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Prática e Pesquisa Pedagógicas: direcionadores e regulamentação

PRÁTICA E PESQUISA PEDAGÓGICAS


MANUAL ORIENTADOR CNEC: Direcionadores e Regulamentação
[INSERIR NOME DA ICES]

Maio - 2014
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Prática e Pesquisa Pedagógicas: direcionadores e regulamentação

SUMÁRIO
I. Apresentação.......................................................................................................3
1. Concepção CNEC para a Prática e Pesquisa Pedagógica.............................................4
2. Direcionadores Institucionais.................................................................................6
3. Operacionalização................................................................................................7
3.1. Planejamento Curricular.................................................................................8
3.1.1. Oficinas.................................................................................................8
3.1.2. Projetos Supervisionados.........................................................................8
3.1.3. Laboratório de Linguagem........................................................................9
3.1.4. Estudos de Caso.....................................................................................9
3.1.5. Resolução de problemas contextualizados..................................................9
3.1.6. Outras possibilidades.............................................................................10
3.2. Fonte de Pesquisa........................................................................................10
3.3. Participação do Corpo Docente......................................................................11
3.4. Avaliação....................................................................................................11
4. Regulamento Institucional CNEC – Práticas Pedagógicas..........................................12

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Prática e Pesquisa Pedagógicas: direcionadores e regulamentação

I. Apresentação

Este Manual é um Direcionador da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade


(CNEC) para as Instituições Cenecistas de Ensino Superior, abrangendo o componente curricular:
Prática e Pesquisa Pedagógicas, contemplado nos cursos de graduação (licenciaturas), bem
como as medidas necessárias em relação ao seu desenvolvimento.
Sua finalidade principal é nortear a concepção das Práticas e Pesquisas Pedagógicas, por
meio de Direcionadores Institucionais, aspectos normativos, regras, e a configuração organizacional
necessária para este componente curricular, relevante no processo de ensino-aprendizagem da
formação de professores.
O desenvolvimento das Práticas e Pesquisas Pedagógicas, nos cursos de graduação
(Licenciaturas) da (Nome da ICES), deverá manter atenção em relação à integração dos estudantes
com a área de educação, de forma a promover maior atratividade e aprendizagens significativas
mediante a correlação entre teoria e prática.
Ressalta-se ainda o atendimento aos requisitos legais e definição de normas internas pela
Rede CNEC para o desenvolvimento das Práticas e Pesquisas Pedagógicas, a infraestrutura
institucional para seu acompanhamento pelos professores designados, mediante integração com as
Coordenações e NDEs de cursos.

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1. Concepção CNEC para a Prática e Pesquisa Pedagógica

A Rede CNEC entende que a Prática e Pesquisa Pedagógica constitui-se como um momento
privilegiado para desenvolvimento da visão crítica da teoria que está presente nos cursos de
licenciaturas, cuja finalidade é a formação de educadores.
Nesta perspectiva, remete-se a um campo de constantes tensões e transformações, ora por
meio da legislação, ora sob novas formas de propostas curriculares e parâmetros, que sugerem
mudanças em todos os níveis de ensino.
Assim, as diferentes concepções acerca da formação de professores, nos cursos de
Licenciatura estão relacionadas com a organização política, econômica e sociocultural de cada
período histórico, bem como influenciadas pelas próprias experiências vividas no contexto
formativo pessoal e profissional dos professores, que participam como atores na construção de uma
realidade social.
Do ponto de vista da concepção pedagógica, preconiza-se a superação do modelo técnico e
da racionalização do ensino. Com isso, busca-se a descentralização da transmissão de conteúdos em
prol da construção do saber a partir da contextualização da realidade social, dos pressupostos da
interdisciplinaridade e da relação intrínseca teoria e prática (teorização da prática e da prática
teorizada).
Desse modo, torna-se fundamental estabelecer possibilidades de observação e reflexão no
decorrer da formação acadêmica, relacionando saber científico e saber geral.
A partir disso, entende-se que a formação de educadores é complexa, pois corresponde ao
fenômeno social, reportando ao conceito amplo de formação humana e, ao mesmo tempo, restrito,
pois se reporta ao conceito restrito, no qual a educação compreende práticas pedagógicas que
acontecem em instituições socioeducativas de forma organizada, sistemática e intencional, ou seja,
direcionadas à formação acadêmica.
A Rede CNEC define como proposta pedagógica para os cursos de Licenciatura uma
orientação que proporcione ao futuro professor uma educação generalista, humanista e também
específica para a área de formação. É necessário ir além da compreensão simplista de um único tipo
de conhecimento para a percepção dos fenômenos na sua totalidade e a partir disso, permitir aos
estudantes (re) significar os saberes e fazeres da sua futura profissão.
Neste contexto, a Prática e Pesquisa Pedagógica, detém como concepção, ser um
instrumento que viabilize a passagem do estudante de papel passivo para ativo no processo de
ensino-aprendizagem, proporcionando envolvimento em processos que ofereça aprendizagem
relevante e habilidades para utilizar-se do método científico, desenvolvendo elevada capacidade
analítica.
Neste sentido, compreende que a Prática e Pesquisa Pedagógica como componente
curricular, conforme define a Resolução CP n. 1/2002 e Resolução CNE/CP n. 2/2002 deve estar
presente desde o início do curso, permeando toda a formação do futuro professor. Ressalta a
atenção para a distinção nos cursos de Licenciaturas entre Estágios e Práticas e Pesquisas
Pedagógicas, sendo que esta transcende o Estágio e tem como finalidade promover a articulação das
diferentes Práticas, em uma perspectiva interdisciplinar.
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A Rede CNEC ao delinear sua proposta pedagógica para os cursos de licenciatura define o
desenvolvimento da prática como componente curricular sob a égide do componente Prática e
Pesquisa Pedagógica, que fundamenta a integração e a interdisciplinaridade dos conhecimentos
desenvolvidos e a aplicabilidade na perspectiva da simetria invertida, por meio da qual o futuro
professor aprende as práticas de construção pedagógica e desenvolve as competências necessárias à
sua atuação profissional.
A prática como componente curricular, conforme concebida no Parecer CNE/CES n.
28/2002, ressalta:
"terá necessariamente a marca dos projetos pedagógicos das instituições formadoras, ao
transcender a sala de aula para o conjunto do ambiente escolar e da própria educação
escolar, pode envolver uma articulação com os órgãos normativos e com os órgãos
executivos dos sistemas. Com isto se pode ver nas políticas educacionais e na normatização
das leis uma concepção de governo ou de Estado em ação”.
Assim, constará na proposta pedagógica dos cursos de formação de professores
(Licenciaturas) os objetivos definidos e a fundamentação para o desenvolvimento das competências
e habilidades propostas para o perfil profissional dos egressos, por meio de atividades de prática e
pesquisa pedagógica que promovam:
 A observação e reflexão, visando a atuação em situações contextualizadas, com o
registro dessas observações realizadas e a resolução de situações-problema no âmbito de
atuação dos professores/educadores.
 A utilização de tecnologias da informação, incluídos o computador e o vídeo, narrativas
orais e escritas de professores, produções de alunos, situações simuladoras e estudo de
casos que promovam o desenvolvimento da teoria e da prática de forma simultânea.
 A interdisciplinaridade que favorece o aprofundamento e vivências do formando nas
diversas situações ao longo do curso.
 A coerência entre a formação oferecida e a prática esperada do futuro professor, tendo
em vista a simetria invertida, onde o preparo do professor ocorre em lugar similar àquele
em que vai atuar, demandando consistência entre o que faz na formação e o que dele se
espera.
 A aprendizagem como processo de construção de conhecimentos, habilidades e valores
em interação com a realidade e com os demais indivíduos, no qual são colocadas em uso
capacidades pessoais.
 Os conteúdos, como meio e suporte para a constituição das competências.
 A avaliação como parte do processo de formação, possibilitando o diagnóstico de
lacunas e aferição de resultados, considerando as competências a serem constituídas e a
identificação das mudanças de percurso eventualmente necessárias.
 A pesquisa, com foco no processo de ensino e de aprendizagem, uma vez que ensinar
requer tanto dispor de conhecimentos e mobilizá-los para a ação, como compreender o
processo de construção do conhecimento.
Destaca-se que as atividades concebidas no projeto pedagógico dos cursos de Licenciaturas
relativas à Prática e Pesquisa Pedagógica deverão ser organizadas em etapas, computando carga
horária específica a ser desenvolvida, inclusive, além da sala de aula.
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A integralização da carga horária deve ocorrer de forma sistêmica, mediante uma estrutura
curricular que privilegie conhecimentos: profissional, filosófico, educacional e pedagógico que
fundamentam a ação educativa, em uma perspectiva teórica e prática, promovendo a interação e a
comunicação, a autonomia intelectual e profissional.

2. Direcionadores Institucionais

Segundo o instrumento de avaliação de cursos, a Prática Pedagógica decorre de ações


utilizadas no processo de ensino-aprendizagem com o objetivo de formar profissionais nas suas
diferentes áreas. Este componente curricular é avaliado de maneira satisfatória quando demonstra
coerência, estando devidamente regulamentado e institucionalizado.
Para tanto, a Rede CNEC estabelece como Direcionadores Institucionais para a Prática e
Pesquisa Pedagógica:
 Aquisição e desenvolvimento de competências básicas relativas ao conhecimento da
instituição escolar e da comunidade envolvente.
 Aplicação integrada e interdisciplinar dos conhecimentos adquiridos relativos aos
diferentes componentes de formação e domínio de métodos e técnicas relacionadas com
o processo de ensino-aprendizagem, o trabalho em equipe, a organização da escola e a
investigação educacional.
 Prioritariamente em escolas da REDE.
 Ampliação do conceito de educação trazido pelos alunos, aproximando-os da realidade
escolar, por meio de trabalho de campo, inserindo-os na problemática da dinâmica
escolar, permitindo registros de sua prática e das reflexões sobre ela.
 Envolvimento dos alunos em atividades desenvolvidas junto a professores, na escola ou
em outros ambientes educativos, devendo incluir, além das atividades de observação, as
ações relativas ao planejamento, análise e avaliação do processo educativo.
 Articulação das disciplinas relacionadas aos métodos e técnicas de pesquisa,
possibilitando a elaboração de projetos de pesquisa com temas definidos a partir de
demandas específicas ou particulares de problemática educacional, preferencialmente
articulada à realidade regional.
 Consolidação das atividades relativas à docência de disciplinas dos anos finais do ensino
fundamental, bem como do ensino médio, possibilitando a consolidação do projeto de
pesquisa com o amadurecimento de temática, objeto de pesquisa e problema, a partir
desta inserção na realidade escolar.
 Elaboração um Projeto Educacional, incorporando a produção de conhecimentos,
inclusive com elaboração de propostas alternativas para a ação educativa regional.

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3. Operacionalização

O desenvolvimento da Prática e Pesquisa Pedagógica deve constituir-se em espaço de


integração teoria-prática do currículo e em instrumento de aproximação do aluno à realidade social
e pedagógica do trabalho educativo.
Trata-se do eixo de articulação das disciplinas e atividades, devendo estar permanentemente
vinculado às disciplinas que compõem o currículo, em condições para:
 Inserção do estudante no contexto do sistema escolar.
 Iniciação à pesquisa e ao ensino.
 Intervenção e iniciação profissional junto às escolas/instâncias educativas.
 Construção do saber pelo aprendiz.
Assim, mediante a fundamentação da legislação em vigor, a Prática e Pesquisa Pedagógica
devem ser operacionalizadas em espaço e carga horária especificada na matriz curricular,
permeando todo o curso, em uma perspectiva sistêmica, de forma a:
 Promover a interdisciplinaridade em cada semestre (período).
 Estimular a integração dos conhecimentos desenvolvidos no período, direcionando a
formação para a atuação docente.
 Contribuir para a ampliação dos conhecimentos adquiridos nas vivências da sala de aula,
na perspectiva da simetria invertida.
Neste sentido, o conhecimento da instituição escolar e da comunidade proporcionará
reconhecer a escola e sua dinâmica institucional e compreender a necessidade de contextualizar
culturalmente a ação educativa da escola, articulando-a com o meio onde se insere.
O conhecimento gerado se transformará em competências básicas que possibilitará aos
estudantes a compreensão da realidade multicultural da escola, sua inserção e intervenção
socioprofissional, bem como o questionamento da realidade educativa para nela saber intervir.
Desta maneira, serão desenvolvidos trabalhos acadêmicos adequados à realidade educativa
em que o estudante irá atuar mediante aplicação interdisciplinar dos conhecimentos adquiridos
relativos aos diferentes componentes de formação de modo a:
 Questionar-se em situações de treino, tendo em vista o domínio de competências básicas.
 Desenvolver competências básicas no domínio do processo de ensino-aprendizagem.
 Organizar e implementar, recorrendo à simulação, situações de aprendizagem, métodos e
técnicas relacionadas com o processo de ensino-aprendizagem, o trabalho em equipe, a
organização da escola e a investigação educacional.
 Utilizar adequadamente técnicas e instrumentos de observação, organizando e
implementando situações de aprendizagem e refletindo sobre o processo desenvolvido,
reformulando-o quando necessário.

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3.1. Planejamento Curricular


A Prática e Pesquisa Pedagógica será organizada a partir de um tema ou módulos temáticos.
Entende-se por tema a estrutura mínima do conteúdo programático em desenvolvimento. O tema é
parte de um módulo temático. Os módulos temáticos se constituem por temas afins. Um módulo
temático não é uma disciplina, mas contem temas de várias disciplinas, necessários para o
entendimento de uma situação problema. O aluno deve recorrer a várias disciplinas para
desenvolver um tema.
As atividades de prática e pesquisa pedagógica constituem-se em uma contribuição prática e
didática para o aproveitamento de métodos e técnicas nos processos educacionais e um incentivo
para a participação colaborativa de professores no desenvolvimento dessas ferramentas.
Deste modo, é necessário desenvolver a estruturação de percursos formativos flexíveis e
diversificados, calcados no respeito às diferenças e na liberdade de pensamento e expressão, sem
discriminação de qualquer natureza, bem como a articulação entre ensino, iniciação
científica/pesquisa e extensão, por meio de atividades pedagógicas que propicie formação com
orientação inerente à formação para a atividade docente.
Os cursos de Licenciatura requerem ainda atividades de enriquecimento cultural,
aprimoramento em práticas investigativas, elaboração e execução de projetos de desenvolvimento
dos conteúdos curriculares, uso de tecnologias da informação e da comunicação e de metodologias,
estratégias e materiais de apoio inovadores e ao desenvolvimento de hábitos de colaboração e de
trabalho em equipe.
Os itens a seguir apresentam exemplos de atividades que podem ser introduzidas no
planejamento curricular da Prática e Pesquisa Pedagógica a ser estruturado pelo NDE de cada curso.

3.1.1. Oficinas
As oficinas abordam diferentes áreas do conhecimento que compõem o currículo de um
curso de Licenciatura. São atividades específicas, voltadas para o domínio de habilidades e de
técnicas, assim como para construção de acervo de atividades e situações relacionadas aos
conteúdos a serem desenvolvidos pelos futuros professores em sala de aula, sendo composta por
estratégias voltadas para integração do saber (conceito) com o saber fazer (procedimento).

3.1.2. Projetos Supervisionados


Os projetos supervisionados são trabalhos desenvolvidos pelos estudantes visando a
aplicação a uma realidade particular dos conceitos e procedimentos aprendidos nas aulas teóricas e
oficinas.
O desenvolvimento de projetos supervisionados permite aos discentes, a aquisição de
competências para elaboração de planos de aulas, sequências de atividades, análises de instituições
e projetos pedagógicos, investigações didáticas, análises de materiais e recursos pedagógicos. Este
‘fazer acadêmico’ deve ser acompanhado por um professor.

3.1.3. Laboratório de Linguagem


O laboratório de linguagem é composto por um conjunto de oficinas voltadas para a
exploração e o aperfeiçoamento das competências de linguagem dos alunos. Promovem o exercício
da leitura e da escrita e têm o objetivo de tornar seus participantes mais capacitados para

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compreender e fazer uso apropriado dos meios de comunicação que farão parte do seu cotidiano
profissional.

3.1.4. Estudos de Caso


O estudo de caso é definido como um processo que procura descrever e analisar alguma
instituição em termos qualitativos, complexos e compreensivos e, não invariavelmente, como ele se
desdobra em um período de tempo.
A metodologia é centrada na interação entre alunos e educadores. O mais importante é fazer
com que o caso seja um movimento de aprendizagem, dinâmico, em que interagem a pesquisa e a
aprendizagem.
Em síntese, trata-se de um método de aprendizagem pelo qual alunos e professores
interagem no debate direto de um problema ou casos relacionados a ele. Estes casos são formulados
de maneira escrita, provenientes da experiência dos participantes.
Na primeira etapa os casos são lidos, estudados e discutidos entre os próprios alunos,
constituindo a base para ser debatido em sala de aula, sob o acompanhamento de um professor
(segunda etapa).
Sendo assim, o método de caso envolve tanto um material especial instrucional quanto
técnicas específicas para utilizar este material no processo de ensino-aprendizagem.

3.1.5. Resolução de problemas contextualizados


O ensino baseado na resolução de problemas tem como filosofia central a premissa que o
aprendizado deve ocorrer em situação similar àquela na qual o conhecimento será usado. Desta
forma, a aplicação de conhecimento e técnicas de resolução de problemas precede a exposição
teórica.
Um dos fundamentos principais do método é que se deve ensinar o aluno a aprender,
permitindo que ele busque o conhecimento nos inúmeros meios disponíveis de difusão da
informação, e que aprenda a utilizar e a pesquisar estes meios.
A definição dos problemas é de responsabilidade dos professores orientadores que propõem
situações para discussão que levam ao desenvolvimento do tema para o qual ele foi proposto, que,
por sua vez, refere-se a um item específico do currículo.
Um bom problema tem como característica: ser simples e objetivo, evitar pistas falsas que
desviem a atenção do grupo do tema principal, ser motivador, despertar o interesse do aluno pela
sua discussão, devendo propor situações sobre as quais o aluno já tenha conhecimento prévio.
O problema é debatido e estudado pelos alunos, mediante orientação docente, que direciona
o acesso e consultas às referenciais bibliográficos e entrevistas com outros professores, havendo ao
final, a discussão para esclarecimento e solução do problema.

3.1.6. Outras possibilidades


Dentre as diversas possibilidades de desenvolvimento da Prática e Pesquisa Pedagógica
podem ser incluídos outros tipos de atividades, tais como:
 Visita às instituições escolares para subsidiar estudo dirigido de aspectos do ambiente
escolar, da prática escolar, da documentação escolar, da aplicabilidade da legislação
pertinente à educação, ou outros de interesse do momento.
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 Planejamento de instrumentos e projetos de pesquisa, de atividades didáticas, de


atividades de extensão, elaboração de planos de ensino e de aula.
 Vivência, por meio de execução simulada, de atividades didáticas, de aulas, de
programas de disciplina, de softwares, seminários, painéis, encontros e monitorias.
 Participação em atividades de pesquisa específicas vinculadas a projetos
interdisciplinares, utilizando os procedimentos da investigação científica, como registro,
sistematização de informações, análise e comparação de dados, levantamento e
verificação de hipóteses.
 Trabalhos de aplicação de noções teóricas à descrição e análise de fenômenos,
problemas ou questões relativas às áreas de estudo.
 Visita e acompanhamento de instituições escolares e não escolares que possuam política
de atendimento de portadores de necessidades especiais e de idosos, com objetivos
compatíveis ao planejamento do curso.
 Pesquisa em empresas, ONGs, órgãos públicos e outros sobre a aplicabilidade da
legislação pertinente aos portadores de necessidades especiais e inserção do idoso no
processo educativo.
 Acompanhamento em escolas de educação básica, com os profissionais envolvidos,
sobre situações familiares ou sociais que interferem no ensino-aprendizagem.

3.2. Fonte de Pesquisa


O desenvolvimento de atividades da Prática e Pesquisa Pedagógica incluem a preparação,
execução e avaliação, e de acordo com a programação estabelecida entre (docentes da IES e
docentes do ensino básico) e, quando necessário, com os órgãos de gestão desta, deve ser facultado
o acesso dos orientadores e alunos da IES às instalações da Escola possibilitando:
 Entrada nas salas durante as atividades escolares, incluindo aulas e reuniões com fins
pedagógicos e administrativos.
 Registro de som e imagem das atividades escolares.
 Consulta de registros administrativos.
 Realização de atividades de ensino quer por orientadores, quer por alunos da IES.
 Participação em atividades de apoio social, de contato com os pais e a comunidade e em
outras atividades educativas consideradas úteis.

3.3. Participação do Corpo Docente


Na operacionalização da Prática e Pesquisa Pedagógica, em cada etapa (período letivo) é
definido pela Coordenação e NDE do Curso um professor responsável, ouvido o colegiado do
curso, sendo indispensável à cooperação dos professores em todo processo de formação de
professores.
Assim, os professores disponibilizam o plano de trabalho aos alunos, para que estes possam
desenvolver as suas atividades de forma consistente e participa, sempre que necessário, em reuniões
para orientação aos alunos.

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3.4. Avaliação
A avaliação do aproveitamento escolar da Prática e Pesquisa Pedagógica deve ser realizada
de forma contínua em cada período letivo, ao longo do curso, de acordo com o projeto pedagógico
do curso e demais projetos e planos de ensino integrados ao mesmo.
Destaca-se, também, que o aluno deverá integralizar o total de horas correspondente a cada
etapa da Prática e Pesquisa Pedagógica, totalizando às 400 horas previstas pela legislação vigente.

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4. Regulamento Institucional CNEC – Práticas Pedagógicas

Verificar matriz curricular -


CAPÍTULO I
OBJETO DE REGULAMENTAÇÃO
Art. 1º O presente conjunto de normas da (Nome da ICES), mantida pela Campanha
Nacional de Escolas da Comunidade – CNEC, pessoa jurídica de direito privado constituída sob a
forma de associação civil de fins não econômicos de caráter educacional, beneficente, assistencial,
cultural e de promoção humana tem por finalidade normatizar o desenvolvimento da Prática e
Pesquisa Pedagógica, nos cursos de graduação, modalidade Licenciaturas.
Parágrafo único. A Prática e Pesquisa Pedagógica constituem-se em componente curricular
obrigatório, sendo o seu integral cumprimento indispensável para a colação de grau.
Art. 2º A Prática e Pesquisa Pedagógica contempladas na estrutura curricular dos cursos de
licenciatura da (Nome da ICES), como componente curricular, conforme os parâmetros legais e a
política institucional estabelecida.
§ 1º A (Nome da ICES), define a Prática e Pesquisa Pedagógica como o conjunto de
atividades formativas que proporcionam experiências de aplicação de conhecimentos ou de
desenvolvimento de procedimentos próprios ao exercício da docência, visando à construção das
competências e as habilidades necessárias à formação.
§ 2º A Prática e Pesquisa Pedagógica está fundamentada nos parâmetros da prática como
componente curricular, instituída como dimensão da formação de professores da Educação Básica
em nível superior.
§ 3º Constituem-se fundamentos legais da Prática e Pesquisa Pedagógica:
I - Lei n. 9.394/2006, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional;
II - Resolução CNE/CP n. 1/2002 e Parecer CNE/CES n. 9/2001, que instituem as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a formação de professores da Educação Básica, em nível superior,
curso de licenciatura, de graduação plena;
III - Resolução CNE/CP n. 2/2002 e Parecer CNE/CP n. 28/2001, que estabelecem a carga
horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da Educação
Básica em nível superior;

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III - Parecer CNE/CP n. 15/2005 que oferece esclarecimentos sobre as Resoluções n. 1/2002
e n. 2/2002.
CAPÍTULO II
ORGANIZAÇÃO DA PRÁTICA E PESQUISA PEDAGÓGICA
Art. 3º A Prática e Pesquisa Pedagógica compõem o currículo de todos os cursos de
licenciatura oferecidos pela IES e será operacionalizada conforme estabelecido no Projeto
Pedagógico de cada curso.
Art. 4º A Prática e Pesquisa Pedagógica, conforme sua concepção pressupõe as seguintes
características:
I - a interdisciplinaridade do semestre (período);
II – a integração dos conhecimentos desenvolvidos no período, direcionando a formação
docente;
III – a ampliação dos conhecimentos adquiridos nas vivências da sala de aula, na perspectiva
da simetria invertida;
IV – o desenvolvimento das competências e habilidades propostas para o perfil profissional
do egresso, por meio de atividades de observação e reflexão, visando à atuação em situações
contextualizadas;
V - a aprendizagem como processo de construção de conhecimentos, habilidades e valores
em interação com a realidade e com os demais indivíduos, no qual são colocadas em uso
capacidades pessoais.
§ 1º A Prática e Pesquisa Pedagógica está fundamentada nas diretrizes e demais princípios
definidos no Manual Orientador de Prática e Pesquisa Pedagógica da (Nome da ICES).
§ 2º A Prática e Pesquisa Pedagógica enfatiza o conhecimento interdisciplinar, bem como
propicia a abordagem de aspectos emergentes relacionados à educação, valorizando a dimensão
humana, a cidadania, a diversidade cultural, as relações étnico-raciais e o atendimento de portadores
de necessidades especiais.
Art. 5º A carga horária destinada à Prática e Pesquisa Pedagógica totaliza 400 horas,
obedecendo ao disposto no inciso I, do artigo 1º da Resolução CNE/CP n. 2/2002, desenvolvida ao
longo do curso, iniciando no primeiro semestre. – não é necessário para pedagogia.
CAPÍTULO III
OPERACIONALIZAÇÃO DA PRÁTICA E PESQUISA PEDAGÓGICA

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Art. 6º Os cursos de Licenciatura da (Nome da ICES) terá um professor responsável pela


Prática e Pesquisa Pedagógica, atuando no planejamento, desenvolvimento, controle e avaliação.
§ 1º O docente responsável pela Prática e Pesquisa Pedagógica atuará de forma interativa
com os demais docentes do semestre do curso, para elaboração dos projetos, planos e atividades
teórico-prática.
§ 2º Os planos e projetos serão elaborados pelo docente responsável, em conjunto com os
docentes responsáveis pelas disciplinas, com acompanhamento do NDE, em cada um dos períodos
letivos.
Art. 7º As atividades da prática e pesquisa pedagógica comporão:
I - atividades em sala de aula presencial;
II - atividades em campo, orientações pedagógicas presenciais e por meio de tecnologias.
Parágrafo único. Será previsto em sua composição, momentos presenciais de embasamento
teórico e planejamento e horário destinado às atividades de campo dos alunos, orientação e
supervisão docente.
Art. 8º As atividades desenvolvidas na Prática e Pesquisa Pedagógica serão validadas
mediante comprovação dos projetos e planos destinados ao desenvolvimento dos temas
estabelecidos no planejamento curricular.
Art. 9º Os docentes, ao exercer suas atribuições de cooperação em todo o processo de
formação de professores, colaborarão com os alunos em suas atividades de Prática e Pesquisa
Pedagógica, principalmente:
I - disponibilizando seu plano de trabalho aos alunos, para que estes possam desenvolver as
suas atividades de forma consistente;
II - participando, sempre que necessário em reuniões com os alunos.
CAPÍTULO IV
ABRANGÊNCIA DA PRÁTICA E PESQUISA PEDAGÓGICA
Art. 10. São consideradas atividades que podem ser validadas como Prática e Pesquisa
Pedagógica:
I - Atividades de oficina: específicas, voltadas para o domínio de habilidades e de técnicas
assim como para a construção de acervo de atividades/situações relacionadas aos conteúdos a serem
desenvolvidos pelos futuros professores em sala de aula, abordando as diferentes áreas do
conhecimento que compõem o currículo dos cursos de Licenciaturas;

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II - Projetos supervisionados: trabalhos desenvolvidos pelos estudantes visando a aplicação


dos conceitos e procedimentos aprendidos nas aulas teóricas e oficinas a uma realidade particular;
III - Laboratório de linguagem: composto por um conjunto de oficinas voltadas para a
exploração e o aperfeiçoamento das competências de linguagem dos alunos, por meio do exercício
de leitura e de escrita.
IV - Estudos de caso: constitui-se em um método de aprendizagem de caráter dinâmico,
centrado na interação entre alunos e educadores que se envolvem no debate direto de um problema
ou casos provenientes da experiência dos participantes, com base estabelecida na pesquisa e na
aprendizagem;
V - Resolução de problemas contextualizados: aprendizado em situação similar àquela na
qual o conhecimento será usado, favorecendo ao estudante a obtenção de conhecimentos, bem como
habilidades e atitudes, permitindo que busque o conhecimento nos inúmeros meios de difusão da
informação disponíveis, e que aprenda a utilizar e a pesquisar estes meios.
VI - Visita às instituições escolares para subsidiar estudo dirigido de aspectos do ambiente
escolar, da prática escolar, da documentação escolar, da aplicabilidade da legislação pertinente à
educação, ou outros de interesse do momento;
VII - planejamento de instrumentos e projetos de pesquisa, de atividades didáticas, de
atividades de extensão, elaboração de planos de ensino e de aula;
VIII - vivência, por meio de execução simulada, de atividades didáticas, de aulas, de
programas de disciplina, de softwares, seminários, painéis, encontros, monitorias;
IX - participação em atividades de pesquisa específicas vinculadas a projetos
interdisciplinares, utilizando procedimentos da investigação científica, como registro,
sistematização de informações, análise e comparação de dados, levantamento e verificação de
hipóteses;
X - trabalhos de aplicação de noções teóricas à descrição e análise de fenômenos, problemas
ou questões relativas às áreas de estudo;
XI - visita e acompanhamento de instituições escolares e não escolares que possuam política
de atendimento de portadores de necessidades especiais e de idosos, com objetivos compatíveis ao
planejamento do curso;
XII - pesquisa em empresas, ONGs, órgãos públicos e outros sobre a aplicabilidade da
legislação pertinente aos portadores de necessidades especiais e inserção do idoso no processo
educativo.
| Apresentação 15
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XIII - acompanhamento em escolas de educação básica, com os profissionais envolvidos,


sobre situações familiares ou sociais que interferem no ensino-aprendizagem.
CAPÍTULO V
AVALIAÇÃO
Art. 11. Ao professor responsável pela Prática e Pesquisa Pedagógica, juntamente com os
demais docentes do semestre do curso compete avaliar os estudos ou atividades realizadas pelo
aluno.
§ 1º A avaliação do aproveitamento escolar da Prática e Pesquisa Pedagógica será realizada
de forma contínua em cada período letivo, de acordo com o projeto pedagógico e demais projetos e
planos de ensino integrados ao curso.
§ 2º As atividades que compõem a Prática e Pesquisa Pedagógica, realizadas
individualmente ou coletivamente deverão ter registro de frequência, controlada pelo professor
responsável e, quando possível, também do professor cooperante da instituição em que se realiza a
mesma.
§ 3º O aluno deve integralizar o total de horas correspondentes à Prática e Pesquisa
Pedagógica, definidas no projeto pedagógico de seu curso, de forma que totalize a cada período a
carga horária estabelecida na matriz curricular, totalizando 400 horas, até a conclusão do curso.
§ 4º A aprovação neste componente curricular também está consignada à frequência de, pelo
menos, 75%, tanto na dimensão teórica, quanto na dimensão prática e o não atendimento deste
quesito levará à reprovação do aluno.
CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 12. Os cursos de Licenciatura da (Nome da ICES) observarão os seguintes indicadores


para o desenvolvimento da Prática e Pesquisa Pedagógica:
I – as políticas institucionais relativas ao ensino, iniciação científica/pesquisa e extensão e
sua integração e coerência com o projeto pedagógico do curso no qual serão desenvolvidas;
II - a articulação entre teoria e prática, numa perspectiva interdisciplinar;
III - o desempenho do aluno em termos teórico-prático;
IV – as diferentes abordagens sobre temas da docência, dentre os quais o desenvolvimento
curricular, planejamento, organização de tempo e espaço, gestão de classe, interação grupal,
avaliação de aprendizagem dos alunos, avaliação de situações didáticas, relação professor-aluno;

| Apresentação 16
[Nome da ICES]

Prática e Pesquisa Pedagógicas: direcionadores e regulamentação

V - o uso de tecnologias de informação e comunicação.


Art. 13. Caberá à (Nome da ICES) formalizar os convênios necessários com instituições
escolares e não escolares para o desenvolvimento da Prática e Pesquisa Pedagógica, conforme
definido no projeto pedagógico de cada curso de Licenciatura.
Parágrafo único. Deverá ser facultado o acesso dos orientadores e alunos da (Nome da
ICES) às instalações da instituição parceira possibilitando:
I - entrada nas salas durante as atividades escolares, incluindo aulas e reuniões com fins
pedagógicos e administrativos;
II - registro de som e imagem das atividades planejadas;
III - consulta de registros administrativos;
IV - realização de atividades de ensino pelos professores e alunos;
V - participação em atividades de apoio social, de contato com os pais e a comunidade e em
outras atividades educativas consideradas úteis;
VI - participação dos professores colaboradores nas ações do programa de atividades de
prática e pesquisa pedagógica, organizadas pela (Nome da ICES) e para as quais sejam
convocados.
Art. 14. O presente Regulamento entra em vigor na data de sua publicação e sua alteração é
competência exclusiva do Conselho Superior da (Nome da ICES),

_________________, _____ de _________ de________


Local e data

___________________________________________
Assinatura do Diretor da Faculdade

| Apresentação 17

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