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Sumário
ATLS – ATENDIMENTO INICIAL AO POLITRAUMATIZADO......................................................................4
INTRODUÇÃO....................................................................................................................................4
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA.................................................................................................................5
TRAUMA PEDIÁTRICO.......................................................................................................................6
PRIORIDADES....................................................................................................................................8
PNEUMOTÓRAX ABERTO................................................................................................................14
Quadro Clínico................................................................................................................................15
TAMPONAMENTO CARDÍACO.........................................................................................................16
ATLS – CHOQUE...................................................................................................................................17
CHOQUE HEMORRÁGICO................................................................................................................19
FONTE DE SANGRAMENTO.............................................................................................................20
REPOSIÇÃO VOLÊMICA...................................................................................................................20
CHOQUE NEUROGÊNICO................................................................................................................21
TRAUMA CONTUSO........................................................................................................................23
SÍNDROME COMPARTIMENTAL......................................................................................................29
TRAUMA PENETRANTE...................................................................................................................30
TRAUMA UROLÓGICO.....................................................................................................................31
DUODENO.......................................................................................................................................33
INTRODUÇÃO..................................................................................................................................35
CLASSIFICAÇÃO E CONDUTA...........................................................................................................36
NEUROINTENSIVISVO E HIC............................................................................................................37
HEMATOMA E HERNIAÇÃO.............................................................................................................38
MORTE ENCEFÁLICA.......................................................................................................................41
ATENDIMENTO INICIAL...................................................................................................................42
ATLS – QUEIMADURAS........................................................................................................................45
INTRODUÇÃO..................................................................................................................................45
CLASSIFICAÇÃO...............................................................................................................................45
TRANFERÊNCIA E CUIDADOS..........................................................................................................47
Trauma de Face..............................................................................................................................50
Trauma de pescoço.........................................................................................................................50
ATLS – ATENDIMENTO INICIAL AO POLITRAUMATIZADO
INTRODUÇÃO
Mortalidade: curva trimodal --> morte imediata, chegada no hospital ou tardia
Prevenção.
o Imediata: não tem o que fazer --> Prevenção com medidas socioeducativas
o 2ª: Prevenção + ATLS: resolver causas nos momentos iniciais --> Hora de ouro
o 3ª: Prevenção + ATLS + serviços médicos preparados
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
AMPLA
o A: alergias
o M: medicamentos
o P: passado médico/Prenhez (avaliar antecedentes pessoais e risco de gravidez)
o L: líquidos e alimentos ingeridos recentemente.
o A: ambiente relacionada ao trauma e mecanismos de trauma.
Radiografias
o Raio-x de tórax no leito: AP
o Rx de pelve no leito
o Rx de cervical quando não tenho TC
TRAUMA PEDIÁTRICO
A - Via aérea
Alterações anatômicas: língua e tonsilas maiores, mandíbula menor e via aérea mais curta e
mais estreita (funil). Flexão passiva da coluna cervical devido os grande occípto --> uso de
coxim abaixo do torso para garantir permeabilidade das vias aéreas.
Introdução da cânula de guedel: concavidade voltada para baixo, pois a ponta pode lesar o
palato.
Intubação: risco de intubação seletiva é maior, pela traqueia mais curta.
o Indicações: PCR, falha na manutenção de via aérea pérvia com outros métodos,
choque hemorrágico com necessidade de intervenção cirúrgica, coma e TCE grave.
Via aérea cirúrgica: crico é contraindicada. Indicação de traqueostomia no trauma!
B - Ventilação
Crico cirúrgica: contraindicada em lactente se crianças < 12 anos --> cartilagem cricoide
consiste no principal pilar da alringe nessa idade.
Hipóxia é a principal causa de PCR.
Parede torácica da criança é mole: fratura de costelas indicam força significativa. Crianças
pode apresentar contusões pulmonares graves, mesmo na ausência de fratura de costelas.
C - Circulação
Crianças demoram para apresentar taquicardia e hipotensão --> piora abrupta.
Reposição volêmica com solução isotônica (soro fisiológico ou ringer lactato pre aquecido)
o 20 ml/kg em bolus
o Hemoderivado: 10 ml/kg
Acesso intraósseo é uma boa alternativa
Avaliação
Conversar com paciente: se fala sem rouquidão, sem estridor é pérvia. Rouquidão,
estridores indicam obstrução.
Hipoxia/cianose: sinais tardios de hipóxia
Taquidispnéia: uso de musculatura acessória é preocupante.
Sequência de atendimento
Aspiração com sando rígida
Retirada de corpo estranho
O2 com máscara não reinalante
o Oxigênio: 12-15 L/min, 100% O2 em máscara não reinalante.
Manobras básicas
Chin Lift
Jaw Thrust
o Para realizar as duas, precisa de proteção da cervical
Uso de cânula de guedel ao invés das manobras, pode
o Em adulto: concavidade para cima
o Criança: usa abaixador de língua e já entra com a curvatura para baixo.
Traumas em face
Intubação possível: médico experiente
o Não faço quando; trismo, face instável, Fx de face complexa, hemorragia intensa
Contraindicações de INT
Sinais de Fx de base de Crânio: rinorreia/rinorragia, otorreia/otorragia, sianl de Battle, sinal
do guaxinim e Apneia.
Máscara laríngea
Avançada e não definitiva
OBSTRUCTION
NECK MOBILITY
Traqueostomia
Exceção: técnica difícil, sangramentos e demorada
o Faço: crianças < 12 anos, falha de intubação e na fratura de laringe.
ATLS – TRAUMA TORÁCICO
RESUMO
Traumas que precisam ser tratados na avaliação primária: pneumotórax hipertensivo,
penumotórax aberto, hemotórax maciço, tórax instável com contusão pulmonar e
tamponamento cardíaco.
Pneumotórax hipertensivo: diminuição do débito cardíaco por compressã ocardíaca
direita. Diagnóstico clínico e conduta inicial é toracocentese de alívio --> 2º EIC linha
hemiclavicular ou 5º EIC linha axilar.
Percussão é fundamental: pneumotórax hipertensivo temos hipertimpanismo, enquanto
no hemotórax nota-se macicez à percussão.
Conduta para ambos é drenagem em selo d’água.
Tamponamento cardíaco: tríade de Beck --> hipotensão, abafamento das bulahs cardíacas
e distensão jugular. O diagnóstico pode ser dado por FAST e o tratamento é a punção de
Marfan
PNEUMOTÓRAX
Simples
Quadro clínico
o MV reduzidos do lado do pneumotórax
o Hipertimpanismo
Diagnóstico
EF para volumosos
Raio-x para certeza
Hipertensivo
Causa hipotensão --> deslocamento do mediastino
Quadro clínico
o MV reduzidos do lado do pneumotórax
o Hipertimpanismo
o Hipotensão --> obrigatório!
o Turgencia jugular: retorno venoso impedido
o Outros: desvio de traqueia, enfisema subcutâneo.
Diagnóstico
CLÍNICO!!!
o Sem tempo para exames de imagem -->
Conduta
Simples
o Drenagem torácica em selo d’agua
Hipertensivo
o Toracocentese de alívio --> 2º EIC na linha hemiclavicular, pode ser entre linha axilar
média e posterior no 5º EIC (ATLS sugere que a descompressão pode ser feita com o
dedo no mesmo local de drenagem)
o Drenagem torácica em selo d’agua --> 5º EIC entre linha axilar média e posterior
Drenagem de tórax
5º EIC na linha axilar média/anterior
Anestesia local na pleura
Divulsionar com a Kelly
Colocar dedo
Introduzir dreno de posterior para superior
Fixar e pedir Rx
Funcionamento: selo d’agua --> impede retorno de ar para o pulmão
Cuidados: fisioterapia respiratoria intensiva, deambulação e analgesia
o SF/AD suficiente no coletor
o Abaixo do nível do paciente
Retirada
Etiologia revertida --> após tratar causa base
Mínimo débito: entre 50 e 200ml
Aspecto do dreno: pus, hemático não dá pra tirar
Rx: para confirmar se o pulmão esta expandido
Sem escape aéreo
Pressão positiva NUNCA --> se está intubado ou no CPAP eu não tiro
Tórax Instável
Lesão da caixa torácica
2 fraturas em 2 costelas consecutivas
Quadro clínico
Mecanismo de trauma
MV reduzido
Ruídos adventícios
Dispnéia - SatO2 baixa- FR baixa
Respiração/movimentação paradoxal de tórax
Tratamento
Analgesia potente – pode usar bloqueio local também --> Evitar atelectasia
Balança hídrico negativo
Fisioterapia respiratória com ventilação positiva.
HEMOTÓRAX
Sangue no espaço pleural
Quadro Clínico
MV reduzidos ou abolidos
Percussão com Macicez
Jugular colabada
Rx: tórax velado
Conduta
Drenagem torácica em selo d’agua
Sell saver: pega o sangue que saiu e vai reinfundir
Hemotórax maciço
> 1500 ml/24hrs
> 200ml/h nas primeiras 2 a 4 horas
Antes eram motivos de toracotomia
Toracotomia de urgência
Pela estabilidade hemodinâmica do paciente.
Indicações
o Hemotórax maciço
o Lesão torácica penetrante anterior com tamponamento cardíaco
o Feridas torácicas de grande dimensão
o Lesão de vasos nobres no tórax com instabilidade hemodinâmica
o Lesões traqueobrônquicas extensas
o Evidência de perfuração esofagiana de acordo com as indicações.
PNEUMOTÓRAX ABERTO
Lesão aberta na caixa torácica --> entrada de ar pela ferida
Lesão > 2/3 da luz da traqueia
Quadro clínico
Mecanismo de trauma
MV reduzidos/abolidos
Hipertimpanismo
Conduta
Curativo oclusivo de 3 pontas: válvula de escape --> na expiração ele abre.
Drenagem torácica em selo d’agua em novo orifício.
Tratamento da lesão de forma cirúrgica: toracotomia
TAMPONAMENTO, RUPTURA TRAUMÁTICA DE AORTA
RUPTURA DE AÓRTA TRAUMÁTICA
Lesão incompatível com a vida --> maioria
Quadro Clínico
Dor torácica
Hipotensão permanente
Taquicardia
Raio-X: Super importante
o Alargamento de mediastino
o Outros sinais indiretos: perde o contorno da aorta, traqueia com desvio para direita,
brônquios fontes rebaixados do lado esquerdo. Cap apical na pleura esquerda
(derrame extrapleural apical). Pode ter fraturas também.
Conduta
ABCDE do trauma --> identificar lesões mais graves, essa lesão está contida.
o Manter PAM entre 60 a 70
o FC < 80
o Se possível!!!
SEM toracotomia de reanimação --> somente para PCR em AESP!!
o Ferimentos torácicos penetrantes com presença de cirurgião habilitado
o Incisão anterolateral esquerda; oclusão da aorta torácica descendente, abertura do
pericárdio, massagem cardíaca direita, controle da hemorragia e reposição volêmica
intracardíaca.
TAMPONAMENTO CARDÍACO
Trauma penetrante de tórax, raro em traumas contusos
Zona perigosa de Ziedler
o Limites: Superior no ângulo de Lui (2º EIC ou no manúbrio), inferior no processo
xifóide, na altura da 10ª costela. Lateralmente borda lateral direita do externo e
linha axilar anterior esquerda.
Quadro clínico
Dor torácica
FC elevada
Tríade de Beck
o Hipotensão
o Abafamento de bulhas cardíacas
o Jugular ingurgitada
Ultrassom FAST
Líquido livre ao redor do coração
Tratamento no PA
Punção de Marfan: agulha calibrosa, mirando para o ombro esquerdo à 45º e vai aspirando
até vir sangue.
Tratamento Definitivo
Toracotomia anterolateral esquerda.
ATLS – CHOQUE
Definição: estado de má perfusão tecidual --> periferia soferndo
Má perfusão tecidual
o Redução de volume: volume sistólico
o Redução de débito cardíaco
o Hipotensão
Tipos
Hemorrágico --> tipo de choque hipovolêmico
o Pode ser por desidratação --> é hipovolêmico
Não hemorrágico
o Obstrutivo
o Cardiogênico
o Distributivo
Séptico
Neurogênico
Anafilático
Hemorrágico - Hipovolêmico
Mais comum no trauma
Pré carga reduzida por redução de volume sistólico
Redução do débito cardíaco
Tratamento: reposição volêmica
Obstrutivo
Causas:
o Pneumotórax hipertensivo/tamponamento cardíaco: coração não consegue
bombear sangue pelo aumento pulmonar ou sangue no pericárdio
o Tromboembolismo venoso: geralmente no pós trauma
Cardiogênico
Problema na bomba
No trauma: contusão miocárdica
o Fx/afundamento de esterno + hipotensão + arritmias
Distributivo
Vasodilatação das arteríolas e vênulas periféricas --> distribuição importante do volume.
Neurogênico --> nível de consciência mantido
Séptico: muito raro no trauma, acontece bem depois por infecção
Anafilático: medicação
Quadro clínico
Paciente é quente --> pele quente, avermelhada, hiperemiada
CHOQUE HEMORRÁGICO
Principal etiologia de choque hipovolêmico no trauma
Pré carga: por redução de volume sistólico
Redução do débito cardíaco
Hipotensão
Tratamento
Classe I
o Cristalóide
Classe II:
o Cristalóide
o Considerar transfundir segundo o 10ªedição
Classe III:
o Transfusão
Classe IV --> FR 140
o Transfusão
o Protocolo de transfusão maciça
FONTE DE SANGRAMENTO
Tórax
Abdome
Pelve e retroperitônio
Ossos longos
“chão”: meio externo
REPOSIÇÃO VOLÊMICA
Acessos
Periférico é a primeira
Central
Intra óssea
Dissecção de safena
Periférico
2 acessos
Calibros: abocat 14 e 16
Antibital: local melhor
Dissecção da safena
Maléolo medial --> 1 a 2 cm anterior e superior ao maléolo medial
Intra ósseo
Excelente, principalmente para criança
Precisa do material e técnica
Geralmente feito no platô tibial, porção mais distal do fêmur, úmero ou esterno
Pode correr de tudo nele (sangue, doragas vasoativas, tudo)
Acesso venoso central
Soro, sangue correm mais devagar no acesso central
Ideal são os periféricos mesmo
Solução Cristóide!!!
Soro fisiológico
Riger lactato aquecido a 39ºC
Atualmente (10ª) primeiro 1L de solução, depois passa mais 1L
Resposta a infusão de volume
Melhora dos parâmetros clínicos
Mais importante é o débito urinário --> DIURESE
o Adultos: > 0,5 ml/kg/hr
o Crianças: > 1 ml/kg/hr
o Babys: > 2ml/kg/hrs
HIPOTENSÃO PERMISSIVA E TRANSFUSÃO
Protocolo de Transfusão Maciça - TPM
> 10 concentrados de hemácias, associado à transfusão de plaquetas e plasma nas primeiras
24hrs do trauma
Choque grave
Classe IV --> > 40% da volemia perdida
Ácido tranexâmico (transamin) --> antifibrinolítico prescrito até 3hrs após o trauma (grau III
e IV)
Talvez não precise de tudo isso, mas preciso acionar o protocolo
Complicações
o Acidose, metabólicas
o Hipocalcemia: nas bolsas de sangue tenho muito citrato
o Hipercalemia
o Alcalose metabólica
o Hipotermia: se não for sangue aquecido
Metas
Melhorar parâmetros hemodinâmicos: FC, FR, PA --> não quero normais, e sim o suficiente
Hipotensão permissiva
PAS +- 90mmHg --> se aumentar muito a PA eu rompo os coágulos que seguram o
sangramento
TCE: NUNCA fazer hipotensão permissiva
o A meta é manter PAS acima de 100 para perfusão encefálica.
CHOQUE NEUROGÊNICO
Estado de má perfusão periférica + lesão raquimedular
Lesão precisa ser alta --> perda do tônus simpático
o Perda do Thanos simpático! --> lesão até T5/T6
Redução da resistência vascular periférica
Quadro clínico
Hipotensão
FR: bradicardia ou normal
o Paciente quente
Tratamento
Uso de drogas vasoativas --> para fazer vasoconstrição
o Noradrenalina!
Choque medular
Alteração motora por trauma raquimedular
Não tem hipotensão!
Pode ser lesão baixa, pode não ser persistente.
ATLS – TRAUMA ABDOMINAL
Classificação
A principal fonte de sangramento no choque hemorrágico por trauma é o abdome.
Fechado/contuso
Aberto/penetrante
o Facada (FAB)
o Tiro (FAF)
Mais comum é o contuso (>75%)
o Lesão: víscera parenquimatosa --> órgão que tem parênquima: baço (mais lesado
em trauma contuso) e fígado são os principais, depois vem delgado.
Em facada: maioria é lesão de fígado
Tiro: maioria são lesões de tripa
Investigação
Exames complementares:
o FAST:
o Lavado peritoneal
o Tomografia de abdome
Escolho pela estabilidade hemodinâmica. Instável é fast e LPD (mesmas indicações) e
estáveis vão para tomo.
TRAUMA CONTUSO
Instáveis
FAST
o Ultrassom onde pesquiso 4 janelas:
Subxifoídea, para avaliar saco pericárdico
Hipocôndrio direito: espaço hepatorrenal ou de Morrison
Esquerda: espaço esplenorrenal
Suprapúbico: em mulheres é o fundo de saco de douglas
o Exame fácil, rápido e acessível. Tem fácil reprodução --> 250-300 ml para identificar
o Não é invasivo! --> FAST + = laparotomia
o Desvantagens: operador dependente, baixa acurácia para vísceras ocas (pouco
líquido)
o Altamente sensível (pequenas quantidades de líquido no abdome)
o Pouco específico: não sei o que é o líquido
LPD
o Mesma indicação do FAST, pode ser por punção ou aberto
o Não é muito fácil, é rápido e é acessível
o É um exame invasivo
o Contraindicação: cirurgião não é experiente. Cirurgia prévia, gestação e obesidade
são contraindicações relativas
Ferimentos por arma de fogo, vítimas de FAB com peritonite, eviscerados e
peritonite em pacientes com trauma fechado.
o Paciente que vai para laparotomia e estáveis são contraindicações absolutas.
o Avaliação se é positivo
> 10ml de sangue
Bile, fezes, etc...
Nada: infundir 1000 ml, misturar e aspirar 200ml
> 100.000 hemácias por mm³
> 500 leucócitos por mm³
o Desvantagens: é invasivo
o Vantagens: altamente sensível e específico.
o Não avalia retroperitônio
Paciente instável com FAST ou LPD + ---> LAPAROTOMIA
Tomografia de Abdome
Somente em pacientes estáveis
Mais caro, requer infusão de contraste.
Não invasivo
Avalia tudo, inclusive retroperitônio e partes moles.
Lesão esplênica
Sinal de Kehr: sinal clínico clássico --> dor referida em ombro ou escápula.
Tratamento conservador: estabilidade hemodinâmica, ausência de peritonite franca, lesões
até grau 3
Grau 1: tranquila
o 1, 2 e 3: conduta expectante
o Grau 4: discussão
Grau 5: avulsão do pedículo esplênico --> desvascularizei o baço
o Conduta cirúrgica
A vacinação contra Pneumococo, Meningo e Haemophilus é mandatória após esplenctomias
--> realizada 14 dias após esplenectomia.
Lesão de Fígado
Tríade Letal
Hipotermia
Coagulopatia
Acidose metabólica
Conduta
Laparotomia abreviada
Controle de sangramento: usa compressas (fígado), manobra de Pringel (compressão do
pedículo hepático), grampear alças para deixar sepultado (não vai ter trânsito intestinal).
Controle de contaminação
Envio para UTI
o Barriga aberta: bolsa de bogotá ou curativo estéril
Recuperação em UTI
Estabilização
Reoperação depois de estabilizar
o Limpeza de cavidade
o Anastomoses
Clínica
Abdome tenso
Distensão abdominal
Oligúria
Dificuldade de ventilação
Classificação
Diagnóstico
Pressõa intraabdominal
o Sonda vesical de demora: mede pressão intravesical
Tratamento
Analgesia
Sedação
Sondas
Endoscopia ou colonoscopia descompressiva
Laparotomia descompressiva!!!
TRAUMA PENETRANTE
FAF
Conduta: cirúrgica
FAB
Parede anterior: 25% não viola a cavidade abdominal
Cirurgia
o Evisceração
o Chocado
o Peritonite
Laparoscopia diagnóstica
Em centros especializados (grandes centros)
Equipamento disponível
Laparoscopia não terapêutica
Alta mais precoce é discutível
TRAUMA UROLÓGICO
Trauma de Uretra
Clínica
Uretrorragia
Retenção vesical
Bexigoma palpável
Próstata flutuante ou cefalizada
Hematoma de períneo
Diagnóstico
Uretrocistografia retrógrada
Tratamento
Nunca sondar!
Cistostomia cirurgia ou percutânea
Uretroplastia em segundo momento.
Trauma Vesical
Relação com trauma contuso
Classificação:
o Extraperitoneal: relação com fratura pélvica, fragmentos ósseos
Conduta: sonda vesical de demora por 14 dias
o Intraperitoneal: contusão com bexiga cheia --> explosão da bexiga
Contrate subindo entre as alças: em orelha de cachorro
Conduta: laparotomia, rafia de bexiga
Trauma renal
Quadro clínico: hematúria
Trauma em flanco ou lombar
Diagnóstico: TC com contraste em 3 fases --> arterial, venosa e excretora.
o Mostra o grau da lesão renal
Tratamento conservador em 90% dos casos
o Cirurgia só no grau 5, quando tenho avulsão.
Instabilidade de Pelve
Fixação com lençol ou cinta: temporária e irá reduzir o sangramento
TRAUMA PANCREÁTICO
Mecanismo clássico: acidentes de bicicleta com crianças, com trauma abdominal direto pelo
guidão em abdome superior.
o Porção proximal: cabeça + processo uncinado, à direita da v. mesentérica superior,
íntima relação com duodeno e colédoco.
o Porção distal: corpo + cauda, à esquerda da v. mesentérica superior, próxima ao
baço.
Principal complicação pós-op: fístula pancreática.
DUODENO
Mecanismo: acidentes de ciclieta com crinaças OU coice de cavalos em epigastro.
Sinais radiológicos: gás em troperitônio delineando os rins.
Condutas:
o Retropneumoperitônio: cirúrgica
o Contusão: jejum oral por 2 semanas
FRATURA DE CHANCE
Fratura de vértebras toracolombares na horizontal, relacionada a lesão de duodeno ou
pâncreas --> Marca do cinto de segurança, precisa investigar.
SÍNDORME DO TANQUE
Trauma provocado pela queda de um tanque de lavar roupas sobre uma criança. Epigástrio é
a região mais atingida (pâncreas e duodeno).
DELGADO
Sinal do cinto de segurança tem uma correlação direta com trauma de delgado e trauma de
mesentério.
o Lesão pequena: rafia primária
o Lesão grande: ressecção e anastomose.
CÓLON E RETO
Segmento mais afetado: transverso
Quadro Clínico
Mecanismo de Trauma
Cefaleia
Náuseas, vômitos
Alteração da consciência
Choque: TCE isolado não causa choque.
CLASSIFICAÇÃO E CONDUTA
Classificação
Leve
Moderado
Grave
TEC Leve
Quando pedir TC:
o Não tomografo paciente hipotenso --> instabilidade hemodinâmica
o Sinais de fratura de base de crânio: licorréia, sinal de Bettle, sinal do guaxinim
o Crepitação
o Paciente paraplégico, tetraplégico, perda de sensibilidade
o Pacientes que usam anticoagulantes --> alto risco de sangramento
intraparenquimatoso.
o > 65 anos
o Glasgow < 15 por mais de 2 horas
o > 2 episódios de Vômitos
o Perda da consciência por mais de 5 minutos
o Amnésia de 30 minutos antes do trauma
o Mecanismo de trauma: mais de 5 degraus, mais de 1 metro de altura, ejeção do
veículo
TCE moderado
Observação
TC
Avaliação da neurocirurgia
TCE grave
Internação sempre
TC sempre
Avaliação da neurocirurgia
Esse paciente não protege via aérea --> Sempre intubar!
NEUROINTENSIVISVO E HIC
Fisiologia
Doutrina de Monro-kellie
Hematoma Subdural
Região fronto temporo parietal --> 70% dos casos
Mais frequente, em lua crescente
Idoso e alcoólatra: parênquima cerebral menor --> presença de muitas veias em ponte que
podem romper
o Sangramento venoso --> queda, mecanismo de trauma difuso
Mais relacionado a outras lesões --> mecanismo difuso
HEMATOMA E HERNIAÇÃO
Hematoma Extradural = epidural
Lente Biconvexa, muito raro
Mecanismo de trauma: lesão da região temporal --> localizado
Ruptura da artéria meníngea média --> sangramento arterial
Paciente perde a consciência na hora do trauma e tem redução posterior da
consciência/redução do estado geral
o Intervalo lúcido.
Rapidamente fatal
Outros achados de HIC: desvio de linha média, ventrículo desviado, apagamento dos sulcos,
desaparecimento das cisternas.
Hipertensão Intracraniana
Piora neurológica
Achados clássicos --> Tríade de Cushing (eminência de herniação)
o Bradicardia
o Hipertensão
o Bradpneia --> Insuficiência respiratória
Midríase
o Soma dos 3 achados = morte iminente
Herniação do Úncus
Hematoma --> compressão cerebral
Uncus hernia pela tenda e comprime 3º NC (oculomotor) = midríase ipsilateral
Empurra centro respiratório (Bulbo)
OUTRAS LESÕES CEREBRAIS
Contusões/Hematomas
Frequentes: TCE grave, até 30%
Frontais e temporais
Mecanismo difuso
Mecanismo de trauma: golpe e contragolpe
Tratamento: maioria dos casos é expectante (tomografias seriada para avaliar se o
hematoma está expandindo) --> TC e UTI
Concussão Cerebral
Paciente desmaia --> Déficit Transitório < 6 horas!
Difusa: pode ter amnésia, pode ser grave
TC costuma ser normal
Tratamento: geralmente é suporte
Coma > 6 horas, não é concussão
MORTE ENCEFÁLICA
ATLS – TRAUMA VERTEBRAL
ATENDIMENTO INICIAL
Lesão de baixa mortalidade e alta morbidade
Lesões associadas: TCE, TRM e cervical
o Até 10% dos TRM tem acometimento de mais de um seguimento e até 25% das veze
tem TCE associado.
Atendimento Inicial
Prioridade: ABCDE
Todo paciente politraumatizado tem que ser tratado como possível fratura de coluna.
o Imobilização cervical: colar + headblock ou algo mais
Prancha rígida por até 2 horas
Dispensa do exame --> glasgow 15, conscientes, sem outra dor, EF normal
Tirar o colar!
Avaliação
Padrão outro: TC de cervical
Maioria: raio-x em perfil --> avaliar alinhamento e presença de deformações estruturais
o Garantir a visualização das 7 vértebras cervicais.
Miótomos
C4 – deltoide
T1 - abdução dos dedos
T4 – todo o terreno da parede anterior do abdome
L1 - flexão da coxa
L3 - extensão da perna
Choque neurogênico
Lesão cervical alta --> é um choque hemodinâmico
Destruição das fibras simpáticas --> redução do tônus simpático
o Bradicardia
o Vasodilatação periférica enorme --> perda da resistência vascular periférica.
o Choque distributivo
Tratamento: Volume + Droga Vasoativa
Só na apostila:
Bexiga neurogênica
Lesão de fibras entre S2 e S4: total flacidez vesical e micção apenas por transbordamento.
Tratamento: cateterismo vesical intermitente
Lesões específicas
Síndrome da secção medular: tetraplegia, perda de sensibilidade e motricidade abaixo da
região afetada, perda dos reflexos tendinosos e disfunção retal.
Síndrome centromedular: perda desproporcional de força muscular nos membros
superiores com relativa preservação motora nos membros inferiores, associada a perda
variável de sensibilidade. Idosos.
Síndrome medular anterior: paraplegia abaixo da lesão com perda da sensibilidade térmica
e dolorosa. Retropulsão do disco ou fragmentos do corpo vertebral para o interior do canal.
Síndrome de Brown-Sequard (hemissecção): perda motora e proprioceptiva ipsilateral com
perda de sensibilidade dolorosa e térmica contralateral.
Fraturas específicas
Fratura do processo odontoide: dividas em I, II, III
CLASSIFICAÇÃO
Alguns autores consideram até 4º grau, mas são poucos
]1º GRAU
De sol
Eritema com dor
Superficial – pega só epiderme
Uso de hiddratação e analgésico
Não contabiliza na fórmula!
2º GRAU
Flictena – se tiver bolha é 2º grau
Pode ser superficial ou profunda
o Superficial lembra 1º grau
Pega epiderme e derme superficial
Camada papilar da derme, rose úmida
Regeneração em 21 dias --> sem tratamento específico, só cuidados locais
o 2º grau profunda
Epiderme e derme profunda
Pega a camada reticular
É pálida, seca
Tem cicatrização/fibrose --> esteticamente feio
3 – 9 semanas para recuperação
Tratamento: enxertia
3º GRAU
Espessura total
Epiderme, derme e subcutâneo
Aspecto de couro --> é dura
Indolor!
Tratamento: enxertia
REPOSIÇÃO VOLÊMICA E PARKLAND
REGRA DOS 9
Fórmula de Parkland
2 ml x SCQ x Peso
Queimadura elétrica é 4 ml, na 9ª edição era 2-4 ml
2 ml de Ringer lactato!
50% em 8 horas da queimadura
50% nas demais 16 horas
Incluir volume pré hospitalar
TRANFERÊNCIA E CUIDADOS
Onde tratar:
1º grau: analgesia e hidratação
Centro de Queimados
2º grau > 10% da superfície corpórea
3º grau
Áreas nobres: face, articulações, extremidades, períneo
Queimaduras diferentes: elétricas, químicas
Lesão por inalação: rouquidão, face, trauma junto
Como tratar?
Água corrente
Apagar fogo
Remover roupas, anéis
Analgesia
SF 0,9% aquecido para evitar hipotermia
Limpeza e desbridamento da pele morta
Curativo vaselinado
Profilaxia para tétano
ATB tópico
Grande queimado
o Sulfadiazina de prata
Neutropenia
o Mafenide
Acidose metabólica
COMPLICAÇÕES
Diretamente proporcional ao tamanho
Infecções
IRA
Síndrome compartimental
Gastrointestinais
Infecção
Pneumonia é mais comum
ITU
Cutânea: muito comum
Não tem ATB sistêmico profilático!
IRA
Elétrica: choque queima musculo, faz rabdomiólise e libera mioglobina que faz necrose
tubular aguda
Para evitar: urinar muito --> infusão venosa maior, usar 4 ml na fórmula de parkland
4xSCQxpeso
Gastrointestinal
Úlcera gástrica de estresse: profilaxia com bloqueadores H2 ou IBP
Íleo adinâmico
Síndrome de Ogilvie
Colecistite alitiásica
Úlcera de Marjolin
Carcinoma de células escamosas na cicatriz da queimadura
Queimadura Química
Lavagem exaustiva, com água fria e corrente
ATLS – TRAUMA DE FACE E PESCOÇO
Trauma de Face
Baixa gravidade: desprovida de estruturas vitais
Relacionada a comprometimento da via aérea e lesões encefálicas
Prioridade: ADCDE
Diagnóstico: anamnese e exame físico --> edema dificulta bastante
o Padrão ouro: TC com cortes finos
o Lesões muito deformante e mutilantes
***Classificação de Lefort
Para lesões ósseas
o I: disjunção dentoalveolar: traço de fratura reto na maxila
o II: fratura piramidal --> pega maxila, sobe pelo zigomático, pega o assoalho da orbita
e se comunicação da junção fronto-nasal
o III: Disjunção craniofacial --> disjunção fronto-nasal, zigomática e maxilar.
Tratamento
Maioria: após 30 dias para regressão do edema
Trauma de pescoço
Região pequena, curta e com muitas estruturas vitais.
Alta mortalidade: até 20%
***Zonas do pescoço
Zona 1:
o Grandes vasos, trato aéreo digestivo
o Alta mortalidade, mais raro de ter lesão
o Difícil acesso --> precisa de toracotomia
Zona 2:
o Etnre cartilagem cricóide e ramo da mandíbula
o Alta prevalência --> presença de vasos e trato aéreo/digestivo
o Fácil acesso
Zona 3:
o Começa no ramo da mandíbula e vai até o crânio.
o Tem vasos muito importantes --> começam a aparecer os ramos nervosos que
emergem da coluna e as glândulas salivares.
Tratamento
Prioridades: ABCDE
o Cuidado com via aérea e lesões sangrantes --> choque
Abordagem imediata --> sangramento ativo, hematoma em expansão, ferida soprante, enfisema
subcutâneo e estridor respiratório.
Avaliação
Vasos: angio TC ou USG doppler
Via aérea: laringoscopia ou broncoscopia
Via digestiva: EDA ou Esofagograma constrastado
Lesões de zona 3: pode dispensar a avaliação da via aérea ou digestivas, mas associar TC de
crânio para avaliar traumas crânio encefálicos.