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INTRODUÇÃO..............................................................................................................6
TEMA 1: A PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA.................................................................8
Ciência e Senso Comum..............................................................................................8
A CIÊNCIA....................................................................................................................9
Características da Ciência............................................................................................9
Conceito de Psicologia...............................................................................................10
Importância da Psicologia..........................................................................................11
Objecto de Estudo da Psicologia................................................................................11
A Subjectividade como objecto de estudo da Psicologia...........................................12
Estrutura e Tarefas da Psicologia..............................................................................12
Métodos da Psicologia................................................................................................13
a) Introspecção ou método introspectivo.........................................................13
b) Extrospecção ou método extrospectivo (de Expressão).............................13
c) A observação (Método de observação).......................................................13
d) A experimentação (Método experimental)...................................................13
e) Método estatístico........................................................................................13
f) Método de entrevista....................................................................................14
g) Questionário.................................................................................................14
h) Método comparativo.....................................................................................14
i) Método analítico ou psicanalítico.................................................................14
j) Testes psicológicos......................................................................................14
k) Métodos de estudo individual ou histórico do caso.....................................14
l) Métodos longitudinais..................................................................................14
m) Métodos de corte ou de selecção transversal..........................................15
n) Métodos mistos (perspectiva eclética).........................................................15
Relação da Psicologia com outras Ciências..............................................................15
Evolução da Ciência Psicológica................................................................................15
1. Os Grandes Periodos de Evolução da Psicologia.......................................16
2. O Pensamento Psicológico Antes e Depois do Século Xviii.......................16
Psicologia e História...................................................................................................16
A Psicologia entre os Gregos.....................................................................................16
A Psicologia no Império Romano...............................................................................18
A Origem da Psicologia Científica..............................................................................19
A PSICOLOGIA CIENTÍFICA.....................................................................................21
As Primeiras Abordagens Teóricas da Psicologia.....................................................22
O Funcionalismo (Escola funcionalista).....................................................................22
O Estruturalismo.........................................................................................................22
O Associacionismo.....................................................................................................22
As Principais Teorias da Psicologia do Século XX....................................................22
O Behaviorismo ou Comportamentalismo..................................................................22
Análise experimental do comportamento...................................................................23
A Psicologia da Forma: A Escola da Gestalt..............................................................24
A Psicanálise/Freud....................................................................................................24
TEMA 2: O DESENVOLVIMENTO PSIQUICO E DA CONSCIÊNCIA HUMANA.....27
O Homem como Unidade bio-psico-sóciocultural......................................................27
A Vida Antes do Nascimento (o Desenvolvimento Pré-Natal)...................................27
Fundaments Biológicos da Conduta………………………………………………….31
O Papel da Hereditariedade e do Meio na Conduta…………………………………32
Princípio Fundamental da Psicologia .........................................................................33
Psicofisiologia do Sistema Nervoso.............................................................................33
O Surgimento da Consciência no Processo da Actividade Humana...........................37
Teorias do Desenvolvimento do Psíquico....................................................................38
TEMA 3: PSICOLOGIA EVOLUTIVA ..........................................................................40
A Teoria de Desenvolvimento cognitivo Segundo Jean Piaget....................................42
O Desenvolvimento Psicossexual Segundo a Teoria Psicanalítica..............................45
O Desenvolvimento Psicossocial Segundo Erick Erickson............................................47
O Desenvolvimento Moral Segundo Jean Piaget..........................................................49
O Desenvolvimento Moral Segundo Lawrence Kohlberg..............................................49
Nossa intenção é apenas facilitar a busca dos estudantes no que diz respeito aos
trabalhos de pesquisa académica. A estrutura deste trabalho, por si só, serve de modelo para
um trabalho realizado em sala de aula. Além disso, procuramos apresentar e explicar as regras
para cada parte de um trabalho científico.
a) Objectivos gerais:
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
Conceito de Desenvolvimento;
Factores do desenvolvimento e de crescimento;
Desenvolvimento e a socialização;
Desenvolvimentos (cognitivo, psicosocial, psicosexual moral)
Teorias do desenvolvimento humano
Entre todos os animais, nós, os seres humanos, somos os únicos capazes de criar e
transformar o conhecimento; somos os únicos capazes de aplicar o que aprendemos, por
diversos meios, numa situação de mudança do conhecimento; somos os únicos capazes de
criar um sistema de símbolos, como a linguagem, e com ele registar nossas próprias
experiências e passar para outros seres humanos. Essa característica é o que nos permite
dizer que somos diferentes dos gatos, dos cães, dos macacos, dos leões, e outros animais
considerados irracionais; precisamente porque nao têm a capacidade pensante, que
caracteriza o homem.
Existe um modo de vida que pode ser entendido como a vida por excelência: é a vida
do quotidiano. É no quotidiano que tudo flui, que as coisas acontecem, que nos sentimos vivos,
que sentimos a realidade.
Ciência, Arte, Etica, Religião, Filosofia, e Senso Comum são domínios do conhecimento
humano. Nosso objectivo é definir a Psicologia como ciencia. Para tal constitui imperativo
analisar o que é ciencia?”, para que possamos compreender a psicologia como ciência.
A CIÊNCIA
Ciência: do latim «scire» que significa conhecimento, pode ser definida como o
conjunto de conhecimentos sobre factos ou aspectos da realidade (objecto de estudo)
expresso por meio de uma linguagem precisa e rigorosa. Esses conhecimentos devem ser
obtidos de forma:
Características da Ciência
A Ciência é racional, sistemático, exacto e verificável da realidade. Sua origem está nos
procedimentos de verificação baseados na metodologia científica. Podemos então dizer que o
Conhecimento Científico:
- É racional e objetivo.
- Atém-se aos fatos.
- Transcende aos fatos.
- É analítico.
- Requer exatidão e clareza.
- É comunicável.
- É verificável.
- Depende de investigação metódica.
- Busca e aplica leis.
- É explicativo.
- Pode fazer predições.
- É aberto.
- É útil (Galliano, 1979, apud Paiva Bello, 2004;s/p).
Não existe um divisor nítido entre o conhecimento empírico e científico, visto que a
pesquisa científica não se realiza no «vácuo intelectual», mas sempre está mergulhada em
um contexto – o conhecimento científico nasce, em ultima instância, de problemas observados
e acontecimentos encontrados na experiência humana.
Objectivos/propósitos da Ciência
1. oferecer uma explanação objectiva, factual e útil do universo. Neste caso, ela procura
uma explanação verificável dos fenómenos naturais e sociais, diferentes, pois, da
abordagem artística, religiosa, etc. (central)
2. Controlar – controle prático da natureza e vida social (ervas daninhas-agricultura;
inseminação artificial, clonação (pecuária)....
Conceito de Psicologia
Depois desta breve alusão geral à noção de Ciência, iniciemos agora o estudo da
Psicologia.
Esta definiçao permaneceu até aos meados do séc. XIX devido ao seu desenvolvimento
`condicionado´com a Filosofia.
Importância da Psicologia
Por ser uma ciência multiperspectiva e se aplicar em todas as áreas da vida humana,
tais como no Ensino, na Saúde, na Família, no Comércio, no Desporto, etc., a Psicologia
possui uma vasta importância.
Por ser uma área de conhecimento cientifico que se constituiu recentemente (final do
sécu 19) não obstante a sua existencia dentro do da filosofia como preocupaçao
humana;
Em terceiro lugar esta dificuldade justifica-se pelo facto dos fenómenos psicológicos
serem tão diversos, que não podem ser acessíveis ao mesmo nível de observação, não
podem ser sujeitos aos memos psdrões de descrição, medida, controle e interpretação.
A identidade da Psicologia é o que diferencia dos demais ramos das ciências humanas,
e pode ser obtida considerando que cada um desses ramos enfoca o Homem de maneira
particular (economia, política, história) trabalham essa matéria-prima de maneira particular,
construindo conhecimentos distintos e específicos a respeito dela. A psicologia colabora com o
estudo da subjectividade: é essa a sua forma particular, específica de contribuição para a
compreensão da totalidade da vida humana.
Métodos da Psicologia
O estudo da Psicologia como ciência pressupõe o uso de métodos, que possa facilitar a
análise do seu objecto de estudo, os fenómenos psiquicos (memória, percepção, a sensação, o
pensamento, assim como a imaginação) que numa só linguagem são reduzidos em
comportamentos.
Método: na perspectiva psicológica é o caminho ou via utilizado para exclarecer as
manifestações ou causas de um comportamento, de manifestações psíquicas.
Em psicologia, o conjunto dos métodos específicos engloba todos aqueles que
frequentemente são usados pelos psicólogos como:
e) Método estatístico
Usa-se para fazer o estudo ao nível dos grupos maiores, isto é, para a compreensão de
fenómenos de massa.
f) Método de entrevista
g) Questionário
h) Método comparativo
Serve para fazer extrapolação de uma conclusão feita sobre o estudo de um animal
para relacionar ao Homem, permite a formação de um perfil comportamental.
É um método interpretativo que busca o significado oculto, isto é, que torna claro o
significado daquilo que é manifestado por meio das palavras e acções.
j) Testes psicológicos
Consistem num sistema de tarefas, perguntas, seleccionadas, que tem como objectivo a
avaliaçào e comparação de sujeitos quanto a qualidade da personalidade, habilidades, nível de
desenvolvimento intelectual, efectuando-se esta comparação sobre a base de normas
estabelecidas previamente.
Existem testes psicológicos para medir tanto aspectos cognitivos como aspectos
afectivos da personalidade.
Os testes psicológicos não consistem em obter dados novos que serão necessários
para o aprofundamento dos conhecimentos científicos, mas sim em estabelecer as qualidades
psicológicas da pessoa submetida á experiência para se analisar se corresponde ou não as
normas ou padrões revelados anteriormente
Neste método são empregue muitos métodos e técnicas combinadas. Para se estudar o
comportamento de um indivíduo importa conhecer o maior número possível de factos sobre o
mesmo, a fim de que possam ser compreendidas as principais forças e influências que
orientam seu desenvolvimento.
l) Métodos longitudinais
Filosofia: a correlação que existe entre o corpo e a alma na Filosofia vai permitir de
modo que a psicologia especule e forneça hipóteses empiricamente testados. Neste sentido,
pode-se afirmar que a Filosofia forneceu á psicologia os primeiros quadros conceptuais.
Antropologia: interessa-se pelas formas culturais dos povos. Esses dados são
importantes porque dão ao psicólogo a consciência da relactividade cultural dos valores, dos
motivos, das aspirações dos indivíduos, o que obriga a ter presente a influência da cultura no
comportamento do indivíduo.
FILOSOFIA
Estudo do Homem
BIOLOGIA
HISTÓRIA Estudo do S.N. e glândulas
Importância do factor
PSICOLOGIA
Estudo do secretoras; Processos
tempo e espaço social hereditários no
comportamento
comportamento
ANTROPOLOGIA SOCIOLOGIA
Influência da cultura no Influências sociais no
comportamento comportamento
Fase filosófica
Dedicava-se ao estudo dos factos psíquicos que eram interpretados com base na
experiência do dia-a-dia, isto é, do quotidiano vivido. É nesta fase que se abre o caminho para
a cientificidade da psicologia. A interpretação e consequenteconhecimento dos fenómenos
psíquicos era fundamentada em parte pelo saber filosófico, influenciado pela experiência
quotidiana (social e reflexão sistemática) dos cientistas.
Fase científica
Psicologia e História
Cada um tem uma história pessoal, longa ou curta, a psicologia tem cerca de dois mil
anos de história
Uma análise mais acurada das diferenças individuais, estreitamente ligadas a uma
reflexão mais sistemática na relação mente-corpo, foi feita com Hipócrate de Cosmes. Médico e
a sua ciência era finalizada á medicina, mas, enquanto filósofo, funda uma verdadeira e própria
ciência do Homem onde confluíram observações sociológicas, psicológicas e fisiológicas. O
contínuo esforço de síntese e de sistematização de tais observações não tiveram precedentes
na história do pensamento humano e permanecerão em seguida apreciados por um período de
20 séculos.
Mais importante ainda são os seus estudos neurológicos. Numa das suas obras afirma
que o cérebro é o órgão mais potente do corpo e que os órgão de sentido actuam em base á
sua capacidade de discernimento. Ainda nesta obra Hipócrate descreve os delírios e
alucinações e afirma na dependência de anomalias das faculdades intelectuais dos traumas
crânicos.
Com estas afirmações, Hipócrates põe em relevo uma concepção que se está
afirmando no pensamento grego, isto é, que o Homem é parte da natureza e pode ser
estudado com os métodos da ciência natural. Esta concepção encontrou a sua expressão mais
forte em Aristóteles.
Aristóteles (384-322 a.c)
O império romano nasce ás véspera da era cristã, domina parte da Grécia, Europa e do
Oriente Médio
Inspirado em Platão faz cisão entre corpo e alma, a diferença para ele é que a alma,
não é somente a sede da razão mas também a prova de uma manifestação divina no Homem.
A alma era imortal por ser o elemento que liga o Homem á Deus e sendo a alma também a
sede do pensamento a Igreja passa a se preocupar também com a sua compreensão.
A Psicologia do Renascimento
um dos filósofos que mais contribuiu para o avanço da ciência postula a separação
entre a mente (alma, espírito) e corpo, afirmando que o Homem possui uma substancia
material e e uma substancia pensante e que o corpo, desprovido do espírito era somente
uma máquina - dualismo corpo e mente que torna possivel o estudo do corpo humano
morto, o que era impensável nos séculos anteriores (o corpo era considerado sagrado pela
Igreja, por ser a sede da alma) e dessa forma possibilita o avanço da anatomia e da fisiologia
que inicia a contribuir muito para o progresso da Psicologia.
PERÍODO FEUDAL:
Caracteriza-se pela:
Produção de subsistência
Sociedade estável
Papéis ascristos
PERÍODO do CAPITALISMO
O servo, liberto do seu vínculo com a terra pode escolher seu trabalho e seu lugar
social
A BURGUESIA:
Era preciso quebrar a ideia do universo estável, para poder transformá-lo, era preciso
questionar a NATUREZA para viabilizar a sua exploração em busca de matérias
primas – condições materiais para o desenvolvimento da ciência moderna:
CONHECIMENTO COMO FRUTO DA RAZÃO
Consequências
Na metade do século XIX temas e problemas até então estudados pelos filósofos
passam a ser estudados pela fisiologia, neurofisiologia em particular – formulação de teorias
dobre o SNC, demonstrando que o pensamento, as percepções e os sentimentos humanos
eram produtos deste sistema.
O capitalismo trouxe uma “maquina” - criação fantástica que determinou a forma de ver
o mundo ( o mundo visto como uma máquina), o mundo como um relógio, todo o universo
como se fosse uma máquina, isto é, que podemos conhecer o seu funcionamento, a sua
regularidade, as suas leis, uma forma de pensar que atingiu as ciências humanas, facto que,
para se conhecer o psiquismo humano passa a ser necessário compreender o mecanismo e o
funcionamento da máquina de pensar do Homem: o CÉREBRO!
A PSICOLOGIA CIENTÍFICA
O berço da Psicologia moderna foi a Alemanha de final do século 19. Wundt, Weber e
Fechner trabalharam juntos na Universidade de Leipzing – seguiram para aquele País muitos
estudiosos dessa nova ciência; como o inglês Edward B. Titchner e o americano William
James.
Seus status de ciência é obtido a medida que se “liberta” da filosofia, que marcou a sua
história até aqui e atrai novos estudiosos e pesquisadores , que sob novos padrões de
produção de conhecimento, passam a:
Começa com Wundt e continua com Titchner, os quais definem como o objecto de
estudo da psicologia também mas focalizando os seus aspectos estruturais, isto é os estados
elementares da consciência como estrutura do SNC. Inaugurada por Wundt mas somente o
seu seguidor Titchner usa o termo estruturalismo pela primeira vez para diferenciá-lo do
funcionalismo. O método de observação de Titchner, assim como o de Wundt, é o
introspeccionismo, e os conhecimentos psicológicos produzidos são eminentemente
experimentais, isto é, produzidos a partir do laboratório.
O Associacionismo
As três mais importantes tendências teóricas da psicologia neste século consideradas por
enumeros autores são: Behaviorismo, Gestaltismo e a Psicanálise.
O Behaviorismo ou Comportamentalismo
Watson busca uma psicologia sem alma e sem mente, livre de conceitos mentalistas e
métodos subjectivos e que tenha a capacidade de prever e controlar.
“black box”
Estimulo(R)
Resposta(R)
Processos neurofisiológicos
Processos inconscientes
O quadro negro representa a “blac box” ou seja simboliza tudo aquilo que não é do
interesse para o estudo do psicólogo comportamentalista.
Análise experimental do comportamento
A Gestalt nega decompor a consciência nos seus elementos mais elementares, nega a
concepção e métodos que discendem deste estudo e que tendem a uma teoria elementista
A B
As leis da percepção visiva: são leis sobre a constituição das totalidades percepctivas
que eram chamadas Gestalten ou factores estruturantes. Essas leis afirmam que as partes de
um campo perceptivo tendem a constuir outras gestalts (formas unitárias) que são de tal forma
coerentes e unidas, quanto mais os elementos são
1. vizinhos (lei da aproximação)
2. semelhantes (lei da semelhança)
3. tendem a forma formas fechadas (lei do fechamento)
4. dispostos ao longo duma mesma linha (lei da continuação)
A Psicanálise/Freud
Freud, como hebreu, herdou uma rica tradição do pensamento hebraico, e por outro
lado, de formação clássica (filosofia antiga) e perito linguista, ele veio a contacto com a
literatura antiga e moderna. Sobre esta base assentaram-se os seus estudos de medicina e
ciências naturais, no campo da fisiologia, neurofisiologia e farmacologia. Teve o mérito de ter
descoberto a sexualidade (base fundamental de seus estudos), embora este fosse um tema
debatido antes da publicação do sua obra intitulada ”os três ensaios sobre a teoria sexual”.
O Id
Ego (Eu)
O Ego é a consciência propriamente dita . É a personalidade enquanto actua no
momento presente. Caracteriza-se pela actividade consciente (percepções exteriores e
elaboração de processos intelectuais) e a capacidade para estar em contacto com a realidade
exterior. O Ego é dominado pelo princípio da realidade (pensamentos objectivos, actos
socializados, actividade racional e verbal). Também caracteriza-se pelo estabelecimento de
mecanismos de defesa contra as invasões da pulsão. As funções básicas do ego são:
percepção, memória, sentimento, pensamento. Em suma, o ego tem a função de ajustar o
homem ao meio da realidade física e social em que vive. É um instrumento de adaptação do
indivíduo ao meio. O Ego é baseado no princípio do Realidade.
Super-Ego (super-eu)
A combinação das três camadas, segundo Freud constitui factor importante para a
formmação e estruturação da Personalidade.
O zigoto
Embrião
Feto
A partir da oitava semana até ao nascimento o novo ser passa a chamar-se feto. O feto
é capaz de ouvir, movimentar os dedos (dar pontapés, fazer punho, levar o polegar a boca,
escolher a posição de dormir, etc.) sentir sabor, etc. O desenvolvimento do feto culmina com o
nascimento.
Nascimento
O nascimento é conjunto de fenómenos físicos que tem como finalidade expulsar o feto
para o exterior. Quando a criança nasce pesa normalmente 2500 gramas e a placenta para de
introduzir alimentos. Crianças com um período de gestação reduzido e peso inferior a 25000
gramas são consideradas pré-maturas.
A primeira respiração imediatamente após o parto é difícil devido o oxigénio do
ambiente que a criança recebe, pois tem inicio a respiração pulmonar. Se o pequeno cérebro
não recebe oxigénio dentro de 8 (oito) minutos pode contrair lesões.
Em cada dor do parto, a criança está exposta a uma pressão com cerca de 25kg. Por
isso, partos muito prolongados ou complicados colocaram a criança provavelmente numa
situação de indisposição intensiva. O acto do nascimento por si só é uma lesão psíquica, o que
serve de base para o medo original do homem, segundo a psicanálise.
Genética do comportamento
Era comum considerar a herança é rígida, fixa, imutável, irreversível algo como
código ou lista de instruções e procedimentos que não admite modificações e na qual
cada “instrução” age de modo independente das demais mas hoje tal posição não se
sustenta por que também os genes podem sofrer uma mutação, brusca ou não.
Portanto, Dizer que um os “genes influenciam x ou y” não quer dizer que os “genes
determinam x ou y”. Tão pouco quer dizer que o ambiente tenha pouca influência sobre a
qualidade em questão. Do início até ao fim da vida, os organismo estão denso constantemente
moldados tanto pela hereditariedade como pelo ambiente. A natureza e a extensão de uma
influência sempre depende da contribuição da outra.
O sistema nervoso central (SNC) é a porção do sistema nervoso que fica dentro do
crânio e da coluna espinhal. Assim, o SNC compreende o cérebro e a medula e a medula
espinhal. O SNC é banhado na sua “sopa” nutritiva especial chamada fluido cérebro-
espinhal (FCE). Este fluido alimenta o cérebro e fornece-lhe uma protecção. Embora derivado
do sangue, o FC é cuidadosamente filtrado.
Para entrar no FCE, as substâncias do sangue têm de passar pela barreira cérebro-
sanguínea, um mecanismo membranoso semipermeável que impede a passagem de
certas substâncias químicas entre a corrente sanguínea e o cérebro. Esta barreira evita
que algumas drogas entrem no FCE e afectem o cérebro.
A medula espinhal
O cérebro
Evidentemente, a glória suprema do sistema nervoso central é o cérebro, que,
anatomicamente, é a parte do sistema nervoso central que preenche a porção superior do
crânio. Embora pese apenas cerca de 2 quilos e possa ser carregado em uma das mãos, ele
contém bilhões de células que interagem, integram informação de dentro, coordenam as
acções do corpo e nos capacitam a falar, pensar, recordar, planear, criar e sonhar.
O primeiro e mais importante corte separa o sistema nervoso central (cérebro e medula
espinhal) do sistema nervoso periférico . o sistema nervoso periférico é formado por todos
os nervos que ficam fora do cérebro e da medula espinhal. Nervos são aglomerados de
fibras de neurônios (axônios) que estão no sistema nervoso periférico. Essa porção do
sistema nervoso é exactamente o que parece, a parte que se estende para a periferia (parte de
fora) do corpo. O sistema nervoso periférico pode ser subdividido em dois : somático e
autônomo.
O sistema nervoso somático é formado por nervos que se conectam aos músculos
esqueléticos voluntários e aos receptores sensoriais. Estes nervos são os cabos que
carregam informação dos receptores na pele, músculos e juntas ao sistema nervoso central e
também ordens do sistema nervoso central aos músculos. Estas funções requerem dois tipos
de fibras nervosa:
Aferentes, que são axônios que carregam informação para dentro do sistema nervoso
central da periferia do corpo;
Os eferentes, que são axônios que carregam informações para fora do sistema nervoso
central para a periferia do corpo.
O sistema nervoso autónomo é formado de nervos que se ligam ao coração, aos vasos
sanguíneos, aos músculos lisos, e ás glândulas.
Como o próprio nome indica, é um sistema separado (autónomo), embora seja
principalmente controlado pelo sistema nervoso central. O sistema nervoso autónomo controla
funções automáticas , involuntárias, em que normalmente as pessoas não pensam, como a
batida cardíaca , a digestão e a transpiração. Ele intermédia muito do despertar fisiológico, que
ocorre quando as pessoas experimentam emoções. Imagine-se, por exemplo, caminhando
para casa sozinho a noite, quando uma pessoa, de aparência pobre aparece atrás de nós e
começa a seguir-nos. Caso sintamo-nos ameaçados, a nossa batida cardíaca e respiração
intensifar-se-ão. A nossa pressão sanguínea poderá subir, possivelmente sentiremos arrepios,
e as palmas das mãos poderão começar a transpirar. Estas reacções difíceis de controlar são
aspectos do despertar autónomo.
Para que haja um reflexo adequado e necessário antes de mais uma estrutura dos
órgãos de sentido e do sistema nervoso. O grau de desenvolvimento dos órgãos de sentido e
do sistema nervoso determina constantemente o grau e a forma do reflexo psíquico.
A evolução da psique não ë linear, ate que se aperfeiçoe em diferentes direcções. Num
mesmo meio habitam animais com os mais variados níveis de reflexo e ao contrario, em meios
diferentes podem-se encontrar diferentes tipos de animais com níveis de reflexo semelhantes.
O meio, como a mateira, não e invariável, ele evolui. A este meio em evolução adapta-
se a espécie animal que nele habita. Pode acontecer, sem duvidas, que o meio radicalmente
se modifique para alguns animais e isto influencia no desenvolvimento das funções psíquicas,
ao mesmo tempo, a mudança ocorrida não exerce uma influencia determinante no
desenvolvimento das funções dos outros animais.
Sem duvidas existe uma imensa diferença qualitativa entre a psique humana mais
altamente organizada e a psique animal. Assim não e possível fazer uma comparação
entre “linguagem” dos animais e a linguagem humana, pois enquanto o animal com a sua
linguagem pode somente emitir sinais a seus congéneres, em relação a fenómenos
limitados por uma situação imediata, directa, pelo contrario o Homem pode informar a
outras pessoas com ajuda da linguagem, sobre o passado, o presente, o futuro e transmitir
aos outros a experiência social.
Teoria: forma de explicação dos factos, de forma unitária, coerente, livre de contradições
internas e que conduza a descoberta de novos factos.
A questão da abordagem do desenvolvimento do psíquico, é ainda, polémica pela existência de
várias teorias do mesmo desenvolvimento, que estão divididas em grupo.
Teorias endogénicas
Teorias exogénicas
Teorias de convergências
Conceito de desenvolvimento
Hereditariedade
Crescimento orgânico
Maturação neurofisiologica
Meio
O conjunto de influencias e estimulações ambientais altera os padrões de
comportamento do indivíduo. Por exemplo, se a estimulação verbal for muito intensa,
uma criança de 3 anos pode ter um repertório verbal muito maior do que a media das
crianças de sua idade, mas, ao mesmo tempo, pode não subir e descer com uma
facilidade uma escada, porque esta situação pode não ter feito parte de uma
experiência de vida.
Ate uma idade máxima de quatro meses, um bebe não consegue diferenciar-se
do que o rodeia. O desaparecimento do objecto no campo visual da criança perde todo
interesse por ele (não existe/nunca existiu); por exemplo a criança não entende que
são os próprios movimentos que provocam o ranger do berço e não diferencia entre
objectos e pessoas. A actividade cognitiva e comportamental. Pensar e agir.
Irreversibilidade. O bebe não tem noção de que existe algo fora do seu campo de
visão. Como demonstram alguns estudos, os bebes aprendem de forma gradual a, a
distinguir as pessoas dos objectos, comencando a perceber que ambos tem uma
existência independente das suas percepções mais imediatas. Aos 6 meses de idade,
a criança investida as características do objecto. Procura o objecto escondido, continua
a existir.
Foi aquele que Piaget dedicou grande parte da sua investigação. Nesta fase
desenvolvem-se outras estruturas cognitivas: a criança e capaz de distinguir o “eu” do
objecto; adquire noção de tempo e espaço. Tem inicio a reversibilidade. A criança já
domina a linguagem e se torna capaz de usar palavras para, de uma forma simbólica,
representar objectos e imagens. Uma criança de quatro anos, por exemplo, pode usar
a mão em movimento para representar o conceito de “avião” . Inicio da aquisição de
noção de conservação da massa e volume (quantidade) Piaget apelida este estádio de
pré-operacional, pois as crianças ainda não são capazes de usar, de uma forma
sistemática, as suas capacidades mentais em desenvolvimento. A maneira de ver o
mundo característica destas crianças e o egocentrismo, ela acredita que as pessoas
vêem o mundo exactamente como ela vê, p. Ex: ao contar um facto, omite pormenores
importantes “julgando” que os outros tem a mesma visão do facto. Este conceito não
se refere a egoísmo mas a tendência da criança interpretar o mundo exclusivamente
em função da sua própria posição. (ex. pedir explicação de uma ilustração enquanto o
livro esta virado para si. A criança não entende que o outro não vê); as crianças falam
ao mesmo tempo mas não com a outra, como os adultos fazem; não tem categorias de
pensamento que os adultos tem, as crianças não tem conceitos de causalidade,
velocidade, peso ou numero (mesmo se a criança observar alguém a deitar agua num
recipiente alto e estreito para o outro mais baixo e largo, não entende que o volume
continua o mesmo – mas conclui que há mais agua no segundo recipiente, porque o
nível da agua esta mais abaixo.
a) Fase oral (o –2 anos) : nos primeiros meses da vida ate cerca de 2 anos
de vida, a libido esta concentrada na zona oral (boca): o bebe tira prazer através da
zona erótica da boca, dos lábios e da língua, e nos actos de sucção, mordedura e
mastigação. No adulto, a fixação formas da sexualidade oral pode exprimir-se em
comportamentos com a sucção do próprio dedo, comer-se as unhas, comer
excessivamente, etc.
c) Fase fálica ( 3-5 anos) – entre 3 a 5 anos a libido desloca-se para as zonas
genitais a procura do prazer. O rapaz e a menina tocam os próprios órgãos genitais,
tornam-se curiosas em relação as diferenças entre os dois sexos. Os pais muitas vezes
proíbem o comportamento sexual das crianças desta idade pensando ou considerando
que são formas adultas da actividade sexual, enquanto normalmente exprimem a
exigência das crianças de conhecer o próprio e o outro aparato sexual. Nesta fase
manifesta-se o assim chamado complexo de Edipo, do nome do da personagem da
tragédia grega Edipo rei de Sofocle (na tragédia grega, Edipo mata o pai sem conhecer
a identidade e casa-se com a mãe). O menino chegando nesta fase do
desenvolvimento psicosexual, experimenta um desejo de hostilidade para o pai e um
desejo de amor para com a mãe. Estes dois desejos compresentes , numa forma
geralmente inconsciente, são vividos como um conflito. Por outro lado, o pai
representa para o menino a fonte da punição (vivida como castração dos próprios
órgãos) por causa do amor dirigido a mãe. O menino pode superar este conflito
atraves de um processo de identificação com o pai, mediante o qual ele assimila e faz
seu o comportamento paterno. Durante o processo de identificação , os meninos
introjectam no Super-Io grande parte das regras sociais e dos valores partilhados e
derivados da figura dos pais. Na menina verifica-se um processo em parte análogo,
primeiro de hostilidade para com a mãe e amor para com o pai e, portanto, em seguida,
de identificação com a figura materna ( tal processo e denominado de Eletra).
Primeira idade adulta( 20 –30 anos):. Nesta fase a crise é entre intimidade ou
amor/isolamento a pessoa enfrenta a escolha entre uma vida caracterizada de
relações de intimidade (capacidade de amizade e amor), encontrar-se em companhia,
amar alguém e a ausência de relações afectivas, e transformar-se num isolado,
evitando compromisso de amor ou amizade. É o estádio da vida em que se põe
também a problema da escolha profissional que permite a inserção na sociedade. As
duas escolhas cruzam-se, originando as vezes conflitos, sobretudo na mulher pela qual
a profissão pode contrastar com o papel de mulher e de mãe.
A pessoa pode tornar-se sabia: não se preocupa ansiosamente pela vida porque
descobriu o seu sentido e o da dignidade da sua vida; há aceitação da morte. Mas
pode não alcançar a sabedoria, ao fazer o balanço da sua vida ou a valição do seu
passado e verifica que não fez nada que valesse a pena, logo surge um sentimento de
desgosto pela vida e de desespero perante a morte.
Cada vez mais está a crescer o numero de anciãos que fica inactivo depois da
reforma e marginalizados em relação as decisões da colectividade. A psicologia deve
ser em grau de afrontar esta nova problemática para a integração dos anciãos na
sociedade.
O DESENVOLVIMENTO MORAL
PSICOLOGIA DA PERSONALIDADE
TEORIAS DA PERSONALIDADE
Conceito de personalidade
Estrutura da personalidade
Teorias da Personalidade
A conduta humana é reconhecida como complexa. Assim, o comportamento não
é determinado por um único factor, mas sim por muitos factores, de natureza diversa.
Diante de tão complexo campo de investigação, diferentes grupos de estudiosos
enfatizam diferentes grupos de aspectos de comportamento. Alguns concentram-se em
hereditariedade e outros em influencias ambientais. Outros ainda, favorecem a
formação de um conjunto de leis gerais, entendendo o Homem como ser social e ao
mesmo tempo biológico. As teorias da Personalidade que merecem distinção especial
são: o Behaviorismo, o Gestaltismo, a Psicanálise, a Disposicional, A humanista,
A Fenomenologica, a cognitiva, a Biológica, a Evolucionista, etc.
Behaviorismo
O Gestaltismo
Os fundadores da escola da Gestalt foram WERTHEIMER (1880-1943), KURT
KOFFKA (1886-1941) e WOLFGANG KOHLER (1887-1967). Todos eles negam a
fragmentação entre acções e processos humanos, defendendo o principio de
determinação relacional, isto é, que as propriedades das partes dependem do lugar,
papel e função que têm no todo. Sustentam ainda que a maior parte das
configurações, o todo não é igual á soma das partes demonstrando-se que o estímulo
deve ser considerado como uma totalidade. A Gestalt Orienta-se pelos seguintes
princípios:
Formação: medico, psiquiatra, docente. Trabalhou 6 anos com Freud deste modo
nasceu o interesse para o comportamento humano e separa-se de Freud em 1913 e
elabora a sua teoria denominada Psicologia Analítica ou dos complexos. Analítica
porque e uma psicologia que não procura de isolar funções singulares mas de ocupar-
se dos fenómenos que caracterizam a personalidade na sua totalidade.
1) Aceita a concepção da libido mas como energia psíquica neutra sem conotação
sexual; nega o papel fundamental da libido na origem da sexualidade.
Arquétipos
Persona
Sombra
Anima e animus
Self
Antes de tudo temos que considerar que segundo Jung todo o indivíduo possui a
libido, ou seja esta energia fundamentalmente biológica, mas é neutra, ela tende à
integração dos elementos conscientes e inconscientes. Neste caso emerge a aqui a
concepção finalistica da libido em vez da função causal.
Autorealização
De formação era médico, neurologo, psiquiatra, sociólogo. A sua atitude diante dos
doentes era especial, e rejeitava o facto de mandar os doentes ao neurologos
enquanto este não tinha nenhuma lesão e neste caso o neurologo não tinha
instrumentos necessários para resolver o problema.
Adler entrou também em contacto com Freud em 1911, mas diverge com o Freud
porque não concorda que com a ideia de que a libido seja a única fonte do distúrbio
psíquico da própria personalidade mas diz que a distúrbio psíquico é resultado da
afirmação exagerada de si.
Método
A Teoria Disposicional
A Psicologia Humanista
Os psicólogos humanistas:
O psicológo humanista Carl Rogers concordava com muito do que Maslow pensava.
Rogers considerava que as pessoas são basicamente boas dotadas de tendências
para a auto-realização. Cada um de nós é como uma semente, pronta para o
crescimento e a realização, a menos que seja frustrado por um ambiente que inibe o
desenvolvimento.
O homem é visto como um ser constituído por varias partes integradas e, por isso,
relacionadas entre si. Rogers parte do conceito de eu (self) para explicar a
personalidade humana;
O conceito do “eu” exprime” um modelo interno que se vai formando a partir das
interacções que as pessoas tem com os vários contextos onde se movem. E’ um
padrão organizado de percepções, sentimentos, atitudes que o indivíduo acredita ser
exclusivamente seu.
Rogers acredita que os seres humanos tem uma tendência natural para a “realização”,
esforço no sentido de congruência entre “eu” e experiência.
9. Rocha, A & Fidalgo, Z. Psicologia, Editora Texto Ltd, Lisboa, Portugal, 1998
10. Piaget, J. seis estudos de psicologia. Editora Dom Quixote , Lisboa, Portugal,
1977
11. Bock, A. M.; Furtado, O & Teixeira, M De Lurdes T. Uma Introdução ao Estudo
da Psicologia. 13Ed. Editora Saraiva, São Paulo, 2001.