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Documentação para a Engenharia de

Segurança do Trabalho

Brasília-DF.
Elaboração

Paulo Celso dos Reis Gomes


Luiz Roberto Pires Domingues Junior
Guilherme Rios Dias

Produção

Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração


Sumário

Apresentação................................................................................................................................... 4

Organização do Caderno de Estudos e Pesquisa...................................................................... 5

Introdução...................................................................................................................................... 7

Unidade única
pREVENÇÃO DE ACIDENTES.................................................................................................................. 9

Capítulo 1
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA..................................................... 9

CAPÍTULO 2
Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria
da Construção - PCMAT.................................................................................................... 40

CAPÍTULO 3
Mapa de risco.................................................................................................................... 80

CAPÍTULO 4
Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho – LTCAT..................................... 89

CAPÍTULO 5
Laudo de Insalubridade e Laudo de Periculosidade....................................................... 91

ANEXO 2
Atividades e operações perigosas com inflamáveis................................................................... 98

Para (não) Finalizar..................................................................................................................... 107

Referências................................................................................................................................... 108
Apresentação
Caro aluno

A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se entendem
necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. Caracteriza-se pela
atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela interatividade e modernidade
de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da Educação a Distância – EaD.

Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos conhecimentos
a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da área e atuar de forma
competente e conscienciosa, como convém ao profissional que busca a formação continuada para
vencer os desafios que a evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.

Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo a facilitar
sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na profissional. Utilize-a
como instrumento para seu sucesso na carreira.

Conselho Editorial

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organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em capítulos, de
forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões
para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar sua leitura mais agradável. Ao
final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para aprofundar os estudos com leituras e
pesquisas complementares.

A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de Estudos
e Pesquisa.

Provocação

Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.

Para refletir

Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.

Sugestão de estudo complementar

Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo,


discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.

Praticando

Sugestão de atividades, no decorrer das leituras, com o objetivo didático de fortalecer


o processo de aprendizagem do aluno.

Atenção

Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a


síntese/conclusão do assunto abordado.

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Saiba mais

Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões


sobre o assunto abordado.

Sintetizando

Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o


entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.

Exercício de fixação

Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).

Avaliação Final

Questionário com 10 questões objetivas, baseadas nos objetivos do curso,


que visam verificar a aprendizagem do curso (há registro de menção). É a única
atividade do curso que vale nota, ou seja, é a atividade que o aluno fará para saber
se pode ou não receber a certificação.

Para (não) finalizar

Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem


ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.

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Introdução

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pREVENÇÃO DE Unidade única
ACIDENTES

Capítulo 1
Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais – PPRA

Introdução
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) é como o próprio nome diz
um programa que tem como meta promover a manutenção da saúde dos trabalhadores de um
determinado local, tanto no seu aspecto físico, como mental e cognitivo. O PPRA é elaborado por meio
da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle de riscos ambientais existentes
ou potenciais em função do modo de produção adotado pela empresa, abarcando, inclusive, a esfera
da proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.

O PPRA tem a sua existência juridica garantida por meio dos artigos 176 a 178 e 200 da Consolidação
das Leis do Trabalho – CLT, exposto assim in verbis:

Art. 176. Os locais de trabalho deverão ter ventilação natural, compatível com
o serviço realizado.

Parágrafo único. A ventilação artificial será obrigatória sempre que a natural


não preencha as condições de conforto térmico.

Art. 177. Se as condições de ambiente se tornarem desconfortáveis, em virtude


de instalações geradoras de frio ou de calor, será obrigatório o uso de vestimenta
adequada para o trabalho em tais condições ou de capelas, anteparos, paredes
duplas, isolamento térmico e recursos similares, de forma que os empregados
fiquem protegidos contra as radiações térmicas.

Art. 178. As condições de conforto térmico dos locais de trabalho devem ser
mantidas dentro dos limites fixados pelo Ministério do Trabalho.

...

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UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Art. 200. Cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer disposições


complementares às normas de que trata este Capítulo, tendo em vista as
peculiaridades de cada atividade ou setor de trabalho, especialmente sobre:

I - medidas de prevenção de acidentes e os equipamentos de proteção individual


em obras de construção, demolição ou reparos;

II - depósitos, armazenagem e manuseio de combustíveis, inflamáveis e


explosivos, bem como trânsito e permanência nas áreas respectivas;

III - trabalho em escavações, túneis, galerias, minas e pedreiras, sobretudo


quanto à prevenção de explosões, incêndios, desmoronamentos e
soterramentos, eliminação de poeiras, gases etc., e facilidades de rápida saída
dos empregados;

IV - proteção contra incêndio em geral e as medidas preventivas adequadas,


com exigências ao especial revestimento de portas e paredes, construção de
paredes contra fogo, diques e outros anteparos, assim como garantia geral
de fácil circulação, corredores de acesso e saídas amplas e protegidas, com
suficiente sinalização;

V - proteção contra insolação, calor, frio, umidade e ventos, sobretudo no


trabalho a céu aberto, com provisão, quanto a este, de água potável, alojamento
e profilaxia de endemias;

VI - proteção do trabalhador exposto a substâncias químicas nocivas,


radiações ionizantes e não-ionizantes, ruídos, vibrações e trepidações ou
pressões anormais ao ambiente de trabalho, com especificação das medidas
cabíveis para eliminação ou atenuação desses efeitos, limites máximos quanto
ao tempo de exposição, à intensidade da ação ou de seus efeitos sobre o
organismo do trabalhador, exames médicos obrigatórios, limites de idade,
controle permanente dos locais de trabalho e das demais exigências que se
façam necessárias;

VII - higiene nos locais de trabalho, com discriminação das exigências,


instalações sanitárias, com separação de sexos, chuveiros, lavatórios, vestiários
e armários individuais, refeitórios ou condições de conforto por ocasião das
refeições, fornecimento de água potável, condições de limpeza dos locais de
trabalho e modo de sua execução, tratamento de resíduos industriais;

VIII - emprego das cores nos locais de trabalho, inclusive nas sinalizações de
perigo.

Parágrafo único. Tratando-se de radiações ionizantes e explosivos, as normas a


que se refere este artigo serão expedidas de acordo com as resoluções a respeito
adotadas pelo órgão técnico.

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pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

Não obstante a Constituição Federal em seu artigo 7o inciso XXII, garante ao trabalhador o exercício
do trabalho dentro de condições mínimas de segurança e saúde, in verbis:

Constituição Federal de 1988

Art. 7o São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:

...

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;

E o PPRA também tem amparo nas Convenções 148 e 155 da Organização Internacional do Trabalho.

Assim a política de prevenção de riscos ambientais está orientada por meio da Norma
Regulamentadora no 09, emitida pelo Ministério do Trabalho e Emprego no ano de 1994, e que
apesar de ser um normativo legal de cunho infra legal, possui como foi visto anteriormente em
determinante legal e constitucional.

O PPRA é obrigatório para todos os estabelecimentos que possuam Cadastro Nacional de Pessoa
Jurídica e tenham empregados contratados sob regime da CLT.

O PPRA, é composto por um documento-base no qual se faz o registro de cada uma das ações
necessarias ao seu desenvolvimento, que incluem:

»» reconhecimento e levantamento dos riscos ambientais;

»» estratégia e metodologia de ação;

»» planejamento anual com estabelecimento de metas e prioridades;

»» cronogramas a serem efetivados no decorrer do ano de planejamento;

»» as formas de registro, manutenção e divulgação dos dados, que será utilizada pela
firma/empresa;

»» periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.

Na confecção do PPRA, são considerados como riscos ambientais os citados na Norma


Regulamentadora no 15: agentes físicos, químicos e biológicos, além de sofrer influencia de outras
Normas Regulamantadoras, dependendo da atividade economica a qual está inserido o PPRA. Por
exemplo se o PPRA estiver vinculado a atividade de Atendimento Hospitalar deverá ser considerado
além das NRs 09 e 32.

Ressalta-se por oportuno que pode se estabelecer elementos/agentes de risco fora da percepção
da NR 15 e das demais, podendo se enquadrar outro agente injuriante a saúde humana ou ao meio
ambiente que não está presente nos normativos legais, não havendo ligação direta entre o agente a
ser monitorado/eliminado/mitigado pelo PPRA com o pagamento de adicional de insalubridade.

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UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Objetivo do programa (PPRA)


O objetivo do programa é orientar os estudos na identificação de agentes de risco no ambiente do
trabalho e em seus processos e na sua organização, e a sua corelação com a saúde das pessoas, por
meio das formas de exposição, contato e inserção na organização do trabalho, oferecendo subsídios
para uma política de prevenção, com o objetivo de não causar danos à saúde do trabalhador.

O PPRA é um documento que o técnico não é responsável, e sim o responsavel legal pela empresa.

O PPRA bem feito programa traz consigo benefícios complementares como:

»» Criação da mentalidade preventiva em trabalhadores e empresários.

»» Redução ou eliminação de improvisações nos processos de trabalho.

»» Promoção da conscientização em relação a riscos e agentes existentes no ambiente


do trabalho.

»» Desenvolvimento de uma metodologia de abordagem e análise das diferentes


situações e condições do ambiente do trabalho.

»» Treinamento e educação dos trabalhadores para a utilização da metodologia.

»» Ferramenta de indicador de qualidade dos processos laborais utilizados pela


empresa;

»» Aborda e fornece subsídios para outros programas exigidos por legislações especificas,
como por exemplo Planos de Controle Ambiental, Planos de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos, Planos de controle de infecção hospitalar;

»» Redução das demandas trabalhistas em função de condições insalubres de trabalho.

Metodologia
As seguintes etapas são planejadas para implementação do PPRA:

»» antecipação e reconhecimento dos riscos;

»» estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;

»» avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;

»» implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;

»» monitoramento da exposição aos riscos;

»» registro e divulgação dos dados.

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pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

Obrigatoriedade da implementação do PPRA


A Norma Regulamentadora no 09, com amparo na Constituição Federal, define que todos
empregadores e instituições que admitem trabalhadores como empregados, vinculados a CLT são
obrigadas a elaborar e implementar o PPRA.

O não cumprimento das exigências desta norma estabelece penalidades que variam de multas e até
interdições.

Opções de implementação do programa


Para as empresas que possuem o Serviço Especializado de Segurança (SESMT), é responsabilidade
deste a implementação, podendo, contudo, haver a terceirização da elaboração deste, prevalecendo
a lógica de quem esta de fora pode ter uma visão mais isenta do processo e não sofrer as pressões
inerentes a um serviço que está vinculado por relação de trabalho ao empregador/empresa que
irá atuar.

Para as empresas que não são obrigadas a constituir o SESMT, algumas opções podem ser aplicadas:

»» Na fase de elaboração: qualquer pessoa que a critério do empregador


tenha condições de elaborar o documento, não sendo atividade restrita
a nenhuma profissão, mas em caso de haver levantamento de riscos
mensuarveis (ruído, vibração, calor, frio), somente os engenheiros de
seguranaça do trabalho, podem realizar este levantamento.

Nas fases de desenvolvimento e implementação do PPRA, pode a firma optar pela contratação de
uma empresa especializada de segurança do trabalho; ou um Técnico de Segurança do Trabalho por
regime de 40 horas; ou ainda um Engenheiro de Segurança do Trabalho com carga de no mínimo
03 horas semanais. A carga adequada para o engenheiro de segurança do trabalho, varia em função
do porte e do risco ambientais identificados pela empresa.

Lembrando sempre que para desenvolvimento das diversas etapas do programa é sempre em
conjunto com a direção da empresa, sendo responsavel legal, o responsavel civil e criminal
juntamente com os profissionais que elaboraram e implantaram o PPRA.

Orientações básicas
O PPRA de forma geral apresenta uma receita de bolo em que está estabelecido as etapas fases
que devem ser cumpridas e atendidas, mas que mudam drasticamente seu conteúdo em função da
empresa, atividade econômica, número de funcionários e localização, não sendo possível existir um
PPRA igual a outro para um grupo de empresas de um mesmo grupo econômico.

Apresentamos a seguir as orientações básicas que devem ser utilizadas como uma diretriz, para a
elaboração, avaliação ou adequação de um PPRA.

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UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

A estrutura do PPRA deverá atender na íntegra o que preconiza a NR-9 do Ministério do Trabalho e
Emprego e as diversas legislações do Ministério da Previdência em especial o Decreto no 3.048/1999
e a Instrução Normativa n.o 118/2005, além de se pautar pelo Código de Obras e Postura do Estado
ou Município onde está inserido a empresa, assim como o Código sanitário deles.

O PPRA deverá se estender a todas as áreas e ambientes de trabalho ocupados pela empresa,
priorizando na sua avaliação os ambientes em que haja processo laboral, e esse documento deverá
subsidiar o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, e este aferir a qualidade
e o desenvolvimento do PPRA conforme item 9.1.3 da NR9, in verbis:

9.1.3 O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da


empresa no campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores,
devendo estar articulado com o disposto nas demais NR, em especial com o
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO previsto na NR-

Com o monitoramento ambiental (avaliações qualitativas e quantitativas) deste programa


combinado ao o monitoramento biológico (exames médicos) do PCMSO é possível verificar a adoção
ou melhorias de medidas de controle.

Deve ser mencionado AINDA que os empregados deverão ter participação efetiva no programa,
por meio dos seus representantes da CIPA que estiver em gestão, dando sugestões e informando a
administração sobre condições que julgarem de risco.

O documento base, suas alterações e complementações deverão ser apresentados e discutidos na


CIPA, quando existente na empresa, de acordo com a NR-5, sendo uma cópia anexada ao livro de
ata dessa comissão.

Podem ocorrer pelo menos três situações diversas durante a realização de um PPRA, tais como:

1. Empresas que elaboram o PPRA pela primeira vez.

Utilizar as orientações abaixo na sua totalidade.

2. Empresas que já possuem o PPRA, porém não foram realizadas medições


dos agentes agressivos.

Verificar se os agentes reconhecidos, mas não avaliados indicados no PPRA anterior


representam a totalidade dos agentes existentes no estabelecimento.

Em caso negativo, revisar o Documento-base incluindo os novos agentes.

Em seguida, realizar as medições necessárias utilizando as especificações constantes do


item “Técnica de Avaliação dos Agentes”.

As etapas anteriores já estarão cumpridas, uma vez que o PPRA já existe, bastando apenas
a sua revisão.

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pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

Concluídas as medições, revisar o Plano de Ação anexando quando necessário os laudos


técnicos no PPRA e preencher o formulário de registro de revisões.

3. Instalações que possuem PPRA com medições efetuadas.

Avaliar o atendimento ao Plano de Ação.

Atentar para as reavaliações anuais necessárias previstas ou não no PPRA.

Nestas reavaliações, deve ser considerado se houve alterações de processo, lay-out ou


atividades que contribuíram para modificar os riscos reconhecidos.

Em caso positivo, atualizar o PPRA conforme as etapas previstas abaixo.

Em seguida, revisar o Plano de Ação, anexar os laudos técnicos no PPRA e preencher o


formulário de registro de revisões do PPRA.

Estrutura do PPRA
O PPRA impresso em papel deve seguir a seguinte ordem:

1. Capa
Deverá ser utilizada uma folha de papel timbrado da empresa que estiver realizando o trabalho,
contendo o título “Programa de Prevenção de Riscos Ambientais”, o nome da Empresa em que foi
realizado o trabalho e a data da conclusão dos levantamentos de campo, que passará a ser a data do
Documento Base.

Nessa capa, pode ser escrita essa frase “Documento Base” diretamente na capa logo após o título
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA.

2. Índice
O índice deve figurar em uma folha própria logo após a capa, contendo o detalhamento do PPRA e
as respectivas páginas em que se encontram os assuntos.

3. Identificação da empresa
Razão Social:

CNPJ No:

CNAE:

Atividade Principal:

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UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Grupo:

Subgrupo:

Grau de Risco:

Endereço Completo:

Telefone:

Horário de Funcionamento da Empresa:

Jornada Diária:

Data do levantamento de campo:

Responsável pela Inspeção:

Nome do Informante da empresa:

Número de empregados:

Empregados Afastados:

Empregados Readaptados:

4. Objetivo
Neste item, é importante escrever para que serve o PPRA, pois podem haver pessoas leigas no assunto
e a elas deve ser descrito sucinto e rapidamente para que serve esse programa da seguinte forma: “O
PPRA tem como objetivo a preservação da saúde e a integridade física dos trabalhadores, por meio
do desenvolvimento das etapas de antecipação, reconhecimento, avaliação e consequentemente
o controle da ocorrência dos riscos ambientais existentes ou que venham a existir nos locais de
trabalho, prevenindo doenças do trabalho.”

5. Qualificação dos responsáveis


Deve ser informado no PPRA nome e cargo dos responsáveis pelo acompanhamento dos serviços
nos diversos setores da empresa, do profissional responsável pela visita de campo e levantamento
das informações, do elaborador do programa e do profissional responsável pelo SESMT, quando
houver.

6. Definição das responsabilidades


Devem ser descritas as responsabilidades de cada parte no corpo do PPRA da seguinte forma:

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pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

Do empregador:

O empregador é o responsável por estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA,


como atividade permanente da empresa, além de informar aos trabalhadores sobre os riscos
ambientais e meios disponíveis de proteção.

Dos trabalhadores:

Os trabalhadores têm como responsabilidade colaborar e participar na implantação e execução do


PPRA, seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA e informar ao
seu superior hierárquico direto as ocorrências que, a seu julgamento, possam implicar em riscos à
saúde dos trabalhadores.

Do SESMT:

Assessorar as unidades do estabelecimento na efetiva implantação do PPRA e em todos os demais


assuntos relacionados com a Engenharia de Segurança do Trabalho e Medicina do Trabalho,
com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade física dos funcionários e Realizar
anualmente junto com a administração do estabelecimento e com a CIPA a reavaliação do PPRA.

7. Definições básicas
Deve ser apresentada uma definição rápida e básica sobre higiene e riscos ambientais para facilitar
o entendimento do restante do corpo desse programa que é muito específico e somente profissionais
de segurança e saúde, cipeiros ou familiarizados podem entender, facilitando a leitura por leigos no
assunto.

Higiene ocupacional

É a ciência e arte dedicada à prevenção, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos existentes
ou originados nos locais de trabalho, os quais podem prejudicar a saúde e o bem estar das pessoas
no trabalho, enquanto considera os possíveis impactos sobre o meio ambiente em geral.

Riscos ambientais

Para efeito da NR – 9, item 9.1.5, que trata do PPRA, são considerados riscos ambientais os agentes
físicos, químicos e biológicos que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo
de exposição, forem capazes de causar dano a saúde do trabalhador.

Pode-se incluir ainda os riscos ergonômicos e os riscos de acidente ou mecânicos, mas Riscos
Ambientais são só físicos, químicos e biológicos, contudo, se forem incluídos no PPRA, devem ser
previstas medidas de controle e cronograma para sua implantação sob pena de serem notificados
ou multados pelo Ministério do Trabalho e Emprego ou ter que assinar um Termo de Ajustamento

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UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

do Conduta – TAC, perante o Ministério Público do Trabalho ou sofre Ação Civil Pública por ter
identificado um risco e não ter o controlado.

»» Agentes físicos

São as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores.


Devem ser considerados, durante as avaliações, os agentes físicos que se apresentam
nas seguintes formas de energia: ruído, vibração, pressões anormais, temperaturas
extremas, radiações ionizantes, radiação não ionizantes, infra-som e ultra-som.

»» Agentes químicos

São substâncias, compostas ou produtos que possam penetrar no organismo pela


via respiratória, ou pela natureza da atividade de exposição possam ter contato por
meio da pele ou serem absorvidos pelo organismo por ingestão, como , por exemplo:
poeiras, fumos, névoas, neblina, gases e vapores. Para fins de reconhecimento
como atividade especial, em razão da exposição a agentes químicos, considerado o
RPS vigente à época dos períodos laborados, a avaliação deverá contemplar todas
aquelas substâncias existentes no processo produtivo. Sempre que possível deve-se
anexar ao PPRA a FISQP de cada agente químico identificado na empresa passível
e provocar danos à saúde dos empregados

»» Agentes biológicos

São agentes biológicos os que se apresentam nas formas de microorganismos e


parasitas infecciosos vivos e suas toxinas, tais como: bactérias, fungos, bacilos,
parasitas, protozoários e vírus, entre outros.

8. Características dos ambientes de trabalho


Essa parte é muito importante para se ter a real noção de como é cada ambiente do trabalho. A
caracterização desses ambientes pode ser feita, no mínimo, por descrição física do local conforme
quadro abaixo:

CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE DE TRABALHO


Setor Local Pé Direito Paredes Piso Divisórias Tipo de Tipo de
Iluminação Ventilação
Administração

Pátio 1

Produção

Pode ainda ser descritas as máquinas e equipamentos que existem em cada setor/local de trabalho.

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pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

9. Descrição das atividades realizadas nos setores


de trabalho
Desenvolver planilha contendo a relação de setores, as funções dos trabalhadores, o quantitativo de
empregados e descrição das atividades realizadas, conforme modelo abaixo:

FUNÇÕES DESCRIÇÃO DAS DESCRIÇÃO DO POSTO DE


No DE EMPREGADOS
SETOR EXISTENTES ATIVIDADES TRABALHO/ LOCALIZAÇÃO

Administração

Pátio 1

Produção - SCX

Caldeira

Nota-se que existem várias colunas, mas o que é mais importante nesse caso é descrever
minunciosamente as tarefas executadas e não tão somente a cópia Código Brasileiro de Ocupações
(CBO) do Ministério do Trabalho e Emprego.

10. Reconhecimento dos riscos ambientais


Após feita a descrição das atividades em cada setor conforme tabela acima, o próximo passo é fazer
o reconhecimento do risco. Esta etapa envolve a identificação qualitativa e a explicitação, dos
riscos existentes nos ambientes de trabalho. As informações necessárias nesta etapa são:

»» A determinação e a localização das possíveis fontes geradoras, trajetórias e meios de


propagação, caracterização das atividades e do tipo de exposição, identificação das
funções e determinação do número de trabalhadores expostos ao risco.

»» A obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento


da saúde decorrentes do trabalho, possíveis danos à saúde relacionados aos riscos
identificados disponíveis na literatura técnica.

»» A descrição das medidas de controle já existentes na empresa e das possíveis


alterações para aumentar a sua eficiência na redução ou eliminação dos riscos
ambientais e informações obtidas nos seguintes documentos:

»» Mapas de Riscos Ambientais;Levantamentos de Riscos nos Postos de Trabalho;

»» Análise Preliminar de Riscos – APR.

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UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Exemplo de planilha para Reconhecimento dos Riscos:

MEDIDAS DE
POSSÍVEIS
RISCOS/ FUNÇÕES TEMPO/ TIPO CAUSA/ FONTES CONTROLE
SETOR LOCAL DANOS À
AGENTES EXPOSTAS DE EXPOSIÇÃO GERADORAS EXISTENTE OU
SAÚDE
NECESSÁRIA

Há que mencionar que quando não for reconhecido risco, o PPRA se resume a essa fase, registro e
divulgação de dados, in verbis:

“NR-9, item 9.1.2.1 – Quando não forem identificados riscos ambientais nas fases de antecipação
ou reconhecimento, descritas no item 9.3.2 e 9.3.3, o PPRA poderá resumir-se às etapas previstas
nas alíneas “a” ( antecipação e reconhecimento dos riscos) e “f” ( registro e divulgação dos dados)
do sub-item 9.3.1.

Nota 1: A fase de antecipação é referente a futuras instalações que estão em construção ou reforma;

Nota 2: Em se tratando de agentes químicos, deverá ser informado o nome da substância ativa, não
sendo aceitas citações de nomes comerciais, devendo ser anexada a respectiva ficha toxicológica.

10.1 Quanto o que vem ser possíveis danos à saúde dos trabalhadores oriundos dos riscos ambientais,
temos:

»» Riscos físicos

Agente Efeito Observação


Taquicardia, aumento da pulsação, cansaço, irritação, prostação
térmica, pertubações das funções digestivas, hipertensão,
Calor
podendo ocorrer vasodilatação sanguínea, sudorese e distúrbio
nos mecanismos circulatório, nervoso e termo-regulação.
Cansaço, irritação, dores de cabeça, aumento da pressão
arterial, problemas do aparelho digestivo, taquicardia, perigo de
Ruído
infarto, surdez temporária, perda auditiva permanente, ações
sobre o sistema nervoso cardiovascular e alterações endócrinas.
OBS: O processo de solda a arco com eletrodo
Queimaduras, lesões nos olhos, na pele e em outros órgãos. metálico coberto cobre o espectro que vai da faixa
IV-C de comprimento de onda ate a faixa UV-C.
Radiação (não No processo de soldagem, pode ocorrer dores fortes após 5 Não há evidências de danos aos olhos causados
ionizante) a 6 horas de exposição ao arco e esta condição desaparece por raios IV provenientes das soldagens a arco. A
em 24 horas. Eritema da pele ou envermelhamento pode ser condição aguda conhecida como “olho de arco”,
provocado pela exposição a UV-C e UV-B. “areia no olho”, “queimadura por luz” é causada
pela exposição à radiação na faixa UV-B.

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pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

Radiação Ionizante Alterações Celulares, câncer, fadiga, problemas visuais.

Frio Hipotermia, câimbras, choque térmico, falta de coordenação.

Cansaço, irritação, dores nos membros, dores na coluna, doença


Vibrações do movimento, artrite, problemas digestivos, lesões ósseas,
lesões dos tecidos moles, lesões circulatórias.

»» Riscos químicos

Agente Efeito
Por contato: Em contato com a pele pode causar irritação e até dermatites, caso este contato seja prolongado. Acetona
líquida é moderadamente irritante aos olhos.
Acetona Por inalação: A inalação do produto em baixas concentrações não causa efeitos, porém em altas concentrações pode
provocar irritação do trato respiratório superior, dores de cabeça, desmaio, tonturas, náuseas e vômito. Quando inalados
vapores em concentrações extremamente elevados pode ocasionar colapso, coma e morte.
Por contato: O contato com ácido acético glacial pode provocar a destruição dos tecidos e sérias queimaduras. O contato
do líquido com os olhos pode causar sérios danos culminando em perda total da visão. Pode causar, ainda, erosão no
Ácido Acético esmalte dos dentes.
Por inalação: Exposição contínua a altas concentrações de vapor do ácido pode produzir irritação no trato respiratório.
Por contato: Contato com os olhos pode causar distúrbio visual e conjuntivite.
Ácido Bórico
Por ingestão: No caso de ingestão, pode causar náusea, vômito, dores abdominais, colapso circulatório e convulsão.
Por contato: Leve irritação da pele em baixas concentrações podendo gerar queimaduras quando em altas concentrações.
Ácido Cítrico
Por inalação: Pode causar irritação temporária do nariz e da garganta.
Por contato: O contato direto com os olhos pode causar severa irritação, podendo ocasionar lesões permanentes e perda
total da visão. Soluções concentradas podem ocasionar graves queimaduras na pele e soluções diluídas podem levar ao
desenvolvimento de dermatites.
Ácido Clorídrico
Por inalação: Os vapores são extremamente irritantes para o trato respiratório, podendo causar laringite, bronquite, edema
da glote, edema pulmonar e morte. Os dentes podem tornar-se amarelados, amolecidos, desgastando-se e podendo
quebrar.
Por contato: O ácido concentrado e suas névoas produzem queimaduras nos tecidos do organismo com os quais entra
em contato, principalmente pele, olhos e mucosas.

Ácido Nítrico Por inalação: Produz irritação intensa nas mucosas do trato respiratório superior. A irritação pode atingir o tecido pulmonar
quando a concentração é muito elevada e o trabalhador não pode se afastar do local. A inalação de óxidos nitrosos,
originados da reação do ácido com outras substâncias, produz irritação direta sobre os pulmões, por meio de reação lenta
(4 a 30 horas) com possível produção de edema pulmonar de grave risco, ou mesmo fatal.
Por contato: O contato repetido de soluções diluídas do ácido com a pele pode originar dermatoses irritativas; ulceração e
destruição dos tecidos com soluções concentradas. O contato nos olhos com o líquido pode produzir conjuntivite, lesões na
córnea e cegueira.
Ácido Sulfúrico
Por inalação: A exposição a vapores do ácido pode provocar irritação imediata nas mucosas (nariz, garganta, olhos),
dificuldade para respirar, edema agudo dos pulmões, edema da laringe e morte. A corrosão dos dentes é observada
frequentemente.
Por contato: O contato com a pele e olhos pode causar irritação grave e possivelmente queimaduras químicas. Os vapores
Anidrido Acético em contato com os olhos podem gerar lacrimejamento.
Por inalação: A inalação dos vapores pode causar irritação do trato respiratório e dificuldade de respirar.
Por contato: O contato com a pele e olhos provoca irritação, podendo ainda gerar dermatites e danos à córnea,
Clorofórmio respectivamente. É considerado carcinógeno animal pela American Conferebce of Governamental Industrial Hygienists.
Por inalação: A inalação pode causar irritação e até narcose. Pode ser facilmente absorvido pela pele.
Por contato: O contato prolongado com a pele provoca irritação.
Etanol
Por inalação: Exposição excessiva pode irritar os olhos, nariz, garganta e pulmão.
Por contato: Os vapores podem ser irritantes aos olhos e o líquido pode provocar queimadura da córnea. Com a pele
Éter Etílico pode causar irritação após prolongado contato.
Por inalação: Pode irritar o nariz e garganta e causar dor de cabeça, desmaios e coma.

21
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Por contato: Soluções de fenol têm forte ação corrosiva por contato com qualquer tecido. O contato com a pele
intacta pode provocar desde uma eritema até necrose e gangrena dos tecidos, dependendo do tempo de contato e da
concentração das soluções. O contato com os olhos pode provocar inchaço da conjuntiva; a córnea tornar-se branca e
Fenol muito dolorida, podendo ocorrer perda da visão.
Por inalação: O fenol em forma de vapor é irritante das membranas mucosas provocando dispneia e tosse. A absorção
sistêmica provoca danos ao fígado, rins e ao sistema nervoso central.
Por Inalação: Em baixas concentrações provoca leve irritação do nariz e garganta, em altas concentrações pode provocar
Metil Etil Cetona depressão do Sistema Nervoso Central, dor de cabeça e náusea.
Por contato: Pode provocar irritação moderada a pele.
Por inalação: A inalação dos fumos pode provocar irritação da garganta, náusea, vômito e doenças no pulmão.
Óxido de Zinco
Por contato: Apresenta baixo potencial de irritação.
Álcool Etílico Em contato com os olhos e trato respiratório, causa irritação, dor de cabeça. Confusão mental, fadiga, tremor e náusea.
O contato com a pele pode causar irritação e queimaduras. Se inalados, os vapores podem produzir dificuldade respiratória
Amônia
e até morte por sufocamento.
As poeiras podem ser muito irritantes para o nariz e a garganta quando inaladas. Reagem com alguns produtos resultando
Cianeto de
em vapores de ácido cianídrico (HCN), que em altas concentrações podem causar morte em minutos ou horas. Em contato
Potássio/ Cobre
com a pele é irritante. Já com os olhos, pode produzir os mesmos efeitos da inalação.
A inalação se dá por poeiras muito finas e sobretudo de fumos. A absorção cutânea é mínima, mas possível em casos de
lesão na pele. A ingestão se dá devido a bebidas ou alimentos contaminados.
Chumbo A intoxicação por chumbo é conhecida pelo nome de saturnismo é do tipo crônica. Acumula-se no fígado, baço, rins,
coração, pulmões, cérebro, músculos e sistema esquelético, sendo que suas principais ações deletérias se manifestam sobre
o sistema hematopoético, nervoso, renal, gastrointestinal e reprodutor.
A inalação de poeira e fumos de estanho produz um tipo de pneumoconiose chamada de Estanhose, sendo esta
Estanho
considerada benigna, não chegando a ser uma doença pulmonar.
Irritante para nariz, garganta e pulmões, podendo provocar corrosão natural, tosse e desconforto. Em contato com a pele
Hidróxido de
e olhos é capaz de produzir queimaduras extremas com ulceração. Pode ser classificado como causador de câncer de
Potássio
esôfago em indivíduos que tenham inalado o produto.
O contato com a pele causa lesões com ulcerações profundas. Em contato com os olhos pode causar danos permanentes,
Hidróxido de inclusive a cegueira. Os efeitos da inalação podem variar desde uma irritação nas mucosas do sistema respiratório até uma
Sódio pneumonia grave. A ingestão causa severas queimaduras nas mucosas da boca, garganta, esôfago e estômago. Pode levar
a lesões graves e irreversíveis chegando inclusive a ser fatal.
Óleo Lubrificante/
de Corte (graxa,
querosene, óleo Quando inalados podem causar irritação das vias respiratórias superiores. Em contato constante com a pele pode causar
diesel, óleo dermatites.
lubrificante e
desengraxante)
Em contato com os olhos produz irritação. Quando inalados, os vapores causam náusea, dor de cabeça, perda de apetite.
Percloroetileno Produzem queimaduras em contato com a pele. Em latas concentrações (1000ppm) atingem o sistema nervoso central
causando confusão, perda de memória, tremedeira e perda de visão.
Poeiras As poeiras incômodas quando inaladas em grande quantidade possuem um longo histórico de pequenos efeitos adversos
incômodas no pulmão. São consideradas poeiras inertes sob o ponto de vista biológico.
Causa irritação nos olhos, pele e vias respiratórias superiores. Exposição crônica pode causar fadiga, perda de apetite e de
Tolueno peso, insônia e irritação. Exposição aguda pode causar dor de cabeça, sonolência, fraqueza muscular, náuseas e dilatação
da pupila.
Metal e composto
de Cromo Irritação e dermatite.
incluindo fumos
Ferro (fumos) Pneumoconiose.
Manganês
elementar e
compostos SNC (manganismo); Pulmões.
inorgânicos com
Mn
Níquel Dermatite, Pneumoconiose; Rins.

22
Aspectos toxicológicos

O manuseio e o trabalho com produtos químicos requerem o conhecimento das propriedades


físico-químicas e toxicológicas destas substâncias, de forma a identificar os riscos aos quais os
trabalhadores estão expostos.

Neste item, deve-se descrever de forma simples e resumida, os principais aspectos toxicológicos das
substâncias utilizadas que possuem indicativos de possível comprometimento da saúde decorrente
do trabalho.

Convém ressaltar, que o objetivo aqui é mencionar, de forma generalizada e superficial, as principais
ocorrências em função da exposição aos agentes químicos. Um estudo mais elaborado e detalhado a
respeito dos efeitos toxicológicos de cada substância pode ser realizado posteriormente.

INFORMAÇÕES SOBRE O HISTÓRICO OCUPACIONAL:

Exemplo de Texto: Não há até a presente data, nenhum registro de doença ocupacional.

11. Avaliação quantitiativa dos riscos ambientais


Envolve o monitoramento dos riscos ambientais para a determinação da intensidade dos agentes
físicos a concentração dos agentes químicos, visando ao dimensionamento da exposição dos
trabalhadores.

A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para comprovar o controle da
exposição ou a inexistência dos riscos identificados na etapa de reconhecimento, dimensionar a
exposição dos trabalhadores e subsidiar o equacionamento das medidas de controle.

A avaliação deverá considerar as seguintes atividades:

a. definir e planejar a estratégia de quantificação dos riscos, baseando-se nos dados e


informações coletados na etapa anterior;

b. quantificar a concentração ou intensidade por meio de equipamentos e instrumentos


compatíveis aos riscos identificados e utilizando-se de técnicas indicadas a seguir;

c. verificar se os valores encontrados estão em conformidade com os Limites de


Tolerância estabelecidos e o tempo de exposição dos trabalhadores;

d. verificar se as medidas de controle implantadas são eficientes.

Nesta fase de avaliação, é primordial caracterizar, por meio de metodologias técnicas, à exposição de
trabalhadores a agentes de risco, considerando-se os limites de tolerância e o tempo de exposição.

Deverá ser transcrita a conclusão quanto à caracterização de dano à saúde do trabalhador.

23
UNIDADE II │ Título da unidade

Agente físico ruído

Devem ser identificados os grupos de trabalhadores que apresentem iguais características de


exposição, ou seja os Grupos Homogêneos de Risco GHR ou Grupos Homogêneos de Exposição
- GHE. As avaliações devem ser realizadas cobrindo um ou mais trabalhadores cuja situação
correspondia à exposição típica de cada grupo considerado.

Exemplo de Texto:

A fim de avaliar a efetiva exposição dos trabalhadores ao agente físico ruído, foram realizadas
dosimetrias durante a jornada de trabalho utilizando dosímetro digital Instrutherm, modelo
DOS-450, previamente calibrado, operando em circuito de compensação “A”, e circuito de
resposta lenta “SLOW”, com leitura próxima ao ouvido do empregado, considerando períodos de
exposição a ruídos contínuos, de diferentes níveis. O nível de pressão sonora equivalente
(Leq), para período de 8 horas de trabalho calculado de acordo com as instruções do dosímetro,
será o mesmo que Level Average (Lavg) utilizando os seguintes parâmetros: Limite de 85
dB(A) e fator duplicativo de dose (q = 5), de acordo com o Decreto Presidencial n.o 4.882 de
18 de Novembro de 2003, a metodologia e os procedimentos de avaliação estabelecidos pela
Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho – FUNDACENTRO,
na Norma de Higiene Ocupacional – NHO 01 – Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído
e a Instrução Normativa INSS-DC n.o 118/2005.

O Uso do Decibelímetro

Mesmo não tendo sido identificado nas etapas de antecipação e reconhecimento, a presença de
nenhum agente nocivo, previsto na legislação previdenciária, foi realizado a avaliação do agente
físico ruído conforme abaixo:

»» Foram identificados os grupos de trabalhadores que apresentavam iguais


características de exposição, ou seja os grupos homogêneos de risco – GHR.

»» As avaliações foram realizadas cobrindo um ou mais trabalhadores cuja situação


correspondia à exposição típica de cada grupo considerado.

»» O nível de pressão sonora médio foi obtido por meio de utilização de medidor de
leitura instantânea, decibelímetro, que avaliou a exposição ao ruído contínuo ou
intermitente estando ajustado de forma a operar no circuito de ponderação “A” e
circuito de resposta lenta (slow).

24
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

Exemplo de planilha para avaliação do agente físico Ruído:

Nível de Ruído Tipo de Ruído Limite Medidas


Setor Local Tempo Contínuo/ de Tolerância de Controle
dB(A) Impacto Existentes
de Exposição Intermitente dB(A)

Informar quais foram os métodos, técnicas, aparelhagens e equipamentos utilizados para a


elaboração do PPRA.

Exemplo:

Equipamento: Decibelímetro Digital

Modelo: DEC-430

Marca: INSTRUTERM

Escala: 35 a 100 dB

Agente físico calor

As avaliações de calor devem ser realizadas seguindo os procedimentos descritos na Norma de


Higiene Ocupacional - NHO 06 para avaliação da exposição ocupacional ao calor da Fundacentro e
os parâmetros estabelecidos pelo Anexo 3, limites de tolerância para exposição ao calor, da Norma
Regulamentadora 15 do MTE.

Exemplo:

Foi utilizado para as avaliações de calor, um conjunto de 3 sondas sendo um Termômetro de Globo,
um Termômetro de Bulbo Seco e um Termômetro de Bulbo Úmido.

Exemplo de Planilha para avaliação do Agente físico calor:

Causa / Fonte Tipo de No Trab. Avaliação Medidas de


Geradora
Exposição Expostos Quantitativa Controle Existentes

25
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Informar quais foram os métodos, técnicas, aparelhagens e equipamentos utilizados para a


elaboração do PPRA.

Exemplo:

Modelo: TGD-200

Marca: INSTRUTHERM

Agente químico

Devem ser identificados os grupos de trabalhadores que apresentem iguais características de


exposição, ou seja os grupos homogêneos de risco GHR. As avaliações devem ser realizadas cobrindo
um ou mais trabalhadores cuja situação correspondia à exposição típica de cada grupo considerado.

Descrever o método utilizado para coleta das amostras.

Exemplo:

O método de coleta utilizado, foi por meio de um amostrador gravimétrico individual junto à zona
de respiração do operador, utilizando cassete duplo com ciclone M.S.A. A bomba de amostragem
foi afixada na cintura do trabalhador, por meio de um cinto, em posição que não atrapalhou a sua
operação rotineira. O engenheiro responsável pela coleta acompanhou, durante toda a avaliação, o
funcionamento da bomba.

Exemplo de planilha para avaliação de agentes químicos:

Causa / fonte Tipo de N.o trab. Avaliação Medidas de controle existente


geradora expostos quantitativa
exposição

Registrar o tipo de instrumental utilizado, marca, modelo e calibragem, caso não exista o agente
registrar comentário pertinente.

Quando não for necessária a realização das avaliações químicas poderá ser utilizado
o seguinte texto: Tendo por base os quadros desenvolvidos pela American Industrial Hygiene
Association – AIHA, os agentes químicos que eventualmente podem estar presentes nos locais de
trabalho, não constituem mas que, de acordo com a sua frequência e natureza, não constituem
nenhum incômodo e nem risco para a saúde ou integridade física do trabalhador, sendo assim, não
foi necessária a realização de avaliações quantitativas das exposições.

26
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

Agente biológico:

O reconhecimento como atividade especial, em razão da exposição a agentes biológicos de natureza


infecto-contagiosa e em conformidade com o período de atividade, será determinado pela efetiva
exposição do trabalhador aos agentes citados nos decretos respectivos.

Exemplo de planilha para avaliação de agentes biológicos:

Local Causa/fonte Tipo de N.o de trabalhadores Medidas de controle


geradora exposição expostos existente

Informar os prováveis agentes e riscos e respectivas avaliações de acordo com os Quadros I e II e


Anexo I da NR-7 e/ou previstos no Anexo 14 da NR-15.

Caso não exista agente registrar o comentário pertinente.

11.2 Metodologias de avaliação


As técnicas de avaliação podem ser na máquina, no ambiente ou nas pessoas conforme descrito na
tabela abaixo:

TÉCNICA DA MEDIÇÃO OBJETO DA MEDIÇÃO APLICAÇÃO


Avaliação do efeito que tem uma máquina ou processo no
Medir a intensidade/concentração da fonte Máquina
ambiente de trabalho
Medições ambientais Ambientes Avaliação do ambiente geral
Avaliação da exposição das pessoas em seu posto de trabalho
Medição da exposição Pessoas
individual

O ideal para todos os tipos de agentes ambientais, para avaliar a exposição de um trabalhador ou
seu grupo (GHE/GHR) é fazer a avaliação pela técnica da medição da exposição, pois a avaliação da
fonte é somente para ter ideia de qual é intensidade de ruído que ela gera enquanto que no ambiente
é uma medição mais voltada para ergonomia – NR17. Para verificar a real exposição de trabalhador
deve ser realizada nele mesmo.

a. Ruído

A dose e o nível de pressão sonora médio (Lavg) deverão ser obtidos por meio de utilização
de audiodosímetro, ou de decibelímetro que deverão receber os seguintes ajustes:

»» Curva de compensação “A”.

»» Exposição tipo contínua de 5 dB(A) de relação amplitude/dobro de tempo (q).

27
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

»» Contagem da dose a partir de 80 db(A).

»» Dose de 100% para 8 h de exposição a 85 dB(A).

O empregado portador do dosímetro deverá ser acompanhado durante todo o tempo, não
podendo desviar-se de sua rotina de trabalho.

A seleção do ponto de medição e a localização do objeto de medida são regidas pelo


objetivo que tenha a medição de ruído.

As medições da exposição deverão ser feitas próxima da orelha do trabalhador a uma


distância de 5 a 10 cms.

Exemplo de medição:

MEDIÇÃO VARREDURA AVALIAÇÃO CONTROLE

Complementar a varredura com


Gravação ou medição por leitura direta
análise de frequência. É conveniente
do sinal por meio de um microfone.
Medição do nível de ruído ou do nível gravar o sinal de medição.
Emissão de ruído equivalente em diferentes Nível de pressão sonora do sinal
Apenas devem ser efetuadas
situações de ruído. de frequência analisada. Requisitos
medições de acordo com as normas
específicos para medição em ambientes
reconhecidas e locais a medir devem
e aparelhos de medição
cumprir com certos requisitos.
Realizar uma supervisão sistemática
Medição do nível de ruído em pontos De acordo com o método indicado para
Ambiente dos níveis de ruído em pontos de
de medição selecionados a medição do ambiente de trabalho.
medição selecionados.
De ruído equivalente no ambiente
normal de trabalho. Realizar medições de acordo com as De acordo com a medição da exposição
Exposição
Fazer uma estimativa aproximada dos instruções de trabalho do PPRA. do avaliado
tempos de exposição.

b. Agentes químicos

Deverão ser avaliados,onde existirem, os agentes químicos podendo ser utilizados


monitores de difusão passiva ou métodos de amostragem instantânea para avaliação de
campo dos empregados.

O empregado portador do monitor deverá ser acompanhado durante todo o tempo, não
podendo desviar-se de sua rotina de trabalho.

A metodologia e tempo de amostragem deverão seguir as Normas da FUNDACENTRO,


NIOSH e/ou ACGIH ou do Anexo no11 da NR15.

Após amostragem, os monitores deverão ser avaliados por laboratórios reconhecidos


nacional ou internacionalmente.

Não é recomendado a utilização de tubos colorimétricos para avaliação dos agentes.

Exemplo de Medição:

28
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

MEDIÇÃO VARREDURA AVALIAÇÃO CONTROLE


Emissão Realizar medições por métodos de Depois de criar a estratégia, realizar Fazer revisões das medições
leitura direta numa fonte de emissão medições mais precisas utilizando regularmente. Os valores de
bem definida. Se houver outros métodos de leitura direta/indireta. concentração relativos são muitas
contaminantes ambientais selecionar Identificar e se possível quantificar as vezes insuficientes.
uma substância como indicador. substâncias mais importantes.
Ambiente Utilizar métodos de leitura direta e Utilizar método de leitura direta/ Utilizar métodos de leitura direta.
tomar amostras em alguns postos indireta e tomar amostras em Realizar medições a intervalos
representativos. alguns postos de trabalho. Realizar regulares em alguns lugares
medições sobre diferentes condições representativos.
de produção.
Exposição Utilização de instrumentos de leitura Depois de criar uma estratégia, Realizar medições periódicas de uma
direta ou um método indireto de realizar uma medição completa ou mais substâncias usadas como
medida. Eleger uma substância como da exposição. Utilização de indicador.
indicador. equipamento de amostragem
pessoal. Determinar qualitativamente
e quantitativamente as substâncias
mais importantes.

A avaliação dos agentes deverá considerar as atividades necessárias para quantificar a concentração
ou intensidade por meio de equipamentos e instrumentos compatíveis aos riscos identificados,
utilizando-se de técnicas apropriadas.

Nesta etapa é primordial caracterizar, por meio de metodologias técnicas, à exposição de


trabalhadores a agentes de risco, considerando-se os Limites de tolerância e o tempo de exposição,
registrando se sempre o tipo de instrumental utilizado, marca, modelo e calibragem.

A dose e o nível de pressão sonora médio (Lavg) deverão ser obtidos por meio de utilização de
dosímetro, ou de decibelímetro.

O empregado portador do audiodosímetro deverá ser acompanhado durante todo o tempo, não
podendo desviar-se de sua rotina de trabalho.

Os Agentes químicos deverão ser avaliados, por meio de monitores de difusão passiva ou métodos
de amostragem instantânea para avaliação de campo dos empregados.

O empregado portador do monitor deverá ser acompanhado durante todo o tempo, não podendo
desviar-se de sua rotina de trabalho. A metodologia e tempo de amostragem deverão seguir as
Normas da FUNDACENTRO, NIOSH e/ou ACGIH.

Após amostragem, os monitores deverão ser avaliados por laboratórios reconhecidos nacional ou
internacionalmente. Não é recomendado a utilização de tubos colorimétricos para avaliação dos
agentes.

29
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Quadro RESUMO de quais Metodologias de Avaliações devem ser adotadas por Tipo
de Agente e Equipamentos a serem utilizados

Agente NR – 15 Metodologia Equipamentos

Medidor de Pressão Sonora, dosímetros,


Ruído Anexo 1 e 2 NHO 01 da Fundacentro
filtros de banda de oitava
NHO - 06 Fundacentro IBUTG – ISO Árvore de termômetros, stress térmico
Calor Anexo 3
7.243 eletrônico – termômetro de globo
Radiação NHO 05 - Fundacentro (Raio X) Dosímetros de bolso, filmes, canetas,
Anexo 5 contador geiger muller, cintiladores e
ionizante CNEN-NE 3.01/88 (demais casos) câmaras de ionização
ISO 2.631 – Corpo Inteiro Medidor de vibração com analisador de
Vibração Anexo 8
ISO 5.349 – Mãos e Braços frequência e acelerômetros
Artigo 253 da C.L.T
Frio Anexo 9 Termômetro e anemômetro
ACGIH
NHO 02 – Fundacentro
NHO 03 – Fundacentro Tubos passivos, badges, tubos
Agentes químicos NHO 04 – Fundacentro colorímetricos, dosímetros passivos, bombas
Anexo 11 de fole ou pistão, bomba de amostragem de
gases e vapores NHO 07 – Fundacentro baixa vazão, tubos de carvão e sílica, porta
Métodos da NIOSH tubos e Impingers

Anexo no11 da NR15


Bombas de amostragem + cassete
Asbesto Anexo 12 NIOSH: 7.400; 7.402; 9.000; 9.002; condutivo + filtro de ester de celulose +
calibrador
Manganês e seus Bomba de amostragem + cassete + filtro
Anexo 12 NIOSH 7.300
compostos + calibrador
MHA 01 D - Fundacentro NIOSH: Bomba de amostragem + cassete + filtro
Sílica livre Anexo 12
7.501; 7.500; 7.601; 7.602; 7.603; PVC + ciclone (ou não) + calibrador
Instrução Normativa M.T.E n.1 de Bomba de amostragem
Benzeno Anexo 13-A
20/12/95 instrumentos de leitura direta
Bomba de amostragem + cassete + filtro +
Poeiras minerais ACGIH NHO 02 – Fundacentro NIOSH: 7.500
ciclone + calibrador
NIOSH 7.300 Bomba de amostragem + cassete + filtro
Fumos e partículas
Anexos 11 e 12 éster de celulose + ciclone (ou não) +
metálicas OSHA ID – 125 calibrador
Qualitativa: inspeção no local;
Agentes biológicos Anexo 14 Quatitativa: sedimentação; Conforme método escolhido
filtração;borbulhação e impactação

11.2 Estratégias de avaliação


A estratégia e respectiva forma de atuação deverão ser desenvolvidas por meio de reuniões de
planejamento, confrontação de relatos e dos dados de avaliações ambientais.

Na metodologia de avaliação dos agentes ambientais, quando necessárias, deverão ser utilizadas
as normas da Fundacentro e da ABNT usadas em Higiene do Trabalho, relacionadas no final deste
documento.

30
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

A priorização de avaliações quantitativas para os contaminantes atmosféricos e agentes físicos


do ponto de vista do Programa de Prevenção de Risco Ambientais podem ser definidas conforme
o quadro abaixo, partindo-se sempre do nível do Grau de Risco identificado para a definição da
prioridade das avaliações quantitativas a serem realizadas.

Priorização de avaliações quantitativas para o PPRA

GRAU CATEGORIA PRIORIDADE SIGNIFICADO DESCRIÇÃO


DE
RISCO
Fatores do ambiente ou
elementos materiais que não
Não é necessária a realização de avaliações
0 Insignificante Baixa constituem nenhum incômodo
quantitativas das exposições
e nem risco para a saúde ou
integridade física.
Fatores do ambiente ou
elementos materiais que
Não é necessária a realização de avaliações
1 Baixo Baixa constituem um incômodo sem
quantitativas das exposições
ser uma fonte de risco para a
saúde ou integridade física.
Fatores do ambiente ou A avaliação quantitativa pode ser necessária
elementos materiais que porém não é prioritária. Será prioritária
2 Moderado Média constituem um incômodo somente se for necessário para verificar
podendo ser de baixo risco para a eficácia das medidas de controle e
a saúde ou integridade física. demonstrar que os riscos estão controlados
Fatores do ambiente ou
elementos materiais que
constituem um risco para a Avaliação quantitativa prioritária para estimar
saúde e integridade física do as exposições e verificar a necessidade ou
3 Alto ou sério Alta
trabalhador, cujos valores ou não de melhorar ou implantar medidas de
importâncias estão notavelmente controle
próximos dos limites
regulamentares.
Avaliação quantitativa não é prioritária, não
é necessária a realização de avaliações
Fatores do ambiente ou quantitativas para se demonstrar a exposição
elementos materiais que excessiva e a necessidade de implantar ou
Baixa constituem um risco para melhorar as medidas de controle
4 Muito alto ou crítico a saúde e integridade física
alta do trabalhador, com uma A avaliação quantitativa somente será
probabilidade de acidente ou prioritária para o grau de risco 4 quando for
doença, elevada. relevante para planejamento das medidas de
controle a serem adotadas ou para registro
da exposição

12. Controle dos riscos ambientais


Envolve a adoção de medidas necessárias e suficientes para a eliminação ou redução dos riscos
ambientais.

As medidas preventivas serão obrigatórias sempre que for atingido o nível de ação, incluindo o
monitoramento periódico, informação aos trabalhadores e o controle médico.

31
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

O PPRA será de abrangência e profundidade gradual às características dos riscos e das necessidades
de controle, sendo que nos locais em que não sejam identificados riscos, se limitará ao registro e
divulgação dos dados coletados em campo.

Quando detectada alguma exposição à saúde dos empregados, será comunicado ao Médico do
Trabalho coordenador do PCMSO, para as devidas providências. Da mesma forma, toda vez que
houver suspeita médica com relação à exposição ambiental, o Médico do Trabalho responsável pelo
PCMSO, acionará o técnico responsável pelo PPRA, para as avaliações e sugestões de controles
necessários à eliminação, redução a níveis toleráveis de exposição e/ou aplicação de medidas de
proteção aos empregados.

Deverão ainda serem propostas medidas necessárias e suficientes para a eliminação, minimização
ou controle dos riscos ambientais sempre que for verificada uma ou mais das seguintes situações:

»» riscos potenciais na fase de antecipação;

»» quando forem constatados riscos evidentes à saúde na fase de reconhecimento,

»» quando os resultados das avaliações quantitativas forem superiores aos valores


limites previstos na NR-15 ou na ACGIH (American Conference of Governmental
Industrial Hygienists).

»» quando, após a avaliação quantitativa dos agentes, for constatada exposição acima
dos Níveis de ação, quais sejam: para agentes químicos, metade dos limites de
tolerância; para ruído, a dose de 0,5.

»» Finalmente quando, por meio do controle médico da saúde, ficar caracterizado o


nexo causal entre danos observados na saúde dos trabalhadores e a situação de
trabalho a que eles ficam expostos.

Nota 3: Nível de Ação

É o valor acima do qual deverão ser iniciadas as medidas preventivas de forma a minimizar
a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites de exposição
previstos na NR – 9:

a. Agentes Químicos: Metade dos limites de exposição ocupacionais adotados;

b. Ruído: Dose de 0.5 (50% de dose) do limite de tolerância previsto para a jornada
de trabalho.

c. Atencao !!!

MUITO IMPORTANTE - As medidas de controle a serem implantadas obedecerão a seguinte ordem


hierárquica:

1. Medidas de controle coletivo;

32
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

2. Medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho; e

3. Utilização de EPI.

As medidas de controle deverão ser previstas no Plano de Ação constante do PPRA, após consenso
com o responsável da instalação.

Seguem alguns exemplos de medidas de controle a serem consideradas:

»» substituição do agente agressivo;

»» mudança ou alteração do processo ou operação;

»» enclausuramento da fonte;

»» segregação do processo ou operação;

»» modificação de projetos;

»» limitação do tempo de exposição;

»» utilização de equipamento de proteção individual;

PRIORIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE CONTROLE

GRAU DE
PRIORIDADE DESCRIÇÃO
RISCO
A implantação da medida de controle não é necessária ou manter as medidas já
0e1 Baixa
existentes.
A implantação de medida de controle é necessária, porém a prioridade é baixa. Manter
2 Média
as medidas já existentes.
A implantação de medida de controle é necessária e a prioridade é média,ou a melhoria
3 Alta
das medidas já existe
Medida de controle é necessária e a prioridade é alta. Devem ser adotadas medidas
4 Muito alta
provisórias imediatamente.

Pode-se também usar a Categoria de Risco das Normas de Higiene do Trabalho – NHT’s da
FUNDACENTRO, conforme tabela abaixo:

CONSIDERAÇÃO TÉCNICA DA EXPOSIÇÃO SITUAÇÃO DA EXPOSIÇÃO


Abaixo de 50% do L.T. Aceitável
50% > L.T. < 100% De atenção
Acima de 100% do L.T. Crítica
Muito acima do L.T ou IPVS De emergência

12.1 - Existencia e aplicação efetiva de EPI


Informar a existência e aplicação efetiva de E.P.I a partir de 14 de dezembro de 1998, ou Equipamento
de Proteção Coletiva (EPC), a partir de 14 de outubro de 1996, que neutralizem ou atenuem os
efeitos da nocividade dos agentes em relação aos limites de tolerância estabelecidos, devendo
constar também:

33
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Se a utilização do EPC ou do EPI reduzir a nocividade do agente nocivo de modo a atenuar ou a


neutralizar seus efeitos em relação aos limites de tolerância legais estabelecidos.

»» As especificações a respeito dos EPC e dos EPI utilizados, listando os Certificados


de Aprovação (CA) e, respectivamente, os prazos de validade, a periodicidade das
trocas e o controle de fornecimento aos trabalhadores;

»» A perícia médica poderá exigir a apresentação do monitoramento biológico do


segurado quando houver dúvidas quanto a real eficiência da proteção individual
do trabalhador.A simples informação da existência de EPI ou de EPC, por si só,
não descaracteriza o enquadramento da atividade. No caso de indicação de uso de
EPI, deve ser analisada também a efetiva utilizaçaõ destes durante toda a jornada
de trabalho, bem como, analisadas as condições de conservação, de higienização
periódica e de substituições a tempos regulares, na dependência da vida útil deles,
cabendo a empresa explicitar essas informações no PPRA e no PPP.

Não caberá o enquadramento da atividade como especial se, independentemente da data de emissão,
constar de laudo técnico, e a perícia do INSS acatar que o uso do EPI ou de EPC atenua, reduz,
neutraliza ou confere proteção eficaz ao trabalhador em relação a nocividade do agente, reduzindo
seus efeitos a limites legais de tolerância.

Não haverá reconhecimento de atividade especial nos períodos em que houve a utilização de EPI,
nas condições mencionadas no parágrafo anterior, ainda que a exigência de constar a informação
sobre seu uso nos laudos técnicos tenha sido determinada a partir de 14 de dezembro de 1998, data
da publicação da Lei n.o 9.732, mesmo havendo a constatação de utilização em data anterior a essa.

Exemplo de Planilha de Relação dos EPI’s Utilizados

Equipamentos de Numero do Certificado


Periodicidade de Troca Funções que Utilizam
Proteção Individual de Aprovação (CA)

Cálculo de atenuação do ruído com o uso do EPI

Considerando a forma de utilização do equipamento pelos trabalhadores e os ensaios realizados,


para a avaliação da eficácia do EPI estaremos utilizando o método simplificado, para a avaliação do
nível de ruído a que os trabalhadores estão expostos, considerando o Nível de Redução de Ruído –
NRRsf, obtido pelo uso do EPI, aplicando-se a fórmula com cálculo direto, conforme a Norma ANSI
S.12.6-1977B.

34
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

NPSc = NPSa – NRRsf, em que:

NPSc = Nível de pressão sonora com proteção

NPSa = Nível de pressão sonora do ambiente

NRRsf = Nível de redução de ruído (subject fit)

Efetuando o cálculo do NPSc, para o tipo de proteção utilizada:

NPSa Número do Nível de redução de NPSc


Localização Função
dB(A) C.A do EPI ruído dB(A)

13. Periodicidade, forma de avaliação e revisão do


PPRA
O PPRA será revisado sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano com o objetivo de avaliar
o seu desenvolvimento e realizar os ajustes necessários, assim como o monitoramento ou reavaliação
para verificação da eficácia das medidas de controle implementadas.

14. Estabelecimento de plano de ação com metas,


prioridades e cronograma.
Deverá ser parte integrante do PPRA um plano de ação contemplando atividades, metas e prioridades
a serem implementadas de forma a eliminar, minimizar ou controlar os riscos ambientais.

O Plano deverá incluir todas as atividades identificadas nas fases de reconhecimento, avaliação ou
definidas como medidas de controle. Os responsáveis e os prazos de cada atividade deverão ser
consensuados com o responsável da instalação.

Devem ser relacionadas em cronograma conforme modelo abaixo, as metas estabelecidas bem como
o planejamento para o cumprimento destas metas.

O objetivo destas recomendações é a minimização ou a eliminação da exposição dos trabalhadores


aos riscos ambientais.

Para serem elaboradas as metas deve ser formada a matriz de decisão entre danos à Saúde e
intensidade/concentração do risco

35
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Tipos de danos à Saúde

GRAU DE CATEGORIA PRIORIDADE SIGNIFICADO DESCRIÇÃO


RISCO
Fatores do ambiente ou elementos
Insignificante ou materiais que não constituem nenhum
0e1 Baixa Aceitável
baixo incômodo ou um pequeno incômodo sem
risco para a saúde ou integridade física.
Fatores do ambiente ou elementos
materiais que constituem um incômodo
2 Moderado Média De atenção
podendo ser de baixo risco para a saúde
ou integridade física.
Fatores do ambiente ou elementos
materiais que constituem um risco para a
saúde e integridade física do trabalhador,
3 Alto ou sério Alta Crítica
cujos valores ou importâncias estão
notavelmente próximos dos limites
regulamentares.
Fatores do ambiente ou elementos
materiais que constituem um risco para a
4 Muito alto ou crítico Altíssima saúde e integridade física do trabalhador, De emergência
com uma probabilidade de acidente ou
doença, elevada.

Tipo de Intensidade/Concentração do Risco

Grau de Categoria do Prioridade de Consideração Técnica da


Situação da Exposição
Risco Risco Avaliação Exposição
Insignificante ou
0e1 Baixa Abaixo de 50% do L.T. Aceitável
baixo

2 Moderado Média 50% > L.T. < 100% De atenção

3 Alto ou sério Alta Acima de 100% do L.T. Crítica

Muito acima do L.T ou IPVS ou Valor


4 Muito alto ou crítico Altíssima De emergência
Máximo

Após definir qual o possível danos à Saúde e a possível intensidade/concentração do risco, deve-se
elaborar a Matriz de decisão conforme tabela abaixo:

Quadro: Matriz de decisão.

LT Baixa Média Alta Altíssima

Danos à Saúde
Baixa Desprezível Desprezível Moderado Risco grave e iminente
Média Desprezível Tolerável Substancial Risco grave e iminente
Alta Desprezível Tolerável Intolerável Risco grave e iminente
Altíssima Desprezível Tolerável Intolerável Risco grave e iminente

36
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

Com essa Matriz de Decisão deve-se elaborar o Cronograma conforme modelo abaixo.

ITEM MATRIZ DE ATIVIDADES/ SETOR RESPONSÁVEL PROGRAMAÇÃO PARA OS MESES


DECISÃO MEDIDAS DE (PRAZO)
CONTROLE
1 Desprezível Sem medida de controle
2 Tolerável Até 1 ano (validade do PPRA)
3 Moderado Até 6 meses
4 Substancial De 30 a 60 dias
5 Intolerável Imediato até 30 dias
6 Risco Grave e Iminente Interdição do Setor, Máquina ou Equipamento

17. Registro, manutenção e divulgação dos dados


Registro

O documento – base do PPRA deverá ser mantido arquivado no estabelecimento por um período
mínimo de 20 anos, bem como aqueles inerentes ao tema, tais como os Laudos Técnicos de Avaliação
de Riscos Ambientais etc.

O documento-base deve ser apresentado à CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes)


durante uma de suas reuniões, devendo sua cópia ser anexada ao livro de atas desta comissão.

O registro de dados deverá estar sempre disponível aos trabalhadores interessados ou seus
representantes e para as autoridades competentes.

Manutenção

A manutenção desse programa segue as bases de normas ISO, isto é, deve ser revisto anualmente
com previsão de novo planejamento, execução, verificação e conserto – Ciclo PDCA – Plan, Do,
Check and Act.

9.2.1.1

Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, uma análise global do
PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento
de novas metas e prioridades.

Divulgação

A divulgação dos dados pode ser feita de diversas maneiras dependendo do porte do estabelecimento,
as mais comuns são:

»» treinamentos específicos;

»» reuniões setoriais;

37
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

»» via terminal de vídeo para consulta dos usuários;

»» reuniões de CIPA e SIPAT;

»» boletins e jornais internos;

»» programa de integração de novos empregados;

»» palestras avulsas.

Deve ser apresentado Certificado de Calibração dos Aparelhos utilizados nas avaliações quantitativas
dos agentes ambientais dentro do prazo de validade da Rede Brasileira de Calibração – RBC que é
de 1 ano.

18. Planejamento anual, metas e prioridades


São, em linhas gerais, os resultados que a empresa deseja atingir após a implantação do PPRA,
conforme o cronograma anual de execuções de ações.

As recomendações existentes no cronograma devem ser verificadas durante a realização do PPRA e


indicam um possível caminho a ser traçado, não excluindo a possibilidade da existência de outras
que não foram mencionadas.

19. Bibliografia
Devem ser informados todos os documentos, livros, apostilas e outros materiais consultados,
durante a elaboração do PPRA.

21. Data do documento e assinatura do profissional


Colocar a data de realização do documento, que será a data do documento-base.

Os profissionais responsáveis pela elaboração do PPRA, deverão assinar o documento neste campo
incluindo o número de seu registro no respectivo conselho de classe, além de apresentar a sua
Anotação da Responsabilidade Técnica – ART no CREA.

38
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

“ANEXO A”

Registro das revisões do desenvolvimento do ppra

Razão social:

Endereço:

Relativo ao período de:

Data Resultado da revisão Requisitos Da NR-9 Situação Assinatura

39
CAPÍTULO 2
Programa de Condições e Meio
Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção - PCMAT

Introdução
O Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT é
abordado como o PPRA dos canteiros de obra, pois nele se insere a variabilidade e a temporalidade
de sua existência, pois ele somente existe enquanto existir o canteiro de obras e deve ser flexível e
evidente, pois deve prever o comportamento de cada etapa/fase da obra, incluindo a antecipação de
cada risco e as medidas necessárias para a sua mitigação/eliminação.

O PCMAT tem a sua existência jurídica garantida por meio do artigo 200 da Consolidação das Leis
do Trabalho – CLT, já exposto no capítulo 1 do PPRA.

Obrigação
A partir da publicação da NR 18 da Portaria SSST/MTb no 04 de 04 de julho de 1995, os
estabelecimentos cujas atividades estejam enquadrados no Quadro I da NR no 04, com código de
atividades 45 (Construção), e que possuam 20 ou mais empregados, estão obrigados a elaborar e
implementar o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção -
PCMAT, conforme o item 18.3 da aludida norma regulamentadora.

Responsabilidade
É do empregador ou do condomínio de construção a responsabilidade pela elaboração e
implementação do PCMAT.

Elaboração e execução
Diferentemente do PPRA a elaboração e execução do PCMAT devem ser feitas por profissional
legalmente habilitado na área de segurança do trabalho, prioritariamente o engenheiro de segurança
do trabalho.

40
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

Documentos integrantes
O PCMAT deve conter no mínimo os seguintes documentos:

a. memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações,


levando-se em consideração riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas
respectivas medidas preventivas;

b. projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas de


execução da obra;

c. especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas;

d. cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT;

e. layout inicial do canteiro de obras, contemplando, inclusive, previsão de


dimensionamento das áreas de vivência;

f. programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e doenças


do trabalho, com sua carga horária.

O programa também deve contemplar as exigências contidas na NR 9 - Programa de Prevenção


de Riscos Ambientais, nas fases de antecipação e reconhecimento dos riscos; estabelecimento de
prioridades e metas de avaliação e controle; avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia; monitoramento da exposição aos
riscos; registro e divulgação dos dados.

Recomendações para elaboração do PCMAT


Não existe uma “receita de bolo” para elaboração do PCMAT, pois sua complexidade vai depender
da dimensão da obra e os riscos presentes em cada fase, em consequência dos trabalhos a serem
executados, utilização de máquinas, equipamentos e produtos diversos. O programa deve ser
elaborado antecipando os riscos, o qual deverá ocorrer após concluídos os projetos: arquitetônico,
estrutural, instalações etc., pois esses serão importantes no reconhecimento dos riscos presentes
nas diversas etapas da obra. Cada intervenção de correção de situações existentes, significa falhas na
concepção do programa, ou seja, os trabalhadores passarão por períodos expostos a riscos, muitas
vezes graves, até sua identificação e consequente correção.

A seguir listaremos alguns tópicos importantes que deverão fazer parte do PCMAT, sempre
lembrando que se trata apenas de sugestões que poderão e deverão ser modificados, desde que
contemplem no mínimo o estabelecido na NR 18 e outras disposições relativas às condições e meio
ambiente de trabalho na indústria da construção, presentes nas legislações federais, estaduais e
municipais.

41
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Roteiro – check list


O Check List está baseado em 4 fases:

»» 1o FASE : Identificação e reconhecimento dos riscos (documento-base);

»» 2o FASE : Avaliação quantitativa de exposição;

»» 3o FASE : Medidas de controle propostas;

»» 4oFASE: Monitoramento da exposição aos riscos ambientais e avaliação


da eficácia das medidas de controle implantadas.

Aqui exporemos para os senhores tão somente o documento base de elaboração do PCMAT, pois a
fase 2 é idêntica ao do PPRA e a 3o e 4o fase dependem das avaliações realizadas no canteiro de obras.

A NR 18 tem a falha grave de não especificar claramente quem pode elaborar o PCMAT, resta
somente fazermos interpretação de normas para chegarmos a uma conclusão lógica.

A nota técnica 96/2009/DSST/SITNo do Ministério do Trabalho que conclui o seguinte:

“Analisando as atribuições do Técnico em Segurança do trabalho verificamos que eles não


possuem atribuições de projetar, dimensionar e especificar materiais das proteções coletivas,
que são competências exclusivas definidas para categorias profissionais registradas pelo sistema
CONFEA/CREA e, considerando que o projeto, dimensionamento e especificação de proteções
coletivas são partes integrantes do programa. Concluímos que tão somente os Engenheiros de
Segurança do Trabalho devidamente registrados no sistema CONFEA/CREA, possuem a atribuição
para elaboração e execução do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção – PCMAT. Quanto aos Técnicos de Segurança do Trabalho, em que pese sua importância
no campo da segurança e saúde no trabalho,eles têm atribuições complementares e operacionais em
relação ao PCMAT. No entanto, não podem assumir sua elaboração”

Estrutura do PPRA
O PPRA impresso em papel deve seguir a seguinte ordem:

1 - Capa

Deverá ser utilizada uma folha de papel timbrado da empresa que estiver realizando o trabalho,
contendo o título “Programa de Condições de Meio Ambiente do Trabalho”, o local da obra e data.

2 - Objetivos:

O objetivo desse programa é efetuar planejamento de segurança e saúde referentes às etapas de


construção desta obra por meio de interação entre a Engenharia de Segurança do Trabalho e a
participação da Engenharia e da Administração da obra e fornecer procedimentos e subsídios às
chefias hierárquicas, desta obra, em relação à Engenharia de Segurança do Trabalho.

42
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

3 - Identificação das empresas

Contratante: XXXXXXXXXX

XXXXXXXXXX Cidade – UF

Contratada/Sede: Construtora XXXXXXX Ltda

XXXXXXXXXXX, 10

XXXXXXXXXXX

Cidade – UF

Local da Obra: XXXXXXXXXX Cidade – UF

4 - Responsabilidades

Compete aos profissionais do SESMT elaborar e implementar o PCMAT na obra. Nos casos em que
não sejam obrigados a manter SESMT, um Engenheiro de Segurança do Trabalho deve elaborar
projetos de proteção coletiva,(pois Técnico em Segurança do Trabalho não tem habilitação para
elaborá-lo e não pode elaborar PCMAT). Somente o pode fazer em parceria com um Engenheiro.

5 - Característics da obra:

Tipo de obra: edificação, de uso comercial, destinada XXXXXXXX, terá um área construída de,
aproximadamente, 2.000 m² num único pavimento, XXXXXX.

Início da obra: XX/XX/XXXX

Término previsto: XX/XX/XXXX

Efetivo máximo previsto mensalmente: XX operários.

Funções previstas:

Engenheiros, assistente técnico, comprador, mestre de obra, chefe administrativo, recepcionista,


técnico de segurança do trabalho, almoxarife, eletricista, carpinteiro, servente, pedreiro, soldador,
encanador, armador, funileiro, gesseiro, vigia, pintor, office-boy, motorista de caminhão basculante
e betoneira, maçariqueiro, serralheiro, apontador, arrumadeira, operador (de empilhadeira, de
munk, de escavadeira, de guindaste, de motoniveladora, de rolo compactador, de pá carregadeira,
de retro escavadeira, de rolo pé de carneiro, de trator de esteira e de bomba de concreto etc.
Equipamentos e máquinas previstas:

Serra circular de bancada, serra circular manual, esmeril de bancada, máquina policorte,
furadeira de bancada, furadeira elétrica, furadeira, lixadeira manual, fasímetro, gerador, lava-jato,
megômetro, macaco hidráulico, balança vibrador, conjunto oxi-acetilêno, martele pneumático,
compactador, caminhão basculante, caminhão guindaste, caminhão munck, caminhão betoneira,
bomba lança concreto, plataforma hidráulica, plataforma móvel, retro escavadeira, trator de esteira,
mesa para estacas hélice, solda elétrica, guincho velox, pistola vinca pino, guincho hyster, bob cat,

43
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

viradeira, rompedor pneumático, perfuratriz, rosqueadeira, tifor tu–16, máquina de corta juntas,
compressor de empilhadeira, cavalo mecânico, bomba de teste hidráulico, bomba de vácuo hilt,
bomba submersível, andaime tubular, andaime fachadeiro e motoniveladora etc.

6. Riscos de acidentes e medidas de controle

6.1 Demolição

6.1.1 Riscos:

»» queda de materiais sobre o trabalhador e pedestres;abalo da estrutura do prédio e


queda.

6.1.2 Causas:

»» falta de escoramento;

»» falta de isolamento e sinalização.

6.1.3 Medidas preventivas:

»» estudo prévio da estrutura da obra e da vizinhança;

»» verificação da estabilidade do terreno;

»» isolamento das áreas próximas a demolição podendo incluir o canteiro de obras e


adjacências.

6.2 Escavação (equipamento e manual)

6.2.1 Riscos:

»» soterramento de trabalhador;equipamento atingir trabalho;

»» queda de trabalhador;

»» queda de materiais sobre o trabalhador;

»» queda ou tombamento de equipamento ou máquina.

6.2.2 Causas:

»» falta de escoramento ou abertura do talude acima de 2m do fundo da vala;

»» trabalhador dentro da área de giro do equipamento;

»» falta de escada de acesso e isolamento da área;

»» falta de limpeza dos materiais localizados nas bordas do talude.6.2.3 Medidas


preventivas:

44
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

»» realizar escoramento ou atender parecer do consultor de solos (acima de 2m do


fundo vala efetuar abertura de 45o;

»» não permanecer dentro da área de giro do equipamento;

»» não executar serviços no fundo da vala sem o uso e permanência de escada de acesso
adequada;

»» efetuar limpeza dos materiais localizados nas bordas do talude;

»» uso de cinto de segurança, em serviços dentro da vala, quando existir risco de queda
acima de 2m de altura. (Exemplo: trabalhos de colocação de formas e ferragens);

»» efetuar isolamento de área;

»» os materiais retirados da escavação devem ser depositados a uma distância superior


à metade da profundidade, medida a partir da borda do talude, ou ser transferidos
diretamente no caminhão caçamba;

»» não efetuar serviços em períodos de chuvas;

»» instalar iluminação adequada para os serviços noturnos;

»» orientar o posicionamento e o trânsito de equipamentos e máquinas, de tal forma


que não faça peso nas bordas dos taludes das valas.

6.3 Forma ( de Pilar, viga e laje)

6.3.1 Riscos:

»» prensagem, perfuração e escoriações das mãos;

»» queda de pessoas e materiais;

»» projeção de partículas;

»» esforço excessivo / postura.

6.3.2 Causas:

»» transporte e manuseio de ferragem / pregos com pontes expostas / desatenção;

»» falta de proteções / desatenção no manuseio de ferragens ou no transporte;

»» ruptura de materiais, durante o travamento de pilar;

»» postura incorreta / transporte com individual excessiva.

45
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

6.3.3 Medidas preventivas:

»» orientação e supervisão no transporte e manuseio das ferragens com relação a


volume e peso corretos;

»» utilização de EPI específico (luva de raspa de couro);

»» confecção de plataformas de proteção sob área de forma e desforma. Guardacorpo


periférico na estrutura (ou fechamento de alvenaria) sinalização de segurança e uso
de E.P.I específico (cinto de segurança tipo páraquedista) obrigatório;

»» orientação e supervisão na execução das atividades e uso de EPI específico (óculo


de segurança);

»» treinamento / uso de equipamentos auxiliares.

6.4 Concretagem

6.4.1 Riscos:

»» ruptura da canalização ou emendas da concretagem;

»» queda de pessoas e materiais;

»» choque elétrico pelo uso do vibrador de concreto;

»» dermatite de contato com concreto.

6.4.2 Causas:

»» tubulação comprometida / instalação inadequada da canalização / rupturas das


emendas da canalização;

»» materiais rompimento da canalização de concretagem / queda de girica de concreto


(quando de processo simples de concretagem, por meio de giricas);

»» pessoas Falta de proteções nas extremidades (periferias) da área de concretagem,


falta de proteções nas aberturas de piso e desatenção;

»» vibrador sem aterramento elétrico adequado e operação (uso) incorreto, inclusive


com operador não habilitado;

»» falta de EPI específico (bota de borracha).

6.4.3 Medidas preventivas:

»» carga da empresa prestadora de serviços. Inspeção periódica das emendas e


situações geral dela. Canalização de concretagem montada dimensionamento e

46
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

corretamente, com apertos / encaixes certos de seus segmentos, em bom estado e


com manutenção;

»» materiais efetuar passarela com guardacorpo sempre que possível desde o


abastecimento do concreto até a área de a ser concretada;

»» instalar proteções periféricas (guardacorpo) com tela de nylon evitando eventual


descuido e queda de pessoas ou na montagem de bandejas especiais de proteção
(plataformas) no pavimento inferior ou similar;

»» operador habilitado e treinado / equipamento em bom estado de utilização, aterrado


ou com duplo isolamento;

»» uso obrigatório de EPIs básico (capacete de segurança) específicos (bota de


borracha, óculos de proteção e luva de látex / PVC em que for necessário);

»» transporte por giricas, com volume adicionado dentro, sem trasbordamento e com
elas amarradas na prancha do guincho, no transporte.

6.5 Vibrador

6.5.1 Riscos:

»» choque elétrico;

»» vibração excessiva;

»» contato com concreto.

6.5.2 Causas:

»» falta de isolamento em cabos;

»» operação do vibrador dentro do concreto;

»» derivante da vibrante no contato de mãos e pernas no concreto.

6.5.3 Medidas preventivas:

»» providências isolamento correto do equipamento, bem como das instalações gerais


do bom estado de utilização do equipamento;

»» operador treinado e capacitado para operação, com equipamento em bom estado.


Em caso de exposição prolongada, deverá haver rodízio na operação;

»» uso obrigatório de bota de PVC e luva de PVC para proteção, bem como de óculos de
proteção para respingos gerados eventualmente.

47
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

6.6 Desforma

6.6.1 Riscos:

»» projeção de Partículas e perfuração de membros;

»» quedas de pessoas e materiais durante o processo.

6.6.2 Causas:

»» exposição a materiais pontíagudos na retirada das formas e no piso (material já


retirado) falta de organização e limpeza/falta de utilização de EPI específico (luva de
raspa de couro e óculos de segurança) e EPI básico (botina e capacete de segurança);

»» não utilização de cinto de segurança tipo páraquedista shafts/escadas e aberturas


na laje sem proteção coletiva/queda de pessoas;

»» procedimento inseguro de retirada de material desformado/não amarração dos


painéis periféricos e falta de plataforma de proteção.

6.6.3 Medidas preventivas:

»» uso obrigatório de cinto de segurança tipo páraquedista em todo processo de


desforma/organização e limpeza da laje/supervisão dos trabalhos e treinamento
periódica/proteção de escadas, shafts, poços de elevadores e periferia de laje;

»» colocação de plataforma de proteção/evacuação e isolamento da área sob os


trabalhos/amarração de madeiras, painéis e periféricos / proteção dos sarilhos
e organização do material desformado (empilhamento seguro com os pregos
rebatidos);

6.7 Montagem de prémoldado

6.7.1 Riscos:

»» queda e tombamento de peças;

»» passar em baixo de pecas em içamento;

»» queda de trabalhador.

6.7.2 Causas:

»» equipamento e acessórios defeituosos;

»» ventania;

»» operação inadequada;

»» falta de isolamento de área e placas de advertência;

48
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

»» trabalhador não qualificado para operar equipamentos;

»» falta de planejamento de serviço e diálogo diário de segurança;

»» não uso do cinto de segurança;

»» falta de sinaleiro;

»» uso de escada inadequada.

6.7.3 Medidas preventivas:

»» efetuar manutenção corretiva, quando necessária, e preventiva do equipamento


periodicamente;

»» operador de equipamento deve ser qualificado;

»» efetuar isolamento de área e colocar placas de advertência antes de iniciar os


serviços de içamento;

»» efetuar planejamento de serviço e diálogo diário de segurança antes de iniciar os


serviços;

»» usar cinto de segurança tipo páraquedista ou alpinista e caboguia, quando


necessários;

»» possuir pelo menos 01 (um) sinaleiro, quando do içamento de peças;

»» usar escada que ultrapasse 1m do piso superior, devidamente amarrada e estar


afastada 1/4 da altura;

»» não realizar trabalhos de içamento ao escurecer, à noite e em períodos de chuvas,


neblinas e ventos;

»» atender as recomendações do fabricante de cabos de aço, acessórios e equipamentos,


bem como não usar gancho sem trava.

6.8 Martelete pneumático

6.8.1 Riscos:

»» queda do operador e transporte do equipamento;

»» ruído e vibração excessivo;

»» rompimento da mangueira;

»» contaminação de sílica em suspensão.

49
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

6.8.2 Causas:

»» desequílibro do operador e peso excessivo no transporte do equipamento;

»» ruído e vibração excessiva;

»» material danificado / pressão interna muito alta;

»» decorrente do processo de perfuração / rompimento.

6.8.3 Medidas preventivas:

»» somente operador treinado e capacitado pode operar o equipamento, que deve


transportar com ajuda de terceiro e posicionamento seguro no processo;

»» uso obrigatório de protetor auricular tipo concha e óculos de segurança, bem como
proceder o revezamento na operação, devido à vibração excessiva gerada;

»» equipamento em bom estado de utilização, com pressão interna adequada;

»» umedecido o material a ser operado, com operador fazendo uso obrigatório de


máscara respiratória facial para poeiras em suspensão.

6.9 Marcação de alvenaria

6.9.1 Riscos:

»» queda de pessoas;

»» queda de materiais;

»» contato manual com cimento/argamassa.

6.9.2 Causas:

»» desatenção na marcação periferia da laje e junto às aberturas no piso;

»» falta de procedimentos preliminares corretos / armazenagem incorreta;

»» falta do uso de EPI especificas no manuseio.

6.9.3 Medidas preventivas:

»» uso de proteções individuais, cinto de segurança, tipo paraquedista;

»» armazenar os blocos a serem utilizados e proceder na execução com a máxima


atenção, para evitar eventual queda dos blocos;

»» usar luva de PVC / látex flexível quando da operação de marcação para evitar
contato com cimento / argamassa.

50
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

6.10 Alvenaria externa e interna

6.10.1 Riscos:

»» queda de parede;

»» queda de materiais;

»» queda de pessoas;

»» contato com argamassa/cimento.

6.10.2 Causas:

»» trabalho inadequado e não encunhamento da parede no final do trabalho;

»» falta de atenção e trabalho realizado inadequadamente;

»» uso de andaimes inadequados / não utilização de cinto de segurança;

»» falta de uso de EPI específico (luva de látex / PVC).

6.10.3 Medidas preventivas:

»» cuidado na execução do trabalho, encunhamento da parede no final do trabalho,


evacuação e isolamento da área sob os trabalhos/treinamento e supervisão
constante;

»» utilização de EPls especificas luvas de látex ou de PVC e cinto de segurança tipo


paraquedista, quando necessário.

6.11 Fechamento de alvenaria

6.11.1 Riscos:

»» queda de materiais, ferramentas e pessoas nas aberturas do piso e periferia de laje;

»» transporte de materiais.

6.11.2 Causas:

»» abertura do piso, desatenção nos serviços, trabalho na periferia da laje, queda de


materiais devido à má arrumação no local e outros;

»» queda de materiais tijolos, blocos, massa.

6.11.3 Medidas preventivas:

»» armazenar os blocos de alvenaria afastadas no mínimo 1,5 m da abertura de piso e


periferia de lajes, bem como das ferramentas utilizadas no processo.

51
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Nota: No caso de risco de queda pessoal no assentamento de alvenaria, utilizar cinto de segurança
tipo paraquedista, fixado à estrutura resistente;

»» armazenar corretamente os blocos na prancha de carga do guincho, em disposição


(volume) e capacidade de carga.

Nota: não transportar os blocos de alvenaria em giricas, porque pode provocar acidentes na eventual
queda de blocos e também gerar desperdício do material.

6.12 Taliscamento

6.12.1 Riscos:

»» Queda de pessoas de diferença de nível. Contato término com produto químico.

6.12.2 Causas:

»» falta de proteções coletivas;

»» contato direto com as mãos no produto;

»» não uso de cinto de segurança, quando necessário.

6.12.3 Medidas preventivas:

»» locais dispostos de proteções coletivas (guardacorpos e assoalhamento correto) em


poços de elevadores, shafts, caixas de passagem, escadas e outros;

»» uso obrigatório de luvas de proteção (raspa, látex ou PVC) para proteção das mãos
e óculos de segurança para proteção de eventuais respingos;

»» uso do cinto de segurança, quando necessário.

6.13 Emboço externo

6.13.1 Riscos:

»» queda de pessoas e materiais.

6.13.2 Causas:

»» andaimes fachadeiros montados incorretamente;

»» não uso do cinto de segurança tipo paraquedista e luvas apropriadas, quando


necessário.

6.13.3 Medidas preventivas:

»» os andaimes fachadeiros e os andaimes mecânicos pesados ou leves devem ser


montados adequadamente, quando necessário;

52
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

»» uso do cinto de segurança tipo páraquedista e/ou luvas de látex ou de PVC e/ou
óculos de segurança, quando necessário.

6.14 Emboço interno

6.14.1 Riscos:

»» queda de pessoas e materiais. Contato com argamassa.

6.14.2 Causas:

»» trabalhos próximo de aberturas na laje no transporte dos materiais;

»» não uso de EPI básico e específico.

6.14.3 Medidas preventivas:

»» providenciar fechamento adequado das aberturas na laje (assoalhamento, guarda-


corpo) e instalação, quando necessário, e de andaimes, banquetes ou patamares
seguros na laje;

»» utilizar os EPI básicos como capacete e botina de segurança e os EPI especificas


corno luva de látex ou de PVC (para manusear a argamassa) e também óculos de
segurança para proteção de eventuais respingo nos olhos;

»» uso de cinto de segurança tipo páraquedista, quando necessário;

»» os andaimes devem ser montados tecnicamente correto, quando necessário.

6.15 Estrutura metálicas

6.15.1 Riscos:

»» queda de trabalhador;

»» queda de peças, parafusos, arruelas e ferramentas e, eventualmente, estes sobre os


trabalhadores.

6.15.2 Causas:

»» não uso de cinto de segurança ou uso incorreto;

»» não fixar bem as peças nas cordas ou cabos de aço, quando içamento;

»» não uso de sacola para guardar ou depositar parafusos, arruelas e ferramentas;

»» não amarrar as ferramentas no punho do braço ou na estrutura metálica;

»» soldador não deve usar cinto de segurança comum;

53
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

»» não isolamento de área;

»» falta de planejamento de serviço.

6.15.3 Medidas preventivas:

»» usar o cinto de segurança com um ou dois cabos Spia e caboguia adequados, quando
necessário;

»» uso de cinto de segurança adequado (tipo de material) para soldador, isto é, as tiras
devem ser resistentes a respingos de solda;

»» efetuar isolamento de área antes de iniciar os serviços;

»» liberação dos serviços, antes de iniciar pela manhã, pela Segurança do Trabalho.

6.16 Instalações elétricas

6.16.1 Riscos:

»» eletrocussão;

6.16.2 Causas:

»» trabalhador não qualificado;

»» existência de partes vivas expostas de circuitos e equipamentos elétricos;

»» sobrecarga no circuito elétrico;

»» falta de aterramento das estruturas e carcaças dos equipamentos elétricos.

6.16.3 Medidas preventivas:

»» a execução e manutenção das instalações elétricas devem ser realizadas por


trabalhador qualificado e a supervisão por profissional legalmente habilitado;

»» em todos os ramais destinados à ligação de equipamentos elétricos devem ser


instalados disjuntores ou chaves magnéticas, independentes, que possam ser
acionados com facilidade e segurança;

»» as estruturas e carcaças dos equipamentos elétricos devem ser eletricamente


aterradas;

»» os circuitos elétricos devem ser protegidos contra impactos mecânicos, umidade e


agentes corrosivos;

»» isolamento de emendas e derivações deve ter características equivalentes à dos


condutores utilizados;

54
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

»» os condutores devem ter isolamento adequado, não sendo permitido obstruir a


circulação de materiais e pessoas;

»» somente podem ser realizados serviços nas instalações quando o circuito elétrico
não estiver energizado;

»» máquinas ou equipamentos elétricos móveis só podem ser ligados por intermédio


de conjunto plugue e tomada.

6.17 Impermeabilização

6.17.1 Riscos:

»» irritação ou comprometimento dos olhos;

»» intoxicação e doenças profissionais (Ex. Dermatose);

»» queimaduras.

6.17.2 Causas:

»» não uso do óculos de segurança, luvas apropriadas e máscaras adequadas, quando


necessário;

»» manuseio, estocagem e manipulação de produtos de maneira incorreta Não


isolamento de área;

6.17.3 Medidas preventivas:

»» uso de óculos de segurança, luvas apropriadas e máscaras adequadas, cremes a base


de glicerina e sabão especial, quando necessário;

»» manuseio, estocagem e manipulação de produtos de maneira correta, conforme


recomendações de fabricantes e normas de segurança;

»» isolamento de área.

6.18 Serra policorte e serra circular

6.18.1 Riscos:

»» ruptura do disco de corte;

»» contato das mãos com o disco de corte;

»» projeção de partículas;

»» choque elétrico;

»» proteção das partes móveis (serra circular).

55
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

6.18.2 Causas:

»» disco montado errado, fora de especificações próprias, defeituoso;

»» desatenção, cortes de materiais não apropriados (madeira);

»» decorrente do corte de peças metálicas;

»» contato com partes energizadas, falta de isolamento.

6.18.3 Medidas preventivas:

»» montar disco dentro das especificações e em bom estado;

»» operação com a máxima atenção, com operador habilitado e materiais especificas


para o corte;

»» utilização de protetor facial ou óculos de proteção e verificação da existência de


protetor (capa) do disco de corte;

»» instalações elétricas adequadas, com aterramento da serra policorte;

»» proteção das partes inferiores da bancada da serra elétrica, com calha para depósito
do subproduto e também com comando liga/desliga por meio de botoeira (duplo
isolamento).

6.19 Forro

6.19.1 Risco:

»» queda de altura;

»» fincapino atingir o corpo do trabalhador ou de terceiros;

»» irritação nos olhos.

6.19.2 Causas:

»» não uso do cinto de segurança;

»» uso do cinto de segurança de maneira incorreta;

»» não uso de andaime adequado;

»» uso da pistola fincapino por trabalhador não qualificado;

»» uso incorreto da pistola fincapino;

»» não uso do óculos de segurança.

56
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

6.19.3 Medidas preventivas:

»» uso do cinto de segurança adequado;

»» uso do andaime tecnicamente correto;

»» uso da pistola fincapino por trabalhador qualificado;

»» uso do óculos de segurança.

6.20 Uso de pistola, fincapino

6.20.1 Riscos:

»» projeção de partículas e ricocheteamento;

»» traspassar superfícies;

»» ruidos excessivos;

»» explosão da cápsula do projétil.

6.20.2 Causas:

»» uso inadequado / pessoas neo habilitadas;

»» Superfície de baixa resistencia;

»» equipamento defeituoso;

»» não uso de EPI específico protetor auricular;

»» operação inadequada.

6.20.3 Medidas preventivas:

»» manutenção corretiva e preventiva do equipamento periodicamente;

»» habilitação e treinamento do operador do equipamento e supervisão dos trabalhos;

»» isolamento da área oposto a da execução dos trabalhos e supervisão dos trabalhos;

»» uso obrigatória de EPI específico (protetor auricular), óculos de segurança ou


protetor facial.

6.21 Pintura

6.21.1 Riscos:

»» queda de altura;

»» intoxicação, e doenças profissionais (Ex. Dermatose);

57
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

»» irritação ou comprometimento dos olhos;

»» incêndio e/ou explosão.

6.21.2 Causas:

»» não uso de EPI cinto de segurança ou uso incorreto, luva de látex, óculos de
segurança e máscara apropriada, quando necessário;

»» não uso do andaime tecnicamente correto;

»» fogo aberto, faísca ou eletricidade.

6.21.3 Medidas preventivas:

»» uso correto do cinto de segurança acima de 2m de altura;

»» uso de andaime tecnicamente correto;

»» uso de máscara apropriada, óculos de segurança, luvas de látex, cremes a base de


glicerina e sabão especial, quando necessário;

»» controle de ambientes poluídos;

»» substituição de produtos nocivos por outros menos agressivos;

»» instalação de locais adequados para despejar solventes e diluentes;

»» proibir chama aberta (cigarro etc.);

»» não provocar faísca por impactos entre objetos metálicos ou contra piso de cimento;

»» usar equipamentos ligados à terra;

»» não lavar as maoscom benzol ou outros solventes orgânicos;

»» evitar e combater a eletricidade estática;

»» estacar os materiais inflamáveis fora dos locais de pintura;

»» instalação de extintor nas proximidades;

»» exames médicos periódicos.

6.22 Colocação de esquadrias, portas e outros

6.22.1 Riscos:

»» queda de pessoas e materiais;

»» corte / lesões na montagem;

»» contato com produtos químicos.

58
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

6.22.2 Causas:

»» diferença de níveis, posicionamento incorreto, desatenção, sobrecarga de materiais;

»» materiais pontiagudo, batidas contra, fagulhas;

»» contato com solventes e outros.

6.22.3 Medidas preventivas:

»» uso de banquetas, patamares apropriados quando em colocação em altura com o


máximo cuidado, devidamente ancorados e travados;

»» uso de EPls específicos como luvas de raspa de couro, óculos de segurança, máscara
respiratória;

»» supervisão e orientação de execução.

6.23 Colocação de vidros

6.23.1 Riscos:

»» transporte;

»» estocagem;

»» colocação.

6.23.2 Causas:

»» quebrados vidros durante o transporte, estocagem e colocação.

6.23.3 Medidas preventivas:

»» transporte: Para as peças maiores, colocação em caixas de madeira ou não,


transportar sempre em número para de trabalhadores.Desobstruir, limpar e isolar
o percurso a ser utilizado;

»» estocagem: Suportes apropriados para armazenamento (tipo cavalete); piso


nivelado e regularizado; Demarcar área e colocar placas de advertência;

»» colocação: Durante a colocação a área deve ser isolada; Para as peças maiores, utilizar
pegadores; Após a colocação e até a entrega definitiva, recomendase demarcar com
X cada vidro.

6.24 Limpeza

6.24.1 Riscos:

»» retirada de entulhos;

59
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

»» contato com produtos químicos;

»» poeira.

6.24.2 Causas:

»» contato com materiais pontiagudos e cortantes;

»» manuseio de agentes como ácido muriático, thiner e outros;

»» manuseio de entulhos e materiais;

»» problemas respiratórios.

6.25.1 Medidas preventivas:

»» acondicionamento dos entulhos antes da remoção, com umedecimento dele com os


funcionários fazendo uso de EPI básico (capacete e botina de segurança) específico
(óculos de segurança, máscara respiratória e luvas apropriadas);

»» utilização de EPI específico para produto químico, como óculos de segurança


máscara respiratória para produtos químico e luva de PVC ou látex para manuseio.

»» utilização de máscara contra poeira.

6.25 Observações finais

Eventuais riscos verificados no andamento das atividades específicas nas fases de execução da obra,
e não apontados no presente documento, será passível de A.P.R. complementar (como adendo).

7. Sistemas de medidas de proteções:

7.1 Projetor, especificações técnicas e procedimentos de proteções coletivas

Os principais itens são:

»» Evitar queda de altura

»» Isolamento de área

»» Máquinas e equipamentos

»» Instalações elétricas

Os demais itens e/ou informações complementares vide nas Ordens de serviços as quais encontramse
em Anexo a este PCMAT.

60
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

1.1.1 Evitar queda em altura:

7.1.1.1 Sistema de guarda corpo e rodapé, deve atender aos seguintes requisitos:

a. ser construído com altura de 1,20m (um metro e vinte centímetros) para travessão
superior e 0,70 (setenta centímetros) para o travessão intermediário;

b. ter rodapé com altura de 0,20 em (centímetro);ter vãos entre as travessas


preenchidas com tela ou outros dispositivos que garanta o fechamento seguro da
abertura.

Consideracões:
Os guardas corpos podem ser de madeira e/ou metálicos e devem resistir a ur esforço de 150 kgm/
linear.

As madeiras devam ser de primeira qualidade e de resistência equivalente à peroba, sendo:

»» travessão inferior madeira bruta

»» rodapé tábua bruta 1” X 12”

»» ponblete madeira bruta 3” X 3”, espaçados de máximo 1,50m.

Medidas de proteção contra quedas de altura


A NR18 estabelece algumas normas para prevenção de acidentes no canteiro de obras como:

»» é obrigatória a instalação de proteção coletiva onde houver risco de queda de


trabalhadores ou de projeção de materiais;

»» as aberturas no piso devem ter fechamento provisório resistente;as aberturas, em


caso de serem utilizadas para o transporte vertical de materiais e equipamentos,
devem ser protegidas por guarda-corpo fixo, no ponto de entrada e saída de material,
e por sistema de fechamento do tipo cancela ou similar;os vãos de acesso às caixas
dos elevadores devem ter fechamento provisório de, no mínimo, 1,20m (um metro
e vinte centímetros) de altura, constituído de material resistente e seguramente
fixado à estrutura, até a colocação definitiva das portas;é obrigatória, na periferia
da edificação, a instalação de proteção contra queda de trabalhadores e projeção
de materiais a partir do início dos serviços necessários à concretagem da primeira
laje;a proteção contra quedas, quando constituída de anteparos rígidos, em sistema
de guarda-corpo e rodapé, deve atender aos seguintes requisitos:

a. ser construída com altura de 1,20m (um metro e vinte centímetros) para o
travessão superior e 0,70m (setenta centímetros) para o travessão intermediário;

61
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

b. ter rodapé com altura de 0,20m (vinte centímetros);

c. ter vãos entre travessas preenchidos com tela ou outro dispositivo que garanta o
fechamento seguro da abertura.

»» em todo perímetro da construção de edifícios com mais de 4 (quatro) pavimentos


ou altura equivalente, é obrigatória a instalação de uma plataforma principal de
proteção na altura da primeira laje que esteja, no mínimo, um pé-direito acima
do nível do terreno;essa plataforma deve ter, no mínimo, 2,50m (dois metros e
cinquenta centímetros) de projeção horizontal da face externa da construção e um
complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de extensão, com inclinação de 45o
(quarenta e cinco graus), a partir de sua extremidade;

»» a plataforma deve ser instalada logo após a concretagem da laje a que se refere e
retirada, somente, quando o revestimento externo do prédio acima dessa plataforma
estiver concluído;acima e a partir da plataforma principal de proteção devem ser
instaladas, também, plataformas secundárias de proteção, em balanço, de 3 (três)
em 3 (três) lajes;

»» essas plataformas devem ter, no mínimo, 1,40m (um metro e quarenta centímetros)
de balanço e um complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de extensão, com
inclinação de 45o (quarenta e cinco graus), a partir de sua extremidade;

»» cada plataforma deve ser instalada logo após a concretagem da laje a que se refere e
retirada, somente, quando a vedação da periferia, até a plataforma imediatamente
superior, estiver concluída;na construção de edifícios com pavimentos no subsolo,
devem ser instaladas, ainda, plataformas terciárias de proteção, de 2 (duas) em 2
(duas) lajes, contadas em direção ao subsolo e a partir da laje referente à instalação
da plataforma principal de proteção;

»» essas plataformas devem ter, no mínimo, 2,20m (dois metros e vinte centímetros)
de projeção horizontal da face externa da construção e um complemento de 0,80m
(oitenta centímetros) de extensão, com inclinação de 45o (quarenta e cinco graus),
a partir de sua extremidade, devendo atender, igualmente, ao disposto no subitem
18.13.7.2;

»» o perímetro da construção de edifícios, além do disposto nos subitens 18.13.6 e


18.13.7, deve ser fechado com tela a partir da plataforma principal de proteção;

»» a tela deve constituir-se de uma barreira protetora contra projeção de materiais e


ferramentas;a tela deve ser instalada entre as extremidades de 2 (duas) plataformas
de proteção consecutivas, só podendo ser retirada quando a vedação da periferia,
até a plataforma imediatamente superior, estiver concluída;em construções em
que os pavimentos mais altos forem recuados, deve ser considerada a primeira laje
do corpo recuado para a instalação de plataforma principal de proteção e aplicar
o disposto nos subitens 18.13.7 e 18.13.9;as plataformas de proteção devem ser
construídas de maneira resistente e mantidas sem sobrecarga que prejudique a
estabilidade de sua estrutura.

62
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

A – Medidas de proteções coletivas contra


quedas de altura
Equipamentos de proteção coletiva são aqueles que evidenciam e isolam a fonte do risco no lugar em
que ele se manifesta. As proteções coletivas que devem ser mantidas nas condições que as técnicas
de segurança estabelecem e que devem ser reparadas sempre que apresentarem uma deficiência
qualquer.

Todos os EPC adotados serão executados para garantir a integridade física dos trabalhadores, dos
visitantes e tercerizados em geral, dentro das exigências normativas da NR-18. Os EPC devem ser
inspecionados periodicamente para garantir sua segurança.

1. Sistema de guarda-corpo rígido


Dispostos de travessão superior, intermediário e rodapé, de pontaletes de madeiras secas e de boa
qualidade, sem nós, com alturas de 1,20 m, 0,70 m e 0,20 m respectivamente, com montantes
verticais em madeira também, estroncados a espaçamentos de no máximo 2,0 m.

Deve resistir a um esforço horizontal linear de 150 kg/m. Os guarda corpos também podem ser
metálicos desde que resistam ao esforço acima mencinado. Segue abaixo alguns exemplos:

Guarda corpo em madeira

Guarda corpo com estrutura de madeira e tela metálica

63
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Guarda corpo metálico

Em vãos abertos

2. Fechamento de aberturas no piso


Fechamento em madeira de primeira qualidade, diversas, com espessura mínima de 0,025 m, com
tamanhos variados, formando assoalho com encaixe inferior, de modo a evitar deslizamento ou,
assoalhamento por meio de madeirit quando da existência de ferros trançados na abertura.

64
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

As aberturas no piso devem ter fechamento provisório, exceto de utilizados para transporte vertical
de materiais e equipamentos, quando devem ser protegidos por guarda-corpo ou outros dispositivos
de segurança.

3. Proteção contra queda em altura ( bandeja /


plataforma )
São utilizadas para proteção da queda de trabalhadores ou projeção de materiais.

A plataforma principal deve ser colocada em edifícios com mais de 4 pavimentos, ou altura
equivalente, na primeira laje que esteja um pé-direito acima do terreno. Deve ser em todo o
perímetro da edificação.

As dimensões da plataforma principal são: 2,50 m de projeção horizontal da face externa da


construção e um complemento de 0,80 m de extensão, com inclinação de 45o, a partir de sua
extremidade.

Esta plataforma só deve ser retirada após ser concluído o revestimento externo do prédio. Acima
da plataforma principal devem ser instaladas plataformas secundárias, em balanço de 3 em 3 lajes.

65
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

As dimensões da plataforma secundária são: 1,40 m de balanço e um complemento de 0,80 m de


extensão com inclinação de 45o a partir de sua extremidade.

A plataforma secundária pode ser retirada quando a vedação da periferia superior a ela estiver
concluída. Em galpões industriais durante a execução da cobertura, podem ser utilizadas redes de
proteção com demonstrado abaixo.

É obrigatória a colocação de tapumes, sempre que se executarem obras de construção, demolição


ou reparos, os tapumes devem ser construídos de forma a resistirem a impactos de no mínimo,
60 Kg/m2 (sessenta quilogramas por metro quadrado) e ter altura mínima de 2,50 (dois metros e
cinquenta centímetros) em relação ao nível do terreno.

Nas construções com mais de dois pavimentos acima do nível do meio fio, executadas no alinhamento
do logradouro, devem ser construídas galerias sobre o passeio, as bordas da cobertura da galeria
deve possuir tapume fechado com altura, no mínimo, de 1,00 m (um metro) e inclinação de 45o
(quarenta e cinco graus).

Todo o perímetro de construção de edifício, além do disposto acima, deve ser fechado com tela, ou
proteção similar, a partir de 11a. (décima primeira) laje. A tela deve ser de arame padronizado, rede
de nylon ou outro material de igual resistência e ter malha de 0,03 m (três centímetros) no máximo.

A tela deve ser instalada na vertical, 1,40 m (um metro e quarenta centímetros) de face externa da
construção, fixados às plataformas de proteção, imediatamente após a instalação da plataforma
superior, e retirada, somente, quando a vedação da objetivos periferia até esta plataforma estiver
concluída.

As plataformas de proteção devem ser mantidas sem sobrecargas que prejudiquem a estabilidade
de suas estruturas e podem ser substituídas por vedação fixa externa em toda a altura da construção
(andaimes fachadeiros).

Exemplo de proteção coletiva em cobertura de estrutura metálica:

66
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

B – Medidas de proteção individual contra


quedas de altura
Deve ser dada prioridade às medidas de proteção coletiva contra quedas de altura. Na impossibilidade
de instalação da proteção coletiva, o trabalhador deve utilizar cinto de segurança tipo paraquedista,
fixado em ponto resistente ou em cabo-guia, para serviços acima de 2,00m de altura.

8. Relação de funções XEPI.

8.1 Os Gerente de Obras, Chefe de Obras, Chefe Administrativo, Enc. Administrativos,


Mestre, Técnico de Segurança do Trabalho, Assistente Técnico, Almoxarife,
Aux. Administrativo, Estagiário, Topógrafo, Técnico Laboratorista, Comprador,
Recepcionista, Apropriador, Aux. Almoxarife, Técnico de Ensaio, Fiscal e Orçamentista,
Engenheiro, Técnicos, Vigia, Enfermeira, Médico, Copeira, Tesoureiro, Office Boy,
Arquiteta, Líder, Programador, Apontador, Cozinheiro são obrigados a utilizar:

»» capacete de segurança;

»» botina de couro.

8.2 Eletricistas (até 440V) ½ Oficial de Eletricista / Cabista são obrigados a utilizar:

»» capacete de segurança;

»» botina de couro sem partes metálicas;

»» uniforme (calça e camisa);

»» óculos de segurança;

»» cinturão de eletricista para portar ferramentas;

»» cinto de segurança tipo eletricista;

»» luvas de eletricista, até 440V.

8.3 Encarregados de Campo / Enc. Mecânica / Enc. Montagem são obrigados a utilizar:

»» capacete de segurança;

»» botina de couro;

»» uniforme (calça e camisa na cor cenoura).

8.4 Soldadores / ½ Ofícial de Soldador / Caldereiro / Maçariqueiro são obrigados a


utilizar:

»» óculos de maçariqueiro;

»» máscara para soldador;

67
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

»» avental de raspa.

»» luvas de raspa;

»» mangas de raspa;

»» perneiras de raspa;

»» botina de couro, de preferência de elásticos nas laterais;

»» uniforme.

8.5 Vigias são obrigados a utilizar:

»» capacete de segurança;

»» botina de couro;

»» uniforme (cor padrão) calça e camisa;

»» apito.

8.6 Montador / Aux. de Montagem /½ Oficial Montador são obrigados a utilizar:

»» capacete de segurança;

»» botina de couro;

»» uniforme (calça e camisa);

»» cinto de segurança tipo paraquedista.

8.7 Serralheiro são obrigados a utilizar:

»» capacete de segurança;

»» botina de couro;

»» uniforme (calça e camisa);

»» óculos de segurança;

»» cinto de segurança tipo paraquedista;

»» luva de lona brim;

»» protetor auricular tipo concha.

8.8 Gesseiros são obrigados a utilizar:

»» capacete de segurança;

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pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

»» botina de couro;

»» uniforme (calça e camisa);

»» máscara contra poeira;

»» óculos de segurança;

»» cinto de segurança tipo paraquedista;

»» protetor auricular tipo concha (pistola finca-pinos).

8.9 Carpinteiros são obrigados a utilizar:

»» capacete de segurança;

»» botina de couro;

»» uniforme (calça e camisa);

»» óculos de segurança;

»» cinto de segurança tipo paraquedista;

»» cinto de segurança tipo carpinteiro;

»» luvas de PVC e calça impermeável (concretagem).

Nota: O carpinteiro que atuar como operador de serra circular deverá usar também:

»» protetor facial;

»» protetor auricular tipo concha;

»» avental de raspa.

8.10 Pedreiros são obrigados a utilizar:

»» capacete de segurança;

»» botina de couro;

»» uniforme (calça e camisa);

»» óculos de segurança;

»» cinto de segurança tipo paraquedista;

»» luvas de látex;

»» luvas de PVC;

69
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

»» calça impermeável (concrebgem);

»» avental de raspa ou impermeável (vibrador de concreto).

8.11 Armadores são obrigados a utilizar:

»» capacete de segurança;

»» botina de couro;

»» uniforme (calça e camisa);

»» óculos de segurança;

»» cinto de segurança tipo paraquedista;

»» luva de raspa;

»» luvas de PVC e calça impermeável (concretagem).

Nota: O armador que for trabalhar na bancada de armação deve usar também:

»» avental de raspa.

8.12 Serventes são obrigados a utilizar:

»» capacete de segurança;

»» botina de couro;

»» otina de PVC (borracha);

»» uniforme (calça e camisa);

»» óculos de segurança;

»» cinto de segurança tipo paraquedista;

»» luvas de raspa;

»» luvas de PVC;

»» avental de raspa ou impermeável (vibrador de concreto).

8.13 Pintores são obrigados a utilizar:

»» capacete de segurança;

»» botina de couro;

»» uniforme (calça e camisa);

70
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

»» óculos de segurança;

»» máscara contra poeira;

»» cinto de segurança tipo paraquedista;

»» luvas de látex;

»» luvas de PVC.

8.14 Encanador / ½ Oficial de Encanador:

»» capacete de segurança;

»» botina de couro;

»» uniforme (calça e camisa);

»» óculos de segurança;

»» luvas de lona brim;

»» cinto de segurança tipo paraquedista.

8.15 Vidraceiros são obrigados a utilizar:

»» capacete de segurança;

»» botina de couro;

»» uniforme (calça e camisa);

»» óculos de segurança;

»» cinto de segurança tipo paraquedista.

8.16 Instaladores de Ar Condicionado (Funileiro) são obrigados a utilizar:

»» capacete de segurança;

»» botina de couro;

»» uniforme (calça e camisa);

»» luvas de lona brim;

»» cinto de segurança tipo paraquedista

»» máscara contra poeira

71
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

9. Recomendações para funções e atividades específicas

A seguir consta recomendações para funções e atividades específicas que mereçam atenção especial.

9.1 - Operador de Serra Circular

9.1 .1 Qualificação do Operador:

»» operador deve ser qualificado;

»» possuir curso ministrado pela empresa;

»» ter experiência comprovada em Carteira de Trabalho de pelo menos 06 (seis) meses


na função.

9.1.2 E.P.I. Equipamentos de Proteção Individual:

»» capacete de segurança acoplado ao protetor facial e protetor auricular tipo concha;

»» botinas de couro;

»» avental de raspa.

9.1.3 Uniforme (camisa e calça ou macacão).

9. 2. Eletricista (para até 440V)

9.2.1 Qualificação do eletricista:

»» o eletricista deve ser qualificado;

»» capacitação mediante curso ministrado por instituição privadas ou públicas, desde


que conduzido por profissional habilidade;ter experiência comprovada em Carteira
de Trabalho de pelo menos 6 meses na função;9.2.2 E.P.I. Equipamentos de
Proteção Individual:

»» capacete de segurança;

»» óculos de segurança;

»» cinturão de eletricista para portar ferramentas;

»» cinto de segurança tipo eletricista;

»» botinas de couro, sem partes metálicas;

»» luvas de eletricista, até 440V;

»» luvas de proteção para as luvas de eletricista;

72
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

9.2.3 Uniforme:

»» camisa e calça ou macacão.

9.3 Ferramentas manuais e aparelhos - Trabalhos com pistola automática

9.3.1 Qualificações do funcionário:

O funcionário deve ser qualificado, isto é, possuir curso ministrado por instituições privadas ou
públicas, desde que conduzido por profissional habilitado.

9.3.2 E.P.I Equipamentos de Proteção Individual:

»» capacete de segurança acoplado ao protetor facial e protetor auricular tipo concha;

»» luvas de lona brim;

»» botinas de couro.

9.3.3 Uniforme:

»» camisa e calça ou macocão.

9.3.4 Não retirar a proteção da pistola automática.

9.4 Atividades de lançamento de concreto

9.4.1 E.P.I. de Proteção Individual:

»» capacete de segurança;

»» óculos ampla visão;

»» botas de PVC;

»» calça impermeável (preferência trevira);

»» luvas de PVC, cano médio.

9.4.2 Uniforme:

»» camisa e calca ou macacão.

9.4.3 Condições de Trabalho:

»» instalações elétricas adequadas;

»» condições adequadas de iluminação para trabalhos noturnos;

»» acesso seguro ao local de trabalho.

73
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

9.5 Trabalhos de limpeza

9.5.1 EPI – Equipamentos de Proteção Individual:

»» capacete de segurança ou protetor facial acoplado ao capacete (depende do tipo de


limpeza);bota de PVC ou botina de couro (dependendo do tipo de limpeza);

»» luvas de PVC comp. 54 em ou luvas de PVC comp. 36 cm ou luvas de látex ou luvas


de raspa com punho de 10cm (dependendo do tipo de limpeza);

»» respirador para vapores orgânicos ou máscara respiradora para partículas,fumos


metálicos e neblinas (dependendo do tipo de limpeza ).

9.5.2 Uniforme:

»» camisa e calça ou macacão.

9.6 Soldador

9.6.1 Qualificação do soldador:

»» possuir curso ministrado pela empresa;

»» ter experiência comprovada em Carteira de Trabalho de pelo menos 06 (seis) meses


na função;possuir curso ministrado por instituições privadas ou públicas, desde
que conduzido por profissional habilitado.

9.6.2 EPI – Equipamentos de Proteção Individual:

»» máscara em Celeron, com visor articulado, acoplado ao capacete de segurança


cor preta, com lentes retangulares incolor e filtrante apropriada ao tipo de
serviço;avental de raspa;

»» mangas de raspa;

»» perneiras de raspa;botinas de couro com elástico nas laterais;

»» óculos para maçariqueiro.

9.6.3 Uniforme:

»» camisa e calça ou macacão.

9.7. Montadores de estruturas metálicas e de andaimes

9.7.1 Qualificação do montador:

»» possuir curso ministrado pela empresa;

»» ter experiência comprovada em Carteira de Trabalho de pelo menos 06 (seis) meses


na função.

74
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

9.7.2 EPI – Equipamentos de Proteção Individual:

»» capacete de segurança

»» luvas de lona brim;

»» botina de couro.

9.7.3 Uniforme:

»» camisa e calça ou macação.

9.7.4 Montador de Andaimes:

»» Ppode ser uma das funções: carpinteiro, pedreiro ou armador.

9.8. Sinaleiro de prémoldados

9.8.1 EPI – Equipamentos de Proteção Individual

»» capacete;

»» botina de couro;

»» luva de sinaleiro, com punho fluorescente;

»» máscara (em caso de poeira);

»» óculos ampla visão (em caso de poeira);

»» colete fluorescente tipo X.

9.8.2 Uniforme:

»» camisa e calça ou macacão.

9.8.3 Rádio de comunicação com o operador do equipamento e apito.

10. PPRA programa de prevenção de riscos ambientais

10.1 Definição

O PPRA é um programa que visa à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, por meio
da antecipação, reconhecimento, avaliação e, consequentemente, controle da ocorrência de riscos
ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a
proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.

Devem ser reconhecidas condições que por sua natureza ou método de trabalho exponham o
trabalhador a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza,
intensidade / concentração do agente e do tempo de exposição.

75
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

10.2 Grupo Homogêneo de Exposição: Corresponde a um grupo de trabalhadores que


experimentam exposição semelhante a um agente de forma que o resultado fornecido pela avaliação
da exposição de qualquer trabalhador do grupo seja representativo da exposição dos outros
trabalhadores do mesmo grupo a esse agente.

10.3 Reconhecimento dos Riscos

Na construção Civil, podemos reconhecer os riscos existente no ambiente de acordo com os serviços
realizados no local.

10.3.1 Riscos Químicos:

»» Poeira Mineral: serviços de concretagem e preparação de concreto e argamassas,


escavação, utilização de martelete / rompedor, utilização de jato de areia, lavra e
transporte pesado, britagem e rebritagem, lixamento e concreto projetadoPoeira
Incômada: carpintaria (madeira)

»» Névoa de óleo: lubrificação de equipamentos e máquinas.

»» Vapores Orgânicos: limpeza com solventes, pintura, aplicação de manta asfática


e produtos com solventes orgânicos.

»» Fumos Metálicos: solda elétrica, Solda / Corte Oxi Acetilênico

»» Gases (Monóxido de Carbono): equipamentos e máquinas circulando em


ambiente fechado.Substâncias, compostos ou produtos químicos em
geral: limpezas com ácidos, desengraxantes ou detergentes, aplicação de colas,
resinas, adesivos, manipulação de cloro etc.

10.3.2 Riscos Físicos

»» Ruído

›› Ruído continuo e intermitente: operação de equipamentos pesados


(escavação e fundação), uso de martelete pneumático e perfuratrizes, lixadeiras,
esmerilhadeiras, compressores, bombas de concreto, vibradores, jato de areia,
britadores, serras (manuais, de bancada e policortes).

›› Ruído de impacto: bate-estaca, choque ou quedas de materiais.

›› Calor: trabalhos a céu aberto (agregado ao esforço físico), impermeablização


com manta asfáltica, execução de pavimentação asfáltica e exposições e fontes
aquecidas (caldeiras, forno etc.).

76
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

»» Vibrações:

›› De corpo inteiro: rolo compactados, trator (de esteira ou pneu), pá-


carregadeira, retroescavadeira, motoníveladora, caminhão caçamba/ betoneira,
escavadeira hidráulica, empilhadeira, dumper e bobcat.

›› Localizadas: vibrador, lixadeira, esmerilhadeira, martelete pneumático,


furadeira de concreto, serra circular manual, serra ticotico e policorte.

»» Radiações não lonizantes: solda (UV), trabalho a céu aberto (IR e UV).

»» Pressões Anormais: tubulões a ar comprido.

»» Umidade: trabalhos em terrenos alagadiços ou encharcados, lavarodas e serviços


de utilizem água constantemente (lixamentos, lavagens etc. ).

10.3.3 Riscos Biológicos

»» Bactérias, fungos e parasitas: escavações e demolições, limpeza de banheiro e


manipulação e transporte de lixo.

10.3.4 Riscos Ergonômicos

»» Esforço físico intenso: trabalhos em geral

»» Levantamento e transporte manual de pesos: Transporte de sacos de


cimento, cal formas, armações etc.

»» Exigência de postura inadequada: reboco, pintura e execução de forros,


colocação de pisos, escavação manual de tubulões e valetas etc.Trabalhos em
turno e noturno.

»» Jornadas de trabalho prolongadas.

10.3.5 Riscos de Acidentes

»» Arranjo físico inadequado: falta de organização, limpeza e má distribuição de


materiais pelo canteiro.

»» Ferramentas inadequadas e defeituosa.

»» Máquinas e equipamentos sem proteção

»» Iluminação inadequada: Trabalhos em subsolos, escadas mal iluminadas etc.

»» Eletricidade

77
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

»» Probabilidade de incêndio ou explosão: formas, utilização de produtos com


solventes, fundações (utilização de explosivos), utilização de materiais inflamáveis
e combustíveis, serviços que produzam gases em locais confinados.

»» Animais peçonhentos

10.4 Responsabilidade pelas avaliações

»» Técnico de Segurança do Trabalho

10.5 Periodicidade das avaliações

»» Mensalmente

10.6 Responsabilidade pela implementação

»» Chefe de Obra

11. Programa educativo

11.1 Treinamento:

PARA ASSUNTO ASPECTO LEGAL


Trabalhadores Quanto aos riscos que estão submetidos, a forma de Letra “a “,sub-ítem 18.20,1
preveni-los e os procedimentos a serem adotados
em situação de riscos – para locais confinados.
Trabalhadores Treinamentos Admissionais (*) 18.28.2
(6 horas)
Trabalhadores Treinamentos Periódicos (*) sempre que tomar 18.28.3
necessário ao inicio de cada fase da obra.
Trabalhadores Uso correto de equipamentos de proteção contra Letra “d “ sub-item 23.1.1
incêndio .
* Os trabalhadores devem receber cópias dos procedimentos e operações a serem realizados com segurança.

11.2. Relação de Funções que necessitam de Cursos de Qualificação

Funções Cursos Aspectos legal


Operador de serra circular. Operações de serra circular. 18.7.1
Soldador. Operações de soldagem e corte. 18.11.1
A ser definida pela empresa. Montagem e desmontagem de equipamentos de 18.14.1.1
transporte vertical de pessoas.
Operadores de equipamentos de transportes Operações de equipamentos de transporte vertical 18.14.9
vertical de materiais e pessoas(elevadores, de materiais e pessoas (elevadores , gruas etc).
grua, etc.)
Eletricista
Execução e manunteção das instalações elétricas
18.21.1
10.2.2.7
Operadores de maquinas, equipamentos e Operações que expunham o operador ou terceiros 18.22.1
ferramentas diversas. a riscos.

78
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

Operadores de ferramentas de fixação a Utilização segura das ferramentas. 18.22.1


pólvora (finca pinos)
Operadores Equipamentos com forca motriz própria. 11.1.5
Operadores Caldeira e vasos de pressão 13.3.5

11.3. Procedimentos para Treinamentos Admissionais, Específicos e Periódico.

Vide Ordem de Serviço No11 que consta no item 17 deste PCMAT.

11.4 Local e Recursos Admissionais para os Treinamentos.

O local a ser utilizado será o refeitório da obra. Os Recursos Audiovisuais disponíveis para os
treinamentos: Flip chart, TV, Vídeo e cassete.

12. Áreas de vivência

12.1 Dimensionamento:

Assunto Aspecto Legal Instalado Parecer


(60) funcionários)
Vasos sanitários Será instalado
Mictórios Será instalado
Lavatórios Será instalado
Bebedouros Será instalado
Chuveiros Será instalado
Local de refeição Será instalado
Vestiário Será instalado
Armários Será instalado

12.2 Croquis

A seguir consta os croquis ilustrativos dos principais assuntos das áreas de vivência.

13. Layout do canteiro de obras

79
CAPÍTULO 3
Mapa de risco

Introdução
Mapa de Risco é uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de
trabalho (sobre a planta baixa da empresa, podendo ser completo ou setorial), capazes de acarretar
prejuízos à saúde dos trabalhadores: acidentes e doenças de trabalho.

Tais fatores têm origem nos diversos elementos do processo de trabalho (materiais, equipamentos,
instalações, suprimentos e espaços de trabalho) e a forma de organização do trabalho (arranjo
físico, ritmo de trabalho, método de trabalho, postura de trabalho, jornada de trabalho, turnos de
trabalho, treinamento etc.)”.

O Mapa de Risco é utilizado para:

»» a conscientização e informação dos trabalhadores por meio da fácil visualização dos


riscos existentes na empresa;reunir as informações necessárias para estabelecer o
diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho na empresa;

»» possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os


trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção.

Etapas de elaboração:
a. conhecer o processo de trabalho no local analisado:

»» os trabalhadores: número, sexo, idade, treinamentos profissionais e saúde, jornada;

»» os instrumentos e materiais de trabalho;

»» as atividades exercidas;

»» o ambiente.

b. identificar os agentes de riscos existentes no local analisado, conforme a classificação


da tabela I;

c. identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia:

»» medidas de proteção coletiva;

»» medidas de organização do trabalho;

80
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

»» medidas de proteção individual;

»» medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários,


bebedouros, refeitórios, área de lazer.

d. identificar os indicadores de saúde:

»» queixas mais frequentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos


riscos;

»» acidentes de trabalho ocorridos;

»» doenças profissionais diagnosticadas;

»» causas mais frequentes de ausência ao trabalho.

e. conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local;

f. elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa, indicando por meio do


círculo:

»» o grupo a que pertence o risco;

»» o número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do


círculo;

»» a especificação do agente (por exemplo: químico-sílica, hexano, ácido clorídico;


ou ergonômico);

»» repetividade, ritmo excessivo que deve ser anotada também dentro do círculo;

»» a intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve


ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes dos círculos.

Após discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial, deverá ser afixado em
cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso para os trabalhadores.

No caso das empresas de indústrias de construção, o Mapa de Riscos do estabelecimento deverá


ser realizado por etapa de execução dos serviços, devendo ser revisto sempre que um fato novo e
superveniente, modificar a situação de riscos estabelecida.

Classificação de riscos
Classificam-se os principais riscos ocupacionais em grupos, de acordo com a sua natureza e a
padronização das cores correspondentes.

81
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

GRUPO I: GRUPO II: GRUPO III: GRUPO IV: GRUPO V:


VERDE VERMELHO MARROM AMARELO AZUL
Riscos Físicos Riscos Químicos Riscos Biológicos Riscos Ergonômicos Riscos de Acidentes
Ruído Poeiras Vírus Esforço físico intenso Arranjo físico inadequado
Levantamento e transporte Máquinas e equipamentos sem
Vibrações Fumos Bactérias
manual de peso proteção
Exigência de postura Ferramentas inadequadas ou
Radiações ionizantes Névoas Protozoários
inadequada defeituosas
Radiações não Controle rígido de
Neblinas Fungos Iluminação inadequada
ionizantes produtividade
Imposição de ritmos
Frio Gases Parasitas Eletricidade
excessivos
Probabilidade de incêndio ou
Calor Vapores Bacilos Trabalho em turno e noturno
explosão
Substâncias,
Jornada de trabalho
Pressões anormais compostos ou produtos Armazenamento inadequado
prolongadas
químicos em geral
Umidade Monotonia e repetitividade Animais peçonhentos
Outras situações de risco que
Outras situações causadoras
poderão contribuir para a
de stress físico e/ou psíquico
ocorrência de acidentes

Requisitos
A NR 05 estabelece em linhas gerais como se pretende que o Mapa de Riscos seja feito. Para isso a
CIPA terá de assumir certas atribuições específicas. Das informações necessárias à elaboração do
mapa, muitas já devem estar registradas em atas de reunião ou em outros documentos produzidos
pela Comissão.

As que faltarem, tanto na área de engenharia de segurança como na da medicina do trabalho,


deverão ser obtidas junto ao SESMT e, na sua ausência, os representantes do empregador devem se
incumbir de contatar os órgãos administrativos ou especialistas que possam ajudá-la.

O importante é que as informações sejam verdadeiras, tornando o Mapa de Riscos um retrato da


situação de segurança e higiene nos ambientes de trabalho. Como não há um modelo que possa
servir para todos os casos, a forma operacional e os mecanismos para a elaboração do mapa, devem
ser decididas entre a Comissão, a administração da empresa e o SESMT.

A estrutura gráfica do mapa deve um layout da empresa. Isso se torna inviável se a empresa tiver
uma área muito grande, sendo preferível, nesse caso, dividir a área em setores específicos a fazer
um mapa para cada um. Para esse layout, basta uma planta baixa em que possam ser identificados
os locais dos riscos. Os riscos devem ser representados no mapa por meio de cores, de acordo com
a Tabela I, em círculos que devem, ser proporcionais à intensidade.

Como não há fórmula definida para calcular a proporcionalidade proposta, ela pode ser estipulada
pelos elaboradores do mapa. As anotações de todas as informações propostas pelo anexo IV dentro
dos círculos, só poderão ser feitas com o auxílio do recurso de legendas, o que é lícito do ponto de
vista informativo e atinge aos objetivos do mapa.

82
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

Identificação e reconhecimento dos agentes


de risco
Dificuldades eventuais que devem ser levadas em consideração:

»» nem sempre, ou nem todos , tiveram oportunidade de estudar física, química,


biologia etc, em cursos anteriores;

»» se estudaram, não foi com vistas à identificação desses agentes de riscos nos
ambientes de trabalho;

»» podem ter esquecido o que aprenderam.

»» essas dificuldades, devem ser compensadas com a assistência do SESMT aos


membros da Comissão, evitando assim, mal entendimentos na sua identificação.

Atuação dos cipeiros no levantamento de


informações
1. Observar os agentes de riscos de cada um dos cinco grupos, segundo a sua
classificação.

2. Conversar com os trabalhadores da área expostos a esses agentes ou que trabalham


próximos deles.

3. Obter opiniões e informações sobre como podem estar sendo afetados.

4. Recorrer à chefia da área se achar conveniente, para esclarecimentos adicionais.

5. Relacionar, com detalhes possíveis de serem obtidos, todos os riscos levantados.

6. Com as informações preliminares em mãos, recorrer à seção de Segurança se


existente, para revisar e consolidar os dados que irão compor o mapa da área.

Agentes de riscos quantificáveis e mensuráveis


Levar em consideração que os grupos dos agentes químicos, físicos e biológicos, os riscos são
mensuráveis ou quantificáveis por meio de técnicas e instrumentos específicos de pesquisa ambiental
ou laboratorial.

Caso não existam dados comprovados por pesquisa ambiental, os que forem afixados no mapa
devem levar a observação provisória.

83
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Os riscos ergonômicos e mecânicos não são facilmente mensuráveis por meios científicos; podem,
no entanto, ser quantificáveis em razão da incidência na área e avaliável pela experiência ou
informações estatísticas.

Parâmetros
Como não se tem uma definição dos tamanhos e formas de apresentação gráfica dos riscos, definimos
aqui um critério dentro de uma certa coerência.

AGENTES DE PEQUENO MÉDIO GRANDE


RISCOS
Físicos, Químicos Quando os agentes Quando as condições Quando a concentração, intensidade, tempo de exposição
e Biológicos existem no ambiente, agressivas dos agentes etc. estejam acima dos limites considerados toleráveis pelo
mas de concentração estiverem abaixo dos organismo humano e não há proteção individual ou coletiva
ou intensidade tal que a limites toleráveis para as eficiente.
capacidade de agressão pessoas, mas ainda causam
Quando não existem dados precisos sobre concentração,
às pessoas possa ser desconforto - com ou
intensidade, tempo de exposição etc., e, comprovadamente,
considerada desprezível. sem proteção individual ou
os agentes estejam afetando a saúde do trabalhador, mesmo
coletiva.
que existam meios de proteção individual e coletiva.
Ergonômicos Podem ser considerados Podem ser consideradas as Quando for flagrante:
trabalhos que cansam, com situações citadas no item
* trabalho permanente e excessivamente pesado;
pouca probabilidade de seguinte, quando ocasionais.
afetar a pessoa. *postura totalmente em desacordo com a posição e
movimentos normais do corpo, em longos períodos;
*jornada de trabalho com muitas horas extras;
*serviços com movimentos rápidos e repetitivos por longos
períodos.
de Acidentes Podem ser considerados Podem ser consideradas as Quando forem evidentes casos que podem causar lesões
(mecânicos) os trabalhos que não características dos meios e sérias como:
se aproximam os dos processos e trabalho
*máquinas, equipamentos, plataformas, escadas etc, que
trabalhadores de pontos que expõem as pessoas
estiverem desprovidos dos meios de segurança;
agressivos, como, por em perigo, com pouca
exemplo, em máquinas probabilidade de lesões *arranjo físico for ou estiver de tal forma a comprometer
automáticas. sérias. seriamente a segurança das pessoas;
*ferramentas manuais forem ou estiverem visivelmente
compromentendo a segurança dos usuários;
*o armazenamento ou transporte de materiais forem
desordenados e visivelmente inseguros.

Elaboração do mapa
Conhecer o processo de trabalho no local analisado:

»» os trabalhadores: número, sexo, idade, treinamentos profissionais e de segurança


e saúde, jornada;

›› os instrumentos e materiais de trabalho;

›› as atividades exercidas;

›› o ambiente.

84
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

»» Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação específica


dos riscos ambientais.

»» Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia.

»» Medidas de proteção coletiva; medidas de organização do trabalho;

»» medidas de proteção individual;

»» medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouro,


refeitório, área de lazer.

Identificar os indicadores de saúde, queixas mais frequentes e comuns entre os trabalhadores


expostos aos mesmos riscos, acidentes de trabalho ocorridos, doenças profissionais diagnosticadas,
causas mais frequentes de ausência ao trabalho.

Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local.

Classificados os agentes de riscos, pode-se começar a organizar o mapa. É necessário cuidar para
evitar confusão na classificação dos agentes e definição dos símbolos - tamanho e cor dos círculos.

Setor / Área:
N no
o
Localização Descrição resumida Observações Agente Código
mapa dos agentes
P M G

Para facilitar o preparo e a disposição dos símbolos, pode ser usado um formulário para o resumo
dos agentes de riscos levantados.

»» Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa, indicando por meio de


círculos:

›› o grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada;o número de


trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do círculo;

›› a especificação do agente (por exemplo: químico - sílica, hexano, ácido clorídrico;

85
unidAdE úniCA │ PrEVEnção dE ACidEntES

ou ergonômico-repetitividade, ritmo excessivo) que deve ser anotada também


dentro do círculo;

› a intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve


ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes de círculos;

› quando em um mesmo local houver incidência de mais de um risco de igual


gravidade, utiliza-se o mesmo círculo, dividindo-o em partes, pintando-as com a
cor correspondente ao risco.

» Completando o resumo dos riscos levantados já se tem ideia de como o mapa, sobre
uma planta baixa ou um esboço da área, em tamanho suficiente para distribuição
dos círculos-códigos.

» Dependendo do número de riscos levantados, decide-se pelo uso de círculos


individuais para cada risco ou pelo agrupamento, como demonstrado no modelo.

» Completando o mapa, com todos os agentes devidamente numerados, passa-se


para a elaboração do relatório.

» Para melhor informar os empregados, deve constar no mapa o risco a que cada
código (círculo) corresponde. A forma de indicar fica à escolha da CIPA.

» É preferível um mapa por setor de atividade, quanto mais detalhado a setorização,


melhor serão atingidos os objetivos informativo e pedagógico do mapa.

» A localização no setor também é importante, o mapa deve ser instalada onde possa
ser facilmente visto e os empregados possam parar para observá-lo.

» O mapa pode ser um painel de madeira, ou até uma simples folha de papel, desde
que cumpra o seu objetivo de bem informar e instruir.

» Após discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial,


deverá ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil
acesso para os trabalhadores.

86
PrEVEnção dE ACidEntES │ unidAdE úniCA

Administrando o mapa
Para melhor administrar o mapa de riscos, convém consolidar todas as informações num único
relativo, no qual deverá constar os riscos, os problemas que eles ocasionam ou que poderão vir a
ocasionar e as recomendações propostas. Um modelo para esse tipo de relatório é aqui mostrado. A
CIPA, em conjunto ou não com o SESMT, poderá adaptá-lo, se for o caso, criar um novo desde que
atenda a sua finalidade.

É importante que seja mantido algum tipo de registro dos riscos expostos no mapa, para que possam
ser administrativos.

O relatório poderá ser exposto ao lado do mapa para melhor informar os empregados sobre os riscos
das suas áreas de trabalho, atividades, as recomendações.

O relatório servirá também para manter o empregado informado sobre os resultados dessa atividade
da CIPA e dos pontos a serem melhorados no ambiente de trabalho, do ponto de vista da segurança
e da saúde dos trabalhadores.

É recomendável que o mapa e o relatório sejam atualizados à medida que as condições apontadas
no mapa sofram alterações.

Mapa de Riscos do Setor


Riscos No no Mapa Consequência No de Trab. Recomendações
GRUPO 1 - RISCOS FÍSICOS
Unidade - água do piso 2 Desconforto; frio nos pés; 15 Instalar ladrão no tanque
escorregamento
GRUPO 2 - RISCOS QUÍMICOS
Poeiras: metálica, lixa, resina 1 Desconforto e doenças respiratórias 4 Instalar exaustão; uso de
protetor respiratório
GRUPO 3 - RISCOS BIOLÓGICOS
Fungos na parede do sanitário 3 Riscos à saúde dos usuários 160 Revestir a parede com
produto impermeável
GRUPO 4 - RISCOS ERGONÔMICOS
Postura incorreta: agachado 4 Cansaço lombar; dores na coluna 1 Fazer suportes para poder
(pintura) pintar em pé
GRUPO 5 - RISCOS DE ACIDENTES
Esmeril sem proteção no 5 Não retenção de fagulhas ou estilhaços 4 Instalar capa protetora nos
rebolo do rebolo rebolos

87
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais


- PPRA
É importante salientar que, a NR-9 que estabelece a obrigatoriedade e os critérios para a elaboração
do PPRA, menciona o envolvimento da CIPA e o aproveitamento das informações contidas no Mapa
de Risco.

9.6.2 -” O conhecimento e a percepção que os trabalhadores do processo de


trabalho e dos riscos ambientais presentes, incluindo os dados consignados
no Mapa de Riscos, previsto na NR-5, deverão ser considerados para fins de
planejamento e execução do PPRA em todas as suas fases.”

Setor / Área:
Data:___/___/____
No no Localização Descrição resumida Observações Agente Código
mapa dos agentes P M G

88
CAPÍTULO 4
Laudo Técnico de Condições
Ambientais do Trabalho – LTCAT

Introdução
O Perfil Profissiográfico Previdenciário, mais conhecido como PPP, constitui-se em um documento
histórico-laboral do trabalhador que reúne, entre outras informações, dados administrativos,
registros ambientais e resultados de monitoração biológica, durante todo o período em que este
exerceu suas atividades.

Esse documento deverá ser elaborado pela empresa, de forma individualizada para seus empregados,
trabalhadores avulso e cooperados, que laborem expostos a agentes nocivos. É obrigatório o
fornecimento do PPP ao trabalhador.

O PPP serve para assegurar ao trabalhador o benefício de Aposentadoria Especial a que tem direito
quando tiver trabalhado em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física
durante 15, 20 ou 25 anos, de acordo com o nível de exposição a agentes nocivos. Isso deve ser
comprovado por demonstrações ambientais, podendo ser usado os seguintes documentos:

»» Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA;

»» Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR;

»» Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção


– PCMAT;

»» Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO;

»» Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho – LTCAT;

»» Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP;

»» Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT.

Laudo técnico de condições ambientais do


trabalho
Os formulários para requerimento dessa aposentadoria especial antigamente eram o SB-40, DISES-
BE 5235, DSS-8030 e DIRBEN 8030, segundo seus períodos de vigência. Até 1o de janeiro de 2004,
o único documento exigido do segurado era o formulário para requerimento deste benefício, mas
poderia ser exigido o LTCAT. Após essa data, foi dispensada a apresentação desse laudo.

89
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

O LTCAT deve ser elaborado a cargo de médico ou engenheiro do Trabalho, registrado no Ministério
do Trabalho e Emprego. Nesse laudo deve constar:

a. dados da empresa;

b. setor de trabalho, descrição dos locais e dos serviços realizados em cada setor;

c. condições ambientais do local de trabalho;

d. registro dos agentes nocivos, sua concentração, intensidade,

e. tempo de exposição, conforme limites previstos nas normas de segurança e medicina


do trabalho;

f. duração do trabalho que exponha o trabalhador aos agentes nocivos;

g. informação sobre existência de tecnologia de proteção individual ou coletiva que


diminua a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância, e recomendação
de sua adoção pela empresa;

h. métodos, técnica, aparelhagem e equipamentos utilizados na avaliação pericial;

i. data e local da realização da perícia;

j. conclusão do perito, com informação clara e objetiva, sobre se os agentes nocivos


são ou não prejudiciais à saúde ou à integridade física do trabalhador.

Por esses motivos o Laudo Técnico não tem um período fixo de validade, ele serve como um Raio –
X, especificando a situação atual do trabalhador, mas devendo ser permanentemente atualizado se
as condições do ambiente de trabalho deste se modificarem.

O LTCAT não é um programa, mas um laudo assim ele deve descrever a situação encontrada na
empresa e não tem que propor medidas corretivas, mas deve ser conclusivo sobre quem deve fazer
jus à aposentadoria especial.

90
CAPÍTULO 5
Laudo de insalubridade e laudo de
periculosidade

Introdução
Insalubridade, em termos laborais, significa “o ambiente de trabalho hostil à saúde, pela presença
de agentes agressivos ao organismo do trabalhador, acima dos limites de tolerância permitidos
pelas normas técnicas. O artigo 189 da Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT, estabelece que:

“Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua


natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a
agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da
natureza e da intensidade do agente e o tempo de exposição aos seus efeitos”.

A periculosidade em saúde e segurança do trabalho, por sua vez, é a caracterização de um risco


imediato, oriundo de atividades ou operações, em que a natureza ou os seus métodos de trabalhos
configurem um contato permanente, ou um risco acentuado.

A legislação contempla as atividades associadas a explosivos e inflamáveis (CLT, art.193, e NR16 do


MTE), a atividade dos eletricitários (Lei no 7.369/1985 e seu Decreto no 93.412/86) e as atividades
em proximidade de radiação ionizante e substancias radioativas (Portaria MTE no 3.393/1987 e
518/2003). Mais recentemente, incluído pela Lei no 12.740, de 2012, também faz jus ao adicional
quando sujeitos a roubos ou a outras espécies de violência física nas atividades profissionais de
segurança pessoal ou patrimonial.

A caracterização da insalubridade ou periculosidade deve ser feita por Engenheiro de Segurança do


Trabalho ou Médico do Trabalho conforme artigo 195 da CLT:

Art. 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade,


segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia
a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no
Ministério do Trabalho.

Roteiro dos laudos de insalubridade/


periculosidade
A Portaria no 3.311 de 29 de Novembro de 1989 foi revogada, porém, nela consta uma Instrução para
Elaboração de Laudo de Insalubridade e Periculosidade que pode ser utilizada, pois é um modelo
básico, isto é, no qual consta o mínimo que esse tipo de laudo deve apresentar, in verbis:

91
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

“Instrução para elaboração de laudo de insalubridade e periculosidade

1 - Identificação

Neste item deve constar a identificação do laudo como: no do processo, nome e


endereço postal da empresa, nome do requerente.

2 - Identificação do local periciado

Neste item deve constar os elementos necessários à identificação do local


no qual a perícia é realizada, tais como: Divisão de..., Seção..., da fábrica...,
localizada no…

3 - Descrição do ambiente de trabalho

Neste item, devem constar os elementos necessários à caracterização do


ambiente de trabalho, tais como: arranjo físico, metragens da área física,
condições gerais de higiene, ventilação, iluminação, tipo de construção,
cobertura, paredes, janelas, piso, mobiliário, divisória etc.

4 - Análise qualitativa

4.1 - Da função do trabalhador - esclarecer, com os verbos no infinitivo,


todos os tipos de tarefas que se compõe a função. P. ex.:

Auxiliar Administrativo - a) datilografar textos -b> anotar recados - c) atender


telefone etc...4.2 - das etapas do processo operacional

- observando o desenrolar das atividades e/ou do movimento do maquinário,


especificar as fases do método de trabalho, inclusive questionando o supervisor
de turma e, sempre, um ou mais empregados.

4.3 - dos possíveis riscos ocupacionais - o técnico especializado deve ser


capaz de perceber e avaliar a intensidade dos elementos de risco presentes no
ambiente de trabalho ou nas etapas do processo laborativo, ou ainda corno
decorrentes deste processo laborativo. Este

item pressupõe o levantamento, em qualidade, dos riscos a que se submete o


trabalhador durante a jornada de trabalho.

4.4 - do tempo de exposição ao risco - a análise do tempo de exposição


traduz a quantidade de exposições em tempo (horas, minutos, segundos) a
determinado risco operacional sem proteção, multiplicado pelo número de
vezes que esta exposição ocorre ao longo da jornada de trabalho. Assim, se o
trabalhador ficar exposto durante 5 minutos, por exemplo, a vapores de amônia,
e esta exposição se repete por 5 ou 6 vezes durante a jornada de trabalho, então
seu tempo de exposição é de 25 a 30 min/dia, o que traduz a eventualidade do
fenômeno. Se, entretanto, ele se expõe ao mesmo agente durante 20 minutos e
o ciclo se repete por 15 a 20 vezes, passa a exposição total a contar com 300 a
400 min/dia de trabalho, o que caracteriza uma situação de intermitência. Se,

92
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

ainda, a exposição se processa durante quase todo ou todo o dia de trabalho,


sem interrupção, diz-se que a exposição é de natureza continua.

5 - Análise quantitativa

É a fase que compreende a medição do risco imediatamente após as


considerações qualitativas, guardando atenção especial à essência do risco
e ao tempo de exposição. Esta etapa ou fase pericial só é possível realizar
quando o técnico tem convicção firmada de que os tempos de exposição, se
somados, configuram uma situação intermitente ou continua. A eventualidade
não ampara a concessão do adicional, resguardados os limites de tolerância
estipulados para o risco grave e iminente.

Tanto o instrumental quanto a técnica adotados, e até mesmo o método de


amostragem, devem constar por extenso, de forma clara e definida no corpo
do laudo. Idêntica atenção deve ser empregada na declaração dos valores,
especificando, inclusive, os tempos horários inicial e final de cada aferição.
Já a interpretação e a consequente análise dos resultados necessitam estar de
acordo com o prescrito no texto legal, no caso, a Norma Regulamentadora.
Caso a contrarie, será nula de pleno direito.

6 - Conclusão

6.1 - Fundamento científico - se o instituto de insalubridade e da


periculosidade pressupõe o risco de adquirir doença ou de sofrer um acidente
a partir de exposição a elementos agressores oriundos do processo operacional
ou dele resultantes, o técnico tem que demonstrar, obrigatoriamente, toda
a cadeia de relação causa e efeito existente entre o exercício do trabalho
periciado com a doença ou o acidente. O fundamento científico compreende,
então, as vias de absorção e excreção do agente insalubre, o processo orgânico
de metabolização, o mecanismo de patogenia do agente no organismo humano
e as possíveis lesões.

6.2 - Fundamento legal - é tudo aquilo estritamente previsto nas Normas


Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho, Portaria MTb no
32141/1978 e Lei no 6.5141/1977. As “Atividades e Operações Insalubres” -
acham-se listadas na NR 15 e Anexos, ao passo que as “Atividades e Operações
Perigosas” são aquelas enquadradas nas delimitações impostas pela NR 16 e
Anexos, sem contar com os textos da Lei no 6.5141/1977, artigos 189 e 196,
e do Decreto no 93 A12186, este último específico para os riscos com energia
elétrica.”

Contudo o item “4.4 – Tempo de Exposição ao Risco”, apesar de ser bastante elucidativo, não
pode ser mencionado por não ter valor legal. Assim, com relação ao tempo de exposição é melhor
considerar o exposto a seguir.

93
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Tempo de exposição a ser considerado


Todas as dúvidas, envolvendo adicionais de Insalubridade e Periculosidade, recaem sobre a questão
do tempo de exposição.

Profissionais que trabalham em empresas, que prestam serviços a empresas ou são Assistentes
Técnicos de Reclamadas em Reclamações Trabalhistas tem uma visão diferente daqueles que
trabalham para Sindicatos de Trabalhadores ou Reclamantes em Ações Judiciais.

Sabendo que Peritos Judiciais, devem ser imparciais, então, na Justiça do Trabalho,o tempo de
exposição, para conseguir o devido embasamento legal com o rigor técnico que cada situação sob
análise enseja, deve ser seguido do pensamento do Engenheiro de Segurança do Trabalho Sr. André
Lopes Netto, ex-Presidente da Sociedade Brasileira de Engenharia de Segurança do Trabalho, a
SOBES:

“...há que se analisar cada situação, em particular, e discernir com bom - senso
o verdadeiro sentido das expressões para poder correlacioná-las com o espírito
do diploma legal.”

O Engenheiro André Lopes Netto em entrevista publicada na Revista CIPA, no 319, mencionou:

“Habitual – o que acontece ou se faz por hábito, frequente, comum, usual;

Permanente – constante, duradouro, ininterrupto;

Intermitente – não contínuo, interrupto a espaços; o que pára por intervalos;

Eventual – depende de acontecimento incerto, fruto do acaso.”

O item 4.4 da Portaria no 3.311/1989 pode ser utilizado como norte e somente nos casos de
insalubridade, pois existe uma diferença muito grande entre tempo de exposição para periculosidade
e insalubridade. Na periculosidade, numa eventualidade, pode haver um sinistro e um trabalhador
vir a perder a vida enquanto que para a insalubridade é mais difícil de um acontecimento incerto vir
a prejudicar a sua vida. Assim como o próprio André Lopes menciona, há de se analisar cada caso.

Nas questões de Periculosidade, deve-se verificar se há previsão nas Atribuições do Cargo, se há


Ordens de Serviço ou Permissões de Trabalho em que a função do trabalhador é mencionada. Se
nas Atas de CIPA, há alguma menção sobre os riscos, isto é, se está ou não o empregado à disposição
da empresa e se ele ,nesse caso, verificar que esse sobreaviso ocorria ou não, se ele adentrava em
área de risco ou não.

Insalubridade
Após as devidas definições, no item 4 e 5 do Laudo de Insalubridade devem constar quais os agentes
podem causar a insalubridade e diante disso o tipo de avaliação, pois serão consideradas atividades
ou operações insalubres as que se desenvolvem.

94
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

»» Acima dos limites de tolerância previstos nos anexos à NR-15 de números:

1 (Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente);

2 (Limites de Tolerância para Ruídos de Impacto);

3 (Limites de Tolerância para Exposição ao Calor);

5 (Limites de Tolerância para Radiações Ionizantes);

11 (Agentes Químicos cuja Insalubridade é caracterizada por Limite de Tolerância e


Inspeção no Local de Trabalho);

12 (Limites de Tolerância para Poeiras Minerais).

»» Nas atividades mencionadas nos anexos números:

6 (Trabalho sob Condições Hiperbáricas);

13 (Agentes Químicos);

14 (Agentes Biológicos).

»» Comprovadas por meio de laudo de inspeção do local de trabalho,


constantes dos anexos números:

7 (Radiações Não Ionizantes);

8 (Vibrações);

9 (Frio);

10 (Umidade).

Nesses casos, há uma discussão se o uso de EPIs pode neutralizar o risco, digo neutralizar porque
eliminar não há possibilidade, pois o risco existe.

Fica claro que eliminar o agente insalubre é adotar medidas de proteção coletiva, conservando o
ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância. Não é por outra razão que, a NR-6 da Portaria
no 3124/1978, condiciona o fornecimento do EPI a três circunstâncias:

1. sempre que as medidas de proteção coletiva forem, tecnicamente, inviáveis, ou não


assegurarem completa proteção à saúde do trabalhador;

2. no espaço de tempo em que as medidas de proteção coletiva estiverem sendo


implantadas;para atender situações de emergência.

Enquanto não for eliminado, é evidente que o agente insalubre continua acima do limite de
tolerância. Então é que se justifica a utilização de EPI, desde que:

a. seja efetivamente utilizado pelo trabalhador, dentro do princípio de vigilância


inerente à empresa (“cumprir e fazer cumprir”);

95
UNIDADE única │ PREVENÇÃO DE ACIDENTES

b. tenha efetivamente a capacidade de neutralizar o agente insalubre que, no caso,


afeta diretamente o trabalhador, dentro dos limites de tolerância;

c. torne- se, ao invés de uma medida definitiva, uma forma provisória de amenizar o
problema da insalubridade, não eximindo a empresa da obrigatoriedade legal de
eliminar o agente insalubre com medidas de proteção coletiva.

Assim deve-se considerar que o empregador tem a obrigação não só de fornecer e realizar o
treinamento, mas também de fiscalizar o uso do EPI conforme o item 6.6.1 da NR-6 – Equipamento
de Proteção Individual - EPI:

“6.6.1 - Cabe ao empregador quanto ao EPI:

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;

b) exigir seu uso;

c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional


competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;

d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda


e conservação;

e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;

f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; (grifo


nosso)

g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.” (griffo nosso)”

Além disso deve ser considera a Súmula no 289/TST:

“O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o


exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas
que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as
relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado.”

Como já informado:

“...há que se analisar cada situação em particular e discernir com bom senso o
verdadeiro sentido das expressões para poder correlacioná-las com o espírito
do diploma legal.”

Periculosidade
Quanto à periculosidade, o artigo 193 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT define que
somente poderá existir nas atividades e operações que impliquem contato permanente e com risco
acentuado com inflamáveis e explosivos. In verbis:

96
pREVENÇÃO DE ACIDENTES │ UNIDADE única

“São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da


regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua
natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com
inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado.”

Em todos esses casos existem as atividades e respectivas áreas de risco para enquadramento da
tarefa do trabalhador como perigosa, vejamos:

Inflamáveis
Definição de inflamáveis na NR-20, in verbis:

20.2. Líquidos inflamáveis.

20.3 Definições

20.3.1 Líquidos inflamáveis: são líquidos que possuem ponto de fulgor ≤ 60o C.

20.3.3 Líquidos combustíveis: são líquidos com ponto de fulgor > 60o C e ≤
93o C

20.3. Gases Liquefeitos de Petróleo - GLP.

20.3.1 Para efeito desta Norma Regulamentadora, fica definido como Gás
Liquefeito de Petróleo - GLP o produto constituído, predominantemente, pelo
hidrocarboneto propano, propeno, butano e buteno.

20.4 Outros gases inflamáveis.

20.4.1 Aplicam-se a outros gases inflamáveis, os itens relativos a Gases


Liquefeitos de Petróleo - GLP.”

As possíveis Atividades e Operações perigosas definidas no NR – 16, isto é, com RISCO ACENTUADO,
estão descritas no item 1 do Anexo I, nos itens 1 e 3 do Anexo II dessa NR, in verbis:

97
ANEXO 2
Atividades e operações perigosas com
inflamáveis

1.São consideradas atividades ou operações perigosas, conferindo aos trabalhadores que se


dedicam a essas atividades ou operações, bem como aqueles que operam na área de risco adicional
de 30%, as realizadas:

ATIVIDADE ADICIONAL DE 30%


a. Na produção, transporte, processamento e armazenamento de gás Na produção, transporte, processamento e
liquefeito. armazenamento de gás liquefeito.
b. No transporte e armazenagem de inflamáveis líquidos e gasosos Todos os trabalhadores da área de operação.
liquefeitos e de vasilhames vazios não-desgaseificados ou decantados.

c. Nos postos de reabastecimento de aeronaves. Todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam
na área de risco.
d. Nos locais de carregamento de navios-tanques, vagões-tanques e Todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam
caminhões-tanques e enchimento de vasilhames, com inflamáveis na área de risco.
líquidos ou gasosos liquefeitos.

e. Nos locais de descarga de navios-tanques, vagões-tanques e Todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam
caminhões-tanques com inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos ou na área de risco
de vasilhames vazios não-desgaseificados ou decantados.
f. Nos serviços de operações e manutenção de navios-tanque, vagões- Todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam
tanques, caminhões-tanques, bombas e vasilhames, com inflamáveis na área de risco.
líquidos ou gasosos liquefeitos, ou vazios não-desgaseificados ou
decantados.

g. Nas operações de desgaseificação, decantação e reparos de Todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam
vasilhames não-desgaseificados ou decantados. na área de risco.

h. Nas operações de testes de aparelhos de consumo do gás e seus Todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam
equipamentos. na área de risco.
i. No transporte de inflamáveis líquidos e gasosos liquefeitos em Motorista e ajudantes.
caminhão-tanque.
j. No transporte de vasilhames (em caminhões de carga), contendo Motorista e ajudantes
inflamável líquido, em quantidade total igual ou superior a 200 litros,
quando não observado o disposto nos subitens 4.1 e 4.2 deste
anexo.
l. No transporte de vasilhames (em carreta ou caminhão de carga), Motorista e ajudantes.
contendo inflamável gasosos e líquido, em quantidade total igual ou
superior a 135 quilos.

m. Nas operação em postos de serviço e bombas de abastecimento de Operador de bomba e trabalhadores que operam na área
inflamáveis líquidos. de risco.

98
│ Anexo

3. São consideradas áreas de risco:

ATIVIDADE ÁREA DE RISCO


a Poços de petróleo em produção de gás. Círculo com raio de 30 metros, no mínimo, com centro na
boca do poço.
b Unidade de processamento das refinarias. Faixa de 30 metros de largura, no mínimo, contornando a
área de operação.
c Outros locais de refinaria onde se realizam operações com inflamáveis Faixa de 15 metros de largura, no mínimo, contornando a
em estado de volatilização ou possibilidade de volatilização decorrente de área de operação.
falha ou defeito dos sistemas de segurança e fechamento das válvulas.
d Tanques de inflamáveis líquidos Toda a bacia de segurança
e Tanques elevados de inflamáveis gasosos Círculo com raio de 3 metros com centro nos pontos de
vazamento eventual (válvula registros, dispositivos de medição
por escapamento, gaxetas).
f Carga e descarga de inflamáveis líquidos contidos em navios, chatas e Afastamento de 15 metros da beira do cais, durante a
batelões. operação, com extensão correspondente ao comprimento da
embarcação.
g Abastecimento de aeronaves Toda a área de operação.
h Enchimento de vagões-tanques e caminhões-tanques com inflamáveis Círculo com raio de 15 metros com centro nas bocas de
líquidos. enchimento dos tanques.
i Enchimento de vagões-tanques e caminhões-tanques inflamáveis gasosos Círculo com 7,5 metros centro nos pontos de vazamento
liquefeitos. eventual (válvula e registros).
j Enchimento de vasilhames com inflamáveis gasosos liquefeitos. Círculos com raio de 15 metros com centro nos bicos de
enchimentos.

l Enchimento de vasilhames com inflamáveis líquidos, em locais abertos. Círculo com raio de 7,5 metros com centro nos bicos de
enchimento.
m Enchimento de vasilhames com inflamáveis líquidos, em recinto fechado. Toda a área interna do recinto.
n Manutenção de viaturas-tanques, bombas e vasilhames que continham Local de operação, acrescido de faixa de 7,5 metros de
inflamável líquido. largura em torno dos seus pontos externos.
o Desgaseificação, decantação e reparos de vasilhames não Local da operação, acrescido de faixa de 7,5 metros de
desgaseificados ou decantados, utilizados no transporte de inflamáveis. largura em torno dos seus pontos externos.
p Testes em aparelhos de consumo de gás e seus equipamentos. Local da operação, acrescido de faixa de 7,5 metros de
largura em torno dos seus pontos extremos.
q Abastecimento de inflamáveis Toda a área de operação, abrangendo, no mínimo,
círculo com raio de 7,5 metros com centro no ponto de
abastecimento e o círculo com raio de 7,5 metros com
centro na bomba de abastecimento da viatura e faixa de 7,5
metros de largura para ambos os lados da máquina.
r Armazenamento de vasilhames que contenham inflamáveis líquidos ou Faixa de 3 metros de largura em torno dos seus pontos
vazios não desgaseificados ou decantados, em locais abertos. externos.
s Armazenamento de vasilhames que contenham inflamáveis líquidos ou Toda a área interna do recinto.
vazios não desgaseificados, ou decantados, em recinto fechado.
t Carga e descarga de vasilhames contendo inflamáveis líquidos ou Afastamento de 3 metros da beira do cais, durante a
vasilhames vazios não desgaseificados ou decantados, transportados pôr operação, com extensão correspondente ao comprimento da
navios, chatas ou batelões. embarcação.

Se o Autor tiver executado tarefas enquadradas nas hipóteses acima descriminadas, de modo
permanente ou intermitente, poderá fazer jus ao adicional de 30% sobre o salário, desde que
atendido ao tempo de exposição definido no Art.193 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.

4 - Não caracterizam periculosidade, para fins de percepção de adicional:

4.1 - o manuseio, a armazenagem e o transporte de líquidos inflamáveis em


embalagens certificadas, simples, compostas ou combinadas, desde que

99
Anexo │

obedecidos os limites consignados no Quadro I abaixo, independentemente


do número total de embalagens manuseadas, armazenadas ou transportadas,
sempre que obedecidas as Normas Regulamentadoras expedidas pelo
Ministério do Trabalho e Emprego, a Norma NBR 11564/1991 e a legislação
sobre produtos perigosos relativa aos meios de transporte utilizados;

4.2 - o manuseio, a armazenagem e o transporte de recipientes de até cinco litros,


lacrados na fabricação, contendo líquidos inflamáveis, independentemente
do número total de recipientes manuseados, armazenados ou transportados,
sempre que obedecidas as Normas Regulamentadoras expedidas pelo
Ministério do Trabalho e Emprego e a legislação sobre produtos perigosos
relativa aos meios de transporte utilizados.”

Tabela 03: Quadro I, do Item 4, do Anexo 2 da NR16:

Embalagens Simples
Grupo de Grupo de Grupo de
Embalagens* I Embalagens* lI Embalagens* III
Tambores
Aço, tampa não removível. 250L
Aço, tampa removível. 250L
Alumínio, tampa não removível. 250L
Alumínio, tampa removível 250L
450L 450L
Outros metais, tampa não removível. 250L
Outros metais, tampa removível. 250L
Plástico, tampa não removível. 250L
Plástico, tampa removível. 250L
Bombonas
Aço, tampa não removível. 60 L
Aço, tampa removível. 60 L**
Alumínio, tampa não removível. 60 L
Alumínio, tampa removível. 60 L**
60 L 60 L
Outros metais, tampa não removível. 60 L
Outros metais, tampa removível. 60 L**
Plástico, tampa não removível. 60 L
Plástico, tampa removível 60 L**
* Conforme definições NBR 11564 - ABNT.
** Somente para substâncias com viscosidade maior que 200 mm2 /seg.

Segundo a Portaria MTE no 026 de 2/8/2000,


ficou definido:
“Embalagem simples: recipientes para embalar com a função de conter e
proteger;

Embalagem combinada: uma ou mais embalagens internas acondicionadas em


uma embalagem externa;

100
│ Anexo

Embalagem composta: embalagem externa e um recipiente interno, que


formem uma unidade que permaneça integrada;

Grupo de Embalagens: divide em função do nível de risco conforme Portaria


MT de 20/05/1997.”

Tabela 04: Grupo de Embalagens segundo Portaria do Ministério dos Transportes.

grupo Ponto de fulgor (oC) Ponto de ebulição (oC)


I - <=35
II <23 >35
III ≥23, <= 60,5 >35

Explosivos
As possíveis atividades e operações perigosas definidas no NR – 16, isto é, com RISCO ACENTUADO,
estão descritas no item 1 do Anexo I, dessa NR, in verbis:

ANEXO 1 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM EXPLOSIVOS

1. São consideradas atividades ou operações perigosas as enumeradas no Quadro no 1, seguinte:

NR –16 ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS (Anexo 1, item 3)


ATIVIDADES ADICIONAL DE 30%
a. No armazenamento de explosivos. Todos os trabalhadores nessa atividade ou os
que permaneçam na área de risco.
b. No transporte de explosivos. Todos os trabalhadores nessa atividade.
c. Na operação de escorva dos cartuchos de explosivos. Todos os trabalhadores nessa atividade.
d. Na operação de carregamento de explosivos. Todos os trabalhadores nessa atividade.
e. Na detonação. Todos os trabalhadores nessa atividade.
f. Na verificação de denotações falhadas. Todos os trabalhadores nessa atividade.
g. Na queima e destruição de explosivos deteriorados. Todos os trabalhadores nessa atividade.
h. Nas operações de manuseio de explosivos. Todos os trabalhadores nessa atividades.

Para o Enquadramento Legal deve haver atividade em área de risco de modo permanente/
intermitente, isto é, não eventual conforme quadro do Anexo da NR16.

Radiação ionizante
As possíveis Atividades e Operações perigosas definidas no NR – 16, isto é, com RISCO ACENTUADO,
estão descritas no Anexo dessa NR inserido pela Portaria GM no 518/2003.

101
Anexo │

Tabela 05 – Atividades/Áreas De Risco.


NR –16 ATIVIDADE S E OPERAÇÕES PERIGOSAS (Anexo)
ATIVIDADES ÁREAS DE RISCO
1. Produção, utilização, processamento, transporte, guarda,
Minas e depósitos de materiais radioativos Plantas-piloto e usinas de
estocagem, e manuseio de materiais radioativos, selados e não
beneficiamento de minerais radioativos Outras áreas sujeitas a risco potencial
selados, de estado físico e forma química quaisquer, naturais
devido às radiações ionizantes
ou artificiais, incluindo:
Lixiviação de minerais radioativos para a produção de concentrados de urânio e
1.1 Prospecção, mineração, operação, beneficiamento e
tório. Purificação de concentrados e conversão em outras formas para uso como
processamento de minerais radioativos.
combustível nuclear.
Produção de fluoretos de urânio para a produção de hexafluoreto e urânio
metálico. Instalações para enriquecimento isotópico e reconversão. Fabricação do
1.2 Produção, transformação e tratamento de materiais elemento combustível nuclear. Instalações para armazenamento dos elementos
nucleares para o ciclo do combustível nuclear. combustíveis usados. Instalações para o retratamento do combustível irradiado
Instalações para o tratamento e deposições, provisórias e finais, dos rejeitos
radioativos naturais e artificiais.
1.3 Produção de radioisótopos para uso em medicina,
Laboratórios para a produção de radioisótopos e moléculas marcadas.
agricultura agropecuária, pesquisa científica e tecnológica.
Instalações para tratamento do material radioativo e confecção de fontes.
1.4 Produção de Fontes Radioativas Laboratórios de testes, ensaios e calibração de fontes, detectores e monitores de
radiação, com fontes radioativas.
1.5 Testes, ensaios e calibração de detectores e monitores de
Laboratórios de ensaios para materiais radioativos. Laboratórios de radioquímica.
radiação com fontes de radiação.
1.6 Descontaminação de superfícies, instrumentos, máquinas, Laboratórios para descontaminação de peças e materiais radioativos Coleta
ferramentas, utensílios de laboratório, vestimentas e de de rejeitos radioativos em instalações, prédios e em áreas abertas. Lavanderia
quaisquer outras áreas ou bens duráveis contaminados com para roupas contaminadas. Transporte de materiais e rejeitos radioativos,
material radioativo. condicionamento, estocagens e sua deposição.
Instalações para tratamento, condicionamento, contenção, estabilização,
1.7 Separação isotópica e processamento radioquímico. estocagem e deposição de rejeitos radioativos. Instalações para retenção de
rejeitos radioativos.
1.8 Manuseio, condicionamento, liberação, monitoração,
Sítio de rejeitos. Instalações para estocagem de produtos radioativos para
estabilização, inspeção, retenção e deposição de rejeitos
posterior aproveitamento.
radioativos.

2. Atividades de operação e manutenção de reatores Edifícios de reatores.


nucleares, incluindo: Edifícios de estocagem de combustível.

2.1 Montagem, instalação, substituição e inspeção de Instalações de tratamento e estocagem de rejeitos radioativos.
elementos combustíveis.

Instalações para tratamento de água de reatores e separação e contenção de


2.2 Manutenção de componentes integrantes do reator e produtos radioativos.
dos sistemas hidráulicos mecânicos e elétricos, irradiados,
Salas de operação de reatores.
contaminados ou situados em áreas de radiação.
Salas de amostragem de efluentes radioativos.
2.3 Manuseio de amostras irradiadas. Laboratórios de medidas de radiação.
Outras áreas sujeitas a risco potencial às radiações ionizantes passíveis de serem
2.4 Experimentos utilizando canais de irradiação.
atingidas por dispersão de produtos voláteis.
Laboratórios semiquentes e quentes.
2.5 Medição de radiação, levantamento de dados radiológicos
Minas de urânio e tório.
e nucleares, ensaios, testes, inspeções, fiscalização e
supervisão de trabalhos técnicos. Depósitos de minerais radioativos e produtos do tratamento de minerais
radioativos.

102
│ Anexo

2.6 Segregação, manuseio, tratamento, acondicionamento e Coletas de materiais e peças radioativas, materiais contaminados com
armazenamento de rejeitos radioativos. radioisótopos e águas radioativas.
3 - Atividades de operação e manutenção de aceleradores de
Áreas de irradiação de alvos.
partículas, incluindo:

3 - 1 Montagem, instalação, substituição e manutenção de Oficinas de manutenção de componentes irradiados ou contaminados.


componentes irradiados ou contaminados Salas de operação de aceleradores.
3.2 - Processamento de alvos irradiados. Laboratórios para tratamento de alvos irradiados e separação de radioisótopos.
3.3 - Experimentos com feixes de partículas. Laboratórios de testes com radiação e medidas nucleares.
3.4 - Medição de radiação, levantamento de dados
radiológicos e nucleares, testes, inspeções e supervisão de Áreas de tratamento e estocagem de rejeitos radioativos.
trabalhos técnicos.
3.5 - Segregação, manuseio, tratamento, acondicionamento e
Laboratórios de processamento de alvos irradiados
armazenamento de rejeitos radioativos.
4 - Atividades de operação com aparelhos de raios-X, com
Salas de irradiação e de operação de aparelhos de raios-X e de irradiadores
irradiadores de radiação gama, radiação beta ou radiação de
gama, beta ou nêutrons.
nêutrons, incluindo:
4.1 - Diagnóstico médico e odontológico. Laboratórios de testes, ensaios e calibração com as fontes de radiação descritas.
4.2 - Radioterapia.
4.3 - Radiografia industrial, gamagrafia e neutronradiografia Manuseio de fontes.
4.4 - Análise de materiais por difratometria Manuseio do equipamento.
4.5 - Testes, ensaios e calibração de detectores e monitores
Manuseio de fontes e amostras radioativas
de radiação.
4.6 - Irradiação de alimentos. Manuseio de fontes e instalações para a irradiação de alimentos.
4.7 - Esterilização de instrumentos médicohospitalares. Manuseio de fontes e instalações para a operação.
4.8 - Irradiação de espécimes minerais e biológicos. Manuseio de amostras irradiadas.
4.9 - Medição de radiação, levantamento de dados
radiológicos ensaios, testes, inspeções, fiscalização de Laboratórios de ensaios e calibração de fontes e materiais radioativos.
trabalhos técnicos.
5 - Atividades de medicina nuclear. Salas de diagnóstico e terapia com medicina nuclear.
Enfermaria de pacientes, sob treinamento com radioisótopos. Enfermaria de
5.1 - Manuseio e aplicação de radioisótopos para diagnóstico
pacientes contaminados com radioisótopos em observação e sob tratamento de
médico e terapia.
descontaminação.
5.2 - Manuseio de fontes seladas para aplicação em
Área de tratamento e estocagem de rejeitos radioativos.
braquiterapia.
5.3 - Obtenção de dados biológicos d e pacientes com Manuseio de materiais biológicos contendo radioisótopos ou moléculas
radioisótopos incorporados. marcadas.
5.4 - Segregação, manuseio, tratamento, acondicionamento e
Laboratórios para descontaminação e coleta de rejeitos radioativos.
estocagem de rejeitos radioativos
6 - Descomissionamento de instalações nucleares e
Áreas de instalações nucleares e radioativas contaminadas e com rejeitos.
radioativas, que inclui:
6.1 - Todas as descontaminações radioativas inerentes. Depósitos provisórios e definitivos de rejeitos radioativos.
6.2 - Gerenciamento dos rejeitos radioativos existentes, ou
Instalações para contenção de rejeitos radioativos. Instalações para asfaltamento
sejam: tratamento e acondicionamento dos rejeitos líquidos,
de rejeitos radioativos. Instalações para cimentação de rejeitos radioativos.
sólidos, gasosos e aerossóis; transporte e deposição dos deles.
Tratamento de rejeitos minerais. Repositório de rejeitos naturais (bacia de
7 - Descomissionamento de minas, moinhos e usinas de
contenção de rádio e outros radioisótopos). Deposição de gangas e rejeitos de
tratamento de minerais radioativos.
mineração.

103
Anexo │

Para o Enquadramento Legal deve haver atividade em área de risco de modo permanente/
intermitente, isto é, não eventual conforme quadro do Anexo da NR16.

Energia elétrica
No caso de energia elétrica, o Decreto no 93.412, de 14/10/1986 regulamentou a Lei no 7.369, de 20
de setembro de 1985, instituindo salário adicional para empregados do setor de energia elétrica, em
condições de periculosidade, vejamos:

“Art. 1o São atividades em condições de periculosidade de que trata a Lei


no o
7.369, de 20 de setembro de 1985, aquelas relacionados no Quadro de
Atividades/Área de Risco, anexo a este Decreto.

Art. 2o É exclusivamente suscetível de gerar direito à percepção da remuneração


adicional que trata o artigo 1o da Lei no 7.369, de 20 de setembro de 1985, o
exercício das atividades constantes do quadro anexo, desde que o empregado
independentemente do cargo, categoria ou ramo da empresa:

I - permaneça habitualmente em área de risco, executando ou aguardando


ordens, e em situação de exposição contínua, caso em que o pagamento do
adicional incidirá sobre o salário da jornada de trabalho integral;

II - ingresse, de modo intermitente e habitual, em área de risco, caso em que


o adicional incidirá sobre o salário do tempo despendido pelo empregado na
execução de atividade em condições de periculosidade ou do tempo à disposição
do empregador, na forma do inciso I deste artigo.

§ 1o O ingresso ou permanência eventual em área de risco não geram direito ao


adicional de periculosidade.”

Todavia, o Enunciado 361 - TST definiu que o empregado com ao tempo de exposição intermitente
a eletricidade tem direito ao adicional de periculosidade integral, in verbis:

“O trabalho exercido em condições perigosas, embora de forma intermitente,


dá direito ao empregado a receber o adicional de periculosidade de forma
integral, tendo em vista que a Lei no 7.369/1985 não estabeleceu qualquer
proporcionalidade em relação ao seu pagamento.”

Para o Enquadramento Legal deve haver atividade em área de risco de modo permanente/
intermitente, isto é, não eventual conforme quadro do Decreto no 93.412/1986:

104
│ Anexo

Tabela 01: Quadro de Atividades/Área de Risco conforme Decreto no 93.412/1986.

Atividades Área de Risco


1. Atividades de construção, operação e manutenção de redes de linhas aéreas de 1. Estrutura, condutores e equipamentos de linhas
alta e baixa tensões integrantes de sistemas elétricos de potência, energizadas ou aéreas de transmissão, subtransmissão e distribuição.
desenergizadas, mas com possibilidade de energização, acidental ou por falha operacional,
- Pátio e salas de operação de subestação.
incluindo:
- Cabines de distribuição.
1.1. Montagem, instalação, substituição, conservação, reparos, ensaios e testes de:
verificação, inspeção, levantamento, supervisão e fiscalização; fusíveis, condutores, pára- - Estrutura, condutores e equipamentos de redes
raios, postes, torres, chaves, muflas, isoladores, transformadores, capacitores, medidores, de tração elétrica, incluindo escadas, plataformas e
reguladores de tensão, religadores, seccionalizadores, cestos aéreos usados para execução dos trabalhos.
carrier (onda portadora via linha de transmissão), cruzetas, relé e braço de iluminação
pública, aparelho de medição gráfica, bases de concreto ou alvenaria de torres, postes e
estrutura de sustentação de redes e linhas aéreas.
1.2. Corte e poda de árvores.
1.3. Ligação e corte de consumidores.
1.4. Manobras aéreas e subterrâneas de redes e linhas.
1.5. Manobras em subestação.
1.6. Testes de curto em linhas de transmissão.
1.7. Manutenção de fontes de alimentação de sistemas de comunicação.
1.8. Leitura em consumidores de alta tensão.
1.9. Aferição em equipamentos de medição.
1.10. Medidas de resistência, lançamento e instalação de cabo contra-peso.
1.11. Medidas de campo elétrico, rádio, interferência e correntes induzidas.
1.12. Testes elétricos em instalações de terceiros em faixas de linhas de transmissão
(oleodutos, gasodutos, etc.).
1.13. Pintura em estruturas e equipamentos.
1.14. Verificação, inspeção, inclusive aérea, fiscalização, levantamento de dados e
supervisão de serviços técnicos.
2. Atividades de construção, operação e manutenção de redes e linhas subterrâneas 2. Valas, bancos de dutos, canaletas, condutores,
de alta e baixa tensões integrantes de sistemas elétricos de potência, energizados ou recintos internos de caixas, poços de inspeção,
desenergizados, mas com possibilidade de energização acidental ou por falha operacional, câmaras, galerias, túneis, estruturas, terminais e
incluindo: aéreas de superfície correspondente.
- Áreas submersas em rios, lagos e mares.
2.1. Montagem, instalação, substituição, manutenção e reparos de: barramentos,
transformadores, disjuntores, chaves e seccionadoras, condensadores, chaves a óleo,
transformadores para instrumentos, cabos subterrâneos e subaquáticos, painéis, circuitos
elétricos, contatos, muflas, e isoladores e demais componentes de redes subterrâneas.
2.2 Construção civil, instalação, substituição e limpeza de: valas, bancos de dutos, dutos,
condutos, canaletas, galerias, túneis, caixas ou poços de inspeção, câmaras.
2.3. Medição, verificação, ensaios, testes, inspeção, fiscalização, levantamento de dados e
supervisão de serviços técnicos.
3. Atividades de inspeção, testes, ensaios, calibração, medição e reparo em equipamentos 3. Áreas das oficinas e laboratórios de testes e
e materiais elétricos, eletrônicos, eletromecânicos e de segurança individual e coletiva em manutenção elétrica, eletrônica e eletromecânica
sistemas elétricos de potência de alta e baixa tensão. em que são executados testes, ensaios, calibração e
reparos de equipamentos energizados ou passiveis
de energização acidental.
- Sala de controle e casa de máquinas de usinas e
unidades geradoras.
- Pátios e salas de operação de subestação inclusive
consumidores.
- Salas de ensaios elétricos de alta tensão.
- Sala de controle dos centros de operações.

105
Anexo │

4. Atividades de construção, operação e manutenção nas usinas, unidades geradoras, 4. Pontos de medição e cabinas de distribuição,
subestações, e cabinas de distribuição em operações, integrantes de sistema de potência, inclusive de consumidores.
energizado ou desenergizado com possibilidade de voltar a funcionar ou energizar-se
- Salas de controle, casa de máquinas, barragens de
acidentalmente ou por falha operacional, incluindo:
usinas e unidades de geradoras.
4.1. Montagem, desmontagem, operação e conservação de: medidores, relês, chaves,
- Pátios e salas de operações de subestações,
disjuntores, e religadores, caixas de controle, cabos de força, cabos de controle,
inclusive consumidoras.
barramentos, baterias e carregadores, transformadores, sistemas antiincêndio e de
resfriamento, bancos de capacitores, reatores, reguladores, equipamentos eletrônicos,
eletrônicos mecânicos e eletroeletrônicos, painéis, pára-raios, área de circulação, estruturas-
suporte e demais instalações e equipamentos elétricos.
4.2. Construção de: valas de dutos, canaletas bases de equipamentos, estruturas, condutos
e demais instalações.
4.3. Serviços de limpeza, pintura e sinalização de instalações e equipamentos elétricos.
4.4. Ensaios testes, medições, supervisão, fiscalização e levantamentos de circuitos e
equipamentos elétricos, eletrônicos de telecomunicações e telecontrole.
5. Atividades de treinamento em equipamentos ou instalações energizadas, ou 5. Todas as áreas descritas nos itens anteriores.
desenergizadas mas com possibilidade de energização acidental ou por falha operacional.

O item 3.342 da Norma Brasileira NBR5460 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT
define o Sistema Elétrico de Potência – SEP (geração, transmissão e distribuição de energia
elétrica) descrito acima, in verbis:

“Geração – Conversão de uma forma qualquer de energia em energia elétrica;

Transmissão – Transporte de energia elétrica, caracterizada pelo valor


nominal da tensão entre a subestação elevadora e a subestação abaixadora
ou entre subestações que fazem a interligação dos sistemas elétricos de dois
concessionários, ou áreas diferentes do sistema de um mesmo concessionário;

Distribuição – Transferência de energia elétrica para os consumidores a partir


dos pontos em que se considera terminada a transmissão (ou subtransmissão)
até a medição de energia elétrica, inclusive.”

106
Para (não) Finalizar
Estes documentos são a expressão concreta da ação do engenheiro de segurança do trabalho, é
a parte mais visível de seu trabalho frente a empresa ou ao seu empregador, e é por meio destes
que o engenheiro de segurança planeja as suas atividades e ações, e avalia a sua eficiência como
profissional. Mas como mostrado aqui, estes documentos tem a casca como receita de bolo, mas o
seu conteúdo necessita cada vez mais experiência e estudos e vivencia na pratica da segurança, pois
o incremento do conhecimento e da experiência de vida refletem nos documentos produzidos e na
eficácia dele como política de segurança do trabalho.

A partir daqui os senhores, já como futuros engenheiros de segurança do trabalho, partem com
suas pernas possuindo os subsídios iniciais para a pratica da segurança do trabalho, a manutenção
e a pratica do estudo constante, é regra do profissional e segurança que quer estar sempre
correspondendo com as demandas das atividades econômicas.

Boa Sorte.

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Referências
Brasil, Ministério do Trabalho e Emprego – Normas Regulamentadoras no 09 – Brasília – 2012

Brasil, Ministério do Trabalho e Emprego – Normas Regulamentadoras no 15 – Brasília – 2012

Brasil, Ministério do Trabalho e Emprego – Normas Regulamentadoras no 18 – Brasília - 2012

Brasil, Ministério do Trabalho e Emprego – Normas Regulamentadoras no 17 – Brasília - 2012

Universidade Cândido Mendes – Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho – anotações de


aula – Rio de Janeiro – 2006

Novartis – Mapa de Risco – São Paulo - 2011

www.areaseg.com/

www.fea.unicamp.br/adm/cipa/mapa_risco

www.btu.unesp.br/cipa/mapaderisco.htm

www.cipa.unidavi.edu.br/

Brasil, Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão, Sistema Integrado de Saúde Ocupacional


do Servidor Público Civil Federal – SISOSP – Brasília – 2006

Brasil, Universidade de Brasília, Observatório de Saúde Ambiental – Brasília – 2009.

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