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SILVA, Francisco Carlos Teixeira.

Crise da ditadura militar e o processo de abertura política no


Brasil, 1974-1985. In – O Brasil republicano – o tempo da ditadura

A CRISE DAS DITADURAS

- o final dos anos 1970 e a década de 1980 assistiram, por toda a América Latina, a um intenso
movimento de redemocratização; (p. 246)

- tais são os atores principais e seus condicionantes a serrem considerados na reconstrução do


cenário da redemocratização no Brasil: a pressão externa e os condicionantes da economia mundial,
os militares e seus condicionantes institucionais e, por fim, a oposição, representada pelo MDB e
seus condicionantes inscritos na cultura política envolvente; (p. 249)

- EUA: o longo histórico de apoio às ditaduras militares latino-americanas havia se encerrado; (p.
252)

- o turning-point da política americana não explica, isoladamente, as diversas aberturas latino-


americanas a partir do início da década de 1980, como da mesma forma não é o único ator externo
no processo de abertura brasileiro;

- na sua origem, não é a crise econômica que condiciona a abertura; ao contrário, foi a eficiência
econômica do governo Médici que favoreceu a sucessão Geisel-Golbery e, portanto, o projeto de
abertura do regime; (p. 254)

O ESTADO E A OPOSIÇÃO: OS ATORES INTERNOS

- os dois principais atores internos em presença no jogo político da abertura foram: o grupo militar
(projeto Geisel-Golbery) e o partido político de oposição (MDB);

A ABERTURA COMO PROCESSO POLÍTICO: ABERTURA OU ABERTURAS?

- a reação e a resistência – civil e, mais tarde, armada – acabam por convencer os militares de que o
arremedo de democracia organizado desde o golpe de 1964 era inútil e mesmo contrário aos
interesses da ordem; (p. 257)

EUFORIA ECONÔMICA, REPRESSÃO E ABERTURA POLÍTICA

- Médici: inicia um grandioso projeto econômico – a segunda revolução industrial no país; (p. 258)

- para os militares, poderia ter ocorrido a transição para um regime democrático no final do governo
Médici  não foi feita devido a atos provocativos, atos guerreiros  guerrilhas, assaltos a bancos,
greves – isso atrasou a abertura (opinião dos militares); (p. 259)
A ABERTURA LENTA, GRADUAL E SEGURA

- Geisel e Golbery deveriam organizar a constitucionalização do país, tendo como meta a distensão
lenta, gradual e segura; (p. 262)

- o projeto de abertura representava uma volta ao Estado de Direito, a reconstitucionalização do


regime, mas não exatamente a redemocratização do país; (p. 263)

- eleições para o Parlamento em 1974: vitória da oposição  isso sinaliza que o povo estava
insatisfeito com o tipo de regime vigente;

- essa vitória da oposição (ressaca cívica nacional) divide o poder militar e abala o projeto original
de abertura; (p. 264)

A DINÂMICA PRÓPRIA DO PROCESSO DE ABERTURA

- 1983: Diretas Já! (p. 265)

- Figueiredo: um dos principais pontos de sua agenda era a anistia; durante seu governo surgem as
lideranças sindicais no cenário político; (p. 269-270)

A FASE FINAL DA ABERTURA: OPOSIÇÃO POPULAR E PARTIDOS POLÍTICOS


ASSUMEM A INICIATIVA

- movimento popular  luta pela volta dos exilados e em prol das eleições diretas; (p. 271)

- propostas das Diretas Já!: presidente pelo voto direto, Constituinte e ruptura constitucional
extremamente desfavorável para as forças que implantaram a ditadura militar no país; (p. 273)

- marca popular na transição pactuada; (p. 276)

- a aliança partidária entre o PMDB de Tancredo e os dissidentes liberais do PDS é denominada


Aliança Democrática (AD); (p. 278)

- é nesse quadro que o PT não só se nega a compor uma frente com as oposições, como ainda acusa a
frente oposicionista de capitulação diante dos interesses conservadores;

- em 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral consagra Tancredo Neves como presidente do Brasil;
(p. 279)

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