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INSTALAÇÃO DE COMPONENTES

TREINAMENTO

QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO

ENS - 004712
GDQ - 01047549

Instalação de Componentes
Processo Criogênico – NE32-003

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OBJETIVOS DO PROGRAMA:

 Qualificar e Certificar Montadores no Processo “Instalação de


Componentes;
 Orientar Engenharia de Manufatura na concepção de novos produtos e
elaboração de roteiros quanto aos cuidados, tolerâncias e tratamentos
envolventes nesta tecnologia.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA:

 Este manual tem como objetivo fornecer informações relativas a


tecnologias aplicáveis na Montagem de Componentes utilizando os
Métodos aplicáveis na EMBRAER.

CARGA HORÁRIA:

Teórica: 03 horas
OJT: 3 meses (conforme ENS-000083)
OJT: CDP’s acompanhamento Instrutor

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ÍNDICE

 PROCESSO ESPECIAL ......................................................................04

 HISTÓRICO E CURIOSIDADES ..........................................................05

 DESENHO – NOTAS GERAIS .............................................................07

 MÉTODOS DE MONTAGEM ...............................................................09


 DEFINIÇÃO DO MÉTODO DE MONTAGEM .................................10
 CÁLCULOS.....................................................................................11
 EXEMPLOS ...................................................................................13
 EXERCÍCIO ...................................................................................15

 AQUECIMENTO DA PEÇA FEMÊA......................................................18

 RESFRIAMENTO DA PEÇA MACHO ..................................................22

 REQUISITOS DE PROJETO ...............................................................23


 PROTEÇÃO SUPERFÍCIAL ...........................................................23
 SELAGEM.......................................................................................23
 DIMENSIONAL ...............................................................................24

 CUIDADOS ..........................................................................................25

 MANUSEIO NITROGÊNIO LIQUIDO N2 ...............................................27

 ROTEIRO .............................................................................................28

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PROCESSO ESPECIAL

Processo cujo resultado não pode ser plenamente verificado através de inspeção e
ensaios subsequentes do produto, e cujas deficiências de processamento, por
exemplo, podem se tornar aparentes somente depois que o produto estiver em uso.
Num processo especial, a qualidade do produto é assegurada pelo controle dos
parâmetros-chave do processo.

Os processos especiais na Embraer são classificados em 3 categorias:

• CATEGORIA “A” – Processos para os quais as falhas nas operações afetam a


integridade estrutural ou funcional do produto e podem se manifestar somente
depois que o produto estiver em uso.

• CATEGORIA “B” – Processos de montagem ou instalação de componentes cujas


falhas de funcionamento podem se manifestar apenas no momento de uso do
produto, tais como assentos ejetáveis, máscaras de oxigênio, pára-quedas, etc.

• CATEGORIA “C” – Processos que compreendem atividades de inspeção


classificadas pela empresa, pelas autoridades aeronáuticas ou pelos clientes como
ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS e são chamados de Processos Especiais de
Inspeção.

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HISTÓRICO E CURIOSIDADES

Os projetos da família EMB120 / EMB145 e anteriores utilizavam o conceito de


montagem de componentes com classe de ajuste que se enquadravam na categoria
“Incerta”, sendo elas H7j6, J7h6, H7n6, N7h6, etc.
Nesta categoria, podemos ter interferência ou folga durante a montagem
dependendo das condições de fabricação dos componentes.

Ex: H7n6 para o Ø12,7mm


Furo 12,7 H7 tem tolerância = 0,0 / + 0,018;
Eixo 12,7 n6 tem tolerância = + 0,012 / + 0,023

1 – Caso: furo na tolerância mínima (Ø 12,700mm) e eixo na máxima (Ø 12,723mm).


Conclusão: Interferência na montagem de 23 micra.

2 – Caso: furo na tolerância máxima (Ø 12,718mm) e eixo na mínima (Ø 12,712mm)


Conclusão: Folga na montagem de 6 micra.

Durante os testes do protótipo do EMB170 (2003), ocorreram migrações de buchas


nas superfícies de comandos de vôo, tais como: Flap’s, Ailerons, Profundores,
Spoiler’s e outros.
Devido a este fato, o projeto teve parar as suas atividades para analisar as causas
da migração. O resultado dessa análise foi que as classes de interferências
adotadas não condiziam com as exigência da nova aeronave.

Impactos:
1: Retrabalho de todas as aeronaves da família EMB170 já fabricadas nesta época
(N/S 007).
Substituição de todas as buchas por uma bucha com diâmetro maior (1° over size) e
com classe de ajuste com interferência H7s6 e H7p6 (antes era H7n6 para todas).
Nota: já temos estudo para interferência H7t6.

2: Retrabalho dos Profundores fabricados pela GAMESA (Espanha), substituindo as


buchas das superfícies de comando tolerância n6 por outra com tolerância p6.

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Motivo: O fornecedor já tinha estoque das buchas com tolerância n6 para fabricação
dos Profundores até o N/S 100, por contrato teríamos que receber nesta condição e
retrabalha-los no recebimento.

Foram realizados estudos e benchmarking no mercado (com outras empresas


aeronáuticas) afim de melhorar os procedimentos relacionados a este processo.

Em Jul/2003 precisamente, a NE 32-003 foi totalmente reformulada e passaram a


ser utilizadas as NI1202 e NI1245 nos desenhos.

Nota: Antes da data da revisão a chamada no desenho era NI422 (status


“cancelada”), com “Justificativa para utilização das NI’s 1202 ou 1245.

A Classe de ajuste H7p6 (com interferência) passou a ser a mais utilizado nos
desenhos Embraer.

Também é prática no DIP solicitar a utilização de buchas padronizadas PE64042,


PE64043, PE64044 e PE64046 durante o desenvolvimento de novos produtos (para
evitar criação de novo PN à cada desenho).

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DESENHO – NOTAS GERAIS

NI1202:
Montagem de componentes através de ajuste mecânico conforme NE32-003,
método<*>, selagem com <**> e <***> o requisito 4.11 e aplicar controle dimensional
para cumprimento do requisito 4.2.
Por amostragem.

NI1245:
Montagem de componentes através de ajuste mecânico conforme NE32-003,
método<*>, selagem com <**> e <***> o requisito 4.11 e aplicar controle dimensional
para cumprimento do requisito 4.2.
Em todas as montagens.

Alternativas para preenchimento do complemento < >:

<*> Método:
Sempre que possível, deve ser preenchido com um traço (<->) para que a
Engenharia de Manufatura possa definir o método de montagem mais apropriado
baseado na análise dos componentes (resultados calculados) e recursos disponíveis
na área produtiva.
Obs: Somente para casos especiais, deve-se indicar o método de montagem de
acordo com a NE32-003.

<**> Selante:
Indicar a especificação do selante se a montagem for de peças de materiais
dissimilares.
ex:
- PN = P/S870 C-12 (MIL-PRF-81733) ou NAFTOSEAL MC 780 C-12 (MEP 09-084),
para montagens permanentes ou,

- PN = Cor-Ban 27 (MEP09-075) para montagens não permanentes;

Obs: Preencher com um traço <-> se a montagem for de materiais similares e a Eng.
de Materias julgar que não é necessário a utilização de selante.

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<***> Controle Dimensional:


Deve ser preenchido <aplicar> se o requisito 5.11 for aplicável ou <não aplicar> caso
não seja aplicável.

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MÉTODOS DE MONTAGEM

Com o objetivo de reduzir e/ou eliminar a interferência diametral durante a


montagem de componentes mecânicos, a Embraer utiliza seis métodos de
montagem que se baseiam principalmente na diferença da temperatura entre um
componente em relação ao outro, sendo:

- dilatação da peça fêmea por aquecimento;


- contração da peça macho por resfriamento.

Tabela abaixo conforme NE32-003 pág. 6 estabelece o método de montagem


aplicável de acordo com a classe de ajuste.

Nota: o método sugerido é apenas de referencia, não dispensa a aplicação do


cálculo para determinação correta do método devido as variações de diâmetro (Ø) e
materiais envolvidos na montagem.

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DEFINIÇÃO DO MÉTODO DE MONTAGEM

Para definir o método mais adequado para realizar a montagem do componente, é


necessário analisar os
seguintes itens:

 Classe de ajuste (Ø Furo x Ø Eixo);


 Materiais utilizados na fabricação das peças;
 Recursos disponíveis para realizar a montagem.

Importante:

• Atentar-se as dimensões do produto para aquecimento em estufa;


Dimensões da estufa - Montagem Mecânica SJK = 600 x 600 x 650 (mm).

• O método IV não é usual devido a falta de recursos.


Não temos um fornecedor de neve CO2 (preferível) ou gelo seco de CO2.

Para os casos em que peça (fêmea) ultrapasse as dimensões da estufa deve ser
avaliada a possibilidade de utilizar o método V (resfriamento em nitrogênio líquido).

Nota: a estufa também pode ser substituída por Termogun acoplado a Estufa
Difusora de Calor controlando a temperatura da peça com Termômetro Digital +
Termopar e ou Pistola Infravermelho.

Com as informações das dimensões (classe de interferência) e materiais dos


componentes é possível realizar a definição do método utilizando as fórmulas e
tabelas existentes na NE 32-003 que foram derivadas de ensaios realizados com
peças de Ø 10mm (constante).

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CÁLCULOS

O resultado calculado é o coeficiente de dilatação e ou contração requerida, ou seja,


quanto os componentes devem ser Dilatados e ou Contraídos para a realização da
montagem sem interferência.

As tabelas 4 e 5 da NE 32-003 demonstram a variação do material x temperatura


para cada material.

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EXEMPLOS:

Ex. 1 – PN 190-03143-403 Hinge Fan

Informações:
BUCHA FURO

Material = Aço inox 15-5PH Material = Aço inox 15-5PH


Ø 15,875 n6 = Ø 15,887 ~ Ø 15,898mm Ø 15,875 H7 = Ø 15,875 ~ Ø 15,893mm

Passo 1 – Cálculo da interferência máxima (item 6.1.2)

Interferência Máxima = (Ømax Eixo - Ømin Furo) x 1000


Interferência Máxima = (15,898 - 15,875) x 1000
Interferência Máxima = 23µ

Passo 2 – Cálculo da dilatação/contração requerida (item 6.1.3)

X = Interferência Máxima x 10 = 23 x 10
Ø Nominal 15,875
X = 14,48µm

Passo 3 – Análise da dilatação e contração dos materiais (Tabelas 4 e 5)


Nota: Sempre que possível utilizar 20° como fator de segurança.

Método II Normal => 12,7µ Inviável

Método III Normal => 17,3µ Viável


Método III Coef. Seg. => 12,7µ Inviável

Método IV Normal => 24,3µ Viável


Método IV Coef. Seg => 19,7µ Viável

Método V Normal => 19,7µ Viável


Método V Coef. Seg. => 17,4µ Viável
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Passo 4 – Definição do método

No passo 3 foi verificado que os métodos III, IV e V atendem a montagem da Hinge,


porém para a definição do método deve ser levado em consideração os Recursos
disponíveis na área e também a facilidade de execução de cada um.
Análise de cada método:

Método III – utilizando o fator de segurança 20° temos 12,7µ (10,4 dilatação + 2,3
contração), ou seja, necessário trabalhar a 4 mãos além de aproximar os recursos do
operador.

Método IV – para realizar o resfriamento é necessário neve CO 2 ou gelo seco de CO2


e a Embraer não tem esse recurso disponível na área produtiva.

Método V – para realizar o resfriamento é necessário galão de N 2.

Dessa forma podemos concluir que o Método V é o mais viável para realizar a
montagem da Hinge.

Ex. 2 – PN 190-03049-401 FITTING ASSY

Informações:
BUCHA FURO

Material = Aço inox 15-5PH Material = Aluminio


Ø 14,288 p6= Ø 14,306 ~ 14,317mm Ø 14,288 H7 = Ø 14,288 ~ 14,306mm

Passo 1 – Cálculo da interferência máxima (item 6.1.2)

Interferência Máxima = (Ømax Eixo - Ømin Furo) x 1000


Interferência Máxima = (14,317 - 14,288) x 1000
Interferência Máxima = 29µ

Passo 2 – Cálculo da dilatação/contração requerida (item 6.1.3)


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X = Interferência Máxima x 10 = 29 x 10
Ø Nominal 14,288
X = 20,29µ

Passo 3 – Análise da dilatação e contração dos materiais (Tabelas 4 e 5)


Nota: Sempre que possível utilizar 20° como fator de segurança

Método II = 17,6µ Inviável

Método V = 19,7µ Inviável

Método VI Normal => 37,3µ Viável


Método VI Coef. Srg. => 30,6µ Viável

Passo 4 – Definição do método


O Método VI é o mais viável para realizar a montagem.

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EXERCÍCIO

PN 170-39439-421 - CONJUNTO FERRAGEM

Informações:
BUCHA FURO

Material = Aço inox 15-5PH Material = Aluminio


Ø 11,112 s6 + 0,028 Ø 11,112 H7 + 0,018
+ 0,039 0,0

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Ex. 3 – PN 170-38011-527 BOX ASSY,LH-PYLON

Pylon Assy Bucha longa Bucha curta

O ajuste com interferência H7s6 é utilizado nos desenhos Embraer em aplicações de


maior responsabilidade, visto que oferece o nível de interferência máximo
atualmente disponível nas montagens.

Informações:
BUCHA FURO

Material = Aço inox 15-5PH Material = Aluminio


Ø 27,046 s6= Ø 27,081 ~ 27,094mm Ø 27,046 H7 = Ø 27,046 ~ 27,067mm

Passo 1 – Cálculo da interferência máxima (item 6.1.2)

Interferência Máxima = (Ømax Eixo - Ømin Furo) x 1000


Interferência Máxima = (27,094 – 27,046) x 1000
Interferência Máxima = 48µ

Passo 2 – Cálculo da dilatação/contração requerida (item 6.1.3)

X = Interferência Máxima x 10 = 48 x 10
Ø Nominal 27,046
X = 17,74µ

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Passo 3 – Análise da dilatação e contração dos materiais (Tabelas 4 e 5)


Nota: Sempre que possível utilizar 20° como fator de segurança

Método II = 17,6µ Inviável

Método V = 19,7µ Viável


Com coeficiente de segurança:
Método V = Contração aço: 19,7µ Coef. Seg. = 17,4µ Inviável

Método VI = 37,3µ Viável


Com coeficiente se segurança:
Método VI = Dilatação alumínio: 17,6µ Coef. Seg. (20ºC) = 13,2µ
Contração aço: 19,7µ Coef. Seg. (20ºC) = 17,4µ
30,6µ
Método VI = soma da dilatação + Contração requerida com coeficiente de segurança
e trabalho á 06 mãos para agilizar o processo produtivo; ver filme:

Passo 4 – Definição do método


O Método VI é o mais viável para realizar a montagem (pós try-out).

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MÉTODOS DE MONTAGEM - IMPORTANTE

EXPANSÃO OU CONTRAÇÃO DOS MATERIAIS RELAÇÃO PRÁTICA

Para os casos onde a montagem do


componente for realizada em materiais
diferentes, deve-se sempre tomar o cuidado de
utilizar a pior condição como referência.
Neste caso devemos calcular tomando como
referência o Aço ou Titânio ( piores casos )

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AQUECIMENTO DA PEÇA FÊMEA

O aquecimento da peça fêmea deve ser realizado utilizando equipamentos


qualificados pela Engenharia da Qualidade seguindo as limitações de temperatura
indicadas na NE32-003 ao tipo de material utilizado.
A instalação de componentes por aquecimento, geralmente faz com que a
montagem seja mais lenta e menos flexível.

Ao submeter peças de Alumínio “Embraer” acima de 100°C, corremos o risco de


danificar o componente e não conseguir detectar o problema, podendo por em risco
a segurança da aeronave.
Ex: componentes primários que sofrem tratamento de endurecimento por
precipitação ( Shot Peening ).

LIMITAÇÕES

RECURSOS
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Termogun

Equipamento térmico com potência regulável, que emite jato de ar aquecido utilizado
no aquecimento de peças. Equipamentos com diferentes tamanhos, potencias e
temperaturas.
Tipos de
Termogun:
- Termogun Azul
Potencia: 840 W

- Termogun Verde
Potencia: 1460 W
( ajuste de 1 a 10 )

Importante

Durante a fase de qualificação do termogun, foram realizadas experiências em


laboratório constatou que a temperatura do jato de ar a distância de 10cm no
tempo de 10min e com setagem máxima (10) a temperatura do termo par chegou
a ± 170ºC, a mesma experiência a distancia de 5cm a temperatura atingiu ±
280ºC.

Para evitar não conformidades no produto, foi desenvolvido um difusor de calor para
uniformizar a distribuição de calor na região a ser aquecida.
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Cuidados:

- utilizar o termogun associado ao difusor de calor;


- manter distância mínima de 10cm entre o termogun e a peça;
 atentar-se ao posicionamento do termopar para controle da temperatura.

Aquecimento localizado de difícil controle


Ex. Pilone EMB170/190

Manta Térmica

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Alguns testes foram realizados para utilização de Manta térmica no aquecimento de


peças, porém o mesmo não foi atendeu os requisitos de qualidade referente ao
processo de instalação de componentes

Vantagens:
• Controle eletrônico da temperatura;
• Pode substituir o aquecimento em estufa, melhorando os Métodos II,III,IV e VI.
• Aquecimento automático, libera operador par outras tarefas.

Desvantagens:
• Aquecimento superficial.
• Rígido – não tem flexibilidade para atender as diversas geometrias de peças.

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RESFRIAMENTO DA PEÇA MACHO

O resfriamento da peça macho deve ser realizado utilizando recursos qualificados


pela Engenharia da Qualidade.
RECURSOS

Ferramental apoio

Ferramentais podem ser utilizados para agilizar a montagem do componente, que


não pode ultrapassar o tempo de 15 segundos entre retirada da bucha do meio
criogênico e inserção no alojamento.

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REQUISITOS DE PROJETO

PROTEÇÃO SUPERFÍCIAL

Buchas:
As buchas utilizadas na Embraer geralmente são fabricadas com Aço Inox 15-5PH
com proteção de Cádmio / Zinco-Niquel ou Passivação.

Nota: Nos casos onde são utilizados pinos de Titanio é comum proteger somente o
diâmetro externo da bucha (considerar galling* devido acoplamento);
* Galling = riscos, esfolamentos, “escamar” o furo da bucha

Furos:
Os alojamentos das peças de Aluminio devem conter somente conversão quimica
(alodinização), não podendo conter pintura.

Caso seja necessário retrabalhar o dimensional do alojamento com alargador, deve


ser aplicado proteção igual a de projeto. Essa regra também é válida para o furo (Ø
interno) da bucha.

PROTEÇÃO SELAGEM

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- Selagem de interface deve ser feita rapidamente após aquecimento do alojamento


(Métodos II,III,IV e VI);
- Peça deve conter evidencia da selagem de interface (selante extrudado);
- Selante serve como lubrificante durante a montagem (evita contato direto
metal/metal);
-Instalações com buchas de aço inox em alojamentos de aço inox ou titânio,
dispensam a selagem interface, porém a selagem é realizada para evitar a entrada
de agentes estranhos na montagem e auxiliam na montagem como lubrificante.

DIMENSIONAL
Correção do Diâmetro:

Ao realizar o encalque utilizando os métodos II, III, IV, V e VI é comum acontecer a


redução no diâmetro de buchas. Devido a esta característica do processo, é
necessário realizar a inspeção dimensional para garantir a qualidade do produto.

Caso seja encontrado bucha com diâmetro interno menor, é permitido o uso de
alargador expansivo e/ou brunimento abrasivo para a correção do diâmetro interno
de peças, porém deve ser realizada a mesma proteção de projeto nesta região.
Como a maioria das buchas utilizadas na Embraer são cadmiadas, utilizamos o
brunidor de rolos para realizar a correção dimensional, pois este não afeta a
proteção original do material.

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CUIDADOS

MONTAGEM FORÇADA

A instalação da bucha ( componente Macho ) não deve ser forçada.

Se o método de instalação estiver corretamente aplicado, a bucha devera ser alojada


sem esforço (axial), podendo ser preciso no máximo leves pancadas com martelo de
nylon “pequeno”, para as montagens com maior interferência (ex: H7s6).

Por que a Instalação não deve ser forçada?

A presença de gelo (umidade) no resfriamento + riscos na bucha e alojamentos


conseqüentes de
montagens forçadas causam corrosão, micros fissuras que diminuem a vida útil dos
componentes,
podendo até causar quebra do item em operação.
Veja a seguir:

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Como vimos anteriormente em casos de montagens forçadas as mesmas causam


micros fissuras (pequenas trincas) que irão fadigar o material em trabalho por stress.

F A D IG A

IN IC IA Ç Ã O D E
T R IN C A S P O R
F A D IG A
D E V ID O A
R IS C O S D O
ALO JAM ENTO

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MANUSEIO NITROGÊNIO LIQUIDO N2


O nitrogênio líquido em contato com pele com pode causar congelamento,
resultando em queimaduras severas, causadas pela temperatura extremamente
baixa do líquido criogênico (-196°C).

O manuseio deve somente ocorrer por pessoas treinadas na palestra de manuseio


nitrogênio Liquido (treinamento n° 009158) e utilizando os EPIs adequados.

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INSTALAÇÃO DE COMPONENTES

ROTEIRO

Foram criadas no SAP operações padrões que contemplam as informações


necessária para se realizar a montagem de componentes utilizando os Métodos
de Montagem.
Para realizar a busca destas operações, utilizar no match-code do grupo de
roteiros ( Planos Standard ) , por NI1202* ou NI1245* e aparecerá todas as
operações padrões vinculadas à mesma.

DADOS TÉCNICOS

Normas Embraer ( NE’s );


Consultas a Catálogos e Manuais;
Prática de Oficina;

AUTOR:

Engenharia de Manufatura (Montagem Mecânica);

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