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IMUNIDADES PARLAMENTARES
→ Artigo 53 da CF/88.
As imunidades parlamentares são prerrogativas que a CF/88 prevê aos deputados e aos
senadores. Não podem ser consideradas privilégios, uma vez que os privilégios são
incompatíveis com a forma republicana de governo.
A. Imunidade à prisão:
→ Artigo 53, § 2o, da CF/88
Desde a diplomação, deputados e senadores apenas poderão ser presos em flagrante de crime
inafiançável. Caso ocorra essa prisão, maioria absoluta da Casa Legislativa respectiva poderá
SUSTÁ-LA.
Iniciada ação penal contra deputado ou senador, em virtude de crime praticado após a
diplomação, o STF notificará a Casa Legislativa respectiva para que esta, por MAIORIA
ABSOLUTA, decida sobre o prosseguimento ou a sustação da ação penal em curso.
*PEGADINHA: a CF/88 deve ser interpretada do seguinte modo quanto ao artigo 53, § 3o:
(i) não é possível sustar o andamento de ação penal referente a crime praticado ANTES da
diplomação do deputado ou senador.
(ii) não se exige autorização prévia da Casa Legislativa respectiva para iniciar ação penal contra
deputado ou senador.
Ao se interpretar o disposto no artigo 56, inciso I, da CF/88, é possível extrair 2 (duas) conclusões
referentes à investidura de deputados e senadores na chefia de missões diplomáticas:
As CPIs não têm poderes para condenar os investigados. Apenas realiza investigações e, se for o
caso, encaminha suas conclusões ao Ministério Público, para que esta instituição promova as
ações judiciais pertinentes.
O artigo 58, § 3o, da CF/88, prevê as seguintes regras procedimentais sobre a criação e o
funcionamento das CPIs.
“CF/88. Art. 58. (...)
§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que
terão poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais, além de outros previstos nos
regimentos das respectivas Casas, serão criadas
pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal,
em conjunto ou separadamente, mediante
requerimento de um terço de seus membros, para
a apuração de fato determinado e por prazo certo,
sendo suas conclusões, se for o caso,
encaminhadas ao Ministério Público, para que
promova a responsabilidade civil ou criminal dos
infratores. (...)”
a. podem ser criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto (CPI mista)
ou separadamente (CPI simples).
b. a criação de CPIs exige requerimento de 1/3 (um terço) dos parlamentares da Casa Legislativa
respectiva.
❖ A CPI pode:
- Intimar investigados e testemunhas;
- Determinar a condução coercitiva de testemunhas;
- Requerer a realização de provas periciais;
- Realizar prisão em flagrante; e
- Determinar, por ordem própria, a quebra dos sigilos* bancário, fiscal e telefônico.
*Esses 3 sigilos são quebrados por meio do acesso aos dados e registros das respectivas contas.
→ Para o STF, atos de investigação que a CPI não pode realizar estão sob reserva de jurisdição*
*Exigem ordem judicial.
COMPETÊNCIAS DO PODER LEGISLATIVO NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Ao se analisar os artigos 49, 51 e 52 da CF/88, identifica-se as seguintes competências do Poder
Legislativo, no âmbito das relações internacionais:
*OBSERVAÇÕES:
(i) as operações externas financeiras realizadas pelos entes federados e Territórios não são
tratados internacionais, uma vez que os entes federados e os Territórios não gozam de
personalidade jurídica de Direito Internacional. Em verdade, essas operações externas
financeiras têm natureza de contratos internacionais (Direito Internacional Privado).
(ii) a competência do Senado Federal para autorizar essas operações externas de natureza
financeiras realizadas por entes federados e Territórios justifica-se pelo fato de que o Senado
Federal é a Casa Federativa e, em situações extremas, o aporte de recursos financeiros do
exterior poderá desestabilizar o pacto federativo.