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Direção Geral de Planeamento, Orçamento e Gestão

Serviço de Estudos, Planeamento e Cooperação

Relações de Cooperação Cabo Verde – Nacoes Unidas no Sector da Educação

Organização das Nações Unidas


Informações Gerais

Bandeira

Tipo Organização intergovernamental

Fundação 24 de outubro de 1945 (75 anos)

Sede Nova York


(Território internacional)

Membros 193 Estados-membros


2 observadores
Árabe
Línguas oficiais
chinês
espanhol
francês
inglês
russo

Secretário-geral  António Guterres

Enquadramento Geral
1. Da Organização
Organização das Nações Unidas (ONU), ou simplesmente Nações Unidas, é
uma organização intergovernamental criada para promover a cooperação internacional.
Uma substituição à Liga das Nações, a organização foi estabelecida em 24 de outubro de
1945, após o término da Segunda Guerra Mundial, com a intenção de impedir outro conflito
como aquele. Na altura de sua fundação, a ONU tinha 51 estados-membros; hoje são 193.

A sua sede está localizada em Manhattan, Nova York, e possui extraterritorialidade. Outros


escritórios situam-se em Genebra, Nairóbi e Viena. A organização é financiada com
contribuições avaliadas e voluntárias dos países-membros. Os seus objetivos incluem
manter a segurança e a paz mundial, promover os direitos humanos, auxiliar
no desenvolvimento econômico e no progresso social, proteger o meio ambiente e prover
ajuda humanitária em casos de fome, desastres naturais e conflitos armados.

2. Das Relações

As relações cooperação entre Cabo Verde e Sistema Das Nações Unidas remontam á
segunda metade da década de 70. Inicialmente essas relações eram sobretudo através de três
agencias das Nações Unidas, a UNICEF (Fundo das Nações Unidas apara a Infancia-1976),
o Programa Alimentar Mundial(PAM-1979) e o Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento(PNUD-1978) sendo posteriormente alargadas a outras agencias,
organismos e fundos dessa organização internacional.

Essas relações foram fortalecidas ao longo dos anos, através da implementação de um


conjunto de ações financiados pelo PAM, UNICEF, PNUD, UNFPA, OMS entre outros,
com intervenções no domínio da Gavernança, Saúde, Educação, Luta contra a pobreza,
proteção do ambiente, da infância e da mulher, luta contra o HIV-SIDA, contribuindo de
forma inegável para o desenvolvimento económico e social do país e bem assim na
melhoria das condições de vida dos cabo-verdianos.
2.1 Enquadramento Jurídico
As relações de cooperação entre a República de Cabo Verde e as Nações Unidas
enquadram-se juridicamente num conjunto de Acordos assinado ao longos dos anos com as
diversas Agências e organismos dessa Instituição internacional:
 Acordo de Base Standard de Assistência – ABSA, assinada com o PNUD e
UNFPA a 31 de janeiro de 1976;
 Acordo de Base relativamente à Assistência do PAM assinado ente este e o
Governo de Cabo Verde a 5 de agosto de 1976;
 Acordo de Base de Cooperação assinado a 6 de dezembro de 1994 entre a
UNICEF e o Governo de Cabo Verde.

2.2. Principais agentes de execução da cooperação:

 UNICEF: O Fundo das Nações Unidas para a Infância (United Nation’s


Children’s Emergency Found) é um organismo internacional criado no dia 11 de
dezembro de 1946. Após a Segunda Guerra Mundial, para prestar atendimento
emergencial a milhões de crianças na Europa, Oriente Médio e China. A ideia era
auxiliar esses indivíduos que tiveram seus países duramente afetados pela guerra,
seja direta ou indiretamente. (fonte: https://www.politize.com.br/o-que-e-unicef/).

 PAM: O Programa Alimentar Mundial (PAM), Programa Mundial de Alimentação


ou Programa Alimentos para o Mundo é uma das maiores agências humanitárias do
mundo, estando filiada na Organização das Nações Unidas (ONU). O principal
objetivo do Programa Alimentar Mundial é combater a fome. Para isso, fornece
alimentos a pessoas em situação vulnerável. Em média, por ano, o PAM ajuda 90
milhões de pessoas distribuídas por 80 países. Trata-se de uma agência integrada na
Organização das Nações Unidas. A sua sede fica em Roma, embora tenha
escritórios espalhados por dezenas de países. O PAM ajuda, sobretudo, pessoas
incapazes de produzir ou obter alimentos em suficiência para si e para as suas
famílias. (fonte: https://www.dw.com/pt-002/programa-alimentar-mundial-pam/t-
38527216).

 UNFPA: O Fundo de População das Nações Unidas (ou Fundo das Nações
Unidas para Atividades Populacionais, tradução do seu nome em inglês, United
Nations Population Fund, com a sigla UNFPA) é o organismo da ONU responsável
por questões populacionais. Trata-se de uma agência de cooperação internacional
para o desenvolvimento que promove o direito de cada mulher, homem, jovem e
criança a viver uma vida saudável, com igualdade de oportunidades para todos;
apoia os países na utilização de dados sociodemográficos para a formulação de
políticas e programas de redução da pobreza; contribui para assegurar que todas as
gestações sejam desejadas, todos os partos sejam seguros, todos os jovens fiquem
livres do HIV/Aids e todas as meninas e mulheres sejam tratadas com dignidade e
respeito.(fonte: www.wikipedia.org)

 PNUD: O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) foi


criado em 1965 por meio de resolução do Conselho Econômico e Social das Nações
Unidas. É a agência líder da rede global de desenvolvimento da ONU e trabalha
principalmente pelo combate à pobreza e pelo desenvolvimento humano. O PNUD
está presente em 166 países do mundo, colaborando com governos, a iniciativa
privada e com a sociedade civil para ajudar as pessoas a construírem uma vida mais
digna. Em todas as suas atividades, encoraja a proteção dos direitos humanos e a
igualdade de gênero e raça. Em 1990, o PNUD introduziu universalmente o
conceito de Desenvolvimento Humano, que parte do pressuposto de que para aferir
o avanço na qualidade de vida de uma população é preciso ir além do viés
puramente econômico e considerar três dimensões básicas: renda, saúde e educação.
Esse conceito consiste na base do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e do
Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH), publicado anualmente pelo PNUD.
Desde 2000, o Programa também fomenta o comprometimento e a discussão em
prol do alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM)
(fonte:http://ois.sebrae.com.br/comunidades/pnud-programa-das-nacoes-unidas-
para-o-desenvolvimento).

Realizações1
 Em janeiro de 2006, em resposta às recomendações do TCPR e ECOSOC, o
Comité Executivo do Grupo de Desenvolvimento das Nações Unidas (UNDG)
e Governo de Cabo Verde, acordaram em estabelecer um escritório único das
Nações Unidas, conhecido formalmente como Escritório dos Fundos e
Programas das Nações Unidas em Cabo Verde e atualmente como Escritório
Conjunto do PNUD, UNFPA e UNICEF. Cabo Verde torna-se assim, no
primeiro e único país do mundo a ter um escritório conjunto dessas agencias,
que revelou ser uma nova e inovadora abordagem, numa arquitetura maior de
mudanças, relativamente à presença da ONU;

 Em 2007, sob forte liderança do Governo, que demostrou determinação em


fortalecer as atividades operacionais das Nações Unidas, tanto a nível local
como nacional, o país e as Nações Unidas acordaram em implementar a
iniciativa Delivering as One (DaO), que traz uma nova abordagem de
cooperação, tendo uma ONU voltada para uma maior harmonização e impacto
1
Fonte: Pagina de Nações Unidas em Cabo Verde
da sua cooperação em Cabo Verde, visando a melhoria das condições de vida
das populações, através da promoção de uma inclusão económica e social
sustentável, que coloca a ênfase no bem-estar e proteção das gerações presentes
e futuras;

 No dia 01 de janeiro de 2008, Cabo Verde graduou-se para País de Rendimento


Médio. O ato que marcou o período de transição do arquipélago de País Menos
Avançado (PMA), aconteceu, no dia 27 de Dezembro do 2007, com a entrega
oficial pelo Governo, ao então Secretário Geral da ONU, do Relatório de
Informação sobre o processo de graduação, que continha os pontos essenciais
da declaração do Grupo de Apoio à Transição (GAT) nomeadamente chamando
a atenção da Comunidade Internacional para os grandes desafios de Cabo
Verde, enquanto um SIDS, e expectativas do Governo para o período pós-
graduação. O papel das Nações Unidas nesse contexto foi crucial no
fortalecimento do diálogo sobre o financiamento ao desenvolvimento de Cabo
verde;

 Em junho de 2016, com assistência técnica do Sistema das Nações Unidas em


Cabo Verde, o Governo realiza, um Diálogo de Alto Nível, com todos os
membros de Governo e Equipa de País das Nações Unidas (UNCT) para a
discutir o processo de integração dos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) na planificação nacional. Esse encontro constituiu assim
uma oportunidade para um briefing estratégico de alto nível e para uma
discussão aprofundada relativamente à Agenda 2030 e os ODS, bem como os
mecanismos de priorização e integração dos ODS nos planos e estratégias
nacionais de desenvolvimento;

 Em junho de 2016, com assistência técnica do Sistema das Nações Unidas em


Cabo Verde, o Governo realiza, um Diálogo de Alto Nível, com todos os
membros de Governo e Equipa de País das Nações Unidas (UNCT) para a
discutir o processo de integração dos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) na planificação nacional. Esse encontro constituiu assim
uma oportunidade para um briefing estratégico de alto nível e para uma
discussão aprofundada relativamente à Agenda 2030 e os ODS, bem como os
mecanismos de priorização e integração dos ODS nos planos e estratégias
nacionais de desenvolvimento;

 Em junho de 2016, com assistência técnica do Sistema das Nações Unidas em


Cabo Verde, o Governo realiza, um Diálogo de Alto Nível, com todos os
membros de Governo e Equipa de País das Nações Unidas (UNCT) para a
discutir o processo de integração dos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) na planificação nacional. Esse encontro constituiu assim
uma oportunidade para um briefing estratégico de alto nível e para uma
discussão aprofundada relativamente à Agenda 2030 e os ODS, bem como os
mecanismos de priorização e integração dos ODS nos planos e estratégias
nacionais de desenvolvimento.

Seguimento e Avaliação – O seguimento e avaliação das acções de cooperação entre os


dois parceiros são feitos pelo Comité de Pilotagem e Grupos Temáticos, tendo como
principal actividade assegurar a coordenação entre as quatro Agências das Nações Unidas
que integram o Joint Office e o Ministérios sectoriais implicados na execução dos PTA’s.
Têm tido maior destaque as reuniões de revisão a meio percurso (balanço semestral) e as
reuniões de avaliação final (balanço anual) com os diferentes intervenientes (responsáveis
nacionais e das quatro agências das Nações Unidas).

4. Filosofia básica do parceiro: princípios, eixos e áreas de intervenção


privilegiadas

Propósitos
Na génese da criação da Organização das Nações Unidas estão um conjunto de ideais e
propósitos2 expressos no Preâmbulo do documento da sua fundação (a Carta das Nações
Unidas), designadamente: (1) Manter a paz e a segurança internacionais;
2
Carta da Nações Unidas, capítulo I, artigo 1
(2) desenvolver relações amistosas entre as Nações;

(3) realizar a cooperação internacional para resolver os problemas mundiais de carácter


económico, social, cultural e humanitário, promovendo o respeito pelos direitos humanos e
pelas liberdades fundamentais;

(4) ser um centro destinado a harmonizar a acção dos povos para a consecução dos
objetivos comuns.

Princípios
A Organização das Nações Unidas e os seus membros baseiam-se num conjunto de
princípios gerais (em conformidade com a Carta), cujo fundamento assenta-se em valores
universais como

(i) a igualdade soberana de todos os seus membros;

(ii) a defesa e manutenção da paz e segurança, justiça, solidariedade e


assistência internacionais;
(iii) a não ingerência nos assuntos estritamente internos de cada um dos seus
Estados membros;
(iv) o cumprimento das obrigações assumidas na Carta da sua criação.

Áreas de intervenção

A Organização das Nações Unidas tem uma vasta área de intervenção em todos os
domínios relacionados com os seus ideais, propósitos e princípios bem como os relativos à
promoção e proteção dos Direitos Humanos, designadamente a Educação e Saúde;
Cooperação militar; ações tendentes à manutenção da paz e segurança internacionais;
Proteção dos Direitos Humanos, da Infância e da Mulher; Ambiente, Agricultura e Energia;
luta contra a pobreza, entre outras áreas.
5. Tipos de cooperação desenvolvidos: Financiamento dos Programas
A cooperação institucional entre a República de Cabo Verde e o Sistema das Nações
Unidas é desenvolvida a dois níveis: bilateral e multilateral. A nível bilateral é traduzida
nos Programas de Cooperação desenvolvidos com as diversas agências das Nações Unidas,
com intervenções em vários sectores de desenvolvimento do país e de melhoria da
qualidade de vida dos cabo-verdianos. A nível multilateral destaca-se o apoio às iniciativas
conjuntas com outros parceiros, nomeadamente, a União Europeia, a Holanda, a Áustria e
outros organismos internacionais.

II. Cooperação no sector da Educação

As relações de cooperação entre Cabo Verde e as Nações Unidas no sector da Educação


têm sido intensas e frutíferas, com ganhos positivos para as crianças, adolescentes e jovens
cabo-verdianos, para o sector e para o país em geral. Ao longo dos anos este sector tem
beneficiado de um conjunto de programas/ações a nível de: Educação de Base; Reforço das
capacidades institucionais do Ministério de Educação; Luta contra o HIV/SIDA;
Desenvolvimento/proteção da Pequena Infância; Assistência alimentar (Cantinas
Escolares); Educação em matéria de população; Orientação e aconselhamento profissional.

Essas intervenções visam:

(i) garantir que todas as crianças, especialmente as raparigas, tenham acesso


e completem o ensino básico com qualidade;
(ii) garantir um começo de vida saudável às crianças;
(iii) prevenir a propagação da doença e para que crianças e jovens infetados
e/ou afetados pelo HIV/SIDA recebam cuidados adequados;
(iv) garantir que todas as crianças possam crescer livres da violência,
exploração e discriminação;
(v) garantir uma refeição quente às crianças do Pré-escolar e do Ensino
Básico para assim prevenir a má nutrição e carência de ferro nessa faixa
etária;
(vi) contribuir para a melhoria do estado da saúde reprodutiva entre a
população estudantil/jovem e para a igualdade e equidade de género na
população escolar;
(vii) capacitar e valorizar os recursos humanos do país;
(viii) promover um desenvolvimento equilibrado e autossustentável do país,
entre outros.

1. Educação de base
Ao longo dos anos o sector tem beneficiado de um conjunto de ações a nível da Educação
de Base, que concorrem para a consolidação dos ganhos alcançados a nível da sua
generalização bem como na melhoria da sua qualidade.

Nesse âmbito destacam-se as ações a nível do Pré-escolar com vista ao aumento da taxa de
cobertura, a melhoria da qualidade dos serviços prestados, a promoção da qualificação e
capacitação profissional dos agentes educativos; distribuição de materiais didáticos, lúdicos
e pedagógicos; fornecimento de equipamentos e outros materiais a Jardins-de-infância;
apoio à pequena infância através da melhoria das estruturas de acolhimento, de lazer e de
cuidados; apoio à elaboração de uma política integrada de pequena infância; fornecimento
de refeições quentes às crianças do Pré-escolar.

A nível do Ensino Básico, ações de implementação de estruturas de acompanhamento e de


coordenação; fornecimento de refeições quentes às crianças do Ensino Básico; a
formação/reforço das capacidades do pessoal docente; formação contínua dos Professores,
gestores e coordenadores; ações de divulgação dos direitos das crianças; melhoria do
ambiente/espaço escolar; apoio à formação inicial de professores integrando nos curricula
da formação inicial os Life Skills, a educação para a saúde; promoção de inovações
pedagógicas e de promoção da igualdade do género; fornecimento de equipamentos,
manuais, materiais e uniformes escolares; apoio à revisão curricular; apoio à
implementação de ações que concorrem para a melhoria das aprendizagens, da nutrição,
higiene e saúde escolar bem como a educação preventiva sobre o HIV/Sida e da Droga;
apoio às ações de alfabetização e de formação profissional básica para jovens e adultos e
outras ações enquadradas no âmbito do Educação Para Todos.

2. Ensino Secundário
Neste nível de ensino o destaque vai para um conjunto de ações que concorrem para a
melhoria da saúde reprodutiva dos adolescentes e jovens bem como para o
desenvolvimento de atitudes, práticas e comportamentos saudáveis, equidade e igualdade
do género. Ações ligadas à Educação em matéria de população nomeadamente: o projeto
Educação em Matéria de População e Educação para a Vida Familiar (EMP/EVF),
financiado pelo FNUAP desde a década de 80. Interveio a nível da Educação formal e não
formal e teve como objetivo fazer a integração dos conteúdos de Educação para a Vida
Familiar/Educação em Matéria de População nos curricula escolar e extraescolar, com
actividades a nível de formação/capacitação do pessoal docente (em Life Skills), elaboração
de material didático, programas e manuais; ações de orientação e aconselhamento
profissional para adolescentes e jovens; estudos sobre a sexualidade dos adolescentes, entre
outras ações.

3. Reforço Institucional
Apoio às ações de reforço institucional de forma a melhorar o desempenho no domínio da
estatística e planificação dos serviços centrais e descentralizados do Ministério de
Educação bem como na melhoria das capacidades de gestão administrativa e pedagógica
dos gestores das escolas, professores e outros agentes educativos; capacitação nas áreas
ligadas às cantinas escolares (gestão do programa e da logística, acondicionamento dos
géneros, etc.), violência sexual, abordagem por género, nutrição, higiene e saúde escolar.
De destacar um importante apoio institucional ao Ministério da Educação no âmbito do
Plano de Acção para 2003 com a UNICEF mediante o recrutamento de uma Assistente
Técnica sénior para o Gabinete de Estudos e Planeamento com a principal função de
garantir o acompanhamento global da execução dos projetos do Programa UNICEF.
Com a junção das Agências num único Escritório Conjunto das Nações Unidas em janeiro
de 2006, as funções desta AT foram readaptadas e passou a estar afeta à Direção Geral do
Ensino Básico e Secundário para o acompanhamento do processo de Revisão Curricular,
acção inscrita nos Planos de Trabalhos Anuais desde então.

4. Manutenção e Saneamento em Infraestruturas Educativas


O projeto água, higiene e saneamento implementado com o apoio da UNICEF contribuiu
para a implementação da política nacional de saneamento. Este projeto foi implementado
pelo INGRH a nível central, contudo, a abordagem descentralizada do projeto permitiu
abranger um conjunto de escolas e estabelecimentos pré-escolares por serem considerados
como locais privilegiados de intervenção para obter a longo prazo a mudança de atitudes e
comportamentos da população em relação à higiene e ao saneamento. Estas estruturas
beneficiaram de uma acção integrada de promoção de higiene (acesso à água potável,
infraestruturas de saneamento e formação sobre higiene), complementar às actividades
desenvolvidas junto às famílias, de ligação domiciliária à rede de água.
Mesmo após a junção das Agências, o projeto teve continuidade e tem possibilitado
intervenções em praticamente todos os concelhos do país. O seguimento é feito pela
Direção do Património e Equipamentos Educativos.

5. Educação em Emergência
O Projeto Educação em Emergência adiante designado EEE, foi implementada com o apoio
da UNICEF que contribui para que as escolas do país tenham uma política em matéria de
prevenção de catástrofes e como agir perante uma situação de emergência. Este projeto foi
implementado pelo Ministério da Educação e Desporto- Serviço de Estudo Planeamento e
Cooperação a nível nacional, o que permitiu abranger a todos os concelhos do país
sobretudo, as escolas que estão localizadas em zonas de risco. Estas escolas beneficiaram
de uma acção de formação em matéria de resposta em caso de situação de emergência ou
catástrofes bem como a elaboração dos Planos de Emergência e de Contingência. O
seguimento do Projeto foi feito em conjunta pelo SEPC e pela UNICEF.
6. Censo Escolar
Em parceria com a UNICEF, o Ministério da Educação e Desporto realizou em 2012, o seu
primeiro Recenseamento da Educação denominado de Censo Escolar. O objetivo do Censo
é ter uma “radiografia” do sistema educativo em Cabo Verde, o que vai permitir a
elaboração e/ou atualização da Carta Educativa, dos principais indicadores da educação,
alimentar a base de dados do Sistema Educativo e subsidiar outros estudos e políticas
públicas.
O Censo Escolar absorve as orientações emanadas nas medidas de política, tendo em
atenção os princípios e as recomendações das Nações Unidas, no que concerne, os itens a
serem contemplados nos questionários, respeitando as normas internacionais
recomendadas. O Recenseamento escolar pretendeu, entre outras coisas, garantir a
comparabilidade com os dados estatísticos recolhidos no início do ano letivo, mas também
a comparabilidade regional e internacional. Foi uma operação estatística extremamente
complexa tanto do ponto de vista da logística como financeira, mas fundamental para
qualquer país, pelo manancial de informações que põe à disposição dos decisores, ONG’s,
pesquisadores e utilizadores em geral.
As actividades realizadas tiveram uma abordagem integrada, pois congregou informações
quantitativas e qualitativas, nomeadamente em relação aos apoios sócio educativos,
condições de acesso e uso das casas de banho, da água potável, necessidades educativas
especiais e as novas TIC.

Resultados do Censdo Escolar

Nível de Ensino Nº de Estabelecimentos Recenseados Nº de Alunos Recenseados Nº de Profissionais Recenseados


Pré-Escolar 490 21834 1101
Ensino Básico 422 65641 3197
Ensino Secundário 48 2851 48438

, exploração e discriminação; (v) garantir uma refeição quente às crianças do


Pré-escolar e do Ensino
7. Pequena Infância
Tendo em conta a nova lei de bases que permite a entrada das crianças no ensino básico
mesmo que estas não frequentem o ensino pré-escolar, o Sistema das Nações Unidas
através da sua agência a UNICEF, financiou a elaboração do Plano Nacional da Pequena
Infância. Para a elaboração deste plano em que estiveram enquadradas a ex- DGEBS, a
DGPOG e a UNICEF em que foi aplicado um inquérito por amostra a nível nacional
denominado “As Competências das Crianças à Entrada do Ensino Básico” para saber as
valências das crianças neste nível de ensino. Após a aplicação do inquérito, foram
apresentados os dados num Fórum Nacional em que estiveram presentes os Delegados e os
Coordenadores do Pré-escolar.

O Fórum Nacional sobre a Pequena Infância, foi realizado na Praia a 10 de Abril de 2013,
no Hotel Praia Mar, e ressaltou a necessidade de haver uma atenção especial sobre as
crianças dos 0 aos 6 anos para melhoria das respostas existentes para as crianças dessa faixa
etária e identificar possíveis mecanismos para a melhoria da concertação entre os actores,
bem como soluções para questões de fundo que foram identificadas como problemas a
serem resolvidos e que condicionam a qualidade da prestação, seja para o Pré-escolar seja
para a educação parental.
Teve uma forte participação dos municípios, ONG’s e privados que já intervêm no domínio
do pré-escolar, os debates centraram-se mais sobre esse subsistema de educação, tendo, no
entanto, sido identificado a necessidade de se trabalhar no sentido de se colmatar a não
existência de intervenções para a educação parental, beneficiando, portanto, crianças na
faixa etária dos 0 aos 3 anos.
Foram socializadas no Fórum os produtos dos trabalhos de análise da situação sobre a
Pequena Infância (0 a 6 anos), onde se destaca a apresentação dos resultados do Estudo
sobre “As Competências das Crianças à Entrada do Ensino Básico” bem como a
formulação de elementos de solução para a melhoria das intervenções para a Pequena
Infância, com a apresentação dos cenários financeiros e modalidades de implementação no
horizonte de 2020 para a melhoria da cobertura e da qualidade das intervenções sobre a
Pequena Infância em cabo Verde. Nesse aspecto, foi apresentado e discutido o quadro que
propõe oito cenários que foram equacionados pela equipa de trabalho do Ministério da
Educação e Desportos e UNICEF, tendo sido ressaltado a possibilidade da utilização desse
modelo para a formulação de outros cenários possíveis, em função das decisões política que
forem retidas pelo Governo central em concertação com os actores intervenientes,
nomeadamente os municípios, as ONG e Associações que já intervêm no domínio do Pré-
escolar.
Deste fórum saíram algumas recomendações a ser implementadas de entre as quais a
criação de um grupo de trabalho com a designação de pontos focais de alguns ministérios a
saber:

 Ministério da Educação e Desporto;


 Ministério da Saúde;
 Ministério das Infraestruturas, Transporte e Economia Marítima;
 Ministério da Justiça;
 Ministério da Administração Interna;
 Ministério das Finanças;
 Ministério do Desenvolvimento Rural;
 Ministério da Juventude, Emprego e Desenvolvimento dos Recursos Humanos
Síntese das Relações de Cooperação Cabo Verde-Nações Unidas no
ano 2017
Projetos Ações Objetivos Resultados Principais
Desenvolvimento Específicos parceiros

Apoio ao Setor da Reforçar 92 técnicos e professores


Educação na melhoria institucionalmente o capacitados no domínio sobre a
da qualidade educativa, Sistema Educativo educação especial
Finalização , Design e impressão
através da
Dotar o Sistema de 50 exemplares do plano
implementação de
Educativo de estratégico da educação 2017-2021
ações a nível da Contribuir para o
instrumentos de 22 relatório produzidos e
Reforço educação pré-escolar, desenvolvimento Nações
planeamento de reorganizados a rede escolar de
ao Setor ensino básico do capital humano Unidas(U
longo prazo todos os concelhos do país no
da obrigatório, educação NICEF,UN
âmbito do alargamento da
Educação especial,palnificacao e FPA e
escolaridade básica de 8 anos.
gestão do sistema PGE)
Publicação/ impressão de 50
educativo.
Disponibilizar as exemplares de Anuário da
estatísticas da Educação 2015/2016; Publicação/
Educação Impressão de 50 exemplares dos
principais indicadores de
2015/2016

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