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METODOLOGIAS
PARA O ENSINO
Teorias e exemplos de
sequências didáticas
MULTICULTURAL
MULTICULTURAL
METODOLOGIAS
PARA O ENSINO
Teorias e exemplos
de sequências
didáticas
Campos dos Goytacazes - RJ
2018
MULTICULTURAL
Valéria Marcelino
Priscila G. de Sousa e Silva
Organizadoras
METODOLOGIAS
PARA O ENSINO
Teorias e exemplos
de sequências
didáticas
Copyright © 2018 Brasil Multicultural Editora
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução parcial ou total desta obra sem a expressa
autorização do autor.
Diretor editorial
Décio Nascimento Guimarães
Diretora adjunta
Milena Ferreira Hygino Nunes
Coordenadoria científica
Gisele Pessin
Fernanda Castro Manhães
Design
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Revisão
Clesiane Bindaco Benevenuti
Assistente editorial
Dayse Sampaio Lopes Borges
Gestão logística
Nataniel Carvalho Fortunato
Bibliotecária
Ana Paula Tavares Braga – CRB 4931
CDD 371.3
11
Metodologias para o ensino: teorias e exemplos de sequências didáticas
12
Resumo dos autores
13
Metodologias para o ensino: teorias e exemplos de sequências didáticas
14
Resumo dos autores
15
Prefácio
Cabe, ainda que muito brevemente, reforçar o papel político dos Institu-
tos Federais no cenário da educação, uma vez que se propõem à realização
da verticalização do ensino, na esfera do modelo multicampi e de integra-
ção das diversas áreas dos seus cursos. Além disso, os Institutos Federais
firmam uma política de educação de incremento da formação profissiona-
lizante, integrando a base técnica à humanística, o que se perfaz na tríade
ensino, pesquisa e extensão da EJA à pós-graduação, passando pelo ensino
médio e pelo compromisso legal de formação de professores.
17
Sumário
Apresentação ... . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. 18
PARTE 1
Metodologias Problematizadoras para o Ensino
1
Formação de professores e as Metodologias de Ensino... . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. 22
Dra. Valéria Marcelino
2
Estudo de caso como Metodologia para o Ensino.. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . 30
Priscila Garcia de Sousa e Silva
Cleidiane Basílio de Almeida Gomes
João Manoel Magalhães Cruz
Vânia Márcia Silva do Carmo Brito
Dra. Silvia Cristina Freitas Batista
3
Abordagem temática no ensino: Três Momentos Pedagógicos ... . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. 46
Fernanda Cristina da Silva Rangel
Luciana Gonçalves de Oliveira
Marcelle de Oliveira Manhães
Rosivar Marra Leite Sanches
Thamiris Menezes de Souza
Dra. Valéria Marcelino
4
Problematização a partir do Arco de Maguerez: ciclo hidrológico e implicações sociais .. . 60
Murilo Alvares Vieira
Josete Pereira Peres Soares
Paula Silvianna Muniz Figueiredo
Raphael Barros de Sousa Neto
Suély Gomes da Silva
Dr. Breno Terra Azevedo
5
Sequência de Ensino Investigativa – SEI... . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. 68
Angelina Barros Mota Arêas
Isadora Lopes Barbosa Vasconcellos
Jéssica Raquel Pereira Ribeiro
Soraya Castro de Lima Oliveira
Dra. Gilmara Teixeira Barcelos Peixoto
PARTE 2
Metodologia para Aprendizagem Colaborativa
6
Jigsaw: Metodologia Cooperativa de Aprendizagem ... . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. 80
Alini Cardozo dos Santos Paravidini
Kennya Ferreira Silva Miranda
Silvana da Silva de Azevedo Lima
Shayane Ferreira dos Santos
Dr. Breno Fabrício Terra Azevedo
Apresentação
A educação brasileira tem sido tema de muitas pesquisas e discussões,
pois tem-se pautado no ensino tradicional, no qual o professor transmite
toda a informação e o aluno comporta-se como um ser passivo. Todavia,
é notório que esse ensino entrou em falência, já que os resultados de
avaliações internacionais voltadas para educação colocam o Brasil nos
últimos lugares.
21
PARTE 1
Metodologias Problematizadoras para o Ensino
1
Esse dinamismo faz com que seja essencial que a maneira de ensinar
todo esse conhecimento possibilite a formação de um aluno capaz de
participar ativamente na sociedade em que vive. A ausência de sentido
para o conhecimento ensinado nas escolas tem-se constituído na maior
dificuldade para sua aprendizagem.
25
Metodologias para o ensino: teorias e exemplos de sequências didáticas
26
1 - Formação de professores e as Metodologias de Ensino
27
Metodologias para o ensino: teorias e exemplos de sequências didáticas
28
1 - Formação de professores e as Metodologias de Ensino
29
Metodologias para o ensino: teorias e exemplos de sequências didáticas
30
1 - Formação de professores e as Metodologias de Ensino
Referências
ALARCÃO, I. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. 7. ed. São Paulo:
Cortez, 2011.
CARVALHO, A. M. P. de (Org.). Formação continuada de professores: uma releitura
das áreas de conteúdo. São Paulo: Thomson, 2003.
CARVALHO, A. M. P. de. SASSERON, L. H. Alfabetização Científica: Uma Revisão
Bibliográfica. Investigações em Ensino de Ciências. v. 61, n. 1, 2011.
Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/844768/mod_
resource/content/1/SASSERON_CARVALHO_AC_uma_revis%C3%A3o_
bibliogr%C3%A1fica.pdf. Acesso em: 15 abr. 2018.
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ensino investigativo. In: CARVALHO, A. M. P. (Org.). Ensino de ciências por
investigação: condições para implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage
Learning, 2013.
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fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2007.
GARCÍA PÉREZ, F.F. Los modelos didácticos como instrumento de análisis y de
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207.htm. Acesso em: 28 jun. 2016.
GUIMARÃES, G. M. A.; ECHEVERRÍA, A. R.; MORAES I. J. Modelos didáticos no
discurso de professores de ciências. Investigações em Ensino de Ciências, v.
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IMBERNÓN, F. Formação continuada de professores. Porto Alegre: Artmed, 2010.
_______. Qualidade do ensino e formação do professorado: uma mudança
necessária. São Paulo: Cortez, 2016.
MARQUES, M. O. Educação nas ciências: interlocução e complementaridade. Ijuí:
Unijuí, 2002.
NÓVOA, A. Desafios do trabalho do professor no mundo contemporâneo. São
Paulo: SINPRO, 2007.
OCDE. Attracting, Developing and Retaining Effective Teachers. Final Summary
Report, 2004. Disponível em: https://www.oecd.org/edu/school/34991371.pdf.
Acesso em: 30 ago. 2016.
PIMENTA, S. G. Professor: formação, identidade e formação docente. In: PIMENTA,
S.G. (Org.). Saberes pedagógicos e atividade docente. São Paulo: Cortez, 2002.
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ROSA, M. I. F. P. S.; SCHNETZLER, R. P. A investigação-ação na formação continuada
de professores de Ciências. Ciência e Educação, Bauru, v. 9, n. 1, 2003.
31
2
33
Metodologias para o ensino: teorias e exemplos de sequências didáticas
34
2 - Estudo de Caso como Metodologia para o Ensino
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Metodologias para o ensino: teorias e exemplos de sequências didáticas
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2 - Estudo de Caso como Metodologia para o Ensino
37
Metodologias para o ensino: teorias e exemplos de sequências didáticas
38
2 - Estudo de Caso como Metodologia para o Ensino
Conceitos abordados
Os estudos de Caso apresentados têm como objetivo geral promo-
ver uma reflexão a respeito da iminência da falta de água potável
na região norte do estado do Rio de Janeiro, no município de Santo
Antônio de Pádua.
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Metodologias para o ensino: teorias e exemplos de sequências didáticas
Exemplo 1
40
2 - Estudo de Caso como Metodologia para o Ensino
Fonte: Elaboração própria, com notas explicativas baseadas em recomendações propostas por Herreid (1998) e
Serra e Vieira (2006).
41
Metodologias para o ensino: teorias e exemplos de sequências didáticas
1º Momento: 2 horas/aula.
2º Momento: 2 horas/aula.
• Explanação do conteúdo com uso de vídeo, simulação, notícias e jogo; Vídeo educativo
da Agência Nacional de Águas que explica o Programa Produtor de água (figura 1).
• Pesquisas por notícias: “Falta d’água, nascentes e a morte anunciada” (figura 2).
42
2 - Estudo de Caso como Metodologia para o Ensino
• Jogo virtual Ecoágua, que enfatiza meios para economizar água e ajudar na preserva-
ção do meio ambiente (figura 3).
Exemplo 2
Recursos didáticos: texto com Estudo de Caso, caderno do aluno, vídeo, reportagens,
pesquisas.
43
Metodologias para o ensino: teorias e exemplos de sequências didáticas
Um bom
Caso deve
Manoel mora em Ibitiguaçu, no município de Santo
Um bom Caso ser atual.
Antônio de Pádua, e, frequentemente, enche suas
é importante garrafas na fonte centenária da cidade. Dessa fonte,
ao leitor. jorram três tipos de água mineral, duas são gasosas e
uma ferruginosa, e estão prontas para o consumo. Essas
águas são consideradas raríssimas e, desde 2012, o local
foi revitalizado, sendo transformado em um ponto
turístico, o Parque de Água Solú.
Com a revitalização, a procura à fonte aumentou
consideravelmente, aumentando o turismo na cidade. Um bom
Pessoas viajam de diversos lugares do mundo para beber Caso
água direto na fonte. Diante desse movimento na cidade, apresenta
Manoel fica intrigado, e, ao encontrar seus vizinhos, citações.
pergunta:
- Vizinha, me explica o que nossa água pode fazer por
essas pessoas que viajam de tão longe? Será que é
verdade que essa água cura doenças?
Os vizinhos entreolham-se e recriminam Manoel,
respondendo e balançando a cabeça:
- Não sabe que temos uma Fonte da Juventude!?
Essas águas são poderosas! E precisam ser bebidas
diretamente na fonte.
Manoel, desesperado, volta à fonte, dessa vez parap Um bom
beber a água diretamente, sem engarrafá-la e percebe Caso provoca
uma pequena diferença, mas não entende… encontra um um conflito.
turista e decide abordá-lo.
- Boa tarde! O que traz você aqui na fonte da nossa Um bom Caso
cidade? Perguntou Manoel curioso. deve ter
- Olá, boa tarde! Eu venho atrás da água ferruginosa, utilidade
preciso muito combater uma alergia. Você tem sorte em pedagógica.
morar tão perto; essas águas são milagrosas. Respondeu
Um bom
o turista.
Caso força Ainda sem saber, Manoel decide pesquisar na internet
uma decisão. e procurar o professor de Química para entender o que
torna a fonte de água do Parque Municipal tão
importante.
Realize uma pesquisa para relacionar as possibilidades
Um bom Caso
de respostas que Manoel poderia encontrar sobre as cria empatia
propriedades da água mineral. Imagine que você é o com os
professor de Química de Manoel e busque solucionar sua personagens.
dúvida.
Fonte: Elaboração própria, com notas explicativas baseadas em recomendações propostas por Herreid (1998)
e Serra e Vieira (2006).
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2 - Estudo de Caso como Metodologia para o Ensino
1º Momento: 2 horas/aula.
• Leitura do Estudo de Caso e divisão em grupos;
• Problematização das questões abordadas no caso e levantamento de proposições dos
alunos;
• Anotação das reflexões e respostas dos alunos.
2º Momento: 2 horas/aula.
• Análise da reportagem: “Propriedades Terapêuticas das Águas Minerais” (figura 4);
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Metodologias para o ensino: teorias e exemplos de sequências didáticas
Referências
AUGUSTO, L. G. da S. et al. O contexto global e nacional frente aos desafios do acesso
adequado à água para consumo humano. Ciência saúde coletiva, Rio de Janeiro,
v. 17, n. 6, jun. 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ar
ttext&pid=S141381232012000600015&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 16 dez. 2017.
BRASIL. ANA. Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil 2017: relatório
pleno / Agência Nacional de Águas. Brasília: ANA, 2017. Disponível em: http://
conjuntura.ana.gov.br/static/media/conjuntura_completo.27432e70.pdf. Acesso
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CAMPOS, V. N. de O.; FRACALANZA, A. P. Governança das águas no Brasil: conflitos
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scielo.br/pdf/asoc/ v13n2/v13n2a10. Acesso em: 30 nov. 2017.
FEAGIN, J. R.; ORUM, A. M.; SJOBERG, G. A Case for the case study. University of
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gov.br/documents/586010/603692/livro_andrew_graham.pdf/23978315-5ae5-
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HERREID, C. F. What makes a good case? Some Basic Rules of Good Storytelling
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lib.buffalo.edu/cs/pdfs/What%20Makes%20a%20Good%20Case-XXVII-3.pdf.
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_______; SCHILLER, N. A. Case studies and flipped classroom. Journal of College
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scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0100-40422007000300039&lng=en&nrm=i
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_______; QUEIROZ, S. L. Estudo de Casos no ensino de química. 2 ed. Campinas:
Átomo, 2010. 93 p.
SERRA, F.; VIEIRA, P. S. Estudos de Casos: como redigir, como aplicar. Rio de
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VARELA, P.; MARTINS, A. P. O papel do professor e do aluno numa abordagem
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de Ensino de Ciência e Tecnologia, v. 6, n. 2, p. 97-115, 2013. Disponível
em: https://periodicos.utfpr.edu.br/rbect/article/view/1449. Acesso em: 8 jun.
2018.
46
2 - Estudo de Caso como Metodologia para o Ensino
47
3
49
Metodologias para o ensino: teorias e exemplos de sequências didáticas
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3 - Abordagem temática no ensino: Três Momentos Pedagógicos
1º Momento
Dialogicidade:
2º Momento
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Metodologias para o ensino: teorias e exemplos de sequências didáticas
• Cálculo do Phi;
• Retângulo de ouro e a espiral de Fibonacci.
2) Vídeo:
• Curiosidades sobre o Número de Ouro.
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3 - Abordagem temática no ensino: Três Momentos Pedagógicos
3º Momento
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Metodologias para o ensino: teorias e exemplos de sequências didáticas
1º Momento
Dialogicidade:
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3 - Abordagem temática no ensino: Três Momentos Pedagógicos
55
Metodologias para o ensino: teorias e exemplos de sequências didáticas
2º Momento
• Definição de radiação;
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3 - Abordagem temática no ensino: Três Momentos Pedagógicos
3º Momento
1º Momento
Dialogicidade:
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Metodologias para o ensino: teorias e exemplos de sequências didáticas
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3 - Abordagem temática no ensino: Três Momentos Pedagógicos
2º Momento
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Metodologias para o ensino: teorias e exemplos de sequências didáticas
3º Momento
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3 - Abordagem temática no ensino: Três Momentos Pedagógicos
Referências
DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A. Física. São Paulo: Cortez, 1990.
_______; PERNAMBUCO, M. M. Ensino de ciências: fundamentos e métodos. São
Paulo: Cortez, 2011.
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
_______. A Educação na cidade. São Paulo: Cortez, 2006.
61
4
63
Metodologias para o ensino: teorias e exemplos de sequências didáticas
Aplicação da metodologia
A metodologia que segue o Arco de Maguerez ocorre a partir de
uma problematização, seguida da participação ativa e dialogada entre
professores e alunos.
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4 - Problematização a partir do Arco de Maguerez: ciclo
hidrológico e implicações sociais
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Metodologias para o ensino: teorias e exemplos de sequências didáticas
66
4 - Problematização a partir do Arco de Maguerez: ciclo
hidrológico e implicações sociais
Nesse ponto, os alunos devem ser levados a refletir sobre o quanto a população da
cidade e da região vem sendo afetada pela falta e pelo racionamento de água.
Passo 2 – Pontos-chave
Levar os alunos a pensarem sobre o que pode ter causado esse problema. Estimular a
reflexão sobre os locais de onde a água é captada e os motivos que podem ter levado à
diminuição desse recurso.
Nesse momento, os alunos refletirão a respeito das possíveis causas da existência do
problema em estudo, e o professor irá guiá-los para uma reflexão sobre a relação entre
o desmatamento, a criação de gado na região e a poluição dos corpos hídricos.
67
Metodologias para o ensino: teorias e exemplos de sequências didáticas
O docente traz a problemática das interferências humanas sobre esse ciclo, durante o
qual os fenômenos naturais sofrem desvios. Trata-se, também, da problemática da fal-
ta de cobertura vegetal e de suas implicações sobre o ciclo, assim como a compactação
do solo que a criação de gado traz, sendo a pecuária uma atividade que intensifica o
desmatamento.
68
4 - Problematização a partir do Arco de Maguerez: ciclo
hidrológico e implicações sociais
Referências
BERBEL, N. A. N. A metodologia da Problematização com o Arco de Maguerez.
Uma reflexão teórico-epistemológica. Londrina: Eduel, 2012.
BORDENAVE, J. D; PEREIRA. A. M. Estratégias de ensino-aprendizagem, v. 22,
1989.
COLOMBO, A. A; BERBEL, N. A. N. A Metodologia da Problematização com o
Arco de Maguerez e sua relação com os saberes de professores. Semina:
Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 28, n. 2, p. 121-146, jul. /dez.
2007. Disponível em: http://www.sgc.goias.gov.br/upload/links/arq_390_
ametodologiadaproblematizacaocomoarcodemaguerez.pdf. Acesso em: 11 mar.
2017.
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 11. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
69
5
71
Metodologias para o ensino: teorias e exemplos de sequências didáticas
1) Problema;
2) Sistematização do conhecimento;
3) Contextualização social do conhecimento;
4) Atividade de avaliação.
Problema
O problema deve estar inserido na realidade dos alunos para que
esses busquem a solução para a questão proposta, fazendo uso de
seus saberes imediatos sobre o assunto (SASSERON, 2015). O pro-
blema é, portanto, um dos fundamentos para a construção do co-
nhecimento.
72
5 - Sequência de Ensino Investigativa – SEI
73
Metodologias para o ensino: teorias e exemplos de sequências didáticas
Sistematização do conhecimento
A sistematização do conhecimento tem como objetivo fazer com
que os alunos repensem o passo a passo realizado até se chegar à
resolução do problema, além de reverem os conceitos introduzidos
pela problematização inicial (SASSERON, 2015). Para isso, seriam ne-
cessários: uma aula expositiva, ou um texto, ou até mesmo vídeos,
que possam sistematizar o conteúdo apresentado.
74
5 - Sequência de Ensino Investigativa – SEI
Atividade de avaliação
No final da SEI, deve ser realizada uma atividade de avaliação for-
mativa, para que seja verificado se o aprendizado está, de fato, ocor-
rendo (CARVALHO, 2013). A avaliação deve ser compatível com os
objetivos de ensino.
75
Metodologias para o ensino: teorias e exemplos de sequências didáticas
Problematização:
Problematização inicial: demonstração investigativa.
• Materiais necessários:
• Vela, Prato, Caixa de fósforos.
Procedimentos:
Acenda a vela e passe-a em um prato de cabeça para baixo;
Passe o dedo no prato e mostre a fuligem gerada.
76
5 - Sequência de Ensino Investigativa – SEI
Sistematização do conhecimento:
1) A fim de que os alunos revejam os conceitos introduzidos pela problematização
inicial, será realizada uma apresentação de slides sobre fontes poluidoras do ar e
algumas consequências climáticas causadas pela poluição atmosférica, como efeito
estufa e aquecimento global. Após a apresentação dos slides, será exibido um vídeo
sobre as consequências climáticas causadas pela poluição atmosférica (figura 2).
2) Após a exibição do material mais científico sobre a temática, deverá ser realizado
um debate com os alunos sobre as fontes poluidoras do ar e sobre como a poluição
atmosférica pode afetar o clima, além do questionamento sobre o que pode ser feito
para diminuí-la.
77
Metodologias para o ensino: teorias e exemplos de sequências didáticas
78
5 - Sequência de Ensino Investigativa – SEI
2) As conclusões de cada grupo deverão ser discutidas com toda a turma, visando à
sistematização do conhecimento sobre as questões levantadas.
Atividade de avaliação:
A turma deverá ser dividida em grupos, a fim de elaborar cartazes sobre fontes po-
luidoras do ar, sobre as consequências climáticas da poluição atmosférica e sobre
possíveis formas de diminuí-la ou evitá-la.
Referências
AZEVEDO, M. C. P. S. Ensino por investigação: problematizando as atividades em sala
de aula. In: CARVALHO, A. M. P. (Org.). Ensino de Ciências: unindo a pesquisa
e a prática. São Paulo: Thomson, 2004.
CARVALHO, A. M. P. O ensino de Ciências e a proposição de sequências de ensino
investigativas. In: CARVALHO, A. M. P. (Org.). Ensino de ciências por
investigação: condições para implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage
Learning, 2013. p. 1-20.
MARCELINO, V. S. et al. Sequências de ensino investigativas (SEIs): metodologia
para aulas condizentes com o ensino por investigação. Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense, 2017. Apostila.
MORAES, A. C. R. Geografia: pequena história crítica. 16. ed. São Paulo: Hucitec,
1998.
SASSERON, L. H. Fundamentos teórico-metodológicos para o ensino de ciên-
cias: a sala de aula. O ensino por investigação: pressupostos e práticas. São Pau-
lo: USP/Univesp, 2015. p. 116-124. Disponível em: midia.atp.usp.br/plc/plc0704/
impressos/plc0704_12.pdf. Acesso em: 01 dez. 2017.
79
PARTE 2
Metodologia para Aprendizagem Colaborativa
81
6
83
Metodologias para o ensino: teorias e exemplos de sequências didáticas
84
6 - Jigsaw: Metodologia Cooperativa de Aprendizagem
85
Metodologias para o ensino: teorias e exemplos de sequências didáticas
86
6 - Jigsaw: Metodologia Cooperativa de Aprendizagem
Em seguida, cada aluno do grupo de base irá para o grupo especialista, no qual
aprenderão sobre o conteúdo (quadro 1) proposto e responderão (quadro 2) às in-
dagações anteriormente preparadas pelo professor.
Nº Texto Link
1 Sistema Circulatório: Disponível em: http://virtualmarketing-
Alimentação ideal para o sistema pro.com/blog/produervas/alimentacao-
circulatório. -ideal-para-o-sistema-circulatorio.
2 Sistema Urinário: Disponível em: https://vnatura.word-
Implicações da alimentação no press.com/2009/02/10/implicacoes-da-
sistema urinário. -alimentacao-no-sistema-urinario.
3 Sistema Respiratório: Disponível em: https://www.jasminea-
Alimentos que ajudam a prevenir limentos.com/alimentacao/alimentos-
problemas respiratórios. -problemas-respiratorios.
4 Sistema digestivo: Disponível em: http://blog.nutrii.com.
Descubra como a alimentação br/saude-do-sistema-digestivo.
pode influenciar na saúde do
sistema digestivo.
87
Metodologias para o ensino: teorias e exemplos de sequências didáticas
Procedimentos de avaliação:
Logo após toda a discussão sobre o conteúdo proposto, os alunos desenharão cada
sistema do corpo humano que foi estudado e escreverão suas partes e sua função.
A seguir, será apresentado um diagrama esquemático da metodologia de Jigsaw
(figura 1), com notas explicativas à situação de ensino ora descrita:
88
6 - Jigsaw: Metodologia Cooperativa de Aprendizagem
Detalhamento das atividades a serem promovidas:
Problematizando-se, inicialmente, o conteúdo que será abordado, os alunos, em um
grupo inicial, chamado grupo de base, o qual será composto por quatro integrantes,
discutirão sobre a reportagem intitulada “Árvore centenária é retirada após ser alvo
de vândalos em Uberlândia” (figura 3).
A partir disso, serão utilizados outros textos do site Árvore Brasil, disponíveis no en-
dereço http://www.arvoresbrasil.com.br, de fácil entendimento, para abordar o tema
“A importância da árvore na vida dos seres vivos”, levando os alunos a aprofundarem
seus conhecimentos sobre as árvores.
O trabalho deve ser realizado nos moldes da metodologia Jigsaw, respeitando-se al-
gumas etapas. A primeira etapa inicia-se com a divisão da turma em quatro grupos de
base. Cada grupo recebe os textos listados abaixo, numerados de 1 a 4, juntamente
com um questionário a ser respondido. Algumas questões (quadro 3) serão comuns
a todos e, outras, específicas (quadro 4) de cada conteúdo selecionado para facilitar
a leitura e a interpretação. Cada participante do grupo escolhe um texto (quadro 5)
para analisar.
89
Metodologias para o ensino: teorias e exemplos de sequências didáticas
Quais são as partes das plantas? Descreva suas funções (grupo 1).
Que benefícios as árvores podem trazer para os seres humanos? (grupo 2).
Pode–se plantar árvore em qualquer lugar? Explique (grupo 3).
Como podemos garantir o sucesso do plantio (grupo 4)?
Nº Texto Link
Disponível em:
1 Partes da árvore http://www.arvoresbrasil.com.br/?pg=arvore_de-
finicao.
Disponível em:
2 Porque plantar http://www.arvoresbrasil.com.br/?pg=arvore_por-
que_plantar.
Disponível em:
3 Como plantar http://www.arvoresbrasil.com.br/?pg=arvore_
como_plantar.
Disponível em:
4 Cuidados http://www.arvoresbrasil.com.br/?pg=arvore_
como_plantar.
Procedimentos de avaliação:
Espera-se que, ao final, todos tenham compreendido o conteúdo completo referente
aos quatro textos oferecidos, alcançando-se, assim, o objetivo de “compreender a
importância das plantas na vida dos seres vivos”.
A seguir, será apresentado um diagrama esquemático da metodologia de Jigsaw (fi-
gura 1), com notas explicativas à nossa proposta de ensino.
90
6 - Jigsaw: Metodologia Cooperativa de Aprendizagem
Referências
ARONSON, E. Jigsaw Classroom. Projetado em 2000. Disponível em: https://www.
jigsaw.org/overview. Acesso em: 8 dez. 2017.
COCHITO, M. I. S. Cooperação e aprendizagem: educação intercultural. Lisboa:
ACIME, 2004. Disponível em: http://cidadaniaemportugal.pt/wp-content/
uploads/recursos/cooperacao-e-aprendizagem.pdf. Acesso em: 8 dez. 2017.
FATARELLI, E. F et al. Método Cooperativo de Aprendizagem Jigsaw no Ensino de
Química. Química Nova Escola, v. 32, n. 3, ago. 2010. Disponível em: http://
webeduc.mec.gov.br/portaldoprofessor /quimica/sbq/QNEsc32_3/05-RSA-7309_
novo.pdf. Acesso em: 05 dez. 2017.
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Esta obra foi composta nas tipologias ITC Veljovic/Calibri e foi
impressa em papel off-white® 80 grs./m2, no inverno de 2018.
No cenário da educação, o modelo tradicional pautado sobre
uma ótica cartesiana manifesta-se na constituição e represen-
tação dos papéis dos sujeitos sociais, em que esses se consoli-
dam como participantes de uma cultura dicotômica de exclu-
são. Da mesma forma, esse modelo manifesta-se em práticas
cujo ensino das disciplinas se faz de maneira isolada ou com-
partimentada. Decerto, sabemos que, cada vez mais, esse mo-
delo vem-se desgastando, apesar de ainda disseminado. Nesse
caso, talvez, muito mais por hábito instituído e arraigado do
que por sucesso do aproveitamento formativo dos educandos.
MULTICULTURAL