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PROCESSAMENTO DE SINAIS

Filtro, relatório prático com software MATLAB

Mateus Araújo da Silva Dr. Mauro Fonseca Rodrigues


Universidade Federal do Pampa Prof. da Universidade Federal do
Unipampa Pampa Unipampa
Alegrete-RS, Brasil Alegrete-RS, Brasil
mateussilva.aluno@unipampa.edu.br maurorodrigues@unipampa.edu.br

Resumo- Presente artigo vem com o intuito de demonstrar


um filtro de sinais de passa alta com passa baixa, identificado
como filtro FIR. Artigo exclusivo para parte prática com vera
aplicação em MATLAB com códigos para a implementação do
filtro. Desenvolvido para aplicação em sala de aula.

Palavra-chave — Processamento de Sinais, Filtro FIR,


MATLAB, Convolução, Frequência, Passa Alta, Passa Baixa.

I. INTRODUÇÃO AO OBJETIVO
O vigente artigo vem com o objetivo para apresentação
de um modelo de atividade criado em sala de aula, que
chamamos de convolução, com ele é possível a criação de
filtros, que realizam uma filtragem de sinais indesejados que
atrapalham a nossa comunicação ou qualquer outro tipo de
envio de dados, sendo assim, inevitável a não utilização de B. PASSO II
filtro em seu circuito.
Implementando um software com algumas funções que Para a refinação e entendimento dos dois passos de
serão apresentadas posteriormente, será possível trazer o algoritmo, iremos fazer a verificação do sinal de entrada a
conhecimento visual dos acontecimentos com análises fim de implementar a aplicação direta do teorema da
gráficas. Há duas formas possíveis de visualização da superposição de sistemas lineares. Desintegrando o nosso
convolução, através do algoritmo de entrada e algoritmo de sinal x em 3 sinais, atribuiremos apenas um pulso para cada
saída. ramificação de sinal.

Algoritmo de entrada utiliza o teorema de superposição, Assim temos:


onde o sinal de entrada é distribuído em diversos sinais, que x1 = [1 0 0]; x2 = [0 2 0] ; x3 = [0 0 3]
estão aplicados individualmente no sistema.
Algoritmo de saída é o formato da aplicação da Prontamente iremos realizar a convolução destes sinais
convolução nos sistemas reais. Se no sinal de entrada, tem N com o nosso sinal h e com isso observaremos a semelhança
amostras, e a resposta do seu sistema tem M amostras, o sinal entre eles.
de saída corresponderá como (N+M-1) amostras.
Aplicaremos o seguinte código para tal comparação.
A resposta para um pulso de sistema linear com M
amostras não obtém exatamente o sinal filtrado (M-1), já que y1 = conv(x1,h); y2 = conv(x2,h); y3 = conv(x3,h)
nessas regiões a resposta do pulso não está imersa no sinal.
Observaremos posteriormente Feito isso, avançaremos para o somatório dos y, tendendo
a um y (total) e compararemos com o nosso z, que é a
II. PROCEDIMENTOS
convolução de (x,h).
A. PASSO I
Procedemos testando a convolução de um sinal de N
pontos com M pontos, sucedendo a (N+M-1) pontos. Para
isso, usaremos o seguinte código:
x = [1 2 3], h = [3 1 2 4], z = conv(x,h) , onde z é o
resultado da convolução de (x,h).
Apresentaremos a você as imagens de nossos códigos, no
MATLAB, para seu melhor acompanhamento.
A nossa soma y(total) resultou exatamente no nosso mesmo D. PASSO IV
sinal da convolução de (x,h).
Enquanto nosso sinal y1, resultou em y1 = [ 3 1 2 4 0 0 ], Dado o sinal h, o qual obtivemos com o filtro, criaremos
exatamente o nosso mesmo sinal h, sem deslocamento n. agora outro sinal, onde chamaremos ele de Xn para a
Y2 proveio como, y2 = [ 0 6 2 4 8 0 ], atrasou uma casa realização de uma convolução entre ( h,Xn ).
com o dobro do valor de h, fazendo sentido já que nosso sinal
de entrada era x2 = [ 0 2 0 ]. Xn = zeros( 1,98 );
For i = 0:0
Y3 transformou-se em y3 = [ 0 0 9 3 6 12 ], tardada duas Xn( i + 1 ) = i + 1
casas com um múltiplo de 3 para cada pulso. end

Esse código, nos fornece a seguinte situação;


C. PASSO III
Já realizado nosso processo de entrada, iremos agora Xn = 1 para n = 0
para o processo de saída de nosso sinal. Xn = 0 caso contrario
Para afim de efetivarmos a legitimidade da convolução,
mostraremos que o conceito da relação entre entrada e saída
de um sistema linear é dada pela convolução do sinal de
entrada com a resposta a impulso do seu mesmo sinal.
Através do código que citaremos abaixo, vamos passar a
gerar a resposta do nosso impulso h, do filtro.

h = zeros(1,99);
for i = 0:98
h(i+1) = 0.31752 * sin(0.314159 * (i-
49.00001)) / (i-49.00001);
h(i+1) = h(i+1) * (0.54 - 0.46 * cos(0.0641114 *
i));
end

O filtro apresentado é projeto para deixar passar ondas O seguinte resultado da convolução foi o esperado, por
senoides que façam menos de 25 ciclos em 500 amostras. existir apenas um pulso no nosso Xn, aos demais zero, mas
Com isso, possibilitando o bloqueio de senoides de altas percebemos também, analisando os resultados da
frequências. convolução que ele oscila entre 0- a 0+, sempre com a
Esse filtro com o qual chamamos de filtro FIR (passa tendência a zero.
baixa), tem como principal característica uma resposta a
impulso que consiste de várias amostras positivas.
Existindo possibilidade de haver amostras negativas, mas
a sua grande maioria é positiva.
Representaremos agora esses pulsos de resposta do
sistema:

E. PASSO V

Agora iremos gerar um sinal de teste Xn, que consiste


em uma soma de duas senoides, e analisaremos o resultado.

Para a primeira senoide colocaremos uma amplitude de 1


e faremos 6 ciclos completos em 500 amostras,
consideravelmente uma frequência baixa.

N = 500;
k = 6;
for i = 0:499
x1(i+1) = sin(2*pi*k*i/N);
end

Para a segunda senoide colocaremos uma amplitude de


0.5, a metade da nossa primeira e faremos mais ciclos,
realizaremos 44 ciclos completos, para uma quantia de 500
amostras, logo, trataremos de trabalhar com uma frequência
alta.

k = 44;
for i=0:499
x2(i+1) = 0.5*sin(2*pi*k*i/N);
end
Neste instante iremos analisar os gráficos da frequência
baixa com alta e a seguir os seus somatórios.

Note que a frequência nesse somatório diminui, mas sua


amplitude foi aumentada para 1.5, realizando assim o
somatório das duas ondas senoidais.

F. PASSO VI

Aplicaremos o filtro em nosso sinal resultado final do


passo 5, que constitui da soma de x1 + x2 = x.
O que acontece é realmente incrível. Veremos pelo
gráfico e faremos a análise.

Perceba que ele inicia em 0 e finaliza os seus 6 ciclos


completo em 0 novamente. Esse é o nosso gráfico de
frequência baixa. Perceba também a amplitude de 1 a -1.

Agora iremos para o gráfico de frequência alta.

Após o somatório ele foi filtrado, e conseguiu bloquear a


alta frequência, enquanto manteve o sinal de frequência
baixa intacto, diminuiu a amplitude para uma amplitude
máxima de 0.6, com a mínima de -0.1.
E seu período que era de 500, foi para 100.

Analisando a frequência, temos 44 ciclos completos com G. PASSO VII


a amplitude indo de -0.5 a 0.5. Função seno, iniciando em 0
novamente. E por último, transformaremos agora o nosso filtro em
Partindo agora para o somatório dessas duas frequências um filtro de passa alta, alterando assim toda a sua amostra e
x1 e x2, obtemos o seguinte gráfico como resposta sendo x. somando um a sua amostra central.
mínimo de -0.1, dando depois um salto ou deixando passar
apenas um pulso dessa frequência chegando ao seu pico
máximo de 0.9.

III. CONCLUSÃO

Efetivamos uma ótima conclusão com êxito nos nossos


resultados apresentados e assim claramente relatado o que
aconteceu em cada passo do processo de execução. Damos
por concluído o nosso devido experimento com satisfação
total onde conseguimos efetivar com sucesso as análise e
situação prática, onde cuidadosamente foi analisado cada
onda senoidal, suas frequências, ondas e seus filtros
aplicados.

Com a atualização do nosso filtro, a maioria do sinal REFERENCIA


oscilou entre (+0, -0), antes de chegar até o seu valor Aulas teóricas da Universidade Federal do Pampa.

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