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Licenciatura em Engenharia Biomédica

RELATÓRIO Nº1: INTRODUÇÃO AO LABVIEW

Gabriela Almeida 68891, Sara Monteiro 68170


email: gabriela_ferreiraalmeida@hotmail.com; saramonteiro_2011@hotmail.com

UC: Instrumentação Médica Docente: José Ramiro Fernandes

1. OBJETIVO
Este trabalho tem como objetivo conhecer as funcionalidades do LabVIEW, analisando um
conjunto de dados fornecidos pelo professor, através dos gráficos obtidos.

2. INTRODUÇÃO
O LabVIEW (Laboratory Virtual Instrumentation Engineering Workbench) é um software
que facilita a interação virtual de hardwares, possibilitando a análise de dados e o
processamento de sinais de forma mais eficiente. A plataforma utiliza linguagem G
(programação gráfica), que permite o utilizador implementar diversas estruturas no diagrama
de blocos. Esta linguagem torna a programação mais visual e facilita a montagem e
conhecimento dos sistemas. O LabVIEW pode ser utilizado para monitorizar as condições de
geração de energia, simulação de funções matemáticas e análise estatística de dados.

Estrutura do LabVIEW

Os programas criados pelo LabVIEW são chamados VI (virtual instrument), nome dado
devido aos seus ícones virtuais serem muito parecidos com os instrumentos físicos. Cada VI
criado possui um diagrama de blocos e um painel frontal e é neste painel que são mostrados
os gráficos que foram selecionados pelo utilizador. Cada controlo representa uma entrada e
cada indicador, uma saída, sendo que o processamento dos dados da entrada é feito a partir do
circuito montado no diagrama de blocos para assim ser exibido pelo indicador no painel
frontal.

3. METODOLOGIA
DIAGRAMA DE BLOCOS:

Para realizarmos o nosso diagrama de blocos, abrimos o LabView e depois de carregar em


“File”, realizamos um “New VI”.

Começamos por adicionar um “Double”, ou tecnicamente um “Read Delimited Spreadsheet”


de modo a extrair os dados das amostras que tínhamos, pois este tem a função de ler um
número específico de linhas de um “text file” convertendo os dados numa matriz a 2D com
uma precisão dupla de números, strings ou inteiros. No Double tivemos de selecionar
manualmente o “polymorphic instance” que pretendemos utilizar.
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De seguida utilizamos um “Array” para fazer a junção dos dados e para termos a certeza de
que temos todos os dados adicionamos um “all rows”. Posto isto, dividimos o Array em dois:
num array subset contém os valores de x e noutro array subset que contém os valores de y.
Estes array subsets retornam uma parte da matriz começando pelo índice que contém os
elementos de comprimento. Posteriormente juntamos estes valores numa função “build xy
graph”, através de conversores que convertem matrizes a 2D para dados dinâmicos, na qual
foram extraídos os valores máximo e mínimo do gráfico através de um “array max e min
value”.

Podemos observar o que foi explicado anteriormente na parte selecionada a preto no diagrama
de blocos.

Figura 1. Obtenção dos valores máximos e mínimos

Seguidamente, pretendemos retirar o ruído do gráfico no diagrama de blocos. Para isso, a


partir dos valores y do gráfico realizamos diversas derivadas e primitivas, subtraindo depois
aos dados a média resultante da primitiva. Repetimos o mesmo processo diversas vezes e
apresentamos o gráfico sem ruído, através da função “waveform” e o respetivo gráfico do
ruído.

Para acrescentar as informações dos gráficos, voltamos a extrair os valores máximos e


mínimos de cada um, através do mesmo processo, fazendo ainda, um indicador que mostra o
valor da amplitude de meia onda para cada um dos gráficos como se pode observar na figura
seguinte.
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Figura 2. Obtenção do valor de amplitude a meia onda e dos gráficos com e sem ruído

Por fim, criamos um loop, onde este executa o seu subdiagrama n vezes, onde n é o valor
conectado ao terminal de contagem (N) enquanto que o terminal iteration (i) fornece a
contagem de iterações do loop atual que varia de 0 a n-1. No nosso caso, fizemos com 1000
iterações a partir dos dados do primeiro gráfico. No nosso loop pusemos um bundle que
agrega os valores de x e de y. É nesse bundle, que será localizado o valor de x onde se
encontra a amplitude de meia onda. Para isso existem 2 indicadores (um dos indicadores dá-
nos o valor de x na primeira metade de onda e outro que nos dá o valor de x na segunda
metade de onda), isto é, a da direita e a da esquerda.

O comprimento de meia onda é calculado através da subtração entre o valor de x da primeira e


segunda metade da onda.

Figura 3. Loop

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ANÁLISE DOS GRÁFICOS:

Ao analisar a amostra 76_col_003 obtivemos três gráficos, onde o primeiro é o gráfico


original (com ruído), o segundo sem o ruído e o terceiro gráfico o ruído em si.

Como podemos observar na figura 4, que diz respeito ao gráfico original, os indicadores
mostram o valor máximo de 1811 ua, valor mínimo de 121 nm, com uma amplitude de meia
onda de 9055,5 ua.

Figura 4. Gráfico original (com ruído)

No segundo gráfico, podemos observar que o valor máximo é de 17411 ua, valor mínimo é de
-4,96916 nm e o valor da amplitude de meia onda é de 8705,5 ua.

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Figura 5. Gráfico sem ruído

Por fim, no último gráfico, podemos observar que o valor máximo é de 150,03 ua, o valor
mínimo é de -65,0768 nm e o valor da amplitude de meia onda é de 75,0149 ua.

Figura 6. Gráfico do ruído

Para calcular o comprimento de onda, temos de obter primeiro o valor de amplitude de meia
onda do gráfico original. Uma vez que este é 9055,5 ua, queremos localizar o mesmo na
amplitude. O que podemos observar nos valores da amostra que se encontra em x= 466 nm.

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Figura 7. Output Cluster

Porém no segundo indicador, não podemos fazer da mesma forma que o primeiro indicador,
uma vez que a amplitude de meia onda não se encontra nos valores da amostra, por isso, no
primeiro indicador verificamos que na posição x= 600nm, a amplitude tem o valor de y= 9069
ua e na posição x= 601 nm a amplitude tem o valor de y=9050 ua. Devido a esta situação,
consideramos que a amplitude é igual ao valor da amplitude de meia onda na primeira metade
do sinal que se encontra em x= 600nm (média dos valores de x). Conclui-se assim que o valor
do comprimento de meia onda é aproximadamente 134,5 nm (600,5 – 466 = 134,5).

Figura 8. Output cluster 2

4. Conclusões
Com este relatório conseguimos compreender melhor as funcionalidades do LabView,
melhorar as nossas capacidades de analisar gráficos e perceber o quão eficaz é obter os
mesmos através deste software.

Referências
https://www.ni.com/pt-pt/innovations/white-papers/06/virtual-instrumentation.html#section-
712525931

https://www.ni.com/pt-pt/shop/labview.html

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