1º BIMESTRE – 2ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO / Profª Lismaria P.

Francelin

INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS GEOGRÁFICOS

A CIÊNCIA GEOGRÁFICA

➢ A origem da Ciência Geográfica é antiga.

➢ Na Antiguidade
estudos geográficos eram dispersos e desarticulados.
ligados separadamente à filosofia, à matemática e às ciências da natureza.
na região da Grécia antiga (a.C.):
- HERÓDOTO (484 – 420 a.C.)
- ERATÓSTENES (275 -194 a.C.)
- ESTRABÃO (63 a.C. / 21 e 25 d.C.)
analisaram diferentes fenômenos naturais, elaboraram descrições das paisagens e estudaram a
relação homem – natureza, cada qual nas áreas das ciências específicas e desconectadas entre si.

➢ CLÁUDIO PTOLOMEU (100 – 180 d.C.)

viveu em Alexandria (Egito) durante a dominação do Império Romano.
em sua obra GEOGRAFIA - importantes registros geográficos, cartográficos e astronômicos.
somente redescobertos no século XV como o sistema de projeções e coordenadas geográficas.
auxiliaram a expansão marítima europeia do século XVI.

➢ Século XVIII
contribuição de vários filósofos para o desenvolvimento da Geografia, entre eles:
o alemão IMMANUEL KANT (1724 – 1804 d.C.)
influenciou seus compatriotas, fundadores da Geografia como Ciência
ALEXANDER VON HUMBOLDT (1769 – 1859)
KARL RITTER (1779 – 1859)
sistematizaram o arcabouço teórico-metodológico da Geografia
disciplina acadêmica (ensino e pesquisa)

➢ Final do século XIX

o alemão FRIEDERICH RATZEL (1844 – 1904) – definiu a Geografia Humana como Ciência
defendeu a influência das condições da natureza sobre a humanidade
DETERMINISMO GEOGRÁFICO – meramente descritiva
um dos formuladores da Geopolítica
defendeu também a ideia da relação entre ESTADO e o ESPAÇO.

➢ Início do Século XX
o francês PAUL VIDAL DE LA BLACHE (1845 – 1918)
opôs-se ao “determinismo” de RATZEL
defendeu a preocupação com a relação homem – meio
os seres humanos como agentes que sofrem influência da natureza, mas também agem
sobre ela, transformando-a – POSSIBILISMO GEOGRÁFICO
a Geografia continuava sendo uma Ciência dos lugares, não dos homens.

➢ Meados do Século XX
a Geografia continuava descritiva, procurando estabelecer comparações e diferenciações
influência da escola francesa
surgiu a Geografia Regional – o conceito de região ganhou destaque na análise geográfica
➢ Década de 1970
período de renovação das bases teórico-metodológicas
o geógrafo francês YVES LACOSTE (1929) em sua obra “A Geografia: isso serve em primeiro lugar,
para fazer a guerra”.
denuncia a Geografia tradicional como instrumento ideológico a serviço de interesses
políticos e econômicos dominantes
indicou caminhos para a renovação crítica da disciplina
denunciou a existência da:
Geografia dos Estados-Maiores (Geopolítica)
Geografia dos Professores
no Brasil MILTON SANTOS foi um dos pioneiros no processo de renovação da Geografia
principal obra “Por uma Geografia Nova” (1978)
a renovação da Geografia na França e no Brasil teve a influência do pensamento da esquerda, MARXISMO
nos Estados Unidos a renovação contrapôs-se a Geografia Tradicional
apoiada no pensamento pragmático (quantitativo) – corrente TECNICISTA e UTILITARISTA
utilizava-se sistemas matemáticos e computacionais na interpretação do espaço geográfico
que mascarava os conflitos e as contradições sociais denunciadas pelos geógrafos críticos.
Com o fim do socialismo real, reduziu a influência teórico-metodológico do marxismo na Ciências
Humanas.

➢ GEOGRAFIA CRÍTICA
passou a valorizar as novas tecnologias nas interpretações do Espaço Geográfico
outras correntes teórico-metodológico:
Fenomenologia
Existencialismo

➢ Cabe a Geografia enquanto Ciência, compreender as relações próprias da natureza e as relações da sociedade
de maneira mais abrangente e integrada.

Bibliografia

SENE, Eustáquio de Sene; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização.
V. 1 . 2. ed. – São Paulo: Scipione, 2016. p. 6 – 11.