O principal enfoque do capítulo é a sinalização que o autor faz quanto a não haver apenas uma forma de fazer arquitetura e principalmente que, o Movimento Moderno não foi apenas o método internacional, como assim defendiam seus principais adeptos. Dessa forma, o autor explica as diferenças ocorridas entre o método internacional e o estilo internacional. No texto, Montaner explica a difusão do Estilo Internacional nos pais desenvolvidos, como França, Inglaterra, Japão, Alemanha e principalmente Estados Unidos no contexto de pós-guerra, pontuando ser uma arquitetura elaborada com um viés racionalista. Quanto ao Estilo Internacional, Mies van der Rohe foi um dos defensores expoentes da ideologia em suas obras, ao longo de sua carreira nos Estados Unidos. Mies defendia dois tipos arquitetônicos: o pavilhão e o arranha-céu, afirmando que “toda arquitetura cabe dentro de um pavilhão ou de um arranha-céu”. Essas tipologias se transformam ao longo dessa experiência americana, uma vez que o pavilhão se converte em rígidas caixas de vidro, perdendo sua fluidez, transparência e flexibilidade, e os arranha-céus de formas cristalinas e livres tornam-se em prismas estritos. Tal postura de espaço universal, ressalta o autor, contradiz os princípios funcionalistas.
A arquitetura do Leste Europeu, em especial na União Soviética, se destaca na tradição
mais produtivista do Movimento Moderno, principalmente quanto ao tema habitacional, utilizando fortemente a pré-fabricação, podendo ser caracterizada como Estilo Internacional, mais homogênea. O autor enfatiza também que tais critérios racionalistas, sem margens para os mecanismos da crítica e da dúvida metodológica, posteriormente entram em crise. Montaner destaca também os países da América Latina, como locais de desenvolvimento do método da arquitetura moderna. Esses países passam a praticar uma arquitetura própria, considerando o contexto local, e englobando os princípios modernos, caracterizando, dessa maneira, uma arquitetura exuberante, monumental, de alarde estrutural e integradora das artes, principalmente com trabalhos artistas locais.