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Segurança do Trabalho
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
Apresentação................................................................................................................................... 4
Introdução...................................................................................................................................... 7
Unidade única
pREVENÇÃO DE ACIDENTES.................................................................................................................. 9
Capítulo 1
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA..................................................... 9
CAPÍTULO 2
Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria
da Construção - PCMAT.................................................................................................... 40
CAPÍTULO 3
Mapa de risco.................................................................................................................... 80
CAPÍTULO 4
Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho – LTCAT..................................... 89
CAPÍTULO 5
Laudo de Insalubridade e Laudo de Periculosidade....................................................... 91
ANEXO 2
Atividades e operações perigosas com inflamáveis................................................................... 98
Referências................................................................................................................................... 108
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se entendem
necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. Caracteriza-se pela
atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela interatividade e modernidade
de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos conhecimentos
a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da área e atuar de forma
competente e conscienciosa, como convém ao profissional que busca a formação continuada para
vencer os desafios que a evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo a facilitar
sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na profissional. Utilize-a
como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
4
organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em capítulos, de
forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões
para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar sua leitura mais agradável. Ao
final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para aprofundar os estudos com leituras e
pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de Estudos
e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).
Avaliação Final
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Introdução
7
8
pREVENÇÃO DE Unidade única
ACIDENTES
Capítulo 1
Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais – PPRA
Introdução
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) é como o próprio nome diz
um programa que tem como meta promover a manutenção da saúde dos trabalhadores de um
determinado local, tanto no seu aspecto físico, como mental e cognitivo. O PPRA é elaborado por meio
da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle de riscos ambientais existentes
ou potenciais em função do modo de produção adotado pela empresa, abarcando, inclusive, a esfera
da proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
O PPRA tem a sua existência juridica garantida por meio dos artigos 176 a 178 e 200 da Consolidação
das Leis do Trabalho – CLT, exposto assim in verbis:
Art. 176. Os locais de trabalho deverão ter ventilação natural, compatível com
o serviço realizado.
Art. 178. As condições de conforto térmico dos locais de trabalho devem ser
mantidas dentro dos limites fixados pelo Ministério do Trabalho.
...
9
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
VIII - emprego das cores nos locais de trabalho, inclusive nas sinalizações de
perigo.
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pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
Não obstante a Constituição Federal em seu artigo 7o inciso XXII, garante ao trabalhador o exercício
do trabalho dentro de condições mínimas de segurança e saúde, in verbis:
Art. 7o São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
...
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;
E o PPRA também tem amparo nas Convenções 148 e 155 da Organização Internacional do Trabalho.
Assim a política de prevenção de riscos ambientais está orientada por meio da Norma
Regulamentadora no 09, emitida pelo Ministério do Trabalho e Emprego no ano de 1994, e que
apesar de ser um normativo legal de cunho infra legal, possui como foi visto anteriormente em
determinante legal e constitucional.
O PPRA é obrigatório para todos os estabelecimentos que possuam Cadastro Nacional de Pessoa
Jurídica e tenham empregados contratados sob regime da CLT.
O PPRA, é composto por um documento-base no qual se faz o registro de cada uma das ações
necessarias ao seu desenvolvimento, que incluem:
»» as formas de registro, manutenção e divulgação dos dados, que será utilizada pela
firma/empresa;
Ressalta-se por oportuno que pode se estabelecer elementos/agentes de risco fora da percepção
da NR 15 e das demais, podendo se enquadrar outro agente injuriante a saúde humana ou ao meio
ambiente que não está presente nos normativos legais, não havendo ligação direta entre o agente a
ser monitorado/eliminado/mitigado pelo PPRA com o pagamento de adicional de insalubridade.
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UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
O PPRA é um documento que o técnico não é responsável, e sim o responsavel legal pela empresa.
»» Aborda e fornece subsídios para outros programas exigidos por legislações especificas,
como por exemplo Planos de Controle Ambiental, Planos de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos, Planos de controle de infecção hospitalar;
Metodologia
As seguintes etapas são planejadas para implementação do PPRA:
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pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
O não cumprimento das exigências desta norma estabelece penalidades que variam de multas e até
interdições.
Para as empresas que não são obrigadas a constituir o SESMT, algumas opções podem ser aplicadas:
Nas fases de desenvolvimento e implementação do PPRA, pode a firma optar pela contratação de
uma empresa especializada de segurança do trabalho; ou um Técnico de Segurança do Trabalho por
regime de 40 horas; ou ainda um Engenheiro de Segurança do Trabalho com carga de no mínimo
03 horas semanais. A carga adequada para o engenheiro de segurança do trabalho, varia em função
do porte e do risco ambientais identificados pela empresa.
Lembrando sempre que para desenvolvimento das diversas etapas do programa é sempre em
conjunto com a direção da empresa, sendo responsavel legal, o responsavel civil e criminal
juntamente com os profissionais que elaboraram e implantaram o PPRA.
Orientações básicas
O PPRA de forma geral apresenta uma receita de bolo em que está estabelecido as etapas fases
que devem ser cumpridas e atendidas, mas que mudam drasticamente seu conteúdo em função da
empresa, atividade econômica, número de funcionários e localização, não sendo possível existir um
PPRA igual a outro para um grupo de empresas de um mesmo grupo econômico.
Apresentamos a seguir as orientações básicas que devem ser utilizadas como uma diretriz, para a
elaboração, avaliação ou adequação de um PPRA.
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UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
A estrutura do PPRA deverá atender na íntegra o que preconiza a NR-9 do Ministério do Trabalho e
Emprego e as diversas legislações do Ministério da Previdência em especial o Decreto no 3.048/1999
e a Instrução Normativa n.o 118/2005, além de se pautar pelo Código de Obras e Postura do Estado
ou Município onde está inserido a empresa, assim como o Código sanitário deles.
O PPRA deverá se estender a todas as áreas e ambientes de trabalho ocupados pela empresa,
priorizando na sua avaliação os ambientes em que haja processo laboral, e esse documento deverá
subsidiar o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, e este aferir a qualidade
e o desenvolvimento do PPRA conforme item 9.1.3 da NR9, in verbis:
Deve ser mencionado AINDA que os empregados deverão ter participação efetiva no programa,
por meio dos seus representantes da CIPA que estiver em gestão, dando sugestões e informando a
administração sobre condições que julgarem de risco.
Podem ocorrer pelo menos três situações diversas durante a realização de um PPRA, tais como:
As etapas anteriores já estarão cumpridas, uma vez que o PPRA já existe, bastando apenas
a sua revisão.
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pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
Estrutura do PPRA
O PPRA impresso em papel deve seguir a seguinte ordem:
1. Capa
Deverá ser utilizada uma folha de papel timbrado da empresa que estiver realizando o trabalho,
contendo o título “Programa de Prevenção de Riscos Ambientais”, o nome da Empresa em que foi
realizado o trabalho e a data da conclusão dos levantamentos de campo, que passará a ser a data do
Documento Base.
Nessa capa, pode ser escrita essa frase “Documento Base” diretamente na capa logo após o título
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA.
2. Índice
O índice deve figurar em uma folha própria logo após a capa, contendo o detalhamento do PPRA e
as respectivas páginas em que se encontram os assuntos.
3. Identificação da empresa
Razão Social:
CNPJ No:
CNAE:
Atividade Principal:
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UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
Grupo:
Subgrupo:
Grau de Risco:
Endereço Completo:
Telefone:
Jornada Diária:
Número de empregados:
Empregados Afastados:
Empregados Readaptados:
4. Objetivo
Neste item, é importante escrever para que serve o PPRA, pois podem haver pessoas leigas no assunto
e a elas deve ser descrito sucinto e rapidamente para que serve esse programa da seguinte forma: “O
PPRA tem como objetivo a preservação da saúde e a integridade física dos trabalhadores, por meio
do desenvolvimento das etapas de antecipação, reconhecimento, avaliação e consequentemente
o controle da ocorrência dos riscos ambientais existentes ou que venham a existir nos locais de
trabalho, prevenindo doenças do trabalho.”
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pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
Do empregador:
Dos trabalhadores:
Do SESMT:
7. Definições básicas
Deve ser apresentada uma definição rápida e básica sobre higiene e riscos ambientais para facilitar
o entendimento do restante do corpo desse programa que é muito específico e somente profissionais
de segurança e saúde, cipeiros ou familiarizados podem entender, facilitando a leitura por leigos no
assunto.
Higiene ocupacional
É a ciência e arte dedicada à prevenção, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos existentes
ou originados nos locais de trabalho, os quais podem prejudicar a saúde e o bem estar das pessoas
no trabalho, enquanto considera os possíveis impactos sobre o meio ambiente em geral.
Riscos ambientais
Para efeito da NR – 9, item 9.1.5, que trata do PPRA, são considerados riscos ambientais os agentes
físicos, químicos e biológicos que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo
de exposição, forem capazes de causar dano a saúde do trabalhador.
Pode-se incluir ainda os riscos ergonômicos e os riscos de acidente ou mecânicos, mas Riscos
Ambientais são só físicos, químicos e biológicos, contudo, se forem incluídos no PPRA, devem ser
previstas medidas de controle e cronograma para sua implantação sob pena de serem notificados
ou multados pelo Ministério do Trabalho e Emprego ou ter que assinar um Termo de Ajustamento
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UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
do Conduta – TAC, perante o Ministério Público do Trabalho ou sofre Ação Civil Pública por ter
identificado um risco e não ter o controlado.
»» Agentes físicos
»» Agentes químicos
»» Agentes biológicos
Pátio 1
Produção
Pode ainda ser descritas as máquinas e equipamentos que existem em cada setor/local de trabalho.
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pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
Administração
Pátio 1
Produção - SCX
Caldeira
Nota-se que existem várias colunas, mas o que é mais importante nesse caso é descrever
minunciosamente as tarefas executadas e não tão somente a cópia Código Brasileiro de Ocupações
(CBO) do Ministério do Trabalho e Emprego.
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UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
MEDIDAS DE
POSSÍVEIS
RISCOS/ FUNÇÕES TEMPO/ TIPO CAUSA/ FONTES CONTROLE
SETOR LOCAL DANOS À
AGENTES EXPOSTAS DE EXPOSIÇÃO GERADORAS EXISTENTE OU
SAÚDE
NECESSÁRIA
Há que mencionar que quando não for reconhecido risco, o PPRA se resume a essa fase, registro e
divulgação de dados, in verbis:
“NR-9, item 9.1.2.1 – Quando não forem identificados riscos ambientais nas fases de antecipação
ou reconhecimento, descritas no item 9.3.2 e 9.3.3, o PPRA poderá resumir-se às etapas previstas
nas alíneas “a” ( antecipação e reconhecimento dos riscos) e “f” ( registro e divulgação dos dados)
do sub-item 9.3.1.
Nota 1: A fase de antecipação é referente a futuras instalações que estão em construção ou reforma;
Nota 2: Em se tratando de agentes químicos, deverá ser informado o nome da substância ativa, não
sendo aceitas citações de nomes comerciais, devendo ser anexada a respectiva ficha toxicológica.
10.1 Quanto o que vem ser possíveis danos à saúde dos trabalhadores oriundos dos riscos ambientais,
temos:
»» Riscos físicos
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pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
»» Riscos químicos
Agente Efeito
Por contato: Em contato com a pele pode causar irritação e até dermatites, caso este contato seja prolongado. Acetona
líquida é moderadamente irritante aos olhos.
Acetona Por inalação: A inalação do produto em baixas concentrações não causa efeitos, porém em altas concentrações pode
provocar irritação do trato respiratório superior, dores de cabeça, desmaio, tonturas, náuseas e vômito. Quando inalados
vapores em concentrações extremamente elevados pode ocasionar colapso, coma e morte.
Por contato: O contato com ácido acético glacial pode provocar a destruição dos tecidos e sérias queimaduras. O contato
do líquido com os olhos pode causar sérios danos culminando em perda total da visão. Pode causar, ainda, erosão no
Ácido Acético esmalte dos dentes.
Por inalação: Exposição contínua a altas concentrações de vapor do ácido pode produzir irritação no trato respiratório.
Por contato: Contato com os olhos pode causar distúrbio visual e conjuntivite.
Ácido Bórico
Por ingestão: No caso de ingestão, pode causar náusea, vômito, dores abdominais, colapso circulatório e convulsão.
Por contato: Leve irritação da pele em baixas concentrações podendo gerar queimaduras quando em altas concentrações.
Ácido Cítrico
Por inalação: Pode causar irritação temporária do nariz e da garganta.
Por contato: O contato direto com os olhos pode causar severa irritação, podendo ocasionar lesões permanentes e perda
total da visão. Soluções concentradas podem ocasionar graves queimaduras na pele e soluções diluídas podem levar ao
desenvolvimento de dermatites.
Ácido Clorídrico
Por inalação: Os vapores são extremamente irritantes para o trato respiratório, podendo causar laringite, bronquite, edema
da glote, edema pulmonar e morte. Os dentes podem tornar-se amarelados, amolecidos, desgastando-se e podendo
quebrar.
Por contato: O ácido concentrado e suas névoas produzem queimaduras nos tecidos do organismo com os quais entra
em contato, principalmente pele, olhos e mucosas.
Ácido Nítrico Por inalação: Produz irritação intensa nas mucosas do trato respiratório superior. A irritação pode atingir o tecido pulmonar
quando a concentração é muito elevada e o trabalhador não pode se afastar do local. A inalação de óxidos nitrosos,
originados da reação do ácido com outras substâncias, produz irritação direta sobre os pulmões, por meio de reação lenta
(4 a 30 horas) com possível produção de edema pulmonar de grave risco, ou mesmo fatal.
Por contato: O contato repetido de soluções diluídas do ácido com a pele pode originar dermatoses irritativas; ulceração e
destruição dos tecidos com soluções concentradas. O contato nos olhos com o líquido pode produzir conjuntivite, lesões na
córnea e cegueira.
Ácido Sulfúrico
Por inalação: A exposição a vapores do ácido pode provocar irritação imediata nas mucosas (nariz, garganta, olhos),
dificuldade para respirar, edema agudo dos pulmões, edema da laringe e morte. A corrosão dos dentes é observada
frequentemente.
Por contato: O contato com a pele e olhos pode causar irritação grave e possivelmente queimaduras químicas. Os vapores
Anidrido Acético em contato com os olhos podem gerar lacrimejamento.
Por inalação: A inalação dos vapores pode causar irritação do trato respiratório e dificuldade de respirar.
Por contato: O contato com a pele e olhos provoca irritação, podendo ainda gerar dermatites e danos à córnea,
Clorofórmio respectivamente. É considerado carcinógeno animal pela American Conferebce of Governamental Industrial Hygienists.
Por inalação: A inalação pode causar irritação e até narcose. Pode ser facilmente absorvido pela pele.
Por contato: O contato prolongado com a pele provoca irritação.
Etanol
Por inalação: Exposição excessiva pode irritar os olhos, nariz, garganta e pulmão.
Por contato: Os vapores podem ser irritantes aos olhos e o líquido pode provocar queimadura da córnea. Com a pele
Éter Etílico pode causar irritação após prolongado contato.
Por inalação: Pode irritar o nariz e garganta e causar dor de cabeça, desmaios e coma.
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UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
Por contato: Soluções de fenol têm forte ação corrosiva por contato com qualquer tecido. O contato com a pele
intacta pode provocar desde uma eritema até necrose e gangrena dos tecidos, dependendo do tempo de contato e da
concentração das soluções. O contato com os olhos pode provocar inchaço da conjuntiva; a córnea tornar-se branca e
Fenol muito dolorida, podendo ocorrer perda da visão.
Por inalação: O fenol em forma de vapor é irritante das membranas mucosas provocando dispneia e tosse. A absorção
sistêmica provoca danos ao fígado, rins e ao sistema nervoso central.
Por Inalação: Em baixas concentrações provoca leve irritação do nariz e garganta, em altas concentrações pode provocar
Metil Etil Cetona depressão do Sistema Nervoso Central, dor de cabeça e náusea.
Por contato: Pode provocar irritação moderada a pele.
Por inalação: A inalação dos fumos pode provocar irritação da garganta, náusea, vômito e doenças no pulmão.
Óxido de Zinco
Por contato: Apresenta baixo potencial de irritação.
Álcool Etílico Em contato com os olhos e trato respiratório, causa irritação, dor de cabeça. Confusão mental, fadiga, tremor e náusea.
O contato com a pele pode causar irritação e queimaduras. Se inalados, os vapores podem produzir dificuldade respiratória
Amônia
e até morte por sufocamento.
As poeiras podem ser muito irritantes para o nariz e a garganta quando inaladas. Reagem com alguns produtos resultando
Cianeto de
em vapores de ácido cianídrico (HCN), que em altas concentrações podem causar morte em minutos ou horas. Em contato
Potássio/ Cobre
com a pele é irritante. Já com os olhos, pode produzir os mesmos efeitos da inalação.
A inalação se dá por poeiras muito finas e sobretudo de fumos. A absorção cutânea é mínima, mas possível em casos de
lesão na pele. A ingestão se dá devido a bebidas ou alimentos contaminados.
Chumbo A intoxicação por chumbo é conhecida pelo nome de saturnismo é do tipo crônica. Acumula-se no fígado, baço, rins,
coração, pulmões, cérebro, músculos e sistema esquelético, sendo que suas principais ações deletérias se manifestam sobre
o sistema hematopoético, nervoso, renal, gastrointestinal e reprodutor.
A inalação de poeira e fumos de estanho produz um tipo de pneumoconiose chamada de Estanhose, sendo esta
Estanho
considerada benigna, não chegando a ser uma doença pulmonar.
Irritante para nariz, garganta e pulmões, podendo provocar corrosão natural, tosse e desconforto. Em contato com a pele
Hidróxido de
e olhos é capaz de produzir queimaduras extremas com ulceração. Pode ser classificado como causador de câncer de
Potássio
esôfago em indivíduos que tenham inalado o produto.
O contato com a pele causa lesões com ulcerações profundas. Em contato com os olhos pode causar danos permanentes,
Hidróxido de inclusive a cegueira. Os efeitos da inalação podem variar desde uma irritação nas mucosas do sistema respiratório até uma
Sódio pneumonia grave. A ingestão causa severas queimaduras nas mucosas da boca, garganta, esôfago e estômago. Pode levar
a lesões graves e irreversíveis chegando inclusive a ser fatal.
Óleo Lubrificante/
de Corte (graxa,
querosene, óleo Quando inalados podem causar irritação das vias respiratórias superiores. Em contato constante com a pele pode causar
diesel, óleo dermatites.
lubrificante e
desengraxante)
Em contato com os olhos produz irritação. Quando inalados, os vapores causam náusea, dor de cabeça, perda de apetite.
Percloroetileno Produzem queimaduras em contato com a pele. Em latas concentrações (1000ppm) atingem o sistema nervoso central
causando confusão, perda de memória, tremedeira e perda de visão.
Poeiras As poeiras incômodas quando inaladas em grande quantidade possuem um longo histórico de pequenos efeitos adversos
incômodas no pulmão. São consideradas poeiras inertes sob o ponto de vista biológico.
Causa irritação nos olhos, pele e vias respiratórias superiores. Exposição crônica pode causar fadiga, perda de apetite e de
Tolueno peso, insônia e irritação. Exposição aguda pode causar dor de cabeça, sonolência, fraqueza muscular, náuseas e dilatação
da pupila.
Metal e composto
de Cromo Irritação e dermatite.
incluindo fumos
Ferro (fumos) Pneumoconiose.
Manganês
elementar e
compostos SNC (manganismo); Pulmões.
inorgânicos com
Mn
Níquel Dermatite, Pneumoconiose; Rins.
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Aspectos toxicológicos
Neste item, deve-se descrever de forma simples e resumida, os principais aspectos toxicológicos das
substâncias utilizadas que possuem indicativos de possível comprometimento da saúde decorrente
do trabalho.
Convém ressaltar, que o objetivo aqui é mencionar, de forma generalizada e superficial, as principais
ocorrências em função da exposição aos agentes químicos. Um estudo mais elaborado e detalhado a
respeito dos efeitos toxicológicos de cada substância pode ser realizado posteriormente.
Exemplo de Texto: Não há até a presente data, nenhum registro de doença ocupacional.
A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para comprovar o controle da
exposição ou a inexistência dos riscos identificados na etapa de reconhecimento, dimensionar a
exposição dos trabalhadores e subsidiar o equacionamento das medidas de controle.
Nesta fase de avaliação, é primordial caracterizar, por meio de metodologias técnicas, à exposição de
trabalhadores a agentes de risco, considerando-se os limites de tolerância e o tempo de exposição.
23
UNIDADE II │ Título da unidade
Exemplo de Texto:
A fim de avaliar a efetiva exposição dos trabalhadores ao agente físico ruído, foram realizadas
dosimetrias durante a jornada de trabalho utilizando dosímetro digital Instrutherm, modelo
DOS-450, previamente calibrado, operando em circuito de compensação “A”, e circuito de
resposta lenta “SLOW”, com leitura próxima ao ouvido do empregado, considerando períodos de
exposição a ruídos contínuos, de diferentes níveis. O nível de pressão sonora equivalente
(Leq), para período de 8 horas de trabalho calculado de acordo com as instruções do dosímetro,
será o mesmo que Level Average (Lavg) utilizando os seguintes parâmetros: Limite de 85
dB(A) e fator duplicativo de dose (q = 5), de acordo com o Decreto Presidencial n.o 4.882 de
18 de Novembro de 2003, a metodologia e os procedimentos de avaliação estabelecidos pela
Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho – FUNDACENTRO,
na Norma de Higiene Ocupacional – NHO 01 – Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído
e a Instrução Normativa INSS-DC n.o 118/2005.
O Uso do Decibelímetro
Mesmo não tendo sido identificado nas etapas de antecipação e reconhecimento, a presença de
nenhum agente nocivo, previsto na legislação previdenciária, foi realizado a avaliação do agente
físico ruído conforme abaixo:
»» O nível de pressão sonora médio foi obtido por meio de utilização de medidor de
leitura instantânea, decibelímetro, que avaliou a exposição ao ruído contínuo ou
intermitente estando ajustado de forma a operar no circuito de ponderação “A” e
circuito de resposta lenta (slow).
24
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
Exemplo:
Modelo: DEC-430
Marca: INSTRUTERM
Escala: 35 a 100 dB
Exemplo:
Foi utilizado para as avaliações de calor, um conjunto de 3 sondas sendo um Termômetro de Globo,
um Termômetro de Bulbo Seco e um Termômetro de Bulbo Úmido.
25
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
Exemplo:
Modelo: TGD-200
Marca: INSTRUTHERM
Agente químico
Exemplo:
O método de coleta utilizado, foi por meio de um amostrador gravimétrico individual junto à zona
de respiração do operador, utilizando cassete duplo com ciclone M.S.A. A bomba de amostragem
foi afixada na cintura do trabalhador, por meio de um cinto, em posição que não atrapalhou a sua
operação rotineira. O engenheiro responsável pela coleta acompanhou, durante toda a avaliação, o
funcionamento da bomba.
Registrar o tipo de instrumental utilizado, marca, modelo e calibragem, caso não exista o agente
registrar comentário pertinente.
Quando não for necessária a realização das avaliações químicas poderá ser utilizado
o seguinte texto: Tendo por base os quadros desenvolvidos pela American Industrial Hygiene
Association – AIHA, os agentes químicos que eventualmente podem estar presentes nos locais de
trabalho, não constituem mas que, de acordo com a sua frequência e natureza, não constituem
nenhum incômodo e nem risco para a saúde ou integridade física do trabalhador, sendo assim, não
foi necessária a realização de avaliações quantitativas das exposições.
26
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
Agente biológico:
O ideal para todos os tipos de agentes ambientais, para avaliar a exposição de um trabalhador ou
seu grupo (GHE/GHR) é fazer a avaliação pela técnica da medição da exposição, pois a avaliação da
fonte é somente para ter ideia de qual é intensidade de ruído que ela gera enquanto que no ambiente
é uma medição mais voltada para ergonomia – NR17. Para verificar a real exposição de trabalhador
deve ser realizada nele mesmo.
a. Ruído
A dose e o nível de pressão sonora médio (Lavg) deverão ser obtidos por meio de utilização
de audiodosímetro, ou de decibelímetro que deverão receber os seguintes ajustes:
27
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
O empregado portador do dosímetro deverá ser acompanhado durante todo o tempo, não
podendo desviar-se de sua rotina de trabalho.
Exemplo de medição:
b. Agentes químicos
O empregado portador do monitor deverá ser acompanhado durante todo o tempo, não
podendo desviar-se de sua rotina de trabalho.
Exemplo de Medição:
28
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
A avaliação dos agentes deverá considerar as atividades necessárias para quantificar a concentração
ou intensidade por meio de equipamentos e instrumentos compatíveis aos riscos identificados,
utilizando-se de técnicas apropriadas.
A dose e o nível de pressão sonora médio (Lavg) deverão ser obtidos por meio de utilização de
dosímetro, ou de decibelímetro.
O empregado portador do audiodosímetro deverá ser acompanhado durante todo o tempo, não
podendo desviar-se de sua rotina de trabalho.
Os Agentes químicos deverão ser avaliados, por meio de monitores de difusão passiva ou métodos
de amostragem instantânea para avaliação de campo dos empregados.
O empregado portador do monitor deverá ser acompanhado durante todo o tempo, não podendo
desviar-se de sua rotina de trabalho. A metodologia e tempo de amostragem deverão seguir as
Normas da FUNDACENTRO, NIOSH e/ou ACGIH.
Após amostragem, os monitores deverão ser avaliados por laboratórios reconhecidos nacional ou
internacionalmente. Não é recomendado a utilização de tubos colorimétricos para avaliação dos
agentes.
29
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
Quadro RESUMO de quais Metodologias de Avaliações devem ser adotadas por Tipo
de Agente e Equipamentos a serem utilizados
Na metodologia de avaliação dos agentes ambientais, quando necessárias, deverão ser utilizadas
as normas da Fundacentro e da ABNT usadas em Higiene do Trabalho, relacionadas no final deste
documento.
30
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
As medidas preventivas serão obrigatórias sempre que for atingido o nível de ação, incluindo o
monitoramento periódico, informação aos trabalhadores e o controle médico.
31
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
O PPRA será de abrangência e profundidade gradual às características dos riscos e das necessidades
de controle, sendo que nos locais em que não sejam identificados riscos, se limitará ao registro e
divulgação dos dados coletados em campo.
Quando detectada alguma exposição à saúde dos empregados, será comunicado ao Médico do
Trabalho coordenador do PCMSO, para as devidas providências. Da mesma forma, toda vez que
houver suspeita médica com relação à exposição ambiental, o Médico do Trabalho responsável pelo
PCMSO, acionará o técnico responsável pelo PPRA, para as avaliações e sugestões de controles
necessários à eliminação, redução a níveis toleráveis de exposição e/ou aplicação de medidas de
proteção aos empregados.
Deverão ainda serem propostas medidas necessárias e suficientes para a eliminação, minimização
ou controle dos riscos ambientais sempre que for verificada uma ou mais das seguintes situações:
»» quando, após a avaliação quantitativa dos agentes, for constatada exposição acima
dos Níveis de ação, quais sejam: para agentes químicos, metade dos limites de
tolerância; para ruído, a dose de 0,5.
É o valor acima do qual deverão ser iniciadas as medidas preventivas de forma a minimizar
a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites de exposição
previstos na NR – 9:
b. Ruído: Dose de 0.5 (50% de dose) do limite de tolerância previsto para a jornada
de trabalho.
c. Atencao !!!
32
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
3. Utilização de EPI.
As medidas de controle deverão ser previstas no Plano de Ação constante do PPRA, após consenso
com o responsável da instalação.
»» enclausuramento da fonte;
»» modificação de projetos;
GRAU DE
PRIORIDADE DESCRIÇÃO
RISCO
A implantação da medida de controle não é necessária ou manter as medidas já
0e1 Baixa
existentes.
A implantação de medida de controle é necessária, porém a prioridade é baixa. Manter
2 Média
as medidas já existentes.
A implantação de medida de controle é necessária e a prioridade é média,ou a melhoria
3 Alta
das medidas já existe
Medida de controle é necessária e a prioridade é alta. Devem ser adotadas medidas
4 Muito alta
provisórias imediatamente.
Pode-se também usar a Categoria de Risco das Normas de Higiene do Trabalho – NHT’s da
FUNDACENTRO, conforme tabela abaixo:
33
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
Não caberá o enquadramento da atividade como especial se, independentemente da data de emissão,
constar de laudo técnico, e a perícia do INSS acatar que o uso do EPI ou de EPC atenua, reduz,
neutraliza ou confere proteção eficaz ao trabalhador em relação a nocividade do agente, reduzindo
seus efeitos a limites legais de tolerância.
Não haverá reconhecimento de atividade especial nos períodos em que houve a utilização de EPI,
nas condições mencionadas no parágrafo anterior, ainda que a exigência de constar a informação
sobre seu uso nos laudos técnicos tenha sido determinada a partir de 14 de dezembro de 1998, data
da publicação da Lei n.o 9.732, mesmo havendo a constatação de utilização em data anterior a essa.
34
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
O Plano deverá incluir todas as atividades identificadas nas fases de reconhecimento, avaliação ou
definidas como medidas de controle. Os responsáveis e os prazos de cada atividade deverão ser
consensuados com o responsável da instalação.
Devem ser relacionadas em cronograma conforme modelo abaixo, as metas estabelecidas bem como
o planejamento para o cumprimento destas metas.
Para serem elaboradas as metas deve ser formada a matriz de decisão entre danos à Saúde e
intensidade/concentração do risco
35
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
Após definir qual o possível danos à Saúde e a possível intensidade/concentração do risco, deve-se
elaborar a Matriz de decisão conforme tabela abaixo:
Danos à Saúde
Baixa Desprezível Desprezível Moderado Risco grave e iminente
Média Desprezível Tolerável Substancial Risco grave e iminente
Alta Desprezível Tolerável Intolerável Risco grave e iminente
Altíssima Desprezível Tolerável Intolerável Risco grave e iminente
36
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
Com essa Matriz de Decisão deve-se elaborar o Cronograma conforme modelo abaixo.
O documento – base do PPRA deverá ser mantido arquivado no estabelecimento por um período
mínimo de 20 anos, bem como aqueles inerentes ao tema, tais como os Laudos Técnicos de Avaliação
de Riscos Ambientais etc.
O registro de dados deverá estar sempre disponível aos trabalhadores interessados ou seus
representantes e para as autoridades competentes.
Manutenção
A manutenção desse programa segue as bases de normas ISO, isto é, deve ser revisto anualmente
com previsão de novo planejamento, execução, verificação e conserto – Ciclo PDCA – Plan, Do,
Check and Act.
9.2.1.1
Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, uma análise global do
PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento
de novas metas e prioridades.
Divulgação
A divulgação dos dados pode ser feita de diversas maneiras dependendo do porte do estabelecimento,
as mais comuns são:
»» treinamentos específicos;
»» reuniões setoriais;
37
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
»» palestras avulsas.
Deve ser apresentado Certificado de Calibração dos Aparelhos utilizados nas avaliações quantitativas
dos agentes ambientais dentro do prazo de validade da Rede Brasileira de Calibração – RBC que é
de 1 ano.
19. Bibliografia
Devem ser informados todos os documentos, livros, apostilas e outros materiais consultados,
durante a elaboração do PPRA.
Os profissionais responsáveis pela elaboração do PPRA, deverão assinar o documento neste campo
incluindo o número de seu registro no respectivo conselho de classe, além de apresentar a sua
Anotação da Responsabilidade Técnica – ART no CREA.
38
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
“ANEXO A”
Razão social:
Endereço:
39
CAPÍTULO 2
Programa de Condições e Meio
Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção - PCMAT
Introdução
O Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT é
abordado como o PPRA dos canteiros de obra, pois nele se insere a variabilidade e a temporalidade
de sua existência, pois ele somente existe enquanto existir o canteiro de obras e deve ser flexível e
evidente, pois deve prever o comportamento de cada etapa/fase da obra, incluindo a antecipação de
cada risco e as medidas necessárias para a sua mitigação/eliminação.
O PCMAT tem a sua existência jurídica garantida por meio do artigo 200 da Consolidação das Leis
do Trabalho – CLT, já exposto no capítulo 1 do PPRA.
Obrigação
A partir da publicação da NR 18 da Portaria SSST/MTb no 04 de 04 de julho de 1995, os
estabelecimentos cujas atividades estejam enquadrados no Quadro I da NR no 04, com código de
atividades 45 (Construção), e que possuam 20 ou mais empregados, estão obrigados a elaborar e
implementar o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção -
PCMAT, conforme o item 18.3 da aludida norma regulamentadora.
Responsabilidade
É do empregador ou do condomínio de construção a responsabilidade pela elaboração e
implementação do PCMAT.
Elaboração e execução
Diferentemente do PPRA a elaboração e execução do PCMAT devem ser feitas por profissional
legalmente habilitado na área de segurança do trabalho, prioritariamente o engenheiro de segurança
do trabalho.
40
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
Documentos integrantes
O PCMAT deve conter no mínimo os seguintes documentos:
A seguir listaremos alguns tópicos importantes que deverão fazer parte do PCMAT, sempre
lembrando que se trata apenas de sugestões que poderão e deverão ser modificados, desde que
contemplem no mínimo o estabelecido na NR 18 e outras disposições relativas às condições e meio
ambiente de trabalho na indústria da construção, presentes nas legislações federais, estaduais e
municipais.
41
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
Aqui exporemos para os senhores tão somente o documento base de elaboração do PCMAT, pois a
fase 2 é idêntica ao do PPRA e a 3o e 4o fase dependem das avaliações realizadas no canteiro de obras.
A NR 18 tem a falha grave de não especificar claramente quem pode elaborar o PCMAT, resta
somente fazermos interpretação de normas para chegarmos a uma conclusão lógica.
Estrutura do PPRA
O PPRA impresso em papel deve seguir a seguinte ordem:
1 - Capa
Deverá ser utilizada uma folha de papel timbrado da empresa que estiver realizando o trabalho,
contendo o título “Programa de Condições de Meio Ambiente do Trabalho”, o local da obra e data.
2 - Objetivos:
42
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
Contratante: XXXXXXXXXX
XXXXXXXXXX Cidade – UF
XXXXXXXXXXX, 10
XXXXXXXXXXX
Cidade – UF
4 - Responsabilidades
Compete aos profissionais do SESMT elaborar e implementar o PCMAT na obra. Nos casos em que
não sejam obrigados a manter SESMT, um Engenheiro de Segurança do Trabalho deve elaborar
projetos de proteção coletiva,(pois Técnico em Segurança do Trabalho não tem habilitação para
elaborá-lo e não pode elaborar PCMAT). Somente o pode fazer em parceria com um Engenheiro.
5 - Característics da obra:
Tipo de obra: edificação, de uso comercial, destinada XXXXXXXX, terá um área construída de,
aproximadamente, 2.000 m² num único pavimento, XXXXXX.
Funções previstas:
Serra circular de bancada, serra circular manual, esmeril de bancada, máquina policorte,
furadeira de bancada, furadeira elétrica, furadeira, lixadeira manual, fasímetro, gerador, lava-jato,
megômetro, macaco hidráulico, balança vibrador, conjunto oxi-acetilêno, martele pneumático,
compactador, caminhão basculante, caminhão guindaste, caminhão munck, caminhão betoneira,
bomba lança concreto, plataforma hidráulica, plataforma móvel, retro escavadeira, trator de esteira,
mesa para estacas hélice, solda elétrica, guincho velox, pistola vinca pino, guincho hyster, bob cat,
43
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
viradeira, rompedor pneumático, perfuratriz, rosqueadeira, tifor tu–16, máquina de corta juntas,
compressor de empilhadeira, cavalo mecânico, bomba de teste hidráulico, bomba de vácuo hilt,
bomba submersível, andaime tubular, andaime fachadeiro e motoniveladora etc.
6.1 Demolição
6.1.1 Riscos:
6.1.2 Causas:
»» falta de escoramento;
6.2.1 Riscos:
»» queda de trabalhador;
6.2.2 Causas:
44
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
»» não executar serviços no fundo da vala sem o uso e permanência de escada de acesso
adequada;
»» uso de cinto de segurança, em serviços dentro da vala, quando existir risco de queda
acima de 2m de altura. (Exemplo: trabalhos de colocação de formas e ferragens);
6.3.1 Riscos:
»» projeção de partículas;
6.3.2 Causas:
45
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
6.4 Concretagem
6.4.1 Riscos:
6.4.2 Causas:
46
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
»» transporte por giricas, com volume adicionado dentro, sem trasbordamento e com
elas amarradas na prancha do guincho, no transporte.
6.5 Vibrador
6.5.1 Riscos:
»» choque elétrico;
»» vibração excessiva;
6.5.2 Causas:
»» uso obrigatório de bota de PVC e luva de PVC para proteção, bem como de óculos de
proteção para respingos gerados eventualmente.
47
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
6.6 Desforma
6.6.1 Riscos:
6.6.2 Causas:
6.7.1 Riscos:
»» queda de trabalhador.
6.7.2 Causas:
»» ventania;
»» operação inadequada;
48
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
»» falta de sinaleiro;
6.8.1 Riscos:
»» rompimento da mangueira;
49
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
6.8.2 Causas:
»» uso obrigatório de protetor auricular tipo concha e óculos de segurança, bem como
proceder o revezamento na operação, devido à vibração excessiva gerada;
6.9.1 Riscos:
»» queda de pessoas;
»» queda de materiais;
6.9.2 Causas:
»» usar luva de PVC / látex flexível quando da operação de marcação para evitar
contato com cimento / argamassa.
50
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
6.10.1 Riscos:
»» queda de parede;
»» queda de materiais;
»» queda de pessoas;
6.10.2 Causas:
6.11.1 Riscos:
»» transporte de materiais.
6.11.2 Causas:
51
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
Nota: No caso de risco de queda pessoal no assentamento de alvenaria, utilizar cinto de segurança
tipo paraquedista, fixado à estrutura resistente;
Nota: não transportar os blocos de alvenaria em giricas, porque pode provocar acidentes na eventual
queda de blocos e também gerar desperdício do material.
6.12 Taliscamento
6.12.1 Riscos:
6.12.2 Causas:
»» uso obrigatório de luvas de proteção (raspa, látex ou PVC) para proteção das mãos
e óculos de segurança para proteção de eventuais respingos;
6.13.1 Riscos:
6.13.2 Causas:
52
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
»» uso do cinto de segurança tipo páraquedista e/ou luvas de látex ou de PVC e/ou
óculos de segurança, quando necessário.
6.14.1 Riscos:
6.14.2 Causas:
6.15.1 Riscos:
»» queda de trabalhador;
6.15.2 Causas:
»» não fixar bem as peças nas cordas ou cabos de aço, quando içamento;
53
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
»» usar o cinto de segurança com um ou dois cabos Spia e caboguia adequados, quando
necessário;
»» uso de cinto de segurança adequado (tipo de material) para soldador, isto é, as tiras
devem ser resistentes a respingos de solda;
»» liberação dos serviços, antes de iniciar pela manhã, pela Segurança do Trabalho.
6.16.1 Riscos:
»» eletrocussão;
6.16.2 Causas:
54
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
»» somente podem ser realizados serviços nas instalações quando o circuito elétrico
não estiver energizado;
6.17 Impermeabilização
6.17.1 Riscos:
»» queimaduras.
6.17.2 Causas:
»» isolamento de área.
6.18.1 Riscos:
»» projeção de partículas;
»» choque elétrico;
55
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
6.18.2 Causas:
»» proteção das partes inferiores da bancada da serra elétrica, com calha para depósito
do subproduto e também com comando liga/desliga por meio de botoeira (duplo
isolamento).
6.19 Forro
6.19.1 Risco:
»» queda de altura;
6.19.2 Causas:
56
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
6.20.1 Riscos:
»» traspassar superfícies;
»» ruidos excessivos;
6.20.2 Causas:
»» equipamento defeituoso;
»» operação inadequada.
6.21 Pintura
6.21.1 Riscos:
»» queda de altura;
57
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
6.21.2 Causas:
»» não uso de EPI cinto de segurança ou uso incorreto, luva de látex, óculos de
segurança e máscara apropriada, quando necessário;
»» não provocar faísca por impactos entre objetos metálicos ou contra piso de cimento;
6.22.1 Riscos:
58
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
6.22.2 Causas:
»» uso de EPls específicos como luvas de raspa de couro, óculos de segurança, máscara
respiratória;
6.23.1 Riscos:
»» transporte;
»» estocagem;
»» colocação.
6.23.2 Causas:
»» colocação: Durante a colocação a área deve ser isolada; Para as peças maiores, utilizar
pegadores; Após a colocação e até a entrega definitiva, recomendase demarcar com
X cada vidro.
6.24 Limpeza
6.24.1 Riscos:
»» retirada de entulhos;
59
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
»» poeira.
6.24.2 Causas:
»» problemas respiratórios.
Eventuais riscos verificados no andamento das atividades específicas nas fases de execução da obra,
e não apontados no presente documento, será passível de A.P.R. complementar (como adendo).
»» Isolamento de área
»» Máquinas e equipamentos
»» Instalações elétricas
Os demais itens e/ou informações complementares vide nas Ordens de serviços as quais encontramse
em Anexo a este PCMAT.
60
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
7.1.1.1 Sistema de guarda corpo e rodapé, deve atender aos seguintes requisitos:
a. ser construído com altura de 1,20m (um metro e vinte centímetros) para travessão
superior e 0,70 (setenta centímetros) para o travessão intermediário;
Consideracões:
Os guardas corpos podem ser de madeira e/ou metálicos e devem resistir a ur esforço de 150 kgm/
linear.
a. ser construída com altura de 1,20m (um metro e vinte centímetros) para o
travessão superior e 0,70m (setenta centímetros) para o travessão intermediário;
61
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
c. ter vãos entre travessas preenchidos com tela ou outro dispositivo que garanta o
fechamento seguro da abertura.
»» a plataforma deve ser instalada logo após a concretagem da laje a que se refere e
retirada, somente, quando o revestimento externo do prédio acima dessa plataforma
estiver concluído;acima e a partir da plataforma principal de proteção devem ser
instaladas, também, plataformas secundárias de proteção, em balanço, de 3 (três)
em 3 (três) lajes;
»» essas plataformas devem ter, no mínimo, 1,40m (um metro e quarenta centímetros)
de balanço e um complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de extensão, com
inclinação de 45o (quarenta e cinco graus), a partir de sua extremidade;
»» cada plataforma deve ser instalada logo após a concretagem da laje a que se refere e
retirada, somente, quando a vedação da periferia, até a plataforma imediatamente
superior, estiver concluída;na construção de edifícios com pavimentos no subsolo,
devem ser instaladas, ainda, plataformas terciárias de proteção, de 2 (duas) em 2
(duas) lajes, contadas em direção ao subsolo e a partir da laje referente à instalação
da plataforma principal de proteção;
»» essas plataformas devem ter, no mínimo, 2,20m (dois metros e vinte centímetros)
de projeção horizontal da face externa da construção e um complemento de 0,80m
(oitenta centímetros) de extensão, com inclinação de 45o (quarenta e cinco graus),
a partir de sua extremidade, devendo atender, igualmente, ao disposto no subitem
18.13.7.2;
62
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
Todos os EPC adotados serão executados para garantir a integridade física dos trabalhadores, dos
visitantes e tercerizados em geral, dentro das exigências normativas da NR-18. Os EPC devem ser
inspecionados periodicamente para garantir sua segurança.
Deve resistir a um esforço horizontal linear de 150 kg/m. Os guarda corpos também podem ser
metálicos desde que resistam ao esforço acima mencinado. Segue abaixo alguns exemplos:
63
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
Em vãos abertos
64
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
As aberturas no piso devem ter fechamento provisório, exceto de utilizados para transporte vertical
de materiais e equipamentos, quando devem ser protegidos por guarda-corpo ou outros dispositivos
de segurança.
A plataforma principal deve ser colocada em edifícios com mais de 4 pavimentos, ou altura
equivalente, na primeira laje que esteja um pé-direito acima do terreno. Deve ser em todo o
perímetro da edificação.
Esta plataforma só deve ser retirada após ser concluído o revestimento externo do prédio. Acima
da plataforma principal devem ser instaladas plataformas secundárias, em balanço de 3 em 3 lajes.
65
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
A plataforma secundária pode ser retirada quando a vedação da periferia superior a ela estiver
concluída. Em galpões industriais durante a execução da cobertura, podem ser utilizadas redes de
proteção com demonstrado abaixo.
Nas construções com mais de dois pavimentos acima do nível do meio fio, executadas no alinhamento
do logradouro, devem ser construídas galerias sobre o passeio, as bordas da cobertura da galeria
deve possuir tapume fechado com altura, no mínimo, de 1,00 m (um metro) e inclinação de 45o
(quarenta e cinco graus).
Todo o perímetro de construção de edifício, além do disposto acima, deve ser fechado com tela, ou
proteção similar, a partir de 11a. (décima primeira) laje. A tela deve ser de arame padronizado, rede
de nylon ou outro material de igual resistência e ter malha de 0,03 m (três centímetros) no máximo.
A tela deve ser instalada na vertical, 1,40 m (um metro e quarenta centímetros) de face externa da
construção, fixados às plataformas de proteção, imediatamente após a instalação da plataforma
superior, e retirada, somente, quando a vedação da objetivos periferia até esta plataforma estiver
concluída.
As plataformas de proteção devem ser mantidas sem sobrecargas que prejudiquem a estabilidade
de suas estruturas e podem ser substituídas por vedação fixa externa em toda a altura da construção
(andaimes fachadeiros).
66
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
»» capacete de segurança;
»» botina de couro.
8.2 Eletricistas (até 440V) ½ Oficial de Eletricista / Cabista são obrigados a utilizar:
»» capacete de segurança;
»» óculos de segurança;
8.3 Encarregados de Campo / Enc. Mecânica / Enc. Montagem são obrigados a utilizar:
»» capacete de segurança;
»» botina de couro;
»» óculos de maçariqueiro;
67
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
»» avental de raspa.
»» luvas de raspa;
»» mangas de raspa;
»» perneiras de raspa;
»» uniforme.
»» capacete de segurança;
»» botina de couro;
»» apito.
»» capacete de segurança;
»» botina de couro;
»» capacete de segurança;
»» botina de couro;
»» óculos de segurança;
»» capacete de segurança;
68
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
»» botina de couro;
»» óculos de segurança;
»» capacete de segurança;
»» botina de couro;
»» óculos de segurança;
Nota: O carpinteiro que atuar como operador de serra circular deverá usar também:
»» protetor facial;
»» avental de raspa.
»» capacete de segurança;
»» botina de couro;
»» óculos de segurança;
»» luvas de látex;
»» luvas de PVC;
69
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
»» capacete de segurança;
»» botina de couro;
»» óculos de segurança;
»» luva de raspa;
Nota: O armador que for trabalhar na bancada de armação deve usar também:
»» avental de raspa.
»» capacete de segurança;
»» botina de couro;
»» óculos de segurança;
»» luvas de raspa;
»» luvas de PVC;
»» capacete de segurança;
»» botina de couro;
70
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
»» óculos de segurança;
»» luvas de látex;
»» luvas de PVC.
»» capacete de segurança;
»» botina de couro;
»» óculos de segurança;
»» capacete de segurança;
»» botina de couro;
»» óculos de segurança;
»» capacete de segurança;
»» botina de couro;
71
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
A seguir consta recomendações para funções e atividades específicas que mereçam atenção especial.
»» botinas de couro;
»» avental de raspa.
»» capacete de segurança;
»» óculos de segurança;
72
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
9.2.3 Uniforme:
O funcionário deve ser qualificado, isto é, possuir curso ministrado por instituições privadas ou
públicas, desde que conduzido por profissional habilitado.
»» botinas de couro.
9.3.3 Uniforme:
»» capacete de segurança;
»» botas de PVC;
9.4.2 Uniforme:
73
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
9.5.2 Uniforme:
9.6 Soldador
»» mangas de raspa;
9.6.3 Uniforme:
74
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
»» capacete de segurança
»» botina de couro.
9.7.3 Uniforme:
»» capacete;
»» botina de couro;
9.8.2 Uniforme:
10.1 Definição
O PPRA é um programa que visa à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, por meio
da antecipação, reconhecimento, avaliação e, consequentemente, controle da ocorrência de riscos
ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a
proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
Devem ser reconhecidas condições que por sua natureza ou método de trabalho exponham o
trabalhador a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza,
intensidade / concentração do agente e do tempo de exposição.
75
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
Na construção Civil, podemos reconhecer os riscos existente no ambiente de acordo com os serviços
realizados no local.
»» Ruído
76
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
»» Vibrações:
»» Radiações não lonizantes: solda (UV), trabalho a céu aberto (IR e UV).
»» Eletricidade
77
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
»» Animais peçonhentos
»» Mensalmente
»» Chefe de Obra
11.1 Treinamento:
78
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
O local a ser utilizado será o refeitório da obra. Os Recursos Audiovisuais disponíveis para os
treinamentos: Flip chart, TV, Vídeo e cassete.
12.1 Dimensionamento:
12.2 Croquis
A seguir consta os croquis ilustrativos dos principais assuntos das áreas de vivência.
79
CAPÍTULO 3
Mapa de risco
Introdução
Mapa de Risco é uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de
trabalho (sobre a planta baixa da empresa, podendo ser completo ou setorial), capazes de acarretar
prejuízos à saúde dos trabalhadores: acidentes e doenças de trabalho.
Tais fatores têm origem nos diversos elementos do processo de trabalho (materiais, equipamentos,
instalações, suprimentos e espaços de trabalho) e a forma de organização do trabalho (arranjo
físico, ritmo de trabalho, método de trabalho, postura de trabalho, jornada de trabalho, turnos de
trabalho, treinamento etc.)”.
Etapas de elaboração:
a. conhecer o processo de trabalho no local analisado:
»» as atividades exercidas;
»» o ambiente.
80
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
»» repetividade, ritmo excessivo que deve ser anotada também dentro do círculo;
Após discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial, deverá ser afixado em
cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso para os trabalhadores.
Classificação de riscos
Classificam-se os principais riscos ocupacionais em grupos, de acordo com a sua natureza e a
padronização das cores correspondentes.
81
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
Requisitos
A NR 05 estabelece em linhas gerais como se pretende que o Mapa de Riscos seja feito. Para isso a
CIPA terá de assumir certas atribuições específicas. Das informações necessárias à elaboração do
mapa, muitas já devem estar registradas em atas de reunião ou em outros documentos produzidos
pela Comissão.
A estrutura gráfica do mapa deve um layout da empresa. Isso se torna inviável se a empresa tiver
uma área muito grande, sendo preferível, nesse caso, dividir a área em setores específicos a fazer
um mapa para cada um. Para esse layout, basta uma planta baixa em que possam ser identificados
os locais dos riscos. Os riscos devem ser representados no mapa por meio de cores, de acordo com
a Tabela I, em círculos que devem, ser proporcionais à intensidade.
Como não há fórmula definida para calcular a proporcionalidade proposta, ela pode ser estipulada
pelos elaboradores do mapa. As anotações de todas as informações propostas pelo anexo IV dentro
dos círculos, só poderão ser feitas com o auxílio do recurso de legendas, o que é lícito do ponto de
vista informativo e atinge aos objetivos do mapa.
82
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
»» se estudaram, não foi com vistas à identificação desses agentes de riscos nos
ambientes de trabalho;
Caso não existam dados comprovados por pesquisa ambiental, os que forem afixados no mapa
devem levar a observação provisória.
83
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
Os riscos ergonômicos e mecânicos não são facilmente mensuráveis por meios científicos; podem,
no entanto, ser quantificáveis em razão da incidência na área e avaliável pela experiência ou
informações estatísticas.
Parâmetros
Como não se tem uma definição dos tamanhos e formas de apresentação gráfica dos riscos, definimos
aqui um critério dentro de uma certa coerência.
Elaboração do mapa
Conhecer o processo de trabalho no local analisado:
›› as atividades exercidas;
›› o ambiente.
84
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
Classificados os agentes de riscos, pode-se começar a organizar o mapa. É necessário cuidar para
evitar confusão na classificação dos agentes e definição dos símbolos - tamanho e cor dos círculos.
Setor / Área:
N no
o
Localização Descrição resumida Observações Agente Código
mapa dos agentes
P M G
Para facilitar o preparo e a disposição dos símbolos, pode ser usado um formulário para o resumo
dos agentes de riscos levantados.
85
unidAdE úniCA │ PrEVEnção dE ACidEntES
» Completando o resumo dos riscos levantados já se tem ideia de como o mapa, sobre
uma planta baixa ou um esboço da área, em tamanho suficiente para distribuição
dos círculos-códigos.
» Para melhor informar os empregados, deve constar no mapa o risco a que cada
código (círculo) corresponde. A forma de indicar fica à escolha da CIPA.
» A localização no setor também é importante, o mapa deve ser instalada onde possa
ser facilmente visto e os empregados possam parar para observá-lo.
» O mapa pode ser um painel de madeira, ou até uma simples folha de papel, desde
que cumpra o seu objetivo de bem informar e instruir.
86
PrEVEnção dE ACidEntES │ unidAdE úniCA
Administrando o mapa
Para melhor administrar o mapa de riscos, convém consolidar todas as informações num único
relativo, no qual deverá constar os riscos, os problemas que eles ocasionam ou que poderão vir a
ocasionar e as recomendações propostas. Um modelo para esse tipo de relatório é aqui mostrado. A
CIPA, em conjunto ou não com o SESMT, poderá adaptá-lo, se for o caso, criar um novo desde que
atenda a sua finalidade.
É importante que seja mantido algum tipo de registro dos riscos expostos no mapa, para que possam
ser administrativos.
O relatório poderá ser exposto ao lado do mapa para melhor informar os empregados sobre os riscos
das suas áreas de trabalho, atividades, as recomendações.
O relatório servirá também para manter o empregado informado sobre os resultados dessa atividade
da CIPA e dos pontos a serem melhorados no ambiente de trabalho, do ponto de vista da segurança
e da saúde dos trabalhadores.
É recomendável que o mapa e o relatório sejam atualizados à medida que as condições apontadas
no mapa sofram alterações.
87
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
Setor / Área:
Data:___/___/____
No no Localização Descrição resumida Observações Agente Código
mapa dos agentes P M G
88
CAPÍTULO 4
Laudo Técnico de Condições
Ambientais do Trabalho – LTCAT
Introdução
O Perfil Profissiográfico Previdenciário, mais conhecido como PPP, constitui-se em um documento
histórico-laboral do trabalhador que reúne, entre outras informações, dados administrativos,
registros ambientais e resultados de monitoração biológica, durante todo o período em que este
exerceu suas atividades.
Esse documento deverá ser elaborado pela empresa, de forma individualizada para seus empregados,
trabalhadores avulso e cooperados, que laborem expostos a agentes nocivos. É obrigatório o
fornecimento do PPP ao trabalhador.
O PPP serve para assegurar ao trabalhador o benefício de Aposentadoria Especial a que tem direito
quando tiver trabalhado em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física
durante 15, 20 ou 25 anos, de acordo com o nível de exposição a agentes nocivos. Isso deve ser
comprovado por demonstrações ambientais, podendo ser usado os seguintes documentos:
89
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
O LTCAT deve ser elaborado a cargo de médico ou engenheiro do Trabalho, registrado no Ministério
do Trabalho e Emprego. Nesse laudo deve constar:
a. dados da empresa;
b. setor de trabalho, descrição dos locais e dos serviços realizados em cada setor;
Por esses motivos o Laudo Técnico não tem um período fixo de validade, ele serve como um Raio –
X, especificando a situação atual do trabalhador, mas devendo ser permanentemente atualizado se
as condições do ambiente de trabalho deste se modificarem.
O LTCAT não é um programa, mas um laudo assim ele deve descrever a situação encontrada na
empresa e não tem que propor medidas corretivas, mas deve ser conclusivo sobre quem deve fazer
jus à aposentadoria especial.
90
CAPÍTULO 5
Laudo de insalubridade e laudo de
periculosidade
Introdução
Insalubridade, em termos laborais, significa “o ambiente de trabalho hostil à saúde, pela presença
de agentes agressivos ao organismo do trabalhador, acima dos limites de tolerância permitidos
pelas normas técnicas. O artigo 189 da Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT, estabelece que:
91
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
1 - Identificação
4 - Análise qualitativa
92
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
5 - Análise quantitativa
6 - Conclusão
Contudo o item “4.4 – Tempo de Exposição ao Risco”, apesar de ser bastante elucidativo, não
pode ser mencionado por não ter valor legal. Assim, com relação ao tempo de exposição é melhor
considerar o exposto a seguir.
93
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
Profissionais que trabalham em empresas, que prestam serviços a empresas ou são Assistentes
Técnicos de Reclamadas em Reclamações Trabalhistas tem uma visão diferente daqueles que
trabalham para Sindicatos de Trabalhadores ou Reclamantes em Ações Judiciais.
Sabendo que Peritos Judiciais, devem ser imparciais, então, na Justiça do Trabalho,o tempo de
exposição, para conseguir o devido embasamento legal com o rigor técnico que cada situação sob
análise enseja, deve ser seguido do pensamento do Engenheiro de Segurança do Trabalho Sr. André
Lopes Netto, ex-Presidente da Sociedade Brasileira de Engenharia de Segurança do Trabalho, a
SOBES:
“...há que se analisar cada situação, em particular, e discernir com bom - senso
o verdadeiro sentido das expressões para poder correlacioná-las com o espírito
do diploma legal.”
O Engenheiro André Lopes Netto em entrevista publicada na Revista CIPA, no 319, mencionou:
O item 4.4 da Portaria no 3.311/1989 pode ser utilizado como norte e somente nos casos de
insalubridade, pois existe uma diferença muito grande entre tempo de exposição para periculosidade
e insalubridade. Na periculosidade, numa eventualidade, pode haver um sinistro e um trabalhador
vir a perder a vida enquanto que para a insalubridade é mais difícil de um acontecimento incerto vir
a prejudicar a sua vida. Assim como o próprio André Lopes menciona, há de se analisar cada caso.
Insalubridade
Após as devidas definições, no item 4 e 5 do Laudo de Insalubridade devem constar quais os agentes
podem causar a insalubridade e diante disso o tipo de avaliação, pois serão consideradas atividades
ou operações insalubres as que se desenvolvem.
94
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
13 (Agentes Químicos);
14 (Agentes Biológicos).
8 (Vibrações);
9 (Frio);
10 (Umidade).
Nesses casos, há uma discussão se o uso de EPIs pode neutralizar o risco, digo neutralizar porque
eliminar não há possibilidade, pois o risco existe.
Fica claro que eliminar o agente insalubre é adotar medidas de proteção coletiva, conservando o
ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância. Não é por outra razão que, a NR-6 da Portaria
no 3124/1978, condiciona o fornecimento do EPI a três circunstâncias:
Enquanto não for eliminado, é evidente que o agente insalubre continua acima do limite de
tolerância. Então é que se justifica a utilização de EPI, desde que:
95
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES
c. torne- se, ao invés de uma medida definitiva, uma forma provisória de amenizar o
problema da insalubridade, não eximindo a empresa da obrigatoriedade legal de
eliminar o agente insalubre com medidas de proteção coletiva.
Assim deve-se considerar que o empregador tem a obrigação não só de fornecer e realizar o
treinamento, mas também de fiscalizar o uso do EPI conforme o item 6.6.1 da NR-6 – Equipamento
de Proteção Individual - EPI:
Como já informado:
“...há que se analisar cada situação em particular e discernir com bom senso o
verdadeiro sentido das expressões para poder correlacioná-las com o espírito
do diploma legal.”
Periculosidade
Quanto à periculosidade, o artigo 193 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT define que
somente poderá existir nas atividades e operações que impliquem contato permanente e com risco
acentuado com inflamáveis e explosivos. In verbis:
96
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única
Em todos esses casos existem as atividades e respectivas áreas de risco para enquadramento da
tarefa do trabalhador como perigosa, vejamos:
Inflamáveis
Definição de inflamáveis na NR-20, in verbis:
20.3 Definições
20.3.1 Líquidos inflamáveis: são líquidos que possuem ponto de fulgor ≤ 60o C.
20.3.3 Líquidos combustíveis: são líquidos com ponto de fulgor > 60o C e ≤
93o C
20.3.1 Para efeito desta Norma Regulamentadora, fica definido como Gás
Liquefeito de Petróleo - GLP o produto constituído, predominantemente, pelo
hidrocarboneto propano, propeno, butano e buteno.
As possíveis Atividades e Operações perigosas definidas no NR – 16, isto é, com RISCO ACENTUADO,
estão descritas no item 1 do Anexo I, nos itens 1 e 3 do Anexo II dessa NR, in verbis:
97
ANEXO 2
Atividades e operações perigosas com
inflamáveis
c. Nos postos de reabastecimento de aeronaves. Todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam
na área de risco.
d. Nos locais de carregamento de navios-tanques, vagões-tanques e Todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam
caminhões-tanques e enchimento de vasilhames, com inflamáveis na área de risco.
líquidos ou gasosos liquefeitos.
e. Nos locais de descarga de navios-tanques, vagões-tanques e Todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam
caminhões-tanques com inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos ou na área de risco
de vasilhames vazios não-desgaseificados ou decantados.
f. Nos serviços de operações e manutenção de navios-tanque, vagões- Todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam
tanques, caminhões-tanques, bombas e vasilhames, com inflamáveis na área de risco.
líquidos ou gasosos liquefeitos, ou vazios não-desgaseificados ou
decantados.
g. Nas operações de desgaseificação, decantação e reparos de Todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam
vasilhames não-desgaseificados ou decantados. na área de risco.
h. Nas operações de testes de aparelhos de consumo do gás e seus Todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam
equipamentos. na área de risco.
i. No transporte de inflamáveis líquidos e gasosos liquefeitos em Motorista e ajudantes.
caminhão-tanque.
j. No transporte de vasilhames (em caminhões de carga), contendo Motorista e ajudantes
inflamável líquido, em quantidade total igual ou superior a 200 litros,
quando não observado o disposto nos subitens 4.1 e 4.2 deste
anexo.
l. No transporte de vasilhames (em carreta ou caminhão de carga), Motorista e ajudantes.
contendo inflamável gasosos e líquido, em quantidade total igual ou
superior a 135 quilos.
m. Nas operação em postos de serviço e bombas de abastecimento de Operador de bomba e trabalhadores que operam na área
inflamáveis líquidos. de risco.
98
│ Anexo
l Enchimento de vasilhames com inflamáveis líquidos, em locais abertos. Círculo com raio de 7,5 metros com centro nos bicos de
enchimento.
m Enchimento de vasilhames com inflamáveis líquidos, em recinto fechado. Toda a área interna do recinto.
n Manutenção de viaturas-tanques, bombas e vasilhames que continham Local de operação, acrescido de faixa de 7,5 metros de
inflamável líquido. largura em torno dos seus pontos externos.
o Desgaseificação, decantação e reparos de vasilhames não Local da operação, acrescido de faixa de 7,5 metros de
desgaseificados ou decantados, utilizados no transporte de inflamáveis. largura em torno dos seus pontos externos.
p Testes em aparelhos de consumo de gás e seus equipamentos. Local da operação, acrescido de faixa de 7,5 metros de
largura em torno dos seus pontos extremos.
q Abastecimento de inflamáveis Toda a área de operação, abrangendo, no mínimo,
círculo com raio de 7,5 metros com centro no ponto de
abastecimento e o círculo com raio de 7,5 metros com
centro na bomba de abastecimento da viatura e faixa de 7,5
metros de largura para ambos os lados da máquina.
r Armazenamento de vasilhames que contenham inflamáveis líquidos ou Faixa de 3 metros de largura em torno dos seus pontos
vazios não desgaseificados ou decantados, em locais abertos. externos.
s Armazenamento de vasilhames que contenham inflamáveis líquidos ou Toda a área interna do recinto.
vazios não desgaseificados, ou decantados, em recinto fechado.
t Carga e descarga de vasilhames contendo inflamáveis líquidos ou Afastamento de 3 metros da beira do cais, durante a
vasilhames vazios não desgaseificados ou decantados, transportados pôr operação, com extensão correspondente ao comprimento da
navios, chatas ou batelões. embarcação.
Se o Autor tiver executado tarefas enquadradas nas hipóteses acima descriminadas, de modo
permanente ou intermitente, poderá fazer jus ao adicional de 30% sobre o salário, desde que
atendido ao tempo de exposição definido no Art.193 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.
99
Anexo │
Embalagens Simples
Grupo de Grupo de Grupo de
Embalagens* I Embalagens* lI Embalagens* III
Tambores
Aço, tampa não removível. 250L
Aço, tampa removível. 250L
Alumínio, tampa não removível. 250L
Alumínio, tampa removível 250L
450L 450L
Outros metais, tampa não removível. 250L
Outros metais, tampa removível. 250L
Plástico, tampa não removível. 250L
Plástico, tampa removível. 250L
Bombonas
Aço, tampa não removível. 60 L
Aço, tampa removível. 60 L**
Alumínio, tampa não removível. 60 L
Alumínio, tampa removível. 60 L**
60 L 60 L
Outros metais, tampa não removível. 60 L
Outros metais, tampa removível. 60 L**
Plástico, tampa não removível. 60 L
Plástico, tampa removível 60 L**
* Conforme definições NBR 11564 - ABNT.
** Somente para substâncias com viscosidade maior que 200 mm2 /seg.
100
│ Anexo
Explosivos
As possíveis atividades e operações perigosas definidas no NR – 16, isto é, com RISCO ACENTUADO,
estão descritas no item 1 do Anexo I, dessa NR, in verbis:
Para o Enquadramento Legal deve haver atividade em área de risco de modo permanente/
intermitente, isto é, não eventual conforme quadro do Anexo da NR16.
Radiação ionizante
As possíveis Atividades e Operações perigosas definidas no NR – 16, isto é, com RISCO ACENTUADO,
estão descritas no Anexo dessa NR inserido pela Portaria GM no 518/2003.
101
Anexo │
2.1 Montagem, instalação, substituição e inspeção de Instalações de tratamento e estocagem de rejeitos radioativos.
elementos combustíveis.
102
│ Anexo
2.6 Segregação, manuseio, tratamento, acondicionamento e Coletas de materiais e peças radioativas, materiais contaminados com
armazenamento de rejeitos radioativos. radioisótopos e águas radioativas.
3 - Atividades de operação e manutenção de aceleradores de
Áreas de irradiação de alvos.
partículas, incluindo:
103
Anexo │
Para o Enquadramento Legal deve haver atividade em área de risco de modo permanente/
intermitente, isto é, não eventual conforme quadro do Anexo da NR16.
Energia elétrica
No caso de energia elétrica, o Decreto no 93.412, de 14/10/1986 regulamentou a Lei no 7.369, de 20
de setembro de 1985, instituindo salário adicional para empregados do setor de energia elétrica, em
condições de periculosidade, vejamos:
Todavia, o Enunciado 361 - TST definiu que o empregado com ao tempo de exposição intermitente
a eletricidade tem direito ao adicional de periculosidade integral, in verbis:
Para o Enquadramento Legal deve haver atividade em área de risco de modo permanente/
intermitente, isto é, não eventual conforme quadro do Decreto no 93.412/1986:
104
│ Anexo
105
Anexo │
4. Atividades de construção, operação e manutenção nas usinas, unidades geradoras, 4. Pontos de medição e cabinas de distribuição,
subestações, e cabinas de distribuição em operações, integrantes de sistema de potência, inclusive de consumidores.
energizado ou desenergizado com possibilidade de voltar a funcionar ou energizar-se
- Salas de controle, casa de máquinas, barragens de
acidentalmente ou por falha operacional, incluindo:
usinas e unidades de geradoras.
4.1. Montagem, desmontagem, operação e conservação de: medidores, relês, chaves,
- Pátios e salas de operações de subestações,
disjuntores, e religadores, caixas de controle, cabos de força, cabos de controle,
inclusive consumidoras.
barramentos, baterias e carregadores, transformadores, sistemas antiincêndio e de
resfriamento, bancos de capacitores, reatores, reguladores, equipamentos eletrônicos,
eletrônicos mecânicos e eletroeletrônicos, painéis, pára-raios, área de circulação, estruturas-
suporte e demais instalações e equipamentos elétricos.
4.2. Construção de: valas de dutos, canaletas bases de equipamentos, estruturas, condutos
e demais instalações.
4.3. Serviços de limpeza, pintura e sinalização de instalações e equipamentos elétricos.
4.4. Ensaios testes, medições, supervisão, fiscalização e levantamentos de circuitos e
equipamentos elétricos, eletrônicos de telecomunicações e telecontrole.
5. Atividades de treinamento em equipamentos ou instalações energizadas, ou 5. Todas as áreas descritas nos itens anteriores.
desenergizadas mas com possibilidade de energização acidental ou por falha operacional.
O item 3.342 da Norma Brasileira NBR5460 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT
define o Sistema Elétrico de Potência – SEP (geração, transmissão e distribuição de energia
elétrica) descrito acima, in verbis:
106
Para (não) Finalizar
Estes documentos são a expressão concreta da ação do engenheiro de segurança do trabalho, é
a parte mais visível de seu trabalho frente a empresa ou ao seu empregador, e é por meio destes
que o engenheiro de segurança planeja as suas atividades e ações, e avalia a sua eficiência como
profissional. Mas como mostrado aqui, estes documentos tem a casca como receita de bolo, mas o
seu conteúdo necessita cada vez mais experiência e estudos e vivencia na pratica da segurança, pois
o incremento do conhecimento e da experiência de vida refletem nos documentos produzidos e na
eficácia dele como política de segurança do trabalho.
A partir daqui os senhores, já como futuros engenheiros de segurança do trabalho, partem com
suas pernas possuindo os subsídios iniciais para a pratica da segurança do trabalho, a manutenção
e a pratica do estudo constante, é regra do profissional e segurança que quer estar sempre
correspondendo com as demandas das atividades econômicas.
Boa Sorte.
107
Referências
Brasil, Ministério do Trabalho e Emprego – Normas Regulamentadoras no 09 – Brasília – 2012
www.areaseg.com/
www.fea.unicamp.br/adm/cipa/mapa_risco
www.btu.unesp.br/cipa/mapaderisco.htm
www.cipa.unidavi.edu.br/
108