura pegmatoide. Iyer et al. (1995) es- da segunda fase de deformaçào (região de Ubaíra)
tudaram isótopos de carbono da grafita presente nos (Barbosa 1986) (subitem 3.1). Os quartzitos quando
kinzigitos, chegando à conclusão de que este mineral pouco alterados são verde-claros com textura fina a
média. Mostram foliação penetrativa tênue, somente biotitas, microclínio, mirmequita e epidoto. Em alguns
distinguível em função da presença de granada ver- casos essas rochas ortoderivadas apresentam-se
melha e piroxênio verde escuro, preferencialmente migmatizadas, onde neossomas com ortopiroxênio
orientados. A paragênese metamórfica e os minerais estão presentes. Em certos afloramentos notam-se,
acessórios desses quartzitos são descritos em detalhe além da presença de enclaves de granulitos básicos,
por Barbosa (1986), que encontrou, na maioria dos ca- também veios quartzo-feldspáticos, homogêneos e
sos: quartzo (70-90%), granada (5-10%) e plagioclásio sem deformação, que cortam todo o conjunto. Com
(1-5%). Ortopiroxênio, biotita e opacos são os minerais relação à geocronologia, nesses granulitos heterogê-
acessórios. Essas rochas podem ter sido produto do neos, Cordani (1973) aventou a possibilidade de ida-
metamorfismo de sedimentos silicosos como cherts, des em torno de 4.200Ma, posteriormente redefinidas
com impurezas argilosas. A presença do ortopiroxênio para idades mais jovens, em torno de 3.127±27Ma
pode ter sido o resultado do metamorfismo granulíti- (Sr(i)=0,7110) e 3.168±100Ma (Sr(i)=0,7045) (Cordani
co de material básico, talvez tufáceo (Barbosa 1986). & Iyer 1979, Brito Neves et al. 1980). Dados radio-
métricos desses granulitos charnockíticos (Wilson
Nos granulitos heterogêneos ortoderivados ocorrem 1987) na região de Ubaíra (Fig.III.24) produziram uma
enclaves não só de bandas e boudins de granulitos isócrona Rb-Sr (4 amostras, colhidas obedecendo o
básicos, mas também de bandas félsicas, além das trend geoquímico), com idade de 2.699±24Ma, com
rochas supracrustais antes descritas. Exibem cor Sr(i)=0,7194. Datações Pb-Pb (método evaporação em
verde acinzentada, são relativamente homogêneos zircão) desses granulitos charnockíticos registraram
e apresentam, em geral, textura média a grossa. São idades variando entre 2.461±1 a 2.560±2Ma (Tab.III.2).
compostos de mesopertita (20-60%), plagioclásio an- Dados Sm-Nd revelaram uma idade modelo (TDM) de
tipertítico (5-20%)(An25-30), ortopiroxênio (5-10%) e aproximadamente 3,0Ga. Por sua vez, na região de
quartzo (5-20%) (Barbosa 1986). Clinopiroxênio, hor- Jequié, Wilson (1987) determinou, não somente, uma
nblenda, biotita, opacos, zircão, apatita e granada são isócrona Pb-Pb (rocha total) em 10 amostras, com
os minerais acessórios. Estão presentes nesses gra- idade de 1.970±136Ma (u1=8,4), mas também idades
nulitos minerais retrometamórficos como anfibólios, modelo Sm-Nd (TDM) em 2 amostras, com valores
142 • G e olog i a da B a hi a
144 • G eolog i a da B a hi a
146 • G e olog i a da B a hi a
2.6.6 Rochas gabro-anortosíticas Faltam idades confiáveis para essas intrusões gabro-
-anortosíticas, entretanto, embora estejam re-equili-
No limite entre o Bloco Jequié (Banda de Ipiaú) e a bradas pelo metamorfismo granulítico paleoprotero-
parte sul do Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá foram zoico, no estado subsolidus (Barbosa 1986), elas não
identificados corpos de rochas gabro-anortosíticas estão deformadas como as suas encaixantes. Assim,
(Barbosa 1986). Os mais importantes foram denomi- não somente com relação à deformação, mas tam-
nados de Rio Piau (Barbosa et al. 1986, Cruz 1989) e bém em função das suas relações de campo com as
Samaritana/Carapussê (Jesus 1987, Macedo 2000, encaixantes (granulitos enderbítico-charnockiticos
Burgos 2005, Barreto, 2009) (CAPÍTULO VII) (Fig.III.24, e os gnaisses da Banda de Ipiaú), interpreta-se que
III.31). esses corpos intrusivos são sin a tarditectônicos, con-
temporâneos ao metamorfismo e, portanto, de ida-
Os corpos do Rio Piau e Samaritana/Carapussê são de também paleoproterozoica ou próxima dela. Com
mineralizados em Fe-Ti-V, possuindo as seguintes ro- efeito, trabalhos recentes pelo método U-Ph SHRIMP
chas e mineralogia: (i) noritos (plagioclásio, 55-84%, em zircões dessas rochas estão confirmando essa in-
hiperstênio, augita/diopsídio, hornblenda, biotita, terpretação.
Figura III.32 – Padrões de elementos Terras Raras dos charnockitos dômicos (CH6) (valores do condrito segundo Sun 1982).
148 • G eolog i a da B a hi a
150 • G e olog i a da B a hi a
A oeste, o Caraíba faz contato com o Complexo Tanque Em relação ao metamorfismo que atingiu o Complexo
Novo-Ipirá e, na maior parte, com o Complexo Mairi, Caraíba, a presença do hiperstênio em equilíbrio com
em ambos os casos, através de falha de transempurrão hornblenda e biotita nos granulitos ortognáissicos
com vergência para oeste (Fig.III.33). A leste, sua área sugere condições de metamorfismo características da
de distribuição é interrompida por gnaisses e migma- transição das fácies anfibolito-granulito (hidrogranu-
titos do Complexo Santa Luz e do Cinturão Caldeirão, lito), intervalo em que é comum a atuação de proces-
também através de falha de transempurrão sub-ver- sos de fusão parcial. Daí, ser frequente nas rochas a
ticalizada, mas ainda com vergência para leste. Essa ocorrência de feições migmatíticas (Teixeira 1997).
falha coloca as rochas da fácies granulito sobre rochas
da fácies anfibolito, essas últimas localmente penetra- Sabaté et al. (1994) dataram os granulitos enderbíticos
das por corpos granitoides (CAPÍTULO V) (Fig.III.33). e charnoenderbíticos do Complexo Caraíba pelo método
152 • G e olog i a da B a hi a
2.7.5 Augen-Granulito Riacho da Onça Estes corpos estão encaixados em terrenos granulí-
ticos, possuindo foliação paralela a suas encaixantes
O Augen-Granulito Riacho da Onça forma uma fai- e, apesar de deformados e re-equilibrados na fácies
xa que, a norte tem uma direção N-S e, a sul, verga granulito, ainda preservam muitas feições texturais
para a direção W-E, bordejando o Bloco Serrinha primárias. Estruturalmente, apresentam-se como
(Fig.III.33). O melhor afloramento dessa rocha situa- sinformes bastante apertados, com planos axiais sub-
-se 4,5km a oeste do vilarejo de São Domingos, na verticais.
estrada que liga esse vilarejo à BR-324. Nesse local,
na zona de cisalhamento que o limita dos granulitos Alguns desses corpos contêm reservas econômicas
do Complexo Caraíba, podem ser observados vários de minério de cromo, destacando-se as Minas de Me-
indicadores cinemáticos, a maioria transcorrentes drado-Ipueira, um importante depósito de cromita no
sinistrais, sugerindo que o Riacho da Onça foi intru- Brasil (Marinho et al. 1986, Marques 2001). Esse corpo
sivo no Complexo Caraiba. Segundo estudos realiza- é alongado com 7km de extensão e 300m de largura
dos por Souza et al. (2003), podem ser classificados composto por dunitos intercalados com harzburgitos
como granulitos quartzo-monzoníticos e monzoníti- e, em menor quantidade, rochas máficas. A feição mais
cos, apresentando, como minerais principais, bioti- importante deste corpo é a presença de uma camada
tas, ortopiroxênios transformados parcialmente em de cromitito maciço com 5-8m de espessura (Marques
hornblendas (pseudomorfos) e mesopertitas, sob a 2001). Está intercalado com granulitos quartzo-felds-
forma de porfiroclastos com tamanhos variados (mé- páticos na parte inferior e serpentina mámore e diop-
dia de 2cm). Essas litologias mostram uma foliação siditos, na parte superior (CAPÍTULO VII).
milonítica com altos mergulhos para sudoeste, sendo
cortada por diques dioríticos. Geoquimicamente esses Nessa área, denominada de Vale do Jacurici, Olivei-
augen-granulitos são metaluminosos e subalcalinos. ra et al. (2004), encontraram granulitos com idades
154 • G e olog i a da B a hi a
156 • G e olog i a da B a hi a
MESOARQUEANO
NEOARQUEANO
158 • G eolog i a da B a hi a
O estudo petroquímico desses granulitos tonalíticos Essas rochas foram atingidas pela mesma granuliti-
e trondhjemíticos, neoarqueanos, sobretudo utilizan- zação. A idade metamórfica na periferia dos zircões
da (TT2) é de 2.080±36Ma (TIMS) (Ledru et al. 1994) anteriores, tanto no campo, como na composição
e 2.080±21Ma (ICPMS-LA) (Peucat et al. 2011). A mineralógica e química (Fig.III.37). Mais uma vez, so-
idade metamórfica na periferia dos zircões da (TT5) mente os elementos Terras Raras permitem separar
é de 2.078±20Ma (SHRIMP) (Silva et al. 2002) e de esses granulitos tonalítico-trondhjemíticos denomi-
2.098±11Ma (SHRIMP) (Peucat et al. 2011) (item 4.1) nados de (TT1) (Fig.III.41), daqueles anteriores, (TT2)
(Tab.III.3, seção 4, Metaformismo). e (TT5). Essas rochas, denominadas de (TT1), são de-
plecionados em elementos Terras Raras leves, com
uma relação média La/Yb=39, diferente das anterio-
PALEOPROTEROZOICO res. Uma diferença importante da (TT1), em relação
á (TT2) e (TT5), é que esta não possui anomalia de
2.8.4 Granulitos Tonalítico-Trondhjemíticos európio (Barbosa et al. 2003).
Essas rochas são também muito parecidas com os Com relação à geocronologia, a (TT1) destaca-se por
dois grupos de granulitos tonalítico-trondhjemíticos ser mais nova que as duas anteriores, visto que elas
160 • G e olog i a da B a hi a
possuem zircões magmáticos de 2.131±5Ma (SHRIMP) Ubaitaba, não têm ainda denominação, entretanto, na
(Silva et al. 2002) e 2.191±10Ma (SHRIMP) (Peucat et al. região de Uruçuca elas foram chamadas por Olivei-
2011), com TDM=2,5Ga (eNd= -1,6 para 2,2Ga) (Tab.III.2). ra et al. (1993) e Arcanjo (1997) de corpos plutônicos
Água Sumida, Rio Paraíso e São Geraldo. Mais ao sul,
Como se pode observar, as idades magmáticas são nas regiões de Camacan e Potiraguá essas rochas fo-
muito próximas do pico do metamorfismo de alto ram denominadas por Moraes-Filho & Lima (2007) de
grau que atingiu essas rochas. Com efeito, nas peri- Suíte Pau Brasil sendo nelas identificados granulitos
ferias dos zircões desses granulitos (TT1) são regis- tonalíticos, granulitos quartzo-monzoníticos, granu-
tradas idades de 2.069±19Ma (SHRIMP) (Silva et al. litos monzoníticos e granulitos charnockíticos.
2002) e 2.109±17Ma (SHRIMP) (Tab.III.3) (Peucat et
al. 2011) Sendo assim, pode-se considerar que, se- Essas rochas exibem coloração cinza-esverdeado,
melhantemente ao corpo plutônico Augen-Granulito com textura porfiroblástica, por vezes granoblástica a
Riacho da Onça (subitem 2.7.5), da parte norte do Cin- lepidoblástica, variando de média a grossa. (Fig.III.42)
turão Itabuna-Salvador-Curaçá (Fig.III.33), essa suíte São constituídos basicamente de plagioclásio anti-
(TT1) também penetrou de forma sintectônica na con- pertítico, ortopiroxênio, clinopiroxênio, mesopertita,
tinuação sul desse cinturão (Fig.III.37), durante o Pa- quartzo e minerais opacos, sendo que na maioria dos
leoproterozoico, no pico do metamorfismo regional. afloramentos, fenoclastos de plagioclásio são abun-
dantes e orientados paralelamente à foliação (Bar-
2.8.5 Granulitos Monzoníticos e bosa 1986, 1990, Figueiredo & Barbosa 1993, Oliveira
Monzodioríticos et al. 1993, Arcanjo 1997, Barbosa et al. 2003, Pivetta
Costa 2007).
Estas rochas ocorrem aproximadamente no centro da
parte sul do Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá, sob A petrografia permitiu classificar essas rochas em
a forma de megacorpos plutônicos, com extensões dois principais tipos: granulitos monzoníticos e gra-
quilométricas (100-150km) na direção N10oE e com nulitos monzodioríticos. A litogeoquímica corroborou
larguras variando de 5 a 10km, sempre deformadas e com essa separação, tendo mostrado também que
re-equilibradas pelo metamorfismo granulítico (Fig. ambas são de natureza alcalina, com filiação shosho-
III.37). Esses corpos, entre as regiões de Valença e nítica (Pivetta Costa 2007).
162 • G eolog i a da B a hi a
164 • G e olog i a da B a hi a
Com relação aos trabalhos mais recentes, o mapea- Os granulitos ultramáficos e máficos que ocorrem
mento geológico na escala 1:30.000 está sendo realiza- sob a forma de enclaves nas rochas granulíticas, a
do em Salvador (Barbosa & Souza 2007, Barbosa et al. petroquímica está mostrando que eles tiveram como
2005, Cruz 2005, Souza 2009, Oliveira 2010) incluindo protólitos, tanto piroxenitos derivados de magma to-
sobre-voos com avião de pequeno porte com a obten- leiítico rico em magnésio, quanto gabros gerados por
ção de fotos aéreas tiradas de 300 metros de altura magma toleiítico ou magma transicional toleiítico/
(Fig.III.44). Com isso têm-se verificado que as rochas calcialcalino (Barbosa et al. 2005).
da cidade mostram uma história geológica evolutiva
complexa, com uma grande diversidade de litotipos Os granulitos ortoderivados, na maioria, tiveram,
metamórficos de alto grau, amplamente deformados como protólitos, plutonitos que se originaram a par-
de modo polifásico, tanto no estado dúctil quanto no tir de magmas calcialcalinos, com tipos pobres em
estado rúptil. Além disso, como assinalado por outros potássio e outros ricos nesse elemento. Para os pri-
pesquisadores (Barbosa et al. 2005, Cruz 2005, Souza meiros, têm-se os granulitos tonalíticos e, para os
2009, Oliveira 2010) tem-se verificado que estes me- últimos, os granulitos charnoenderbíticos, granulitos
tamorfitos são frequentemente cortados por corpos monzo-charnockíticos e granulitos quartzo-monzo-
monzo-sienograníticos e diques máficos, todos com dioríticos (Souza 2009, Souza et al. 2010).
dimensões métricas a decamétricas (Fig.III.45, III.46).
O re-equilíbrio metamórfico dessas rochas na fácies
Como resultados desses trabalhos recentes, no em- granulito ocorreu concomitantemente às deformações
basamento de Salvador identificam-se: (i) granulitos dúcteis. A granulitização atingiu a etapa de pico nas
paraderivados, onde estão incluídos os granulitos condições de 7,5-9kbar e 840-900oC (Fujimori 1988).
alumino-magnesianos, granitos granadíferos, granu- O clímax metamórfico está caracterizado, em alguns
litos básicos e quartzitos; (ii) enclaves de granulitos granulitos ortoderivados, pela presença de biotita ver-
ultramáficos e máficos (Oliveira 2010); (iii) granulitos melha, ortopiroxênio, plagioclásio e clinopiroxênio, to-
ortoderivados, compostos de granulitos tonalíticos, dos em equilíbrio. A etapa regressiva é marcada pela
granulitos charnoenderbíticos, granulitos monzo- presença de minerais secundários, tais como biotita
-charnockíticos e granulitos quartzo-monzodioríti- e hornblenda esverdeada, formados à expensas de
cos; (iv) corpos e veios monzo-sienograníticos; e (v) piroxênios e opacos. Nos granulitos alumino-magne-
diques máficos, metamórficos e não metamórficos. sianos a paragênese de alto grau é composta de or-
As rochas de (iv) e (v) serão descritas mais adiante topiroxênio aluminoso, sillimanita e safirina, e as de
(subitens 2.9.4 e 2.9.5). retrometamorfismo por re-equilíbrio desses minerais
para a fácies anfibolito-xisto verde (Fujimori 1988).
Os granulitos paraderivados, alumino-magnesianos, Pesquisas sobre o metamorfismo desses granulitos
inclusive aqueles contendo safirina e ortopiroxênio, alumino-magnesianos estão em andamento, utilizan-
são restitos de fusão de metapelitos e se associam a do-se programas termobarométricos modernos.
166 • G eolog i a da B a hi a
PALEOPROTEROZOICO
2.9.4 Granitoides
168 • G e olog i a da B a hi a
170 • G e olog i a da B a hi a
Bloco Gavião (Partes Sul e Central) Recentemente, na região de Ibitira, foi identificado o
Domo ou Semi-Domo Lagoa da Macambira (Cruz et
No nível atual dos conhecimentos, vestígios de defor- al. 2009), que é composto por tonalitos e granodio-
mações arqueanas ou semi-dômicas na Bahia podem ritos (CAPÍTULO V) que se intercalam com sienogra-
172 • G eolog i a da B a hi a
sinistrais reversas, com orientação geral NE-SW (Fi- matítico”, sendo o contato entre essas unidades mar-
gueiredo 2009, Medeiros et al. 2011). cado por zonas de cisalhamento. Ainda segundo esses
autores, o greenstone belt em epígrafe é alóctone e a
Como mencionado anteriormente, em direção a nor- sua posição atual é o resultado de empurrões dirigi-
te, a foliação gnáissica e o conjunto de dobras antifor- dos de NNW para SSE. Essa unidade apresenta uma
mais e sinformais infletem para WSW-ENE a E-W. De foliação milonítica com lineação de estiramento mi-
acordo com Arcanjo et al. (2000), o arranjo estrutural neral segundo NNW (Silveira & Garrido 2000), que se
é complexo sendo marcado por zonas de cisalhamen- encontra progressivamente dobrada em dois estágios
to que se hospedam no contato entre as unidades do progressivos. O primeiro foi responsável pela nuclea-
Complexo Santa Isabel e as rochas do Greenstone ção de dobras recumbentes a inclinada com vergência
Belt Riacho de Santana. Predominam zonas de cisa- para SSE (Silveira & Garrido 2000; Arcanjo et al. 2000).
lhamento que se associam a dobras recumbentes a Em alguns casos as charneiras das dobras estão pa-
fracamente inclinadas, fechadas, com espessamento ralelizadas com a lineação de estiramento mineral.
apical (Arcanjo et al. 2000). De acordo com aqueles Segundo esses autores, dobras suaves a abertas, ho-
autores, os mergulhos das zonas de cisalhamento e rizontais a normal inclinada de segunda geração, com
dos flancos de dobras são suaves para NNW, tendo orientação NNW-SSE, configuram um padrão consti-
raras lineações de estiramento down-dip. As assime- tuído por antiformes e sinformes de duplo caimento.
trias de dobras e relações S/C, indicativas de trans- As dobras ora são simétricas, ora são assimétricas
porte tectônico de NNW para SSE (Silveira & Garrido (Silveira & Garrido 2000). Cisalhamentos subverticais,
1998). Em direção a leste os gnaisses e migmatitos submeridianos e com assimetrias sinistral truncam
mostram-se também miloníticos, estruturados no todas as estruturas nucleadas anteriormente.
trend NNW/SSE com mergulhos para oeste e sudo-
este e cujas lineações de estiramento têm mergulhos Bloco Gavião (Partes Central e Sul)
suaves para NNW e estruturas S/C indicando uma
tectônica transcorrente sinistral (Silveira & Garrido Contornando os domos gnáissicos de idade arqueana
1998). podem ser encontradas zonas de cisalhamentos dúc-
teis que se hospedam preferencialmente nos greens-
No Greenstone Belt Riacho de Santana, situado na tone belts (Ibitira-Ubiraçaba, Brumado, Umburanas)
parte oeste do Bloco Gavião, a estruturação é bastante e na Sequência Metavulcanossedimentar Caetité-
complexa. De acordo com Arcanjo et al. (2000), este -Licínio de Almeida. Nos greenstone belts exempli-
aloja-se tectonicamente no “complexo gnáissico-mig- ficados anteriormente encontram-se as Zonas de
174 • G eolog i a da B a hi a
176 • G eolog i a da B a hi a
foi denominada por Sabaté (1991) de Cinturão Conten- adas na periferia do Orógeno (Sequência Metavulca-
das-Jacobina (CAPÍTULO VI). nossedimentar Contendas-Mirante e Greenstone Belt
Mundo Novo a oeste e, Greenstone Belt Serrinha-Rio
Na parte norte a geometria final do Orógeno Itabu- Itapicuru, a leste).
na-Salvador-Curaçá é do tipo “flor positiva” envol-
vendo os blocos Gavião a oeste, Serrinha a leste e o No Bloco Serrinha, que se situa na porção norte do
Itabuna-Salvador-Curaçá no meio, cujo eixo principal Orógeno e onde se localiza o Greenstone Belt Serrinha-
é formado de zonas de cisalhamento sinistrais. Essa -Rio Itapicuru, foram publicados alguns trabalhos que
estruturação em flor positiva foi responsável pela tratam das deformações de suas rochas, podendo ser
extrusão de “lascas” tectônicas granulíticas que se citados os de Jardim de Sá (1982), Teixeira (1984), Ro-
justapuseram a “lascas” equilibradas na fácies anfi- cha Neto & Davison (1986), Davison et al. (1988), Padi-
bolito, e essas, à “lascas” da fácies xisto-verde, situ- lha (1992), Chauvet et al. (1997), Muller (2007), Novaes
Encurtamente crustal com foliação dobrada pela ascensão dos granitóides e iniciação da tectônica transcorrente (2.100Ma)
Desenvolvimento da segunda etapa tectônica tanto nos metassedimentos quanto nos granitos
Figura III.52 – Evolução estrutural esquemática da parte meridional do Greenstone Belt Serrinha-Rio Itapicuru mostrando a combinação
entre as deforomações tectônicas do primeiro evento e do segundo evento acompanhado de transcorrência sinistral e colocação vertical de
granitoides (Chauvet et al. 1997).
178 • G e olog i a da B a hi a
fase mais antiga de deformação, são dobradas e trun- plútons levou à rotação da foliação de baixo ângulo
cadas por zonas de cisalhamento submeridianas, que nucleada anteriormente na fase tangencial de defor-
se prolongam em direção aos setores centrais e norte mação, formando dobras em escala regional. Essas
do Bloco Serrinha. Essa segunda fase de deformação, dobras variam desde abertas a isoclinais com flancos
entre 2.100-2.070Ma, teria sido coetânea à colocação mergulhando em alto ângulo e desenvolvem foliação
de plútons de granitoides (Fig.III.52). A ascensão dos plano-axial. O estilo geral é o “domos e bacias”, com
180 • G eolog i a da B a hi a
Na porção norte do greenstone belt predominam do- Assim como na parte norte do Orógeno, na parte sul
bras com orientação geral N-S, ao passo que em di- também ocorrem extrusões de “lascas” de rochas
reção a sul as dobras são em èchelon e apresentam granulíticas que se superpuseram a rochas da fácies
orientação NE-SW (Novaes 2007, Menezes 2008, Ro- anfibolito. Neste contexto, na parte sul do Orógeno,
sário 2010) a E-W (Chauvet et al. 1997). A mudança destaca-se a Banda de Ipiaú (Barbosa 1986, Barbosa
progressiva de mergulho da foliação foi acompanhada et al. 2006) (Fig.III.51), limitada por rochas granulíti-
por transposições N-S originadas por zonas de cisa- cas e cujo registro metamórfico reflete condições da
lhamento sinistrais a sinistrais reversas, que se hospe- fácies anfibolito. Ela ficou preservada nessa fácies,
daram preferencialmente nos flancos de alto ângulo encaixada tectonicamente entre blocos granulíticos
dos sinclinais e anticlinais. Essas zonas geraram folia- (Barbosa 1986, Barbosa et al. 2003, Barbosa & Sabaté
ções penetrativas e uma proeminente lineação de es- 2002, 2004) (Fig.III.51).
tiramento mineral de baixa obliquidade. A Main Shear
Zone ou Zona de Cizalhamento Principal (Fig.III.54) Na parte sul do Orógeno os registros deformacionais
seria a principal estrutura representante dessa fase mais antigos da colisão entre os blocos Itabuna-
deformacional (Chauvet et al. 1997). De acordo com -Salvador-Curaçá e Jequié e desse sobre o Bloco
Oliveira et al. (2004b, 2010) a justaposição do Bloco Gavião são foliações de baixo ângulo com vergência
Uauá ao Bloco Serrinha teria sido feita através dessa para oeste. Nessa porção do Orógeno, relativos à fase
zona de cisalhamento, de cinemática sinistral. No mo- deformacional dúctil paleoproterozoica mais anti-
delo apresentado por esses últimos autores, o Bloco ga e em função dos registros estruturais, podem ser
Uauá teria vindo “transversalmente” de sul para norte, separados dois domínios estruturais (Fig.III.51): no
durante a colisão oblíqua paleoproterozoica que deu primeiro, localizado a oeste, são encontradas rochas
origem ao Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá. do Bloco Jequié e no segundo, situado a leste, predo-
minam rochas do Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá.
No Complexo Santa Luz, dentro do Bloco Serrinha,
as deformações da fase transpressional são reve-
ladas pelo cavalgamento das unidades do Bloco
Itabuna-Salvador-Curaçá para leste e justaposição
dos granulitos sobre as rochas de fácies anfibolito
desse complexo. Nesse contexto, Chauvet et al. (1997)
referem-se às zonas de cavalgamento com vergência
para norte na porção sul do Bloco Serrinha, na borda
do Granitoide de Barrocas. Na porção NE do Grani-
toide de Barrocas essas zonas de cisalhamento foram
estudadas por Müller (2007), tendo sido verificado
que suas foliações se orientam preferencialmente se-
gundo ENE-WSW e estão relacionadas com uma im-
portante lineação de estiramento mineral que se po- Figura III.55 – Dobras deitadas da primeira etapa de deformação
presente em granulito charnockítico na região de Laje (Bloco Jequié).
siciona preferencialmente segundo E-W. Além disso,
182 • G e olog i a da B a hi a
184 • G eolog i a da B a hi a
186 • G e olog i a da B a hi a
188 • G eolog i a da B a hi a
Figura III.59 – Trajetória do metamorfismo da parte sul do Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá. 1 – ponto tríplice dos silicatos de alumínio
segundo Richardson et al. (1969); 2 – limites da subfácies granulíticas segundo Irving (1974); 3 – curva de destruição da hornblenda
válida para PH2O de 0,3P total (Wells 1979); 4 – curva de fusão do granito sob condições de PH2O~0,3P total (Manna & Sen 1974). Os
retângulos representam condições P-T estimadas com diversos geotermobarômetros. A linha tracejada indica a trajetória proposta para o
metamorfismo regional (modificado de Barbosa 1986).
com safirina+quartzo têm sido encontradas indican- seja pressões de 10kbar e temperaturas em torno de
do pressões acima de 9kbar (Silva 1991). Com efeito, 1000oC (Barbosa et al. em preparação).
para esses mesmos granulitos alumino-magnesianos
e em granulitos tonalíticos portadores de granada Esses valores que são diferentes da média regional
que ocorrem associados, foi construída a figura III.60 podem estar relacionados com o transporte tectônico
que é um gráfico pressão x temperatura x tempo in- de blocos de níveis mais profundos para partes mais
dicando reações metamórficas e condições físicas do superficiais da crosta, justamente como propõem os
metamorfismo acima do background regional, ou modelos de Barbosa (1990) e Barbosa & Sabaté (2002,
190 • G e olog i a da B a hi a
Figura III.61 – Parte norte do Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá. Pseudosseções (A e B) no sistema KFMASH em granulitos
portadores de safirina (Leite et al. 2009)
(Barbosa et al. 2004) (Fig.III.62). Essas temperaturas Por outro lado, granitoides e, sobretudo, rochas sie-
anômalas foram explicadas pelo calor cedido pelo níticas penetraram nas rochas granulíticas, mas
corpo de charnockito, que foi intrusivo no pico da quando essas estavam em partes mais superficiais da
granulitização. Inclusive, devido às altas temperatu- crosta, em ambiente da fácies anfibolito (Barbosa et
ras, os granulitos alumino-magnesianos, chegaram al. 2004).
a se fundir parcialmente, produzindo charnockitos
do tipo “S” no pico do metamorfismo e após a pa- Como referido anteriormente no subitem 2.6.2, a Ban-
ralisação das deformações dúcteis (Fig.III.27). Um da de Ipiaú (Barbosa 1986) é uma parte mais superfi-
gráfico pressão x temperatura x tempo foi também cial da crosta continental da região, da fácies anfibo-
estabelecido para essa região do Domo de Brejões lito, que ficou preservada entre dois terrenos da fácies
(Barbosa et al. 2004) (Fig.III.62). granulito. Suas rochas são semelhantes àquelas do
Bloco Jequié, tendo ambas sofrido as mesmas de-
Outras trajetórias pressão x temperatura x tempo formações. A diferença é que as rochas da Banda de
estão também sendo produzidas em granulitos alu- Ipiaú estão re-equilibradas na fácies anfibolito e as do
mino-magnesianos de Salvador utilizando os progra- Bloco Jequié na fácies granulito.
mas THERMOCALC e PERPLEX (Souza et al. 2010).
A figura III.63 mostra as áreas das fácies granulito,
No pico da granulitização penetraram corpos anor- anfibolito e xisto verde do Orógeno Itabuna-Salva-
tosíticos e máfico-ultramáficos, sin a pós-tectônicos dor-Curaçá, separadas por zonas de transempurrão
com temperaturas acima de 1000oC, mas que foram sinistrais. Essas zonas se formaram em continuidade
re-equilibrados no ambiente granulítico. Com efeito, ao encurtamento crustal devido à colisão dos blocos
temperaturas metamórficas de cerca de 820oC foram antes referidos (sub-item 2.1) e que provocaram a
encontradas nas periferias dos piroxênios enquanto “expulsão” de rochas granulíticas de partes mais pro-
que nos seus centros ficaram ainda registradas tem- fundas para partes mais superficiais da crosta. Com
peraturas plutônicas, em torno de 1100oC (Barbosa isso rochas da fácies granulito se superpuseram às
1986, Cruz 1989, Burgos 2005, Barreto 2009). rochas da fácies anfibolito e essas sobre rochas do
192 • G eolog i a da B a hi a
194 • G eolog i a da B a hi a
17/10/12 21:12
Capitulo 3.indd 196
GEOCRONOLOGIA -GEOQUÍMICA ISOTÓPICA
U-Pb TIMS,
Segmentos Ar-Ar
Terrenos Metamórficos Nome das Rochas SHRIMP, Pb-Pb Pb-Pb Rb-Sr
Geotectônicos K-Ar Fissão
Sr(i) LA-ICPMS Zircão Monazita (Rocha
(Minerais) Apatita (Ma)
(Zircão) (Ma) (Ma) Total) (Ma)
(Ma)
(Ma)
4.1.2 Bloco Gavião (parte oeste) Migmatitos 2.095±86
656
196 • G e olog i a da B a hi a
Anfibolitos 685±34
545±20
491
Zona São Timóteo
514
BLOCO GAVIÃO 4.2.1 Bloco Gavião (parte central Zona Paramirim 507±6
e sul)
Ortognaisse Caculé 551±6
Ortognaisse Espirito Santo 490±12
Ortognaisse Paramirim 483±5
Seq. Caetité-Licínio de
560±5 517±3
Almeida
DOBRAMENTOS 532±17
4.2.2 Faixa de Dobramentos
RIO PRETO- 796±16
Rio Preto-Rch do Pontal Migmatitos e Gnaisses 0,712 563±38
RCH DO 453±12
(embasamento)
PONTAL 552±25
DOBRAMENTOS 4.2.3 Faixa de Dobramentos 517±40
Anfibolitos
SERGIPANA Sergipana (embasamento) 555±16
DOBRAMENTOS 4.2.4 Faixa de Dobramentos Araçuaí Seq. Caetité-Licínio de
560±5 517±3
ARAÇUAÍ (embasamento) Almeida (Metapelitos)
17/10/12 21:12
formados por fusão parcial dos granulitos alumino- 2010), enquanto que na estrada Guanambi-Caetité
-magnesianos, no pico do metamorfismo. Nesse caso (fácies granulito) os neossomas charnockíticos estão
identificaram-se monazitas metamórficas com idades mostrando também paleoproterozoicas (Barbosa &
de 2.057±17Ma e 2.080±26Ma (parte norte do Oróge- Cruz 2011).
no Itabuna-Salvador-Curaçá) e 2.052±14Ma (parte sul
do mesmo Orógeno) (Leite et al. 2009, Barbosa et al.
2004). 4.2 Metamorfismo Neoproterozoico
Por outro lado, vale relembrar que nos Blocos Gavião 4.2.1 Bloco Gavião (Partes Central e Sul)
e Serrinha, são inúmeros os exemplos onde grani-
tos sin e pós-tectônicos possuem zircões com idade Nas partes central e sul do Bloco Gavião, nas rochas
paleoproterozoica e que tiveram claramente ligação de mais alto grau metamórfico, ortognáissicas-mig-
com o metamorfismo do Orógeno Itabuna-Salvador- matíticas que compõem, por exemplo, o Complexo
-Curaçá (CAPÍTULO V). Enfim, Peucat et al. (2011) Paramirim (Arcanjo et al. 2000) (subitem 2.3.3) são
calcularam a média das idades do metamorfismo do identificadas zonas de cisalhamento interpretadas
Orógeno em foco, utilizando os resultados obtidos como de idade neoproterozoica (CAPÍTULO X) . Tan-
por todos os pesquisadores que estudaram o assun- to nessas zonas como nas suas encaixantes, segundo
to, tendo admitido um valor médio para a idade desse Mascarenhas & Garcia (1989), são disponíveis inú-
metamorfismo paleoproterozoico de 2.083±4Ma com meras datações K-Ar das quais eles obtiveram uma
um MSWD de 1,9. idade média de 656Ma. Os anfibólios de anfibolitos
enclavados nessas rochas plutônicas migmatizadas,
4.1.2 Bloco Gavião (Parte Oeste) que podem ser paleoproterozoicas ou mesmo ar-
queanas, fornecem idades que variam entre 685±34
Na parte oeste do Bloco Gavião, mais especificamen- e 545±20Ma, significando perda parcial ou total de
te, no Complexo Santa Isabel, o metamorfismo ainda argônio nesses minerais ferro-magnesianos na época
não foi satisfatoriamente estudado, mas os levanta- de seus resfriamentos. Jardim de Sá (1984), Souza et
mentos realizados pela equipe de pesquisadores do al. (1986) e Cruz et al. (no prelo) admitem processos
NGB-Núcleo de Geologia Básica e Exploração Mine- de deformação e metamorfismo de médio grau prove-
ral/UFBA nas folhas Espinosa e Guanambi sugerem nientes dos empurrões de segmentos do Bloco Gavião
um aumento progressivo do metamorfismo em dire- sobre o Espinhaço Setentrional. Esses empurrões de-
ção a NW, desde a fácies anfibolito, na Folha Espinosa vem ter ocorrido no Neoproterozoico em função das
à fácies granulito na porção norte da Folha Guanambi. idades dessa época, que ficaram impressas em bioti-
Nessa região, na área da fácies anfibolito são encon- tas e anfibólios presentes nessas zonas de empurrão.
trados gnaisses e migmatitos com paleossomas-res-
titos máficos e neossomas graníticos-granodioríticos Com relação aos dados K-Ar das partes central e sul
portadores de hornblenda e biotita, além de granitoi- do Bloco Gavião, vale ressaltar que as idades provêm
des também com minerais ferro-magnesianos seme- desse método em datações de biotitas e anfibólios for-
lhantes. Na área correspondente à fácies granulito, mados tanto no Neoproterozoico quanto antes dele.
podem ser vistos granulitos migmatíticos com pale- Essas idades não são devidas à homogeneização iso-
ossomas-restitos de granulitos básicos e neossomas tópica através de fenômenos térmicos associados a
charnockíticos. Idades U-Pb (SHRIMP) em migmati- dobramentos, mas exclusivamente à diferença de ní-
tos da região de Urandi (fácies anfibolito) revelaram vel crustal onde as rochas se encontravam. A elevação
idades de fusões em 2095±8,6 Ma (Medeiros et al. de blocos tem provocado neles a diminuição regular
198 • G eolog i a da B a hi a
200 • G e olog i a da B a hi a
1 Introdução
Greenstone belts continuam sendo objeto da atenção e forte interesse de geocientistas e de pesquisadores da
indústria mineral em todo o mundo, porque, além de serem repositórios de enormes concentrações de recursos
minerais, principalmente de ouro, metais-base (Cu, Pb, Zn, Ni) e ferro, abrigam nas suas assembleias litológicas,
registros e informações que estão auxiliando a compreender e explicar a origem e evolução da Terra primitiva,
desde antes e durante os tempos arqueanos (>ca.4,0-1,6Ga) (Tab.III.1, CAPÍTULO III). Por tudo isso, os greenstone
belts são considerados como uma via alternativa para se acessar o passado remoto da Terra.
Desde a difusão nos anos 60 de informações sobre ocorrências de estruturas tipo greenstone belt nos terrenos
arqueanos do mundo, cujo marco foi a publicação, em 1969, do célebre trabalho de Anhaeusser e colaboradores,
sobre o Greenstone Belt Barberton, a origem e desenvolvimento destes cinturões permanecem até hoje sendo
fortemente debatidos por pesquisadores e cientistas mundo afora.
Até o final dos anos 70, o debate girava em torno dos argumentos daqueles que propunham e defendiam modelos
de evolução dos greenstone belts com conotação fixista (autóctone), versus os argumentos daqueles que defen-
diam modelos com conotação mobilista (alóctone). Neste intervalo, os argumentos e demonstrações das ideias
mobilistas da teoria da tectônica de placas se consolidaram e a sua aplicação para explicar a evolução da Terra
moderna tornou-se unanimemente aceita e, progressivamente, ganhou força e adeptos da sua aplicação, para
explicar também a evolução da crosta primitiva e dos próprios greenstone belts, desde os tempos arqueanos.
A ideia fixista, em vigor até o final dos anos 70, assumia que a tectônica vertical como a tectônica dominante no
Arqueano. Os greenstone belts eram considerados como seções estratigráficas extremamente espessas de lavas
204 • G e olog i a da B a hi a
206 • G eolog i a da B a hi a
208 • G e olog i a da B a hi a
210 • G e olog i a da B a hi a
Na Fazenda Tocadas os derrames komatiíticos da A mineralogia e texturas primárias das rochas koma-
Sequência Inferior do Greenstone Belt Umburanas tiíticas dos terrenos greenstone da região de Bruma-
situam-se na terminação nordeste do greenstone, do foram amplamente modificadas e obliteradas pela
orlados e interpostos pelas manifestações intrusivas ação metamórfica e tectônica. A atual mineralogia é
do maciço granítico de Umburanas (CAPÍTULO V). geralmente secundária, representada por fases meta-
Apresentam-se geralmente como rolados, raramen- mórficas como serpentina, clorita e anfibólios, subs-
te constituindo boas exposições, mostrando-se bem tituindo, pseudomorficamente, olivina e piroxênios
preservados, pouco afetados pelas deformações tec- originais. As texturas primárias, onde identificadas,
tônicas e exibindo espetaculares texturas spinifex. O raramente estão bem preservadas. São spinifex pla-
mapeamento detalhado de uma trincheira com 200 no-paralelas, triangulares e aleatórias, em escalas
metros de comprimento, escavada transversalmente mesoscópicas e microscópicas. As estruturas obser-
às estruturas regionais, revelou a ocorrência de pelo vadas foram prováveis margens resfriadas, e estrutu-
menos 21 pulsos de derrames komatiíticos na região ras fragmentárias tipo brechas de fluxo e autoclastos,
dessa fazenda, com espessuras variando desde 33 almofadas e os vários tipos de textura spinifex.
metros até pouco mais de 1 metro.
As texturas tipo spinifex mais preservadas apresen-
Nos demais locais do Greenstone Belt Umburanas tam-se em serpentinitos, serpentina-tremolititos e
onde ocorrem exposições dos derrames komatiíticos tremolititos. Nas rochas serpentiníticas, observam-se
da sua Sequência Inferior, como na margem oeste das lâminas de comprimentos variados, entre alguns mi-
Serras do Sucuriú e do Algodão, foram observadas, límetros até acima de vinte centímetros, de espessu-
em afloramentos, laminações muito finas, marcadas ras entre décimos de milímetros até meio milímetro.
por alternâncias de leitos submilimétricos escuros São de coloração negra à vista desarmada, constituí-
(serpentina ± magnetita) e claros (tremolita), que das de serpentina, clorita e talco intercrescidos, além
aparentam uma textura spinifex, tipo plano-paralela, de pseudomorfos de olivina magnesiana. Os interstí-
afetada por forte deformação, conforme observado cios das rochas são preenchidos por tremolita verde-
nos afloramentos da Serra do Eixo. Sob o microscópio, -clara, em finos cristais dispostos sub-radialmente
seções delgadas dessas rochas ultramáficas, ainda substituindo, pseudomorficamente, cristais original-
que intensamente transformadas pela ação tectono- mente aciculares de piroxênio. Gotículas de mag-
metamórfica, revelaram típicas texturas spinifex pre- netita secundária, com lamelas de exsolução, estão
servadas, predominantemente delineadas por pseu- dispostas em cordões, encontrando-se associadas ao
domorfos de olivina. material serpentinítico/clorítico, seguindo o contorno
de antigos cristais de olivina. As placas/lâminas de
Na Sequência Média, o magmatismo komatiítico é olivina dispõem-se, tanto sob a forma plano-paralela
representado por registros muito discretos de derra- como divergentemente, em padrões sub-radiais, que,
mes e/ou sills subvulcânicos, com espessuras entre em plano, apresentam feições triangulares. É comum
alguns centímetros e dois metros, intercalados entre se observar essas variações texturais em uma mesma
as metavulcânicas félsicas (lavas e/ou piroclásticas) amostra. Microcristais primários de magnetita ocor-
e delgados leitos de sedimentos químicos. As feições rem associados ao material intersticial tremolítico.
características da natureza komatiítica desses derra- Por vezes, observam-se ainda grãos arredondados de
mes e/ou sills são reveladas por relíquias de cristais olivina serpentinizada em meio à matriz tremolítica,
212 • G eolog i a da B a hi a
O conhecimento atual mostra evidências de que o Nesta região a parte exposta do Contendas-Mirante
Contendas-Mirante fez parte de um sistema de cres- atinge aproximadamente 190km de comprimento e
cimento crustal policíclico, que, provavelmente, teve 65km de largura. O seu arcabouço estrutural mode-
início em tempos arqueanos e foi finalizado no Pale- lado no tempo da construção do lineamento colisio-
oproterozoico (CAPÍTULO VI). Este sistema de cres- nal Jacobina/Contendas-Jacobina, é representado por
cimento crustal agregou os terrenos que hoje cons- imbricações tectônicas de fatias de núcleos de TTG do
214 • G e olog i a da B a hi a
216 • G eolog i a da B a hi a
218 • G e olog i a da B a hi a
220 • G e olog i a da B a hi a
222 • G e olog i a da B a hi a
224 • G e olog i a da B a hi a
Os movimentos diferenciais ocorridos nessa fase cer- Entretanto, segundo Mascarenhas (1969), existem ro-
tamente foram responsáveis pelo cavalgamento dos sáceas de cianita em foliação de quartzitos xistosos na
xistos ferruginosos e manganesíferos da Formação Formação Sítio do Meio, com cristais que alcançam até
Mundo Novo do greenstone sobre o Grupo Jacobina 3cm, perfeitamente preservados. A norte do vilarejo de
na região da Sinforme de Sapucaia e em toda a borda Sítio do Meio, região de Boqueirão, uma apófise gra-
oriental da serra. Nesses movimentos predominaram nítica porfitítica apresenta metamorfismo de contato
processos de transpressões sinistrais que movimen- nos xistos Cruz das Almas, com crescimento de grana-
taram falhamentos pré-existentes e desenvolveram da sintectônica e biotita em moscovita-clorita-quartzo
zonas de cisalhamento, e falhamentos oblíquos, que xistos fato que pode vir a corroborar a hipótese de Leo
foram preenchidos por rochas gabroicas e fragmen- et al. (1964) sobre a influência do metamorfismo de
taram o Grupo Jacobina em blocos, localmente com contato na mineralogia da Serra de Jacobina.
movimento en échellon.
Para satisfazer a necessidade de explicar o tipo de
Leo et al. (1964), baseados nos agrupamentos minerais metamorfismo ocorrido na Serra de Jacobina, Mas-
observados principalmente nos xistos pelíticos da For- carenhas (1969) admitiu a presença de um metamor-
mação Cruz das Almas (lato sensu), chamaram atenção fismo regional Barrowiano, ao qual foi superimposto
para as diferenças texturais e mineralógicas naquelas um metamorfismo termal, em função da colocação
rochas, entre as partes sul e norte da área mapeada dos granitos mais jovens. Por outro lado, como soe
pelos autores, importando em significativas mudanças ocorrer ao longo da sua extensão, sob os metassedi-
metamórficas. Das várias reações minerais descritas, mentos do Grupo Jacobina, existe também aumento
as mais gerais e consistentes são aquelas que envol- do grau metamórfico interessando o greenstone belt
vem: (i) a decomposição de estaurolita e biotita para desde Ruy Barbosa para sul. Neste trecho, o greens-
formar cordierita, possívelmente, granada, e (ii) a con- tone belt é excaixado entre os ortognaisses, gnaisses
versão de andaluzita e biotita para silimanita. Ambas e migmatitos do Complexo Mairi, apresentando fácies
reações podem ser consideradas como indicativas de metamórfica granulítica (Moraes & Cruz 1994), que
um aumento de temperatura e são descritas nas partes decresce para norte à fácies anfibolito alto (Melo et al
interiores das auréolas de contato (CAPÍTULO VI). 1991, Souza et al. 1996).
226 • G eolog i a da B a hi a
228 • G e olog i a da B a hi a
Figura IV.9 – Formações ferríferas (fácies óxido) do Greenstone Belt Lagoa do Alegre.
a. Foto geral de afloramento e b. Detalhe da foto anterior.
a b
a b
Figura IV.11 – Fotomicrofotografia (aumento de 2,5 vezes) mostrando as placas de olivina bem preservadas.
a. Em luz plana e b. Com nicóis cruzados.
230 • G eolog i a da B a hi a
Ainda segundo Angelim (1997), a Unidade Minador- Figura IV.12 – a. Afloramento deformado de metaconglomerado.
b. Metacarbonato deformado.
zinho ocorre no setor noroeste ladeando a zona prin-
cipal de afloramento da Unidade Macambira, consti-
tuindo relevo algo acidentado onde ressaltam as cris-
tas alongadas de paragnaisses e de quartzitos. Esta 3.2.3 Dados geocronológicos
unidade constitui uma associação litológica indivisa
xistosa-gnáissico-quartzítica, tendo sido individuali- De acordo com Angelim (1997), existe registro de ida-
zadas duas subunidades, segundo a predominância des geocronológicas ao redor de 3.300Ma (Santos &
do componente xistoso ou do termo gnáissico. Foram Silva Filho 1990) em granitoides, sugerindo a idade
cartografadas, ainda, lentes de paragnaisses, meta- mínima para esta parte do Cráton do São Francisco
basitos, formações ferríferas, quartzitos, metaconglo- e que pode ser correlacionada a idades semelhan-
merados e metacarbonatos (Fig.IV.12). Os mica xistos tes, identificadas na região do Cinturão Contendas-
são constituídos predominantemente por quartzo, -Mirante por Marinho (1993). As sequências metavul-
biotita e moscovita, podendo conter granada, cianita, canossedimentares dos Complexos Salitre/Barreiro
estaurolita, sericita e clorita. Os paragnaisses pos- são correlatas àquela do Complexo Lagoa do Alegre,
suem granulação fina a média, a duas micas ou so- embora tenham grau de metamorfismo mais baixo.
mente com um dos termos presentes na composição As sequências Lagoa do Alegre e Salitre/Barreiro po-
da rocha. O metamorfismo regional atingiu a fácies dem, respectivamente, constituir remanescentes dos
anfibolito médio a alto, com acentuado retrometa- greenstones primários e secundários na acepção de
morfismo para a fácies xisto verde. Glikson (1978) em razão das características dos con-
232 • G e olog i a da B a hi a
234 • G eolog i a da B a hi a
236 • G eolog i a da B a hi a
238 • G eolog i a da B a hi a
Este cinturão também faz parte dos terreno granito- Como argumento à interpretação de que o Complexo
-greenstones do setor norte do Bloco Gavião e está Colomi e o Complexo Barreiro representavam terre-
localizado na borda norte do Cráton do São Francisco nos distintos, formados em épocas e ambientes tec-
(Fig.IV.1, IV.2), na zona de transição do cráton com a tônicos diferentes e que por essa razão deviam ser
Faixa de Dobramentos Riacho do Pontal (CAPÍTULO caracterizados separadamente, Dalton de Souza et al.
IX). É constituído pelos termos litológicos das unida- (1979) argumentam o seguinte:
des tectono-estratigráficas denominadas de Comple-
xo Barreiro e Complexo Colomi por Dalton de Souza (i) As formações ferríferas (iron formations) do Com-
et al. (1977). Está exposto sob a forma de faixas alon- plexo Colomi são essencialmente da fácies óxido (Ja-
gadas aproximadamente no sentido leste-oeste, com mes 1954) e apresentam feições gerais que permitem
extensões variando de 4km a 33km, formando um enquadrá-las entre as formações ferríferas do tipo
“cordão de faixas”, aproximadamente paralelizado à Lago Superior (Gross 1965), como: (a) existência de
borda norte da Chapada Diamantina (CAPÍTULO VII). camadas espessas que ultrapassam a ordem dos 100
Suas exposições situam-se próximas das margens do metros; (b) existência nessas camadas de continuida-
lago da represa hidrelétrica do Sobradinho no Rio São de e extensão lateral marcantes; (c) ausência ou pre-
Francisco, a maioria na margem sul do lago. Uma par- sença insignificante de detritos terrígenos no corpo
cela menor está representada pela Serra dos Colomis, das formações ferríferas; (d) ausência de vulcanismo
na margem norte do lago, estando a parte restante diretamente associado; (e) inexistência de fácies sul-
submersa ou formando ilhotas no interior do lago. feto e (f), presença de associação sedimentar (quart-
zitos, arcóseos, arenitos e dolomitos) de água rasa,
Ao realizar o Projeto Colomi, Dalton de Souza et al. tipo plataforma continental estável ou bacia intracra-
(1977) definiram, entre outras unidades, o Complexo tônica restrita;
Barreiro e o Complexo Colomi, este último, anterior-
mente designado por Barbosa (1965) como Grupo Co- (ii) As formações ferríferas do tipo Lago Superior fo-
lomi. O Complexo Barreiro se caracteriza como uma ram formadas durante um intervalo de tempo rela-
sequência vulcanossedimentar, enquanto o Complexo tivamente curto, nos escudos precambrianos das di-
Colomi se caracteriza como uma sequência essencial- versas partes do mundo. Elas começaram a aparecer
240 • G e olog i a da B a hi a
sequência vulcanossedimentar do Complexo Barrei- pada Diamantina, estando separadas dos metassedi-
ro, descrito por Dalton de Souza et al. (1977, 1979). mentos desta formação mesoproterozoica por nítida
Ocorre exclusivamente a sul do Rio São Francisco e discordância angular e erosiva (CAPÍTULO VIII).
foi indivisualizado pela primeira vez em torno da fa-
zenda homônima, daí seu nome. Entretanto, dados As melhores exposições da Sequência Barreiro estão
atuais obtidos do levantamento aeromagnético do localizadas: (i) na Serra da Baixa do Rancho, no sopé
Projeto Médio São Francisco realizado pela CPRM, e meia encosta da escarpa do Tombador (Serras do
em 2009, demonstraram a continuidade para norte Boqueirão da Onça e do Brejinho); (ii) no trecho que
da sequência Barreiro, em grande parte recoberta se estende da Fazenda Brejo II para leste; (iii) a sul da
por sedimentos tércio-quaternários. Os afloramen- cidade de Sento Sé, nas serras da Ingrata e do Rela,
tos da Sequência Barreiro, segundo os autores cita- bem como; (iv) nos serrotes que constituem o prolon-
dos, estão praticamente limitados aos altos das ele- gamento da primeira serra para nordeste e formam,
vações (serras, serrotes e morros), que geralmente inclusive, ilhas no lago do Sobradinho (modificado de
encontram-se circundados por extensas coberturas Dalton de Souza et al. 1977, 1979).
tércio-quaternárias que impedem a verificação das
relações de contato e continuação estrutural desta A Sequência Vulcanossedimentar Barreiro, segundo
sequência com a Sequência Colomí e com as rochas Dalton de Souza et al. (1977 e 1979), acha-se meta-
gnáissico-migmatíticas adjacentes (CAPÍTULO III). morfizada na fácies xisto verde e com um arranjo li-
As rochas desta sequência acham-se parcialmente tológico e estrutural muito complexo, compartimen-
encobertas pela Formação Tombador do Grupo Cha- tada em duas unidades denominadas: Unidade Baixa
242 • G eolog i a da B a hi a
244 • G e olog i a da B a hi a
246 • G eolog i a da B a hi a
Figura IV.20 – Mapa geológico simplificado da região de Campo Formoso. O asterisco indica a presença do Greenstone Belt Tiquara em
profundidade, identificado em furos de sondagem executados pela CBPM-Companhia Baiana de Pesquisa Mineral. (Furos 501-01 e 501-02)
248 • G e olog i a da B a hi a
Figura IV.21 – Seção geológica idealizada a partir de furos de sondagem (Folha Brejão da Caatinga, região de Tiquara). São mostrados
também perfis geofísicos de densidade e perfis de susceptibilidade magnética correspondentes aos furos de sondagem.
250 • G eolog i a da B a hi a
Bloco Gavião (Partes Oeste, que, faz parte também do Bloco Gavião, as Sequências
Metavulcanossedimentares de Urandi (parte oeste) e
Central e Sul) Caetité-Licínio de Almeida (parte sul).
Os terrenos granito-greenstones arqueanos no se- O modelo de arranjo estratigráfico dos quatro primei-
tor sul do Bloco Gavião abrigam assembleias vulca- ros greenstone belts é muito bem representado pela
nossedimentares, com idades variando de 3,2-2,7Ga sucessão estratigráfica do Greenstone Belt Umbura-
(Cunha et al. 1996, Bastos Leal et al. 1996), expostas nas. Em linhas gerais, esta sucessão compreende: (i)
em pequenas manchas e retalhos isolados, ou como uma sequência inferior de rochas vulcânicas ultramá-
extensos segmentos, isolados ou agrupados, em meio ficas komatiíticas, acompanhadas por vulcânicas má-
a um vasto domínio de granitos e gnaisses (CAPÍTULO ficas a félsicas toleiíticas e intercalações de sedimen-
III), às vezes compondo aglomerados com expressiva tos químicos e siliciclásticos, expostas geralmente
extensão territorial, com vários quilômetros de com- nas margens dos cinturões; (ii) uma sequência central
primento e largura, e geralmente com orientações de rochas vulcânicas félsicas calcialcalinas e equiva-
variando entre NE-SW a NW-SE (Fig.IV.23). Estas as- lentes piroclásticos e epiclásticos e, (iii) uma sequência
sembleias vulcanossedimentares representam tes- superior dominada por sedimentos carbonáticos aflo-
temunhos de seções de níveis estruturais mais pro- rante predominantemente na parte central dos cin-
fundos de cinturões greenstones maiores, que foram turões. Expressivos pacotes de metacarbonatos dolo-
variavelmente reduzidas por processos de erosão, de- míticos e magnesíticos, sobrepondo metavulcânicas
formação e intrusões ígneas e que originalmente po- ultramáficas, máficas e félsicas, apresentam notáveis
dem ter ocupado vasta extensão territorial do Gavião, exposições na Serra das Éguas, no Morro do Jardim
252 • G eolog i a da B a hi a
254 • G eolog i a da B a hi a
O Greenstone Belt Umburanas localiza-se no centro- A Sequência Inferior engloba dois ciclos vulcânicos,
-sudoeste do Estado da Bahia, 22km a leste da cida- separados e entremeados por sedimentos químicos
de de Brumado no setor sul do Bloco Gavião (Fig.IV.1, (metacherts, calcissilicáticas e carbonatos) e sili-
IV.2). Silveira et al. (1980) desenvolveram os primeiros ciclásticos (quartzitos e metaconglomerados) (Fig.
trabalhos de mapeamento geológico e de exploração IV.25). O primeiro ciclo, na base, é representado pre-
mineral no âmbito desse greenstone belt, tendo ela- dominantemente por derrames ultramáficos koma-
borado a sua cartografia na escala 1:25.000 e reali- tiíticos, com participação subordinada de derrames
zado a caracterização e organização estratigráfica de basálticos toleiíticos e de equivalentes cumuláticos
suas litologias. duníticos e gabroicos. O segundo ciclo é representado
por discretos pulsos vulcânicos félsicos e máficos, de
O Greenstone Belt Umburanas possui distribuição filiação não determinada, intercalados predominan-
geográfica restrita com a configuração geral de uma temente em rochas calcissilicáticas. A descoberta dos
“bengala”, delineada entre os maciços graníticos de derrames ultramáficos komatiíticos dessa unidade,
Umburanas e da Serra do Eixo e faixas dos terrenos com textura spinifex bem preservada, representaram
gnáissico-migmatíticos do Bloco do Gavião (Fig.IV.24). a comprovação dos primeiros registros desses derra-
Seu ramo principal, a oeste, possui certa sinuosida- mes, nas estruturas vulcanossedimentares arquea-
de, com orientação variando de N30oW a N20°E, com nas do Cráton do São Francisco, no Estado da Bahia
extensão aproximada de 60km e largura variando (Cunha & Fróes 1994).
de 0,5-4,5km. Seu ramo secundário, a leste, possui
orientação geral N20°W, comprimento máximo de Embora a mineralogia, texturas e estruturas primá-
13,7 quilômetros e largura variando de 3,2 a 5,25km. rias das litologias desta unidade tenham sido ampla-
mente obliteradas durante os eventos de deformação
Acima do considerado embasamento, as sucessões e metamorfismo que sofreram, elas permaneceram
litológicas do Greenstone Belt Umburanas, segundo preservadas em várias ocorrências no âmbito do Cin-
Cunha & Fróes (1994), representam produtos de ciclos turão Umburanas.
vulcânicos e sedimentares compartimentados em
256 • G eolog i a da B a hi a
Os derrames ultramáficos komatiíticos são represen- tendo texturas primárias preservadas como amígda-
tados por serpentinitos e variedades talcificadas e xis- las, minúsculos cristais de plagioclásio e de tremolita
tificadas, com proporções variáveis de actinolita, tre- orientados, indicando fluxo magmático, além de mi-
molita e clorita. As suas melhores exposições estão crólitos e fenocristais de plagioclásio. Nas amostras
localizadas nas margens do cinturão, principalmente menos alteradas a assembleia mineral compreende
no flanco sul, ao longo da Serra do Eixo e no extre- finos cristais de hornblenda, de plagioclásio e raras
mo norte do flanco leste, na Fazenda Tocadas. Nestas disseminações de titanita, epidoto, apatita e de opacos.
exposições foram observadas texturas e estruturas
primárias bem preservadas, como almofadas, bre- As metavulcânicas félsicas são rochas de granulação
chas de topo de derrames, cúmulos de olivina e uma fina e coloração cinza a castanho. Apresentam-se xis-
variedade de texturas spinifex (Fig.IV.27). tificadas ou cristalinas e bem laminadas, com alguns
pórfiros de feldspato, sendo classificadas como me-
Os metabasaltos são representados por metabasitos tandesitos a metadacitos pórfiros. Sua mineralogia in-
e anfibolitos finos, geralmente maciços e recristali- clui fenocristais de feldspato e quartzo em meio a uma
zados, às vezes xistificados, porém muitas vezes con- matriz poligonal muito fina de plagioclásio+quartzo,
258 • G e olog i a da B a hi a
b
Figura IV.28 – Intercalações de rochas metavulcânicas máficas
e félsicas, deformadas e metamorfizadas do Greenstone Belt
Umburanas
Figura IV.27 – a, b. Afloramentos de metakomatiítos do Greenstone As rochas calcissilicáticas se apresentam em três va-
Belt Umburanas, deformados e metamorfizados.
riedades distintas. Uma menos silicosa, com minera-
logia dominada por tremolita/actinolita e diopsídio.
com palhetas orientadas de biotita, moscovita, vênu- Outra mais silicosa, evoluindo até termos quartzíticos
las de quartzo e opacos (Fig.IV.28). com mineralogia definida pelo predomínio de quartzo
e subordinadamente tremolita/actinolita. Por último,
As rochas calcissilicáticas ao lado da sucessão de me- uma variedade que resulta da ação do metamorfismo
taultramáficas (komatiítos) e metamáficas (basaltos) de contato do maciço granítico de Umburanas, sendo
ocupam as porções mais basais atualmente expostas caracterizada pelo crescimento mineral mais acentu-
nesse greenstone belt, delineando os seus contornos ado, com cristais atingindo até 8cm de comprimento
em contato com os gnaisses e maciços graníticos cir- e uma mineralogia ainda dominada por tremolita,
cunjacentes. Mostram-se intercaladas e sobrepostas diopsídio e quartzo, porém acrescida de outros mi-
por pulsos de metavulcânicas máficas e félsicas e por nerais como hornblenda e granada. Outros minerais
sedimentos vulcanogênicos xistosos, os quais com comuns na composição modal das variedades de cal-
maior incidência ocorrem em posições superiores às cissilicática são: epidoto, microclínio, calcita, plagio-
metavulcânicas félsicas, seguidos em menor propor- clásio, titanita, apatita e biotita.
ção por níveis de metacarbonato e de formação ferrí-
fera. As metavulcânicas máficas, mais raras, ocorrem Os sedimentos siliciclásticos são representados por
em várias posições dentro dessa sucessão. É possível uma sucessão de quartzitos, metaconglomerados e
260 • G eolog i a da B a hi a
Os metatufos xistosos a metagrauvacas possuem As rochas do Greenstone Belt Umburanas, do seu em-
ampla distribuição no âmbito da Sequência Média. basamento granito-gnáissico-migmatítico e dos cor-
No terreno são difíceis de ser distinguidos das rochas pos graníticos adjacentes (com exceção do Granitoide
vulcânicas félsicas, quando estas se mostram xistosas Umburanas) foram submetidas a múltiplos eventos de
e desprovidas de pórfiros de feldspato e quartzo. Jun- deformação e cisalhamento que ainda não são perfei-
to com os níveis de metacarbonato e formação ferrífe- tamente compreendidos. Em que pese as dificuldades
ra formam expressivas intercalações, geralmente en- encontradas para se reconhecer e estabelecer a su-
tremeando os pulsos dos derrames félsicos e máficos. cessão destes eventos deformacionais, evidenciadas
principalmente pela ausência de bons afloramentos
Os diques e sills máficos a ultramáficos equivalem a e de continuidade de níveis-guias, são claramente re-
diabásios, melanogabros ou plagioclásio-piroxenito conhecidos no Greenstone Belt Umburanas duas fases
cumuláticos. Dois corpos, identificados no Riacho de dobramentos e três eventos de cisalhamento, que
do Sumidouro e no Riacho do Branco, são restritos, também afetaram o seu embasamento (as deforma-
com espessuras entre um e dois metros. São rochas ções paleoproterozoicas também recristalizaram os
tremolitizadas, de granulação média a grossa, maci- gnaisses e migmatitos do embasamento). Esses do-
ças a xistosas, constituídas basicamente por tremo- bramentos e cisalhamentos estão relacionados com
lita e plagioclásio. Os cristais de tremolita parecem o último grande evento de deformação, que afetou
representar antigos cristais de cúmulos de piroxênio grande parte do Cráton do São Francisco, acontecido
transformados, enquanto que os de plagioclásio são durante o fechamento de ciclo geotectônico paleopro-
de intercúmulos. terozoico na Bahia. No embasamento granito-gnáis-
262 • G e olog i a da B a hi a
De um modo geral, as rochas do embasamento gra- Nos contatos das litologias do greenstone belt com o
nito-gnáissico-migmatítico do Greenstone Belt Um- maciço granítico de Umburanas são observados efeitos
buranas sofreram metamorfismo da fácies anfibolito de metamorfismo de contato. Nas rochas ultramáficas
médio a alto, caracterizado por paragêneses minerais esses efeitos são caracterizados pela recristalização de
como: oligoclásio (An 20-30) +quartzo+biotita±micro hornblenda+oligoclásio/andesina; nas intermediárias
clínio±hornblenda; microclínio+quartzo+plagioclási pela recristalização de andaluzita±biotita±moscovita e,
o+biotita e, plagioclásio (An 25-32) +quartzo+biotita nas calcissilicáticas pela recristalização de hornblenda
(Sampaio Filho 1985). As frações litológicas migmati- +quartzo+epidoto+granada.
zadas chegam a atingir estágio avançado de anatexia
com alta densidade de mobilizados e com o desen- 4.1.6 Intrusivas Pós-Tectônicas
volvimento de estruturas nebulíticas e schlieren. Nas
regiões atravessadas por zonas de cisalhamento elas A intrusiva claramente pós-tectônica é o Granitoide
exibem efeitos de retrometamorfismo para a fácies Umburanas embora o Granitoide Serra do Eixo mos-
xisto verde, com paragêneses minerais que variam de tre também evidências de que penetrou após as de-
epidoto+quartzo+calcita+sericita±clorita até albita+ formações que atingiram o Greenstone Belt em foco.
epidoto+quartzo±calcita+sericita/moscovita+clorita. As características geológicas desses granitoides en-
contram-se no CAPÍTULO V.
O metamorfismo progressivo das rochas do Greens-
tone Belt Umburanas é predominantemente de baixo 4.1.7 Dados Litogeoquímicos
grau, da fácies xisto verde, porém evolui para a fácies
anfibolito nas proximidades dos contatos com os plú- Dados petroquímicos das metavulcânicas ultramáficas
tons graníticos e ao longo de suas margens. Essas da Sequência Inferior do Greenstone Belt Umburanas
variações metamórficas, conforme Sampaio Filho confirmam a sua natureza komatiítica, de acordo com a
(1985) são verificadas nos seus diversos tipos litológi- classificação proposta por Arndt & Nisbet (1982). Estas
cos com as paragêneses minerais a seguir: unidades possuem baixas quantidades de SiO2 (39,20-
47,40%), TiO2 (0,07-0,23%), Al2O3 (2,3-7,6%) e de ele-
(i) Rochas ultramáficas - serpentina+carbonato+ mentos-traço incompatíveis. Os komatiítos possuem
talco+tremolita+óxido de ferro; clorita+tremolita/ MgO>18% (21,7-35,6%), baixos valores de Na2O+K2O
264 • G eolog i a da B a hi a
guidos por metamagnesitos (magnesita) e mármores mente continuam sendo explotadas pela Magnesita
calcíticos. A magnesita se apresenta de diversas cores S.A., além da Xilolite S.A. e da Ibar do Nordeste S.A.
(branca, creme, vermelha, cinza, incolor), predomi-
nando o tipo de coloração branca e com granulo- As formações ferríferas são tipicamente bandadas e
metria de recristalização fina a média, formando es- sílicatadas (fácies sílicato) a quartzosas (fácies óxido)
pessos pacotes que constituem as enormes reservas compreendendo alternâncias de leitos milimétricas a
lavradas desde 1940 pela Magnesita S.A. e que atual- centimétricos ricos em magnetita com leitos ricos em
266 • G e olog i a da B a hi a
Diques e sills gabroicos cortam a sequência, provo- As paragêneses minerais metamórficas e as defor-
cando interações hidrotermais principalmente nos mações tectônicas observadas no âmbito do Cintu-
metacarbonatos, com o desenvolvimento de concen- rão Brumado são semelhantes àquelas assinaladas
trações marginais de turmalina, granada e raramente no Greensotne Belt Umburanas, com intensidade do
esmeralda. metamorfismo variando da fácies xisto verde à fácies
anfibolito. As relações de contato do cinturão com o
Guardadas as suas particularidades, a assembleia embasamento gnáissico-migmatítico, quando obser-
vulcanossedimentar do Cinturão Brumado é muito vadas, são claramente retrabalhadas por zonas de
parecida com a do Greenstone Belt Umburanas, só cisalhamento.
que sua sucessão estratigráfica, comparativamente
à do Umburanas, mostra-se incompleta. Faltam os 4.2.5 Dados Litogeoquímicos
termos metavulcânicos félsicos típicos da unidade
média do Greenstone Belt Umburanas. Mesmo assim Dados litogeoquímicos preliminares sobre as unida-
a assembleia vulcanossedimentar do cinturão Bru- des vulcânicas do Greenstone Belt Brumado confir-
Além dos derrames komatiíticos, foram também O embasamento desse greenstone ainda não está
identificados no Cinturão Brumado alguns depósitos bem definido ,entretanto, as associações vulcanos-
minerais importantes, como os depósitos de talco e os sedimentares presentes no Greenstone Belt Ibitira-
depósitos gigantes de magnesita da Serra das Éguas -Ubiraçaba são muito parecidas com aquelas obser-
que estão atualmente sendo explotados por empre- vadas nos Greenstone Belt Umburanas e Brumado,
sas de mineração antes referidas (CAPÍTULO XX). Nos principalmente com aquelas presentes nas sequên-
seus domínios são também conhecidas várias ocor- cias Inferior e Superior do Greenstone Belt Umbura-
rências e áreas com potencial para mineralizações nas (item 4.1). Elas são representadas por faixas de
econômicas de ferro, vermiculita, ouro e de metais- metavulcânicas ultramáficas e máficas, com níveis de
-base (Cu, Pb, Zn e Ni). cherts (quartzitos) e formações ferríferas associadas
268 • G eolog i a da B a hi a
270 • G eolog i a da B a hi a
272 • G e olog i a da B a hi a
274 • G e olog i a da B a hi a
Fig.IV.37 – Mapa geológico simplificado do Greenstone Belt Guajeru. (Modificado de Lopes 2002)
276 • G e olog i a da B a hi a
278 • G eolog i a da B a hi a
280 • G e olog i a da B a hi a
282 • G eolog i a da B a hi a
os) com foliação incipiente e veios finos preenchidos 4.5.3 Sequência Superior
por quartzo.
A Sequência Superior ocorre de maneira descontínua
Ainda segundo essa última autora, metacherts tam- por todo o domínio do greenstone, em geral sustentan-
bém aparecem nessa sequência. São rochas de tex- do os relevos positivos da região. Está representada por
tura fina, de coloraçào cinza-claro tendo pontos de uma sequência essencialmente sílico-carbonática de
minerais ferríferos (magnetita) alterados. São com- características plataformais, constituída por quartzitos,
postos essencialmente de quartzo, ocorrendo como metacherts recristalizados (quartzo+hematita+grafita)
acessórios tremolita, clorita portando disseminações (Fig.IV.41), espessas camadas de metacarbonatos com
de sulfetos, principalmente pirita. Sob a forma de níveis de calcissilicáticas (calcita+diopsídio+hematita e
bandas concordantes com a foliação regional, apa- calcita+dolomita+moscovita+clorita+quartzo+grafita+
recem xistos pelíticos contendo granada, cordierita sulfetos), formações ferríferas bandadas (fácies óxido,
e sillimanita, além de venulações descontínuas de cherts com níveis de hematita), clorita-xistos e sericita-
quartzo boudinados. Rochas calcissilicáticas e meta- -xistos. Inclui ainda intercalações de metabasaltos, de
carbonatos (quartzo+plagioclásio+diopsídio+calcita) metatufos, de magnetita-quartzitos por vezes conglo-
também são encontradas nessa Sequência Inferior. meráticos, de filitos e de metassiltitos.
b b
Figura IV.40 – a, b. Aspectos das rochas vulcânicas metamáficas Figura IV.41 – a, b. Afloramentos de quartzito intercalado com
sendo visíveis as venulações ricas em plagioclásio (a) metachert em corte de estrada (a) e detalhe dessas rochas (b)
e veios de quartzo (b)
284 • G e olog i a da B a hi a
286 • G eolog i a da B a hi a
Figura IV.42 – Mapa geológico simplificado do Greenstone Belt Boquira. (Modificado de Arcanjo et al. 2000).
Os depósitos de sulfetos são maciços, com conta- do presente também em muito pequena proporção, a
tos relativamente bem visíveis com as encaixantes, e prata. Minerais supergênicos aparecem na superfície,
formados essencialmente de galena e esfalerita. Su- do tipo cerussita, limonita, anglesita, piromorfita, hi-
bordinadamente ocorrem pirita e pirrotita. Segundo drozincita, crisocola e outros de menor importância.
Carvalho et al. (1997) e Espourtelle & Fleischer (1988), Segundo Carvalho et al. (1997), in Misi et al. (2006), o
no minério, a relação Pb/Zn é da ordem de 4,5, estan- controle estratigráfico e os caracteres estratiforme e
288 • G e olog i a da B a hi a
Algumas sequências supracrustais que ocorrem no A idade e o posicionamento estratigráfico dessa sequ-
extremo sudoeste da Bahia, a exemplo da Sequência ência foi motivo de controvérsias. Para Moraes et. al.
Metavulcanossedimentar Caetité-Licínio foram for- (1980), Silva & Cunha (1999), Delgado et. al. (2004),
malizadas no trabalho de Mascarenhas (1976), como as unidades que hospedam os depósitos de ferro e
prováveis greenstone belts, embora elas necessitas- manganês deveriam ser agrupadas em uma única se-
sem na época de dados geológicos mais consistentes quência metassedimentar, pertencente ao “embasa-
para que fossem devidamente caracterizadas (Fig.IV.1, mento” e denominada de Complexo Lacínio de Almei-
IV.23). da. Por sua vez, Rocha (1990, 1991), Barbosa & Domin-
guez (1996) e Rocha et al. (1998) consideraram que a
A sequência em foco bem como aquela de Urandi (su- sequência em foco seria formada por duas unidades:
bitem 4.8), se destacam na geologia da Bahia, não só uma denominada de Formação Tauape, intrínseca ao
devido à presença, nas suas litologias metapelíticas, embasamento, e a outra, a Formação Mosquito, que
de pequenos depósitos de minério de manganês, mas representaria a unidade basal do Grupo Borda Leste
também pelas recentes descobertas de importantes do Supergrupo Espinhaço (Rocha et al. 1998). Por sua
depósitos de ferro, na região de Caetité. Os depósitos vez, Silva & Cunha (1999) consideraram o Complexo
de manganês estão sendo explotados desde 1948 e, Lacínio de Almeida como uma entidade sedimentar
estudos voltados para melhorar o seu conhecimento com ausência de litotipos vulcânicos, característi-
vêm ocorrendo ao longo do tempo, como por exemplo: ca essa que não permitiu a esses autores, na época,
(i) o Projeto Brumado-Caetité (Moraes et al. 1980); (ii) classificá-la como greenstone belt.
o Projeto Caetité I e II (Souza et al. 1984); (iii) o Projeto
Tauape (Garrido 1986) e, (iv) o Projeto Distrito Manga- Pesquisas geológicas de campo, estruturais, petrográ-
nesífero do Sudoeste da Bahia (Rocha 1991), além de ficas, litogeoquímicas e geocronológicas estão em an-
trabalhos publicados por outros pesquisadores sobre damento, tanto nessa sequência como na Sequência
essa região mineira como aqueles de Ribeiro Filho Metavulcanossedimentar Urandi (sub-item 4.8). Elas
(1968), Machado (1977), Moraes et al. (1980), Barbosa vêm sendo executadas por professores/pesquisadores
(1990), Rocha et al. (1998), Silva & Cunha (1999), Del- e estudantes de Graduação e Pós-Graduação do Curso
gado et al. (2004) e Borges (2010). de Geologia da UFBA-Universidade Federal da Bahia.
Esses trabalhos, incluindo mapeamento geológico re-
Fruto desses trabalhos, e de trabalhos recentes refe- gional na escala 1:100.000, se desenvolve dentro da
ridos adiante, pode-se afirmar que a Sequência Me- Disciplina Geologia de Campo III (IGEO/UFBA) e do
Esses trabalhos mais recentes estão mostrando que Afloramentos dos ortognaisses Riacho da Faca são
a presença de fortes deformações com zonas de cisa- acessíveis em colinas ou em leitos de riachos, identifi-
lhamento sub-horizontais vergentes para oeste, difi- cando-se contatos tectônicos, através de falhas rever-
culta o estabelecimento de uma estratigrafia para a sas, com as unidades da sequência. Exibe bandamen-
sequência em questão. Entretanto, mesmo com essas to composicional sendo marcado pela alternância de
dificuldades está sendo possível englobar dentro da níveis tonalíticos, com foliação penetrativa finamente
Sequência Metavulcanossedimentar Caetité-Licínio espaçada e níveis granodioríticos. Rochas metamáfi-
de Almeida, o Complexo Licínio de Almeida (Moraes cas ocorrem sob a forma de boudins com o eixo maior
et. al. 1980, Silva & Cunha 1999), a Formação Mos- paralelizado com a foliação. No microscópio foram
quito e a Formação Tauape, as duas últimas de Rocha identificados nesses ortognaisses: plagioclásio (60%),
et al. (1998). Também está se colocando esta sequ- quartzo (13%), actinolita (11%), K-feldspato (6%), bio-
ência, como mais antiga que o Supergrupo Espinha- tita (3%), titanita (1%) e opacos (1%). Uma amostra de
ço Setentrional. A tectônica, através de thrust sub- boudin máfico apresentou uma composição modal
-horizontais com vergência para oeste, fez as rochas com hornblenda (94%), actinolita (2%), quartzo (2%),
gnáissico-migmatíticas do embasamento se sotopo- titanita (1%) e zircão (1%).
rem à sequência, a qual se superpôs à Formação Salto
de Rocha et al. (1998), tendo ambas sido cavalgadas Os ortognaisses Jurema ocupa áreas rebaixadas e
sobre as Formações Sítio Novo e Santo Onofre, mais seus afloramentos aparecem em lajedos próximos
jovens, situadas mais a oeste e que também fazem a riachos. Está também em contato tectônico com a
parte do Supergrupo Espinhaço Setentrional (Cruz et sequência, através de falhas reversas. Apresenta do-
al. 2010, Barbosa & Cruz 2011) (Fig.IV.44). mínios tonalíticos (plagioclásio 63%, quartzo 22%,
biotita 3%, K-feldspato 10%, moscovita 1%, minerais
4.7.1 Embasamento opacos 1%) e granodioríticos com granada (plagio-
clásio 53%, quartzo 20%, biotita 10%, K-feldspato 8%,
Com exceção das rochas plutônicas do Complexo La- granada 7%, moscovita 1% e minerais opacos 1%). O
goa Real, as rochas situadas a leste, as mais próximas bandamento composicional é fortemente desenvolvi-
da Sequência Metavulcanossedimentar Caetité-Li- do e ocorre sempre paralelizado com a foliação.
290 • G e olog i a da B a hi a
Figura IV.43 – Mapa geológico simplificado (a) e mapa estrutural (b) da Sequência Metavulcanossedimentar Caetité-Licínio de Almeida
destacando os principais depósitos de ferro e manganês (Segundo Cruz et al. 2010)
Quanto ao Granitoide Humaitá, nos seus poucos deformados e denominados por Fernandes et al. (1982)
afloramentos encontrados verifica-se que ele possui de Granitoide São Timóteo. Este, por ação de processos
uma coloração cinza, sendo formado de plagioclásio, deformacionais, metamórficos e metassomáticos, foi
quartzo e K-feldspato como minerais principais. Os transformado em ortognaisses, passando a se chamar
minerais acessórios são a biotita, o zircão, a alanita Ortognaisse Lagoa Real. Portanto, o que se denominou
e a titanita. Em geral mostra-se pouco deformado, a de Granitoide Sâo Timoteo são partes que não foram
não ser em zonas de cisalhamento anastomosadas, transformadas em Ortognaisses Lagoa Real durante as
as quais apresentam espessuras menores que 5cm. deformações neoproterozoicas (Cruz et al. 2010). Deve-
Nesses domínios deformados, epidoto e clorita po- -se destacar que o Ortognaisse Lagoa Real, em alguns
dem ser encontrados. locais, hospeda corpos lenticulares de albititos, às ve-
zes mineralizados em urânio (Lobato et al. 1982, 1983,
A Suíte Intrusiva Lagoa Real foi introduzida no embasa- 1990, Lobato 1985, Lobato & Fyfe 1990, Raposo et al.
mento após a formação da sequência, embora ambas 1984, Caby & Arthaud 1987, Maruejol 1989, Arcanjo et
tenham sido deformadas e metamorfiladas durante o al. 2000, Cruz 2004, Cruz et al. 2007) os quais, no con-
neoproterozoico (Fig.IV.44, IV.45). Ela é constituída pelo junto, constituem a Mina de Urânio de Caetité, a mais
Granitoide São Timóteo e pelos Ortognaisses Lagoa importante do Brasil nesse elemento radioativo, sendo
Real (CAPÍTULO V). Os primeiros compreendem sieni- explotada atualmente pela estatal INB-Indústrias Nu-
tos, sienogranitos e álcali-feldspato-granitos, são in- cleares Brasileiras (CAPÍTULO XX).
292 • G eolog i a da B a hi a
294 • G eolog i a da B a hi a
Conforme referido antes, as primeiras deformações Ainda no que diz respeito aos metamorfismos identifi-
produziram empurrões de baixo ângulo e envolveram cados na área, verifica-se que o (M1), do embasamen-
não só a Sequência Metavulcanossedimentar Caetité- to, tem características diferentes do (M2) da sequên-
-Licínio de Almeida mas, igualmente, o Supergrupo cia e do Supergrupo Espinhaço. De fato, no primeiro
Espinhaço (Fig.IV.44). A superposição tectônica gerou (M1) foram encontradas indicações de fusão (fácies
o metamorfismo (M2) que atingiu todas essas rochas. anfibolito alto a granulito), contrariamente ao (M2)
Ele foi mais fraco a oeste, onde a superposição tectô- onde essas manifestações de fusão são inexistentes.
nica foi quase inexistente e mais forte para leste, onde Por outro lado, nos xistos/metapelitos produzidos
a superposição tectônica foi mais importante. Com pelo (M2) foram encontradas a cianita e a estaurolita
efeito, na sequência em questão foram identificadas em equilíbrio, sugerindo que o (M2) foi da fácies an-
as seguintes paragêneses minerais progressivas: (i) fibolito baixo e com pressão mais elevada que o (M1).
296 • G e olog i a da B a hi a
298 • G eolog i a da B a hi a
300 • G e olog i a da B a hi a
302 • G e olog i a da B a hi a
304 • G e olog i a da B a hi a
306 • G eolog i a da B a hi a
vezes com dobras parasíticas associadas. Nos aflora- Segundo Figueiredo (2009), a partir das caracteriza-
mentos, os leques imbricados, as rampas de empur- ções mineralógicas e microtexturais realizadas em
rão e os duplexes apresentam-se com ângulos extre- lâminas petrográficas das unidades, tanto da sequên-
mamente variados, desde baixos a moderados (>45º). cia quanto do Complexo Santa Isabel, obteve-se um
Falhas desse tipo, com mergulhos altos sugerem rea- conjunto de paragêneses e assembleias mineralógi-
tivação de estruturas antigas ou rotações associadas cas que permitiu indicar alguns aspectos metamórfi-
com processos de dobramentos e/ou falhamentos. cos importantes na área.
A presença nos anfibolitos de hornblenda e plagio- ratura de cristalização de cerca de 600°C. Entretanto,
clásio como paragênese característica, é típica de me- nos metapelitos, a ausência de sílicatos de alumínio
tamorfismo de grau médio a alto. Nos anfibolitos do sugere condições metamórficas mais baixas.
Complexo Santa Isabel e nas metabásicas da Sequ-
ência Metavulcanossedimentar Urandi, a presença de Cruz et al. (em preparação), utilizando as informações
microestruturas porfiríticas reliquiares de anfibólio e desse último autor, interpretaram que houve somente
de porfiroclastos relictos de plagioclásio, com hábito uma fase de metamorfismo na área, associada às fa-
tabular, sugere que os anfibolitos são provenientes do ses de deformação antes caracterizadas, sendo uma
metamorfismo de rochas magmáticas básicas. progressiva, outra de caráter regressivo. A correlação
entre deformação e metamorfismo foi possibilitada
Por sua vez, a ocorrência de minerais do grupo dos pela clara associação das assembleias minerais em
anfibólios nas formações ferríferas é característica concordância com as estruturas observadas em cam-
de paragêneses de médio grau metamórfico, prin- po e em furos de sondagem (Figueiredo 2009).
cipalmente para os anfibólios pertencentes à série
cummingtonita-grunerita, visto que para esse último No caso do metamorfismo progressivo, no Complexo
mineral, Miyano & Klein (1986) definiram uma tempe- Santa Isabel foram identificadas as seguintes para-
308 • G e olog i a da B a hi a
310 • G e olog i a da B a hi a
312 • G eolog i a da B a hi a
314 • G e olog i a da B a hi a
316 • G eolog i a da B a hi a
318 • G e olog i a da B a hi a
320 • G eolog i a da B a hi a
Figura IV.63 – Mapa de detalhe de uma área central (verificar figura IV.61) do Greenstone Belt Rio Capim.
322 • G eolog i a da B a hi a
Oliveira et al. (2010) analisaram elementos maiores Com relação à idade do metamorfismo que atingiu a
e traços de rochas máficas e félsicas da Sequência Sequência Rio Capim Oliveira et al. (2010), utilizando
Supracrustal Rio Capim. Utilizando elementos-traço a monazita, comum nos metapelitos aluminosos por-
relativamente imóveis com relação ao metamorfis- tadores de cordierita e granada e determinando os
mo, verificaram que os anfibolitos, gabros e dioritos teores de U-Th-Pb nesse mineral metamórfico com
plotam nos campos dos andesitos basálticos e ande- a microssonda eletrônica, chegaram aos valores de
sitos, enquanto que os metadacitos recaem no campo 2.031±62Ma e 2.096±69Ma que são idades muito mais
dos dacitos e riolitos e, vale ressaltar, todos em um jovens que as anteriores. Entretanto, são idades situa-
trend calcialcalino de médio potássio do tipo arco- das próximas do intervalo 2.080-2.070Ma que carac-
-de-ilhas. Essa interpretação inviabiliza a separação teriza a idade do metamorfismo regional do Orógeno
anterior das rochas vulcânicas em sequência inferior Itabuna-Salvador-Curaçá (Barbosa & Sabaté 2002,
e superior dos autores anteriores, visto que Oliveira et 2004).
324 • G eolog i a da B a hi a
326 • G e olog i a da B a hi a
1 Introdução
Granitoide é um termo genérico para corpos plutônicos ácidos (66-72% SiO2) e intermediários (52–66% SiO2)
localizados na crosta continental. Segundo Wernick (2004) granitoide é uma rocha plutônica com tendência gra-
nítica (equigranular, hipidiomórfica), com baixo índice ou coloração, contendo teores variáveis de feldspato al-
calino, plagioclásio, quartzo ou nefelina. Nesse termo estão incluídos granitos, granodioritos, dioritos, tonalitos,
sienitos, monzonitos, monzodioritos, etc.
Este capítulo descreve, de forma sucinta, a geologia de 81 corpos, considerados os principais granitoides do Esta-
do da Bahia, formados no Arqueano e Paleoproterozoico. Os granitoides de idade neoproterozoica estão descritos
nas faixas de dobramentos que limitam o Cráton do São Francisco (CAPÍTULOS IX, X) ou nas suas proximidades,
como é o caso da Província Alcalina do Sul da Bahia (PASEBA) (CAPÍTULO X).
Os granitoides são apresentados pelos nomes tradicionalmente conhecidos, por idades (dos mais velhos para os
mais novos) e pelos seguintes domínios tectônicos que constituem o embasamento do Cráton do São Francisco
na Bahia (CAPÍTULO III): Gavião, Serrinha, Uauá, Jequié e os cinturões Itabuna-Salvador-Curaçá e Salvador-Es-
planada. Deve-se ressaltar, também, que os Granitoides aqui descritos foram localizados em mapas geológicos
simplificados, inseridos em cada item principal desse capítulo, e referem-se àqueles colocados ou re-equilibra-
dos nas fácies anfibolito e xisto-verde. Os charnockitos, charnoenderbitos e enderbitos, além dos metatonalitos
portadores de ortopiroxênio e, portanto, equilibrados na fácies granulito, estão descritos no CAPÍTULO III.
Nas pesquisas bibliográficas realizadas verificou-se uma grande diversidade na qualidade e quantidade de dados
disponíveis. Mesmo os granitoides com poucas informações, para a sua caracterização geológica, foram incluí-
dos. Por outro lado, algumas vezes, quando essas informações eram claramente insuficientes, esses granitoides
foram descartados.
G ra n i to ides • 327
328 • G eolog i a da B a hi a
Terras Raras (ETR) leves e pesados parecidos com os cinianos e Himalaianos, com fraco fracionamento e
padrões dos TTG de Sete Voltas (item 3.1), (Fig.V.3, V.9), importante anomalia em Eu (Cuney et al. 1990). Pelo
sugerindo uma origem a partir de materiais de com- método Rb-Sr, as idades disponíveis para esse grani-
posição similar, enquanto que as mais diferenciadas toide são 1.911±13Ma (Torquato et al. 1978, Mougeot
possuem espectros semelhantes aos granitos Her- 1996) e uma isócrona a 1.961±37Ma com Sr(i)=0,7065
G ra n i to ides • 329
330 • G e olog i a da B a hi a
2.1 Campo Formoso Granito X X 66 - 80 0,706 -7 a -13,1 1969±29 2032±10 2,54 a 2,82
BLOCO GAVIÃO
2.3 Cachoeira Grande Granito X X 2080±18
PALEOPROTEROZÓICO
(PARTE NORTE)
2.4 Flamengo Granito X X
3.1 Sete Voltas TTG X 37,2 0,700 -0,7 a -2,9 3403 ± 5 3394 ± 5 3420 ± 9 3,66
3.2 Boa Vista/Mata Verde TTG X 26 - 34 0,701 -0,8 a -2,1 3353 ± 5 3550 ± 67 3,45 a 3,53
PALEOARQUEANO 3.3 Bernarda TTG X +3,0 3378 ± 6 3332 ± 4 2684 ± 98 3,3
3.4 Aracatu TTG X 16 - 30 0,702 -14,0 3225 ± 10 3240 ± 1 1735 ± 5 508 ± 10 3,3 a 3,5
3.6 Sete Voltas TTG X 51 0,702 -5,2 a -5,6 3158±2 3170±16 3,55 a 3,75
3.7 Lagoa do Morro Granodiorito X X X 18 - 19 0,706 -1,9 a -3,8 3184±6 3243±81 3,36 a 3,56
BLOCO GAVIÃO
(PARTE SUL)
3.8 Serra do Eixo Monzogranito X X X X 14 - 67 0,700 a 0,701 0,2 a 0,3 3158±5 533±11 3,30
MESOARQUEANO
3.9 Lagoa da Macambira Granodiorito X 48 -1,8 3146±2 3,34
3.15 Pé de Serra - Maracás Granito/Sienito X X 5-7 0,744 -3,9 a -4,4 2652±11 3,1
G ra n i toides
• 331
17/10/12 20:58
Capitulo 5.indd 332
GEOQUÍMICA GEOCRONOLOGIA -GEOQUÍMICA ISOTÓPICA
332 • G eolog i a da B a hi a
3.20 Rio do Paulo Granito X X 10 a 28 0,711 -5,8 1959 ±50 507 ±6 2,73
3.22 Iguatemi Granito X X X 13 0,704 -8,9 a -13,4 2030 ±75 483 ±5 2,93 - 3,46
-11,1 a
3.23 Espírito Santo Monzogranito X X X 3-5 0,772 2012 ±25 1684 ±179 490 ±12 3,05 - 3,09
-12,0
3.26 Riacho das Pedras Granito X X 1 0,748 -6,2 1929 ±16 3,16
BLOCO GAVIÃO 3.27 Caetano e Aliança Granito X X 3
PALEOPROTEROZOICO
(PARTE SUL)
3.28 Lagoa Grande e
Granito X X 24 - 91 0,707 1974 ±36
Lagoinha
Monzonito/
3.29 Guanambi - Urandi X X 32 - 54 0,706 -7,4 a -10,0 2054±8 2049±1 2071±246
Sienito
3.30 Cara Suja Sienito X X 46 - 76 0,703 -7,5 a -9,4 2053 ±3 2024 ±2 2177 ±103
Monzogranito/
3.36 Veredinha X X 40 - 177 2013 ±11
Granodiorito
17/10/12 20:58
Capitulo 5.indd 333
GEOQUÍMICA GEOCRONOLOGIA -GEOQUÍMICA ISOTÓPICA
Monzogranito/
4.6 Araci X X 36 - 78 0,630 +0,9 2059±8 2054±60 3,12
Sienogranito
Granodiorito-
4.7 Eficéas X X 7 - 12 , +1,6 2163±5 2,33
Trondhjemito
Granito/
4.9 Lagoa dos Bois X X 9 - 17 2107±23 2,4
Granodiorito
Tonalito-
4.11 Quijingue X X 62 0,705 -11,6 2155±3 3,27
Trondhjemito
Monzonito- 0,6996 a
4.15 Cansanção X X 42 - 84 -2,1 2105±3
Monzodiorito 0,7032
0,7032 a
4.16 Morro do Afonso Sienito X X 39 - 44 -2,3 a -2,8 2111±13 2081±27 2,56 a 2,58
0,7040
Tonalito-
4.19 Itareru X X 21 - 28 0 a 0,8 2109±5 2,33 - 2,40
Granodiorito
G ra n i toides
• 333
17/10/12 20:58
Capitulo 5.indd 334
GEOQUÍMICA GEOCRONOLOGIA -GEOQUÍMICA ISOTÓPICA
7.1 Itiúba Sienito X X 40 -58 -5,8 a 8,5 2084±9 2095±5 2137±69 2,70 - 2,85
334 • G e olog i a da B a hi a
7.2 Santanápolis Sienito X X X 33 - 46 0,704 2084±13
Granito/Quartzo
7.5 Gavião - Morro do Juá X X X X 55 - 62 0,706 2082±2 1889±0,06
Monzonito
CISC
8.1 São Félix Sienito X X 41 - 66 0,701 -2,9 2098±1 2,20
PALEOPROTERO ZOICO
(PARTE SUL)
8.2 Anuri Sienito X X X 27 - 70
17/10/12 20:58
Figura V.3 – Padrões de Elementos Terras Raras dos granitoides do Bloco Gavião (BG) (parte norte) destacando aqueles do Lineamento
Jacobina/Contendas-Mirante que são paleoproterozoicos, calcialcalinos e peraluminosos. Os valores do condrito são de Boyton (1984).
Figura V.4. Granitoides do Bloco Gavião (BG) (parte norte) destacando aqueles do Lineamento Jacobina/Contendas-Mirante. Gráficos de
discriminação tectônica de Pearce et al. (1984). Legendas como na figura V.3.
G ra n i toides • 335
336 • G e olog i a da B a hi a
G ra n i toides • 337
Figura V.6 - Padrões de Elementos Terras Raras do Granitoide Serra do Meio situado no extremo setentrional do Bloco Gavião (BG). Tem
idade paleoproterozoica, é alcalino a subalcalino e metaluminoso. Os valores do condrito são de Boyton (1984).
338 • G e olog i a da B a hi a
Gavião (Partes Central, Sul crosta continental juvenil arqueana (Martin 1994). Nos
espectros de ETR, os Terras Raras leves são moderada-
e Oeste) mente ricos (LaN= 83,3), ao passo que os pesados são
empobrecidos (YbN=2,24), o que proporciona uma alta
As partes central, sul e oeste do Bloco Gavião, onde razão (La/Yb)N, índice que é igual a 37,2 (Tab.V.1), típica
aflora uma parte importante do embasamento do dos TTG arqueanos (Martin 1997). Não há anomalias de
Cráton do São Francisco na Bahia, é a área onde foi Eu (Eu/Eu*=1,06) (Fig.V.8). Uma idade Pb-Pb em mono-
encontrada a maior quantidade de granitoides (37 zircão foi encontrada por Martin et al (1997), com valo-
corpos) e a maior dispersão de dados geocronológi- res que variaram entre 3.372±3 e 3.394±5Ma (Tab.V.1).
cos. Com isso foram descritos cinco corpos com idade Análises em zircões (SHRIMP) realizadas por Martin et
paleoarqueana, seis com idade mesoarqueana, qua- al. (1991) revelaram uma idade de cristalização U-Pb
tro com idade neoarqueana e vinte e dois com idade de 3.392±21Ma, que é muito próxima à encontrada por
paleoproterozoica (Fig.V.7). Eles possuem as mais di- Nutman & Cordani (1993) pelo método SHRIMP em zir-
versas formas e modos de colocação, tendo sido veri- cão, ou seja, 3.403±5Ma. Os dados Rb-Sr sugerem uma
ficado que os granitoides paleoproterozoicos, na sua idade de cristalização de 3.420±9Ma, com uma razão
grande maioria, não estão deformados tectonicamen- inicial de Sr igual a 0,6997 (Martin et al. 1991) (Tab.V.1).
te, diferentemente dos outros, mais antigos, onde se Os valores εNd calculados a 3,4Ga variaram de -0,7 a
verifica foliação e/ou bandamento tectônico (Fig.V.8). -2,9, conferindo uma idade modelo (TDM) de 3,66Ga e
indicando a ocorrência de uma fonte crustal mais anti-
ga na geração destas rochas. Entretanto, o valor mui-
PALEOARQUEANO to baixo da razão inicial Sr aponta para uma origem
mantélica. Desta forma, pode-se interpretar que houve
3.1 Granitoide Sete Voltas (Primeira a participação de uma crosta continental anterior na
Geração) geração do magmatismo paleoarqueano Sete Voltas.
O modelamento geoquímico indica que estas rochas
O Maciço Sete Voltas está localizado na borda oriental são o produto da fusão parcial de um toleiíto arqueano
da Sequência Metavulcano-Sedimentar Contendas- com um resíduo de granada-anfibolito (Martin 1997).
-Mirante, no contato dessa unidade com o Bloco Jequié
(Fig.V.7). Ele não é uma intrusão única, mas, sim, com-
posto por mais dois grupos litológicos (subitens 3.6 e 3.2 Granitoide Boa Vista-Mata Verde
3.12), que representam uma história de acreção crus-
tal em episódios separados no tempo (Martin 1991). O O Maciço Boa Vista-Mata Verde foi estudado por Mari-
Granitoide Sete Voltas do Paleoarqueano corresponde nho (1991), que o situou no contato entre a Sequência
a gnaisses quartzo-feldspáticos, cinza, que aparecem Metavulcano-Sedimentar Contendas-Mirante e o Blo-
como grandes enclaves dentro das outras rochas plu- co Jequié (Fig.V.7). Ele apresenta um núcleo mais ou
tônicas do maciço. São tonalitos, trondhjemitos e gra- menos isotrópico e foliação deformacional nas suas
nodioritos (TTG), fortemente foliados e migmatizados, bordas. Esse granitoide exibe rochas de coloração
compostos por oligoclásio, quartzo e biotita, tendo cinza, com granulação fina a média, de composição
como minerais acessórios, epidoto, apatita, magneti- tonalítica, contendo muitos enclaves lenticulares de
ta, alanita e zircão. Quimicamente, são calcialcalinos anfibolito. A textura é protomilonítica, marcada por
pobres em K e, no diagrama normativo, os pontos re- fenoclastos de plagioclásio (An 18-21) arrodeados de
presentativos de suas análises químicas situam-se nos agregados de biotita, epidoto e moscovita. Além desses
G ra n i to ides • 339
340 • G e olog i a da B a hi a
c d
e f
Figura V.8 – Aspectos macroscópicos dos granitoides do Bloco Gavião (BG) (partes central e sul). (a) Granitoide Lagoa da Macambira.
(b) Granitoide Caraguataí. (c) Granitoide Caculé. (d) Granitoide Guanambi-Urandi. (e) Granitoide Jussiape. (f) Granitoide Lagoa Real.
minerais, também estão presentes microclínio, quart- evidenciaram idades muito antigas para este maciço:
zo, biotita, tendo como acessórios zircão, apatita e tita- idades Rb-Sr em rocha total de 3.550±67Ma (Cordani
nita. De acordo com Marinho (1991), a maioria dessas et al. 1985) (Tab.V.1), além de uma errócrona Rb-Sr de
rochas possui uma filiação trondhjemítica (Tab.V.1), 3.344±209Ma e de Pb-Pb a 3.351±83Ma (Wilson 1987).
mas algumas, aquelas com uma maior quantidade de Posteriormente, com métodos mais modernos e con-
microclínio, são calcialcalinas. Os espectros de Ele- fiáveis, Nutman & Cordani (1993) definiram uma ida-
mentos Terras Raras são bem fracionados e apresen- de U-Pb (zircão, SHRIMP) concordante a 3.353±5Ma
tam fracas anomalias negativas em Eu (Eu/Eu*=0,47 e (Tab.V.1). O εNd para a idade 3.353Ma, situou-se entre
0,70) (Fig.V.9). Os primeiros estudos geocronológicos -0,8 e -2,1, além de uma idade modelo (TDM) varian-
G ra n i to ides • 341
do de 3,45 a 3,53Ga (Wilson 1987) (Tab.V.1). Esses ele- zo. Quimicamente, existem rochas de filiação tron-
mentos indicam para esse maciço a influência de uma dhjemítica e outras, calcialcalinas, metaluminosas
crosta continental na gênese dos seus protólitos. a peraluminosas (Tab.V.1). Do ponto de vista geocro-
nológico, apesar da identificação de isócronas Rb-Sr
com idades de 2.684±98Ma (Marinho et al. 1979) e de
3.3 Granitoide Bernarda 2.743±112Ma (Cordani et al. 1985), o método Pb-Pb de
evaporação em monozircão, indicou uma idade míni-
O Granitoide Bernarda, localizado a leste da cidade de ma de cristalização em torno de 3.332±4Ma (Santos
Aracatu é formado por três maciços de composição Pinto 1996, Santos-Pinto et al. 1998 b) (Tab.V.1). No
granodiorítica e mais um de composição granodio- diagrama concórdia U-Pb, a idade concordante obti-
rítica/tonalítica, todos considerados intrusivos nos da foi de 3.377±7Ma (Peucat et al. 2003). Entretanto,
migmatitos do Bloco Gavião (Marinho et al. 1979) deve-se destacar que idades mais antigas foram re-
(Fig.V.7). Santos-Pinto (1996) e Santos-Pinto et al. gistradas: (i) cinco zircões subconcordantes definiram
(1998 a, b) caracterizaram as rochas localizadas mais uma idade de 3.378±6Ma, similar àquela obtida por
ao norte do corpo como tendo cor cinza, granulação evaporação em monozircão no primeiro patamar de
média a grossa, sendo compostas por plagioclá- aquecimento (3.378±5Ma) e a de um zircão discordan-
sio (An 24-32), quartzo, feldspato potássico, biotita, te (3.378±12Ma), presente nos gnaisses cinza antigos
apatita, opacos, titanita e zircão. Os minerais pós- do Sete Voltas e, (ii) dois zircões que alcançaram o va-
-magmáticos são epidoto, sericita e carbonato. Essas lor de 3.404±10Ma, ou seja, similar à idade 207Pb/206Pb
rochas contêm enclaves máficos ricos em biotita, de de 3.403±5Ma, encontrada nos tonalitos Sete Voltas
composição monzogabroica, além de veios de quart- (Nutman & Cordani 1993). O dado isotópico disponível
342 • G eolog i a da B a hi a
G ra n i toides • 343
344 • G e olog i a da B a hi a
posta de microclínio, plagioclásio e quartzo, incluindo a 3.560Ma e os εNd, para a idade de 3.700Ma, situaram-
ainda biotita marrom-pálido, alanita, titanita e epido- -se entre -1,9 e -3,8, indicando uma origem crustal e,
to. Truncando essas rochas ocorrem veios de quartzo e segundo esse autor, compatível com uma composição
diques de pegmatitos e de material granodiorítico fino, similar ao Granitoide Boa Vista-Mata Verde (subitem
que foram colocados no final da cristalização do corpo. 3.2). Entretanto, a razão inicial de Sr, obtida por esse
Quimicamente, ele apresenta um caráter metalumino- mesmo autor, calculada para 2.844Ma, a 0,706, passa
so a peraluminoso (Tab.V.1), com espectros fracionados para 0,700 a 3.200Ma, sugerindo uma fonte mantélica.
de Elementos Terras Raras (LaN/YbN=18-19) e anoma-
lias fracas a médias de Eu (Eu/Eu=0,57-0,55) (Fig.V.10).
Utilizando o método Rb-Sr, Cordani et al. (1985) encon- 3.8 Granitoide Serra do Eixo (Primeira
traram uma idade de 3.243±81Ma. Por sua vez, Marinho Geração)
(1991) obteve uma errócrona Rb-Sr de 2.844±114Ma
(Sr(i)=0,706 para 2.844Ma e 0,700 para 3.200Ma), en- O Maciço Serra do Eixo é formado por um augen-
quanto Nutman & Cordani (1993), através do método -gnaisse que ocorre nas proximidades do vilarejo Vár-
U-Pb (zircão SHRIMP), publicaram uma idade concor- zea da Pedra (Fig.V.7). Foi descrito por Santos-Pinto
dante de 3.184±6Ma para essas rochas (Tab.V.1). Dois (1996) como um metamonzogranito cinza-róseo a
anos depois, Marinho et al. (1993) consideraram que os verde, cortado por zonas de cisalhamento dextrais. Os
dados de Marinho (1991) deviam refletir uma homoge- fenocristais são de feldspato potássico (microclínio)
neização isotópica em consequência da intrusão do Gra- que, em geral, medem 1,5cm, mas podem atingir até
nitoide Serra dos Pombos (subitem 3.10). De acordo com 3cm de tamanho. Nos domínios menos deformados,
Marinho (1991), as idades modelo TDM variaram de 3.360 os feldspatos são retangulares. A matriz é fanerítica e
G ra n i to ides • 345
346 • G eolog i a da B a hi a
G ra n i to ides • 347
Figura V.12 - Granitoides neoarqueanos, calcialcalinos, peraluminosos do Bloco Gavião (BG) (partes central e sul). Gráficos de discriminação
tectônica de Pearce et al. (1984). Legendas como na figura V.11. Não foi colocado pontos do Granitoide Serra do Eixo (segunda geração)visto
que este não foi analisado para Y e Nb.
348 • G e olog i a da B a hi a
G ra n i to ides • 349
Figura V.13 - Padrões de Elementos Terras Raras de granitoides paleoproterozoicos, calcialcalinos de alto potássio e per a metaluminosos do
Bloco Gavião (BG) (partes central e sul). Os valores do condrito são de Boyton (1984).
350 • G eolog i a da B a hi a
G ra n i to ides • 351
Figura V.15 - Granitoides paleoproterozoicos com química shoshonítica e peraluminosa do Bloco Gavião (BG) (partes central e sul). Gráficos
de discriminação tectônica de Pearce et al. (1984). Não foram colocados os ”pontos” dos granotoides Umburanas e Iguatemi por falta da
química dos elementos Y e Nb.
352 • G eolog i a da B a hi a
G ra n i toides • 353
354 • G eolog i a da B a hi a
Figura V.17 - Granitoides paleoproterozoicos peraluminosos, calcialcalinos de alto a intermediário potássio do Bloco Gavião (BG) (partes
central e sul). Gráficos de discriminação tectônica de Pearce et al. (1984). Legendas como na figura V.16. Não se colocou os “pontos” do
granitoide Caetano e Aliança por falta dos valores de Y e Nb.
G ra n i toides • 355
356 • G eolog i a da B a hi a
G ra n i to ides • 357
358 • G e olog i a da B a hi a
Figura V.19 - Granitoides paleoproterozoicos, sieníticos, per a metaluminosos do Bloco Gavião (BG) (parte oeste). Gráficos de discriminação
tectônica de Pearce et al. (1984). Legendas como na figura V.18.
G ra n i to ides • 359
360 • G e olog i a da B a hi a
G ra n i to ides • 361
362 • G eolog i a da B a hi a
G ra n i to ides • 363
364 • G e olog i a da B a hi a
G ra n i to ides • 365
c d
e f
Figura 21 – Aspectos macroscópicos dos granitoides do Bloco Serrinha (BS). (a) Granitoide Ambrósio. (b) Granitoide Trilhado. (c) Granitoide
Morro de Afonso. (d) Granitoide Itareru. (e) Granitoide Morro do Lopes. (f) Granitoide Salgadália.
366 • G eolog i a da B a hi a
O corpo Requeijão, com forma ovalar alongada na di- Esse granitoide se localiza entre as cidade de Santa
reção N-S, situa-se no limite do Bloco Serrinha com o Luz e o distrito de Conceição de Coité, denominado de
Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá (Melo et al. 1995), Salgadália (Fig.V.20). Segundo interpretação de Rios
a sudeste da cidade de Queimadas (Fig.V.20). Trata-se et al. (1998, 2000), ele foi colocado antes da formação
de um biotita granito com microclínio, quartzo, pla- da bacia que deu origem ao Greenstone Belt Serri-
gioclásio, biotita e raro anfibólio. Segundo Rios et al. nha/Rio Itapicuru (Silva 1987, 1992, Matos 1988). Esse
(2009), seus zircões são euedrais a subedrais, mostram granitoide é leucocrático, com granulometria média
sobrecrescimento e são fortemente metamícticos. Os a grossa, variando de tonalito a granodiorito e mon-
resultados com U-Pb (TIMS) produzidos por aqueles zogranito, com afinidade calcialcalina, peraluminosa.
autores não são claros, visto que, com esse método, As idades Pb-Pb por evaporação em zircão variam de
G ra n i toides • 367
Figura V.23 - Granitoide Ambrósio, mesoarqueano, peraluminoso do Bloco Serrinha (BS). Gráficos de discriminação tectônica de Pearce et
al. (1984). Legendas como na figura V.22.
368 • G e olog i a da B a hi a
G ra n i toides • 369
Figura V.25 - Granitoides paleoproterozoicos, calcialcalinos, peraluminosos do Bloco Serrinha (BS). Gráficos de discriminação tectônica de
Pearce et al. (1984). Legendas como na figura V.24.
370 • G e olog i a da B a hi a
G ra n i to ides • 371
372 • G eolog i a da B a hi a
G ra n i to ides • 373
Figura V.27 - Granitoides paleoproterozoicos, alcalinos, meta e peraluminosos do Bloco Serrinha (BS). Gráficos de discriminação tectônica
de Pearce et al. (1984). Legendas como na figura V.26
374 • G eolog i a da B a hi a
G ra n i toides • 375
376 • G eolog i a da B a hi a
G ra n i toides • 377
No Bloco Serrinha foram estudados 24 granitoides Quanto ao segundo grupo, eles possuem representan-
por diversos autores e, considerando a área do blo- tes sin e pós-tectônicos, considerando-se o pico mé-
co, pode-se afirmar que dentre todos os segmentos dio das deformações e metamorfismo que ocorreram
geotectônicos considerados neste trabalho, é o que no Bloco Serrinha e arredores, em torno de 2.082±17
possui maior quantidade de granitoides por metro e 2.074±14Ma (Oliveira et al. 2010). Nos sintectônicos,
quadrado. Por outro lado, em termos de idade, cerca predominantes no segundo grupo, observa-se a in-
de 90% dos granitoides desse bloco, são paleoprote- fluência das deformações paleoproterozoicas, que em
rozoicos (Riacianos e Orosirianos), e os 10% restantes muitos casos aproveita as estruturas de fluxo mag-
são mesoarqueanos. É interessante notar que poucos mático. Para interpretar a geoquímica dos ETR toma-
granitoides foram produzidos no intervalo de tempo ram-se como exemplos os granitoides Araci, Eficéas,
entre, aproximadamente, 3.100 a 2.900Ma e que, a Lagoa dos Bois, Nordestina, Quijingue, Teofilândia e
maior quantidade se cristalizou entre 2.160 e 2.050Ma Barrocas. A figura V.24 mostra a notável similaridade
(Tab.V.1). Sendo assim, nota-se que houve um grande dos seus espectros, com discreta anomalia positiva de
hiato na produção de granitoides no Bloco Serrinha. európio, presente na maioria deles. Com relação à in-
Combinando os dados petrográficos, litogeoquímicos clinação dos espectros e a quantidade de elementos
e os geocronológicos, identifica-se que no mesoar- pesados e leves, ela pode ser verificada com a razão
queano os granitoides variaram de trondhjemíticos (La/Yb)N que se situa em torno de 40, quando usa-
378 • G e olog i a da B a hi a
G ra n i to ides • 379
380 • G e olog i a da B a hi a
Figura V.30 – Granitoides paleoproterozoicos do Bloco Uauá (BU). Gráficos de discriminação tectônica de Pearce et al. (1984).
Legendas como na figura V.29.
G ra n i to ides • 381
382 • G eolog i a da B a hi a
G ra n i to ides • 383
384 • G e olog i a da B a hi a
G ra n i toides • 385
386 • G eolog i a da B a hi a
G ra n i toides • 387
Figura V.34 - Granitoides paleoproterozoicos, alcalinos, meta e peraluminosos do Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá (CISC) (parte norte).
Gráficos de discriminação tectônica de Pearce et al. (1984). Legenda como na figura V.33.
388 • G e olog i a da B a hi a
G ra n i toides • 389
390 • G e olog i a da B a hi a
G ra n i to ides • 391
Figura V.36 - Padrões de Elementos Terras Raras dos granitoides paleoproterozoicos, alcalinos, meta a peraluminosos, do Cinturão Itabuna-
Salvador-Curaçá (CISC) (parte sul). Incluiu-se o padrão de ETR do granitoide Santanápolis (CISC) (parte norte) para comparação. Os valores
do condrito são de Boyton (1984).
392 • G eolog i a da B a hi a
G ra n i to ides • 393
394 • G eolog i a da B a hi a
G ra n i to ides • 395
Figura V.39 – Padrões de Elementos Terras Raras de Granitoides do Cinturão Salvador-Esplanada (CSE).
Os valores do condrito são de Boyton (1984).
396 • G e olog i a da B a hi a
1 Introdução
As regiões da Serra de Jacobina e de Contendas-Mirante estão situadas ao longo de um expressivo lineamento
tectônico de direção NNE com mais de 500km de extensão, no embasamento arqueano-paleoproterozoico do
Estado da Bahia (Fig. VI.1). Este lineamento, denominado de Contendas-Jacobina (Sabaté et al. 1990a) representa
uma zona de sutura colisional de idade paleoproterozoica, entre os blocos arqueanos Gavião, Serrinha e Jequié e
o bloco arqueano-paleoproterozoico Itabuna-Salvador-Curaçá (Barbosa & Sabaté 2002, 2004). Nessas regiões, os
terrenos arqueanos incluem sequências metavulcanossedimentares, tipo greenstone belt, denominadas de Mun-
do Novo (Mascarenhas & Silva 1994, Mascarenhas et al. 1998) e Contendas-Mirante (Marinho et al. 1978, Marinho
1991), (CAPÍTULO IV) e ortognaisses do tipo TTG (Marinho & Sabaté 1982). A Sequência Metavulcanossedimentar
Contendas-Mirante está também em contato tectônico com os granulitos do Bloco Jequié (Barbosa & Dominguez
1996) (CAPÍTULO III). Sobrepostas através de discordâncias/zonas de cisalhamento sobre as sequências metavul-
canossedimentares e os ortognaisses, ocorrem rochas metassedimentares agrupadas no Complexo Saúde (Couto
et al. 1978, Melo et al. 1995), no Grupo Jacobina (Leo et al. 1964) e na Formação Areião (Marinho et al. 1978). A
característica comum a estas duas últimas unidades se refere aos seus estágios de evolução que foram contro-
lados pela orogenia paleoproterozoica (Mougeot 1996, Nutman & Cordani 1992), seja como bacia de antepaís do
tipo periférica (Ledru et al. 1997), seja como bacia de colapso orogênico (Delgado et al. 2003).
Em especial, o Grupo Jacobina que sustenta topograficamente a serra homônima é portador de jazidas minerais
de ouro, manganês, barita e ametista que são, segundo os autores citados abaixo, de origem hidrotermal/epiter-
mal e relacionadas à percolação de fluidos ao longo de zonas de cisalhamento paleoproterozoicas (Ledru et al.
1997, Teixeira et al. 2001, Milési et al. 2002) com “gatilho” termodinâmico atribuído ao magmatismo peraluminoso
com idade aproximada de 2,0Ga (Rudowski 1989, Cuney et al. 1990, Leite 2002, Milési et al. 2002).
398 • G eolog i a da B a hi a
400 • G eolog i a da B a hi a
402 • G eolog i a da B a hi a
Greenston Belt
Águia Branca Cruz das Almas Complexo Itapicuru Cruz das Almas
Mundo Novo
Serra do Meio Cruz das Almas Complexo Itapicuru Serra do Meio Cruz das Almas
Rio do Ouro Rio do Ouro Rio do Ouro Rio do Ouro Rio do Ouro
Serra do Córrego Serra do Córrego Serra do Córrego Serra do Córrego Serra do Córrego
Greenston Belt
Bananeira Bananeira Complexo Itapicuru Cruz das Almas
Mundo Novo
A Formação Serra do Córrego (Leo et al. 1964) ocorre Tanto os metaconglomerados quanto os quartzitos
nas porções centrais e ao longo da borda ocidental são portadores de jazimentos auríferos que formam
do Grupo Jacobina e é constituída por metaconglo- lodes ao longo de zonas de cisalhamento. Os mine-
merados e quartzitos (Fig. VI.2) formando camadas rais do minério aurífero são constituídos de minerais
amalgamadas e milonitizadas. Os metaconglomera- de argila, pirita, turmalina, moscovita e fucsita, esta
dos formam camadas métricas que exibem ciclos de última substituindo andaluzita e flogopita (Milési et
granodecrescência ascendente e seixos que variam de al. 2002).
angulosos a subarredondados, sendo em grande par-
te milonitizados (Fig. VI.4e). Esses seixos representam Na parte norte da Serra de Jacobina, na região de Pin-
intraclastos compostos essencialmente por quartzo dobaçu, ocorrem quartzitos associados a andaluzita
e fragmentos de quartzito das mais variadas compo- xistos. Mascarenhas et al. (1992) agruparam essas ro-
sições, alguns deles esverdeados, devido à presença chas na Formação Serra da Paciência. Não há registro
404 • G eolog i a da B a hi a
c d
e f
Figura VI.4 – Fotos e micrografias das rochas do Grupo Jacobina: (a) Inclusões de estaurolita (St) e plagioclásio (Pl) em poiquiloblasto de
andaluzita (And) de amostra da Formação Bananeira, no povoado homônimo; (b) Sillimanita (Sill) prismática {010} associada à biotita (Bt),
ambas inclusas em andaluzita (And). Externamente, verifica–se a presença de fibrolita (Sill) que se projeta internamente no poiquiloblasto,
ao longo das microfraturas. Amostra da Formação Bananeira, no povoado homônimo; (c) Paragêneses da fase progressiva do
metamorfismo, constituída por cloritoide (Cld)+quartzo (Qtz)+moscovita (Ms), inclusa no grão de granada (Grt), em amostra de testemunho
de sondagem da mina de ouro de João Belo da Formação Cruz das Almas do bordo ocidental do Grupo Jacobina. Amostra cedida por João
B. Teixeira; (d) Estratificação cruzada tangencial de médio porte sugerindo origem fluvial para o protólito desta amostra de quartzito da
Formação Rio do Ouro, Grupo Jacobina; (e) Metaconglomerado constituído essencialmente por seixos de quartzito da Formação Serra do
Córrego, Grupo Jacobina; (f) Marcas onduladas de corrente bidirecional sugerindo origem por ação de ondas para o protólito desta amostra
de quartzito, Formação Rio do Ouro, Grupo Jacobina.
406 • G e olog i a da B a hi a
Ainda na porção ocidental do Complexo Saúde, as ro- No Grupo Jacobina, as estruturas dominantes da de-
chas calcissilicáticas estão dobradas (D1’’) em estilos formação D1’’ são de cisalhamento dúctil, transcor-
diversos (Fig.VI.5c, VI.5d) com planos axiais sub-verti- rente de direção meridiana e de alto ângulo. Domínios
cais orientados na direção NNE e eixos (LB1’’) com cai- de dobramento são raros a exemplo da parte sul do
mentos variáveis (15º a 800) para NNE ou SSW. Obser- Grupo Jacobina, região de Sapucaia, onde os meta-
vam–se, também, estreitas zonas de cisalhamento ao pelitos da Formação Bananeira ocupam o núcleo de
longo dos flancos das dobras com filões portadores uma dobra (D1’’) aberta, sinformal, assimétrica, com
de turmalina nos planos de S1’’. Boudins de quartzo, amplitude próxima de 1km e flancos marcados por
dobrados ao longo do envoltório de D1’’ (Fig. VI.5d) metaconglomerados e quartzitos (Formações Serra
indicam uma fase de deformação pretérita (D1’?) con- do Córrego e Rio do Ouro). Para Ledru et al. (1997), os
trolada, localmente, por condições de estiramento se- metapelitos correspondem a nappes transportadas
guido por condições de encurtamento (D1’’). sobre os metapsamitos segundo contatos reversos,
durante a deformação (D1’) e que foram redobrados
Nos domínios transcorrentes D1’’, a trama tectônica com componentes de transcorrência sinistral na de-
predominante é o padrão anastomosado e lenticu- formação (D1’’).
lar entre os quartzitos, as calcissilicáticas e os pa-
ragnaisses não-granadíferos, segundo contatos ca- Os limites do Grupo Jacobina e os contatos entre suas
racterizados por foliação milonítica de direção geral formações expressam os domínios dominantemente
408 • G eolog i a da B a hi a
Figura VI.5 – Fotos e micrografias das rochas da Serra de Jacobina: (a) Foliação S1’ dobrada e transposta pela foliação S1” em sombra de
tensão de porfiroblasto de andaluzita (And). Amostra da Formação Cruz das Almas; (b) Borda setentrional do leucogranito Cachoeira
Grande, em que tanto as porções magmáticas quanto a rocha metassedimentar encaixante (paragnaisse não–granadífero) mostram feições
de estiramento em regime de constrição. O material granítico por ter maior competência foi deformado por boudinage. Afloramento no
povoado Sapucaia (norte paralelo ao eixo da bússola e no sentido do lado esquerdo da figura); (c) Rocha calcissilicática dobrada (D1”) com
plano axial subvertical (Complexo Saúde) e zona de transposição (ao lado da lapiseira) nos flancos das dobras (norte paralelo à lapiseira
e no sentido do lado direito da figura); (d) Rocha calcissilicática dobrada (D1”) com plano axial subvertical (Complexo Saúde). Filões
pegmatoides (Peg) se colocaram ao longo de S1” e, ao reagirem com a calcissilicática proporcionaram a cristalização de turmalina (Tur) ao
longo das superfícies S1’ e S1”. Boudins de quartzo dobrados (D1”) indicam que a fase de deformação D1’ foi controlada por estiramento e D1”
por encurtamento (norte paralelo à lapiseira e no sentido do topo da figura). Afloramento ao longo da estrada Capim Grosso–Jacobina.
410 • G eolog i a da B a hi a
412 • G e olog i a da B a hi a
2.6 Síntese e Evolução Tectônica do Grupo dor-Curaçá. Isso implica que a evolução sedimentar-
Jacobina -estratigráfica dessas formações foi controlada pelos
processos tectônicos associados ao soerguimento e
A evolução tectônica do Grupo Jacobina se insere na colapso do orógeno, o que a caracteriza como bacia de
colisão entre os Blocos Gavião, Itabuna-Salvador-Cu- antepaís periférica, isto é, situada na frente da cadeia
raçá e Serrinha durante o Paleoproterozoico (transi- de montanhas, durante os períodos sin e pós-colisão.
ção entre os Períodos Riaciano-Orosiriano, Tab.III.1)
(Barbosa & Sabaté 2002, 2004). O Grupo Jacobina As idades dos zircões detríticos dessas formações
representa uma bacia sedimentar situada ao longo com populações de 2,08Ga (idade do magmatismo
da zona de sutura colisional que é denominada de sin-colisional e do pico do metamorfismo orogênico,
Lineamento Contendas-Jacobina (Sabaté 1996) e tem Silva et al. 2002, Leite 2002) e de 3,4–3,3Ga (idades
como embasamento rochas do Bloco Gavião e do Gre- dos TTG do Bloco Gavião, Mougeot, 1996) indicam que
enstone Belt Mundo Novo, ambos com idades paleo- os ortognaisses do Bloco Gavião foram também so-
-mesoarqueanas. Estas duas unidades geotectônicas erguidos durante a colisão. Modelos de evolução de
sofreram subducção durante a colisão paleoprotero- bacias de antepaís periféricas mostram que durante
zoica (Melo et al. 1995), atuando assim como região os primeiros estágios da colisão, a margem passiva
de antepaís para o Orógeno Itabuna-Salvador-Cura- e seu embasamento continental, em subducção, são
çá (CAPÍTULO III). Dados de paleocorrentes indicam soerguidos, formando o intumescimento periférico
que a principal área fonte para as formações Rio do (forebulge) (Allen & Homewood 1986, Miall 1984,
Ouro e Serra do Córrego situava-se a leste (Molinari 1995, Van der Pluimj & Marshak 2004). Este intumes-
& Scarpelli 1988), ou seja, do Orógeno Itabuna-Salva- cimento passa a ser erodido e os sedimentos resul-
414 • G eolog i a da B a hi a
Em orógenos colisionais tanto a crosta quanto o Figura VI.7 – Modelo interpretativo para evolução da Bacia de
Jacobina durante o Peloproterozoico. (a) Estágio pré-colisão
manto litosférico continental são substancialmen-
(Riaciano) no qual o Bloco Gavião (BG) e o Greenstone Belt de
te espessados após a colisão, o que é acompanhado Mundo Novo (GBMN), ambos de idade arqueana, constituem
por desequilíbrio isostático e térmico dessa litosfera, paleocontinente de margem passiva, enquanto o Bloco Serrinha
(BS), também de idade arqueana, representa paleocontinente
propiciando condições mecânicas para que o sistema
com margem convergente tipo Andina. Os sedimentos “Saúde
orogênico entre em colapso (England 1983, Dewey e Itapicuru” ocorrem na margem passiva e no paleoceano
1988, England & Houseman 1989). Modelos de colap- que separa o BG do BS; (b) Estágio inicial da colisão, quando a
margem passiva é soerguida com evolução de falhas normais e
so orogênico mostram que falhas normais se desen- bulge (intumescimento) periférico do embasamento, enquanto
volvem na crosta superior, enquanto a crosta média a crosta oceânica está no processo final de subducção e o
e inferior e o manto litosférico são delaminados pelas oceano é reduzido a um mar com deposição dos sedimentos
“Bananeira e Cruz das Almas”; (c) Estágio colisional e instalação
correntes de convecção da astenosfera (England 1983, do Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá (segmento setentrional
Dewey 1988, England & Houseman 1989). Essa dela- do Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá) com quebra da placa
oceânica, constituição da zona de sutura continental e da
minação aumenta o gradiente geotérmico da crosta
tectônica de transpressão que soergue as rochas metamórficas,
inferior e do manto litosférico o que gera fusão par- dentre as quais os metamorfitos Bananeira e Cruz das Almas.
cial de ambos com formação de magmatismo bimo- Granitos peraluminosos são formados, dentre os quais o de
Cachoeira Grande (CG) devido à fusão parcial que acompanha o
dal: granítico, incluindo composições peraluminosas,
metamorfismo de temperatura ultra-alta (Leite 2002, Leite et al.
e básico-ultrabásica (Winter 2001). Delgado et al. 2009); (d) Estágio de colapso orogênico (Orosiriano) com distensão
(2003) sugerem que as Formações Serra do Córrego da crosta, afinamento da litosfera e subida da astenosfera que se
funde por descompressão adiabática. O magmatismo é bimodal
e Rio do Ouro sejam registros de uma bacia de co- (granitos peraluminosos (fusão crustal) dentre os quais os de
lapso orogênico, todavia não indicaram as evidências Carnaíba e Campo Formoso (CF) e diques básicos (fusão da
geológicas desse colapso. Essa discussão é recente astenosfera) que cortam os metapsamitos Serra do Córrego e Rio
do Ouro). Modelo baseado em Van der Pluimj & Marshak (2004)
para o Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá e alguns para a colisão continental e instalação da bacia de antepaís do
dados que evidenciam o colapso orogênico no Grupo tipo periférica.
416 • G e olog i a da B a hi a
3 Região de Contendas-
Mirante
A região de Contendas-Mirante localiza-se na porção
centro-sul-oriental do Estado da Bahia, entre as cida-
des de Contendas do Sincorá e Mirante. Está alinha-
da com a Serra de Jacobina, ao longo do Lineamento
Contendas-Jacobina, na sua parte meridional (Fig.
VI.8) e faz parte do embasamento arqueano-paleo-
proterozoico do Cráton do São Francisco. Figura VI.8 – Disposição da Sequência Metavulcanossedimentar
Contendas-Mirante em zona de sutura incompleta entre os blocos
Jequié e Gavião (segundo Pedreira & Marinho 1981).
As primeiras referências às rochas metassedimen-
tares da região de Contendas-Mirante são devidas a
Maack (1963) que identificou quartzitos, metassiltitos A Sequência Metavulcanossedimentar Contendas-
brancos e ardósias cinza-azuladas e roxas, atribuin- -Mirante constitui uma faixa sinclinorial submeridia-
do-as à “Série Minas” e correlacionando-as à “Sé- na, com cerca de 190 quilômetros de comprimento e
rie Jacobina”. Posteriormente, Pedreira et al. (1975) 65 quilômetros de largura, comprimida entre o Bloco
denominaram essas rochas metassedimentares de Jequié, granulítico, a leste, e o Bloco Gavião, de médio
Complexo Contendas-Mirante, por aflorarem na re- grau metamórfico com terrenos gnaíssico-migmatíti-
gião situada entre essas cidades. Mascarenhas (1976) co-graníticos, a oeste (Fig. VI.9). Ao norte e a sul ela
sugeriu sua correlação a estruturas do tipo greensto- se ramifica em pequenos cinturões, interdigitando-se
ne belt, despertando o interesse de empresas de mi- com terrenos gnaíssico-migmatítico-graníticos da
neração e pesquisadores pela região. fácies anfibolito. Para noroeste ela é recoberta pelas
rochas metassedimentares do Supergrupo Espinhaço
As primeiras idéias sobre o posicionamento geotec- (CAPÍTULO VIII). Os contatos dessa sequência com as
tônico do Complexo Contendas-Mirante foram aven- litologias dos Blocos Gavião e Jequié são bruscos, su-
tadas por Pedreira (1976) que sugeriu evolução geo- blinhados por zonas de cisalhamento.
tectônica em uma zona de sutura incompleta de dois
blocos continentais (Fig. VI.8), de acordo com o mo- Domos TTG (tonalíticos-trondhjemíticos-granodio-
delo de Dewey & Kidd (1974) para o orógeno Apala- ríticos) do paleoarqueano (CAPÍTULO V) colocaram-
chiano-Caledoniano. Após trabalhos de mapeamento -se tectonicamente entre as litologias da extremidade
418 • G eolog i a da B a hi a
420 • G e olog i a da B a hi a
422 • G e olog i a da B a hi a
Os metacherts são maciços ou bandados têm aspecto onde a ambiência metamórfica atingiu as condições
de quartzito muito fino ou silexito. São compostos es- apropriadas. A fácies silicato apresenta um banda-
sencialmente por grãos de quartzo, em geral estirados, mento somente visível ao microscópio. Esse banda-
e pequenas proporções de minerais opacos e clorita. mento é marcado por finas camadas de minerais opa-
Através do enriquecimento em minerais opacos, os cos (magnetita com ilmenita subordinada) dentro de
metacherts passam a formações ferríferas bandadas. uma massa formada por grandes cristais de anfibólio
do tipo cummingtonita-grunerita e, em menor pro-
As formações ferríferas bandadas pertencem às fácies porção, do tipo tremolita-actinolita. A transição da
óxido e silicato. A fácies óxido, mais comum, mostra fácies óxido para a fácies silicato ocorre pelo gradual
um bandamento definido pela alternância de bandas enriquecimento do anfibólio em relação ao quartzo e
milimétricas quartzosas com outras ricas em mine- aos minerais opacos. As tentativas de determinação
rais opacos ferríferos. A esses dois minerais asso- de idades isocrônicas Pb-Pb em rocha-total foram
ciam-se clorita, epidoto e sericita. Anfibólios do tipo frustradas devido à dispersão dos pontos. Entretan-
cummingtonita-grunerita estão também presentes to, onze de quatorze pontos definem um alinhamento
424 • G e olog i a da B a hi a
3.1.2 Formação Barreiro d’Anta Os metapelitos são representados por uma sequência
predominantemente argilosa, com laminações silto-
Esta formação é restrita ao flanco ocidental e à zona sas. Eles exibem foliação conspícua ou clivagem ar-
periclinal do anticlinal do Barreiro d’Anta situado no dosiana bem desenvolvida. São formados essencial-
limite noroeste da sequência (Fig.VI.9). Essa formação mente de sericita e clorita, com menores proporções
constitui uma associação heterogênea, indivisa, com- de quartzo e opacos.
posta essencialmente por rochas piroclásticas (me-
tatufos) com intercalações pouco espessas de rochas Os xistos estão restritos à terminação periclinal do
metassedimentares siliciclásticas (metagrauvacas e antiforme de Barreiro d’Anta. Eles estão microdo-
metapelitos) e químicas. brados e crenulados e são compostos por cloritoide
e clorita, ou sericita e clorita, associados a quartzo,
O conjunto composto pelas rochas piroclásticas e magnetita e ilmenita. O cloritoide ocorre em porfiro-
metassedimentares siliciclásticas foi submetido a blastos dispostos transversalmente à xistosidade, in-
deformações sucessivas e transformado por um me- dicando cristalização tardi a pós-tectônica.
tamorfismo epizonal. Durante esses eventos, tanto
os termos piroclásticos como os sedimentares de- As rochas metassedimentares químicas são represen-
ram origem a filitos, ardósias e xistos. Apesar des- tadas por metacherts e formações ferríferas bandadas.
sas transformações, os filitos e ardósias guardam
ainda suas características originais, como texturas Os metacherts constituem leitos centimétricos den-
porfiríticas e amigdaloidais, assim como feições se- tro dos metatufos. Eles são de granulação muito fina,
426 • G eolog i a da B a hi a
428 • G e olog i a da B a hi a
b d
Figura VI.18 – Síntese das principais deformações dúcteis do Contendas-Mirante: (a) Padrão de interferência D1’’/ D1’, em laço (tipo 3), e
desenvolvimento localizado de dobras D1’ em bainha (parte direita do diagrama), com lineação de estiramento Lx1’ (Jardim de Sá 1984,
Marinho 1991); (b) Padrão de interferência D1’’/ D1’, em bumerangue, desenvolvido nos locais onde os eixos Lb1’ foram rotacionados para
WNW, num efeito de dobras em bainha (Jardim de Sá 1984, Marinho 1991); (c) Cisalhamento no flanco de uma dobra D1’. O plano de
cisalhamento Fc é sub-horizontal, vizinho ao plano axial de D1’. Este plano é deformado pelas dobras de D1’’ cujo plano axial é subvertical
(segundo Marinho & Sabaté 1982). (d) Cisalhamento ao longo dos planos de foliação S1’ (segundo Sabaté et al. 1980, Marinho & Sabaté
1982). Esses planos favorecem o desenvolvimento de cisalhamento e dão origem a numerosas descontinuidades paralelas. Essas
descontinuidades delimitam pseudobancos e cortam localmente o acamadamento. O movimento é delineado por estrias, cuja atitude está
indicada na figura. Ele pode ser decomposto num componente oblíquo e outro transcorrente sinistral.
A fase D1’ é caracterizada por dobras isoclinais (Fig. rods”, orientada NNW. Localmente, a nordeste da ci-
VI.19a, VI.19b) e recumbentes (Fig. VI.20b), de ampli- dade de Contendas do Sincorá, a direção desta linea-
tudes variáveis, com eixos NNW. Esse evento desen- ção é desviada para WNW. De acordo com Jardim de
volve foliação e/ou bandamento metamórfico S1’ que Sá (1984) essa mudança de orientação resulta da ro-
transpõe a estratificação SO e a foliação anastomo- tação dos eixos das dobras no plano S1’, com tendên-
sada S1 (descrita adiante). Desenvolve também uma cia de paralelização ao eixo x da deformação finita,
lineação de estiramento Lx1’ delineada por “quartz conduzindo ao desenvolvimento de dobras em bainha
430 • G e olog i a da B a hi a
Além das fases principais D1’ e D1’’ mais três fases são (i) Zona da clorita
descritas por Jardim de Sá (1984): um evento precoce, (ii) Zona da biotita
c d
e f
g h
432 • G eolog i a da B a hi a
Figuras VI.19 – (a, b) Dobras isoclinais apertadas D1’ na Formação Rio Gavião. Corte da estrada de ferro a nordeste de Contendas do Sincorá;
(c) Aspecto de dobra em bainha do evento D1’ na Formação Rio Gavião. Corte da estrada de ferro a nordeste de Contendas do Sincorá;
(d, e) Expressão de dobras D1’’ em metapelitos da Formação Rio Gavião; (f) Expressão microscópica da foliação S1’’ crenulando S1’ em
metapelitos da Formação Rio Gavião (LPP – 2,5x); (g) Expressão do padrão de interferência D1’’/ D1’ coaxial (tipo 3), na Formação Rio Gavião.
Corte da estrada de ferro a nordeste de Contendas do Sincorá; (h) Padrão de interferência D1’’/ D1’, bumerangue (tipo 2), na Formação Rio
Gavião. Leito do Rio Sincorá, nordeste de Contendas do Sincorá;(i) Expressão da foliação anastomosada S1 em relação a S1’=S0 na Formação
Rio Gavião. S1’/S0 paralelos à lapiseira; S1 ligeiramente transversal; (j) Expressão do evento D2 na Formação Barreiro d’Anta. Corte da
estrada Contendas do Sincorá-Maracás.
a b
c d
Figura VI.20 – Diagrama esquemático para as relações de campo dos eventos de deformação superpostos da Sequência
Metavulcanossedimentar Contendas-Mirante (segundo Jardim de Sá 1984, Marinho 1991, Marinho et al. 1994b). (a) Dobras da fase D1‘
afetando o acamadamento S0 da Formação Areião (nordeste de Contendas do Sincorá). A foliação S1‘ crenula a foliação anastomosada
prévia, D1 (detalhe à direita). Esta trunca o acamadamento S0. A foliação D1’’, por sua vez, crenula a foliação S1’ (detalhe à esquerda). (b)
Dobra recumbente da fase D1‘ na Formação Rio Gavião (Fazenda São Pedro, a sudeste de Contendas do Sincorá). Observa-se a foliação S1’,
quase paralela a S0, crenulando a foliação anastomosada S1. (c) Padrão de interferência D1’’/ D1’ em bumerangue (tipo 2), desenvolvido na
superfície S1=S0 na Formação Rio Gavião. (d) Eventos tardios D2 e D3 observados na Formação Barreiro d’Anta.
Tabela VI.3 – Estabilidade dos minerais nas zonas metamórficas da Sequência Metavulcanossedimentar Contendas-Mirante.
ZONAS METAMÓRFICAS
Minerais
Chl Bt Crd And Sil-Ms Sil+Kfs
Ms
Pl
Chl
Bt
Crd
And
Sil
Kfs
St
Grt
434 • G e olog i a da B a hi a
2.168
Meta
Superior(1) Areião 2.300-2.400
Conglomerado
2.600-2710
Vulcânicas
Metabasaltos e
Calcialcalinas ~2.500 3.240-3.470
Metandesitos
da Borda E
Formações
Jurema-
Inferior (2,3,4) Ferríreras 3.000
Travessão
Bandadas
Corpo
Metarriolito 2.140±159 3.304±30**** 3.300-3.440
Subvulcânico
evaporação, em zircões (Marinho & Macambira iné- – (Estágios A e B – 3,3 a 3Ga) – O vulcanismo toleiítico
dito) também não são conclusivos, como já discutido continental (?) sugere um caráter ensiálico extensi-
anteriormente, embora a idade obtida seja 2.147Ma, vo, predominante, para a unidade inferior da sequ-
existindo vestígio de idade pretérita de 3.100Ma num ência. Entretanto, a presença na sua metade oriental
único grão de zircão. O método utilizado não possui de basaltos de afinidade MORB parece testemunhar
resolução apropriada para identificação de sobre- processos locais de oceanização, que marca, prova-
crescimentos e núcleos magmáticos. Como já refe- velmente, um início precoce de individualização dos
rido, os metatoleiítos são atravessados por vênulas blocos Jequié e Gavião.
quartzo-feldspáticas que também contêm zircões.
Além disso, perdura a ambiguidade na caracterização – (Estágio C – 2,7 a 2,6Ga) – A presença, na borda oes-
geotectônica desses metatoleiítos da Formação Jure- te do Bloco Jequié, do sill estratificado do Rio Jacaré e
ma-Travessão, onde a indicação de ambiência conti- do granito alcalino Pé de Serra, com idades de cerca
nental sugerida pela sua assinatura geoquímica, ex- de 2.650Ma, evidencia a atuação de processo disten-
ceto para uma única amostra com assinatura MORB, sivo nesta região.
conflita-se com a presença de intercalações de for-
mações ferríferas bandadas e de metacarbonatos. – (Estágio D – 2,6 a 2,3Ga) – O vulcanismo calcialca-
lino, com afinidade de arco continental, intercalado
Do exposto, o modelo interpretativo para a evolução nos metapelitos da Formação Mirante, na borda leste
da sequência em seis estágios (Fig. VI. 22) padece de da Sequência, indica um mecanismo de subducção
todas essas limitações: da crosta oceânica na borda oriental do Bloco Ga-
436 • G e olog i a da B a hi a
– (Estágio F – 2,0 a 1,9Ga, não representado na Fig. VI. A Sequência Metavulcanossedimentar Contendas-
22) – Durante o colapso orogênico, após a colisão, te- -Mirante é compartimentada em três unidades: in-
ria ocorrido geração de leucogranitos peraluminosos, ferior, essencialmente vulcanogênica, representada
com idades entre 1.880 e 1.950Ma (Rudowski 1989, pelas formações Jurema-Travessão e Barreiro d’Anta;
Sabaté et al. 1990b, Marinho 1991), que se dispõem média, siliciclástica, representada pelas Formações
segundo um alinhamento de cerca de 500km, ao lon- Rio Gavião e Mirante, com níveis vulcanogênicos
go da zona de sutura. subordinados e, superior, representada pela Forma-
ção Areião, psefítica. As litologias vulcanogênicas
da Formação Jurema-Travessão são toleiíticas, con-
trariamente àquelas da unidade média, que são cal-
4 Síntese cialcalinas. Nessa Sequência Contendas-Mirante, o
metamorfismo impresso é progressivo de leste para
As regiões da Serra de Jacobina e de Contendas- oeste e se traduz pela sucessão de seis zonas meta-
-Mirante estão alinhadas ao longo de importante mórficas de baixa pressão/alta temperatura, a saber:
lineamento tectônico, Contendas-Jacobina, de dire- (i) clorita; (ii) biotita; (iii) cordierita; (iv) andaluzita;
ção NNE e extensão aproximada de 500km. Este li- (v) sillimanita–muscovita e, (vi) sillimanita–feldspa-
neamento representa uma zona de sutura colisional to potássico. Idade mesoarqueana de 3,1Ga, (rocha
de idade paleoproterozoica entre os Blocos Gavião e vulcânica da Formação Jurema-Travessão com veios
Jequié (Arqueanos) e o Bloco Itabuna-Salvador-Cu- quartzo-felspáticos ricos em zircões) e neoarqueana
raçá (Arqueano-Paleoproterozoica). Nessas regiões, de 2,6Ga (Sill do Rio Jacaré, U-Pb por LA-ICP-MS)
438 • G e olog i a da B a hi a
440 • G eolog i a da B a hi a
1 Introdução
Neste capítulo serão descritos os principais corpos máfico-ultramáficos que ocorrem no Estado da Bahia. Procu-
rou-se sintetizar as informações dos principais trabalhos desenvolvidos nestes conjuntos de rochas, sobretudo do
ponto de vista de suas características geológicas, litogeoquímicas, metamórficas, metalogenéticas e geocronoló-
gicas, visando à atualização de dados referentes a esse tema. Outras características metalogenéticas importantes
desses corpos estão colocadas no CAPÍTULO XX.
Os corpos máfico-ultramáficos do Estado da Bahia estão descritos obedecendo a suas idades posicionando-os
nos Blocos Gavião (Partes Norte e Sul), Serrinha, Uauá, Jequié e no Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá.
Co r p o s M á f i co - U lt ra m á ficos • 443
Ultramáficos do Bloco Morro Branco (Moraes & Veiga 2008) (Figs.VII.2, VII.3).
444 • G eolog i a da B a hi a
Co r p o s M á f i co - U lt ra m á ficos
• 445
02/10/12 21:36
Capitulo 7.indd 446
446 • G e olog i a da B a hi a
Figura VII.2 - Mapa geológico simplificado do Complexo Máfico-Ultramáfico de Campo Alegre de Lourdes. Modificado de Moraes & Veiga (2008).
02/10/12 21:36
a b
c d
e f
Figura VII.3- (a) Vista panorâmica dos Morros da Carlota, do Redondo e da Testa Branca, respectivamente da esquerda para a direita.
(b) Morro do Tuiuiú (face sul). (c) Morro de magnetitito do Anfilófio II com blocos alinhados no terreno. (d) Morro do Sítio. Visão para sul,
com mergulho para SW. (e) Minério de ferro no Morro Branco. (f) Rocha fosfática preenchendo zona de fratura no minério de magnetitito
no Morro do Lazan I. (Fotografias a, b e e extraídas de Moraes & Veiga 2008 e fotografias c, d e f cedidas por Juracy Mascarenhas)
Co r p o s M á f i co - U lt ra m á f icos • 447
448 • G eolog i a da B a hi a
Figura VII. 6 - Morro da Testa Branca.(a) Zona de cavalgamento com movimento de sul para norte.
b) Zona de fechamento de dobra. Moraes & Veiga (2008)
va medida (com teores médios de 49,98% de Fe2O3; bro grosso, tremolitito, metagabro fino e magnetita
20,74% de TiO2 e 0,71% de V2O5), 40,1 Mt de reserva in- metagabronorito grosso. Apresentam textura cumu-
dicada (com teores médios de 18,56% de TiO2 e 0,61% lática, por vezes acamadada. O principal mineral de
de V2O5) e cerca de 13,3 Mt de minério coluvial (Mora- cumulus é o plagioclásio e o de intercumulus, os pi-
es & Veiga 2008) (CAPÍTULO XX). roxênios. A apatita constitui outra fase de cumulus,
estando inclusa na massa de magnetita ou dentro
de cristais de plagioclásio. A magnetita e a ilmenita
2.2 Complexo Máfico-Ultramáfico do preenchem os espaços entre os plagioclásios e os
Peixe piroxênios. A magnetita apresenta ex-soluções de la-
melas de ilmenita. Os minerais acessórios principais
O Complexo Máfico-Ultramáfico do Peixe localiza-se a são: hornblenda, biotita, tremolita-actinolita, clorita
cerca de 20km a oeste do Complexo Máfico-Ultramá- e titanita. Esses minerais acessórios estão presentes
fico de Campo Alegre de Lourdes e aflora em apenas principalmente nas zonas milonitizadas, derivadas
dois locais devido às extensivas cobreturas cenozoicas dos litotipos supracitados e, pelas características
da região (Bizzi et al. 2003) (Fig.VII.1). A delimitação que eles apresentam, essa milonitização parece que
do corpo foi realizada através de expressiva anoma- ocorreu em ambiente da fácies xisto-verde. Segundo
lia aeromagnética, caracterizando dimensões de 4,5 Leite et al. (1993) e Leite (1997), o Complexo Máfico-
x 12km, cuja intensidade é semelhante à do Comple- -Ultramáfico do Peixe corresponde a uma intrusão
xo Máfico-Ultramáfico de Campo Alegre de Lourdes diferenciada, com afinidade toleiítica, incluindo as
(Leite et al. 1993, Leite 1997). mineralizações de Fe-Ti (V).
Co r p o s M á f i co - U lt ra m á ficos • 449
450 • G e olog i a da B a hi a
Co r p o s M á f i co - U lt ra m á f icos • 451
c d
Figura VII.8 – (a) Vista W-E da cava da Mina Coitezeiro. (b) Vista E-W da cava da Mina Coitezeiro. (c) Vista aérea da Mina Limoeiro.
(d) Vista aérea da Mina Pedrinhas. Fotografias cedidas pela Ferbasa.
a b
Figura VII.9- (a) Contato quartzito basal/corpo ultramáfico (Mina Limoeiro). (b) Dique de diabásio N-S, deslocado por falhamento E-W
(Mina Coitezeiro). Fotografias cedidas pela Ferbasa.
452 • G e olog i a da B a hi a
c d
e f
Figura VII.10 - (a) Camada mineralizada principal. (b) Fechamento da camada de minério estratificado/fitado, intercalado no cromitito
lump (camada principal). (c) Níveis de cromitito lump com falha de gravidade, mostrando leve caimento das camadas para W (camada
secundária). (d) Níveis de cromitito disseminado e estratificado truncados por falha N-S (vertical), mostrando caimento para W – camada
secundária. (e) Níveis de cromita disseminada mergulhando suavemente para sul. (f) Interdigitação de Cromita Disseminada. Fotografias da
Mina Coitezeiro. Cedidas pela Ferbasa.
Co r p o s M á f i co - U lt ra m á ficos • 453
454 • G e olog i a da B a hi a
• 455
adaptado de Barbosa & Dominguez (1996). BG- Bloco Gavião, BJ- Bloco Jequié, BS- Bloco Serrinha, BU- Bloco Uauá, CISC- Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá.
02/10/12 21:37
cido em ferro, e relativamente empobrecido em mag-
nésio. O comportamento geral dos corpos máfico-
-ultramáficos diferenciados apresentam, em direção
ao topo, um aumento em Al2O3, Na2O, K2O e SiO2 e uma
diminuição de MgO e CaO. Entretanto, esses teores são
algumas vezes modificados, em virtude do magma ini-
cialmente ter sido um fundido bastante enriquecido
em Fe, Ti e V (Gomes 1991). As rochas da borda apre-
sentam padrões de (ETRL) fracionados em relação aos
(ETRP). Os cumulatos ultramáficos mostram anoma-
lias negativas de Eu e discretos enriquecimentos de
(ETRP) em relação a (ETRL) Os cumulatos máficos
são enriquecidos em (ETRL) e têm anomalias positivas
de Eu. A zona superior mostra forte enriquecimento de
(ETRL) e anomalia positiva de Eu (Brito 2000).
456 • G e olog i a da B a hi a
4 Corpos Máfico-
Ultramáficos do Bloco
c
Serrinha
MESOARQUEANO
Co r p o s M á f i co - U lt ra m á ficos • 457
02/10/12 21:37
intrusivo nos gnaisses migmatíticos do Complexo 5 Corpos Máfico-
Santa Luz, denominado de Corpo Peridotítico de Pe-
dras Pretas (Fig.VII.14).
Ultramáficos do Bloco Uauá
Co r p o s M á f i co - U lt ra m á ficos • 459
02/10/12 21:37
a b
Figura VII.16 – (a) Aspecto de campo das camadas de composição gabroica a melanogabroica. (b) Estrutura de slumping mostrando o
deslocamento oblíquo de alguns níveis bandados, com acamadamento gradacional. Na parte superior indicada pela caneta nota-se a
presença de camada leucogabroica. Fotografias cedidas por Elson Oliveira.
ortopiroxênio ((En82-85%, Fs12-13%, Wo2-4%), clinopiroxênios plicando que esse complexo é o mais antigo do Cráton
(En35-39%, Fs17-20%, Wo40-48%) e espinélios cromitíferos. do São Francisco, diferentemente daqueles denomi-
nados de Rio Piau e Samaritana/Carapussê situados,
Estudos de química mineral nas rochas do Complexo no Bloco Jequié, ambos de idades mais recentes, pro-
Lagoa da Vaca e dos litotipos ultramáficos de posi- vavelmente do paleoproterozoico (CAPÍTULO III).
cionamento duvidoso apontam uma lacuna composi-
cional significativa para os cristais de piroxênios, fato O Complexo Lagoa da Vaca assemelha-se a outros
que, aliado às observações de campo, indicam não complexos que ocorrem em terrenos de alto grau,
existir relação genética entre eles (Paixão 1996). de idade arqueana, como os complexos Fiskenaes-
set (Groenlândia) e Messina (África do Sul). As rela-
A história tectonometamórfica da região do complexo ções estruturais e as características isotópicas de Pb
envolve três fases deformacionais: (i) a primeira mar- (µ=8,8±0,62) das rochas anortosíticas indicam forte-
cada por condições de pico metamórfico em fácies mente um ambiente continental para o alojamento
granulito, com posteriores efeitos de descompressão do Complexo Lagoa da Vaca, provavelmente associa-
e rehidratação; (ii) re-equilíbrio em fácies anfibolito; e do à situação do Bloco Uauá (Paixão 1996).
(iii) fase de caráter rúptil-dúctil expressa localmente
e caracterizada por assembleias minerais típicas da A ausência de níveis ou concentrações de sulfetos nas
fácies xisto verde (Paixão 1996). rochas do Complexo Lagoa da Vaca, bem como nos
litotipos de posicionamento duvidoso, aliada à com-
Segundo Paixão (1996) e Paixão & Oliveira (1998), posição dos espinélios indicam pouca potencialidade
uma isócrona Pb-Pb em rocha total para esses me- para mineralizações de metais como Cr, Cu e Ni (Pai-
taultrabasitos forneceu uma idade de 3161±65Ma, im- xão 1996).
Co r p o s M á f i co - U lt ra m á ficos • 461
462 • G eolog i a da B a hi a
• 463
02/10/12 21:37
Figura VII.18- Mapa geológico esquemático do Maciço do Rio Piau. (1) Anortosito; (2) Gabronorito; (3) Troctolito; (4) Rochas ricas em óxidos
de Fe-Ti-V; (5) Gabronorito (margem resfriada) (Cruz 1989, apud Carvalho 2005).
a b
Figura VII.19 – (a-b) Vista panorâmica do Maciço do Rio Piau. Fotografias cedidas por Cristina Carvalho.
464 • G e olog i a da B a hi a
Co r p o s M á f i co - U lt ra m á f icos • 465
466 • G eolog i a da B a hi a
Figura VII.21 - (a, b) Detalhe das rochas anortosíticas pertencentes ao Maciço de Samaritana (Fotos cedidas por Cristina Carvalho).
a b
Figura VII.22 - (a) Vista panorâmica das rochas charnockíticas encaixantes (relevo positivo) e do maciço anortosítico de Carapussê (relevo
negativo). (b) Detalhe da rocha anortosítica. Fonte: Macedo (2000)
deformação plástica intracristalina, tais como extinção provenientes de magmas parentais subalcalinos,
ondulante, geminação mecânica em cunha, bandas de toleiíticos, visto que estes seriam os únicos tipos de
deformação, encurvamento do plano da geminação, magmas cuja composição permitiria a geração dessas
formação de subgrãos e de pequenos grãos recristali- rochas cumuláticas. Geoquimicamente, ele apresenta
zados, que são abundantes tanto nos porfiroclastos de similaridade com o Maciço de Samaritana, de locali-
plagioclásio quanto nos grãos da matriz. A deforma- zação adjacente (Macêdo 2000).
ção magmática dúctil dos piroxênios é atestada pela
presença de porfiroclastos com geminação encurvada Análises isotópicas Sm/Nd em rocha total forneceram
e pela matriz recristalizada (Carvalho 2005). idades modelo que variaram de 3.366 a 3.683Ma para
ambos os maciços, Samaritana e Carapussê. Os valo-
Com base nas sugestões aventadas por Cruz (1989), as res positivos (+0,83 a +1,22) de εNd sugerem que os
rochas que constituem o Maciço de Carapussê seriam magmas que geraram estas rochas tiveram uma deri-
Co r p o s M á f i co - U lt ra m á ficos • 467
468 • G e olog i a da B a hi a
• 469
Bloco Uauá, CISC- Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá.
02/10/12 21:37
Figura VII.24 - Mapa geológico simplificado do segmento norte do Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá, destacando a faixa (em linhas
tracejadas) que corresponde ao Vale do Rio Curaçá. Modificado de Teixeira et al. (2010).
470 • G e olog i a da B a hi a
Co r p o s M á f i co - U lt ra m á f icos • 471
Figura VII.27 – Vista paronâmica da Mina Caraíba e suas instalações industriais. Foto cedida pela Mineração Caraíba S.A..
472 • G eolog i a da B a hi a
Co r p o s M á f i co - U lt ra m á f icos • 473
Figura VII.29 - Mapa geológico simplificado do open-pit da Mina Oliveira (1990) apresentou uma idade de 1,89Ga (isó-
Caraíba, de acordo com Del`Rey Silva (1984). crona mineral Sm/Nd) para os hiperstenitos do corpo
Modificado de Teixeira et al. (2010).
de Caraíba, interpretando-a como idade de cristali-
zação ígnea. Datações U-Pb SHRIMP em zircões do
partes dos corpos de composição gabro-anortosítica, norito de Caraíba (Oliveira et al. 2004) forneceram
sugerindo que a existência dos depósitos de cobre valores de 2580±10Ma, interpretada também como
esteja condicionada aos estágios de diferenciação do idade de cristalização. Uma população de zircões com
líquido basáltico ao intrudir a sequência supracrustal razões Th/U<0,1, forneceu idade de 2103±23Ma, inter-
(Lindenmayer 1982). A presença de intrusões mine- pretada como idade do metamorfismo regional.
ralizadas sempre em contato direto com sedimentos
carbonáticos, aliada à existência de sulfetos associa- Os trabalhos realizados pelo staff da Mineração Ca-
dos à grafita, bem como à presença na jazida de Cara- raíba S.A., em 2009, estimaram as seguintes reservas
íba, de sedimentos carbonáticos portadores de níveis (Teixeira et al. 2010): (i) para a mina subterrânea de Ca-
de anidrita evaporítica, em íntima associação com o raíba: 24.6 milhões de toneladas (Mt) de minério de Cu
minério, são fortes indícios de que a assimilação de (4.8 Mt de reserva medida, 10.8 Mt de reserva indicada e
enxofre das encaixantes para o líquido tenha tido um 9.1 Mt de reserva inferida) com 1,8% de Cu total e 443.7
papel importante na formação desses depósitos (Lin- toneladas de Cu contido; (ii) no alvo Surubim: 8.7 Mt de
denmayer 1982). minério de Cu com 0,88% de Cu total e 77.1 toneladas
de Cu contido e, (iii) alvo Vermelhos: 51.4 Mt de minério
com 0,91% de Cu total e 468.5 toneladas de Cu contido.
474 • G eolog i a da B a hi a
Co r p o s M á f i co - U lt ra m á ficos • 475
476 • G eolog i a da B a hi a
Co r p o s M á f i co - U lt ra m á f icos • 477
478 • G e olog i a da B a hi a
• 479
regional. Modificado e adaptado de Barbosa & Dominguez (1996). BG- Bloco Gavião, BJ- Bloco Jequié, BS- Bloco Serrinha, BU- Bloco Uauá, CISC- Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá.
02/10/12 21:38
Figura VII.34 – Mapa geológico do corpo máfico-ultramáfico de Mirabela.
Adaptado e modificado de Abram (1993) e da Mineração Mirabela Nickel Ltd.
ram o Maciço de Mirabela em duas zonas sulfetadas o fracionamento mineral se deu segundo a ordem:
denominadas de Santa Rita (porção central) e Peri- olivina - (Cr-espinélio) - ortopiroxênio - clinopiroxê-
-Peri (porção norte) além de uma zona laterítica Ser- nio - plagioclásio e (magnetita/ilmenita). O fraciona-
ra Azul (Fig.VII.34). mento foi controlado, nas porçães basais, pela olivina,
e nas porçães litoestratigraficamente superiores, pelo
O maciço máfico-ultramáfico de Mirabela apresenta- piroxênio. Aspectos petrográficos e mineraloquími-
-se muito pouco deformado, com bandamento críptico cos indicam que este maciço se resfriou lentamente,
e cíclico, sendo possível dividi-lo em quatro zonas li- o que permitiu o desenvolvimento de algumas feiçães
toestratigráficas: (i) zona inferior, composta por olivina de re-equilíbrio subsólido (crescimento adcumulático,
cumulatos e olivina-ortopiroxênio cumulatos (serpen- lamelas de exsolução de clinopiroxênio no ortopiroxê-
tinitos, dunitos e peridotitos); (ii) zona intermediária, nio, intercrescimento entre clinopiroxênios, desmistu-
composta por ortopiroxênio cumulatos (ortopiroxe- rações e coroas de reação entre olivina e plagioclásio).
nitos e clinopiroxenito noritos) e clinopiroxênio-or- Alguns desses re-equilíbrios podem representar a
topiroxênio cumulatos (websteritos e gabronoritos); atuação de processos metamórficos da fácies granu-
(iii) zona superior, composta por gabronoritos e, (iv) lito, embora não tenham chegado a modificar as tex-
zona de borda, com relações de campo pouco claras, turas e o quimismo primário do maciço (Abram 1993).
representada por gabronoritos finos que parecem
em alguns casos, representar uma margem resfria- A litogeoquímica reflete o processo de acumulação
da (Abram 1993) (Fig.VII.34). No Maciço de Mirabela, e revela um decréscimo nos percentuais em MgO
480 • G eolog i a da B a hi a
Co r p o s M á f i co - U lt ra m á f icos • 481
482 • G e olog i a da B a hi a
ABRAM, M. B. O corpo máfico-ultramáfico da Fazenda Craton du São Francisco, Bahia, Brésil. In: REUNION DES
Mirabela, Ipiaú-BA. Salvador: SBG, SGM, 1994. Publicação SCIENCES DE LA TERRE, 14., 1992, Toulouse. Abstract...
Especial. Toulouse: Soc. Géol. France, 1992. p. 4.
ABRAM, M. B. O corpo máfico-ultramáfico da Fazenda ALKMIM, F. F. et al. Kinematic evolution of the Araçuaí-
Mirabela, Ipiaú-BA: caracterização petrográfica, West Congo orogen in Brazil and Africa: nutcracker
geoquímica, tipológica e implicações metalogenéticas. tectonics during the Neoproterozoic assembly of
1993. 137 f. Dissertação (Mestrado em Geologia) - Instituto Gondwana. Precambrian Research, Amsterdam, v. 149,
de Geociências, Universidade Federal da Bahia, Salvador, n. 1-2, p. 43-64, Sept. 2006.
1993. ALKMIM, F. F. et al. Sobre a evolução tectônica do orógeno
ABRAM, M. B.; SILVA, M. G. O corpo máfico-ultramáfico Araçuaí-Congo ocidental. Geonomos, Belo Horizonte, v. 15,
da Fazenda Mirabela, Ipiaú-BA: química mineral, n. 1, p. 25-43, 2007.
litogeoquímica e evolução petrogenética. In: CONGRESSO ALKMIM, F. F. et al. Tectônica quebra-nozes e a gênese
BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 37., 1992, São Paulo. Extended do orógeno Araçuaí-Congo ocidental. In: SIMPOSIO
abstract... São Paulo: SBG, 1992. v. 1, p. 449–450. NACIONAL DE ESTUDOS TECTONICOS SNET, 9., 2003,
ABRAM, M. B.; VARELA, P. Feições sedimentares Búzios. Boletim de resumos... Rio de Janeiro: SBG, 2003.
preservadas nos terrenos gnáissicos do Complexo Saúde: p. 40-43.
uma contribuição à geologia da região entre Saúde e ALKMIM, F. F. O que faz de um cráton um cráton? O Cráton
Juazeiro-BA. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, do São Francisco e as revelações Almeidianas ao delimitá-
39., 1996, Salvador. Anais... Salvador: SBG, 1996. v.1, p.74- lo. In: MANTESSO NETO, V. et al. (Org.). Geologia do
76. continente Sul-Americano: evolução da obra de Fernando
Abreu, V. S.; Anderson, J. B. Glacial eustasy during the Flávio Marques de Almeida. São Paulo: Beca, 2004. p. 17-
Cenozoic: sequence stratigraphic implications. American 35.
Association of Petroleum Geologists Bulletin, Tulsa, US, v. ALKMIM, F. F.; CHEMALE JÚNIOR, F.; ENDO, I. A
82, n.7, p. 1385-1400, July 1998. deformação das coberturas proterozoicas do Cráton do São
ACAUÃ, B. M. S. Relatório dirigido ao Governo Imperial Francisco e o seu significado tectônico. Revista da Escola
em 15 de abril de 1847, pelo inspetor geral dos terrenos de Minas, Ouro Preto, v. 49, n. 1, p. 22-37, jan./mar. 1996.
diamantinos na província da Bahia. Revista do Instituto ALKMIM, F. F.; Marshak, S.; Fonseca, M. A. Assembling
Histórico Geográfico e Ethnografico do Brasil, Rio de West Gondwana in the Neoproterozoic: clues from the São
Janeiro, t. 9, p. 227-260, 1847. Francisco craton region, Brazil. Geology, Boulder, v. 29,
AGUIAR, G. A. de; MATO, L. F. Definição e relações p. 319-322, 2001.
estratigráficas da Formação Afligidos nas bacias do ALKMIM, F. F.; MARTINS NETO, M. A. A. A bacia
Recôncavo, Tucano Sul e Camamu, Bahia, Brasil. In: intracratônica do São Francisco: arcabouço estrutural e
CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 36., 1990, Natal. cenários evolutivos. In: PINTO, C. P.; MARTINS NETO, M.
Anais... Natal: SBG, 1990. p. 157-170. A. (Ed.). A Bacia do São Francisco: geologia e recursos
AILLON, M. P.; BARBOSA, J. S. F. As rochas metamórficas minerais. Belo Horizonte: SBG, 2001. cap. 2, p. 9-30.
de alto grau da região de Cachoeira, São Félix e Cruz das ALKMIM, F. F.; NEVES, B. B.; ALVES, J. A. C. Arcabouço
Almas, Bahia. In: SIMPÓSIO REGIONAL DE GEOLOGIA tectônico do Cráton do São Francisco. In: DOMINGUEZ, J.
BAHIA/SERGIPE, 1., 1992, Salvador. Anais... Salvador: SBG, M. L.; MISI, A. (Ed.). O Cráton do São Francisco. Salvador:
1992. v. 1, p. 96-99. SBG/SGM/CNPq, 1993. p. 45-62.
ALIBERT, C. ; BARBOSA, J. S. F. Ages U-Pb déterminés
à la “SHRIMP” sur des zircons du Complexe de Jequié,
G eo lo g i a d a B a h ia • 483
ALLEN, J. R. L. Notes on the geological character of the ALMEIDA, F. F. M. de; NEVES, B. B. B.; Carneiro, D. R. The
Country between Xique-Xique on the Rio São Francisco origin and evolution of the South American platform. Earth
and Bahia, Brazil. In: HARTT, C. F. Geology and physical Science Reviews, Amsterdam, v. 50, n. 1-2, p. 77-111, 2000.
geography of Brazil. Huntington, N.Y. : R. E. Krieger Pub.
ALMEIDA, F. F. M. et al. A faixa de dobramentos Araçuaí
Co, 1870. p. 303-308.
na região do Rio Pardo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
ALLEN, P. A.; ALLEN, J. R. Basin analysis: principles and GEOLOGIA, 30., 1978, Recife. Anais... Recife: SBG, 1978. v. 1,
applications. 2nd ed. Malden, MA: Blackwell Publishing, p. 270-283.
2005.
ALMEIDA, F. F. M. O Cráton do Paramirim e suas relações
ALLEN, P. A.; HOMEWOOD, P.; WILLIAMS, G. D. Foreland com o do São Francisco. In: SIMPÓSIO DO CRÁTON DO SÃO
basins: an introduction . In: ALLEN, P. A.; HOMEWOOD, FRANCISCO E SUAS FAIXAS MARGINAIS, 1., 1979, Salvador.
P. Foreland basins. Belgium: International Association of Anais... Salvador: SBG, 1981. p. 1-10.
Sedimentologists, 1986. Special Publications 8.
ALMEIDA, F. F. M. O Cráton do São Francisco. Revista
ALMEIDA, Â. B. História de preenchimento do Vale Inciso Brasileira de Geociências, São Paulo, v. 7, n. 4, p. 349-364,
da Lagoa Encantada – Ilhéus-BA: durante o quaternário. dez. 1977.
2006. 103 f. Dissertação (Mestrado em Geologia)-Instituto
ALMEIDA, F. F. M. Origem e evolução da plataforma
de Geociências, Universidade Federal da Bahia, Salvador,
brasileira. Rio de Janeiro: DNPM, DGM, 1967. Boletim 241.
2006.
ALMENDINGER, R. [Programa] FaultKinWin - Structural
ALMEIDA, A. C. F. de. Diferenciação tectônica da plataforma
Geology. 2001. Disponível em: <www. geo.cornell.edu/pub/
brasileira. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 23.,
rwa/windows>. Acesso em: 06 jun. 2010.
1969, Salvador. Anais... Salvador: SBG, 1969. p. 29-46.
ALVAREZ, A.; MAURIN, J.-C. Evolution sédimenataire et
ALMEIDA, A. C. F. de. Os fundamentos geológicos. In:
tectonique du basin protérozoïque supérieur de Comba
AZEVEDO, H. de (Ed.). Brasil: a terra e o homem. São Paulo:
(Congo): stratigraphie séquentielle du Supergroupe
Nacional, 1964. v. 1, p. 55-120.
Ouest-Congolien et modélle d’amortissement sur
ALMEIDA, C. N.; LIMA, E. S. Evolução termobarométrica de déchrochements dans le contexte de tectogénèse
rochas metamórficas da faixa de dobramentos Riacho do panafricaine. Precambrian Research, Amsterdam, v. 50, n.
Pontal, folha Cruz de Malta, NE brasileiro. In: CONGRESSO 1-2, p. 137-171, Apr. 1991.
BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 39., 1996, Salvador. Anais...
ALVES, B. P.; MORAES, L. J. Geologia e recursos minerais do
Salvador: SBG, 1996. p. 31.
retângulo de Paulo Afonso. In: BRASIL. Conselho Nacional
ALMEIDA, F. F. M. A. G.; CORDANI, U. G.; KAWASHITA, K. de Geografia. Estudos da zona de influência da cachoeira
The Precambrian evolution of the South American cratonic de Paulo Afonso. Rio de Janeiro: IBGE, 1952. p. 107-196.
margin south of Amazonas River. In: NAIRN, A. E. M.;
Alves, E. C. et al. Compartimentação tectônica do
STEHLI, F. G. The ocean basins and margins. New York:
sudeste do Brasil e suas relações com as zonas de
Plenum Press, 1973. v.1, p. 411-446.
fraturas oceânicas. In: Congresso Internacional
ALMEIDA, F. F. M. de. O Cráton do São Francisco. In: da Sociedade Brasileira de Geofísica, 5., 1997. São
BAHIA. Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração. Paulo. Anais... São Paulo: SBG, 1997. p. 48-50.
Geologia da Bahia: 50 anos de contribuição. Salvador:
AMORIM, F. N. et al. Coastal and shelf circulation in the
CBPM, UFBA, 2008. p. 11-26. (Série Publicações Especiais,
vicinity of Camamu Bay (14S), Eastern Brazilian Shelf.
7).
Continental Shelf Research, Oxford, v. 31, n. 2, p. 108-119,
ALMEIDA, F. F. M. de; HASUI, Y. (Coord.). O pré-cambriano 2011.
do Brasil. São Paulo: Edgard Blücher, 1984.
484 • G eolog i a da B a hi a
G eo lo g i a d a B a h ia • 485
ARCANJO, J. B. A.; BRAZ FILHO, P. A. O mapeamento ARNDT, N. T.; NESBITT, R. W. Geochemistry of Munro
geológico das folhas Curimatá/Corrente: uma abordagem township basalts. In: ARNDT, N. T.; NISBET, E. G. (Ed.).
sobre os principais aspectos estruturais, estratigráficos Komatiites. London: George Allen and Unwin, 1982. p.
e geomorfológicos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE 309–329.
GEOLOGIA, 38., 1994, Balneário Camboriú. Boletim de
486 • G e olog i a da B a hi a
G eo lo g i a d a B a h ia • 487
BABINSKI, M.; KAUFMAN, A. J. First direct dating of BARBOSA, J. S. F. et al. Petrogenesis of the late-orogenic
a Neoproterozoic post-glacial carbonate. In: SOUTH Bravo granite and surrounding high-grade country rocks
AMERICAN SYMPOSIUM ON ISOTOPE GEOLOGY, 4., 2003, in the Paleoproterozoic orogen of Itabuna-Salvador-Curaçá
Salvador. Short papers... Salvador: CBPM, 2003. v. 1, p. Block, Bahia, Brazil. Precambrian Research, Amsterdam,
321-323. NL, v. 167, p. 35-52, 2008b.
BABINSKI, M.; VIEIRA, L. C., TRINDADE, R. I. F. Direct dating BARBOSA, J. S. F. et al. Petrografia e litogeoquímica
of the Sete Lagoas cap carbonate (Bambuí Group), Brazil das rochas da parte oeste do Alto de Salvador. Revista
and implications for the Neoproterozoic glacial events. Brasileira de Geociências, São Paulo, v. 35, n. 4, p. 9-22,
Terra Nova, Oxford, v. 19, p. 401-406, 2007. 2005. Suplemento.
Bacoccoli, G. Offshore Brazil - twelve years of BARBOSA, J. S. F. et al. Petrological and geochemical
oil exploration: environmental processes: model characteristics of the granulitic terrain of Brejões, Bahia,
investigations of margin environmental and tectonic Brazil. Gondwana Research, Osaka, JP, v. 1, n. 3/4, p. 343-
processes. In: WATKINS, J. S.; DRAKE, C. L. (Ed.). Studies in 356, 1998.
continental margin geology. Tulsa: American Associatoin
BARBOSA, J. S. F. Modelos geotectônicos do sul da Bahia.
of Petroleum Geologists, 1982. p. 539-546. (AAPG Memoir,
In: SIMPÓSIO REGIONAL DE GEOLOGIA BAHIA - SERGIPE,
n. 34).
1., 1992, Salvador. Anais... Salvador : SBG, 1992. p. 92-95.
Bandeira, A. D. Estudo comparativo dos diques máficos
BARBOSA, J. S. F. O manganês do oeste da Bahia. 1982.
da Chapada Diamantina e do Bloco Gavião (Caetité e
129 f. Dissertação (Mestrado em)-Instituto de Geociências,
Brumado), Bahia, Brasil. 2010. 69 f. Trabalho Final de
Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1982.
Curso (Bacharelado em Geologia)-Instituto de Geociências,
Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2010. BARBOSA, J. S. F. Projeto geologia e metalogenia do
dominio da costa atlantica da regiao granulitica do sul
BARBOSA, J. S. F. Constitution lithologique et
da Bahia, Brasil. Salvador: SME/SGM, 1991. Convênio SME,
metamorphique de la region granulitique du sud de
SGM, UFBA/PPPG.
Bahia Brésil. 1986. 401 f. Tese (Doutorado em Petrologia e
Mineralogia)-Académie de Paris, Université Pierre et Marie BARBOSA, J. S. F. Projeto petrologia e implicações
Curie, Paris, 1986. Inclui mapa anexo. metalogenéticas das rochas granulíticas do segmento Boa
Nova – Itajibá, sudeste da Bahia: relatório final resumido.
BARBOSA, J. S. F. et al. Geologia da folha de Jaguaquara.
Salvador: UFBA, 1994. Convênio CBPM - IGEO/Curso de
Belo Horizonte: CPRM, 2011. v. 1.
Pós-Graduação em Geologia.
BARBOSA, J. S. F. et al. Geologia das rochas de alto grau
BARBOSA, J. S. F. The granulites of the Jequié Complex
metamórfico da região de Ipiaú-sudeste da Bahia-Brasil.
and Atlantic Mobile Belt, Southern Bahia, Brazil - An
In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 39., 1996,
expression of Archean Proterozoic Plate Convergence. In:
Salvador. Anais... Salvador: SBG, 1996. v. 6, p. 272-279.
VIELZEUF, D.; VIDAL, PH. (Ed.). Granulation and crustal
488 • G eolog i a da B a hi a
G eo lo g i a d a B a h ia • 489
Barroso, A. S. Sedimentologia, diagênese e Bellieni, G. et al. Early and late Proterozoic dyke
potencialidades petrolíferas dos arenitos: Morro do Barro swarms from São Francisco Craton (Brazil): petrology,
– Ilha de Itaparica e adjacências. Salvador: Petrobras, 1984. geochemistry and Sr/Nd isotopes. In: International
Relatório interno. Symposium on Mafic Dykes, 2., 1991, São Paulo.
Extended abstracts… São Paulo: IG-USP, SBGq, 1991. p.
BARRUETO, H. R. Petrogênese das intrusões compostas de
60-65.
Teofilândia e Barrocas, greenstone belt do Rio Itapicuru,
Bahia, Brasil. 2002. 210 f. Tese (Doutorado em Geociências) Bellieni, G. et al. Petrological and Sr-Nd evidence
- Instituto de Geociências, Universidade Estadual de bearing on early Proterozoic magmatic events of the
Campinas, Campinas, SP, 2002. subcontinental Mantle: São Francisco Craton (Uaua, Ne-
Brazil). Contributions to Mineralogy and Petrology, Berlin,
BARRUETO, H. R.; OLIVEIRA, E. P.; DALL’AGNOL, R. Trace
v. 122, n. 3, p. 252-261, 1995.
element and Nd isotope evidence for juvenile, arc - related
granitoids in the southern portion of the Paleoproterozoic BELLIENI, G. P. et al. High- and low-Ti flood basalts from
Rio Itapicuru Greenstone Belt (RIGB), Bahia, Brazil. In: the Paraná plateau (Brazil): petrology and geochemical
CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 40., 1998, Belo aspects bearing on their mantle origin. Neues Jahrbuch
Horizonte. Anais... Belo Horizonte: SBG, 1998. p. 520. fur Mineralogie, Stuttgart, Alemanha, v. 150, p. 272-306,
1984.
Bassetto, M. et al. The oceanic segment of the southern
Brazilian margin: morpho-structural domains and their BELLIENI, G.; PICCIRILLO, E. M. ; ZANETTI, B. Classification
tectonic significance. In: MOHRIAK, W. U.; TALWANI, M. and nomenclature of basalts. In: INTERNATIONAL
490 • G e olog i a da B a hi a
G eo lo g i a d a Ba h ia • 491
492 • G eolog i a da B a hi a
G eo lo g i a d a Ba h ia • 493
Brito, I. M.; Campos, D. A. O cretáceo no Brasil. Anais da BURGOS, C. M. G. Sienitos da parte sudoeste do Núcleo
Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, v. 54, n. 2, Serrinha (Bahia): maciços dos morros das Agulhas e
p. 197-218, 1982. Bananas e da Serra do Pintado - geologia, petrografia
e geoquímica. 1999. 172 f. Dissertação (Mestrado em
BRITO, M. F. L. et al. Geoquímica isotópica de Sr e Nd
Geoquímica e Meio Ambiente) – Instituto de Geociências,
do complexo granítico Sítios Novos, magmatismo
Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1999.
neoproterozóico no sistema de dobramentos sergipano,
Nordeste do Brasil. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CABY, R.; ARTHAUD, M. Petrostructural evolution of the
GEOLOGIA, 43., 2006. Aracaju. Anais... Sergipe: SBG, 2006. Lagoa Real subalkaline metaplutonic complex (Bahia,
p. 312, ST08-P.586. Brasil). Revista Brasileira de Geociências, São Paulo, v. 17,
n. 4, p. 636, 1987.
BRITO, R. S. C. Geologia do sill estratificado do Rio
Jacaré-Maracás, Bahia. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE Cainelli, C.; Mohriak, W. U. General evolution of the
GEOLOGIA, 33., 1984, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: Eastern Brazilian continental margin. The Leading Edge,
SBG, 1984. v. 9. p. 4316-4334. Tulsa, v. 18, n. 7, p. 800-861, July 1999a.
BRITO, R. S. C. Geologia e petrologia do sill máfico- Cainelli, C.; Mohriak, W. U. Geology of Atlantic Eastern
ultramáfico do Rio Jacaré - Bahia e estudo das Brazilian basins. In: ABGP /AAPG INTERNATIONAL
mineralizações de Fe-Ti-V e platinóides associadas. CONFERENCE AND EXHIBITION, 1998, Rio de Janeiro.
2000. 325 f. Tese (Doutorado em Geologia)–Instituto de Short course... Rio de Janeiro: AAPG, 1998. part 2.
Geociências, Universidade de Brasília, DF, Brasília, DF,
Cainelli, C.; Mohriak, W. U. Some remarks on the
2000.
evolution of sedimentary basins along the Eastern
BRITO, R. S. C. Projeto Salitre Sobradinho. Salvador: CBPM, Brazilian continental margin. Episodes, Ottawa, v. 22, n. 3,
1987. Convênio CBPM – SGM. p. 206 – 216, 1999b.
BRITO, W.; RAPOSO, C.; MATOS, E. C. Os albititos uraníferos Caixeta, J. M. et al. Bacia de Camamu. Boletim de
de Lagoa Real. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 455-
33., 1984, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: SBG, 1984. 461, 2007.
p. 1475-1488.
CAIXETA, J. M. et al. Bacias do Recôncavo, Tucano e Jatobá.
BRUHN, C. H. L.; MORAES, M. A. S. Turbiditos da Formação Boletim de Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 8, n.
Urucutuca na Bacia de Almada, Bahia: um laboratório de 1, p. 163-172, jan./mar. 1994.
campo para estudo de reservatórios canalizados. Boletim
Caixeta, J. M. et al. Diachronous rift system along Bahia
de Geociencias da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 3, n. 3, p.
State coast: an example of extended crust and mantle
235-267, jul./set. 1989.
exhumation in the South Atlantic Ocean. In: AAPG
BRUNI, M. A.; ALMEIDA, J. T.; BRUNI, E. C. Carta geológica INTERNATIONAL CONFERENCE AND EXHIBITION, 2009,
do Brasil ao milionésimo: folha Rio São Francisco (SC 23). Rio de Janeiro. Abstract volume... Rio de Janeiro: AAPG,
Brasília, DF: DNPM, 1974. 2009.
BRUNI, M. A.; SCHOBBENHAUS FILHO, C. Carta geológica Caixeta, J. M. et al. Tectônica de sal na Bacia de
do Brasil ao milionésimo: folha Brasília (SD.23). Brasília, Jequitinhonha. In: Mohriak, W. U.; SZATMARI, P.; ANJOS,
DF: DNPM, 1976. S. M. C. Sal: geologia e tectônica. São Paulo: Beca, 2008. p.
272-283.
Bueno, G. V. Diacronismo de eventos no rifte Sul-
Atlântico. Boletim de Geociências da Petrobras, Rio de CALDASSO, A. L. S.; ENNES, E. R.; GRAZIA, C. A. Projeto
Janeiro, v. 12, n. 2, p. 203-229, 2004. sudeste do Piauí I: parte das folhas S. Raimundo Nonato
494 • G eolog i a da B a hi a
G eo lo g i a d a Ba h ia • 495
CASSEDANNE, J. P.; FRANCO, R. R. Índices de dumortiérite CHANG, H. K.; BENDER, A. A.; KOSMANN, R. O. O papel das
de La Serra da Vereda, municipes de Macaúbas et de tensões intraplaca na evolução de bacias sedimentares:
Boquira, État de Bahia. Anais da Academia Brasileira de exemplo da Formação Urucuia. In: CONGRESSO
Ciências, Rio de Janeiro, v. 38, n. 1, p. 47-52, 1966. BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 37., 1992, São Paulo. Anais...
São Paulo: SBG, 1992. v. 2, p. 568-569.
Castro JÚNIOR, A. C. M. The Northeastern Brazil
and Gabon basins: a double rifting system associated CHARDON, D. ; CHOUKROUNE, P. ; JAYANANDA, M. Sinking
with multiple Crustal detachment surfaces. Tectonics, of the Dharwar Basin (South India): implications for
Washington, DC, v. 6, n. 6, p. 727-738, 1987. Archaean tectonics. Precambrian Research, Amsterdam,
NL, v. 91, p. 15-39, 1998.
CASTRO, J. H. G. Relatório final de pesquisa para o DNPM.
São Paulo: Mineração Itacaré, 1986. Charlier, R. H.; Bologa, A. S. Philosophical approach
to a sustainable integrated coastal zone management.
CATUNEANU, O. Principles of sequence stratigraphy.
Journal of Coastal Research, Fort Lauderdale, US, v. 19, n.
Amsterdam: Elsevier, 2008.
4, p. 867-869, 2003.
CAXITO, F. A. Evolução tectônica da faixa Rio Preto,
CHATRIAN, N. Sur lê gisement de diamant de Salobro,
noroeste da Bahia / sul do Piauí. 2010. 151 f. Dissertação
Brésil. Bulletin de la Societé Française de Mineralogie,
(Mestrado em Geologia)-Instituto de Geociências,
Paris, v. 9, p. 302-305, 1886.
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte,
2010. Inclui anexos. CHAUVET, A. et al. Structural evolution of the
Paleoproterozoic Rio Itapicuru granite-greenstone belt
CAXITO, F. A.; UHLEIN, A.; MORALES, L. F. G.
(Bahia, Brazil): the role of synkinematic plutons in the
Compartimentação estrutural da faixa Rio Preto (NW
regional tectonics. Precambrian Research, Amsterdam, v.
da Bahia), um leque assimétrico de dupla vergência
84, n. 3-4, p. 139-162, 1997.
desenvolvido durante a orogênese Brasiliana. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 45., 2010, Belém. CHAVES, A. O. et al. U-Pb ages related to uraninum
Anais... Belém: SBG, 2010. mineralization of Lagoa Real, Bahia-Brasil: tectonic
implications. Revista de Geologia, Fortaleza, CE, v. 20, n. 2,
CELINO, J. J. Maciço de Jaguarari: arquitetura, impressões
p. 141-156, 2007.
petrológicas e a geoquímica de acreçoes leucograníticas
no cinturão transamazônico da Serra de Jacobina – (Bahia, CHAVES, A. O.; NEVES, J. M. C. Radiometric ages,
Brasil). 1991. 163 f. Dissertação (Mestrado em Geoquímica)- aeromagnetic expression, and general geology of mafic
Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia, dykes from southeastern Brazil and implications for
Salvador, 1991. African–South American correlations. Journal of South
American Earth Sciences, Oxford, v. 19, n. 3, p. 387-397,
CELINO, J. J.; BOTELHO, N. F.; PIMENTEL, M. M. Gênesis
Aug. 2005.
of Neoproterozoic granitoid magmatism in the eastern
Araçuaí Fold Belt, Eastern Brazil: field, geochemical, CHEILLETZ, A. et al. Emerald dating through 40Ar/ 39Ar
and Sr-Nd isotopic evidence. Revista Brasileira de step-heating and laser spoting analysis of syngenetic
Geociencias, São Paulo, v. 30, n. 1, p. 135-139, mar. 2000. phlogopite. Earth and Planetary Science Letters,
Amsterdam, v. 120, n. 3-4, p. 473-485, 1993.
CEZARIO, W. S. et al. Carbon-isotope stratigraphy of the
Neoproterozoic Serra do Paraíso (Rio Pardo Basin) and Cherkis, N. Z.; Chayes, D. A.; Costa, L. C. Multibeam
São Desiderio (Rio Preto Belt) formations, Bahia, Brazil. In: bathymetry studies in the Bahia seamounts region. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOQUÍMICA, 13.; SIMPÓSIO Congresso da Sociedade Brasileira de Geofísica,
496 • G e olog i a da B a hi a
G eo lo g i a d a Ba h ia • 497
CONCEIÇÃO, H.; SABATÉ, P.; BONIN, B. The Itiúba alkaline CONNOLY, J. A. D. Computation of phase equilibria by
massif, Bahia State (Brazil): mineralogical, geochimcial linear programming: a tool for geodynamic modeling and
and petrolocial contraints - Relation to the Genesis of its application to subduction zone decarbonation. Earth
rapakivi magmatism. Precambrian Reserch, Amsterdam, v. and Planetary Science Letters, Amsterdam, v. 236, p. 524-
51, n. 1, p. 283-314, 1991. 541, 2005.
CONCEICÃO, J. C. J.; ZALAN, P. V. Estilos estruturais CONNOLY, J. A. D.; PETRINI, K. An automated strategy for
associados a intrusões igneas em rochas sedimentares. In: calculation of phase diagram section and retrieval of rock
CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 36., 1990, Natal. properties as a function of physical conditions. Journal of
Anais... Natal: SBG, 1990. p. 2261-2275. Metamorphic Geology, Oxford, v. 20, p. 697-708, 2002.
CONCEIÇÃO, J. C. J.; ZALÁN, P. V.; WOLF, S. Mecanismo, Cordani, U. G. et al. Crustal evolution of the South
evolução e cronologia do rift Sul-Atlântico. Boletim de American platform. In: INTERNATIONAL GEOLOGICAL
Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 2, n. 2/4, p CONGRESS, 31., 2000, Rio de Janeiro. Tectonic evolution of
255-265, 1988. South America. Edited by U. G. Cordani et al. Rio de Janeiro:
FINEP, 2000. p. 19-40.
CONCEIÇÃO, R. V. Petrologia dos sienitos potássicos
do Maciço de Santanápolis e alguns aspectos do seu Cordani, U. G. et al. Estudo preliminar de integração
embasamento granulítico. In: CONCEIÇÃO, H.; CRUZ, M. do pré-cambriano com eventos tectônicos das bacias
J. M (Ed.). Sienitos alcalino-potássicos e ultrapotássicos sedimentares brasileiras. Rio de Janeiro: Petrobras, 1984.
paleoproterozóicos do Estado da Bahia. Salvador: SBG, (Série Ciência-Técnica-Petróleo. Seção: Exploração de
1998. p. 41-82. (Publicação Especial, 4). Petróleo, 15).
Conceição, R. V.; Conceição, H. Litoquímica das rochas CORDANI, U. G. et al. Idades radiométricas das rochas
granulíticas da região entre as cidades de Feira de Santana alcalinas do Sul da Bahia. In: CONGRESSO BRASILEIRO
e Lamarão (Bahia). In: Simpósio de Geologia do DE GEOLOGIA, 28., 1974, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre:
Nordeste, 15., 1993, Natal. Anais... Natal: SBG, 1993. p. SBG, 1974. v. 6, p. 253-259.
163-165.
CORDANI, U. G. et al. Pb-Pb, Rb-Sr and K-Ar systematics
Conceição, R. V.; CONCEIÇÃO, H.; Cid, J. P. Aspectos of rock types in the Lagoa Real Uranium province, South
estruturais e petrográficos dos granulitos da região entre central Bahia, Brazil. In: INTERNATIONAL GEOLOGICAL
Lamarão e Feira de Santana - Bahia. In: Reunião Anual CONGRESS., 28., 1989, Washington. Abstract… Washington,
[DA] Sociedade Brasileira para o Progresso da DC: SBG, 1989. v. 1, p. 327.
Ciência (SBPC), 45., 1993, Recife. Anais... Recife: SBPC,
CORDANI, U. G. et al. Pb-Pb-Rb-Sr and K-Ar systematics
1993. v. 1, p. 631.
of the Lagoa Real Uranium province (South-central
CONDIE, K. C. Archaean crustal evolution. Amsterdam: Bahia, Brazil) and the Espinhaço cycle. Journal of South
Elsevier, 1994. (Developments in Precambrian Geology, 11). American Earth Sciences, Oxford, v. 5, n. 1, p. 33-46, 1992.
CONDIE, K. C. Archaean greenstone belts. Amsterdam: Cordani, U. G. Idade do vulcanismo no Oceano Atlântico
Elsevier, 1981. Sul. Boletim IG-USP, São Paulo, n. 1, p. 1-80, 1970.
CONDIE, K. C. Chemical composition and evolution of the CORDANI, U. G. Evolução geológica pré-cambriana da
upper continental crust: contrasting results from surface faixa costeira do Brasil, entre Salvador e Vitória. 1973.
samples and shales. Chemical Geology, Amsterdam, v. 104, 107 f. Tese (Livre Docência)-Instituto de Geociências,
p. 1-37, 1993. Universidade de São Paulo, São Paulo, 1973.
CONDIE, K. C. Mantle plumes and their record in Earth Cordani, U. G.; BLAZEKOVIC, A. Idades radiométricas
history. Cambridge: Cambridge University Press, 2001. das rochas vulcânicas dos Abrolhos. In: CONGRESSO
498 • G eolog i a da B a hi a
G eo lo g i a d a B a h ia • 499
500 • G e olog i a da B a hi a
G eo lo g i a d a Ba h ia • 501
502 • G e olog i a da B a hi a
CUNHA, J. C. et al. Idade dos greenstone belts e dos DALRYMPLE, R. W; ZAITLIN, B. A.; BOYD, R. Estuarine
terrenos TTG’s associados da região de Brumado, facies models: conceptual basis and stratigraphic
Centro-Oeste do Cráton do São Francisco (Bahia, Brasil). implications. Journal of Sedimentary Petrology, Tulsa, v.
In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 39., 1996, 62, p. 1130-1146, 1992.
Salvador. Anais... Salvador: SBG, 1996. v. 1, p. 62-65.
Damasceno, G. C. Geologia, petrografia e geoquímica
CUNHA, J. C. et al. The oldest rocks of South America preliminar dos diques máficos da porção leste da folha
(3.4 and1.9 Ga): granite - greenstone and granulitic Caetité (SD.23-Z-B-III). 2009. 108 f. Trabalho Final de Curso
terranes of the São Francisco Craton in the State of Bahia, (Bacharelado em Geologia)- Instituto de Geociências,
Northeastern Brazil. Rio de Janeiro: MCT, 2000. Trabalho Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2009.
apresentado no International Geological Congress, 31.
DANDERFER FILHO, A.; LAGOEIRO, L. E.; ALKMIM, F. F.
CUNHA, J. C. Verificações geológicas na área do prospecto O sistema de dobramentos e empurrões da Chapada
Boa Sombra. 1993. Relatório interno para a diretoria da Diamantina (BA): registro da inversão do aulacógeno do
CBPM. Não publicado. Espinhaço no decorrer do evento Brasiliano. In: SIMPÓSIO
SOBRE O CRÁTON DO SÃO FRANCISCO, 2., 1993, Salvador.
CUNHA, J. C.; BADHAM, N.; SILVA, R. W. S. Fazenda
Anais... Salvador: SBG, 1993. p. 197-199.
Coqueiro massive sulphide, Bahia, Brazil. Salvador: CBPM,
2000a. (Exploration Summary). DANDERFER FILHO, A. et al. New geochronological
constraints on the geological evolution of Espinhaco basin
CUNHA, J. C.; BADHAM, N.; SILVA, R. W. S. The Mundo
within the São Francisco Craton - Brazil. Precambrian
Novo greenstone belt, Bahia, Brazil. Salvador: CBPM,
Research, Amsterdam, v. 170, n. 1-2, p. 116-128, Apr. 2009.
2000b. (Exploration Summary).
DANDERFER FILHO, A. Geologia sedimentar e evolução
CUNHA, J. C.; FRÓES, R. J. B. Complexo máfico-ultramáfico
tectônica do Espinhaço Setentrional, Estado da Bahia.
da Fazenda Mirabela (CFM): geologia e mineralização. In:
G eo lo g i a d a B a h ia • 503
DANDERFER FILHO, A. Análise estrutural descritiva Davison, I. Wide and narrow margins of the Brazilian
e cinemática do supergrupo Espinhaço da região da South Atlantic. Journal of the Geological Society, London,
Chapada Diamantina (BA). 1990. 119 f. Dissertação v. 154, p. 471-476, 1997.
(Mestrado em Geologia)-Escola de Minas, Universidade
DAVISON, I.; SANTOS, R. A. dos. Tectonic evolution of the
Federal de Ouro Preto, Minas Gerais, 1990.
Sergipano Fold Belt, NE Brazil, during the Brasiliano
DANNI, J. C. M.; BOWRING, S. A. The Payson ophiolite and Orogeny. Precambrian Research, Amsterdam, v. 45, n. 4, p.
the Yavapai-Mazatzal orogenic belt of Central Arizona. In: 319-342, Dec. 1989.
DE WIT, M.; ASHWAL, L. D. (Ed.). Greenstone belts. Oxford:
DE WIT, M. J.; ASHWAL, L. D. Greenstone belts. Oxford:
Clarendon, 1997.
Oxford University Press, 1997. (Oxford Monographs on
DANNI, J. C. M; RIBEIRO, C. C. Caracterização estratigráfica Geology and Geophysics, 35).
da seqüência vulcano-sedimentar de Pilar de Goiás e
DE WIT, M. J.; ASHWAL, L. D. Greenstone belts: what are
de Guarinos, Goiás. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
they? South African Journal of Geology, Petroria, Africa do
GEOLOGIA, 30., 1978, Recife. Anais... Recife: SBG, 1978. v. 2,
Sul, v. 98, n. 4, p. 505-520, Dec. 1995.
p. 252-269.
DELGADO, I. M. et al. Geotectônica do escudo atlântico.
DANTAS, E. L.; NEVES, B. B.; FUCK, R. A. Looking for the
In: BIZZI, L. A. et al. (Ed.). Geologia, tectônica e recursos
oldest rocks of South America: Paleoarchean orthogneiss
minerais do Brasil: texto, mapas e GIS. Brasília, DF: Serviço
of the Sobradinho Block, northernmost foreland of the
Geológico do Brasil, 2003. p. 227-334.
São Francisco Craton, Petrolina, Pernambuco, Brazil. In:
SOUTH AMERICAN SYMPOSIUM ON ISOTOPE GEOLOGY, 7., DELGADO, I. M.; SOUZA, J. D. Projeto Cobre-Curaçá:
2010, Brasília. Anais... Brasília, DF: [s.n.], 2010. p. 137-140. relatório final: geologia econômica do distrito cuprífero do
Rio Curaçá, Bahia, Brasil. Salvador: CPRM, 1975. 30 v.
DARDENNE, M. A. Síntese sobre a estratigrafia do Grupo
Bambuí no Brasil Central. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE DELHAL, J.; DEMAIFFE, D. U-Pb archaean geochronology
GEOLOGIA, 30., 1978, Recife. Anais... Recife: SBG, 1978. v. 2, of the São Francisco Cráton (Eastern Brazil). Revista
p. 597-610. Brasileira de Geociências, São Paulo, v. 15, p. 55-60, 1985.
DARDENNE, M. A. The Brasília fold belt. In: DELVAUX, D. et al. Normal fault splays and transfer zones
INTERNATIONAL GEOLOGICAL CONGRESS, 31., 2000, Rio in the central part of the Baikal rift basin: insight from
de Janeiro. Tectonic evolution of South América. Edited by digital photography and bathymetry. Bulletin des Centres
U. G. Cordani et al. Rio de Janeiro: FINEP, 2000. p. 231-264. de Recherches Exploration-Production ELF Aquitaine, Pau,
França, v. 22, n. 2, p. 341–358, 1999.
DAVISON, I. et al. The Itapicuru greenstone belt, Bahia,
Brasil: structure and stratigraphical outline. Precambrian DERBY, O. A. Lavras diamantinas. Revista do Instituto
Research, Amsterdam, NL, v. 42, n. 1-2, p. 1-17, Nov. 1988. Geográfico e Histórico da Bahia, Salvador, v. 11, n. 30, p.
113-153, 1905.
Davison, I. Tectonics and hydrocarbon distribution along
the Brazilian South Atlantic margin. In: CAMERON, N. R.; DERBY, O. A. The Serra do Espinhaço, Brazil. Journal of
BATE, R. H.; CLURE, V. S. (Ed.). The oil and gas habitats of Geology, Chicago, v. 14, n. 5, p. 314-401, Jul./Aug. 1906.
the South Atlantic. London: Geological Society, 1999. p. DESTRO, N. et al. Release faults associated structures,
133-151. (Geological Society of London Special Publication and their control on petroleum trends in the Recôncavo
153). rift, Northeast Brazil. American Association of Petroleum
Davison, I. Tectonics of the South Atlantic Brazilian salt Geologists Bulletin, Tulsa, v. 87, n. 7, p. 1123-1144, 2003a.
basin. In: ANNUAL GCSSEPM FOUNDATION ANNUAL BOB DESTRO, N. et al. The Jeremoabo transpresional transfer
F. PERKINS RESEARCH CONFERENCE, 25., 2005, Houston. fault, Reconcavo-Tucano rift, NE Brazil. Journal of
Petroleum systems of divergent continental margin basins:
504 • G e olog i a da B a hi a
G eo lo g i a d a B a h ia • 505
506 • G eolog i a da B a hi a
Fainstein, R. et al. Offshore Brazil Santos Basin Figueiredo, A. M. F. Geologia das bacias brasileiras. In:
exploration potential from recently acquired seismic VIRO, E. J. (Ed.). Avaliação de formação no Brasil. Rio de
data. In: INTERNATIONAL CONGRESS OF THE BRAZILIAN Janeiro: Schlumberger, 1985. p. 1-38.
GEOPHYSICAL SOCIETY, 7., 2001, Salvador. Extended
FIGUEIREDO, B. S. Mapeamento geológico e análise
abstracts... Salvador: SBGf, 2001. p. 52-55.
estrutural da sequência metavulcanossedimentar Urandi,
FAIRHEAD, J. D.; WILSON, M. Sea-floor spreading and Bahia. 2009. 135 f. Trabalho Final de Curso (Bacharelado
deformation processes in the South Atlantic Ocean: are em Geologia)-Instituto de Geociências, Universidade
hot spots needed? Aug. 2004. Disponível em: <http://www. Federal da Bahia, Salvador, 2009.
mantleplumes.org/WebpagePDFs/SAtlantic.pdf>. Acesso
FIGUEIREDO, M. C. H. Geochemical evolution of eastern
em: 26 jun. 2012.
Bahia, Brazil: a probably Early-Proterozoic subduction-
Farias, J. S.; Conceição, H. Estrutura ampulheta related magmatic arc. Journal of South American Earth
em pigeonitas: as condicionantes de seu crescimento Sciences, Oxford, v. 2, n. 2, p. 131-145, 1989.
em hialo-diabásios. In: SEMINÁRIO ESTUDANTIL DE
FIGUEIREDO, M. C. H. Geochemistry of high - grade
PESQUISA, 5., 1985, Salvador. Resumos... Salvador: UFBA,
complexes of Bahia State, Brazil. Revista Brasileira de
1985. p. 26-27.
Geociências, São Paulo, v. 12, n. 1-3, p. 307-312, mar. 1982.
Feijó, F. J. Bacia de Sergipe-Alagoas. Boletim de
FIGUEIREDO, M. C. H. Geologia e geoquímica da região de
Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 8, n. 1, p. 149-
Poço de Fora, Vale do Rio Curaçá. 1976. 98 f. Dissertação
161, 1994.
(Mestrado em Geociências)-Instituto de Geociências,
FENG, R.; KERRICH, R. Geochemical evolution of granitoids Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1976.
from the Archean Abitibi southern volcanic zone and
FIGUEIREDO, M. C. H. Geoquímica das rochas
the Pontiac subprovince, Superior Province, Canada:
metamórficas de alto grau no nordeste da Bahia, Brasil.
implications for tectonic history and source regions.
In: INDA, H. A. V.; MARINHO, M. M.; DUARTE, F. B. (Org.).
Chemical Geology, Amsterdam, v. 98, n. 1-2, p. 23-70, July
Geologia e recursos minerais do Estado da Bahia: textos
1992.
básicos. Salvador: Secretaria das Minas e Energia, 1981. p.
FERNANDES, P. E. C. A. et al. Geologia. In: BRASIL. 1-71. (Textos Básicos, v.4).
Ministério das Minas e Energia. Projeto RADAMBRASIL.
FIGUEIREDO, M. C. H.; BARBOSA, J. S. F. Terrenos
Folha SD.23 Brasília: geologia, geomorfologia, pedologia,
metamórficos de alto grau do Cráton do São Francisco.
vegetação, uso potencial da terra. Rio de Janeiro: MME,
In: DOMINGUEZ, J. M. L.; MISI, A. (Ed.). O Cráton do São
1982. p. 25-204. (Levantamento de Recursos Naturais, 29).
Francisco Salvador: SBG, 1993. p. 63-83. Publicação
FERREIRA, J. M. et al. The role of Precambrian mylonitic Especial.
belts and present-day stress field in the coseismic
FIGUEIROA, I.; SILVA FILHO, M. A. Folha Petrolina (SC
reactivation of the Pernambuco lineament, Brazil.
24-V-C-III): estados de Pernambuco e Bahia. Brasília, DF:
Tectonophysics, Amsterdam, v. 456, p. 111-126, 2008.
CPRM, 1990. Inclui 2 mapas. Programa Levantamentos
FERREIRA, T. S.; CAIXETA, J. M.; LIMA, F. D. Controle do Geológicos Básicos do Brasil – PLGB.
embasamento no rifteamento das bacias de Camamu
FIGUEIROA, S. F. M. Ciência em busca do Eldorado:
e Almada. Boletim de Geociências da Petrobrás, Rio de
institucionalização das ciências geológicas no Brasil, 1808-
Janeiro, v. 17, n. 1, p. 69-88, nov. 2008.
1907. 1992. 171 f. Tese (Doutorado em Ciências e Letras)-
Ferreira, Y. A. Recifes de arenito de Salvador, Bahia. Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São
Anais da Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, v. Paulo, 1992.
41, t. 4, p. 541-548, 1969.
G eo lo g i a d a B a h ia • 507
FISHER, J. S.; STAUBLE, D. K. Impact of hurricane Belle on França, R. L. et al. Bacia de Mucuri. Boletim de
Assateague Island washover. Geology, Boulder, v. 5, n. 12, Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 493-
p.765-768, Dec. 1977. 499, 2007.
FITTON, J. G. et al. Palaeogene continental to oceanic França, R.; Mohriak, W. U. Tectônica de sal das bacias
magmatism on the SE Greenland continental margin at do Espírito Santo e Mucuri. In: Mohriak, W. U.; SZATMARI,
63oN: a review of the results of ocean drilling program P.; ANJOS, S. M. C. (Org.). Geologia e tectônica. São Paulo:
legs 152 and 163. Journal of Petrology, Oxford, v. 41, n. 7, p. Beca, 2008. p. 284-299.
951-966, 2000.
FRANÇOLIN, J. B. L.; COBBOLD, P. R.; SZATMARI, P.
FLEISCHER, R. Observações geológicas sobre a Faulting in the early Cretaceous Rio do Peixe basin (NE
dumortierita da Serra das Veredas – Bahia. Mineração e Brazil) and its significance for the opening of the Atlantic.
Metalurgia, Rio de Janeiro, v. 54, n. 319, p. 21-24, jul. 1971. Journal of Structural Geology, New York, v. 16, n. 5, p. 647-
661, May 1994.
Flexor, J. M.; Martin, L. Sur l´utilization des grés
coquiliers de la région de Salvador (Brésil) dans la FREITAS, M. V. de; HARTT, C. F. Um naturalista no Império
reconstrution des lignes de rivage holocènes. In: de D. Pedro II. Belo Horizonte: UFMG, 2002.
International Symposium on Coastal Evolution
Friedman, G. M.; KOPASKA-MERKEL, D. C.; SANDERS, J.
in the Quaternary, 1., 1979, São Paulo. Proceedings...
E. Principles of sedimentary deposits: stratigraphy and
São Paulo: USP, 1979. p. 346-357. IGCP - Project 61.
sedimentology. New York: Macmillan, 1992.
FONSECA, D. B.; LEITE, C. M. M.; SILVA, J. C. E. da. Projeto
FRITZ, W. J.; MOORE, J. N. Transport and deposition by
Rio Capim. Salvador: CBPM, 1981. Convênio Caraíba
sediment flows. In: FRITZ, W. J.; MOORE, J. N. (Ed.). Basics
Metais/CBPM.
of physical stratigraphy and sedimentology. Nova Jersey:
FONTEILLES, M.; GUITARD, G. L’effet de socle dans le John Wiley and Sons Inc., 1988.
metamorphism. Bulletin Societé Française du Minéralogie
FRÓES, R. J. B.; LOPES, G. A. C.; CUNHA, J. C. Tipologia dos
et Cristallographie, Paris, v. 91, p. 185-206, 1968.
granitóides associados ao greenstone belt de Umburanas
FORNARI, A. Petrologia, geoquímica e metamorfismo das e aos terrenos vulcanossediemntares de Ibitira-Brumado
rochas enderbíticas-charnockíticas da região de Lage e – Bahia. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA,
Mutuípe, Bahia. 1992. 143 f. Dissertação (Mestrado em 38., 1994, Balneário Camboriú. Boletim de resumos
Geologia)-Instituto de Geociências, Universidade Federal expandidos... Balneário Camboriú: SBG, 1994. v. 3, p. 185-
da Bahia, Salvador, 1992. 187.
FORNARI, A.; BARBOSA, J. S. F. A suite enderbítica- FRÓES, R. J. B.; MASCARENHAS, J. F. Rochas ultramáficas
charnockítica da região de Mutuípe-Bahia. In: SIMPÓSIO de Saúde: uma possível seqüência komatiítica do
REGIONAL DE GEOLOGIA BAHIA-SERGIPE, 1., 1992, greenstone belt de Mundo Novo, Bahia. In: CONGRESSO
Salvador. Anais... Salvador: SBG, 1992. v. 1, p. 87-91. BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 39., 1996, Salvador. Anais...
Salvador: SBG, 1996. p. 228-231.
FOSTER JÚNIOR, C. T. Mass transfer in sillimanite–bearing
pelitic schists near Rangeley, Maine. The American FRÓES, R. J. B.; SOARES, J. V. O corpo máfico-ultramáfico
Mineralogist, Washington, DC, v. 62, n. 7-8, p. 727-746, July da Fazenda Palestina, Bahia. In: CONGRESSO BRASILEIRO
1977. DE GEOLOGIA, 40., 1998, Belo Horizonte. Anais... Belo
Horizonte: SGB, 1998. p. 480.
FOULGER, G. R. Plates vs. plumes: a geological controversy.
Chichester: Wiley-Blackwell, 2010. FROST, B. R. et al. A geochemical classification for granitic
rocks. Journal of Petrology, Oxford, v. 42, n. 11, p. 2033-
FRANÇA, A. M. C. Geomorfologia da margem continental
2048, 2001.
leste brasileira e da bacia oceânica adjacente. In: CHAVES,
508 • G e olog i a da B a hi a
FUGITA, A. M.; CLARK FILHO, J. G. Recursos energéticos GARRIDO, I. A. A. Projeto Tauape. Salvador: CBPM, 1986.
da bacia do São Francisco: hidrocarbonetos líquidos e GASPAR, M. T. P.; CAMPOS, J. E. G. O sistema aquífero
gasosos. In: PINTO, C. P.; MARTINS NETO, M. A. (Ed.). Urucuia. Revista Brasileira de Geociências, São Paulo, v. 37,
Bacia do São Francisco: geologia e recursos naturais. Belo n. 4, p. 216-226, dez. 2007. Suplemento.
Horizonte: SBG, 2001. cap. 12, p. 265-284.
Gava, A. et al. Geologia. In: BRASIL. Ministério das Minas e
FUJIMORI, S. Condições de P-T de formação dos granulitos
Energia. Projeto RADAMBRASIL. Folha SC.24-2, Aracaju-
do Farol da Barra, Salvador, Bahia, Brasil. Revista
Recife: geologia, geomorfologia, pedologia, vegetação, e
Brasileira de Geociências, São Paulo, v. 18, n. 3, p. 339-344,
uso potencial da terra. Rio de Janeiro: MME, 1983. cap. 1, p.
1988.
27-376. (Levantamento de Recursos Naturais, 30).
FUJIMORI, S. Granulitos e charnockitos de Salvador (BA).
GELINAS, L.; TRUDEL, P.; HUBERT, C. Chemostratigraphic
Anais da Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, v.
division of the Blake River Group, Rouyn-Noranda area,
40, p. 181-202, 1968.
Abitibi, Quebec: Canadian. Journal of Earth Sciences,
FUJIMORI, S. Rochas alcalinas da Fazenda Hiassu, Itaju do Nagoya, JP, v. 21, p. 220–231, 1984.
Colônia, Bahia. 1972. 123 f. Tese (Doutorado em Geologia)-
Genz, F. et al. As tendências de longo prazo das vazões
Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia,
fluviais no litoral do Estado da Bahia. In: CONGRESSO
Salvador, 1972.
SOBRE PLANEJAMENTO E GESTÃO DA ZONA COSTEIRA
FUJIMORI, S. Rochas alcalinas do sul do Estado da Bahia. DOS PAISES DE EXPRESSÃO PORTUGUESA, 9., 2003,
Rio de Janeiro: DNPM, 1967. (Notas preliminares e Estudos, Recife. Anais... Recife: Associação Brasileira de Estudos do
141). Quaternário, 2003. 1 CD-ROM.
FUJIMORI, S.; ALLARD, G. O. Ocorrência de safirina em Ghignone, J. I. Geologia do flanco oriental da Bacia do
Salvador, Bahia. Boletim da Sociedade Brasileira de Tucano Norte: do Vasa Barris ao São Francisco. Salvador:
Geologia, São Paulo, v. 15, n. 2, p. 6781, set. 1966. Petrobras, 1963. Relatório interno.
FUJIMORI, S.; FYFE, W. S. Almanditic garnet-rich GHIGNONE, J. I. Geologia dos sedimentos fanerozóicos
metamorphic rocks as an original soil developed during do Estado da Bahia. In: INDA, H. A. V. (Org.). Geologia e
Precambrian. Revista Brasileira de Geociências, São Paulo, recursos minerais do Estado da Bahia. Salvador: Secretaria
v. 14, n. 4, p. 194-202, 1984. das Minas e Energia, 1979. p. 23-117. (Textos Básicos, v. 1).
FURLONG, K. P.; FOUNTAIN, D. M. Lithospheric evolution GIBBS, A. D. Linked fault families in basin formation.
with underplating: thermal considerations and seismic- Journal of Structural Geology, New York, v. 12, n. 5-6, p.
petrologic consequences. Journal of Geophysical Research, 795-803, 1990.
Washington, DC, v. 91, p. 8285-8294, 1986.
GIBBS, A. D. Structural evolution of extensional basin
GAAL, G. et al. Early Proterozoic crustal evolution margins. Journal of the Geological Society, London, v. 141,
and metallogenesis, northwestern Bahia, Brazil. In: n. 4, p. 609-620, July 1984.
INTERNATIONAL SYMPOSIUM GRANITES ASSOCIATES
GIULIANI, G.; ZIMMERMANN, J. L.; MONTIGNY, R. Ar
MINERALIZATIONS, 1987, Salvador. Anais... Salvador:
and 40Ar/39Ar evidence for a Transamazonian age
ISGAM, 1987.
(2030-1970Ma) for the granites and emerald-bearing
GAILLARD, F. et al. Small amount of carbonatite melts K-metasomatites from Campo Formoso and Carnaíba
explains high electrical conductivity of asthenosphere. In: (Bahia, Brazil). Journal of South American Earth Sciences,
GOMES, R. A. A. D. et al. Projeto levantamento gravimétrico Oxford, v. 7, n. 2, p. 149-165, 1994.
no Estado da Bahia: relatório final. Salvador: CPRM, 1980.
p. 1363-1365.
G eo lo g i a d a B a h ia • 509
510 • G e olog i a da B a hi a
G eo lo g i a d a B a h ia • 511
Halls, H. C. The importance and potential of mafic HASUI, Y. Neotectônica e aspectos fundamentais da
dyke swarms in the studies of geodynamics processes. tectônica resurgente no Brasil. In: WORKSHOP SOBRE
Geoscience, Canada, v. 9, n. 3, p. 145-154, 1982. NEOTECTÔNICA E SEDIMENTAÇÃO CENOZÓICA NO
SUDESTE BRASILEIRO, 1990, Belo Horizonte. Boletim…
Halls, H. C.; Fahrig, W. F. (Ed.). Mafic dyke swarms.
Belo Horizonte: SBG, 1990. v. 11, p. 1-31.
St. John’s, CA: Geological Association of Canada, 1987.
(Geological Association of Canada Special Paper, 34). Heaman, L. U-Pb dating of giant radiating dyke swarms:
Accompanied by: Fahrig, W.F. Diabase dyke swarms of the potential for global correlation of mafic events. In:
Canadian Shield. Geological Survey of Canada map 1627A. International Symposium on Mafic Dykes, 2., 1991,
São Paulo. Extended abstracts… São Paulo: USP, 1991. p.
HAMMARSTRON, J. M.; ZEN, E. A. Aluminium in
7-9.
hornblende: an empirical igneous geobarometer. American
Mineralogist, Washington, DC, v. 71, n. 11-12, p. 1297-1313, HEDLUND, D. C. et al. The geology of stratiform chromitite
1986. at Campo Formoso, Bahia, and geologic setting of the
enclosing metamorphosed ultramafic rocks: relatório
Hanebuth, T. J. J. et al. Formation and fate of
parcial do Projeto cromo. Salvador: CPRM, 1971.
sedimentary dpocentres on southeast Asia’s Sunda
Shelf over the past sea-level cycle and biogeographic HEILBRON, M. et al. From collision to extension: the
implications. Earth Science Reviews, Amsterdam, v. 104, n. roots of the southeastern continental margin of Brazil.
1-3, p. 92-110, 2011. In: Mohriak, W. U.; TALWANI, M. (Ed.). Atlantic rifts
and continental margins. Washington, DC: American
Hanebuth, T. J. J. Late Pleistocene forced-regressive
Geophysical Union, 2000. p. 1-32. (Geophysical Monograph
deposits on the Sunda Shelf (Southern Asia). Marine
Series, 115).
Geology, Amsterdam, v. 199, p. 139-157, 2003.
HENDERSON, J. B. Archaean basin evolution in the Slave
HANGHOJ, K.; STOREY, M.; STECHER, O. An isotope and
Province, Canada. In: KRONER, A. (Ed.). Precambrian plate
trace element study of the east Greenland Tertiary dyke
tectonics. Amsterdam: Elsevier, 1981. p. 213-235.
swarm: constraints on temporal and spatial evolution
during continental rifting. Journal of Petrology, Oxford, v. HENDERSON, J. B. Sedimentology of the Archean
44, n. 11, p. 2081-2112, 2003. Yellowknife Supergroup at Yellowknife, district of
MacKenzie. Ottawa: Dept. of Energy, Mines and Resources,
HARKER, A. The natural history of the igneous rocks. New
1975. (Bulletin - Geological Survey of Canada, 246).
York: Cambridge University, 1909.
Henry, S.G.; Brumbaugh, W. Pre-salt rock development
HARRIS, N. B. W.; HOLLAND, T. J. B. The significance of
on Brazil’s conjugate margin: West African examples.
cordierite–hypersthene assemblages from the Beitbridge
In: INTERNATIONAL CONGRESS OF THE BRAZILIAN
region of the central Limpopo belt: evidence for rapid
GEOPHYSICAL SOCIETY, 4., 1995, Rio de Janeiro. Expanded
decompression in the Archean? American mineralogist,
abstracts... Rio de Janeiro: SBGf, 1995. v. 1, p. 68-70.
Washington, DC, v. 69, n. 11-12, p. 1036-1049, Nov./Dec.
1984. HILL, R. E. T. Komatiite volcanology and associated
nickel sulphide deposits. In: PAPUNEN, H. (Ed.). Mineral
HARRY, D. L.; SAWYER, D. S. Basaltic volcanism, mantle
deposits: research and exploration, where do they meet?
plumes, and the mechanics of rifting: the Paraná flood
Rotterdan: A. A. Balkema, 1997. p. 5-6. Proceedings of
basalt province of South America. Geology, Boulder, v. 20,
the Fourth Biennial SGA Meeting , Turku, Finland, 11-13
n. 3. p. 207-210, 1992.
August 1997.
512 • G eolog i a da B a hi a
HINZ, K. A hypothesis on terrestrial catastrophes: wedges HURLEY, P. M. et al. Test of continental drift by means of
of very thick oceanward dipping layers beneath passive radiometric ages. Science, Washington, DC, v. 157, n. 3788,
continental margins: their origin and paleoenvironmental p. 495-500, 1967.
significance. [Geologisches Jahrbuch / E]Geologisches
IMPERATO, D. P.; SEXTON, W. J.; HAYES, M. O.
Jahrbuch. Reihe E. Geophysik, H 22, Stuttgart , p. 3-28,
Stratighraphy and sediment characteristics of a mesotidal
1981.
ebb-tidal delta, North Edisto Inlet, South Carolina. Journal
HOFFMAN, P. F. et al. A Neoproterozoic snowball Earth. of Sedimentary Petrology, Tulsa, v. 59, p. 950-958, 1988.
Science, Washington, DC, v. 281, n. 5381, p. 1342–1346, 1998.
INDA, H. A. V. et al. Projeto rochas básicas e ultrabásicas
HOFFMAN, P. F. Precambrian geology and tectonic history de Euclides da Cunha: relatório final: fase 1. Salvador:
of North America. In: BALLY, A. W.; PALMER, A. R. (Ed.). PROSPEC, SME, 1976. 20 v. Inclui mapas.
The geology of North America: an overview. Boulder, Colo.:
INDA, H. A. V.; BARBOSA, J. F. Texto explicativo para o
Geological Society of America, 1989. chap. 16, p. 447-512.
mapa geológico do Estado da Bahia: escala 1:1.000,000.
(The Geology of North America, v. A).
Salvador: SME, CPM, 1978. Inclui 1 mapa.
HOISCH, T. D. A muscovite – biotite geothermometer.
IRVINE, T. N.; BARAGAR, W. R. A. A guide to the chemical
American Mineralogist, Washington, DC, v. 74, n. 1, p.
classification of the common volcanic rocks. Canadian
565–572, 1989.
Journal of Earth Sciences, Ottawa, v. 8, n. 5, p. 523–548,
HOLLAND, T. H.; BLUNDY, J, D. Non-ideal interactions 1971.
in calcic amphiboles and their bearing on amphibole-
IRVINE, T. N.; SHARPE, M. R. Sourcerock compositions
plagioclase thermometry. Contributions to Mineralogy and
and depths of origin of Bushveld and Stillwater magmas.
Petrology, Berlin, v. 116, p. 433-447, May 1994.
Yearbook of the Carnegie Institution of Washington,
HOLLISTER, L. S. et al. Confirmation of the empirical Washington, DC, v. 81, p. 294-303, 1982.
correlation of Al in hornblende with pressure of
IRVING, A. J. Geochemical and high presure experimental
solidification of calc-alkaline plutons. American
stusies of garnet pyroxenite and pyroxene granulite
Mineralogist, Washington, DC, v. 72, p. 231-239, 1987.
xenoliths from the delegate basaltic pipes. Journal of
HOLM, P. E. The geochemical fingerprints of different Petrology, Oxford, v. 15, p. 1-14, 1974.
tectonomagmatic environments using hygromagmaphile
IYER, S. S. et al. Possible sources de CO2 in granulite facies
element abundances of tholeiitic basalts and basaltic
rocks: carbon isotope evidence from the Jequié Complex,
andesites. Chemical Geology, Amsterdam, v. 51, p. 303-323,
Brazil. Petrology, [Russian Federation], v. 3, p. 226-237,
1985.
1995.
HORSCROFT, F. D.; MOLINARI, L.; BARBOSA, C. C. The
IYER, S. S. et al. Radioactive element distribution the
Jacobina gold mine. In: INTERNATIONAL GEOCHEMICAL
Archean granulite terrains of Jequié, Bahia, Brazil.
EXPLORATION SYMPOSIUM, 13., 1989, Rio de Janeiro.
Contributions to Mineralogy and Petrology, Berlin, v. 85,
Anais... Rio de Janeiro: SBGq, 1989. p. 57-61.
p. 95-101, 1984.
HUMPHREY, F. L.; ALLARD, G. O. The Propriá Geosyncline,
IYER, S. S; CHOUDURI, A.; CORDANI, U. G. Granulite
a newly recognized Precambrian tectonic province in
facies rocks of Brazil: a review of their geologic setting,
the Brazilian shield. In: INTERNATIONAL GEOLOGICAL
geochronological evolution petrographic and geochemical
CONGRESS, 23., 1968, Prague. Abstracts… Prague:
characteristics. Journal of the Geological Society of India,
Academy of Sciences of the Czech Republic, 1968. v. 4, p.
Bangalore, v. 29, p. 309-326, 1987.
123-13.
JAMES, H. L. Sedimentary facies of iron-formation.
HUNTER, D. R; STOWE, C. W. A historical review of the
Economic Geology, Lancaster, v. 49, n. 3, p. 235-239, 1954.
origin, composition, and setting of Archaean greenstone
G eo lo g i a d a Ba h ia • 513
JOST, H. et al. Geologia de terrenos arqueaos e KAUL, P. F. T. Geologia da quadrícula de Boquira – Bahia.
proterozóicos da região de Crixás Cedrolina, Goiás. Revista Recife: Sudene, 1970. Relatório interno.
Brasileira de Geociências, São Paulo, v. 31, n. 3, p. 315-328,
KAWASHITA, K. et al. Idade Sm/Nd e Rb/Sr de um
2001.
leucogabro do Complexo Rio Jacaré, BA. In: CONGRESSO
KAMPUNZU, A. B.; BONHOMME, M. G.; KANIKA, M. BRASILEIRO DE GEOQUÍMICA, 3., 1991, São Paulo.
Geochronology of volcanic rocks and evolution of the Resumos... São Paulo: SBGq, 1991. p. 601-605.
Cenozoic Western branch of the East African rift system.
KEAREY, P.; KLEPEIS, K. A.; VINE, F. J. Global tectonics. 3th
Journal of African Earth Sciences, Oxford, v. 26, p. 441-461,
ed. Hoboken, NJ: Wiley-Blackwell, 2009.
1998.
KEGEL, W. A estrutura geológica da Serra de Jacobina,
Kano, K. I. Interactions between andesitic magma
Bahia. Rio de Janeiro: DNPM; DGM, 1963. (Boletim, 207).
and poorly consolidated sediments: examples in the
neogene Shirahama Group. South Izu, Japan. Journal of
514 • G e olog i a da B a hi a
G eo lo g i a d a B a h ia • 515
516 • G eolog i a da B a hi a
LEAL, L. R. B. et al. Geocronologia Rb/Sr e K/Ar do enxame LEÃO, Z. M. A. N.; Dutra, L. X. C.; SPANÓ, S. The
de diques máficos de Uauá, Bahia (Brasil). Geochimica characteristics of bottom sediments. In: Dutra, G.
Brasiliensis, Rio de Janeiro, v. 8, n. 1, p. 99-114, 1994. F. et al. (Ed.). A rapid marine biodiversity assessment
of the Abrolhos Bank, Bahia, Brazil. Washington, DC:
LEAL, L. R. B. et al. SHRIMP U-Pb, 207Pb/206Pb zircon
Conservation International, 2005. cap. 5, p. 75-81. (RAP
dating and Nd isotopic signature of the Umburanas
Bulletin of Biological Assessment, 38).
greenstone belt, Northern São Francisco Cráton, Brazil.
Journal of South American Earth Sciences, Oxford, v. 15, p. LEÃO, Z. M. A. N.; Kikuchi, R. K. P.; Testa, V. Corals and
775-785, 2003. coral reefs of Brazil. In: CORTÉS, J. (Ed.). Latin American
coral reefs. Amsterdam: Elsevier, 2003. p. 9-52.
LEAL, L. R. B. Geocronologia Rb-Sr e K-Ar, evolução
isotópica e implicações tectônicos dos exames de diques LECKIE, D. A.; SINGH, C. Estuarine deposits of the Albian
máficos de Uauá e Vale do Rio Curaçá, Bahia. 1992. 118 f. Paddy Member (Peace River Formation), and lowermost
Dissertação (Mestrado em Geoquímica e Geotectônica)- Shaftesbury Formation, Alberta, Canada. Journal of
Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São Sedimentary Petrology, Tulsa, v. 61, p. 825-849, 1991.
Paulo, 1992.
G eo lo g i a d a B a h ia • 517
518 • G e olog i a da B a hi a
LIGABUE, A. Caminhos do tempo humano. In: TEIXEIRA, LIMA, M. G. A história do intemperismo na Província
W.; LINSKER, R. (Coord.). Chapada Diamantina: águas no Borborema Oriental, nordeste do Brasil: implicações
sertão. São Paulo: Terra Virgem, 2005. p. 104-127. paleoclimáticas e tectônicas. 2008. 251 f. Tese (Doutorado
em Geodinâmica e Geofísica)-Centro de Ciências Exatas
LIMA C. C. U. de. Caracterização sedimentológica e
e da Terra, Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
aspectos neotectônicos do Grupo Barreiras no litoral
Natal, 2008.
sul do Estado da Bahia. 2002. 141 f. Tese (Doutorado em
Geologia)-Instituto de Geociências, Universidade Federal LIMA, M. I. C. de et al. Geologia. In: BRASIL. Ministério
da Bahia, Salvador, 2002. das Minas e Energia. Projeto RADAMBRASIL. Folha SD.24
Salvador: geologia, geomorfología, pedología, vegetação,
LIMA, C. C. U. de. O neotectonismo na costa do sudeste e
uso potencial da terra. Rio de Janeiro: MME, 1981. cap. 1, p.
do nordeste brasileiro. Revista de Ciência e Tecnologia,
25-192. (Levantamento de Recursos Naturais, 24).
Piracicaba, SP, v. 15, p. 91-102, 2000.
LIMA, R. C. C. Aspectos geológicos e mineralizações na
LIMA, C. C. U. de; VILLAS-BOAS, G. S.; BEZERRA, F. H. R.
área de Brumado: magnesita na Serra das Éguas. 1986.
Faciologia e análise tectônica preliminar da Formação
68 f. Dissertação (Mestrado em Geologia)- Instituto de
Barreiras no litoral sul do Estado da Bahia, Brasil. Geologia
Geociências, Universidade Federal da Bahia, Salvador,
USP. Série Cientifica, São Paulo, v. 6, n. 2, p. 71-80, 2006.
1986.
LIMA, C. C. U.; VILAS-BÔAS, G. S. Morphotectonic analysis
LIMA, R. F. F. et al. Projeto ferro - titânio de Campo Alegre
in the Barreiras Group, south coast of the state of Bahia,
de Lourdes: fase I. Salvador: CBPM, 1977. 4 v. il. Convênio
based on the square over radar image approach. Ciência
SME - CBPM.
e Natura: revista do Centro de Ciências Naturais Exatas,
Santa Maria, RS, p. 101-115, 2004. Edição especial. LIMA, R. F. F. Projeto Euclides da Cunha: fase 2, relatório de
progresso 1. Salvador: CBPM, 1977. v. 1.
LIMA, C. C. U.; NASCIMENTO, E.; ASSUMPÇÃO, M. Stress
orientations in Brazilian sedimentary basins from breakout LIMA, W. S.; HAMSI JÚNIOR, G. P. Bacias sedimentares
analysis: implications for force models in the South brasileiras: bacias da margem continental. Phoenix, Rio de
American plate. Geophysical Journal International, Oxford, Janeiro, n. 50, fev. 2003.
v. 130, p. 112-124, 1997.
LINDENMAYER, Z. G. Evolução geológica do vale do rio
LIMA, C. M. Ocorrência de barita no Grupo Barreiras - Curaça e dos corpos máficos-ultramáficos mineralizados
litoral norte do Estado da Bahia. 2008. 64 f. Trabalho a cobre. 1981. 107 f. Dissertação (Mestrado em Geologia)-
Final de Curso (Bacharelado em Geologia)-Instituto de Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia,
Geociências, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Salvador, 1981a.
2008.
LINDENMAYER, Z. G. Geological evolution of Vale do Rio
Lima, H.; PETERSOHN, E. [Potencial petrolífero da Bacia Curaçá and of copper mineralized mafic-ultramafic bodies.
São Frnacisco]. Disponível em: < http://www.anp.gov.br/ In: INDA, H. A. V.; MARINHO, M. M.; DUARTE, F. B. (Org.).
doc/conheca/Potencial petrolifero da Bacia São Francisco. Geologia e recursos minerais da Bahia: textos básicos.
pdf>. Acesso em: 15 out. 2008. Salvador: SME, CPM, 1981b. v. 4, p. 72-110.
LIMA, J. A. D. et al. Projeto Aracatu: geologia e geoquímica: LINDSLEY, D. H.; ANDERSON, D. J. A two-pyroxene
relatório final, fase 1. Salvador: CPRM, 1981. 8 v. Inclui thermometer. Journal of Geophysical Research,
anexos. Convênio DNPM - CPRM. Washington, DC, v. 88, p. A887-906, 1983.
G eo lo g i a d a B a h ia • 519
LOBATO, L. M. et al. Uranium enrichment in Archean LOUREIRO, H. S. C. (Org.). Mundo Novo, folha SC.24-Y-D-
basement, Lagoa Real, Brazil. Revista Brasileira de IV: Estado da Bahia: escala 1:100.000. Brasília, DF: DNPM,
Geociencias, São Paulo, v. 12, n. 1-3, p. 484-486, 1982. CPRM, 1991 Inclui 2 mapas. Programa de Levantamentos
Geológicos Básicos do Brasil.
LOBATO, L. M. et al. Uranium in overthrust Achaean
basement, Bahia, Brazil. The Canadian Mineralogist, LOUREIRO, H. S. C. et al. (Org.). Geologia e recursos
Ottawa, CA, v. 21, p. 647-654, 1983. minerais da parte norte do corredor de deformação
do Paramirim: (Projeto Barra – Oliveira dos Brejinhos).
LOBATO, L. M. Metamorphism, metasomatism and
Salvador: CBPM, 2009. (Série Arquivos Abertos, 33).
mineralization at Lagoa Real, Bahia, Brazil. 1985. 306 f.
Thesis (Ph.D)-University Western Ontario, Ontario, CA, LOUREIRO, H. S. C. et al. (Org.). Projeto Barra – Oliveira
1985. dos Brejinhos: Estado da Bahia. Salvador: CPRM, 2008.
Relatório interno.
LONG, L. E.; CASTELLANA, C. H.; SIAL, A. N. Age, origin
and cooling history of the Coronel João Sá Pluton, Bahia, LOUREIRO, H. S. C. Notas sobre o mapeamento
Brazil. Journal of Petrology, Oxford, v. 46, n. 2, p. 255-273, geológico da Chapada Diamantina Ocidental e Espinhaço
2005. Setentrional, Bahia (Projeto Barra-Oliveira dos Brejinhos).
In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 44., 2008,
LOON, A. J. V.; BRADZIKOWSKI, K. Problems and
Curitiba, PR. Anais... Curitiba, PR: SBG, 2008. p. 99.
progress in the research on soft-sediment deformations.
Sedimentary Geology, Amsterdam, v. 50, p.167-193, 1987. LOUREIRO, H. S. C.; SANTOS, R. A. Estatigrafia: folha
Mundo Novo. In: LOUREIRO, H. S. C. (Org.). Mundo
LOPES, C. A. M. Algumas características geológicas e
Novo, folha SC.24-Y-D-IV: Estado da Bahia: texto
geoquímicas das mineralizações de ouro da jazida da
explicativo. Brasília, DF: DNPM, 1991. p. 18-21. Programa
Fazenda Brasileiro, Bahia. 1982. 99 f. Tese (Doutorado em
Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil. Convênio
Geologia)-Instituto de Geociências, Universidade Federal
DNPM-CPRM.
da Bahia, Salvador, 1982.
Luciano, R. L. Mapeamento geológico do embasamento
LOPES, G. A. C. Projeto Guajeru. Salvador: CBPM, 2002. v. 1.
granulítico da extremidade norte da bacia do Rio Pardo,
LOPES, G. A. C. Projeto investigação da metalogênese de Bahia, Brasil. 2010. 124 f. Dissertação (Mestrado em
granitóides da região de Vitória da Conquista. Salvador: Geologia)-Instituto de Geociências, Universidade Federal
CBPM, 1991. da Bahia, Salvador, 2010.
LOPES, J. N. et al. Projeto mapas metalogenéticos e de MAACK, R. Geologia e geografia física da bacia hidrográfica
previsão de recursos minerais: folha SC.24-Z-C, Tobias do Rio de Contas no Estado da Bahia. Boletim da
520 • G e olog i a da B a hi a
G eo lo g i a d a Ba h ia • 521
MAGNAVITA, L. P.; CUPERTINO, J. A. A new approach to MARINHO, M. M. et al. Geochronology of the Jequié -
the geologic configuration of the Lower Cretaceous Tucano Itabuna granulitic belt and Contendas - Mirante volcano
and Jatobá basins, Northeastern Brazil. Revista Brasileira sedimentary belt. In: PEDREIRA, A. J. (Ed.). Petrologic and
de Geociências, São Paulo, v. 18, n. 2, p. 222-230, 1988. geochronologic evolution of the São Francisco Craton,
Brazil. Salvador: CBPM, 1992. p. 57-75. (International
MAGNAVITA, L. P.; DAVISON, I.; KUSZNIR, N. J. Rifting,
Geological Correlation Programme - IGCP Project 280).
erosion, and uplift history of the Recôncavo-Tucano-Jatobá
rift, Northeast, Brazil. Tectonics, Washington, v. 13, n. 2, p. MARINHO, M. M. et al. Geochronology of the Jequié-
367-388, 1994. Itabuna granulitic belt and the Contendas Mirante
volcano-sedimentary belt. Boletim IG-USP. Publicação
MAGNAVITA, L. P.; SILVA, R. R. da; SANCHES, C. P. Guia de
especial, São Paulo, v. 17, p. 73-96, 1994.
campo da Bacia do Recôncavo, NE do Brasil. Boletim de
Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 13, n. 2, p. 301- MARINHO, M. M. et al. Geologia e potencial cromitífero do
334, 2005. Edição especial “Bacias Rifte”. Vale do Jucurici-Bahia. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
GEOLOGIA, 34., 1986, Goiânia. Anais... Goiânia: SBG, 1986. v.
MAIER, W. D.; BARNES, S. J. The origin of Cu sulfide
5, p. 2074-2088.
deposits in the Curaçá Valley, Bahia Brazil: evidence from
Cu, Ni, Se, and platinum-group element concentration. MARINHO, M. M. et al. Magmatismo alcalino Neoarqueano
Economic Geology, Lancaster, US, v. 94, n. 2, p. 165-183, no Cráton do São Francisco, Bahia: Pluton Pé de Serra.
1999. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 44., 2008,
Curitiba. Anais... Curitiba: SBG, 2008. p. 579.
Manatschal, G. New models for evolution of magma-
poor rifted margins based on a review of data and concepts MARINHO, M. M. et al. Projeto Anagé-Caldeirão: relatório
from West Iberia and the Alps. International Journal of final. Salvador: CBPM, 1980.
Earth Sciences, New York, v. 93, n. 3, p. 432-466, 2004.
MARINHO, M. M. et al. Projeto Contendas-Mirante:
MANDETTA, P. Aspectos geológicos e petrogenéticos das relatório final, 1. Salvador: CBPM, 1979.
associações máfico-ultramáficas da região de Caraíba,
MARINHO, M. M. Geologia do médio Rio de Contas:
Vale do Curaça/BA. 1986. 139 f. Dissertação (Mestrado em
domínio do complexo vulcânico - sedimentar Contendas
Geologia)- Instituto de Geociências, Universidade Federal
- Mirante, folhas Tanhaçu e Vista Nova. Salvador: CPM,
da Bahia, Salvador, 1986.
1982. Inclui 2 mapas. (Carta Geológica do Estado da Bahia,
MANNA, S. S.; SEN, S. K. Origin of garnet in the basic escala 1:50.000, 1).
granulite around Saltora, W. Bengal, India. Contributions
MARINHO, M. M.; BARBOSA, J. S. F.; VIDAL, P. O
to Mineralogy and Petrology, Berlin, v. 44, n. 3, p. 195-218,
embasamento do Cráton do São Francisco no sudeste da
1974.
Bahia: revisão geocronológica. In: SIMPOSIO SOBRE O
MANTESSO-NETO, V. et al (Org.). Geologia do continente CRÁTON DO SAO FRANCISCO, 2., 1993, Salvador. Anais...
sul-americano: evolução da obra de Fernando Flávio Salvador: SBG, SGM, 1993. p. 12-16.
Marques de Almeida. São Paulo: Beca, 2004. 673 p.
MARINHO, M. M.; ROCHA, G. M. F.; SILVA, O. A. da. Projeto
MARIMON, M. P. C. Petrologia e litogeoquímica da Vale do Jacurici: relatório final. Salvador: SGM, 1986. 5 v.
seqüência plutono-vulcanosedimentar de Brejo Seco,
522 • G e olog i a da B a hi a
G eo lo g i a d a B a h ia • 523
MASCARENHAS, J. F. Evolução geotectônica do pré- Matos, R. M. D. The Northeastern Brazilian rift system.
cambriano do Estado da Bahia. In: INDA, H. A. V. (Org.). Tectonics, Washington, US, v. 11, n. 4, p. 766-791, 1992.
Geologia e recursos minerais do Estado da Bahia. Salvador:
MAURIN, J. C. La chaîne panafricaine ouest-congolienne:
Secretaria das Minas e Energia, 1979. v. 2, p. 57-165.
corrélation avec le domain est-brésilien et hypothese
MASCARENHAS, J. F.; CONCEIÇÃO FILHO, V. M.; GRIFFON, géodynamique. Bulletin de la Société Géologique de
J. C. Contribuição à geologia do Grupo Jacobina na região France, Paris, v. 164, p. 51-60, 1993.
de Pindobaçú. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA,
MAURO, M. et al. GDS (Geomagnetic Depth Sounding) in
37., 1992, São Paulo. Boletim de resumos expandidos... São
Italy: applications and perspectives. Annals of Geophysics,
Paulo: SBG, 1992. v. 2, p. 141-142.
Bolonha, Itália, v. 41, n. 3, p. 477-490, 1998.
524 • G e olog i a da B a hi a
MCCONNELL, R. B. Geological development of the rift MELLO, E. F. et al. Age constraints of felsic intrusions,
system of eastern Africa. Geological Society of America metamorphism, deformation and gold mineralization in
Bulletin, New York, v. 83, n. 9, p. 2549-2572, 1972. the paleoproterozoic Rio Itapicuru greenstone belt, NE
Bahia State, Brazil. In: INTERNATIONAL GEOLOGICAL
MCCRORY, V. L. C.; WALKER, R. G. A storm and tidally
CONGRESS, 31., 2000, Rio de Janeiro. Abstract… Rio de
influenced prograding shoreline- upper Cretaceous
Janeiro: CPRM, 2000. 1 CD-ROM.
Milk River Formation of southern Alberta, Canada.
Sedimentology, Oxford, v. 33, p. 47-60, 1986. MELLO, E. F. X. et al. Age constraints on felsic intrusions,
metamorphism and gold mineralisation in the
MCKENZIE, D. P. et al. Planform of mantle convection
Paleoproterozoic Rio Itapicuru greenstone belt, NE Bahia
beneath the Pacific Ocean. Nature, London, v. 288, p. 442-
State, Brazil. Mineralium Deposita, Berlin, v. 40, n. 8, p.
446, 1980.
849-866, 2006.
MCKENZIE, D. P. Some remarks on the development of
MELLO, M. R. et al. Organic geochemical characterisation
sedimentary basins. Earth and Planetary Science Letters,
of depositional palaeoenvironments of source rocks and
Amsterdam, v. 40, p. 25-32, 1978.
oils in Brazilian marginal basins. Organic Geochemistry,
MEDEIROS, E. L. M. et al. Estudos geológicos preliminares Oxford, v. 13, n. 1-3, p. 31-45, 1988.
do complexo Santa Isabel na região de Urandi, Bahia. In:
MELLO, M. R. et al. Selected petroleum systems in Brazil.
CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 45., 2010, Belém.
In: MAGOON, L. B.; DOW, W. G. (Ed). The petroleum system
Anais... Belém: SBG, 2010. p. 8.
- from source to trap. Memoir. American Association of
MEDEIROS, E. L. M. et al. Ortognaisses migmatiticos do Petroleum Geologists, Menasha, US, v. 60, p. 499-512, 1994.
complexo Santa Isabel na região de Urandi-Guanambi,
MELO JÚNIOR, G. Gênese da mineralização aurífera de
Bahia: análise estrutural, geocronologia e implicações
Jacobina, Bahia: uma hipótese alternativa. In: SIMPÓSIO
tectônicas. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE ESTUDOS
SOBRE O CRÁTON DO SÃO FRANCISCO, 2., 1993, Salvador.
TECTÔNICOS,13.; INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON
Anais... Salvador: SBG, 1993. p. 334-336.
TECTONICS, 7., 2011, Campinas. Anais... Campinas, SP: SBG,
2011. 1 CD-ROM. MELO, R. C. de (Org.). Pintadas, folha SC.24-Y-D-V:
Estado da Bahia: texto explicativo. Salvador: CPRM, 1991.
MEHNERT, K. R. Migmatites and the origin of granitic
Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil.
rocks. Amsterdam: Elsevier, 1968.
MELO, R. C. de; LOUREIRO, H. S. C.; PEREIRA, L.
MEISLING, K. E.; COBBOLD, P. R.; MOUNT, V. S.
H. M. Serrinha, folha SC.24-Y-D: Estado da Bahia,
Segmentation of an obliquely rifted margin, Campos and
escala 1:250.000. Brasília, DF: CPRM, 1995. Programa
Santos basins, southeastern Brazil. American Association
Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil.
of Petroleum Geologists Bulletin, Tulsa, US, v. 85, n. 11, p.
1903-1924, 2001. MENDES, J. C.; AMARAL, S. E. Geologia. In: ENCICLOPÉDIA
Mirador Internacional. São Paulo: Encyclopaedia
Meissner, R. The mosaic of terranes in Central Europe
Britannica do Brasil, 1981. v. 10, p. 5261-5273.
as seen by deep reflection studies. In: Mohriak, W. U.;
TALWANI, M. (Ed.). Atlantic rifts and continental margins. MENDES, J. C.; PETRI, S. Geologia do Brasil. Rio de Janeiro:
Washington, DC: AGU, 2000. p. 33-55. (Geophysical Instituto Nacional do Livro, 1971. (Enciclopédia Brasileira.
Monograph Series, 115). Biblioteca Universitária. Geociências / Geologia, 9).
G eo lo g i a d a Ba h ia • 525
526 • G eolog i a da B a hi a
Minervino Netto, A. Morfologia e sedimentologia da MODISI, M.P. Fault system of the southeastern boundary
plataforma continental entre os rios Itariri e Itapicuru, of the Okavango Rift, Botswana. Journal of African Earth
litoral norte do Estado da Bahia. 2002. 136 f. Dissertação Sciences, Oxford, v. 30, p. 569-578, 2000.
(Mestrado em Geologia)-Instituto de Geociências,
Mohriak, W. U. et al. Deep seismic reflection profiling of
Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2002.
sedimentary basins offshore Brazil: geological objectives
MIRANDA, L. L. F. de; SOARES, J. V.; MOREAS, A. M. V. de. and preliminary results in the Sergipe Basin. Journal of
Geologia da região de Ubaíra-Santa Inês. In: CONGRESSO Geodynamics, Oxford, v.20, p.515-539, 1995.
BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 32., 1982, Salvador. Anais…
Mohriak, W. U. Interpretação geológica e geofísica
Salvador: SBG, 1982. v. 1, p. 246-259.
da bacia do Espírito Santo e da região de Abrolhos:
MISI, A. et al. The Neoproterozoic successions of the petrografia, datação radiométrica e visualização sísmica
São Francisco Craton and their glaciogenic units in the das rochas vulcânicas. Boletim de Geociências da
Bambui/Una and in the Vaza Barris/Miaba groups. In: Petrobras, Rio de Janeiro, v. 14, n. 1, p. 133- 142, 2006.
INTERNATIONAL GEOLOGICAL CONGRESS, 33., 2008, Oslo.
Mohriak, W. U. Arquitetura crustal e geometria do rift no
Abstracts... Oslo: [IGC], 2008. Disponível em: <http://www.
Atlântico Sul: implicações para a interpretação de sistemas
cprm.gov.br/33IGC/1340926.html>. Acesso em: 25 set.
petrolíferos na margem leste brasileira e oeste africano.
2009.
2000. Trabalho apresentado no Simpósio de Geofísica da
MISI, A. et al. Mapa metalogenético digital do Estado da Petrobras, 7., 2000, Salvador.
Bahia. Salvador: DNPM/CBPM, 2006. 1 CD-ROM.
Mohriak, W. U. Bacias sedimentares da margem
MISI, A.; VEIZER, J. Neoproterozoic carbonate sequences of continental brasileira. In: BIZZI, L. A. et al (Ed.). Geologia,
the Una Group, Irecê Basin, Brazil: chemostratigraphy, age tectônica e recursos minerais do Brasil. Brasília, DF: CPRM,
and correlations. Precambrian Research, Amsterdam, v. 2002. cap. 3, p. 87-165.
89, p. 87-100, 1998.
Mohriak, W. U. et al. Crustal architecture, sedimentation,
MIYANO, T.; KLEIN, C. Fluid behavior and phase relations and petroleum systems in the Sergipe-Alagoas Basin,
in the system Fe-Mg-Si-C-O-H: application to high grade Northeastern Brazil. In: MELLO, M. R.; KATZ, B. J. (Ed.).
metamorphism of iron-formations. American Journal of Petroleum systems of South Atlantic margins. Tulsa,
Science, New Haven, US, v. 286, p. 540-575, 1986. OK: AAPG, 2000. p. 273-300. (American Association of
Petroleum Geologists Memoir, 73).
MIZUSAKI, A. M. P. et al. Mesozoic and Cenozoic igneous
activity and its tectonic control in northeastern Brazil. Mohriak, W. U. et al. Deep seismic survey of Brazilian
Journal of South American Earth Sciences, Oxford, v. 15, n. passive basins: the Northern and Northeastern regions.
2, p. 183-198, 2002. In: INTERNATIONAL CONGRESS OF THE BRAZILIAN
GEOPHYSICAL SOCIETY, 3., 1993, Rio de Janeiro. Expanded
MIZUSAKI, A. M. P.; THOMAZ FILHO, A. O magmatismo
abstracts... Rio de Janeiro: SBGf, 1993. v. 2, p. 1134-1139.
pós-paleozóico no Brasil. In: MANTESSO NETO,V. et al.
(Org). Geologia do Continente Sul-americano: evolução da Mohriak, W. U. et al. Salt tectonics and structural styles
obra de Fernando Flávio Marques de Almeida. São Paulo: in the deep-water province of the Cabo Frio region, Rio
Becca, 2004. cap. 17, p. 281-291. de Janeiro, Brazil. In: JACKSON, M. P. A.; ROBERTS, D.G.;
SNELSON, S. (Ed.). Salt tectonics: a global perspective.
MIZUSAKI, A. M. P.; THOMAZ FILHO, A.; CESERO, P. de.
Tulsa, OK: AAPG, 1995. p. 273-304. (American Association
Ages of the magmatism and the opening of the South
of Petroleum Geologists Memoir, 65).
Atlantic Ocean. Pesquisas em Geociências, Porto Alegre,
RS, v. 25, n. 2, p. 47-57, 1998. Mohriak, W. U. et al. Volcanic provinces in the Eastern
Brazilian margin: geophysical models and alternative
G eo lo g i a d a B a h ia • 527
528 • G e olog i a da B a hi a
MORAES, J. F. S. Petrologia das máficas e ultramáficas MOULIN, M.; ASLANIAN, D.; UNTERNEHR, P. A new
da seqüência vulcano-sedimentar de Monte Orebe, PE-PI. starting point for the South and Equatorial Atlantic Ocean.
1992. 98 f. Dissertação (Mestrado em Geologia)-Instituto Earth-Science Reviews, Amsterdam, v. 98, n. 1-2, p. 1-37,
de Geociências, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2010.
1992.
MÜELLER, R. D. et al. Digital isochrons of the world’s ocean
MORAES, L. C. (Org). Projeto Brumado - Caetité: relatório floor. Journal of Geophysical Research, Washington, US, v.
final, 1ª fase. Salvador: CPRM, 1980. 9 v. Inclui mapas. 102, n. B2, p. 3211-3214, 1997.
Convênio DNPM-CPRM.
MÜLLER, A. Rapakivi granites. Geology Today, Oxford, GB,
MORAES, L. J.; GUIMARÃES, D. Geologia da região v. 23, p. 114-120, 2007.
diamantífera do norte de Minas Gerais. Anais da Academia
MURAKOSHI, N.; MASUDA, F. A depositional model
Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, v. 2, n. 3, p. 153-186,
for a flood tidal delta and washover sands in the late
1930.
Pleistocene Paleo-Tokio Bay, Japan. In: SMITH, D. G.
MORAIS NETO, J. M.; ALKMIM, F. F. A deformação das et al (Ed.). Clastic tidal sedimentology. [Calgary, CA]:
coberturas terciárias do planalto da Borborema (PB-RN) e CSPG, 1991. p. 219-226. (Canadian Society of Petroleum
seu significado tectônico. Revista Brasileira de Geociências, Geologists Memoir, 16).
São Paulo, v. 31, n. 1, p. 95-106, 2001.
MUTTER, J. C. Seaward dipping reflectors and the
MOREIRA, M. D.; SILVA, R. W. S. Projeto avaliação das continent-ocean boundary at passive continental margins.
mineralizações de esmeralda de Carnaíba: (1ª etapa, 2000 Tectonophysics, Amsterdam, v. 114, p. 117-131, 1985.
e 2ª etapa, 2005). Salvador: CBPM, 2006. 2 v.
Mutter, J. C.; TALWANI, M.; STOFFA, P. L. Origin of
MORLEY, C. K. et al. Transfer zones in the East African rift seaward-dipping reflectors in oceanic crust off the
system and their relevance to hydrocarbon exploration Norwegian margin by “subaerial sea-floor spreading”.
in rifts. American Association of Petroleum Geologists Geology, Boulder, v. 10, n. 7, p. 353-357, 1982.
Bulletin, Tulsa, OK, v. 74, p. 1234-1253, 1990.
MYERS, J. S. The generation and assembly of an Archaean
MORLEY, C. K. How successful are analogue models in supercontinents: evidence from the Yilgarn Craton,
addressing the influence of preexisting fabrics on rift Western Australia. In: COWARD, M. P.; RIES, A. C. (Ed.).
structure? Journal of Structural Geology, Amsterdam, v. 21, Early Precambrian processes. London: Geological Society,
p. 1267–1274, 1999a. 1995. p. 143-154. (Geological Society. Special Publication,
95).
MORLEY, C. K. Influence of preexisting fabrics on rift
structure. In: MORLEY, C. K. (Ed.). Geoscience of rift MYERS, J. S.; KRÖNER, A. Archaean tectonics. In:
systems: evolution of East Africa. Tulsa, OK : American HANCOCK, P. L. (Ed.). Continental deformation. Oxford:
Association of Petroleum Geologist, 1999b. p. 151-160. Pergamon Press, 1994. p. 355-369.
(AAPG Studies in Geology, 44).
G eo lo g i a d a Ba h ia • 529
530 • G eolog i a da B a hi a
G eo lo g i a d a Ba h ia • 531
OLIVEIRA, A. P. et al. Pedogênese de espodossolos em OLIVEIRA, E. P. et al. Evidence from detrital zircon
ambientes do Grupo Barreiras e restinga do sul da Bahia. geochronology and whole-rock Sm-Nd isotopes for off-
In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO, 31., craton provenance of clastic metasedimentary units of
2007, Gramado. Anais... Gramado, RS: Sociedade Brasileira the Sergipano belt, NE Brazil. In: SIMPÓSIO NACIONAL
de Ciência do Solo, 2007. DE ESTUDOS TECTÔNICOS, 10., 2005, Curitiba. Boletim de
resumos expandidos... Curitiba: SBG, 2005. p. 308-311.
Oliveira, E. P. de. Petrogenesis of mafic-ultramafic rocks
from the Precambrian Curaçá Terrane, Brazil. 1990. 287 OLIVEIRA, E. P. et al. Geologic correlation between the
f. Thesis (Philosophycal Doctor)-University of Leicester, Neoproterozoic Sergipano belt (NE Brazil) and the Yaoundé
Leicester, UK, 1990. schist belt (Cameroon, Africa). Journal of African Earth
Sciences, Oxford, v. 44, n. 4-5, p. 470-478, Apr. 2006.
Oliveira, E. P. de et al. Precise new U-Pb ages of
Precambrian mafic dykes and sills from the São Francisco OLIVEIRA, E. P. et al. SHRIMP U-Pb age of the basement to
Craton, Brazil, and their tectonic and metallogenetic the Rio Itapicuru Greenstone Belt, NE São Francisco craton.
implications. In: Gondwana, 14., 2011, Búzios. [Oral In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 41., João
presentations]. Rio de Janeiro: Petrobras, 2011. Pessoa. Anais... João Pessoa: SBG, 2002.
Oliveira, E. P. de. Petrogenesis of Middle Proterozoic mafic OLIVEIRA, E. P. et al. The birth of the Rio Itapicuru
dykes in the São Francisco Craton, Brazil: implications for greenstone belt, Bahia-Brazil, at a Palaeoproterozoic
a fossil mantle plume beneath the Northern Espinhaço magma-poor rifted continental margin - a working
Range. Boletim IG-USP, v. 10, p. 17-25, 1991. Publicações hypothesis. In: Simpósio Nacional de Estudos
Especiais. Tectônics, 11., 2007, Natal. Anais... Natal: SBG, 2007a. p.
122-124.
Oliveira, E. P. de. Secular variation in the composition of
brazilian mafic dyke swarms: preliminary results. Boletim OLIVEIRA, E. P. et al. The Rio Capim volcanic-plutonic-
IG-USP. Série Científica, São Paulo, v. 19, p. 33-37, 1989. sedimentary belt, São Francisco Craton, Brazil: geological,
geochemical and isotopic evidence for oceanic arc
Oliveira, E. P. de. The late Archaean Uauá mafic dyke
accretion during Palaeoproterozoic continental collision.
swarms, São Francisco Craton, Brazil, and implications
Gondwana Research, Osaka, JP, v. 19, n. 3, p. 735-750, 2011.
for Paleoproterozoic extrusion tectonics and orogen
reconstruction. In: Srivastava, R. K. (Org.). Dyke swarms: OLIVEIRA, E. P. et al. The Santa Luz chromite - peridotite
keys for geodynamic interpretation. Heidelberg: Springer- and associated mafic dykes, Bahia - Brazil: remnants of a
Verlag, 2011. chap. 2, p. 19-32. transitional - type ophiolite related to the Paleoproterozoic
(>2.1 Ga) Rio Itapicuru greenstone belt? Revista Brasileira
Oliveira, E. P. de; Tarney, J. Processes versus source
de Geociências, São Paulo, v. 37, n. 4, p. 28-39, dez. 2007b.
characteristics in the genesis of the Middle Proterozoic
O Cráton do São Francisco. Suplemento.
Curaçá dykes, northeastern Brazil. In: International
Symposium on Mafic Dykes, 1990, São Paulo. Extended OLIVEIRA, E. P. et al. U - Pb SHRIMP age of the Caraíba,
abstracts… São Paulo: SBGq, 1990. p. 81-83. Medrado and S. José do Jacuípe Mafic - Ultramafic
complexes, paleoproterozoic Itabuna - Salvador - Curaça
OLIVEIRA, E. P. de; KNAUER, L. G. Corpos máficos e
Oregen São Francisco Craton, Brazil. In: SOUTH AMERICAN
ultramáficos do Cráton do São Francisco. In: DOMINGUEZ,
SYMPOSIUM ON ISOTOPE GEOLOGY, 4., 2003, Salvador.
J. M. L.; MISI, A. (Ed.). O Cráton do São Francisco. Salvador:
Short papers... Salvador: SSAGI, 2003. p. 752-754.
SBG, 1993. p. 119-136.
OLIVEIRA, E. P. et al. Zircon geochronology and Sm-Nd
OLIVEIRA, E. P. et al. Contrasting copper and chromium
isotope geochemistry constraints on the provenance of
metallogenic evolution of terranes in the Palaeoproterozoic
metasedimentary rocks of the Neoproterozoic Sergipano
Itabuna-Salvador-Curaçá Orogen, São Francisco Craton,
Belt, Brazil. No prelo.
Brazil: new zircon (SHRIMP) and Sm-Nd (model) ages and
532 • G e olog i a da B a hi a
OLIVEIRA, E. P. The Palaeoproterozoic Uauá mafic dyke OLIVEIRA, E. P.; MELLO, E. F.; MCNAUGHTON, N. T.
swarm, São Francisco Craton, Brazil and implications Reconnaissance U-Pb geochronology of early Precambrian
for orogen reconstruction. In: INTERNATIONAL DYKE quartzites from the Caldeirão belt and their basement, NE
CONFERENCE, 6., 2010, Varanasi. Abstracts... Varanasi: A.S. São Francisco Craton, Bahia, Brazil: implications for the
Prints and Stationers, 2010. p. 104-104. early evolution of the Palaeoproterozoic Salvador-Curaçá
Orogen. Journal of South American Earth Sciences, Oxford,
OLIVEIRA, E. P.; CARVALHO, M. J. de; MCNAUGHTON,
v. 15, n. 3, p. 349-362, 2002.
N. J. Evolução do segmento norte do Orógeno Itabuna-
Salvador-Curaçá: cronologia da acresção de arcos, colisão OLIVEIRA, E. P.; TARNEY, J. Genesis of the copper-rich
continental e escape de terrenos. Geologia USP. Série Caraiba norite-hypersthenite complex, Brazil. Mineralium
Cientifica, São Paulo, v. 4, n. 1, p. 41-53, 2004. Deposita, Berlin, v. 30, p. 351-373, 1995.
OLIVEIRA, E. P.; CARVALHO, M. J. de; MCNAUGHTON, N. OLIVEIRA, E. P.; TARNEY, J. Petrogenesis of the Canindé do
J. Evolution of the Neoproterozoic Sergipano orogenic São Francisco complex: a major late Proterozoic gabbroic
belt, NE Brazil: detrital zircon geochronology and Sm- body in the Sergipano fold belt, NE Brazil. Journal of South
Nd isotopes on metasedimentary rocks unravel part American Earth Sciences, Oxford, v. 3, n. 2-3, p. 125-140,
of the story. In: SIMPÓSIO SOBRE O CRÁTON DO SÃO 1990.
FRANCISCO, 3., 2005. Salvador. Anais... Salvador: CBPM,
OLIVEIRA, E. P.; WINDLEY, B. F.; ARAÚJO, M. N. C. The
UFBA, SBG, 2005. p. 166-169.
Neoproterozoic Sergipano orogenic belt, NE Brazil: a
OLIVEIRA, E. P.; LAFON, J. M. Age of ore-rich Caraíba and complete plate tectonic cycle in western Gondwana.
Medrado, Bahia, Brazil. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE Precambrian Research, Amsterdam, v. 181, n. 1-2, p. 64-84,
GEOQUIMICA, 5., 1995, Niterói. Anais... Niterói: UFF; SBGq, 2010.
1995. 1 CD-ROM.
OLIVEIRA, J. E.; BARBOSA, J. S. F.; ARCANJO, J. B. A.
OLIVEIRA, E. P.; LAFON, J. M.; SOUZA, Z. S. Archean- Petrografia e petroquímica dos granulitos da região de
Proterozoic transition in the Uauá Block, NE São Francisco Itabuna, Bahia. Revista Brasileira de Geociências, São
Craton, Brazil: U-Pb, Pb-Pb and Nd isotope constraints. In: Paulo, v. 23, n. 4, p. 356-369, 1993.
SIMPÓSIO NACIONAL DE ESTUDOS TECTÔNICOS, 7., 1999,
OLIVEIRA, L. L. de et al. Complexo alcalino neoproterozóico
Lençóis. Anais... Lençois, BA: SBG, 1999. v. 1, p. 38-40.
de Floresta Azul: exemplo de um intrusão composta no sul
OLIVEIRA, E. P.; LAFON, J. M. Idade dos complexos da Bahia. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 41.,
máfico-ultramáficos mineralizados de Caraíba e Medrado, 2002, João Pessoa. Anais... João Pessoa: SBG, 2002. p. 543.
Bahia, por evaporação de Pb em zircão. In: CONGRESSO
OLIVEIRA, L. L. et al. Geochronology of Cansanção Massif
BRASILEIRO DE GEOQUÍMICA, 5.; CONGRESSO DE
by 207Pb/206 evaporation method, northeastern of Bahia
G eo lo g i a d a Ba h ia • 533
OLIVEIRA, N. S. (Org.). Projeto avaliação de recursos PADILHA, A. V. Estruturas tectônicas da folha SC-24-Y-D-
minerais na região de Casa Nova, Pilão Arcado: texto e II. In: SAMPAIO, A. R. (Org.). Gavião, folha SC-24-Y-D-II:
mapas. Salvador: CBPM, 2009. 2 v. Inclui mapas. Estado da Bahia, escala 1:100.000. Brasília, DF: DNPM,
CPRM, 1992. cap. 3, p. 51-57. Programa de Levantamentos
OLIVEIRA, O. M. C. de et al. Análise de variância aplicada
Geológicos Básicos do Brasil.
ao estudo da distribuição de metais pesados em
sedimentos de manguezais da Baía de Camamú - BA. In: PADILHA, A. V. et al. O ciclo Jequié no sudeste da Bahia:
CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 40., 1998, Belo uma colisão arco de ilhas - continente no Arqueano
Horizonte. Anais... Belo Horizonte: SBG, 1998. p. 235. Superior. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 36.,
1990, Natal. Boletim de resumos... Natal: SBG, 1990. v. 1, p.
OLIVEIRA, P. E.; RAMOS, J. R. A. Geologia das quadrículas
345.
de Recife e Pontas de Pedra. Rio de Janeiro: DNPM, DGM,
1956. p. 1-60. (Boletim, 151). PADILHA, A. V.; MELO, R. C. de. Evolução geológica.
In: MELO, R. C. de (Org.). Pintadas, folha SC.24-Y-D-V.
OLIVEIRA, R. C. L. M. de. Idade, petrografia e geoquímica
do magmatismo anorogênico criogeniano e toniano no
534 • G eolog i a da B a hi a
PAIM, M. M. Petrologia da intrusão sienítica potássica de PEARCE, J. A. et al. Geochemical evidence for subduction
Cara Suja (sudoeste da Bahia). 1998. 148 f. Dissertação fluxes, mantle melting and fractional crystallization
(Mestrado em Geoquímica e Meio Ambiente)-Instituto de beneath the South Sandwich island arc. Journal of
Geociências, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Petrology, Oxford, v. 36, n. 4, p. 1073-1109, 1995.
1998.
PEARCE, J. A.; CANN, J. R. Tectonic setting of basic volcanic
PAIXÃO, M. A. P. Geologia e potencial metalogenético rocks determined using trace element analyses. Earth and
do Complexo Anortosítico-Leucogabróico de Lagoa da Planetary Science Letters, Amsterdam, v. 19, n. 2, p. 290-
Vaca, município de Curaçá, Bahia. 1996. 131 f. Dissertação 300, 1973.
(Mestrado em Geociências)–Instituto de Geociências,
PEARCE, J. A.; HARRIS, N. B. W.; TINDLE, A. G. Trace
Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1996.
element discrimination diagrams for the tectonic
PAIXÃO, M. A. P.; OLIVEIRA, E. P. The Lagoa da Vaca interpretation of granitic rocks. Journal of Petrology,
complex: an Archaean layered anorthosite body on the Oxford, v. 25, n. 4, p. 956-983, 1984.
western edge of the Uauá Block, Bahia, Brazil. Revista
PEARCE, J. A.; NORY, M. J. Petrogenetic implications of Ti,
Brasileira de Geociências, São Paulo, v. 28, n. 2, p. 201-208,
Zr, Y e Nb variations in volcanic rocks. Contributions to
1998.
Mineralogy and Petrolology, Berlin, v. 69, p. 33-47, 1979.
PAIXÃO, M. M.; PERRELLA, P. Mapeamento geológico da
PEDREIRA, A. J. Geotectônica da faixa Jacobina/Contendas
área do contato entre o Maciço Granítico Salto da Divisa e
Mirante (BA). 1991. Trabalho apresentado na disciplina
o Complexo Jequitinhonha, nordeste de Minas Gerais. 2004.
Seminários Gerais II, Instituto de Geociências, Universidade
196 f. Trabalho Final de Curso (Bacharelado em Geologia)-
de São Paulo, São Paulo, 1991.
Departamento de Geologia, Universidade Federal de Minas
Gerais, Belo Horizonte, 2004. PEDREIRA, A. J. (Comp.). Geologia e recursos minerais da
Bacia metassedimentar do Rio Pardo, Bahia. Salvador:
Palagi, P. R. Evaporitos no Brasil e na América do Sul.
CBPM, 1996. (Série Arquivos Abertos, 11).
In: Mohriak, W. U.; SZATMARI, P.; ANJOS, S. M. C. Sal:
geologia e tectônica. São Paulo: Beca, 2008. p. 188-207. PEDREIRA, A. J. Carta geológica do Brasil ao milionésimo:
folha Salvador SD.24. Brasília, DF: DNPM, 1976a.
Palma, J. J. C. Fisiografia da área oceânica. In:
SCHOBBENHAUS, C. et al (Ed.). Geologia do Brasil. Brasília, PEDREIRA, A. J. Estrutura da bacia metassedimentar
DF: MME, DNPM, 1984. p. 441. do Rio Pardo, Brasil. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
GEOLOGIA, 29., 1976, Ouro Preto. Anais... Belo Horizonte:
PARSONS, M. et al. A tale of three methods: volcanics in
SBG, 1976b. p. 157-168.
the Abrolhos Bank, Brazil. In: INTERNATIONAL CONGRESS
OF THE SOCIETY OF EXPLORATION GEOPHYSICISTS, 7., PEDREIRA, A. J. et al. Levantamento geológico da bacia
2001, Salvador. Expanded abstracts... Salvador: SBGf, 2001. metassedimentar do Sul da Bahia. In: CENTRO DE
p. 52-53. PESQUISAS DO CACAU. Informe técnico. Itabuna, BA:
CEPLAC, 1967. p. 113-118.
PASSCHIER, C. W.; TROUW, R. A. J. Microtectonics. Berlim:
Springer-Verlag, 1996. PEDREIRA, A. J. et al. Projeto Bacia de Irecê II: relatório
final. Salvador: CPRM, 1987. 2 v. Relatório interno.
PASSOS, P. C. D. Estudos sobre as potencialidades
e especializações metalogenéticas dos granitóides PEDREIRA, A. J. et al. Projeto Bahia II: relatório final.
paleoproterozóicos da região centro-norte da Serra de Salvador: CPRM, 1975a. 5 v.
Jacobina/Bahia, compreendendo os corpos de Campo PEDREIRA, A. J. et al. Projeto Bahia: geologia da Bacia
Formoso, Carnaíba, Jaguarari e Flamengo. 2008. 103 do Rio de Contas: relatório final. Salvador: CPRM, 1975b.
f. Trabalho Final de Curso (Bacharelado em Geologia)- Convênio DNPM-CPRM.
Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia,
2008.
G eo lo g i a d a Ba h ia • 535
536 • G eolog i a da B a hi a
PÉRON-PINVIDIC, G.; MANATSCHAL, G. The final rifting PINHO, I. C. A. Geologia dos metatonalitos/
evolution at deep magma-poor passive margins from metatrondhjemitos e granulitos básicos das regiões de
Iberia-Newfoundland: a new point of view. International Camamu-Ubaitaba-Itabuna, Bahia. 2005. 156 f. Tese
Journal of Earth Sciences, New York, v. 98, n. 7, p. 1581- (Doutorado em Geologia)-Instituto de Geociências,
1597, 2008. Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2005.
PETERSHON, E. Nona rodada de licitações, Bacia do PINTO, C. P.; MARTINS NETO, M. A. (Ed.). Bacia do São
Parnaíba. 2009. Disponível em: <http://www.anp. Francisco: geologia e recursos minerais. Belo Horizonte:
gov.br/brnd/round9/round9/palestras/Parnaiba%20 SGM, 2001a.
(portugu%C3%AA).pdf>. Acesso em: 20 dez. 2009.
PINTO, C. P.; MARTINS NETO, M. A. A bacia intracratônica
PETRI, S. et al. Código brasileiro de nomenclatura do São Francisco: arcabouço estrutural e cenários
estratigráfica. Revista Brasileira de Geociências, São Paulo, evolutivos. In: PINTO, C. P.; MARTINS NETO, M. A. (Ed.).
v. 16, n. 4, p. 372-376, 1986. Bacia do São Francisco: geologia e recursos naturais. Belo
Horizonte: SBG, 2001b. cap. 2, p. 9-30.
PEUCAT, J. J. et al. 3.3 Ga SHRIMP U–Pb zircon age of a
felsic metavolcanic rock from the Mundo Novo greenstone PINTO, C. P.; PINHO, J. M. M.; SOUZA, H. A. Recursos
belt in the São Francisco Craton, Bahia (NE Brazil). Journal minerais e energéticos da bacia do São Francisco em
of South American Earth Sciences, Oxford, v. 15, p. 367-373, Minas Gerais: uma abordagem regional. In: PINTO, C.
2002. P.; MARTINS NETO, M. A. (Ed.). Bacia do São Francisco:
geologia e recursos minerais. Belo Horizonte: SGM, 2001.
PEUCAT, J. J. et al. Geochronology of granulites from the
cap. 7, p. 139-160.
south Itabuna-Salvador-Curaçá Block, Sâo Francisco
Craton (Brazil): Nd isotopes and U-Pb zircon ages. Journal PINTO, M. A. S. et al. Recycling of the Archaean continental
of South American Earth Sciences, Oxford, v. 31, p. 397-413, crust: the case study of the Gavião Block, Bahia, Brazil.
2011. Journal of South American Earth Science, Amsterdam, v.
11, n 5, p. 487-498, Sept. 1998.
Pianca, C.; Mazzini, P. L.; Siegle, E. Brazilian offshore
wave climate based on NWW3 reanalysis. Brazilian Journal PINTO, M. A. S. et al. A geração dos granitos do Bloco
of Oceanography, São Paulo, v. 58, n. 1, p. 53-70, 2010. Gavião: geocronologia e química isotópica. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE GEOLOGIA , 38., 1994, Camboriú. Anais...
PIMENTEL, M. M.; MACHADO, N.; LOBATO, L. M.
Camboriú, SC: SBG, 1994. p. 393-394.
Geocronologia U-Pb de rochas graníticas e gnáissicas da
região de Lagoa Real, Bahia, e implicações para a idade PINTO, M. A. S. Le recyclage de la croûte continentale
da mineralização de urânio. In: CONGRESSO BRASILEIRO archéenne: exemple du bloc du Gavião (Bahia - Brésil).
DE GEOLOGIA, 38., 1994, Camboriú. Boletim de resumos Rennes, FR : Géosciences Rennes, 1996. 193 p. (Mémoires
expandidos... Camboriú, SC: SBG, 1994. v. 2, p. 389-390. de Géosciences Rennes, 75).
Pinet, P.; Souriau, M. Continental erosion and large- PINTO, M. A. S. Petrogênese da associação plutônica
scale relief. Tectonics, Washington, US, v. 7, n. 3, p. 563-582, da região de Pé de Serra - Bahia - Brasil. 1992. 130 f.
1988. Dissertação (Mestrado em Geociências)-Instituto de
Geociências, Universidade Federal da Bahia, Salvador,
PINHEIRO, A. C. O. Geologia e petrografia do enxame
1992.
de diques máficos de Itapé, Bahia. 2009. 77 f. Trabalho
Final de Curso (Bacharelado em Geologia)-Instituto de PINTO, N. M. A. C. Determinações isótopicas de carbono
Geociências, Universidade Federal da Bahia, Salvador, e oxigênio em rochas metassedimentares do Grupo Rio
2009. Pardo - Bahia. 1977. 61 f. Dissertação (Mestrado em
G eo lo g i a d a Ba h ia • 537
PIRES, G. A. Estudos petrográficos das unidades Pollard, D. D.; Muller, O. H.; Dockstader, D. R. The
litoestratigráficos da parte central do greenstone belt do form and growth of fingered sheet intrusions. Geological
Capim, Bahia, Brasil. 2010. 70 f. Trabalho Final de Curso Society of America Bulletin, New York, v. 86, n. 3, p. 51-363,
(Bacharelado em Geologia)-Instituto de Geociências, 1975.
Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2010.
PONÇANO, W. L.; PAIVA FILHO, A. Diamictitos pré-
PLÁ CID, J. et al. The alkaline sílica-satured ultrapotassic cambrianos do Cráton de São Francisco e rochas
magmatism of the Riacho do Pontal fold belt, NE Brazil. associadas: Minas Gerais e Bahia. São Paulo: IPT, 1975.
Journal of South American Earth Science, Oxford, v. 13, n. 7, (Publicação 1050).
p. 661-683, 2000.
PONTE, F. C.; ASMUS, H. E. Geological Framework of the
PLÁ CID, J.; NARDI, L. V. S. Alkaline ultrapotassic a-type brazilian continental margin. International Journal of
granites derived from ultrapotassic syenite magmas Earth Sciences, New York, v. 67, n. 1, p. 201-235, 1978.
generated from metasomatized mantle. International
PONTE, F. C.; ASMUS, H. E. The brazilian marginal basins
Geology Review, Lawrence, KS, v. 48, p. 942-956, 2006.
- current state of knowledge. Anais da Academia Brasileira
PLÁ CID, J.; RIOS, D. C.; CONCEIÇÃO, H. Petrogenesis of de Ciências, Rio de Janeiro, v. 48, p. 215-240, 1976.
mica-amphibole-bearing lamprophyres associated with Suplemento.
the paleoproterozoic Morro do Afonso syenite intrusion,
PONTES, C. E. S. et al. Reconhecimento tectônico e
Eastern Brazil. Journal of South American Earth Sciences,
estratigráfico da bacia de Sergipe-Alagoas em águas
Oxford, v. 22, n. 1-2, p. 98-115, 2006.
profundas. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DA
PLÁ CID, J. Granitogênese alcalina de Campo Alegre SOCIEDADE BRASILEIRA DE GEOFÍSICA, 2., 1991, Salvador.
de Lourdes (norte da Bahia): petrografia, mineralogia Resumos expandidos... Salvador: SBGf, 1991. v. 2, p. 638-
e geoquímica. 1994. 232 f. Dissertação (Mestrado em 643.
Ciências)-Instituto de Geociências, Universidade Federal da
PORCHER, C. A. Geologia das quadrículas Ipupiara e
Bahia, Salvador, 1994.
Oliveira dos Brejinhos, Bahia. Recife: SUDENE, 1970.
PLINT, A. G.; NORRIS, B. Anatomy of a ramp margin Relatório interno.
sequence: facies successions, paleogeography and
PORCHER, C. A. Notas preliminares sobre a geologia da
sediment dispersal patterns in the Muskiki and
quadrícula Ipupiara-Bahia. Boletim de Estudos nº 1. Recife:
Marshybank formations, Alberta foreland basin. Bulletin of
SUDENE. Div. Doc., 1967. p. 9-12.
Canadian Petroleum Geology, Calgary, CA, v. 39, p. 18-42,
1991. PORTELA, A. C. P. et al. Projeto leste do Tocantins/oeste do
Rio São Francisco. Rio de Janeiro: CPRM, 1976.
PLUIJM, B. A. V. der; MARSHAK, S. Earth structure: an
introduction to structural geology and tectonics. New York: POWELL, R.; HOLLAND, T. J. B. On thermobarometry.
W.W. Norton, 1997. Journal of Metamorphic Geology, Oxford, v. 26, p. 155-179,
2008.
PLUIJM, B. A. V. der; MARSHAK, S. Earth structure: an
introduction to structural geology and tectonics. 2nd ed. PRADO, F. S.; VASCONCELOS, A. M.
London: W. W. Norton, 2004. Barra do Bonito, folha SC.24-V-A-IV: estados do Piauí
e Bahia: texto explicativo. Brasília, DF: DNPM, 1991.
POLAT, A. The geochemistry of neoarchean (ca. 2700 Ma)
Programa de Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil.
tholeiitic basalts, transitional to alkaline basalts, and
gabbros, Wawa Subprovince, Canada: implications for PRICE, G. P. Preferred orientations in quartzites. In: WENK,
petrogenetic and geodynamic processes. Precambrian H. R. (Ed.). Preferred orientations in deformed metals and
Research, Amsterdam, v. 168, p. 83-105, 2009. rocks: an introduction to modern texture analysis. [New
York]: Academic Press Inc., 1985. p. 385-406.
Pollard, D. D.; Holzhausen, G. On the mechanical
interaction between a fluid-filled fracture and the Earth´s
538 • G eolog i a da B a hi a
G eo lo g i a d a Ba h ia • 539
RICHARDSON, R. M.; COBLENTZ, D. D. Stress modeling in RIOS, D. C. et al. The Serrinha nucleus granite-greenstone
the Andes: constraints on the South American intraplate (NE Bahia, Brazil): the Precambrian history of a gold
stress magnitudes. Journal of Geophysical Research, mineralized terrane by U-Pb geochronology. In: JOINT
Washington, DC, v. 99, n. B11, p. 22.015-22.025, 1994. ASSEMBLY. The Meeting of the Americas, 2009. Toronto.
Abstract… [Toronto]: AGU, 2009b. GA13A-03-1.
RICHARDSON, S. W.; GILBERT, M. C.; BELL, P. M.
Experimental determination of the kyanite-andalusite and RIOS, D. C. Granitogênese no Núcleo Serrinha, Bahia,
andalusite-sillimanite equilibria; the aluminium silicate Brasil: geocronologia e litogeoquimica. 2002. 233 f.
triple point. American Journal of Science, New Haven, v. Tese (Doutorado em Geologia)-Instituto de Geociências,
267, n. 3, p. 259-272, 1969. Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2002.
RIMANN, E. T. A kimberlita no Brazil. Annaes da Escola da ROCHA, A. J. D. (Org.). Morro do Chapéu, SC.24-Y-C-V:
Minas, Ouro Preto, MG, v. 15, p. 27-32, 1917. Estado da Bahia. Brasília, DF: CPRM, 1997.
RING, U. The influence of preexisting structure on the ROCHA NETO , M. B. da. Geologia e recursos minerais do
evolution of the cenozoic Malawi rift (East African rift “greenstone belt” do Rio Itapicuru, Bahia. Salvador: CBPM,
system). Tectonics, Washington, v. 13, p. 313–326, 1994. 1994. Inclui 1 mapa. (Série Arquivos Abertos, 4).
RIOS, D. C. et al. Ages of granites of the Serrinha ROCHA NETO, M. B. da; DAVISON, I. Greenstone belt do Rio
nucleus, Bahia (Brazil): an overview. Revista Brasileira de Itapicuru: litologia e estrutura no perfil do Rio Itapicuru. In:
Geociências, São Paulo, v. 30, n. 1, p. 74-77, mar. 2000. CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 32., 1986, Goiânia.
Resumos e breves comunicações... Goiânia: SBG,1986. p.
RIOS, D. C. et al. Palaeoproterozoic potassic-ultrapotassic
95-96. (Boletim, 1).
magmatism: Morro do Afonso syenite pluton, Bahia, Brazil.
Precambrian Research, Amsterdam, v. 154, n. 1-2, p. 1-30, ROCHA, G. M. F. Caracterização da fácies ferrífera de
2007. Boquira, encaixante da mineralização de chumbo-zinco.
1985. 96 f. Tese (Mestrado em Geologia), -Instituto de
RIOS, D. C. et al. 3.65 2.10Ga history of crust formation
Geociências, Universidade Federal da Bahia, 1990.
from zircon geochronology and isotope geochemistry of
the Quijingue and Euclides plutons, Serrinha nucleus, ROCHA, G. M. F. Projeto distrito manganesífero do sudoeste
Brazil. Precambrian Research, Amsterdam, v. 167, p. 53-70, da Bahia. Salvador: SGM, 1991.
2008.
ROCHA, G. M. F.; FUCK, R. A. As faixas marginais
RIOS, D. C. et al. Archaean granites at Serrinha nucleus, dobradas do proterozóico Superior. In: BARBOSA, J. S. F.;
Bahia, Brazil. Geochimica et Cosmochimica Acta, London, v. DOMINGUEZ, J. M. L. (Coord.). Geologia da Bahia. Salvador:
68, n. 11, p. A685, 2004. SGM, 1996. p. 127-142.
RIOS, D. C. et al. Expansão do magmatismo pós-orogênico ROCHA, W. J. S. F. et al. Banco de dados geo-referenciados
no núcleo Serrinha (NE Bahia), Cráton do São Francisco: da folha de Irecê - Chapada Diamantina - BA. In:
idade U-Pb do maciço granítico Pedra Vermelha. Revista CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 40., 1998, Belo
Brasileira de Geociências, São Paulo, v. 35, n. 3, p. 423-426, Horizonte. Anais... Belo Horizonte: SBG, 1998. p. 186.
2005.
RODARTE, J. B. M.; COUTINHO, L. F. C. Geometria do
RIOS, D. C. et al. Geologic evolution of the Serrinha nucleus rifte na margem centro-leste brasileira. In: SIMPÓSIO
granite-greenstone terrane (NE Bahia, Brazil) constrained NACIONAL DE ESTUDOS TECTÔNICOS, 7., 1999, Lençóis.
by U-Pb single zircon geochronology. Precambrian Anais... Lençóis: SBG, 1999. p. 52-54. Sessão 3.
Research, Amsterdam, v. 170, n. 3-4, p. 175-201, 2009a.
540 • G e olog i a da B a hi a
Rodrigues, R. R.; Rothstein, L. M.; Wimbush, M. Seasonal ROSA, M. L. S. et al. Magmatismo neoproterozóico no sul
variability of the South Equatorial current bifurcation in do Estado da Bahia, maciço sienítico Serra das Araras:
the Atlantic Ocean: a numerical study. Journal of Physical geologia, petrografia, idade e geoquímica. Revista
Oceanography, Boston, v. 37, n. 1, p. 16-30, 2007. Brasileira de Geociências, São Paulo, v. 35, n. 1, p. 111-121,
2005c.
ROGERS, J. J. W; SANTOS, H. M. Continents and
supercontinents. Oxford: Oxford University Press, 2004. ROSA, M. L. S. et al. Magmatismo potássico/ultrapotássico
pós a tardi orogênico associado à subducção no oeste da
ROIG, H. L.; MOYA, M. M.; ARON, P. Ocorrências de ouro na
Bahia: batólito monso-sienitico de Guanambi-Urandi e
região de Pindobaçú, Bahia. In: CONGRESSO BRASILEIRO
os sienitos de Correntina. Geochimica Brasiliensis, Rio de
DE GEOLOGIA, 37., 1992, São Paulo. Boletim de resumos
Janeiro, v. 93, n. 1, p. 27-42, 1996b.
expandidos... São Paulo: SBG, 1992. v. 1, p. 235-236.
ROSA, M. L. S. et al. Nd and Sr isotopic compositions
ROLFF, P. A. M. A. Nota sobre a geologia da Serra do
of the South Bahia alkaline province (NE Brazil). In:
Tombador. Boletim da Sociedade Brasileira de Geologia,
Goldschmidt Conference, 14., 2004, Copenhagen.
São Paulo, v. 9, n. 2, p. 25-35, 1960.
Abstracts... [Copenhagen]: [ICOG], 2004b. p. A683.
ROSA, M. L. S. et al. Batólito monzo - sienítico Guanambi
ROSA, M. L. S. et al. Neoproterozoic anorogenic
- Urandi: mais um exemplo de magmatismo potássico/
magmatism in the Southern Bahia alkaline province of NE
ultrapotássico na Bahia? In: CONGRESSO BRASILEIRO
Brazil: U-Pb and Pb-Pb ages of the blue sodalite syenites.
DE GEOLOGIA, 39.,1996, Salvador. Anais... Salvador: SBG,
Lithos, Amsterdam, v. 97, p. 88-97, 2007.
1996a. p. 406-407.
ROSA, M. L. S. Geologia, geocronologia, mineralogia,
ROSA, M. L. S. et al. Geochronology of the South Bahia
litoquímica e petrologia do batólito monzo - sienítico
alkaline province (NE Brazil). In: Goldschmidt
Guanambi - Urandi (SW - Bahia). 1999. 186 f. Tese
Conference, 12., 2002, Davos. Abstracts... [Davos]: [ICOG],
(Doutorado em Geologia)-Instituto de Geociências,
2002. p. A648.
Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1999.
ROSA, M. L. S. et al. Idade Pb-Pb e aspectos petrográficos
ROSA, M. L. S. Magmatismo shoshonítico e ultrapotássico
e litogeoquímicos do complexo alcalino Floresta Azul, sul
no sul do cinturão móvel Salvador–Curaçá, maciço de
do Estado da Bahia. Revista Brasileira de Geociências, São
São Felix: geologia, mineralogia e geoquímica. 1994.
Paulo, v. 33, n. 1, p. 13-20, mar. 2003.
240 f. Dissertação (Mestrado em Geologia)-Instituto de
ROSA, M. L. S. et al. Idade Pb-Pb e aspectos petrológicos Geociências, Universidade Federal da Bahia, 1994.
da mineralização em sodalita-sienito azul no maciço
ROSA, M. L. S. Magmatismo shoshonítico e ultrapotássico
nefelina-sienítico Itarantim, sul do Estado da Bahia.
no sul do cinturão móvel Salvador-Curaçá, maciço de São
Revista Brasileira de Geociências, São Paulo, v. 34, n. 3, p.
Felix: geologia, mineralogia e geoquímica. In: CONCEIÇÃO,
347-354, 2004a.
H.; CRUZ, M. J. M. (Ed.). Sienitos alcalino-potássicos e
ROSA, M. L. S. et al. Idade Pb-Pb e assinatura isotópica Rb- ultrapotássicos paleoproterozoicos do Estado da Bahia.
Sr e Sm-Nd do magmatismo sienítico paleoproterozóico no Salvador: SBG-Núcleo Bahia-Sergipe, 1998. p. 5-37.
sul do cinturão móvel Salvador-Curaçá: maciço sienítico (Publicação Especial, 4).
de São Félix, Bahia. Revista Brasileira de Geociências, São
Paulo, v. 31, n. 1, p. 397-400, set. 2001.
G eo lo g i a d a Ba h ia • 541
542 • G eolog i a da B a hi a
SÁ, E. F. J. de et al. Geocronologia e modelo SÁ, E. F. J. de; MORAES, J. A. C.; SILVA, L. J. H. d’el-R.
tectonomagmático da Chapada Diamantina e Espinhaço Tectônica tangencial na Faixa Sergipana. In: CONGRESSO
Setentrional, Bahia. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 34., 1986. Goiânia. Anais...
GEOLOGIA, 29., 1976, Ouro Preto. Anais... Belo Horizonte: Goiânia: SBG, 1986. v. 3, p. 1246-1259.
SBG, 1976. v. 4, p. 205-227.
SÁ, E. L. T. de et al. Mapa dos recursos minerais do Estado
SÁ, E. F. J. de et al. Relações entre greenstone belts e da Bahia, escala 1:1500.000: texto explicativo. Salvador:
terrenos de alto grau: o caso da Faixa Rio Capim, NE da SME, CPM, 1980.
Bahia. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 33.,
SÁ, J. H. S.; GARRIDO, I. A. A.; CRUZ, M. J. M. Depósitos de
1984, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: SBG, 1984. v. 6,
ferro e titânio da região sul da Bahia. Salvador: CBPM,
p. 2615-2629.
2010. (Série Arquivos Abertos, 35).
SÁ, E. F. J. de et al. Terrenos proterozóicos na província
SÁ, J. H. S.; OLIVEIRA, C. M.; SIQUEIRA, N. V. M.
Borborema e a margem norte do Cráton do São Francisco.
Concentrações de fosfato no complexo máfico-ultramáfico
Revista Brasileira de Geociências, São Paulo, v. 22, n. 4, p.
do Campo Alegre de Lourdes, Bahia. In: SIMPÓSIO DE
472-480, 1992.
GEOLOGIA DO NORDESTE, 14., 1991, Recife. Atas... Recife:
SÁ, E. F. J. de. A Chapada Diamantina e Faixa Santo Onofre: SBG, 1991. p. 207-210.
um exemplo de tectônica intra-placa no proterozóico
SAADI, A. Neotectônica da plataforma brasileira: esboço e
médio do Cráton do São Francisco. In: INDA, H. A. V.;
interpretação preliminares. Geonomos, Belo Horizonte, v. 1,
MARINHO, M. M.; DUARTE, F. B. (Org.). Geologia e recursos
n. 1, p. 1-15, 1993.
minerais do Estado da Bahia. Salvador: Secretaria das
Minas e Energia, 1981. p. 111-120. (Textos Básicos, v. 4). SAADI, A. Neotectônica. In: DOMINGUEZ, J. M. L.
(Org.). Projeto Costa do Descobrimento: avaliação da
SÁ, E. F. J. de. Geologia da Chapada Diamantina e Faixa
potencialidade mineral e de subsídios ambientais para o
Santo Onofre, Bahia, e geoquímica do vulcanismo
desenvolvimento sustentado dos municípios de Belmonte,
ácido associado. 1978. 180 f. Dissertação (Mestrado em
Santa Cruz Cabrália, Porto Seguro e Prado. Salvador:
Geociências)-Instituto de Geociências, Universidade
CBPM, 2000. p. 60-71.
Federal da Bahia, Salvador, 1978a.
SABATÉ, P. Algumas suítes granitóides do Craton do São
SÁ, E. F. J. de. Nota sobre o estilo estrutural e relações
Francisco e evolução geotectônica no proterozóico inferior
gnaisses vs. supracrustais no greenstone belt de Serrinha
(Bahia, Brasil). In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA,
(BA). Ciências da Terra, Salvador, n. 2, p. 8-13, jan./fev.
37., 1992, São Paulo. Boletim de resumos expandidos... São
1982.
Paulo: SBG, 1992. v. 1, p. 370-371.
SÁ, E. F. J. de. Relatório de consultoria no âmbito
SABATÉ, P. Estrutura e tectônica do embasamento
dos projetos Mapa metamórfico da Bahia e Caetité
arqueano e proterozóico inferior do Estado da Bahia.
apresentado à Coordenação da Produção Mineral-CPM da
In: BARBOSA, J. S. F.; DOMINGUEZ, J. M. L. (Ed.). Mapa
Secretaria das Minas e Energia-SME. Salvador, 1984. Não
geológico do Estado da Bahia: texto explicativo. Salvador:
publicado.
SGM, 1996. p. 199-226.
SÁ, E. F. J. de. Tectônica de placas vertical em ambientes
SABATÉ, P. et al. Datação por Pb evaporação de monozicão
intracratônicos: considerações a partir do proterozóico
em ortognaisse do complexo Caraiba: expressão do
médio do Cráton do São Francisco. In: CONGRESSO
acrescimento crustal transamazônico do cinturão
BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 30., 1978, Recife.
Salvador-Curaçá (Craton do São Francisco-Bahia, Brasil).
Anais... Recife: SBG, 1978b. p. 291.
In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 38., 1994,
G eo lo g i a d a Ba h ia • 543
SABATÉ, P. et al. The 2-Ga peraluminous magmatism SALVADOR, A. (Ed.). International stratigraphic guide:
of the Jacobina-Contendas Mirante belts (Bahia-Brazil): a guide to stratigraphic classification, terminology, and
geologic and isotopic constraints on the sources. Chemical procedure. 2nd ed. Boulder: Geological Society of América,
Geology, Amsterdam, v. 83, n. 3-4, p. 325-338, 1990. 1994.
544 • G e olog i a da B a hi a
SANGLARD, J. C. D. et al. Estratigrafia e sistemas SANTOS, E. J. et al. The Cariris Velho tectonic event
deposicionais da faixa Rio Preto. In: CONGRESSO in Northeast Brazil. Journal of South American Earth
BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 44., 2008, Curitiba. Anais... Sciences, Oxford, v. 29, p. 61-76, 2010.
Curitiba: SBG, 2008. p. 14.
SANTOS, J. F. Depósito de níquel de São João do Piauí,
SANTANA, J. S. et al. Modelagem metalogenética para Piauí. In: SCHOBBENHAUS, C.; COELHO, C. E. S. (Ed.).
prospecção de urânio nas rochas do núcleo da anticlinal Principais depósitos minerais do Brasil. Brasília, DF: DNPM,
de Abaíra – Jussiape, Chapada Diamantina, Bahia. Revista CVRD, 1984. v. 2, p. 341-345.
Brasileira de Geociências, São Paulo, v. 41, n. 2, p. 203-219,
SANTOS, J. P. Geologia e petrografia das rochas meta-
2011.
vulcânicas máficas da unidade intermediária do
SANTOS FILHO, R. B. Estratigrafia de seqüências no greenstone belt de Riacho de Santana, Estado da Bahia.
complexo vulcano-sedimentar de Abrolhos (Oceano da 2008. 62 f. Trabalho Final de Curso (Bacharelado em
bacia do Espírito Santo, Brasil). 2009. 105 f. Dissertação Geologia)-Instituto de Geociências, Universidade Federal
(Mestrado em Geologia)-Instituto de Geociências, da Bahia, Salvador, 2008.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre,
SANTOS, J. P. Rochas meta-vulcânicas máficas da unidade
2009.
intermediária do greenstone belt de Riacho de Santana,
SANTOS, A. A. dos. Análise de dados de sondagem Estado da Bahia: estudo petrográfico e geoquímico. 2010.
geomagnética profunda (GDS) na região centro-oriental 113 f. Dissertação (Mestrado em Geologia)-Instituto de
do Estado da Bahia e áreas vizinhas. 2010. [60] f. Trabalho Geociências, Universidade Federal da Bahia, Salvador,
Final de Curso (Bacharelado em Geofísica)-Instituto de 2010.
Geociências, Universidade Federal da Bahia, Salvador,
SANTOS, L. T. L. Petrografia e litogeoquimica preliminar
2010.
dos Augen-Charnockitos das regiões de Nova Itarana,
SANTOS, A. R.; MENESES, P. R.; SANTOS, U. P. Irajuba e Itaquara, Bahia. 2009. 55 f. Trabalho Final de
Sensoriamento remoto aplicado ao mapeamento Curso (Bacharelado em Geologia)-Instituto de Geociências,
geológico regional: folha Rio São Francisco. 1977. 168 Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2009.
f. Dissertação (Mestrado em Sensoriamento Remoto)-
SANTOS, M. C. P. Caracterização petrográfica e geoquímica
Instituto Nacional de Pesquisas Energéticas, São José dos
preliminar dos diques máficos da região de Camacã, Bahia,
Campos, 168 p.
Brasil. 2010. 85 f. Trabalho Final de Curso (Bacharelado em
SANTOS, C. A. dos; SILVA FILHO, M. A. Riacho do Caboclo, Geologia)-Instituto de Geociências, Universidade Federal
folha SC.24-V-A-VI: Estados de Pernambuco e Bahia: da Bahia, Salvador, 2010.
texto e mapas. Brasília, DF: DNPM, 1990. Programa
SANTOS, R. A. (Org.). Geologia e recursos minerais do
Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil.
Estado de Sergipe. Brasília, DF: DNPM, CPRM, 1998.
SANTOS, C. F. et al. Bacias de Cumuruxatiba e Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil.
Jequitinhonha. Boletim de Geociências da Petrobras, Rio de
SANTOS, R. A. dos; MENEZES FILHO, N. R. de; SOUZA,
Janeiro, v. 8, n. 1, p. 185-190, 1994.
J. D. de (Org.). Carira, folha SC.24-Z-A-III: estados de
SANTOS, E. B. dos et al. Geologia, petrografia e Sergipe e Bahia: texto explicativo. Brasília, DF: CPRM, 1988.
geoquímica do maciço do estreito (Bahia - Minas Gerais). Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil.
In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 39., 1996,
SANTOS, R. A.; SOUZA, J. D. (Org.). Piranhas, folha
Salvador. Anais... Salvador: SBG, 1996. v. 6, p. 363-364.
SC.24-X-C-VI: estados de Sergipe, Alagoas e Bahia: texto
SANTOS, E. B. dos et al. Magmatismo alcalino-potássico explicativo. Brasília, DF: DNPM, CPRM, 1988. Programa
paleoproterozóico no SW da Bahia e NE de Minas Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil.
Gerais, maciço do estreito: geologia, idade, petrografia e
SATO, K. Evolução crustal da plataforma sul americana
com base na geoquímica isotópica Sm-Nd. 1998. 297 f.
G eo lo g i a d a B a h ia • 545
SCHOBBENHAUS, C. et al. Idade U/Pb do vulcanismo SCOTCHMAN, I.; CHIOSSI, D. Kilometre-scale uplift of
Rio dos Remédios, Chapada Diamantina, Bahia. In: the early cretaceous rift section, Camamu basin, offshore
CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 38., 1994, North-East Brazil. In: INTERNATIONAL CONFERENCE AND
Camboriú. Boletim de resumos expandidos... Camboriú: EXHIBITION, 1998, Cape Town. Search and discovery. [Cape
SBG, 1994. v. 2, p. 397-398. Town]: AAPG, 2009. Article 50183.
SCHOBBENHAUS, C. O proterozóico médio do Brasil com SEIXAS, S. R. M. (Org.). Projeto Mundo Novo: relatório de
ênfase à região centro-leste. 1993. 166 f. Tese (Doutorado progresso: geologia; texto e mapas. Salvador: CPRM, 1980.
em Geologia)-Albert-Ludwigs-Universität Freiburg, v. 1. Inclui 7 mapas.
Alemanha, 1993.
SEIXAS, S. R. M. Estudo fotogeológico, petrográfico e
SCHOBBENHAUS, C. Relatório geral sobre a geologia da petroquímico das rochas granulíticas da área de Almadina
região setentrional da Serra do Espinhaço- Bahia central: no Estado da Bahia. 1993. 203 f. Dissertação (Mestrado em
nota explicativa do mapa geológico 1:250.000. Recife: Geologia)-Instituto de Geociências, Universidade Federal
SUDENE, 1972. (Série Geologia Regional, 19). da Bahia, Salvador, 1993.
SCHOBBENHAUS, C.; BELLIZZIA, G. A. (Coord.). SEIXAS, S. R. M. et al. Projeto Bahia II: geologia das folhas
Mapa geológico da América do Sul. [Salvador]: de Serrinha e Itaberaba: relatório final. Salvador: CPRM,
CPRM, 2000. 1 mapa. Escala 1:500.000. Disponível 1975. 6 v.
em: <http://webcache.googleusercontent.com/
SEIXAS, S. R. M. Projeto mapas metalogenéticos e de
search?q=cache:KBlvqx3OV7gJ:www.cprm.gov.br/publique/
previsão de recursos minerais folha SC.24-V-D, Uauá,
cgi/cgilua.exe/sys/start.htm%3Finfoid%3D1025%26sid%3D
546 • G eolog i a da B a hi a
G eo lo g i a d a B a h ia • 547
548 • G e olog i a da B a hi a
G eo lo g i a d a Ba h ia • 549
SILVEIRA, W. P.; GARRIDO, I. A. A. Geologia, pesquisa SOARES, A. C. P. et al. Toward a new tectonic model for the
mineral e potencialidade econômica do greenstone belt late Proterozoic Araçuaí (SE Brazi)-West Congolian (SW
Riacho de Santana. Salvador: CBPM, 2000. (Série Arquivos Africa) Belt. Journal of South American Earth Sciences,
Abertos, 14). Oxford, v. 6, n. 1-2, p. 33-47, 1992.
SILVEIRA, W. P. (Org.). Projeto Umburanas II-A. Salvador: SOARES, A. C. P.; ALKMIM, F. F.; NOCE, C. M. Orógeno
CBPM, 1980. Convênio Caraíba Metais - CBPM. Araçuaí: síntese do conhecimento: 30 anos após Almeida
1977. Geonomos, Belo Horizonte, v. 15, n. 1, p. 1-16, 2007.
SILVEIRA, W. P. A geologia da seqüência
vulcanossedimentar de Riacho de Santana. In: SOARES, A. C. P.; WIEDEMAN-LEONARDOS, C. M. Evolution
CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 38., 1994, of the Araçuaí Belt and its connection to the Ribeira Belt,
Camboriú. Boletim de resumos expandidos... Camboriú: Eastern Brazil. In: CORDANI, U. G. et al. (Org.). Tectonic
SBG, 1994. v. 2, p. 91-93. evolution of South America. Rio de Janeiro: IGC Brazil,
2000. p. 265-285.
SILVEIRA, W. P.; FRÓES, J. R. B.; LEAL, L. R. B. Geologia e
potencial metalogenético do greenstone belt de Riacho de SOARES, A. C. P; CORDANI, U.; NUTMAN, A. Constraining
Santana. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 39., the age of Neoproterozoic glaciation in eastern Brazil:
1996, Salvador. Anais... Salvador: SBG, 1996. v.1, p. 109-112. first U-Pb (SHRIMP) data from detrital zircons. Revista
550 • G eolog i a da B a hi a
SOARES, J. V. et al. Projeto Macaúbas: texto e mapas. SOUZA, J. D. de (Org.). Projeto Itabuna- Ibicaraí:
Salvador : CBPM, 1995. anteprojeto revisado e atualizado. Salvador: CPRM, 1986.
Programa de Levantamento Geológico Básico do Brasil.
Sobreira, J. F. F. Complexo vulcânico de Abrolhos:
proposta de modelo tectono-magmático. In: CONGRESSO SOUZA, J. D. de et al. Projeto Colomi: relatório final:
BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 39., 1996, Salvador. Anais... geologia da região do médio São Francisco: texto e mapas,
Salvador: SBG, 1996. v. 5, p. 387-391. escala 1:250 000. Salvador: DNPM, CPRM, 1979b.
Sobreira, J. F. F.; FRANÇA, R. L. Um modelo tectono- SOUZA, J. D. de et al. Projeto Colomi: relatório da 1ª etapa
magmático alternativo para a região do complexo de campo: texto. Salvador: CPRM, 1977. v. 1. Convênio
vulcânico de Abrolhos. Boletim de Geociências da DNPM- CPRM.
Petrobras, Rio de Janeiro, v. 14, n. 1, p. 143-147, 2006.
SOUZA, J. D. de; TEIXEIRA, L. R. Prospecto Rio Salitre:
SOFNER, B. Contribuição à estratigrafia do pré-cambriano relatório final: geologia e prospecção geoquímica
na região do médio Rio São Francisco, entre Sento Sé e preliminar do complexo Rio Salitre. Salvador: CPRM,1981.
Juazeiro, Nordeste do Brasil. [Recife]: [SUDENE], 1971.
SOUZA, J. S. de ; BARBOSA, J. S. F.; GOMES, L. C. C.
Relatório 10.
Litogeoquímica dos granulitos ortoderivados da cidade
SOPPER, R. H. Geologia e suprimento d’ água subterrânea de Salvador, Bahia. Revista Brasileira de Geociências, São
em Sergipe e no nordeste da Bahia. Rio de Janeiro: Paulo, v. 40, n. 3, p. 339-354, set. 2010.
Inspetoria de Obras Contra as Secas, 1914. (Série 1, D -
SOUZA, J. S. de. Mapeamento geológico da área do Farol
Geologia, Publicação, 34).
da Barra, Salvador, Bahia, Brasil. 2008. 69 f. Trabalho
SOUTO, P. G. et al. Geologia da bacia meta sedimentar do Final de Curso (Bacharelado em Geologia)-Instituto de
sul da Bahia. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, Geociências, Universidade Federal da Bahia, Salvador,
21., 1967, Curitiba. Programa, resumo das comunicações, 2008.
roteiros das excursões. Curitiba: SBG, 1967. p. 33-34.
SOUZA, J. S. de. Petrografia e litogeoquímica dos
(Boletim Paranaense de Geociências, 26).
granulitos ortoderivados da cidade de Salvador – Bahia.
SOUTO, P. G. et al. Geologia da folha de Mascote noroeste. 2009. 69 f. Dissertação (Mestrado em Geologia)-Instituto
Itabuna, Ba: CEPEC, CEPLAC, 1971. (Boletim Técnico, 12). de Geociências, Universidade Federal da Bahia, Salvador,
2009.
SOUTO, P. G. Geologia e petrografia da área de Potiraguá,
Bahia-Brasil. 1972. 65 f. Tese (Doutorado em Geologia)– SOUZA, S. L. et al. Projeto greenstone belt de Mundo Novo:
Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São escala 1:100.00. Salvador: CBPM, 2002. 3 v.
Paulo, 1972.
SOUZA, S. L.; MASCARENHAS, J. F.; MORAES, A. M. V.
SOUTO, P. G.; VILAS BOAS, G. S. Reconhecimento geológico Geologia do greenstone belt de Mundo Novo, Bahia.
do município de Ilhéus. Itabuna: CEPLAC, 1969. (Informe In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 39., 1996,
Técnico, 1968/1969). Salvador. Anais... Salvador: SBG, 1996. v. 1.
G eo lo g i a d a Ba h ia • 551
552 • G eolog i a da B a hi a
TEIXEIRA NETTO, A. S. O cretáceo nas bacias marginais TEIXEIRA, J. B. G. et al. Gold mineralization in the Serra
do Estado da Bahia. In: SIMPÓSIO SOBRE AS BACIAS de Jacobina region, Bahia Brazil: tectonic framework and
CRETÁCICAS BRASILEIRAS, 2., 1992, Rio Claro. Resumos metallogenesis. Mineralium Deposita, Berlin, v. 36, p. 332-
expandidos... Rio Claro: UNESP, 1992. p. 5-6. 344, 2001.
TEIXEIRA NETTO, A. S.; OLIVEIRA, J. J. de. O preenchimento TEIXEIRA, L. R. O complexo Caraíba e a suíte São José
do Rift-Valley na Bacia do Recôncavo. Revista Brasileira de do Jacuipe no cinturão Salvador-Curaçá (Bahia-Brasil):
Geociências, São Paulo, v. 15, n. 2, p. 97-102, 1985. petrologia, geoquímica e potencial metalogenético.
1997. 202 f. Tese (Doutorado em Geologia)-Instituto de
Geociências, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1997.
G eo lo g i a d a Ba h ia • 553
TEIXERA NETTO, A. S.; OLIVEIRA, J. J. O preenchimento TROMPETTE, R. et al. The Brasiliano São Francisco craton
do rift-valley na Bacia do Recôncavo. Revista Brasileira revisited (Central Brazil). Journal of South American Earth
de Geociências, São Paulo, v. 15, n. 2, p. 97-102, 1985. Sciences, Oxford, v. 6, n. 1-2, p. 49-57, 1992.
Reeditado em: Geologia da Bahia: 50 anos de contribuição
TROMPETTE, R. Geology of Western Gondwana (2000-
de 2008, Série Publicações Especiais n. 7, da CBPM.
500 M.a): Pan-Anfrican-Brasiliano agregation of South
Testa, V. Projeto Zona Marinha: APA Litoral Norte. America and Africa. Balkema: Rotterdam, 1994.
Salvador: [s.n.], 2001. Programa de Planejamento e
TRUCKENBRODT, W.; KOTSCHOUBEY, B.; HIERONYMUS,
Gerenciamento para a APA Litoral Norte.
B. Aluminization: an important process in the evolution of
THOMAZ FILHO, A.; LIMA, V. Q. Datação radiométrica de Amazonian bauxites. Travaux Icsoba, Zagreb, v. 22, n. 1, p.
rochas sedimentares pelíticas pelo método Rb/Sr. Boletim 27-42, 1995.
Técnico da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 24, n. 2, p. 109-119,
abr./jun. 1981.
554 • G eolog i a da B a hi a
G eo lo g i a d a Ba h ia • 555
VAUCHEZ, A.; BARRUOL, G.; NICOLAS, A. Comment on VILELLA, A. Carta a El Rey D. Manuel. Transcrita e
“SKS splitting beneath continental rift zones” by Gao et al. comentada por Maria Ângela Villela. 2. ed. São Paulo:
Journal of Geophysical Research, Washington, US, v. 104, Ediouro, 2000.
n. B5, p. 10787-10789, 1999.
VILJOEN, M. J.; VILJOEN, R. P. The geology and
VAUCHEZ, A.; SILVA, M. E. Termination of a continental- geochemistry of the lower ultramafic unit of the
scale strike-slip fault in partially melted crust: the West Onverwacht Group and a proposed new class of igneous
Pernambuco shear zone, Northeast Brazil. Geology, rocks. In: SOUTH AFRICAN UPPER MANTLE COMMITTEE.
Boulder, v. 20, p. 1007-1010, 1992. Upper mantle project: South African National Committee
Symposium., Petroria: Geological Society of South Africa,
VEIGA, P. M. O. et al. Projeto platina Bahia - Sergipe:
1969. p. 55-86. (Geological Society of South Africa. Special
relatório anual, 1994. Salvador: CPRM, 1994. 2 v.
publication, n. 2).
VEN, P. H. V. D.; CUNHA, C. G. R.; BIASSUSSI, A. S.
VILLAS BOAS, G. S. As coberturas paleozóicas e
Structural styles in the Espírito Santo – Mucuri Basin,
mesozóicas. In: BARBOSA, J. S. F.; DOMINGUEZ, J. M. L.
Southeastern Brazil. In: AAPG INTERNATIONAL
(Coord.). Geologia da Bahia: texto explicativo. Salvador:
CONFERECENCE AND EXHIBITION, 1998, Rio de Janeiro.
Superintendência de Geologia e Recursos Minerais, 1996.
Extended abstracts... [Rio de Janeiro]: AAPG, 1998. p. 374-
cap. 7, p. 145-161.
375.
Villas BOas, G. S. et al. Paleogeographic and
VERNON, R. H. Formation of late sillimanite by hydrogen
paleoclimatic evolution during the Quaternary in the
metasomatism (base–leaching) in some high grade
northern half of the coast of the State of Bahia, Brazil. In:
gneisses. Lithos, Amsterdam, v. 12, n. 2, p. 143–152, 1979.
International Symposium on Coastal Evolution
VERSFELT, J.; ROSENDAHL, B. R. Relationships between in the Quaternary, 1., São Paulo. Proceedings... São
pre-rift structure and rift architecture in lakes Tanganyika Paulo: IGCP, 1979. p. 254-263.
and Malawi, East Africa. Nature, London, v. 337, p. 354–357,
VILLAS BÔAS, G. S.; SAMPAIO, F. J.; PEREIRA, A. M. S. The
1989.
Barreiras Group in the Northeastern coast of the State of
VIANA, C. F. et al. Revisão estratigráfica da bacia recôncavo Bahia, Brazil: depositional mechanisms and processes.
/ tucano. Boletim Técnico da Petrobras, Rio de Janeiro, v. Anais da Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, v.
14, n. 3/4, p. 157-192, jul./dez. 1971. 73, p. 417-427, 2001.
VICALVI, M. A.; COSTA, M. P. A.; KOWSMANN, R. O. VISSER, M. J. Neap-spring cycles reflected in Holocene
Depressão de Abrolhos: uma paleolaguna holocênica na subtidal large-scale bedforms deposits: a preliminary note.
plataforma continental leste brasileira. Boletim Técnico da Geology, Boulder, v. 8, p. 543-546, 1980.
Petrobras, Rio de Janeiro, v. 21, n. 4, p. 279-286, 1978.
Vousdoukas, M. I.; Velegrakis, A. F.; Plomaritis,
VIEIRA, L. C. et al. A Formação Sete Lagoas em sua área T. A. Beachrock occurrence, characteristics, formation
tipo: fácies estratigrafia e sistemas deposiconais. Revista mechanisms and impacts. Earth-Science Reviews,
Brasileira de Geociências, São Paulo, v. 37, n. 4, p. 168-181, Amsterdam, v. 85, n. 1-2, p. 23-46, 2007.
2007. Suplemento.
WALKER, G. P. L.; SKELHORN, R. R. Some associations
Vieira, M. M.; De Ros, L. F. Cementation patterns and of acid and basic igneous rocks. Earth-Science Reviews,
genetic implications of Holocene beachrocks from Amsterdam, v. 2, p. 93-109, 1966.
Northeastern Brazil. Sedimentary Geology, Amsterdam, v.
WALKER, R.G. Shelf and shallow marine sands. In:
192, n. 3-4, p. 207-230, 2006.
WALKER, R. G. (Ed.). Facies models. 2nd ed. Toronto: [s.n.],
1984. p. 141-170. (Geosciences Canadian Reprint Series, 1).
556 • G eolog i a da B a hi a
WERNICK, E. Rochas magmáticas: conceitos fundamentais WILSON, N. et al. Archean and early proterozoic crustal
e classificação modal, química, termodinâmica e evolution in the São Francisco Craton, Bahia, Brazil.
tectônica. São Paulo: UNESP, 2004. Chemical Geology, Amsterdam, v. 70, n. 1-2, p. 146, 1988.
WERNICKE, B. Low-angle normal faults in the Basin and WINDLEY, B. F. New tectonic models for the evolution of
Range province: nappe tectonics in an extending orogen. Archean continents and oceans. In: WINDLEY, B. F. (Ed.).
Nature, London, v. 291, p. 645-648, 1981. The early history of the Earth. New York: J. Wiley and Sons,
1976. p. 105-112.
WERNICKE, B. Uniform-sense normal simple shear of
the continental lithosphere. Canadian Journal of Earth WINDLEY, B. F. Precambrian rocks in the light of the plate
Sciences, Ottawa, v. 22, p. 108-125, 1985. tectonic concept. In: KRÖNER, A. (Ed.). Precambrian plate
tectonics. Amsterdam: Elsevier, 1981. p. 1-20.
WHALEN, J. B.; CURRIE, K. L.; CHAPPELL, B. W. A-type
granites: geochemical characteristics, discrimination and WINDLEY, B. F. Tectonic models for the geological evolution
petrogenesis. Contributions to Mineralogy and Petrology, of crust, crátons and continents in the Archaean. Revista
Berlin, v. 95, n. 4407-419, 1987. Brasileira de Geociências, São Paulo, v. 28, n. 2, p. 183-188,
1998.
WHITE, R. W.; POWELL, R.; HOLLAND, T. J. B. Progress
relating to calculation of partial melting equilibria for WINDLEY, B. F. The evolving continentes. New York: John
metapelites. Journal of Metamorphic Geology, Oxford, v. Winley and Sons, 1977.
25, p. 511-527, 2007.
WINDLEY, B. F. The evolving continents. 2nd ed. New York:
WHITTINGTON, A. G. et al. Collapse and melting in a Wiley, 1984.
confined orogenic belt: preliminary results from the
WINDLEY, B. F.; BRINGWATER, D. The evolution of archaean
Neoproterozoic Araçuai belt of eastern Brazil. In: AGU
low and high-grade terrains. In: GLOVER, J. E. (Ed.). [Papers
2001 FALL MEETING, 2001, San Francisco. Abstracts...
and abstracts of addresses]. Canberra: Geological Society
[Washington, DC]: AGU, 2001. p. 1181–1182. Abstract T32B–
of Australia, 1971. p. 33-46. (Geological Society of Australia.
089.
Special publication, n. 3).
WIEBE, R. A. Commingling of contrasted magmas
WINDLEY, B. F.; NAQVI, S. M. (Ed.). Archaean geochemistry:
and generation of mafic enclaves in granite rocks. In:
proceedings of the Symposium On Archaean Geochemistry.
DIDIER, J.; BARBARIN, B. (Ed.). Enclaves and granite
Amsterdam: Elsevier, 1978. (Developments in Precambrian
petrology. Elsevier: Amsterdam, 1991. p. 393-402.
Geology, 1). The Origin and Evolution of Archaean
Continental Crust, held in Hyderabad, India, November
15-19, 1977.
G eo lo g i a d a Ba h ia • 557
XAVIER, A. L. S. Paleotectônica das áreas de proveniência ZALÁN, P. V.; SILVA, P. C. R. Proposta de mudança
da Formação Salobro, Bacia do Rio Pardo – Bahia. 2009. significativa na coluna estratigráfica da Bacia do São
88 f. Trabalho Final de Curso (Bacharelado em Geologia)- Francisco. In: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DO SUDESTE, 10.,
558 • G e olog i a da B a hi a
G eo lo g i a d a Ba h ia • 559