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Preparatorio para Prova Da ANCORD XPE Apostila Setembro 2011
Preparatorio para Prova Da ANCORD XPE Apostila Setembro 2011
CURSO
PREPARATÓRIO PARA
PROVA DA ANCORD 2011
I.1
Importante
Este material tem conteúdo meramente informativo e não se caracteriza como oferta,
solicitação ou recomendação de compra ou venda de qualquer ação, ativo ou instrumento
financeiro. Todos os exemplos e modelos utilizados e citados neste material e em sala são
meramente didáticos.
Investimentos em ações, opções, contratos futuros e outros ativos de renda variável são
operações de risco. Desta forma, nas operações envolvendo estes ativos podem ocorrer perdas.
Nas operações com derivativos estas perdas podem ser superiores ao valor investido e, nesta
condição, o investidor pode ser chamado a aportar recursos.
Além disso, rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura, desta forma, os
percentuais de valorização apresentados neste material não significam o potencial futuro de
valorização.
I.2
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
XP EDUCAÇÃO
A XP Educação tem como objetivo ensinar a população brasileira a investir melhor seu dinheiro.
Em parceria com seus escritórios afiliados já formou mais de 350 mil alunos com suas palestras,
cursos de extensão em bolsa de valores e finanças pessoais, realizados de forma presencial e on
line.
Os professores que ministram nossos cursos possuem sólida formação acadêmica, além de
serem profissionais experientes no mercado de capitais onde atuam como operadores e
assessores de investimentos. Dessa forma, a vivência do dia-a-dia é levada para dentro da sala
de aula.
Em todos os eventos os professores são incentivados a buscar o equilíbrio ideal entre teoria e
prática, entre o aprimoramento da base conceitual do aluno e o fornecimento de ferramentas
práticas que possam ser rapidamente implementadas no ambiente do mercado financeiro.
Atualmente, a XP Educação está presente, através de seus parceiros, nas principais capitais e
cidades brasileiras. Oferecemos diferentes programas, que englobam desde palestras e cursos
básicos para iniciantes até estudos avançados para atender os investidores mais qualificados.
I.3
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Sumário do Curso
I. A Atividade do Agente Autônomo de Investimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
III. Lei nº 9.613/981; Circular BACEN 3461/092; Instrução CVM nº301/993 . . . . . . . . . . . . . . . .14
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153
1
Ver página http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9613.htm
2
Ver página https://www3.bcb.gov.br/normativo/detalharNormativo.do?N=109061238&method=detalharNormativo
3
Ver página http://www.cvm.gov.br/asp/cvmwww/atos/exiato.asp?File=%5Cinst%5Cinst301.htm
I.4
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Segundo a Resolução no. 2838/01 no seu art. 5º, fica a Comissão de Valores
Mobiliários autorizada a adotar as medidas e a baixar as normas complementares que se
fizerem necessárias à execução da atividade de Agente Autônomo de Investimento.
A resolução no. 3.158/03 dispõe sobre a certificação de empregados das instituições
financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.
distribuidoras de valores.
Administrador de Carteiras7
4
Ver página http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9613.htm
4
Ver página https://www3.bcb.gov.br/normativo/detalharNormativo.do?N=109061238&method=detalharNormativo
4
Ver página http://www.cvm.gov.br/asp/cvmwww/atos/exiato.asp?File=%5Cinst%5Cinst301.htm
4
Ver página http://www.cvm.gov.br/asp/cvmwww/atos/exiato.asp?File=%5Cinst%5Cinst434.htm
5
Ver página http://www.cvm.gov.br/asp/cvmwww/atos/exiato.asp?Tipo=I&File=/inst/inst388.htm
6
Ver página http://www.portaldoinvestidor.gov.br/Investidor/Ondeinvestir/Quempodemeajudarainvestir/tabid/87/Default.aspx
7
Ver instrução da CVM no.043/85, e alterações 082/88, 306/99, 448/07 e 456/07
I.5
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.6
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Será admitido que a sociedade tenha como sócios terceiros que não sejam agentes
autônomos, desde que sua participação no capital social e nos lucros não exceda de 2% (dois
por cento), e que tais sócios não exerçam função de gerência ou administração ou por qualquer
modo participem das atividades que constituam o objeto social.
Um mesmo agente autônomo pessoa natural não poderá ser sócio de mais de um agente
autônomo pessoa jurídica. Da denominação do agente autônomo pessoa jurídica deverá
constar a expressão "Agente Autônomo de Investimentos", sendo vedada a utilização de
palavras ou expressões que induzam a interpretação indevida quanto ao objetivo da sociedade.
Suspensão da Autorização
A suspensão somente será concedida se houver decorrido o prazo de pelo menos 3 (três)
anos da data de concessão da autorização do agente autônomo ou do término de sua última
suspensão. Durante a vigência da suspensão, o agente autônomo ficará impedido de exercer a
atividade, exonerando-se do cumprimento das obrigações previstas e do dever de pagar a taxa
de fiscalização instituída pela Lei nº 7.940/899.
Cancelamento da Autorização
9
Ver página http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7940.htm
I.7
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.8
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Normas de Conduta
Práticas Vedadas
É vedado ao agente autônomo de investimento:
• receber ou entregar a investidores, por qualquer razão, numerário, títulos ou
valores mobiliários, ou quaisquer outros valores, que devem ser movimentados
através de instituições financeiras ou integrantes do sistema de distribuição;
• ser procurador de investidores para quaisquer fins;
• atuar como contraparte, direta ou indiretamente, em operações das quais
participem clientes da instituição intermediária à qual o agente autônomo esteja
vinculado, sem prévia e específica autorização do mesmo;
• contratar com investidores a prestação de serviços de:
o análise ou consultoria de valores mobiliários, salvo se estiver autorizado pela
CVM a exercer tais atividades; e
o administração de carteira de títulos e valores mobiliários, salvo se o agente
autônomo pessoa natural, autorizado pela CVM também para exercer a
atividade de administração de carteira, não estiver contratualmente
vinculado, direta ou indiretamente, a entidades do sistema de distribuição de
valores.
• atuar como preposto de instituição com a qual não tenha contrato; e
• delegar a terceiros, total ou parcialmente, a execução dos serviços que
constituam objeto do contrato celebrado com a instituição intermediária.
I.9
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
10
Ver página http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6385.htm
I.10
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Ética11
A palavra ética é originada do grego ethos, que significa modo de ser, caráter. A Ética é
de suma importância para todas as profissões, e para todo ser humano, afim de que possamos
viver relativamente bem em sociedade. O processo de crescimento econômico e do aumento
das relações humanas, atrelado a um mundo cada vez mais globalizado, faz com que a pressão
sobre as pessoas aumente. Por sua vez, o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo
e exigente, não permitindo a reflexão sobre as atitudes tomadas. Os indivíduos precisam ter a
consciência de que seus atos podem influenciar na vida dos outros e que o aumento da
liberdade resulta em maior responsabilidade. De forma ampla a Ética é definida como a
explicitação teórica do fundamento último do agir humano na busca do bem comum e da
realização individual.
Valores Éticos
Ética Normativa12
A ética normativa pode ser definida como estudo de valores, princípios e normas de
comportamento em relação ao que é lícito ou ilícito procurando seus fundamentos e
justificativas.
Integridade
11
Ethics, in The Encyclopaedia Britannica: a dictionary of arts, sciences, literature and general information. 11.ª ed. New York,
1911. pp. 808-845.
12
LARA, M.C.G; PENA, Roberto Patrus Mundim. A Ética na Atividade Docente da PUC Minas-Contagem. 27º Encontro da
Associação Nacional dos Programas de Pós-graduação em Administração, Atibaia/SP, 2003.
I.11
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Nas empresas existem pessoas fazem jus a confiança recebida porque mantém sua
palavra, honram seus compromissos e conservam na prática o que recomendam. Ao decidir o
que é correto e justo, o AAI deve atuar com integridade, como condição essencial. A
integridade pressupõe honestidade e sinceridade que não devem estar subordinadas a ganhos
e vantagens pessoais.
Competência
Profissionalismo
Confidencialidade
Probidade
I.12
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Diligência
Conhecimento do cliente
O AAI deve tomar todas as medidas para conhecer os clientes e suas necessidades,
devendo especialmente: documentar e confirmar a verdadeira identidade dos clientes com
quem mantenha qualquer tipo de relação profissional; documentar e confirmar qualquer
informação adicional sobre os clientes; tomar todas as medidas necessárias a fim de que não se
realizem operações com pessoas ou entidades, na qual identidade não se possa confirmar;
informações de difícil obtenção, ou informação fornecida falsa (que contenha incoerência
significativa), ou então que não caiba retificação.
I.13
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
13
Ver página http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9613.htm
14
Ver página https://www3.bcb.gov.br/normativo/detalharNormativo.do?N=109061238&method=detalharNormativo
15
Ver página http://www.cvm.gov.br/asp/cvmwww/atos/exiato.asp?File=%5Cinst%5Cinst301.htm
16
Ver página https://www.coaf.fazenda.gov.br/conteudo/sobre-lavagem-de-dinheiro-1/fases
17
O COAF foi criado, no âmbito do Ministério da Fazenda, com a finalidade de disciplinar, aplicar penas administrativas,
receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas previstas na Lei, sem prejuízo da competência de
outros órgãos e entidades. O COAF deverá, ainda, coordenar e propor mecanismos de cooperação e de troca de informações que
viabilizem ações rápidas e eficientes no combate à ocultação ou dissimulação de bens, direitos e valores.
I.14
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Tipificação
Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou
propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de crime:
• de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas afins;
• de terrorismo e seu financiamento; (Redação dada pela Lei nº 10.701/0318)
• de contrabando ou tráfico de armas, munições ou material destinado à sua produção;
• de extorsão mediante sequestro;
• contra a Administração Pública, inclusive a exigência, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, de qualquer vantagem, como condição ou preço para a prática ou
omissão de atos administrativos;
• contra o sistema financeiro nacional;
• praticado por organização criminosa.
• praticado por particular contra a administração pública estrangeira.
Pena: reclusão de três a dez anos e multa.
Responsabilidades e Co-responsabilidades
Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou
valores provenientes de qualquer dos crimes antecedentes:
• os converte em ativos lícitos;
• os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em depósito,
movimenta ou transfere;
• importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros.
A pena será aumentada de um a dois terços se o crime for cometido de forma habitual ou
por intermédio de organização criminosa. A pena será reduzida de um a dois terços e começará
a ser cumprida em regime aberto, podendo o juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la por pena
restritiva de direitos, se o autor, co-autor ou partícipe colaborar espontaneamente com as
autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam à apuração das infrações penais e de
sua autoria ou à localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime.
18
Ver página http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.701.htm
I.15
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I.16
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
O prazo de cinco anos referido deve ser contado, retroativamente, a partir da data de
início da relação de negócio ou da data em que o cliente passou a se enquadrar como pessoa
politicamente exposta.
Para efeito, são considerados familiares os parentes, na linha reta, até o primeiro grau,
o cônjuge, o companheiro, a companheira, o enteado e a enteada.
No caso de relação de negócio com cliente estrangeiro que também seja cliente de
instituição estrangeira fiscalizada por entidade governamental assemelhada ao Banco Central
do Brasil, admite-se que as providências em relação às pessoas politicamente expostas sejam
adotadas pela instituição estrangeira, desde que assegurado ao Banco Central do Brasil o
acesso aos respectivos dados e procedimentos adotados.
I.17
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.18
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I.19
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IV. Economia
Noções Gerais
A atividade econômica de um país é mensurada através de indicadores
macroeconômicos. Entre os principais indicadores, pode-se destacar as taxas de inflação, de
desemprego, de câmbio e de juros, o nível de reservas cambiais, déficits e superávits das contas
governamentais. O estudo da situação macroeconômica é vital para o bom funcionamento da
economia, tendo em vista que os agentes econômicos são afetados direta e indiretamente pela
saúde financeira e econômica do país.
Índices e Indicadores19
Os índices de preços são números agregados que refletem os preços de uma dada cesta
de produtos. A oscilação de um determinado índice representa a variação média dos preços dos
produtos dessa cesta. Em certos casos, o índice pode refletir os preços ao consumidor, preços
ao produtor, custos de produção (p.ex. da construção civil) ou preços de exportação e
importação. Os índices mais difundidos são os índices de preços ao consumidor (IPC) e o índice
nacional de preços ao consumidor amplo (IPCA), este último é o indicador da oficial da inflação.
Os índices gerais de preços medem a variação do custo de vida de segmentos da população (a
taxa de inflação ou de deflação).
Os índices de preços podem ser utilizados:
• no cálculo do valor presente de um montante financeiro no passado, mensurando
assim o poder de compra presente. A esse cálculo o mercado dá-se o nome de
inflacionar;
• no cálculo do poder de compra que um montante financeiro presente teria no
passado. Nesse caso, dá-se o nome de deflacionar.
Em termos práticos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) alcançou
3.006,47 em novembro de 2009 e 3.017,59 em dezembro de 200920. A partir dos dados tem-se
que a taxa de inflação em dezembro de 2009 foi de 0,37% e que a inflação acumulada entre
dezembro de 1993 e dezembro de 2009 atingiu 2.917,59%, isto é, os preços medidos por este
indicador ficaram 30,1759 vezes maiores no período.
Teoricamente, cada consumidor tem a sua própria inflação, ou seja, os pesos das cestas
de consumo diferem entre os indivíduos. Entretanto, não seria factível calcular a inflação
individualmente. Para contornar esse fato, os institutos de pesquisas realizam uma ponderação
média das cestas de consumo, tendo como base alguns fatores pré-determinados. Há uma série
de elementos implícitos nas medidas de inflação ao consumidor, destacando-se os seguintes
fatores:
a) região/cidade e faixa de renda da população coberta;
b) pesquisa de orçamentos familiares (POF), que identifica a cesta de consumo da
população da região/cidade e da faixa de renda selecionada;
c) metodologia empregada no cálculo, de forma a combinar em uma única medida
estatística a variação do preço do conjunto de bens e dos serviços pesquisados;
I.20
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Dia 11 do
mês
anterior Até o dia 20
IGP-10 1 a 33 ao dia 10 do mês de 1994
salários do mês referência
mínimos de
no IPC, que referência
é Dia 21 do
computado mês
IPA 12 maiores
juntamente anterior
FGV IPC regiões
com ao dia 20 Até o dia 30
INCC metropolitanas
Índices de do mês do mês de
Preços no de referência -
IGP-M Atacado referência 1a prévia 1989
(IPA) e na - 1a. até dia 10 -
Construção Prévia dia 2a prévia
Civil (INCC) 21 a 30 até dia 20
- 2a.
Prévia dia
21 a 10
I.21
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Dia 1o. ao
Até o dia 10
dia 30 do
IGP-DI do mês 1944
mês de
subsequente
referência
Dia 1o ao
Até o dia 10
IPC- Município de dia 30 do
Fipe não há 1 a 20 SM do mês 1939
Fipe São Paulo mês de
subsequente
referência
I.22
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IGP
IPA = 60% IPC = 30% INCC = 10%
IGP-M
O Índice Geral de Preços do Mercado, da FGV, também por solicitação do mercado
financeiro, é calculado da mesma forma que o IGP-DI e o IGP-10, somente diferindo no período
I.23
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de coleta dos preços, efetuadas entre o 21° dia do mês anterior e o 20° do mês em referência e
divulgadas no dia 30. É o parâmetro de inflação do mercado financeiro. Até o Plano Real,
atualizava títulos do governo (Notas do Tesouro Nacional - NTN - séries B e C), títulos privados
como as debêntures e aluguéis comerciais e residenciais.
Índices e Indicadores
Desemprego (IBGE)
Mede o total de pessoas desempregadas como percentagem da PEA (População
Economicamente Ativa). Com abrangência nacional, esse é o índice de desemprego oficial do
Brasil.
Indicadores Fiscais
I.24
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Resultado Primário
O cálculo do resultado primário envolve todas as esferas de governo: Governo Central
(Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência), estados, municípios e empresas estatais. O
resultado primário representa o total das arrecadações de impostos e contribuições menos os
gastos destes mesmos órgãos, sem levar em conta as despesas e receitas financeiras. Quando
as receitas excedem as despesas fala-se em superávit primário e, quando as despesas superam
as receitas fala-se em déficit primário. O resultado primário serve para avaliar o equilíbrio fiscal
de um país.
Resultado Nominal
É a soma do resultado primário com o resultado do pagamento e recebimento de juros.
Como o Brasil é um pagador líquido de juros, fala-se que o resultado nominal é o resultado
primário mais os gastos com juros. Se a soma dos dois for positiva, fala-se em superávit nominal
e se negativa, fala-se em déficit nominal.
Balança Comercial
A Balança Comercial mensura o resultado das transações de bens entre o Brasil e o resto
do mundo. As exportações são os bens vendidos ao exterior e as importações são os bens que
compramos do exterior, sendo que o resultado líquido da diferença entre exportações menos
as importações é o saldo da balança comercial.
Transações Correntes
Mede o resultado de todas as nossas transações com o exterior, tanto de bens quanto
de serviços. É, na prática, a soma dos saldos da balança comercial e da balança de serviços.
Saldos negativos na conta-corrente têm de ser financiados, pois indicam que o país gastou mais
do que recebeu do exterior. Esse financiamento vem de superávits na conta de capitais ou
redução do total de reservas internacionais do país.
I.25
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I.26
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Reservas Internacionais
Correspondem ao total de reservas em moeda estrangeira detidas pelo BACEN. As
reservas aumentam quando o BACEN compra moeda estrangeira e diminuem quando ele as
vende. As reservas também podem aumentar ou diminuir devido a empréstimos ou
pagamentos de empréstimos a organismos internacionais.
Dívida Externa
Total dos passivos externos tanto privados quanto públicos
Taxa de Juros
As taxas de juros resultam das relações entre a oferta e a demanda de recursos
financeiros dentro de uma economia. A taxa de juros tem influência não somente sobre o
mercado monetário, mas também sobre o lado real da economia, sendo considerado um
importante mecanismo de gestão da política monetária. O governo controla a taxa de juros
através do depósito compulsório, das operações com títulos públicos e das taxas de redesconto.
A taxa de juros pode ser a expressão de tudo aquilo que pode ser acrescido ao valor
principal, podendo ser pós-fixada no caso do percentual ser atrelado a uma taxa futura ou
prefixada caso a taxa seja fixada no momento da transação. Assim, podem ser denominadas
prefixadas todas as taxas de juros com prazo e taxa definidos no ato da operação, ou seja, sabe-
se antecipadamente o valor do resgate na data estipulada anteriormente, independente de
oscilação da inflação ou outros fatores que possam vir a alterar as taxas praticadas no ato da
operação. Por outro lado, serão consideradas pós-fixadas as operações onde só se sabe o valor
de resgate no dia do vencimento, ficando assim sujeitas às flutuações de taxas praticadas
diariamente, e a todas as situações político-econômicas ocorridas dentro do período da
operação. O pós-fixado rende juros mais "correção monetária" (p.ex. TR e IGP-M).
Denomina-se taxa de juros nominal, a taxa contratada que irá atualizar certa
aplicação ou dívida. A taxa de juros real, por sua vez, é a taxa nominal descontada da
variação da inflação no mesmo período.
Prime Rate
Taxa de juros básica utilizada por bancos comerciais norte-americanos em empréstimos
para clientes preferenciais.
I.27
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I.28
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
22https://www3.bcb.gov.br/gmn/visualizacao/listarDocumentosManualPublico.do?method=visualizarDocumentoInicial&itemMa
nualId=3461
I.29
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Orgãos Entidades
Operadores
normativos supervisoras
Demais
Instituições instituições
Banco Central do financeiras financeiras
Brasil - Bacen captadoras de
Conselho depósitos à vista Bancos de Outros intermediários
Monetário Câmbio financeiros e administradores
Nacional - de recursos de terceiros
Comissão de
CMN Bolsas de
Valores Bolsas de
mercadorias e
Mobiliários - valores
futuros
CVM
Conselho
Entidades
Nacional de Superintendência Sociedades
Sociedades abertas de
Seguros de Seguros Resseguradores de
seguradoras previdência
Privados - Privados - Susep capitalização
complementar
CNSP
Conselho Superintendência
Nacional de Nacional de
Entidades fechadas de previdência complementar
Previdência Previdência
Complementar Complementar -
- CNPC PREVIC
(fundos de pensão)
I.30
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I.31
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Sua sede fica em Brasília, capital do País, e tem representações nas capitais dos Estados
do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco,
Ceará e Pará.
Objetivos
23
http://www.bcb.gov.br/?SFNCOMP
I.32
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I.33
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
• as cédulas de debêntures;
• as cotas de fundos de investimento em valores mobiliários ou de clubes de
investimento em quaisquer ativos;
• as notas comerciais;
• os contratos futuros, de opções e outros derivativos, cujos ativos subjacentes
sejam valores mobiliários;
• outros contratos derivativos, independentemente dos ativos subjacentes; e,
• quando ofertados publicamente, quaisquer outro títulos ou contratos de
investimento coletivo, que gerem direito de participação, de parceria ou de
remuneração, inclusive resultante de prestação de serviços, cujos
rendimentos advêm do esforço do empreendedor ou de terceiros.
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) - órgão responsável por fixar as diretrizes
e normas da política de seguros privados; é composto pelo Ministro da Fazenda (Presidente),
representante do Ministério da Justiça, representante do Ministério da Previdência Social,
Superintendente da Superintendência de Seguros Privados, representante do Banco Central do
Brasil e representante da Comissão de Valores Mobiliários. Dentre as funções do CNSP estão:
regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos que exercem atividades
subordinadas ao SNSP, bem como a aplicação das penalidades previstas; fixar as características
gerais dos contratos de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro;
estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro; prescrever os critérios de
constituição das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada
Aberta e Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das respectivas operações e
disciplinar a corretagem de seguros e a profissão de corretor.
BSM24
Criada em 2007, a BM&FBOVESPA Supervisão de Mercados (BSM) atua na fiscalização
do mercado de valores mobiliários, cuja integridade busca fortalecer. A BSM foi desenhada à
luz dos melhores padrões internacionais de supervisão e fiscalização privada dos mercados de
bolsa; e dos marcos de excelência regulatória pública dos mercados de valores mobiliários,
mundialmente reconhecidos. Aliás, já a partir de sua constituição, a BSM sempre esteve
24
http://www.bsm-autorregulacao.com.br/
I.34
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
perfeitamente adequada aos princípios e às regras da Instrução CVM nº 461/07, que disciplina
os mercados regulamentados de valores mobiliários.
Desta maneira, a BSM sempre atuou como órgão auxiliar da CVM no que concerne à
regulação dos mercados da bolsa. Antes, só cuidava do que agora se chama “segmento”
Bovespa (mercado de ações). A partir de 2008, com a completa integração das antigas bolsas,
Bovespa e BM&F, a BSM passou a responder também pela regulação do “segmento” BM&F
(mercados de commodities e futuros), contando com pessoal qualificado a supervisionar cada
um desses mercados. Hoje a BSM, o que faz, então, é a autorregulação de todos os mercados
da BM&FBOVESPA.
Na verdade, a Instrução CVM nº 461/07 determina que a BM&FBOVESPA deve
estabelecer mecanismos e procedimentos eficazes para que a BSM fiscalize a observância de
suas regras e normas de conduta, bem como da regulamentação vigente, de maneira a
identificar violações, condições anormais de negociação ou comportamentos suscetíveis de por
em risco a regularidade de funcionamento, a transparência e a credibilidade do mercado. Assim,
a eficiência da autorregulação praticada pela BSM é exigida pela Instrução, possibilitada pela
Bolsa e, certamente, desejada pelo mercado.
Um dos múltiplos instrumentos que permitem que a BSM possa cumprir suas funções
de autorregulação é a administração do Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos, o MRP,
igualmente instituído por aquela Instrução, em substituição ao antigo Fundo de Garantia da
Bovespa e à similar provisão financeira da BM&F.
O MRP é um mecanismo constituído para o exclusivo benefício dos investidores.
Administrado pela BSM, trata-se de um ágil meio de cobertura dos prejuízos sofridos por
investidores em razão de ações ou omissões dos intermediários. Porque os investidores que se
sentirem prejudicados só o que têm a fazer é reclamar à BSM, justificadamente, o
ressarcimento de seus prejuízos pelo MRP. E se os investidores tiverem razão, serão
imediatamente indenizados. Até o máximo possível, previsto na legislação. Uma ótima garantia,
especialmente para o pequeno investidor.
I.35
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Públicas:
o Federais: constituídas com sede no país, com controle direto ou indireto pela União.
o Estaduais: instituições cuja maioria do capital votante seja detida, de forma direta ou
indireta, por um ou mais estados da federação.
Privadas:
Classificação
As instituições financeiras que operam no mercado são classificadas segundo a natureza
dos ativos que emitem e os tipos de operações que estão autorizadas a realizar. Segundo o
ativo bancário e não bancário; segundo as operações: crédito e distribuidoras.
As instituições de crédito classificadas como bancárias (ou monetárias) são os bancos
comerciais e o Banco Central, que são responsáveis pela oferta de moedas. O Banco Central
emite papel moeda (moeda legal), a qual, uma vez em poder do público, vai constituir, com os
depósitos à vista nos bancos comerciais, os meios de pagamento da economia.
Os ativos financeiros podem também ser classificados em ativos financeiros monetários
e ativos financeiros não monetários. No caso brasileiro: a) papel moeda em poder do público
mais depósito a vista; b) não monetários: todos os demais - letras de câmbio, duplicatas,
depósito de poupança, certificados de depósito a prazo, etc.
I.36
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Conceituação25
Bancos Comerciais
Os bancos comerciais são instituições financeiras privadas ou públicas que têm como
objetivo principal proporcionar suprimento de recursos necessários para financiar, a curto e a
médio prazos, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e
terceiros em geral. A captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade
típica do banco comercial, o qual pode também captar depósitos a prazo. Deve ser constituído
sob a forma de sociedade anônima e na sua denominação social deve constar a expressão
"Banco" (Resolução CMN 2.099, de 1994).
Instituição financeira regulada e fiscalizada pelo BACEN, cujo objetivo é proporcionar o
suprimento de recursos para financiar, a curto e médio prazo, o comércio, a indústria, as
empresas e pessoas físicas. Esses bancos podem: descontar títulos, realizar operações de
abertura de crédito simples ou em conta corrente, realizar operações especiais, inclusive de
crédito rural, de câmbio e comércio internacional, captar depósitos à vista e a prazo, emitir CDB
e RDB, efetuar cobrança de títulos, arrecadar tributos e tarifas públicas, realizar empréstimos
para giro da atividade produtiva (capital de giro, salários, etc.), obter recursos junto a
instituições oficiais para repasse aos clientes, obter recursos externos para repasses, efetuar
apresentação de serviços diretamente ou em convênio com outras instituições.
Bancos de Investimentos26
Os bancos de investimento são instituições financeiras privadas especializadas em
operações de participação societária de caráter temporário, de financiamento da atividade
produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e de administração de recursos de terceiros.
Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima e adotar, obrigatoriamente, em sua
denominação social, a expressão "Banco de Investimento". Não possuem contas correntes e
captam recursos via depósitos a prazo, repasses de recursos externos, internos e venda de
cotas de fundos de investimento por eles administrados. As principais operações ativas são
financiamento de capital de giro e capital fixo, subscrição ou aquisição de títulos e valores
mobiliários, depósitos interfinanceiros e repasses de empréstimos externos (Resolução CMN
2.624, de 1999).
Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima e adotar, obrigatoriamente,
em sua denominação social, a expressão "Banco de Investimento". Não possuem contas
correntes.
Aos bancos de investimento é facultado, além da realização das atividades inerentes à
consecução de seus objetivos:
I - praticar operações de compra e venda, por conta própria ou de terceiros, de metais
preciosos, no mercado físico, e de quaisquer títulos e valores mobiliários, nos mercados
financeiros e de capitais;
25
Ver página http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/bc.asp
26
Ver página http://www.cnb.org.br/CNBV/resolucoes/res2624-1999.htm
I.37
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Bancos Múltiplos27
Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou públicas que realizam as
operações ativas, passivas e acessórias das diversas instituições financeiras, por intermédio das
seguintes carteiras: comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito imobiliário,
de arrendamento mercantil e de crédito, financiamento e investimento. Essas operações estão
sujeitas às mesmas normas legais e regulamentares aplicáveis às instituições singulares
correspondentes às suas carteiras. A carteira de desenvolvimento somente poderá ser operada
por banco público. O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas carteiras,
sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento, e ser organizado sob a
forma de sociedade anônima. As instituições com carteira comercial podem captar depósitos à
vista. Na sua denominação social deve constar a expressão "Banco" (Resolução CMN 2.099, de
1994).
O banco múltiplo deverá constituir-se com, no mínimo, duas das seguintes carteiras,
sendo uma delas obrigatoriamente comercial ou de investimento:
I - Comercial;
27
Ver páginas http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/bm.asp e http://www.cnb.org.br/CNBV/resolucoes/res2099-1994.htm
I.38
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
28
Ver página http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/cef.asp
29
Ver página http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/bndes.asp
I.39
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Temas transversais30
Para que os objetivos sejam alcançados de forma consistente, o Planejamento
Corporativo BNDES 2009-2014 envolveu a alta direção, gerentes e técnicos de todas as áreas do
Banco em um esforço de avaliação da situação atual, da dinâmica social e econômica
contemporânea, e análise das tendências de mercado, da competição e do progresso técnico,
associadas às várias atividades econômicas em que o Banco está envolvido. Além de reafirmar
seu compromisso histórico com o fortalecimento dos sistemas produtivos e o desenvolvimento
da infraestrutura, o Banco elegeu quatro temas transversais que devem constituir novos
desafios para fomento:
i) a inovação, através do apoio às atividades de P&D, engenharia e gestão da inovação,
entre outros itens ligados à capacitação técnica e gerencial;
ii) o desenvolvimento local e regional, fomentando investimentos integrados em
diferentes escalas territoriais e diferentes institucionalidades (APLs, entorno de grandes
projetos, cidades-polo, bacias hidrográficas), apoiando políticas integradas de desenvolvimento
urbano e priorizando regiões menos desenvolvidas;
iii) o desenvolvimento socioambiental, apoiando projetos que primem pelo
desenvolvimento sustentável (crescimento econômico, bem-estar social e preservação do meio
30
Ver página
http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/O_BNDES/A_Empresa/planejamento_corporativo.html
I.40
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Cooperativas de Crédito
As cooperativas de crédito se dividem em: singulares, que prestam serviços financeiros
de captação e de crédito apenas aos respectivos associados, podendo receber repasses de
outras instituições financeiras e realizar aplicações no mercado financeiro; centrais, que
prestam serviços às singulares filiadas, e são também responsáveis auxiliares por sua
supervisão; e confederações de cooperativas centrais, que prestam serviços a centrais e suas
filiadas. Observam, além da legislação e normas gerais aplicáveis ao sistema financeiro: a Lei
Complementar nº 130, de 17 de abril de 2009, que institui o Sistema Nacional de Crédito
Cooperativo; a Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que institui o regime jurídico das
sociedades cooperativas; e a Resolução nº 3.859, de 27 de maio de 2010, que disciplina sua
constituição e funcionamento. As regras prudenciais são mais estritas para as cooperativas cujo
quadro social é mais heterogêneo, como as cooperativas de livre admissão.
As cooperativas de crédito observam, além da legislação e normas do sistema financeiro,
a Lei 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que define a política nacional de cooperativismo e
institui o regime jurídico das sociedades cooperativas. Atuando tanto no setor rural quanto no
urbano, as cooperativas de crédito podem se originar da associação de funcionários de uma
mesma empresa ou grupo de empresas, de profissionais de determinado segmento, de
empresários, ou mesmo adotar a livre admissão de associados em uma área determinada de
atuação, sob certas condições. Devem adequar sua área de ação às possibilidades de reunião,
controle, operações e prestações de serviços. Estão autorizados a realizar operações de
captação por meio de depósito à vista e a prazo (sem emissão de certificados - os RDB’s),
somente a associados, por meio de desconto de títulos, empréstimos, financiamentos, e
realizar aplicação de recursos no mercado financeiro (Resoluções CMN n° 344/07e n° 3454/07).
31
31
Ver página http://pt.scribd.com/doc/49613649/7/INSTITUICOES-E-INTERMEDIADORES-FINANCEIROS
I.41
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
também estabelece que as cooperativas de crédito que desejarem distribuir cotas de outros
tipos de fundos antes de 30 de junho de 2008, deverão atingir índice de 100% de certificação de
seus empregados acima mencionados e solicitar à CVM autorização.
As sociedades de crédito imobiliário são instituições financeiras criadas pela Lei 4.380,
de 21 de agosto de 1964, para atuar no financiamento habitacional. Constituem operações
passivas dessas instituições os depósitos de poupança, a emissão de letras e cédulas
hipotecárias e depósitos interfinanceiros. Suas operações ativas são: financiamento para
construção de habitações, abertura de crédito para compra ou construção de casa própria,
financiamento de capital de giro a empresas incorporadoras, produtoras e distribuidoras de
material de construção. Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima, adotando
obrigatoriamente em sua denominação social a expressão "Crédito Imobiliário". (Resolução
CMN 2.735, de 2000).
As sociedades de crédito imobiliário são instituições financeiras, constituídas sob a
forma de sociedade anônima, integrantes do SFN, especializadas em operações de
financiamento imobiliário, atualmente regulamentadas pela Resolução CMN n° 2735/00.As
SCI’s podem, além de realizar as atividades inerentes à consecução de seus objetivos, operar
em todas as modalidades admitidas nas normas relativas ao direcionamento dos recursos
captados em depósitos de poupança.
As SCI’s, em suas atividades, podem empregar recursos próprios e os provenientes de:
depósitos de poupança; letras hipotecárias; letras de crédito imobiliário; repasses e
refinanciamentos contraídos no país; empréstimos e financiamentos contraídos no exterior;
depósitos interfinanceiros e outras formas de captação de recursos autorizadas pelo BACEN
32
Ver página http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/sci.asp
I.42
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.43
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Corretoras de Câmbio33
I.44
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.45
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.46
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Resolução 2.83835
R E S O L V E U:
I - ser julgado apto em exame de certificação organizado por entidade autorizada pela
Comissão de Valores Mobiliários, observado que o exercício das atividades de distribuição e
mediação nos mercados de derivativos depende, ainda, de aprovação em exame específico que
avalie o respectivo conhecimento sobre o funcionamento e os riscos inerentes a esses
mercados;
III - manter contrato para distribuição e mediação com uma ou mais das instituições
referidas no art. 1º;
35https://www3.bcb.gov.br/normativo/detalharNormativo.do?N=101097407&method=detalharNormativo
I.47
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Parágrafo único. Fica o Banco Central do Brasil incumbido de disciplinar a entrada em vigor
do disposto neste artigo.
D.O.U.: 18.12.2003
Dispõe sobre a certificação de empregados das instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.
RESOLVEU:
I.48
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
III - 75% (setenta e cinco por cento), no mínimo, até 31 de dezembro de 2006;
Art. 2º As instituições referidas no art. 1º devem assegurar que as pessoas contratadas como
empregados, a partir da data da entrada em vigor desta resolução, para exercerem, na própria
instituição, as atividades relacionadas naquele artigo, cumpram a formalidade ali prevista no
prazo de um ano, contado da data da respectiva contratação, ou no prazo previsto no § 3º do
art. 1º, o que ocorrer primeiro.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às pessoas consideradas aptas para os
efeitos desta resolução, que tenham deixado de ser empregados de qualquer das instituições
referidas no art. 1º por período inferior a um ano, contado a partir da data de término do
vínculo empregatício anterior até a data de seu retorno à condição de empregado.
Art. 4º As instituições referidas no art. 1º são responsáveis pela atualização periódica dos
conhecimentos de seus empregados considerados aptos para os efeitos desta resolução.
I.49
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Dispõe sobre a atividade de agente autônomo de investimento e revoga as Instruções CVM nºs
355, de 1º de agosto de 2001, e 366, de 29 de maio de 2002.
ÂMBITO E FINALIDADE
DEFINIÇÃO
Art. 2º O agente autônomo de investimento é a pessoa natural que obtém registro na Comissão
de Valores Mobiliários – CVM, para exercer, sob a responsabilidade e como preposto de
instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários, a atividade de
distribuição e mediação de valores mobiliários.
Parágrafo único. Os agentes autônomos de investimento podem constituir pessoa jurídica para
o exercício da atividade referida no caput, observados os requisitos desta Instrução.
EXERCÍCIO DA ATIVIDADE
Art. 3º A atividade de agente autônomo de investimento somente pode ser exercida por pessoa
natural ou jurídica autorizada pela CVM, que mantenha contrato para distribuição e mediação
com uma ou mais instituições integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários.
I.50
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
II – tenha sido aprovada em exame técnico específico para agente autônomo de investimento,
organizado por entidade certificadora autorizada pela CVM;
III – não esteja inabilitada ou suspensa para o exercício de cargo em instituições financeiras e
demais entidades autorizadas a funcionar pela CVM, pelo Banco Central do Brasil, pela
Superintendência de Seguros Privados – SUSEP ou pela Secretaria de Previdência
Complementar – SPC;
V – não esteja impedida de administrar seus bens ou deles dispor em razão de decisão judicial.
Parágrafo único. A identificação do candidato deverá ser verificada pela entidade certificadora,
que enviará à CVM a relação dos candidatos aprovados no exame previsto no inciso II deste
artigo, conservando em seu poder os documentos respectivos enquanto for mantida a
habilitação do candidato, e pelo prazo de 5 (cinco) anos a partir de seu cancelamento.
I.51
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Parágrafo único. A CVM poderá exigir, a qualquer tempo, a comprovação do teor da declaração
a que se refere o inciso II deste artigo.
Art. 7º Os exames de certificação serão organizados por entidade de classe ou entidade auto-
reguladora que congregue profissionais, associações ou instituições do mercado financeiro e de
capitais.
II – tenha como sócios unicamente agentes autônomos autorizados pela CVM, e a eles seja
atribuído, com exclusividade, o exercício das atividades referidas no art. 2º, sendo todos os
sócios responsáveis perante a CVM pelas atividades da sociedade.
§ 1º Será admitido que a sociedade tenha como sócios terceiros que não sejam agentes
autônomos, desde que sua participação no capital social e nos lucros não exceda de 2% (dois
por cento), e que tais sócios não exerçam função de gerência ou administração ou por qualquer
modo participem das atividades que constituam o objeto social.
§ 2º Um mesmo agente autônomo – pessoa natural não poderá ser sócio de mais de um agente
autônomo – pessoa jurídica.
I.52
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Parágrafo único. As alterações posteriores dos atos constitutivos devem ser encaminhados à
CVM, no prazo de 15 (quinze) dias úteis após o seu registro.
Art. 10. A autorização para o exercício da atividade de agente autônomo de investimento será
expedida pela Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários no prazo de 30
(trinta) dias, a contar da data do protocolo na CVM da documentação referida nos arts. 6º ou 9º
desta Instrução, conforme o caso.
§ 1º Decorrido o prazo previsto neste artigo, caso não haja manifestação da CVM em contrário,
e desde que tenham sido cumpridas todas as formalidades previstas nesta Instrução, o pedido
de autorização será automaticamente concedido.
§ 2º O prazo de 30 (trinta) dias pode ser interrompido, uma única vez, se a CVM solicitar ao
interessado informações adicionais, passando a fluir novo prazo de 30 (trinta) dias a partir da
data de cumprimento das exigências.
§ 3º Para o atendimento das exigências, é concedido prazo não superior a 60 (sessenta) dias,
contados do recebimento da correspondência respectiva, sob pena de indeferimento do pedido.
CANCELAMENTO DA AUTORIZAÇÃO
Art. 12. A autorização para o exercício da atividade de agente autônomo de investimento pode
ser cancelada:
I.53
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
§ 3º Na hipótese prevista no inciso I deste artigo, a CVM oficiará ao Ministério Público para a
propositura da competente ação penal, sem prejuízo da aplicação das penalidades previstas no
art. 11 da Lei nº 6.385, de 07 de dezembro de 1976.
a) apresentação do seu distrato social ou mudança de seu objeto, com registro no órgão
competente; e
I.54
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
SUSPENSÃO DA AUTORIZAÇÃO
Art. 13. A CVM poderá, por solicitação do agente autônomo – pessoa natural, suspender a
autorização para o exercício de sua atividade por um período contínuo de até 12 (doze) meses,
não renovável, mediante a apresentação de:
§ 1º A suspensão somente será concedida se houver decorrido o prazo de pelo menos 3 (três)
anos da data de concessão da autorização do agente autônomo ou do término de sua última
suspensão.
ATUALIZAÇÃO CADASTRAL
Art. 14. O agente autônomo de investimento deve comunicar à CVM qualquer alteração
cadastral, por intermédio da página da CVM na rede mundial de computadores, no prazo de 5
(cinco) dias úteis, contados da data de sua ocorrência.
NORMAS DE CONDUTA
Art. 15. O agente autônomo de investimento deve observar as seguintes regras de conduta:
I – empregar, no exercício de sua atividade, o cuidado e a diligência que todo homem ativo e
probo costuma dispensar à administração de seus próprios negócios;
II – abster-se da prática de atos que possam ferir a relação fiduciária entre investidores e a
instituição intermediária à qual estiver vinculado; e
III – zelar pelo sigilo de informações confidenciais a que tenha acesso no exercício de sua
função.
VEDAÇÕES
I.55
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
III – atuar como contraparte, direta ou indiretamente, em operações das quais participem
clientes da instituição intermediária à qual o agente autônomo esteja vinculado, sem prévia e
específica autorização do mesmo;
a) análise ou consultoria de valores mobiliários, salvo se estiver autorizado pela CVM a exercer
tais atividades; e
VI – delegar a terceiros, total ou parcialmente, a execução dos serviços que constituam objeto
do contrato celebrado com a instituição intermediária.
I.56
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Art. 18. Constituem infração grave, para efeito do disposto no § 3º do art. 11 da Lei nº 6.385, de
1976:
III – aconselhar clientes da instituição intermediária à qual o agente autônomo esteja vinculado
a realizar negócio com a finalidade de obter, para si ou para outrem, vantagem indevida.
Art. 19. Constitui hipótese de infração de natureza objetiva, sujeita ao rito sumário de processo
administrativo, o descumprimento das disposições do art. 16 desta Instrução.
Art. 20. Sujeitam-se à multa cominatória diária de R$ 200,00 (duzentos reais), incidente a partir
do dia seguinte ao término do prazo estabelecido para o cumprimento da obrigação, e sem
prejuízo da aplicação das penalidades previstas no art. 11 da Lei nº 6.385, de 1976:
b) não mantiver seu cadastro atualizado, nos termos do art. 14 desta Instrução;
Art. 21. Os agentes autônomos – pessoas jurídicas autorizados pela CVM previamente à
vigência desta Instrução terão o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da data de sua
entrada em vigor, para se adaptarem ao disposto nos parágrafos do art. 8º desta Instrução.
I.57
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Art. 23. Para os aprovados em exames de certificação para agentes autônomos de investimento
concluídos previamente a esta Instrução, o prazo de que trata o § 2º do art. 7º será contado a
partir da data de entrada em vigor desta Instrução.
Art. 24. Ficam revogadas as Instruções CVM nºs. 355, de 1º de agosto de 2001, e 366, de 29 de
maio de 2002.
Art. 25. Esta Instrução entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União.
36http://www.portaldoinvestidor.gov.br/Acadêmico/EntendendooMercadodeValoresMobiliários/OqueéMercadodeBalcãoOrganiz
ado/tabid/188/Default.aspx
I.58
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Bolsas Internacionais
Bolsa de valores cujo desempenho de seu índice é tomado como referência aos demais
mercados acionários do mundo. Atualmente é a maior bolsa do mundo. Localizada em
Manhattan, na Wall Street. É administrada pela NYSE EURONEXT. A NYSE foi criada em 1792.
Nela são transacionados ações das maiores empresas americanas e do mundo. Índice utilizado
I.59
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
para acompanhamento da evolução dos negócios na bolsa de valores de Nova York é o Dow
Jones.
Outra instituição de tamanha importância no mercado americano é NASDAQ (National
Association of Securities Dealers Automated Quotations), lançada em 1971 a NASDAQ era a
principal instituição norte americana operando no mercado de balcão . Foi também o primeiro
mercado eletrônico conectando diretamente compradores e vendedores, e altamente
sofisticado, interligando os participantes através de um moderno sistema de computação e
telecomunicações. A Nasdaq é conhecida por negociar ações das maiores empresas de
tecnologia, como por exemplo o Microsoft, Intel, Dell Computer, Yahoo, Amazon.com, etc.
I.60
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Risco de Crédito
A concessão de crédito é a atividade principal dos bancos a medida que este financia o
consumo e o investimento da população. O estudo da capacidade de pagamento dos agentes
envolvidos é fator crucial para o sucesso de suas atividades, evitando que problemas de seleção
adversa e risco moral ocorram de forma mais acentuada. Nesse sentido, Saunders e Cornett
(2003) definem risco de crédito como a probabilidade de o devedor não gerar fluxos de caixa
suficientes para resgatar suas obrigações junto ao credor, dentro das condições previamente
combinadas (prazo, juros, periodicidade dos pagamentos, etc.).
O risco de crédito, segundo a definição de Fortuna (2010), representa a possibilidade da
perda pelo não pagamento de algum tipo de dívida que qualquer contraparte tenha assumido
com uma instituição financeira. Se crédito pode ser definido como a expectativa de
recebimento de uma soma em dinheiro em um prazo determinado, então risco de crédito é a
chance que essa expectativa não se concretize (CAOUETTE et al, 1998).
O risco de crédito não se restringe a operações de empréstimo, mas engloba também
outras operações intra e extra-balanço, tais como aceites, garantias e investimentos em títulos.
O grande problema da avaliação de risco de crédito de terceiros é que ela nem sempre é
acurada (devido ao problema de assimetria de informações) e uma série de fatores pode alterar
ao longo do tempo a condição inicialmente diagnosticada. Sérios problemas bancários têm
ocorrido em razão de deficiências dos bancos no reconhecimento de créditos de alto risco e na
criação de reservas para a baixa contábil desses ativos.
Risco de Mercado
O risco de mercado é caracterizado pela probabilidade de prejuízos oriundos de
movimentos desfavoráveis nos preços de mercado, pertencente à categoria de risco
especulativo, visto que alterações nos preços podem se traduzir tanto em prejuízos quanto em
lucros. Sob a perspectiva recente, o crescimento da exposição a risco de mercado por parte das
instituições financeiras faz parte de um movimento de busca por produtos financeiros que são
potencializadores de lucro, mas que aumentam significativamente o nível de risco assumido nas
operações.
O risco de mercado, também chamado de risco de preço, origina-se de qualquer
I.61
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
mudança de valor nos ativos e passivos detidos pela instituição financeira. Essa mudança pode
ocorrer nas taxas de juros, na taxa de câmbio ou mesmo na variação de ativos de renda variável
ou no mercado imobiliário. O risco de mercado depende do comportamento do preço do ativo
diante das condições de negociação, destacando a importância de identificar e quantificar o
mais corretamente possível as volatilidades e correlações dos fatores que impactam a dinâmica
do preço do ativo.
Fortuna (2010) acrescenta que o risco do mercado tem crescido de importância, a partir,
das seguintes motivações: (i) aumento do processo de securitização de ativos e, a consequente
ampliação do uso das técnicas de marcação a mercado de títulos; (ii) complexidade cada vez
maior dos instrumentos financeiros negociados, notadamente os instrumentos derivativos; (iii)
aumento da volatilidade da taxa de câmbio com o fim do padrão dólar-ouro no início dos anos
70, potencializado nos anos mais recentes pela maior integração dos mercados financeiros e de
capitais globais, e suas consequências na volatilidade da taxa de juros; e (iv) ampliação das
atividades de comercialização de ativos das instituições financeiras nesse ambiente de maior
volatilidade e, suas consequências nos resultados destas instituições.
Risco de Liquidez
A manutenção da liquidez bancária em níveis condizentes com a necessidade de suas
operações é característica imprescindível para o sistema financeiro exercer corretamente suas
funções básicas (aproximar agentes superavitários e deficitários). De uma forma geral,
problemas de liquidez em uma instituição financeira não se restringem aos resultados
financeiros individuais da mesma, mas repercutem diretamente sobre todo o sistema de
intermediação, podendo gerar até mesmo colapsos bancários e crises na economia.
Para os efeitos da Resolução 2804/00, do Conselho Monetário Nacional, é definido
como risco de liquidez a ocorrência de desequilíbrios entre ativos negociáveis e passivos
exigíveis - descasamentos entre pagamentos e recebimentos - que possam afetar a capacidade
de pagamento da instituição, levando-se em consideração as diferentes moedas e prazos de
liquidação de seus direitos e obrigações. Por sua vez, o Comitê de Supervisão Bancária da
Basiléia considera como risco de liquidez:
O risco de liquidez em um banco decorre da sua incapacidade de promover reduções
em seu passivo ou financiar acréscimos em seus ativos. Quando um banco apresenta liquidez
inadequada, perde a capacidade de obter recursos, (...), afetando, assim, sua rentabilidade. Em
casos extremos, liquidez insuficiente pode acarretar a insolvência de um banco (BCBS, 1997,
p.18).
O risco de liquidez pode ser dividido em duas formas distintas: (i) risco de liquidez de
ativos, que ocorre quando uma transação não pode ser efetuada aos preços de mercado
prevalecentes, em razão do tamanho da posição quando comparada ao volume normalmente
transacionado; e (ii) risco de liquidez de financiamento, que se refere à incapacidade de honrar
pagamentos, o que pode obrigar a uma liquidação antecipada, transformando perdas
escriturais em perdas reais.
Risco Operacional
O risco operacional é aquele oriundo de erros humanos, tecnológicos ou de acidentes.
Segundo Fortuna (2010), o risco operacional é qualquer possibilidade de perda originada por
I.62
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Marcação a Mercado
A “marcação a mercado” é uma regra que obriga o fundo de investimento a divulgar
diariamente o valor exato de mercado dos títulos que compõem o fundo. Se os ativos da
carteira não forem correspondentes ao valor de mercado, as cotas podem não estar refletindo
o patrimônio real do fundo.
A marcação a mercado tem como principal objetivo evitar a transferência de riqueza
entre diversos cotistas e, além disto, dá maior transparência aos riscos embutidos nas posições,
I.63
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
uma vez que as oscilações de mercado dos preços dos ativos, ou dos fatores determinantes
destes, estarão refletidas nas quotas, melhorando assim a comparabilidade entre suas
performances.
O preço de mercado utilizado na valorização desses ativos é fornecido por fonte de
acesso irrestrito e adotado sempre que representar o provável valor de mercado justo de um
determinado ativo. Nos casos de impossibilidade de obtenção de um valor considerado justo,
seja por falta de informação, seja por falta de liquidez, serão utilizados dados obtidos através
de fontes secundárias. A metodologia alternativa a ser aplicada dependerá do ativo em questão.
A marcação a mercado significa colocar os ativos que existem no fundo a preços reais.
Alguns administradores vinham contabilizando os papéis da carteira pelo seu valor nominal.
Porém, em fevereiro de 2002, o Banco Central (BC) determinou novas regras de marcação a
mercado, estipulando o mês de setembro como prazo limite para os gestores finalizarem os
ajustes necessários à adequação dos fundos de investimento.
A Decisão de Investimento
Alguns fatores determinam a escolha de um investimento por parte do investidor. São
eles: objetivo do investidor, horizonte de investimento, risco-retorno e diversificação.
I.64
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Objetivo do Investidor
Todo investidor possui um objetivo para seus recursos, mesmo que não declarado. Por
objetivo entenda-se finalidade: como comprar uma casa, um carro ou outro bem; este objetivo,
no entanto, está ligado diretamente à um prazo para realizar-se, chamado de horizonte de
investimento.
Horizonte de Investimento
O horizonte é um fator determinante para a escolha do investimento mais adequado. Se
o investidor tem objetivos de longo prazo, pode optar por investimentos cujo prazo de
maturação seja maior. Flutuações de curto prazo são pouco relevantes, pois o que mais importa
é a tendência de longo prazo.
I.65
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
37 http://www.cvm.gov.br/port/protinv/caderno7.asp
I.66
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
oferta não aumenta o capital social da empresa, e, sim, vai para o acionista que vendeu as
ações.
Mercado Secundário
Os investidores que adquiriram esses títulos ou valores mobiliários podem revendê-los
no chamado mercado secundário, onde ocorre a compra e venda desses entre os investidores.
Para facilitar a negociação desses títulos no mercado secundário, foram criadas instituições que
têm por objetivo administrar sistemas centralizados, regulados e seguros para a negociação
desses títulos. A função básica dessas instituições é proporcionar liquidez aos valores de
emissão de companhias abertas, ou seja, possibilitar ao investidor que adquiriu esses títulos
vendê-los de forma eficiente e segura. Como exemplo temos as bolsas de valores e as
entidades administradoras do mercado de balcão organizado.
A atuação nas bolsas de valores e mercado de balcão organizado é restrita às
instituições financeiras e sociedades corretoras ou distribuidoras devidamente autorizadas a
funcionar pela CVM e Banco Central, que atuam em nome de seus clientes, os investidores,
comprando e venden10 do ações, debêntures e outros títulos e valores mobiliários emitidos
pelas companhias abertas.
O mercado de balcão organizado é um ambiente administrado por instituições auto-
reguladoras que propiciam sistemas informatizados e regras para a negociação de títulos e
valores mobiliários. Estas instituições são autorizadas a funcionar pela CVM e por ela são
supervisionadas.
Tradicionalmente, o mercado de balcão é um mercado de títulos sem local físico
definido para a realização das transações que são feitas por telefone entre as instituições
financeiras. O mercado de balcão é chamado de organizado quando se estrutura como um
sistema de negociação de títulos e valores mobiliários podendo estar organizado como um
sistema eletrônico de negociação por terminais, que interliga as instituições credenciadas em
todo o Brasil, processando suas ordens de compra e venda e fechando os negócios
eletronicamente.
As principais regras estabelecidas pelas entidades administradoras do mercado de
balcão organizado são:
Em relação aos intermediários financeiros:
o Regras para admissão – ou seja, quais os critérios e procedimentos para que uma
instituição financeira possa participar do mercado de balcão organizado e
intermediar as negociações entre os investidores;
o Regras de negociação e de conduta que devem ser observados pelos
intermediários;
o Procedimentos para fiscalização dos intermediários e aplicação de penalidades
para os infratores;
I.67
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
o Critérios para cancelamento de listagem dos referidos títulos que foram uma vez
admitidos à negociação.
Intermediários
Todas as instituições integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários
podem ser membros do mercado de balcão organizado: as sociedades corretoras de valores ou
de mercadorias, as distribuidoras e os bancos de investimento. Para se tornar membro do
mercado de balcão organizado é necessário cumprir todos os requisitos impostos pela entidade
administradora, pela CVM e pelo Banco Central do Brasil.
Os intermediários são responsáveis por executar e liquidar adequadamente as ordens
de seus clientes, os investidores, que devem estar previamente cadastrados antes de iniciar
qualquer operação. Os intermediários têm como obrigação informar seus clientes sobre as
regras de operação do mercado de balcão organizado, bem como todos os detalhes dos
negócios executados em nome do mesmo.
A entidade administradora do mercado de balcão organizado pode admitir a presença
de formadores de mercado. O formador de mercado é o intermediário especial, credenciado
para promover a liquidez de um determinado título. Para isso, esse intermediário irá manter e
executar ordens de compra e venda para esse título observando as condições estabelecidas
pela entidade administradora do mercado.
O formador de mercado deverá utilizar seus recursos próprios para executar ordens de
compra e de venda para investidores interessados no ativo em que for credenciado. Esses
investidores podem ser seus clientes ou clientes de outro intermediário financeiro autorizado a
operar no mercado. A receita do formador de mercado nesta operação é a diferença positiva
entre o preço de compra e preço de venda, chamada “spread”. A diferença máxima entre as
ofertas de compra e de venda que o formador de mercado divulga no sistema de negociação é
determinada pela entidade administradora do mercado de balcão organizado.
A presença do formador de mercado aumenta a chance de ocorrer uma operação
quando um investidor quiser comprar e vender este determinado título.
Títulos Negociados
O mercado de balcão organizado pode admitir à negociação somente as ações de
companhias abertas com registro para negociação em mercado de balcão organizado. As
debêntures de emissão de companhias abertas podem ser negociadas simultaneamente em
bolsa de valores e mercado de balcão organizado desde que cumpram os requisitos de ambos
os mercados.
Como dissemos, antes de ter seus títulos negociados no mercado primário, a companhia
deverá requerer o registro de companhia aberta junto à CVM e neste momento deverá
especificar onde seus títulos serão negociados no mercado secundário: se em bolsa de valores
ou mercado de balcão organizado.
Essa decisão é muito importante, pois uma vez concedido o registro para negociação em
mercado de balcão organizado este só pode ser alterado com um pedido de mudança de
registro junto à CVM. Mais adiante detalharemos como uma companhia aberta pode mudar
seu registro de mercado de balcão organizado.
I.68
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Ações38
O investimento em ações é uma aplicação financeira de renda variável. Isto significa
dizer que não é possível determinar previamente, como numa aplicação de renda fixa, um
prazo ou ganho definido para o montante investido. Porém, se bem avaliado e considerado o
longo prazo, o investimento em ações pode proporcionar ao investidor um retorno maior do
que o obtido em aplicações de renda fixa.
A Ação é a fração negociável em que se divide o capital social de uma sociedade
anônima, representativa dos direitos e obrigações do acionista. Para uma ação ser negociada
em bolsa, a empresa necessita de registro de companhia aberta, concedido pela Comissão de
Valores Mobiliários – CVM, tornando-se assim uma sociedade anônima de capital aberto.
Quanto à espécie, as ações podem ser: Ordinárias ou Preferenciais.
• Ação Ordinária: tem por principal característica conferir o direito de voto a seu titular;
38 http://www.cvm.gov.br/port/protinv/caderno5.asp
I.69
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Dividendos
É a parcela do lucro distribuída em dinheiro aos acionistas da companhia, deliberado em
Assembléia Geral Ordinária, anualmente realizada para aprovação das contas do exercício
anterior.
Dividendo Obrigatório: os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório
em cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no estatuto, ou, se este for omisso, metade
do lucro líquido do exercício ajustado na forma prevista na Lei 6404/76.
Bonificações
São as ações distribuídas gratuitamente a seus acionistas, decorrentes da incorporação
de reservas ao capital social por decisão da Administração e deliberado em Assembleia de
Acionistas.
Subscrição
É o ato de adquirir novas ações emitidas em decorrência de aumento de capital da
Companhia. O aumento de capital tem como objetivo suprir as necessidades de recursos, seja
para ampliar a capacidade produtiva, seja para suprir as necessidades de capital de giro.
Direito de Subscrição
Os direitos de subscrição conferem aos seus detentores a possibilidade de exercer o
direito de compra de novas ações e podem ser negociados no mercado, isoladamente das
ações. Esses direitos deixam de ter valor para negociação assim que se encerra o prazo para a
subscrição de novas ações, emitidas pela companhia aberta.
I.70
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Bolsa de Valores
É uma entidade formada pelas próprias corretoras, para facilitar o encontro entre
compradores e vendedores de ações e, assim, promover a liquidez das ações e uma adequada
formação de preços.
A principal bolsa do Brasil é a Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA) que dispõe de
um pregão físico, onde as ofertas de compra e venda são apregoadas a viva voz, e um sistema
eletrônico de negociação chamado MEGABOLSA, onde as ofertas são inseridas em terminais
remotos nas corretoras para serem vistas por todos.
O pregão e o MEGABOLSA fazem parte de um sistema de negociações desenvolvido pela
BOVESPA, de tal modo que as ofertas existentes em cada um desses ambientes podem
interferir no fechamento de qualquer negócio.
Novo Mercado
É um segmento especial da Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA) destinado à
negociação de ações emitidas por empresas que se comprometem, voluntariamente, com a
adoção de boas práticas de governança corporativa e de um maior disclosure (divulgação de
informações adicionais) em relação ao que é exigido pela legislação.
Governança Corporativa
É o sistema que permite aos acionistas ou cotistas o governo estratégico de sua
empresa e a efetiva monitoração da direção executiva. A relação entre propriedade e gestão se
dá através do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal. O objetivo é assegurar a todos
os acionistas equidade, transparência, responsabilidade pelos resultados e obediência às leis.
Negociação
Os investidores devem comprar ou vender ações de companhias abertas através das
sociedades corretoras. Para isso, emitem ordens de compra ou venda e as corretoras se
encarregam de executá-las no pregão da Bolsa de Valores.
Os investidores também podem comprar ou vender ações através das sociedades
distribuidoras que irão operar por intermédio de sociedades corretoras.
Negociações On-Line
Uma negociação on-line obedece às mesmas regras aplicáveis às operações tradicionais
em bolsas de valores, isto é, obedecem as normas e procedimentos estabelecidos na Instrução
CVM nº 220, de 15 de setembro de 1994.
É importante que o investidor interessado leia a referida instrução antes de começar a
operar. A corretora está obrigada a dar conhecimento de todos os dispositivos e regras de
I.71
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Home Broker
I.72
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Ordem é a instrução dada por um cliente à sociedade corretora para a execução de uma
compra ou uma venda de ações. Os principais tipos de ordem existentes são os seguintes:
• Ordem a Mercado: é aquela que especifica somente a quantidade e as
características dos valores mobiliários a serem comprados ou vendidos, sem que
I.73
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
seja fixado o preço, devendo ser executada a partir do instante em que for
recebida;
• Ordem Limitada: é aquela que deve ser executada por preço igual ou melhor do
que o especificado pelo cliente – preço maior ou igual, no caso de venda a limite,
ou preço menor ou igual, no caso de compra a limite;
• Ordem Casada: é aquela composta por uma ordem de compra e outra de venda,
e só podem ser cumpridas integral e simultaneamente.
Lote Padrão
Mercado Fracionário
No mercado fracionário são negociadas quantidades inferiores aos lotes padrões estabelecidos.
OBS: As ações podem ter seus preços para negociação informados por cotação unitária ou por
lote de mil ações.
B) Mercado de Opções
No mercado de opções são negociados direitos de comprar ou vender, por um preço pré
estabelecido, uma certa quantidade de uma determinada ação, ou de índices, em data
previamente fixada pela BOVESPA. Para encerrar uma posição (que é um conjunto de direitos e
obrigações) é necessário que o investidor realize uma operação inversa à original, apurando
lucro ou prejuízo (diferença entre os preços pagos e recebidos nas negociações).
I.74
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
do exercício fixado, ele perde o prêmio anteriormente pago, ficando o vendedor da opção com
esta importância, sem qualquer compromisso adicional.
Nas opções de venda o comprador da opção paga à vista o prêmio, adquirindo o direito
de vender futuramente as ações-objeto ou índice, correspondentes, pelo preço de exercício, na
data do vencimento da opção, e o vendedor da opção de venda recebe o prêmio, ficando
obrigado a comprar as ações-objeto ou índice, pelo preço de exercício fixado, na data de
vencimento, se o comprador das opções de venda quiser vendê-las. Até o vencimento, todas as
opções são liquidadas ou pelo exercício por parte dos titulares, ou pelo não exercício por parte
dos mesmos.
Os preços das opções são, em geral, muito mais voláteis do que os das ações. Por isso, o
investidor que negocia pela Internet deve tomar um grande cuidado com esses produtos, em
função do risco envolvido, dado que no atual estágio tecnológico as conexões pela Internet são
lentas demais para acompanhar a rapidez do mercado de derivativos.
Periodicamente a Bolsa de Valores de São Paulo seleciona ações, pelo critério de
liquidez e presença em pregão sobre as quais a BOVESPA abre opções.
I.75
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
A Instrução da CVM no. 409/04 dispõe sobre normas gerais que regem a constituição, a
administração, o funcionamento e a divulgação de informações dos fundos de investimento e
fundos de investimento em cotas de fundo de investimento definidos e classificados nesta
Instrução. Os fundos de investimento seguem as regulamentações estabelecidas na instrução
CVM no. 409/04, e das respectivas alterações nas instruções CVM n. 413/04, 450/07, 456/07 e
465/08.
O fundo de investimento é uma comunhão de recursos, constituída sob a forma de
condomínio, destinado à aplicação em títulos e valores mobiliários, bem como em quaisquer
outros ativos disponíveis no mercado financeiro e de capitais, observadas as disposições desta
Instrução. Por sua vez, a aplicação no exterior de recursos oriundos de fundos de investimento
regulados pela Instrução obedecerá à regulamentação expedida pelo Conselho Monetário
Nacional.
Da denominação do fundo constará a expressão "Fundo de Investimento", acrescida da
referência à classe de fundo. À denominação do fundo não poderão ser acrescidos termos ou
expressões que induzam interpretação indevida quanto a seus objetivos, sua política de
investimento, ou seu público alvo. Poderão ser acrescidas à denominação do fundo expressões
que indiquem o eventual tratamento tributário específico a que estejam sujeitos o fundo ou
seus cotistas.
O fundo pode ser constituído sob a forma de condomínio aberto, em que os cotistas
podem solicitar o resgate de suas cotas a qualquer tempo, ou fechado, em que as cotas
somente são resgatadas ao término do prazo de duração do fundo. É importante frisar que
admite-se a amortização de cotas tanto no fundo fechado como no fundo aberto, mediante o
pagamento uniforme a todos os cotistas de parcela do valor de suas cotas sem redução do
número de cotas emitidas, efetuado em conformidade com o que a esse respeito dispuser o
regulamento ou a assembleia geral de cotistas.
O fundo será regido pelo regulamento, devendo divulgar suas principais características
ao público através de um prospecto elaborado. O funcionamento do fundo depende do prévio
registro na CVM, o qual será procedido através do envio, pelo administrador, do Sistema de
Envio de Documentos disponível na página da CVM na rede mundial de computadores, e
considerar-se-á automaticamente concedido na data constante do respectivo protocolo de
envio. O pedido de registro deve ser instruído através dos seguintes documentos e
informações: regulamento do fundo, os dados relativos ao registro do regulamento em cartório
de títulos e documentos, prospecto, declaração do administrador do fundo de que firmou os
contratos, nome do auditor independente, inscrição do fundo no CNPJ e formulário
padronizado com as informações básicas do fundo.
I.76
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
ou a outra taxa de juros, ou títulos indexados a índices de preços, com prazo máximo a decorrer
de 375 (trezentos e setenta e cinco) dias, e prazo médio da carteira do fundo inferior a 60
(sessenta) dias, sendo permitida a utilização de derivativos somente para proteção da carteira e
a realização de operações compromissadas lastreadas em títulos públicos federais.
Os títulos privados deverão ter seu emissor classificado na categoria baixo risco de
crédito ou equivalente, com certificação por agência de classificação de risco localizada no País.
Fundos Referenciados
Os fundos classificados como "Referenciados" devem identificar em sua denominação o
seu indicador de desempenho, em função da estrutura dos ativos financeiros integrantes das
respectivas carteiras, desde que atendidas, cumulativamente, as seguintes condições:
• Tenham 80% (oitenta por cento), no mínimo, de seu patrimônio líquido
representado, isolada ou cumulativamente, por:
o títulos de emissão do Tesouro Nacional e/ou do Banco Central do Brasil;
o títulos e valores mobiliários de renda fixa cujo emissor esteja classificado na
categoria baixo risco de crédito ou equivalente, com certificação por agência de
classificação de risco localizada no País;
• Estipulem que 95% (noventa e cinco por cento), no mínimo, da carteira seja
composta por ativos financeiros de forma a acompanhar, direta ou indiretamente, a
variação do indicador de desempenho ("benchmark") escolhido;
• Restrinjam a respectiva atuação nos mercados de derivativos a realização de
operações com o objetivo de proteger posições detidas à vista, até o limite dessas.
I.77
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Fundos Multimercado
Os fundos classificados como "Multimercado" devem possuir políticas de investimento
que envolvam vários fatores de risco, sem o compromisso de concentração em nenhum fator
em especial ou em fatores diferentes das demais classes previstas.
O administrador e o gestor deverão acompanhar diariamente o enquadramento aos
limites estabelecidos nesta Instrução e o fator de risco da carteira do fundo, de forma a manter
a classe adotada no regulamento e a política de investimento do fundo.
I.78
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.79
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Fundos Exclusivos
Os fundos classificados como "Exclusivos" são aqueles constituídos para receber
aplicações exclusivamente de um único cotista.
1º Somente investidores qualificados poderão ser cotistas de fundos exclusivos.
2º Os fundos classificados como "Previdenciários" são os fundos exclusivos constituídos
para receber aplicações exclusivamente de Fundos de Investimentos e Fundos de
Aposentadoria Programada Individual – FAPI, planos de previdência complementar aberta, de
seguros de vida com cobertura por sobrevivência e de entidades fechadas de previdência
privada
Aspectos Operacionais
I.80
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
A cota de fundo aberto não pode ser objeto de cessão ou transferência, salvo por
decisão judicial, execução de garantia ou sucessão universal. A cota de fundo fechado pode ser
transferida, mediante termo de cessão e transferência, assinado pelo cedente e pelo
cessionário, ou através de bolsa de valores ou entidade de balcão organizado em que as cotas
do fundo sejam admitidas à negociação.
O administrador e o gestor, se houver, serão responsáveis perante os cotistas pela
inobservância da política de investimento ou dos limites de concentração previstos em
regulamento.
Na emissão das cotas do fundo deve ser utilizado o valor da cota do dia ou do dia
seguinte ao da efetiva disponibilidade, pelo administrador ou intermediário, dos recursos
investidos, segundo o disposto no regulamento. A integralização do valor das cotas do fundo
deve ser realizada em moeda corrente nacional.
O resgate de cotas de fundo obedecerá às seguintes regras: a) o regulamento
estabelecerá o prazo entre o pedido de resgate e a data de conversão de cotas, assim
entendida, a data da apuração do valor da cota para efeito do pagamento do resgate; a
conversão de cotas dar-se-á pelo valor da cota do dia na data da conversão; o pagamento do
resgate deverá ser efetuado em cheque, crédito em conta corrente ou ordem de pagamento,
no prazo estabelecido no regulamento, que não poderá ser superior a 5 (cinco) dias úteis,
contados da data da conversão de cotas; o regulamento poderá estabelecer prazo de carência
para resgate, com ou sem rendimento; será devida ao cotista uma multa de 0,5% (meio por
cento) do valor de resgate, a ser paga pelo administrador do fundo, por dia de atraso no
pagamento do resgate de cotas.
O fundo cujo regulamento estabelecer data de conversão diversa da data de resgate,
pagamento do resgate em data diversa do pedido de resgate ou prazo de carência para o
resgate.
Em casos excepcionais de iliquidez dos ativos componentes da carteira do fundo,
inclusive em decorrência de pedidos de resgates incompatíveis com a liquidez existente, ou que
possam implicar alteração do tratamento tributário do fundo ou do conjunto dos cotistas, em
prejuízo destes últimos, o administrador poderá declarar o fechamento do fundo para a
realização de resgates, sendo obrigatória a convocação de Assembleia Geral Extraordinária, no
prazo máximo de 1 (um) dia, para deliberar, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data do
fechamento para resgate, sobre as seguintes possibilidades: substituição do administrador, do
gestor ou de ambos; reabertura ou manutenção do fechamento do fundo para resgate;
possibilidade do pagamento de resgate em títulos e valores mobiliários; cisão do fundo.
O administrador responderá aos cotistas remanescentes pelos prejuízos que lhes
tenham sido causados em decorrência da não utilização dos poderes conferidos. O fechamento
do fundo para resgate deverá, em qualquer caso, ser imediatamente comunicado à CVM. A
assembleia deverá ser realizada mesmo que o administrador delibere reabrir o fundo antes da
data marcada para sua realização. O administrador poderá solicitar à CVM autorização
específica para proceder à cisão do fundo antes da reabertura para resgates, ficando neste caso
vedadas novas aplicações no fundo resultante da cisão, e devendo, de qualquer modo, realizar-
se a assembleia. É facultado ao administrador suspender, a qualquer momento, novas
aplicações no fundo, desde que tal suspensão se aplique indistintamente a novos investidores e
cotistas atuais. A suspensão do recebimento de novas aplicações em um dia não impede a
I.81
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Políticas de Investimentos
Definição
O prospecto deve conter todas as informações relevantes para o investidor relativas à
política de investimento do fundo e aos riscos envolvidos. O prospecto atualizado deve estar à
disposição dos investidores potenciais durante o período de distribuição, nos locais em que esta
for realizada, em número suficiente de exemplares.
O prospecto deve conter, em linguagem clara e acessível ao público alvo do fundo,
informações sobre os seguintes tópicos, assim como quaisquer outras informações
consideradas relevantes:
I.82
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
O fundo que pretender realizar operações com derivativos que possam resultar em
perdas patrimoniais ou, em especial, levar à ocorrência de patrimônio líquido negativo, deverá
inserir na capa de seu prospecto e em todo o material de divulgação, de forma clara, legível e
em destaque, uma das seguintes advertências, conforme o caso:
Este fundo utiliza estratégias com derivativos como parte integrante de sua política de
investimento. Tais estratégias, da forma como são adotadas, podem resultar em significativas
perdas patrimoniais para seus cotistas; ou
Este fundo utiliza estratégias com derivativos como parte integrante de sua política de
investimento. Tais estratégias, da forma como são adotadas, podem resultar em significativas
perdas patrimoniais para seus cotistas, podendo inclusive acarretar perdas superiores ao capital
aplicado e a consequente obrigação do cotista de aportar recursos adicionais para cobrir o
prejuízo do fundo.
Caso o administrador tenha contratado agência classificadora de risco, a remuneração
da agência classificadora constituirá despesa do administrador, e o prospecto deverá conter
advertência de que a manutenção desse serviço não é obrigatória, podendo o mesmo ser
descontinuado, a critério do administrador do fundo ou da assembleia geral de cotistas.
A remuneração de agência classificadora de risco contratada pelo fundo poderá
constituir despesa do fundo desde que:
seja deduzida da taxa de administração; e
tal possibilidade conste do regulamento aprovado quando de sua constituição ou seja
expressamente aprovada por assembleia geral posteriormente realizada.
Na descrição da política de administração de risco, o prospecto deverá conter
advertência de que os métodos utilizados pelo administrador para gerenciar os riscos a que o
fundo se encontra sujeito não constituem garantia contra eventuais perdas patrimoniais que
possam ser incorridas pelo fundo.
§ 8º Alterações da política de administração de risco devem ser divulgadas como fato
relevante.
§ 9º Na definição da política de divulgação de informações deverão ser definidos:
I.83
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.84
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.85
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Assembleia Geral
Compete privativamente à assembleia geral de cotistas deliberar sobre:
• as demonstrações contábeis apresentadas pelo administrador;
• a substituição do administrador, do gestor ou do custodiante do fundo;
• a fusão, a incorporação, a cisão, a transformação ou a liquidação do fundo;
• o aumento da taxa de administração;
• a alteração da política de investimento do fundo;
• a emissão de novas cotas, no fundo fechado;
• a amortização de cotas, caso não esteja prevista no regulamento; e
• a alteração do regulamento.
A convocação da assembleia geral deve ser feita por correspondência encaminhada a
cada cotista.
§ 1º A convocação de assembleia geral deverá enumerar, expressamente, na ordem do
dia, todas as matérias a serem deliberadas, não se admitindo que sob a rubrica de assuntos
gerais haja matérias que dependam de deliberação da assembleia.
§ 2º A convocação da assembleia geral deve ser feita com 10 (dez) dias de antecedência,
no mínimo, da data de sua realização.
§ 3º Da convocação devem constar, obrigatoriamente, dia, hora e local em que será
realizada a assembleia geral.
I.86
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.87
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Da Remuneração
O regulamento deve dispor sobre a taxa de administração, que remunerará todos os
serviços indicados, podendo haver remuneração baseada no resultado do fundo (taxa de
performance) nos termos desta Instrução, bem como taxa de ingresso e saída.
1º Cumpre ao administrador zelar para que as despesas com a contratação de terceiros
prestadores de serviços não excedam o montante total da taxa de administração fixada no
regulamento, correndo às suas expensas o pagamento de quaisquer despesas que ultrapassem
esse limite.
2º As taxas previstas no "caput" não podem ser aumentadas sem prévia aprovação da
assembleia geral, mas podem ser reduzidas unilateralmente pelo administrador, que deve
comunicar esse fato, de imediato, à CVM e aos cotistas, promovendo a devida alteração no
regulamento e, se for o caso, no prospecto.
3º Nos fundos abertos, as taxas de administração e de performance devem ser
provisionadas por dia útil, sempre como despesa do fundo e apropriadas conforme
estabelecido no regulamento.
4º Os fundos de investimento e os fundos de investimento em cotas, não destinados
exclusivamente a investidores qualificados, que adquirirem, nos limites desta Instrução, cotas
de outros fundos de investimento, deverão estabelecer em seu regulamento que a taxa de
administração cobrada pelo administrador compreende a taxa de administração dos fundos de
investimento em que investirem.
5º O disposto no parágrafo anterior não impede que o regulamento do fundo
estabeleça uma taxa de administração máxima, compreendendo a taxa de administração dos
fundos em que invista, e uma taxa de administração mínima, que não inclua a taxa de
administração dos fundos em que invista, caso em que:
I.88
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.89
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
aos órgãos reguladores, auto-reguladores e entidades de classe, quanto aos seus associados, no
atendimento a solicitações legais, regulamentares e estatutárias por eles formuladas.
O administrador não está obrigado a cumprir o disposto no inciso II do artigo anterior
nos casos em que o cotista, através de assinatura em documento específico, expressamente
optar pelo não recebimento do extrato.
Caso o cotista não tenha comunicado ao administrador do fundo a atualização de seu
endereço, seja para envio de correspondência por carta ou através de meio eletrônico, o
administrador ficará exonerado do dever de prestar-lhe as informações previstas nesta
Instrução a partir da última correspondência que houver sido devolvida por incorreção no
endereço declarado.
O administrador deverá manter a correspondência devolvida à disposição da fiscalização
da CVM, enquanto o cotista não proceder ao resgate total de suas cotas.
O administrador deve remeter, através do Sistema de Envio de Documentos disponível
na página da CVM na rede mundial de computadores, os seguintes documentos, conforme
modelos disponíveis na referida página:
• informe diário, no prazo de 2 (dois) dias úteis;
• mensalmente, até 10 (dez) dias após o encerramento do mês a que se referirem:
o balancete;
o demonstrativo da composição e diversificação de carteira; e
o perfil mensal.
• anualmente, no prazo de 90 (noventa) dias, contados a partir do encerramento
do exercício a que se referirem, as demonstrações contábeis acompanhadas do
parecer do auditor independente.
I.90
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
39 http://www.cvm.gov.br/asp/cvmwww/atos/exiato.asp?File=%5Cinst%5Cinst359.htm
I.91
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Imobiliário40
O Fundo de Investimento Imobiliário, constituído sob a forma de condomínio fechado,
cujo resgate de quotas não é permitido, é uma comunhão de recursos, captados através do
sistema de distribuição de valores mobiliários e destinados à aplicação em empreendimentos
imobiliários. O Fundo poderá ter prazo de duração determinado ou indeterminado e de sua
denominação deverá constar a expressão "Fundo de Investimento Imobiliário".
O Fundo de Investimento Imobiliário destinar-se-á ao desenvolvimento de
empreendimentos imobiliários, tais como construção de imóveis, aquisição de imóveis prontos,
ou investimentos em projetos visando viabilizar o acesso à habitação e serviços urbanos,
inclusive em áreas rurais, para posterior alienação, locação ou arrendamento.
§ 1º É vedado que o empreendimento imobiliário objeto do Fundo seja explorado
comercialmente pelo mesmo, salvo através de locação ou arrendamento.
§ 2º Os imóveis, bens e direitos de uso a serem adquiridos pelo Fundo deverão ser
objeto de prévia avaliação, que deverá observar as condições prevalecentes no mercado para
negócios realizados à vista, em moeda corrente.
40 http://www.cvm.gov.br/asp/cvmwww/atos/exiato.asp?file=%5Cinst%5Cinst205consolid.htm
I.92
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.93
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.94
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Investimento em Participações41
O Fundo de Investimento em Participações (fundo), constituído sob a forma de
condomínio fechado, é uma comunhão de recursos destinados à aquisição de ações,
debêntures, bônus de subscrição, ou outros títulos e valores mobiliários conversíveis ou
permutáveis em ações de emissão de companhias, abertas ou fechadas, participando do
processo decisório da companhia investida, com efetiva influência na definição de sua política
estratégica e na sua gestão, notadamente através da indicação de membros do Conselho de
Administração.
Sempre que o fundo decidir aplicar recursos em companhias que estejam, ou possam
estar, envolvidas em processo de recuperação e reestruturação, será admitida a integralização
de cotas em bens ou direitos, inclusive créditos, desde que tais bens e direitos estejam
vinculados ao processo de recuperação da sociedade investida e desde que o valor dos mesmos
esteja respaldado em laudo de avaliação elaborado por empresa especializada.
A participação do fundo no processo decisório da companhia investida pode ocorrer:
• pela detenção de ações que integrem o respectivo bloco de controle,
• pela celebração de acordo de acionistas ou, ainda,
• pela celebração de ajuste de natureza diversa ou adoção de procedimento que
assegure ao fundo efetiva influência na definição de sua política estratégica e na sua
gestão.
O regulamento do fundo deverá estabelecer os critérios a serem observados para a
definição das companhias abertas que possam ser objeto de investimento pelo fundo.
As companhias fechadas deverão seguir as seguintes práticas de governança:
• proibição de emissão de partes beneficiárias e inexistência desses títulos em
circulação;
• estabelecimento de um mandato unificado de 1 (um) ano para todo o Conselho de
Administração;
41 http://www.cvm.gov.br/asp/cvmwww/atos/exiato.asp?File=%5Cinst%5Cinst391.htm
I.95
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.96
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.97
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
A presente Instrução dispõe sobre normas gerais que regem a constituição, a administração, o
funcionamento e a divulgação de informações de Fundos de Investimento em Direitos
Creditórios – FIDC e de Fundos de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento em
Direitos Creditórios - FICFIDC.
DAS DEFINIÇÕES
42 http://www.cvm.gov.br/asp/cvmwww/atos/exiato.asp?File=%5Cinst%5Cinst356.htm
I.98
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.99
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
A Resolução 2.493/98
Para atender às expectativas do mercado financeiro, a Resolução nº 2.493/98, do
BACEN, permitiu e estabeleceu condições específicas para a realização das operações de cessão
de determinados créditos, de titularidade das instituições financeiras, a uma Companhia
Securitizadora.
A Resolução nº 2.493/98, apresenta diversas regras que devem ser seguidas para que a
cessão dos créditos e consequente securitização ocorra na prática. Abaixo seguem algumas das
disposições mais relevantes:
• os créditos devem, obrigatoriamente, ter sua origem em operações de empréstimo,
financiamento e/ou de arrendamento mercantil contratadas por bancos múltiplos,
comerciais, de investimento, sociedades de crédito,
• financiamento e investimento, sociedade de crédito imobiliário, sociedade de
arrendamento mercantil e companhias hipotecárias;
• a Companhia Securitizadora deverá captar recursos exclusivamente (i) no País, por
meio de emissão de debêntures para distribuição pública e de ações (2), e (ii) no
I.100
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Esta disposição não será aplicável apenas no caso em que haja prévia autorização dos
detentores de 50% (cinquenta por cento) ou mais do valor nominal dos referidos títulos ou
valores mobiliários( 4), reunidos em assembleia geral especificamente convocada e realizada
segundo as normas aplicáveis a assembleias de debenturistas de companhia aberta;
Companhia Securitizadora poderá adquirir créditos com cláusula de variação cambial
apenas e exclusivamente com a utilização de recursos captados mediante emissão de títulos ou
valores mobiliários no exterior; e cessão do créditos implica a transferência, à Companhia
Securitizadora, dos contratos, títulos, instrumentos e garantias necessários à execução dos
Recebíveis, não se sujeitando às restrições previstas na Resolução nº 1.962, de 27 de agosto de
1.992 (5), podendo abranger, inclusive, créditos em curso anormal, em condições livremente
pactuadas entre as partes.
Vale ressaltar que uma das principais características da cessão dos créditos prevista na
Resolução nº 2.493/98, era a obrigatoriedade da cessão ser realizada sem a coobrigação da
cedente ou de instituição ligada a ela. Com o advento da Resolução nº 2.561/98, tal disposição
foi alterada, podendo a cessão ocorrer com ou sem coobrigação da instituição cedente. Desse
modo, um banco múltiplo que cedeu créditos para uma determinada Companhia Securitizadora
pode, se assim desejar, contratar a cessão com sua coobrigação.
É vedada a cessão de créditos a prazo à Companhia Securitizadora com a qual a
Instituição Financeira cedente mantenha vínculo, nos termos dos incisos III, IV e V, do artigo 34
da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1.964 ("Lei 4.595/64") e do artigo 17 da Lei nº 7.492, de
16 de junho de 1.986.
Na hipótese da cessão dos créditos ter ocorrido mediante pagamento a prazo, o
provisionamento dos créditos cedidos deverá ser mantido até a quitação total da operação.
Por fim, também é vedada à Instituição Financeira cedente: (i) a recompra dos créditos
cedidos; (ii) a aquisição das debêntures emitidas com lastro nos créditos que ela cedeu; e (iii) a
realização de operações que envolvam, ainda que indiretamente, o retorno de seu risco de
crédito, ressalvado o disposto na Resolução nº 2.561/98, que permitiu a cessão com
coobrigação da Instituição Financeira cedente.
I.101
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
APELO AO PÚBLICO
A captação de recursos junto ao público somente será permitida ao Clube de
Investimento sujeito às normas da CVM. Caracterizam a captação pública:
• a utilização de folhetos, prospectos ou anúncios destinados ao público;
• a procura de condôminos, por meio do administrador, de seus empregados, agentes
ou corretores;
• a captação feita em loja, escritório ou estabelecimento aberto ao público, com a
utilização dos serviços públicos de comunicação.
REGISTRO EM BOLSA
O Clube de Investimento deverá registrar-se, previamente, em Bolsa de Valores,
mediante o arquivamento de seu estatuto, através da instituição a que estiver vinculado.
43 http://www.cvm.gov.br/asp/cvmwww/atos/exiato.asp?Tipo=I&File=/inst/inst040.htm
I.102
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
ESTATUTOS
CONDÔMINOS
O número de condôminos por Clube de Investimento será de, no máximo, 50
(cinquenta) pessoas. O Clube de Investimento integrado exclusivamente por empregados ou
servidores de uma mesma empresa ou entidade poderá deixar de observar o limite máximo
previsto neste artigo.
ASSEMBLÉIA
A Assembleia Geral, convocada e instalada de acordo com o estatuto, terá poderes para
decidir sobre todas as matérias relativas aos interesses do Clube de Investimento. Anualmente,
realizar-se-á Assembleia Geral Ordinária para apreciar relatório do administrador do Clube e ao
administrador da carteira e apreciar as propostas de atuação do Clube para o período seguinte.
Caberá ao administrador do Clube proceder à convocação das Assembleias Gerais. Se o
I.103
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.104
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.105
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Função
44 http://www.bcb.gov.br/htms/novaPaginaSPB/VisaoGeralDoSPB.asp
I.106
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.107
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.108
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.109
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Como instituição depositária, ela mantém contas individualizadas, o que permite a identificação
do investidor final das operações realizadas.
Normalmente, a liquidação é feita com compensação multilateral de obrigações, sendo
que, em situações específicas previstas no regulamento do sistema, pode ser feita em tempo
real, operação por operação. No caso de compensação multilateral de obrigações, a
BM&FBOVESPA atua como contraparte central e assegura a liquidação das operações entre os
agentes de compensação. A liquidação financeira final é feita sempre por intermédio do STR,
em contas de reservas bancárias.
Nas operações de compra e venda de títulos, o sistema CBLC observa o modelo 3 de
entrega contra pagamento. A transferência de custódia, no caso dos títulos de renda variável e
dos títulos privados de renda fixa, é feita diretamente no sistema CBLC.
O dia da liquidação depende do tipo de mercado e do momento em que a operação é
registrada, conforme resumido a seguir:
I.110
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Leilões de NTN-B
As Notas do Tesouro Nacional série B - NTN-B, são títulos de médio e longo prazo, com
atualização mensal de valor com base na variação do IPCA e pagamento semestral de juros de
6%.
O Tesouro Nacional realiza esses leilões periodicamente visando atender aos seguintes
objetivos:
45
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/divida_publica/downloads/emissoes_op.pdf
I.111
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.112
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Debêntures
Definição
Valores mobiliários representativos de dívida de médio e longo prazos que asseguram a seus
detentores (debenturistas) direito de crédito contra a companhia emissora.
Emissores
Sociedades por Ações (S.A.), de capital fechado ou aberto.
Escritura de Emissão
Documento que descreve as condições sob as quais a debênture será emitida.
Tipos de Emissão
- Pública: direcionada ao público em geral, feita por companhia aberta com registro na CVM; -
Privada: voltada a um grupo restrito de investidores, não sendo necessário o registro na CVM.
Prazo
Deve estar definido na escritura, podendo a companhia emitir títulos sem vencimento
(perpétuo).
Forma
Nominativa: registro e controle das transferências são realizados pela companhia
emissora no Livro de Registro de Debêntures Nominativas;
Escritural: custódia e escrituração são feitas por instituição financeira autorizada
pela CVM.
Espécies (em função das garantias)
Com garantia real: garantida por bens integrantes do ativo da companhia emissora
ou de terceiros (hipoteca, penhor ou anticrese);
Com garantia flutuante: assegura privilégio geral sobre o ativo da emissora, mas não
impede a negociação dos bens que compõem este ativo;
Quirografária ou sem preferência: não oferece privilégio algum sobre o ativo da
companhia;
Subordinada: oferece preferência tão-somente sobre o crédito dos acionistas.
Remuneração
I - juros (fixos ou variáveis)
a) taxa prefixada (sem prazo); b) seguintes taxas ajustadas (para + ou -) por percentual
fixo:
I.113
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
- TR ou TJLP, com prazo mínimo de 1 mês para vencimento ou repactuação; - TBF, com
prazo mínimo de 2 meses para vencimento ou repactuação; - taxa flutuante (sem prazo). c) com
base nos coeficientes de correção de títulos da dívida pública federal, na variação da
taxa cambial ou em índice de preços (1 ano), ajustada (para + ou -) por percentual fixo.
II - prêmio de reembolso
Tem como base a variação da receita ou do lucro da companhia emissora.
III - participação no lucro da companhia
Outras Condições
- Conversibilidade: debêntures conversíveis podem ser trocadas por ações da
companhia emissora, conforme estiver definido na escritura;
- Permutabilidade: a escritura de emissão pode conter cláusulas prevendo a permuta
por outros ativos ou por ações de emissão de terceiros;
- Repactuação: a escritura de emissão pode prever este mecanismo, permitindo a
adequação das condições do título às vigentes no mercado.
Agente Fiduciário
Representante legal da comunhão de interesses dos debenturistas, protegendo seus
direitos junto à emissora. Obrigatório nas emissões públicas.
Informações ao Investidor
Nas emissões públicas é obrigatória a elaboração de prospecto de emissão, que
consolida as informações relevantes sobre a emissora e condições gerais da emissão.
Negociação
- Em geral, no mercado de balcão, por telefone ou em sistema eletrônico (CetipNET),
com registro e liquidação no SND - Sistema Nacional de Debêntures (CETIP);
- Também podem ser negociadas em Bolsa de Valores (BovespaFix), com registro e
liquidação na CBLC.
SND
Principal sistema de custódia, registro e liquidação financeira das operações com
debêntures no Brasil, englobando mais de 98% das debêntures registradas.
Veja site www.debentures.com.br.
Definição
Promessa de pagamento à ordem, da importância depositada acrescida do valor da
remuneração convencionada.
Tipos
- CDB - Certificado de Depósito Bancário, que deve ser nominativo endossável; e - RDB -
Recibo de Depósito Bancário, que é nominativo e inegociável.
Emissores
I.114
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Condições de Remuneração
- Taxas e prazos: a) Prefixada (sem prazo); b) Flutuante (sem prazo); c) TR e TJLP, prazo
mínimo de 1 mês para vencimento ou repactuação; d) TBF, prazo mínimo de 2 meses para
vencimento ou repactuação; e) Índices de preços, prazo mínimo de 1 ano.
- Permitida mais de uma base de remuneração, desde que prevaleça o que proporcionar
maior remuneração ao depositante;
- Facultado o pagamento periódico de rendimentos.
Vedações
- Emissão de CDB/RDB para instituições financeiras, inclusive cooperativas de crédito;
- Excetuam-se das vedações as distribuidoras e corretoras de títulos e valores
mobiliários e agentes autônomos.
Resgate Antecipado
- Para RDB, tem que haver concordância da instituição emissora, não podendo ser
abonada qualquer remuneração desde a data do contrato, cabendo-lhe abater do principal a
devolver quaisquer parcelas eventualmente pagas àquele título;
- Para CDB, tem que ser respeitado o prazo, conforme a remuneração do título.
Registro/ Negociação
Devem estar registrados na CETIP ou em outro sistema de custódia e de liquidação
autorizado pelo BC, até três dias úteis após a contratação da operação.
Exceções
- As sociedades de crédito financiamento e investimento e as cooperativas de crédito
podem captar recursos por meio de emissão de RDB, sendo que esta última somente de seus
associados;
- As sociedades de crédito ao microempreendedor2 podem aplicar recursos em CDB e
RDB.
I.115
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.116
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.117
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I.119
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I.120
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I.121
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
47 http://www.coinvalores.com.br/arquivos/Ofertas/BMF_TakeOne.pdf
I.122
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
valorização da companhia, pois as informações são mais divulgadas e há uma maior interação
dos agentes envolvidos, tanto compradores quanto vendedores.
Redistribuindo a renda - Ao dar a oportunidade para uma grande variedade de pessoas
adquirir ações de companhias abertas e, consequentemente, de torná-las sócias de negócios
lucrativos, o mercado de capitais ajuda a reduzir a desigualdade da distribuição da renda de um
país. Ambos os investidores - casuais e profissionais - , através do aumento de preço das ações
e da distribuição de dividendos, têm a oportunidade de compartilhar os lucros nos negócios
bem sucedidos feitos pelos administradores das companhias.
Aprimorando a Governança Corporativa - A demanda cada vez maior de novos
acionistas, as regras cada vez mais rígidas do governo e das bolsas de valores têm levado as
companhias a melhorar cada vez mais seus padrões de administração e eficiência.
Consequentemente, é comum dizer que as companhias abertas são mais bem administradas
que as companhias fechadas (companhias cujas ações não são negociadas publicamente e que
geralmente pertencem aos fundadores, familiares ou herdeiros ou a um grupo pequeno de
investidores). Os princípios de governança corporativa estão, cada vez mais, sendo aceitos e
aprimorados.
Criando oportunidades de investimento para pequenos investidores - Diferentemente
de outros empreendimentos que necessitam de grandes somas de capital, o investimento em
ações é aberto para quaisquer indivíduos, sejam eles grandes ou pequenos investidores. Um
pequeno investidor pode adquirir a quantidade de ações que está de acordo com sua
capacidade financeira, tornando-se sócio minoritário (mesmo tendo participação percentual
ínfima no capital da companhia), sem que tenha que ficar excluído do mercado de capitais
apenas por ser pequeno. Desta forma, a bolsa de valores abre a possibilidade de uma fonte de
renda adicional para pequenos poupadores.
Atuando como Termômetro da Economia - Na bolsa de valores, os preços das ações
oscilam dependendo amplamente das forças do mercado e tendem a acompanhar o ritmo da
economia, refletindo seus momentos de retração, estabilidade ou crescimento. Uma recessão,
depressão, ou crise financeira pode eventualmente levar a uma queda (ou até mesmo uma
quebra) do mercado. Desta forma, o movimento dos preços das ações das companhias e, de
forma ampla, os índices de ações são um bom indicador das tendências da economia.
Ajudando no financiamento de projetos sociais - Os governos federal, estadual ou
municipal podem contar com as bolsas de valores ao emprestar dinheiro para a iniciativa
privada para financiar grandes projetos de infra-estrutura, tais como estradas, portos,
saneamento básico ou empreendimentos imobiliários para camadas mais pobres da população.
Geralmente, esses tipos de projetos necessitam de grande volume de recursos financeiros, que
as empresas ou investidores não teriam condições de levantar sozinhas sem contar com a
participação governamental. Os governos, para levantarem recursos, utilizam-se da emissão de
títulos públicos. Esses títulos podem ser negociados nas bolsas de valores. O levantamento de
recursos privados, por meio da emissão de títulos, elimina a necessidade (pelo menos no curto
prazo) dos governos sobretaxarem seus cidadãos e, desta maneira, as bolsas de valores estão
ajudando indiretamente no financiamento do desenvolvimento.
I.123
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
História da BM&FBOVESPA
A BMF&BOVESPA foi criada em maio de 2008, após integração entre a Bolsa de
Mercadorias & Futuros (BM&F) e a Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA). Não é possível
narrar a sua história sem mencionar, individualmente, os históricos da BOVESPA e da BM&F.
A Bovespa foi fundada em 23 de agosto de 1890 por Emilio Pestana. Até as reformas do
sistema financeiro e do mercado de capitais, implementadas pelo governo no biênio 1965-1966,
as bolsas de valores brasileiras eram entidades oficiais corporativas, vinculadas às secretarias
de finanças dos governos estaduais e compostas por corretores nomeados pelo poder público.
Após as reformas, as bolsas assumiram a característica institucional que mantêm até
hoje, transformando-se em associações civis sem fins lucrativos, com autonomia administrativa,
financeira e patrimonial. A antiga figura individual do corretor de fundos públicos foi
substituída pela da sociedade corretora, empresa constituída sob a forma de sociedade por
ações nominativas ou por cotas de responsabilidade limitada.
Desde então, a Bovespa vem crescendo e se modernizando, sempre em sintonia com as
novas tecnologias e tendências. Até pouco tempo atrás, grande parte dos negócios ainda era
realizada através do pregão viva-voz mas, atualmente, todos os negócios com ações e opções
são realizados através do sistema Mega Bolsa, implantado em 1997. Em março de 1999, a
Bovespa lançou o sistema Home Broker, que permitia que investidores pudessem comprar e/ou
vender ações e opções em suas casas através da Internet. Esse sistema foi interligado ao Mega
Bolsa e oferecido por uma ampla variedade de corretoras, cada qual com um serviço distinto. O
sucesso do Home Broker no Brasil foi total e, em pouco tempo, os pequenos investidores
passaram a ter uma maior participação no número e no volume de negócios da Bovespa,
tendência que vem crescendo nos últimos anos.
Em 28 de agosto de 2007, a BOVESPA deixou de ser uma instituição sem fins lucrativos e
se tornou uma sociedade por ações: a BOVESPA Holding S/A. A BOVESPA Holding possui como
subsidiárias integrais a Bolsa de Valores de São Paulo (BVSP) - responsável pelas operações dos
mercados de bolsa e de balcão organizado - e a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia
(CBLC), que presta serviços de liquidação, compensação e custódia.
Em maio de 2008, a BOVESPA foi integrada à BM&F, formando, então, a BM&FBOVESPA
S/A.
Características
O mercado de bolsa de derivativos e de futuros é administrado pela BM&FBOVESPA S/A
- Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros(BM&FBOVESPA) e é regulado pela Comissão de
Valores Mobiliários (CVM).
Nesse mercado, a BM&FBOVESPA tem como objetivo desenvolver, organizar e
operacionalizar mercados livres e transparentes para negociação de títulos e/ou contratos que
possuam como referência ativos financeiros, índices, indicadores, taxas, mercadorias e moedas,
nas modalidades à vista e de liquidação futura. Para tanto, efetua o registro, a compensação e a
liquidação, física e financeira, das operações realizadas em pregão de viva voz ou em sistema
eletrônico.
Para atingir esses propósitos, mantém local e sistemas próprios para negociação,
registro, compensação e liquidação de operações de compra e de venda. Para divulgação rápida
e abrangente das transações realizadas, os sistemas são dotados das facilidades e dos
I.124
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.125
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
forward rate agreements e os forward points (por exemplo, a negociação do futuro de taxa de
câmbio com diferencial em relação à cotação spot).
Outros derivativos de balcão: incluem alternativas em relação aos swaps e às opções
flexíveis comuns, dentre as quais opções com barreiras e swaps com marcação a mercado e
ajustes financeiros, que podem ser periódicos ou acionados de outra forma, estabelecida entre
as partes.
Uma das condições necessárias ao perfeito funcionamento dos mercados financeiro e
de capitais é a garantia aos seus participantes de que seus ganhos serão recebidos e de que
suas operações de compra e venda serão liquidadas nas condições e no prazo estabelecidos.
Isso é proporcionado, pelas câmaras de registro, compensação e liquidação, ou clearings,
mediante um sistema de compensação que chama para si a responsabilidade pela liquidação
dos negócios, transformando-se no comprador para o vendedor e no vendedor para o
comprador, com estruturas adequadas ao gerenciamento de risco de todos os participantes.
Derivativos são ativos financeiros cujo valor resulta (deriva), integral ou parcialmente,
do valor de outro ativo financeiro ou mercadoria negociados no mercado à vista, podendo ser
caracterizados como contratos a termo, contratos futuros, opções de compra e venda,
operações de swaps, entre outros.
Os mercados derivativos principais são os seguintes:
Mercado a Termo
É aquele em que as partes assumem compromisso de compra e venda de quantidade e
qualidade determinadas de um ativo dito real (mercadoria). Por exemplo, a contratação de
compra/venda de um lote padronizado de ouro para entrega em 30 dias.
As partes compradora e vendedora ficam vinculadas uma à outra até a liquidação do
contrato, ou seja:
I. o comprador do termo leva o contrato até o final do prazo contratado, paga pelo ativo
objeto do contrato e quer recebê-lo; o
II. o vendedor quer levar o contrato até o final, quer entregar o ativo objeto e receber o
correspondente pagamento.
I.126
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
a) baixa liquidez;
b) pouca transparência, e
c) risco de crédito.
Mercado Futuro
É aquele em que as partes assumem compromisso de compra e venda de determinadas
quantidade e qualidade padronizadas de um ativo financeiro ou dito real (mercadoria),
representadas por contratos padronizados para liquidação (física e/ou financeira) em data
futura.
O contrato futuro caracteriza-se por:
a) padronização acentuada;
b) elevada liquidez;
c) risco de crédito baixo e homogêneo, isto é, risco da clearing ou compensação;
d) negociação transparente em bolsa mediante pregão;
e) possibilidade de encerramento da posição com qualquer participante em
qualquer momento, graças ao ajuste diário do valor dos contratos;
f) utilização do mecanismo das margens depositadas em garantia para evitar a
acumulação de perdas decorrentes da falta de pagamento de ajustes diários
negativos.
O ajuste diário consiste na equalização de todas as posições no mercado futuro, com
base no preço de compensação do dia, e com a consequente movimentação diária de débitos e
créditos nas contas dos clientes, de acordo com a variação negativa ou positiva no valor das
posições por eles detidas.
Este mecanismo possibilita a liquidação financeira diária de lucros e prejuízos das
posições, o que viabiliza a troca de posições, ou seja: o compromisso assumido com uma parte
poderá ser encerrado com outra operação com qualquer contraparte, sem a imposição de
vínculo bilateral. Em outras palavras, para encerrar (ou reverter) uma posição basta ao
participante que, se comprado em contratos, os venda; se vendido, os compre.
As desvantagens operacionais do mercado futuro são:
Estar vendido: deter posições de venda em contratos futuros, tendo a expectativa de queda de
preços
Estar comprado: deter posições de compra em contratos futuros, tendo a expectativa de alta
nos preços
Mercado de Opções
É aquele em que uma parte adquire de outra o direito de comprar (opção de compra)
ou de vender (opção de venda) o objeto de negociação, até determinada data ou em
determinada data, por preço previamente estipulado. O objeto de negociação pode ser um
ativo financeiro ou uma mercadoria no mercado disponível ou no mercado futuro, negociados
I.127
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Opção de Compra48
Uma opção de compra confere ao seu titular o direito de comprar as ações-objeto, ao
preço de exercício, obedecidas as condições estabelecidas pela BM&FBOVESPA.
O lançador de uma opção de compra é uma pessoa que, por intermédio de seu corretor,
vende uma opção de compra no pregão, assumindo assim, perante a Bolsa, a obrigação de
vender as ações-objeto a que se refere a opção, após o recebimento de uma comunicação de
que sua posição foi exercida. Ele entregará a totalidade das ações-objeto mediante o
pagamento do preço de exercício.
Uma opção de venda dá ao seu titular o direito de vender as ações-objeto, ao preço de
exercício, obedecidas as condições estabelecidas pela BM&FBOVESPA. Além disso, o titular
pode, a qualquer tempo, negociar seu direito de venda em mercado, por meio da realização de
uma operação de natureza oposta.
O lançador que, por intermédio de seu corretor, vende uma opção de venda no pregão,
assume perante a Bolsa a obrigação de comprar as ações-objeto, caso sua posição seja
designada para o atendimento de uma operação de exercício. Nesse caso, ele pagará o preço
de exercício, recebendo as ações-objeto.
48 http://www.bmfbovespa.com.br/Pdf/opcoes.pdf
I.128
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
opção, é negociado entre comprador e lançador, por meio de seus representantes no pregão da
Bolsa. Ele reflete fatores como a oferta e a demanda, o prazo de vigência da opção, a diferença
entre o preço de exercício e o preço a vista da ação-objeto, a volatilidade de preço, bem como
outras características da ação-objeto.
Ativo-objeto
É o ativo sobre o qual a opção é lançada (ações e índices).
Mês de Vencimento
É o mês em que expira a opção. Na BM&FBOVESPA, os vencimentos ocorrem nos meses
pares e no mês ímpar mais próximo, na terceira segunda-feira do mês de vencimento.
Preço de Exercício
É o preço pelo qual será exercida a opção. Os preços de exercício das opções são
determinados pela Bolsa, segundo critérios por ela estabelecidos.
O Mercado de Opções
As opções com negociação e/ou lançamento autorizados são divulgadas semanalmente
no BDI - Boletim Diário de Informações da BM&FBOVESPA e no jornal Gazeta Mercantil.
Também são transmitidas no serviço NBC (Notícias BM&FBOVESPA/CBLC), ou no sistema de
negociações MEGA BOLSA.
Ao ser autorizado um novo vencimento, a Bolsa abre séries de negociação com preços
de exercício próximos ao preço a vista da ação-objeto. No entanto, em caso de alterações
futuras nas cotações da ação-objeto, podem ser autorizadas emissões de novas séries, cujos
preços de exercício refletem o movimento do preço da ação.
A Negociação de Opções
Quando uma série de opções tem sua negociação em pregão autorizada, permanece
válida até o seu vencimento, embora possam ser introduzidas novas séries, com diferentes
preços de exercício. A Bolsa pode, porém, suspender, a qualquer instante, as autorizações para
lançamento e/ou negociação. Isso em geral acontece com as séries que não apresentam
posições em aberto e cujos preços de exercício sejam muito diferentes dos preços de mercado.
Séries com posições em aberto não têm sua negociação suspensa, salvo em casos especiais.
As operações no mercado de opções somente podem ser efetuadas por sociedade
corretora autorizada pela BM&FBOVESPA, observando-se, na sua realização, o disposto no
Regulamento de Operações no Mercado de Opções.
São permitidas operações de “day-trade”, ou seja, a compra e a venda da mesma série,
em um mesmo pregão, por uma mesma sociedade corretora e por conta de um mesmo
comitente (aplicador). A liquidação dessas operações, exclusivamente financeira, é feita pelo
saldo. No dia do vencimento da opção não é permitida a realização de tais operações.
A BM&FBOVESPA, segundo o regulamento vigente, pode impor restrições ao mercado
de opções sempre que for aconselhável, considerados o interesse do mercado, a proteção do
investidor ou o objetivo de manter o mercado justo e ordenado.
I.129
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Exemplos:
PETR H18 – Opção de Compra sobre Petrobrás PN, com vencimento em agosto e preço de
exercício de $ 180,00 por lote de mil ações*.
VALE V23 – Opção de Venda sobre Vale do Rio Doce PNA, com vencimento em outubro e preço
de exercício de $ 30,00 por ação*.
I.130
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
* A identificação das séries autorizadas e seus respectivos preços de exercício são divulgadas
diariamente pela BM&FBOVESPA.
O Exercício da Opção
É a operação pela qual o titular de uma opção de compra exerce seu direito de comprar
o lote de ações a que se refere a opção, ao preço de exercício. Da mesma forma, o titular de
uma opção de venda exerce o seu direito de vender o lote de ações a que se refere a opção, ao
preço de exercício.
A ocorrência de distribuição de proventos para a ação-objeto provocará alterações nas
séries até então autorizadas, que serão ajustadas, nos casos de proventos em dinheiro e de
direitos de preferência, no primeiro dia de negociação “exdireito” do papel objeto. Já no caso
de proventos em títulos, o ajuste será efetivado somente no exercício.
O número de ações-objeto da opção e/ou o preço efetivamente pago por ação no
exercício estão sujeitos a ajustes nos casos de distribuição de dividendos, juros sobre o capital
próprio, outros proventos em dinheiro, bonificações, subscrições, fracionamentos,
grupamentos e reorganizações que digam respeito à ação-objeto ou a seu emissor.
Subscrição
As subscrições de novas ações ou quaisquer outros direitos de preferência referentes à
ação-objeto da opção, aprovados na vigência da opção, implicam o atendimento do exercício
com ações na forma "ex", sendo deduzido do preço de exercício, a partir do primeiro dia de
negociação "ex-direito" do papel objeto, o valor teórico do direito à subscrição, calculado pela
BM&FBOVESPA no primeiro dia de negociação ex-direito.
I.131
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Limites de Posições
A BM&FBOVESPA acompanha permanentemente as condições e a evolução do mercado,
estabelecendo limite para cada série e para o conjunto das séries, antes da abertura das séries,
para as posições de clientes ou grupos de clientes e instituições do mercado, evitando, dessa
forma, a concentração do mesmo.
Ação-Objeto
A partir da análise do comportamento das ações no mercado à vista, efetuada com base
em sua liquidez, tradição e negociabilidade, a BM&FBOVESPA elabora a relação de ações-objeto
autorizadas para negociação com opções, que pode ser alterada a qualquer tempo, por decisão
da Superintendência Geral.
Objetivos e Riscos
Quem se interessa por opções deve estar ciente dos riscos do mercado e do valor que
pode perder, como em qualquer outra aplicação.
É importante que se leve em consideração a conjuntura econômico-financeira do País e
da empresa, bem como os riscos da própria ação-objeto. Portanto, todas essas informações são
necessárias para um conhecimento mínimo dos níveis de risco.
Escolhido o objetivo financeiro do aplicador, deve-se analisar as duas posturas possíveis
no mercado de opções: a de titular e a de lançador.
I.132
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Opção de Compra
Aquisição
Ao se decidir pela compra de uma opção, o aplicador espera beneficiar-se de uma
elevação do preço da ação-objeto, com a consequente valorização do prêmio da opção.
Pensando assim, e levando em conta seus objetivos de atuação no mercado, o aplicador
pode:
1) Utilizar opções de compra para obter maior retorno, ou seja, alavancar seus ganhos
Como isso significa buscar maior lucratividade, implica também expor seu investimento
a um maior grau de risco.
Como o prêmio de uma opção é sensivelmente menor do que o preço da ação-objeto a
que se refere, uma determinada quantia em dinheiro pode comprar certo número de opções
correspondentes a uma quantidade de ações muito maior do que a que seria possível adquirir
no mercado à vista.
Assim, cada aumento no preço da ação-objeto costuma corresponder a um aumento no
prêmio da opção e a maiores retornos sobre a aplicação, pois a variação percentual é maior
para o prêmio. O mecanismo de alavancagem atua também no sentido inverso: a queda na
cotação pode até levar à perda integral da aplicação, ou seja, do prêmio pago.
4) Utilizar opções de compra para fixar o preço de uma futura aquisição de determinada
ação
Se um aplicador acredita que o preço de uma ação é atrativo, mas não tem os recursos
necessários para comprá-la naquele momento, pode comprar uma opção e assim fixar o preço.
Quando puder concluir a compra da ação, exercerá a opção dentro do seu prazo de validade e
pagará o preço que julgou conveniente.
I.133
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.134
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Opção de Venda
Aquisição
Ao adquirir uma opção de venda, o aplicador procura se beneficiar da queda no preço à
vista da ação-objeto e, por extensão, da valorização do prêmio da opção. Dessa forma, e de
acordo com a postura que pretenda assumir nesse mercado, o aplicador pode:
I.135
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I.136
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Fechamento de Posição
Posição Titular
A BM&FBOVESPA mantém disponíveis, em seu mercado de opções, operações que
possibilitam diversas formas de atuação, entre elas a que permite a realização de lucro antes do
vencimento, por uma operação de venda no mercado secundário.
Um aplicador comprou, em março, opções de venda sobre 100 mil ações ABC com
vencimento em junho, ao preço de exercício de $ 5,00, pagando de prêmio $0,50 por ação
($50.000,00 no total). Dois meses depois, como o preço da ação-objeto no mercado à vista caiu,
a opção teve seu prêmio elevado para $ 0,65. O titular pôde realizar o lucro, vendendo opções
da mesma série, encerrando sua posição e ganhando o diferencial dos prêmios ($ 65.000,00 -
$ 50.000,00 = $15.000,00) menos os custos de transação.
Posição Lançadora
I.137
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Um aplicador vendeu, em março, opções de compra sobre 100 mil ações ABC que possuía, com
vencimento para junho, ao preço de exercício de $5,00, recebendo um prêmio de $ 0,50 por
ação, $ 50.000,00 no total. Como o preço da ação-objeto no mercado à vista caiu abaixo do
preço de exercício, o prêmio da opção caiu para $ 0,35. Se o lançador acredita que o preço à
vista da ação vai diminuir mais, é interessante que encerre sua posição lançadora, comprando
ações de série igual à lançada, para realizar um lucro igual ao diferencial dos prêmios
($50.000,00 - $35.000,00 = $15.000,00) menos os custos de transação. Aí, libera suas ações
para imediata venda no mercado à vista ou para um outro lançamento numa série com preço
de exercício mais próximo do preço à vista e, consequentemente, com prêmio maior, obtendo
mais receita.
Se acreditasse que o preço da ação-objeto subiria ao invés de cair, poderia, ao fechar
sua posição lançadora realizando lucro, guardar as ações para uma venda posterior no mercado
à vista para outro lançamento de opções ou ainda passar a titular de opções. Mas se o aplicador
não possuísse as ações a que se refere a opção e a alta do preço das ações houvesse elevado o
prêmio para $ 0,65 por ação, ele estaria sendo chamado para a manutenção do nível mínimo de
margem.
Um aplicador, sem interesse ou condições de continuar atendendo a essas chamadas ou
de comprar as ações-objeto para responder ao provável aviso de exercício, poderia comprar
opções de série igual às lançadas, encerrando suas obrigações como lançador e apurando o
prejuízo correspondente ao diferencial dos prêmios ($65.000,00 - $50.000,00 = $ 15.000,00)
mais os custos de transação.
A operação de compra para fechamento de posição, como a de venda, é efetuada por
intermédio de sociedade corretora, que deverá, simultaneamente à realização da operação de
fechamento, indicar à BM&FBOVESPA o bloqueio de exercício de sua posição. Isso somente
será possível se a posição lançadora ainda não houver sido designada para atendimento de um
aviso de exercício. Nessa hipótese, a operação de compra, em vez de fechar a posição
lançadora, gera uma posição compradora (titular) de opções, porém poderá ser fechada no
mesmo pregão, mediante uma operação de venda de opções (mesmo que isto ocorra no dia do
vencimento)
Mercado de Swaps
É aquele em que as partes trocam um índice de rentabilidade por outro, com o intuito
de:
a) fazer hedge para minimizar risco;
b) casar posições ativas com posições passivas;
c) equalizar preços;
d) arbitrar mercados; ou
e) alavancar a exposição ao risco.
I.138
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
uma instituição que possua um passivo a taxas pós-fixadas e queira trocá-lo por
taxas fixas com outra instituição, que tenha seu passivo a taxas fixas e queira
trocá-lo por taxas pós-fixadas; ou
uma instituição que possua um passivo atrelado à taxa do CDI – Certificado de
Depósito Interbancário e um ativo atrelado à taxa de câmbio e queira trocar a
rentabilidade do câmbio pela do CDI no mercado de swap, compatibilizando a
variação de ativo e passivo e retirando esse risco de sua estrutura contábil.
Na operação de swap, a dívida em si não troca de lugar, mas apenas o custo total dos
juros a serem pagos é que o fazem. Não se trocam os ativos, somente as rentabilidades dos
mesmos. O objetivo da operação é mudar a estrutura da carteira de investimentos durante o
prazo do swap. O principal serve apenas de base para cálculo dos pagamentos que serão
intercambiados numa data futura preestabelecida no contrato.
I.139
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
prática, porém, fatores externos podem interferir no resultado do hedge, fazendo com que a
estratégia resulte ligeiramente diferente do planejado.
Além do mercado futuro, o hedge também pode ser realizado através de operações em
outros mercados derivativos, como o mercado a termo e o mercado de opções, já mencionados
no capítulo anterior.
Em todos eles são negociados contratos padronizados de mercadorias ou ativos
financeiros, sendo exigidas, no entanto, margens de garantia para manutenção de posições em
aberto, tanto no mercado a termo como no futuro.
Posições em aberto são as posições (compradas ou vendidas) de um investidor e que
ainda não tenham sido por ele liquidadas. Ou seja, se o investidor originalmente comprou 10
contratos futuros e não vendeu nenhum desses contratos até o momento, sua posição em
aberto equivale a esses mesmos 10 contratos futuros, os quais estarão sujeitos a variações
diárias de preço.
Para fazer o hedge no mercado a termo, o produtor contrata a venda de sua produção
para uma data futura, a um determinado preço e efetivamente leva a operação até a
liquidação, o que é também do interesse do comprador. O resultado final de uma operação no
mercado a termo é igual ao do mercado futuro, só que, neste último haverá́ movimentação
financeira diária (ajuste), enquanto naquele, esta ocorrerá apenas ao final.
I.140
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.141
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.142
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.143
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Derivativos Agropecuários49
Os derivativos agropecuários atendem à necessidade de comercialização de
determinadas mercadorias. Devem ser utilizados por empresas que pretendem se proteger do
risco de preço de seus produtos e matérias-primas utilizadas.
É por meio deste mercado que as empresas conseguem garantir a fixação dos preços de
determinadas mercadorias, que sofrem impactos diretos de fatores externos, como clima,
condições de solo e pragas, por exemplo.
Se usarmos o mercado de trigo nos Estados Unidos para exemplificar, a colheita do
produto é feita apenas durante algumas semanas do ano. Assim, alguém precisa carregar esta
mercadoria até o consumo total da mesma, arcando com custos de aquisição, armazenagem e
transporte e ainda sujeitando-se aos riscos de variações de preço. Cabe ao mercado de
derivativos oferecer estratégias de proteção ao negócio, minimizando e até anulando eventuais
riscos.
A Bolsa oferece os seguintes produtos de derivativos agropecuários:
49 http://www.bmfbovespa.com.br/empresas/pages/empresas_derivativos-agropecuarios.asp
I.144
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Variação mínima de apregoação: US$0,01 (um centavo de dólar dos Estados Unidos) por saca
de 50 quilos líquidos.
Meses de vencimento: fevereiro, abril, julho, setembro e novembro.
Margem de garantia: será exigida margem de garantia de todos os comitentes com posição
aberto, cujo valor será atualizado diariamente pela Bolsa, de acordo com critérios de apuração
de margem para contratos futuros.
I.145
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Milho
CCM (Contrato Futuro de Milho com Liquidação Financeira); CTM (Contrato Futuro de Base de
Preço de Milho/Triângulo Mineiro, MG); COP (Contrato Futuro de Base de Preço de
Milho/Cascavel, PR); CRV (Contrato Futuro de Base de Preço de Milho/Rio Verde, GO); e CPG
(Contrato Futuro de Base de Preço de Milho/Paranaguá, PR).
I.146
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Objeto de negociação: soja em grão a granel, tipo exportação com conteúdo de óleo base de
18,5%, com até 14% de umidade.
Tamanho do contrato: 27 toneladas métricas ou 450 sacas de 60kg.
Cotação: dólares dos Estados Unidos da América por saca de 60kg.
Variação mínima de apregoação: US$0,01 por saca de 60kg.
Meses de vencimento: março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro e novembro.
Margem de garantia: será exigida margem de garantia de todos os comitentes com posição em
aberto, cujo valor será atualizado diariamente pela Bolsa, de acordo com critérios de apuração
de margem para contratos futuros.
Tributação
Mercado de Opções50
Fato Gerador Auferir ganho líquido na negociação ou no exercício da opção.
art. 45 da IN 1.022/2010
Base de Cálculo A base de cálculo do imposto de renda é o ganho líquido auferido
nas seguintes hipóteses:
1. Na negociação da opção
Pelo resultado positivo apurado no
encerramento de opções da mesma série. (art. 49, I, da IN
1.022/2010)
2. Nas operações de exercício da opção
2.1. Titular da opção de compra. art. 49, II, “a”, da IN 1.022/2010)
Pela diferença positiva entre o valor da venda à vista do ativo na
data do exercício da opção e o preço de exercício, acrescido do
valor do prêmio.
2.2. Lançador da opção de compra. (art. 49, II, “b”, da IN
1.022/2010)
Pela diferença positiva entre o preço de exercício da
opção, acrescido do valor do prêmio, e o custo de aquisição do
ativo objeto do exercício.
2.3. Titular de opção de venda (art. 49, II, “c”, da IN 1.022/2010)
Pela diferença positiva entre o preço de exercício da opção e o
valor da compra à vista do ativo, acrescido do valor do prêmio.
2.4. Lançador da opção de venda (art. 49, II, “d”, da IN 1.022/2010)
Pela diferença positiva entre o preço da venda à vista do ativo na
data do exercício da opção, acrescido do valor do prêmio, e o preço
de exercício da opção.
3. Observações
3.1. Não ocorrendo a venda à vista do ativo na data do exercício da
opção, o ativo terá como custo de aquisição o preço de exercício da
opção, acrescido ou deduzido do valor do prêmio, no caso de
titular de opção de compra e lançador da opção de venda,
50 http://www.bmfbovespa.com.br/pt-br/regulacao/tributacao/pessoa-fisica/imposto-de-renda-mercado-de-
opcoes/imposto-de-renda-mercado-de-opcoes.aspx?idioma=pt-br
I.147
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.148
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Mercado à Termo51
51 http://www.bmfbovespa.com.br/pt-br/regulacao/custos-e-tributos/tributacao/imposto-de-renda-mercado-a-
termo.aspx?idioma=pt-br
I.149
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
Retenção
(Antecipação do Há incidência do imposto de renda retido na fonte à alíquota de 0,005%
Imposto) sobre (i) quando houver a previsão de entrega do ativo objeto na data do
seu vencimento, a diferença, se positiva, entre o preço a termo e o preço
a vista na data da liquidação; e (ii) nos casos de operação com liquidação
exclusivamente financeira, o valor da liquidação financeira previsto no
contrato, sendo a instituição intermediadora que receber diretamente a
ordem do cliente responsável pela retenção.
O imposto retido na fonte poderá ser (i) deduzido do imposto sobre
ganhos líquidos apurados no mês; (ii) compensado com o imposto
incidente sobre ganhos líquidos apurados nos meses subsequentes; (iii)
compensado na declaração de ajuste anual se, após a dedução de que
tratam os itens I e II, houver saldo de imposto retido; e (iv) compensado
com o imposto devido sobre o ganho de capital na alienação de ações.
O imposto de renda retido na fonte deve ser recolhido até o terceiro dia
útil da semana subsequente à data da retenção. (código DARF 5557)
art. 52 da IN 1.022/2010
52 http://www.bmfbovespa.com.br/pt-br/regulacao/custos-e-tributos/tributacao/imposto-de-renda-mercado-
futuro.aspx?idioma=pt-br
I.150
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
I.151
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
art. 52 da IN 1.022/2010
53 http://www.bmfbovespa.com.br/pt-br/regulacao/custos-e-tributos/tributacao/imposto-de-renda-
swap.aspx?idioma=pt-br
I.152
Curso Preparatório para Prova da ANCORD 2011
REFERÊNCIAS
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Anotações
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