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NOME:

PRÁTICA DE ESTÁGIO 1º ANO

MANGUEIRINHA 2023
NOME

PRATICA DE FORMAÇÃO

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

NA DISCIPLINA DE PRÁTICA DE FORMAÇÃO DE


ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO 1º ANO A, NO
CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES DA EDU
CAÇÃO INFANTIL E DOS ANOS INICIAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL, NA MODALIDADE
NORMAL DO COLÉGIO ESTADUAL CORONEL
MISAEL FERREIRA ARAUJO, COMO REQUISITO
PARA AVALIAÇÃO SOB A SUPERVISÃO DA
PROFESSORA TARCI MERI DE ALMEIDA
PRÁTICA DE FORMAÇÃO

Prática de Formação tem como proposta ser espaço que articula a formação teórico-prática do
aluno, considerando o conhecimento nas diferentes disciplinas. O Projeto Político Pedagógico
como documento norteador da Escola e dos professores que lecionam no Curso, deverá ser
organizado no sentido de garantir que a Prática de Formação seja um elo da integração desse
conhecimento que se efetivará via Estágio Supervisionado na Prática de Ensino ou ação docente.
Toda a organização da pratica de formação acompanha às mudanças propostas para o Novo Ensino
Médio, tendo como fundamentação as legislações próprias do curso de Formação de Docentes da
Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, na Modalidade Normal em Nível
Médio, que são a Resolução CEB/CNE Nº 02/99, o Parecer CEB Nº 01/99 e a Deliberação CEE
N.º 10/99.
A disciplina de Prática de Formação, que se estrutura em parte prática e parte teórica, segue com
as 800 horas indicadas pelas legislações específicas do curso e serão distribuídas entre as três
séries a serem cursadas no contraturno em 5 horas/aulas semanais. Para que se possa cumprir a
carga horária total obrigatória, haverá complementação por meio de parcerias com as instituições
educacionais afins. Essa disciplina exige o cumprimento total da carga horária. Por seu caráter de
indissociabilidade entre teoria e prática, a disciplina da Prática de Formação perpassa todas as
outras disciplinas do curso ao longo do curso, pois consolida os conhecimentos trabalhados em
todo o processo formação do estudante.
A Prática de formação deve ser compreendida enquanto espaço que oportunize a efetivação do
conhecimento e dos saberes necessários à prática docente. É o momento de problematização da
prática pedagógica, um lugar de produção de conhecimento.
INTRODUÇÃO

O Estágio de Formação de Docentes se configura como um dos elementos mais importantes da


formação inicial de professores, pois aproxima o estagiário do seu campo de trabalho e
proporciona reflexões importantes sobre suas ações ainda em formação.
Nessa prieira fase as práticas pedagógicas se concentram nos sentidos e significados do trabalho
do professor.
Na primeira série, o esforço deve ocorrer no sentido de possibilitar o aprofundamento do que é o
trabalho do professor nas instituições de Educação Infantil e nas escolas dos anos iniciais do
Ensino Fundamental. A aproximação com essa realidade poderá ser feita por meio da análise de
bibliografias já existentes, reflexões teóricas e metodológicas mais consistentes, da realização de
pesquisas e levantamentos em instituições tais como: CMEI’s e escolas do Ensino Fundamental –
anos iniciais.
Isso implica em visitas aos Centros de Educação Infantil ( CMEI’s) e as escolas que ofertam as
séries iniciais do Ensino Fundamental.
As atividades dar-se-ão em grupos de estudos com apresentação de relatórios, leituras,e visitas
nos CMEI’s e escolas para realizar o mapeamento dos problemas/fenômenos educativos mais
recorrentes na observação da sala de aula e dos alunos.
No final do período letivo os alunos reelaborarão seus relatórios iniciais de observação,
comparando-os sua visões iniciais com o que estão agora no final do ano, se já conseguem
identificar as modalidades de ensino e o que conseguiram comprrender da natureza do trabalho do
professor.
É importante, entender a avaliação da Prática de Formação, enquanto processo continuo,
diagnostica, global, cumulativa e investigativa, sendo de responsabilidade coletiva. Todas as
atividades desenvolvidas deverão servir de base para realização de debates, discussões e
socialização dos saberes apreendidos. O acompanhamento das atividades nas instituições dos Anos
Iniciais, integrará o processo teórico e prático do conjunto de ações realizadas, tendo como
embasamento as relações sociais estabelecidas.
ATRIBUIÇÕES DO ESTAGIÁRIO

Conhecer e cumprir o regulamento do estágio;


Definir em conjunto com o professor o período de tempo e condições para realização do
estágio;
Firmar o termo de compromiso do estágio com a instituição concedente;
Obedecer as normas da instituição onde estiver realizando o estágio;
Estabelece relações teórico práticas com a disciplina de Prática de Formação:
Identificar as principais características das modalidades de Educação, presentes, especialmente
no Estado do Paraná;
Conhece e diferenciar as pluralidades e diversidades presentes no contexto educacional onde
estiver realizando o estágio;
Participar de reuniões e atividades propostas referentes a realização do estágio;
Conhecer o PPP da escola concedente;
Manter em ordem e atualizado a documentação de estágio;
Comparecer pontualmente ao estágio obedecendo os horários da escola concedente;
Ser discreto na maneira de vestir;
Zelar pelo material doa escola concedente;
Respeitar e tem atitude ética e postura profissional frente às particularidades da escola durante a
realização do estágio;
Justificar junto ao professor de estágio eventuais faltas, por motivos plausíveis e aceitáveis;
Identificar a natureza do trabalho do professor frente às especificidades das diferentes demandas
sociais e políticas existentes na escola concedente
Elaborar relatório sucinto e objetivo do seu estágio, apresentando conclusões e sugestões;
Apresentar os documentos comprobatórios do cumprimento de todas as atividades de estágio.
AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO

A avaliação é parte integrante da prática educativa e também da prática social. Isto significa que,
a todo momento estamos avaliando, comparando e revendo as nossas ações, de modo a decidir
sobre a sua continuação, modificações ou até mesmo interrupção dessas. Nesse sentido, a
avaliação permeia todas as ações humanas e exerce um papel importante no processo de
desenvolvimento do homem. Ela tem uma dimensão formadora, pois promove o desenvolvimento
humano em qualquer esfera da vida cotidiana.
Segundo Luckesi, articulada à função básica da avaliação formativa, estão outras quatro funções
que devem se considerar no processo avaliativo, quais sejam:
- a função de propiciar a auto compreensão tanto do educando quanto do educador;
- a função de motivar o crescimento. Na medida em que ocorre o reconhecimento do limite e da
amplitude de onde se está, descortina-se uma motivação para o prosseguimento no percurso de
vida ou de estudo que se esteja realizando;
- a função de aprofundamento da aprendizagem. Quando se faz um exercício para que a
aprendizagem seja manifestada, esse mesmo exercício já é uma oportunidade de aprender o
conteúdo de forma mais aprofundada;
A avaliação deve ser conscientemente articulada à concepção de mundo, de sociedade, de
educação, de trabalho, de cultura e por fim, do ensino que queremos, permeando toda a prática
pedagógica, levando o aluno a mudança de postura, de propostas criativas e inovações e empenho
costante nas atividades desenvolvidas
Enfim, diagnosticar o que está sendo aprendido ao longo do processo ensino aprendizagem, de
forma contínua e com uma diversidade metodológica que propicie condições de avaliar o grau de
aprendizagem dos alunos, no coletivo e no particular.
São considerados procedimentos de avaliação para a disciplina de Prática de Formação:
- As relações teórico-práticas estabelecidas;
- A utilização de técnicas de ensino, procedimentos metodológicos e recursos didáticos coerentes
com os objetivos propostos;
- Domínio, exatidão, segurança e atualidade dos conteúdos apresentados; - Pontualidade na
elaboração e entrega das atividades propostas
OBJETIVO GERAL

Conhecer a organização da educação básica por meio dos documentos legais que amparam as
instituições de ensino, vivenciando os conceitos e eixos norteadores do trabalho pedagógico na
Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental, como o espaço e o tempo escolar,
observando a práxis pedagógica dos professores.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

● Observar contextos diferentes do trabalho do professor na Educação Infantil e Anos Iniciais do


Ensino Fundamental refletindo sobre sua identidade e conduta profissional;
● Refletir sobre sua conduta ética e profissional a partir dos conteúdos trabalhados em cada
componente curricular que irá conduzir a sua formação da primeira à terceira série;
● Compreender a estrutura organizacional da Educação Básica e a gestão educacional que permeia
o trabalho do professor nas diferentes modalidades;
● Conhecer o funcionamento estrutural e pedagógico da instituição escolar e suas instâncias
colegiadas;
● Analisar Regimentos Escolares e Projetos Políticos Pedagógicos (PPP) para compreender a
organização do trabalho na escola,
● Conhecer os documentos reguladores da Educação Infantil, os princípios, finalidades e
direcionamento do trabalho pedagógico do professor.
● Reconhecer a importância do planejamento da rotina escolar da Educação Infantil;
● Perceber a relevância da organização do tempo e espaço escolar para o desenvolvimento do
trabalho pedagógico;
● Observar o campo de atuação na Educação Infantil em diferentes contextos e grupos por faixa
etária realizando a caracterização da instituição de ensino com roteiro orientado;
● Elaborar coletivamente as análises dos pressupostos teóricos, pesquisas e roteiros orientados no
campo de atuação, por meio de seminários e apresentações;
● Reconhecer a importância do planejamento da rotina escolar da Educação Infantil;
● Perceber a relevância da organização do tempo e espaço escolar para o desenvolvimento do
trabalho pedagógico;
● Elaborar coletivamente as análises dos pressupostos teóricos, pesquisas e roteiros orientados no
campo de atuação, por meio de seminários e apresentações
● Elaborar relatórios e apresentar suas percepções sobre as observações em campo de prática.
EMENTA 1º ANO

BLOCO 1

Fundamentos, características e a organização da disciplina de Prática de Formação.


A Formação da Identidade do professor, conduta ética e profissional
Reflexões sobre a ética na educação
O papel do professor no processo de ensino e aprendizagem
Instituição Escolar: Documentos legais, organização administrativa e pedagógica
Organização administrativa e pedagógica:
O Sistema Educacional Brasileiro.
A escola como um espaço democrático de formação e construção do conhecimento.
Documentos Legais que amparam o trabalho docente e a gestão escolar.
Os papéis dos diferentes atores da escola.
Caracterização das instituições de ensino e o planejamento da ação docente.
Organização do tempo e espaço escolar
Gestão do tempo e do espaço escolar para o desenvolvimento do trabalho pedagógico.
Prática de Formação em campo: o olhar sobre o tempo e espaço nas instituições de ensino.

BLOCO 2

Educação Infantil: documentos norteadores para o desenvolvimento das Práticas Pedagógicas


com crianças de zero a cinco anos;
Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEI). - Base Nacional Comum
Curricular: aspectos gerais - Referencial Curricular do Paraná para a Educação Infantil.
- Atendimento Educacional Especializado e a Educação Especial Inclusiva no contexto escolar;
Instituições de atendimento Educacional Especializado da Educação Básica;
A função social da escola diante a diversidade e pluralidade cultural no atendimento
especializado e na promoção da educação inclusiva;
Atendimento às crianças com necessidades educacionais especiais no contexto escolar da
Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental

BLOCO 3

Diversidade e Pluralidade Cultural: organização, caracterização e vivências das diferentes


modalidades:
- Educação do Campo
- Educação Indígena
- Educação de Jovens e Adultos
- Educação Quilombola e Cultura Afro-Brasileira
- Projetos Sociais e Educacionais em instituições não escolares;
O PAPEL DO PROFESSOR

O papel do professor é primordial em todos os níveis de educação, mas principalmente na


educação infantil e engana-se quem pensa que o papel do professor é apenas de ensinar.
Ser professor é partilhar seu saber, gerar informação, fazer o outro crescer, indicar caminhos
e para isso tudo é necessário criar vínculos, se aproximar e compreender o outro, o que requer
habilidade.
Entender o aluno é a melhor forma para conduzir o conhecimento. Um bom professor
compreende que o desenvolvimento humano é constante e contínuo e cada um tem seu momento
de chegar lá.
Um professor pode ser lembrado por toda vida na cabeça de milhares de pessoas. Por
conhecimentos passados, por experiências vividas ou pela capacidade de fazer diferença. O
professor tem a capacidade de transformar um aluno indisciplinado em um estudante brilhante.
Desde que consiga cativá-lo e conquistar sua confiança.
O professor tem a possibilidade de despertar sonhos e influenciar comportamentos. Tendo boas
condições de trabalho, pode influenciar os alunos a serem mais respeitosos com os outros. A terem
preocupação com aspectos sociais, ambientais e culturais. Pode despertar em muitos a capacidade
de respeitar as diferenças, e conviver bem com elas.
‍ Ser professor é ter dedicação e ser movido pela missão de mudar a vida de seus alunos e das famílias. É
uma profissão que permite aprendizados diários e troca de experiências!
Ensinar é algo que nasce de um compromisso de vida, que em algum momento quem é
professor hoje assume para consigo. E a partir dessa decisão e da decisão de manter esse
compromisso, o professor também deve assumir-se em constante aprendizado, no qual o
movimento é o de reincidir, retornar, renovar, reinventar, reiterar, recomeçar; em que fica realçado
o inacabamento do processo: o aprendizado é contínuo e permanente, não se fechando numa
solução e não se totalizando em sua atualização, precisando assim ser sempre reativado. Por isso, e
para isso estamos nesse processo de formação, de leitura, de estudo, de problematização e de
reflexão constantes em meio à invenção de novas subjetividades e de novos mundo

"Ser professor é ter dedicação e ser movido pela missão de mudar a vida de seus alunos e
das famílias. É uma profissão que permite aprendizados diários e troca de experiências! "
Paulo Freire
O PROFESSOR NO COTIDIANO ESCOLAR

Os desafios para a prática docente discutidos acima dizem respeito, sobretudo, à dinâmica que se
estabeleceu no mundo contemporâneo – regido, principalmente, pelas relações que se dão a partir
da tecnologia. Nesse mundo, a instituição de ensino deixa de ocupar seu papel de templo absoluto
do conhecimento e passa a se tornar um dos espaços onde é possível construí-lo!

Facilitar a aprendizagem : A primeira “perna” do tripé é a facilitação da aprendizagem. Com


isso, queremos dizer que o professor deve ter a habilidade de mediar, facilitar o processo de
aquisição do conhecimento do estudante, muito mais do que apenas transmitir o que já sabe.
Facilitar está relacionado a estimular o estudante, criar oportunidades que o permitam construir seu
caminho diante do conhecimento. Também está relacionado à criação de experiências de ensino
que favoreçam a consolidação do conhecimento por meio da aprendizagem significativa – isto é,
quando a aprendizagem ocorre baseada em conhecimentos prévios do estudante, expandindo seu
repertório e ressignificando o que ele já sabe.

Desenvolver habilidades e competências: Vimos que é importante que as instituições de ensino


preparem o estudante para o futuro, considerando habilidades e competências que os tornarão
cidadãos atuantes e bons profissionais. Com isso, é imprescindível considerar que um dos papéis
do professor na atualidade é, justamente, promover experiências que possibilitem que o estudante
desenvolva essas habilidades: flexibilidade e capacidade de autogerenciamento, colaboração em
equipes, valores éticos, senso forte de cidadania e justiça social, entre outros.
Ensinar a conviver: Uma das funções basilares de toda instituição de ensino, desde a pré-escola até
as faculdades e universidades, é justamente ensinar a conviver.
Esse é um dos pilares que se mantém firme também na perspectiva do educador: além de facilitar a
aprendizagem e de promover o desenvolvimento de habilidades para o exercício da cidadania e do
trabalho, é papel dele estimular o convívio saudável, a construção da cidadania em si e do
pensamento crítico.

AS COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS PARA SER PROFESSOR NA ATUALIDADE


.Criatividade e inovação: Conseguir inovar e usar da própria criatividade (e de recursos criativos)
constantemente é um dos grandes diferenciais dos professores preparados para lidar com o mundo
contemporâneo. No caso, inovação e criatividade estão associados a conseguir se adaptar ao ritmo
dos jovens estudantes da geração Z, que têm seu próprio ritmo e exigem estímulos muito mais
dinâmicos do que os que se estabeleciam no formato tradicional de transmissão de conhecimento.
Agora, muito mais do que isso, é necessário construir espaços seguros de construção do saber, o
que exige capacidades de criar e inovar por parte do docente. Uso de metodologias significativas,
que coloquem o estudante no centro do processo de aprendizagem (como condutor e protagonista
dele), é uma parte desse percurso.

Estímulo ao pensamento crítico: Uma educação que preza pelo desenvolvimento de habilidades
como autonomia passa necessariamente pelo estímulo ao pensamento crítico, isto é, estímulo ao
pensamento que reflete, analisa e critica, de forma responsável, todas as informações e opiniões
com as quais se depara.
Diante de um oceano de informações que parece infinito, uma das habilidades fundamentais para o
professor voltado ao futuro não é mais apenas buscar transmitir o conhecimento “certo”, e sim
auxiliar seus alunos a construir parâmetros e critérios robustos que os permitam “navegar” por esse
oceano sem cair em informações falsas ou deturpadas. Pelo contrário: o estudante deve ter
autonomia suficiente para não apenas reproduzir conteúdos de forma automática, e sim consumi-
los com consciência.

.Letramento tecnológico e curadoria de conteúdo: Como as necessidades relacionadas ao


dinamismo das novas gerações estão intimamente vinculadas ao uso das tecnologias, é importante
que o professor desenvolva seu próprio letramento tecnológico, que possibilite que ele consiga
utilizar as tecnologias em sala de aula com autonomia e da maneira correta para engajar os
estudantes. No momento que vivemos, não dá mais para desassociar completamente as
experiências de aprendizagem do uso dos recursos digitais, por isso a necessidade.
Além disso, o bom letramento tecnológico do professor também o ajuda a realizar uma curadoria
de conteúdo de aula mais eficiente, que engaje e se conecte melhor com seus alunos, fortalecendo
a aprendizagem significativa.

Empatia: Essa é uma habilidade essencial para qualquer pessoa que viva em sociedade no mundo
contemporâneo. Desenvolver a empatia é fundamental para que o professor desenvolva um senso
de profundo respeito e parceria com seus estudantes, entendendo suas facilidades e dificuldades,
suas aspirações e limitações. Saber se colocar no lugar do aluno, mesmo que ele seja de uma
geração muito diferente da sua, é essencial para o desempenho do papel do professor na
atualidade.
FUNÇÃO DA ESCOLA
•Educaçãoé:
a) Processo e prática social constituída e constituinte das relações sociais mais amplas;
b) Processo contínuo de formação;
c) Direito inalienável do cidadão.
• A prática social da Educação deve ocorrer em espaços e tempos pedagógicos diferentes, para
atender às diferenciadas demandas
• Como prática social, a educação tem como lócus privilegiado a escola, entendida como espaço
de garantia de direitos;
• Devemos trabalhar em defesa da educação pública, gratuita, democrática, inclusiva e de
qualidade social para todos ;
É indispensável à escola, portanto:
• Socializar o saber sistematizado; • Fazer com que o saber seja criticamente apropriado pelos
alunos;
• Aliar o saber científico ao saber prévio dos alunos (saber popular);
• Adotar uma gestão participativa no seu interior;
•Contribuir na construção de um Brasil como um país de todos, com igualdade, humanidade e
justiça social.
a) A formação do sujeito deve contemplar o desenvolvimento do seu papel dirigente na definição
do seu destino, dos destinos de sua educação e da sua sociedade;
b) Formar o cidadão, construir conhecimentos, atitudes e valores que tornem o estudante solidário,
crítico, ético e participativo;
FUNÇÃO DA ESCOLA:Compromisso com a formação do cidadão e da cidadã com
fortalecimento dos valores de solidariedade, compromisso com a transformação dessa sociedade
Para que a escola possa cumprir a função que lhe compete “não é suficiente à existência do saber
sistematizado. É necessário convertê-lo em saber escolar, isto é, dosá-lo e seqüenciá-lo para efeito
do processo de transmissão-assimilação no espaço e tempo escolares.” (SAVIANI, 1985, p. 28)
É preciso resgatar a função social da escola: “acesso à cultura letrada” transformando-a “em
cultura escolar” (SAVIANI, p.27) de caráter científico.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O projeto político-pedagógico vai além de um simples agrupamento de planos de ensino e de


atividades diversas. O projeto não é algo que é construído e em seguida arquivado ou encaminhado
às autoridades educacionais como prova do cumprimento de tarefas burocráticas. Ele é construído
e vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da escola.
O projeto busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com
um compromisso definido coletivamente. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também,
um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sociopolítico com os
interesses reais e coletivos da população majoritária. É político no sentido de compromisso com a
formação do cidadão para um tipo de sociedade. "A dimensão política se cumpre na medida em
que ela se realiza enquanto prática especificamente pedagógica" (Saviani 1983, p. 93). Na
dimensão pedagógica reside a possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola, que é a
formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. Pedagógico, no
sentido de definir as ações educativas e as características necessárias às escolas de cumprirem seus
propósitos e sua intencionalidade.
O projeto político-pedagógico é entendido,, como a própria organização do trabalho pedagógico da
escola. A construção do projeto político-pedagógico parte dos princípios de igualdade, qualidade,
liberdade, gestão democrática e valorização do magistério. A escola é concebida como espaço
social marcado pela manifestação de práticas contraditórias, que apontam para a luta e/ou
acomodação de todos os envolvidos na organização do trabalho pedagógico.
PPP é um referencial teórico da escola e constitui-se de três marcos:
MARCO SITUACIONAL
Análise da realidade – diagnóstico da escola e suas especificidades. Descreve e situa a escola no
atual contexto da realidade brasileira, do estado e do município. Explicita e analisa criticamente
problemas e necessidades da escola em relação ao ensino e aprendizagem, organização do tempo e
espaço, relações de trabalho na escola, índices de evasão e reprovação, organização da
horaatividade e organização da prática pedagógica.
MARCO CONCEITUAL
Opção teórica: Pedagogia progressista. Explicita objetivamente e estabelece relações entre os
fundamentos teóricos (concepção de homem, sociedade, educação, escola, conhecimento,
avaliação, cidadão, cidadania, cultura, gestão democrática, currículo). Direcionamento dos
instrumentos de gestão democrática. Intervenções na prática pedagógica (conteúdos – professor-
educandoensino e aprendizagem – avaliação metodológica da organização do trabalho pedagógico)
MARCO OPERACIONAL
Define linhas de ação e a reorganização do trabalho pedagógico escolar na perspectiva pedagógica
administrativa, financeira e político-social:
-Redimensionamento da gestão democrática (instâncias colegiadas) - ações relativas à formação
continuada, especificidades curriculares, recuperação de conteúdos, avaliação institucional, prática
docente e qualificação dos equipamentos pedagógicos.
EDUCAÇÃO INFANTIL

O reconhecimento do direito à Educação Infantil é muito recente em nosso país. Pode-se destacar
o compromisso do Estado com a efetivação e garantia desse direito somente a partir da
Constituição Federal de 1988. Nesta aparece como dever do Estado garantir “atendimento em
creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade” (art. 208, inciso IV, modificado pela
Emenda Constitucional nº 53/2006). Dever este, reafirmado no Estatuto da Criança e do
Adolescente (Lei nº 8.069/1990, art. 54, IV). Uma importante conquista para a Educação Infantil
foi a aprovação da nova Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDBEN) nº 9.394/96, que
a reconheceu como primeira etapa da educação básica, conforme o estabelecido no artigo 29, e tem
por finalidade, o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos de idade15, em seus
aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da
comunidade. Ao reconhecer a Educação Infantil como primeira etapa da educação básica, tanto a
Constituição, como a LDB estabelecem o ente federado responsável pela sua oferta. Segundo o
artigo 211, § 2º daConstituição Federal de 1988,modificada pelaEmendaConstitucional nº14/1996,
essa é de responsabilidade dos municípios. E na LDBEN nº 9.394/96, essa responsabilidade é
reafirmada no artigo 11, inciso V. Vale ressaltar que essa responsabilidade é maior com relação ao
ensino fundamental, por ser um nível de ensino obrigatório.
As instituições de educação infantil, CEIs, creches e pré-escolas são, portanto, instituições que
visam responder ao direito da criança à educação. Essa educação é complementar àquela oferecida
pela família e tem caráter próprio, por ocorrer em um espaço coletivo, público e, sendo assim,
diverso do contexto privado da família. As IEIs cumprem finalidades e princípios das instituições
educacionais, como a democratização do acesso aos bens culturais e educacionais, o pluralismo de
idéias, o respeito à liberdade e o apreço à tolerância.
A Deliberação 02/05 do Conselho Estadual de Educação do Paraná determina, em seu Artigo 11,
que a Instituição de Educação Infantil, ao elaborar sua Proposta Pedagógica, deverá explicitar:
I - as concepções de infância, de desenvolvimento humano e de ensino e aprendizagem;
II - a articulação entre as ações de cuidar e educar;
III - as características e as expectativas da população a ser atendida e da comunidade na qual se
insere;
IV - o regime de funcionamento, preferencialmente de forma ininterrupta durante o ano civil; V - a
descrição do espaço físico, instalações e equipamentos;
VI - a definição de parâmetros de organização de grupos e relação professor/criança;
VII - a seleção e organização dos conteúdos, conhecimentos e atividades no trabalho pedagógico;
VIII - a gestão escolar expressa através de princípios democráticos e de forma colegiada;
IX - a articulação da educação infantil com o ensino fundamental, garantindo a especificidade do
atendimento das crianças de zero a seis anos de idade;
X - a avaliação do desenvolvimento integral da criança;
XI - a avaliação institucional;
XII - a formação continuada dos profissionais da instituição
O significado da educação no contexto da educação infantil e de possibilitar o desenvolvimento
integral da criança nos aspectos físico, cognitivo, social e afetivo. Educar na IEI significa propiciar
situações que contribuam para o desenvolvimento da imaginação, dos processos criativos e para a
apropriação do conhecimento pelas crianças, através das diferentes formas de interação humana –
social, afetiva, lúdica e pedagógica. Para tanto, o aspecto cognitivo não deve receber atenção
maior que as demais dimensões envolvidas no processo de constituição da criança. É necessário
que os professores tenham uma visão integral do desenvolvimento infantil e de como propiciar o
acesso da criança ao conhecimento social e historicamente produzido, para que a ação educativa
possa ser realizada de forma articulada e intencional.
Concepção da Educação Infantil
Matrícula e faixa etária: É obrigatória a matrícula na Educação Infantil de crianças que
completam 4 ou 5 anos até o dia 31 de março do ano em que ocorrer a matrícula. As crianças que
completam 6 anos após o dia 31 de março devem ser matriculadas na Educação Infantil.
A frequência na Educação Infantil não é pré-requisito para a matrícula no Ensino Fundamental.
As vagas em creches e pré-escolas devem ser oferecidas próximas às residências das crianças.
Jornada: É considerada Educação Infantil em tempo parcial, a jornada de, no mínimo, quatro horas
diárias e, em tempo integral, a jornada com duração igual ou superior a sete horas diárias,
compreendendo o tempo total que a criança permanece na instituição.
Lembrando que, para a Educação Infantil, a BNCC reforça que as ações de cuidado estão
plenamente integradas com as ações de conhecer e explorar o mundo - indissociabilidade entre o
CUIDAR e o EDUCAR, o que exige adaptação dos espaços escolares.
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens
orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades
infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação,
respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social
e cultural. Neste processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de
apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas,
na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis”
O cuidar significa compreendê-lo como parte integrante da educação, embora possa exigir
conhecimentos, habilidades e instrumentos que extrapolam a dimensão pedagógica. Ou seja,
cuidar de uma criança em um contexto educativo demanda a integração de vários campos de
conhecimentos e a cooperação de profissionais de diferentes áreas. […] Cuidar significa valorizar
e ajudar a desenvolver capacidades. O cuidado é um ato em relação ao outro e a si próprio que
possui uma dimensão expressiva e implica em procedimentos específicos”
Enquanto está cuidando, também se está educando. A criança aprende a importância do
autocuidado e o autoconhecimento.
O cuidar está interligado a tudo o que acontece no dia a dia na escola, desde a alimentação, até a
segurança. Na hora da refeição todo cuidado é pouco. A atenção nos atos que a criança faz como
não jogar o alimento fora, cuidar para que o outro colega não pegue sua refeição e observar e
incentivar as crianças na alimentação são pequenas coisas, mas que fazem parte do seu
desenvolvimento integral.
O educar se refere ao aprendizado da criança. Fator esse que contribui para o processo de
formação, juntamente com o cuidar. A família e a instituição é a base para educá-lo, aspectos esses
que devem se unir para um bom resultado.
Na tendência cognitiva de trabalho na educação infantil a criança concebida como um ser
construtor, que pensa e, como tal, constrói seu conhecimento, reinventa conteúdos, aprende a partir
da interação que estabelece com o meio físico social desde o seu nascimento, passando por
diferente estagio de desenvolvimento com isso o professor tem que ter bastante conhecimento
sobre o cognitivo infantil.
Ensinar a criança a conhecer, a cuidar de si, a explorar o ambiente é uma forma de educar. Mostrar
para as crianças as transformações que ocorrem no mundo, é colaborar com o ensino e
aprendizado, uma ferramenta fácil, principalmente quando usado os fatos vivenciados no dia a dia.

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