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Faculdade Pitágoras

Disciplina de Fenômenos de Transporte

TERMODINÂMICA BÁSICA: Introdução à


Termodinâmica

Professor: Hairton Júnior José da Silveira

1º semestre de 2021, Belo Horizonte - MG


Análise e equacionamento
Objetivo geral:
Conhecer e estudar os princípios de aplicações da
Termodinâmica, utilizados no contexto de Engenharia.

Objetivos específicos:
– Sistemas Termodinâmicos;
– Propriedade, Estado e Processo;
– Conservação da Energia Mecânica: Energia Cinática;
– Conservação da Energia Mecânica: Energia Mecânica.
O que é Termodinâmica?
A Termodinâmica é um ramo da física, e ao mesmo tempo
uma linha de especialidade na Engenharia, que tem como o
objetivo estudar as transformações de energia que envolvem calor
e trabalho entre/dentre um sistema e sua vizinhança.
Tem-se que os conceitos da termodinâmica são estudados e
aplicados desde a história antiga, na qual os egípcios relacionavam
calor ao fogo, por exemplo.
O que é Termodinâmica?
Os conceitos termodinâmicos tornaram-se extremamente
relevantes com o advento das máquinas térmicas, que foram
difundidas na Revolução Industrial, e se tornaram o marco da
termodinâmica moderna.

Nos dias de hoje, além de situações cotidianas e na


indústria moderna, a termodinâmica está presente em vários
ramos da Engenharia:
Máquina térmica
Insumo Processo Produto
Termodinâmico

Fontes energéticas: Trabalho


fóssil, biomassa,
nuclear, hídrica, eólica, Máquina Térmica
solar.

Calor
Variação de energia:
cinética, potêncial
gravitacional e elástica,
energia interna.
Áreas de aplicação da Termodinâmica
Sistema de propulsão de aeronaves:
Áreas de aplicação da Termodinâmica
Sistemas automobilísticos:
Áreas de aplicação da Termodinâmica
Turbinas a vapor e turbinas a gás:
Áreas de aplicação da Termodinâmica
Plantas termelétricas:
Áreas de aplicação da Termodinâmica
Compressores e bombas:
Áreas de aplicação da Termodinâmica
Sistemas de refrigeração:
Áreas de aplicação da Termodinâmica
Sistemas de bomba de calor:
Sistemas termodinâmicos
Ao realizarmos uma análise termodinâmica, aplicamos as leis e
as relações físicas a sistemas termodinâmicos, que são o objeto de
estudo (ou objeto de análise) que analisaremos. Existem vários tipos de
sistemas termodinâmicos, e a definição deles e a identificação de suas
interações com outros sistemas é o primeiro passo para o sucesso de
uma análise termodinâmica.
Tudo que é externo ao sistema, é chamado de vizinhança. A
vizinhança tem características próprias que podem favorecer as trocas
de energia e matéria.
O que delimita o sistema e o distingue de sua vizinhança é
chamado de fronteira, que pode estar em repouso ou movimento. É a
partir da fronteira que ocorrem as interações entre o sistema e a sua
vizinhança.
Sistemas termodinâmicos
Os sistemas podem ser simples, como um corpo rígido, ou
complexo como uma planta de uma central termoelétrica. Podem ter
uma quantidade de matéria com composição química fixa ou variável,
como no caso de termos uma combustão ou uma fissão nuclear. Podem
ter uma quantidade de matéria contida em um recipiente fechado, ou
podem ter uma vazão volumétrica de fluido escoando, por exemplo, em
uma turbina a gás.
Sistemas termodinâmicos
Sistema fechado
Para começarmos a análise termodinâmica, precisamos definir
qual tipo de sistema está em análise. Eles podem ser diferenciados
entre sistema fechado e sistema aberto.
O primeiro sistema que estudaremos é o sistema fechado, que é
definido quando temos uma quantidade fixa de matéria sendo
estudada, ou seja, no sistema fechado, a quantidade de matéria não
varia, impossibilitando o fluxo de massa através de suas fronteiras.
Apesar de não termos fluxo de massa através das fronteiras do sistema,
interações termodinâmicas, como calor e trabalho, podem ocorrer
através dessa fronteira.
Tem-se que o sistema isolado, que é um tipo particular de
sistema fechado, é um sistema no qual nenhum tipo de interação ocorre
entre o sistema e sua vizinha, ou seja, não existe fluxo de massa, calor e
trabalho cruzando a fronteira de um sistema isolado.
Sistema fechado
Se considerarmos que as válvulas do conjunto
cilindro-pistão permanecem fechadas, o gás pode
ser modelado como sendo um sistema fechado.
Analisando a figura, temos que a fronteira é dada
pela linha tracejada que delimita o gás no interior
do cilindro. Vale ressaltar que a fronteira entre o
gás e o pistão pode se movimentar, de acordo com
o movimento do pistão. Portanto, temos que o
volume de um sistema fechado pode ser variável.
Além disso, se considerarmos a combustão que
ocorre no interior do conjunto cilindro-pistão,
temos que a composição química da matéria (o
gás contido dentro do conjunto) varia conforme a
mistura inicial de combustível e o ar se transforma
em produtos de combustão.
Sistema aberto
O sistema aberto, também chamado de volume de controle, é o
sistema no qual é permitido termos um fluxo de massa fluindo através
de suas fronteiras, além das interações termodinâmicas, como o calor e
o trabalho. Para a maioria dos problemas em termodinâmica, o sistema
aberto, ou volume de controle, é uma análise mais simples e adequada.
Na figura abaixo, podemos notar fluxos de matéria atravessando as
fronteiras do dispositivo. Nessa análise, portanto, estudamos uma
região delimitada por uma fronteira fixa, que pode ser física ou
imaginária, mas que não se movimenta.
Propriedade, estado e processo
Uma propriedade termodinâmica é uma característica
macroscópica de um sistema para o qual não é necessário saber o
histórico (ou seja, o comportamento prévio) do sistema para mensurá-
la. Elas podem ser divididas entre propriedades extensivas e intensivas.
Uma propriedade é chamada de extensiva se o seu valor para
todo o sistema é dado pela somatória dos valores da propriedade para
cada porção na qual o sistema é dividido. Portanto, as propriedades
extensivas, dependem do tamanho ou da extensão do sistema. A massa,
o volume, a energia são exemplos desse tipo de propriedade.
Uma propriedade é chamada de intensiva se ela independe do
tamanho ou da extensão do sistema. Portanto, a propriedade intensiva
pode variar de intensidade de uma região para outra no interior do
sistema, ou seja, é uma propriedade que é uma função da posição e do
tempo. A temperatura, a pressão, o volume específico etc. são exemplos
de propriedades intensivas.
Propriedade, estado e processo
Para ilustrar isso, analisamos a figura abaixo.
As anilhas e a barra possuem massas e volumes distintos,
porém quando formam um álter a somam de cada massa das
anilhas e da barra, será a massa resultante do álter, portanto se
tratam de propriedades extensivas.
Por outro lado, se cada anilha estiver a uma temperatura
diferente, quando formar-se o álter a temperatura não será a
mesma das anilhas, nem da barra. Portanto, a temperatura é uma
propriedade intensiva, que depende de cada termo.
Propriedade, estado e processo
Tem-se que uma propriedade específica é uma propriedade
obtida dividindo-se uma propriedade extensiva pela massa total do
sistema. Ao efetuarmos esse cálculo, obtemos uma propriedade
intensiva, portanto a propriedade específica é um tipo especial de
propriedade intensiva.
As propriedades intensivas que são analisadas em um corpo,
fluido ou sistema são:
Temperatura;
Pressão;
Volume, ou volume específico;
Energia interna, ou energia interna específica;
Entalpia, ou entalpia específica;
Entropia, ou entropia específica.
Propriedade, estado e processo
Um estado termodinâmico refere-se à condição, na qual o
sistema se encontra, que é definida pelas suas propriedades. O estado
termodinâmico é definido por duas propriedades independentes. Tem-
se que uma grandeza é considerada como sendo uma propriedade
termodinâmica se, e somente se, sua alteração de valor entre dois
estados for independente do processo termodinâmico.
Um processo termodinâmico refere-se quando um estado
termodinâmico, devido a uma alteração externa ou interna, muda suas
propriedades intensivas. Importante salientar que esta variação não
depende do tempo, e sim das suas propriedades. Como visto
anteriormente, no estudo da cinemática dos fluidos, se as propriedades
variam com o tempo, temos um regime variado, também chamado de
transitório. E, se as propriedades não variam com o tempo, temos um
regime permanente.
Propriedade, estado e processo
O conceito de equilíbrio é fundamental nas análises
termodinâmicas de sistemas. Na mecânica geral, aprendemos que
equilíbrio é uma condição de estabilidade, na qual uma partícula ou um
corpo rígido se encontra devido a uma igualdade de forças que se
opõem. Em termodinâmica, o termo equilíbrio é utilizado de uma
maneira mais ampla, ou seja, é utilizado para vários outros aspectos
termodinâmicos, diferentes da aplicação de forças, como o equilíbrio
mecânico, térmico, químico, de fase etc.
Fase é a característica do sistema quanto a sua formação
macroscópica, podendo ser líquido, sólida ou gasosa. Na maioria dos
sistemas de Engenharia, avaliamos a mudança de fase de sistemas entre
estados de líquido-vapor, em que para que um corpo mude de fase de
líquido para vapor, deve ganhar energia a temperatura e pressão
constante, enquanto para passar de vapor para líquido, deve perder
energia à temperatura e pressão constante.
Diagrama T-v
No diagrama T-V, estamos
analisando a Tabela de
Pressão de Liquido-Vapor,
uma vez que temos linhas
tracejadas de pressão
constante (isobáricas). A
mudança de fase ocorre à
uma dada Temperatura de
Saturação, na qual o
sistema pode apresentar
fases diferentes caso se
encontre na mesma
temperatura, em uma
temperatura superior, ou
temperatura inferior.
Diagrama P-v
No diagrama P-v, estamos
analisando a Tabela de
Temperatura de Liquido-
Vapor, uma vez que temos
linhas tracejadas de
temperatura constante
(isotérmicas). A mudança
de fase ocorre à uma
dada Pressão de
Saturação, na qual o
sistema pode apresentar
fases diferentes caso se
encontre na mesma
pressão, em uma pressão
superior, ou pressão
inferior.
Tabela de propriedades
Estados de líquido saturado e vapor saturado
Quando tratamos deste estado, sabemos que o fluido está na
fase totalmente líquida, se é líquido saturado, e totalmente vapor, se é
vapor saturado.
As propriedades da água nos estados de líquido e vapor
saturados estão listadas nas Tabelas A–2 e A–3. Ambas as tabelas
oferecem as mesmas informações. A única diferença é que na Tab. A–2
as propriedades estão listadas em função da temperatura e na Tab. A–3
em função da pressão.

T = Temperatura no estado;
Psat = Pressão de saturação correspondente;
vl = volume específico de líquido saturado;
vv = volume específico de vapor saturado;
Tabela de propriedades
Mistura de líquido e vapor saturados
Durante um processo de vaporização ou condensação, uma
substância existe parte como líquido e parte como vapor. Ela é uma
mistura de líquido saturado e vapor saturado. Para analisar essa mistura
adequadamente, é definido uma nova propriedade chamada de título x.
O título, é definido como a relação de massa de vapor na massa
total do sistema, sendo uma proporção do estado líquido e vapor:
𝑚𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟
x=
𝑚𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
Se o valor do volume específico no estado encontra-se entre os
valores de líquido saturado e vapor saturado do mesmo, o estado é uma
mistura, e podemos aplicar o título para saber qual o estado real da
mistura: 𝑣 − 𝑣𝑙
x=
𝑣𝑣 − 𝑣𝑙
Tabela de propriedades
Vapor superaquecido
A região superaquecida é de única fase (apenas a fase vapor), a
temperatura e a pressão não são mais propriedades dependentes,
podendo ser usadas de forma conveniente como as duas propriedades
independentes das tabelas, que são listadas em função da temperatura
e pressão (Tabela A-4)

O estado será vapor superaquecido, se


uma destas análises condizer:
P<Psat a uma determinada T constante;
T>Tsat a uma determinada P constante;
v>vv a uma determinada P ou T;
u>uv a uma determinada P ou T;
h>hv a uma determinada P ou T;
s>sv a uma determinada P ou T;
Tabela de propriedades
Líquido comprimido
A região de líquido comprimido é de única fase (apenas a fase
líquido), a temperatura e a pressão não são mais propriedades
dependentes, podendo ser usadas de forma conveniente como as duas
propriedades independentes das tabelas, que são listadas em função da
temperatura e pressão (Tabela A-5)
O estado será líquido comprimido, se for
água com pressão maior que 25 bar e
uma destas análises condizer:
P>Psat a uma determinada T constante;
T<Tsat a uma determinada P constante;
v<vl a uma determinada P ou T;
u<ul a uma determinada P ou T;
h<hl a uma determinada P ou T;
s<sl a uma determinada P ou T;
Tabela de propriedades
Liquido subresfriado
A região de líquido subresfriado é uma região na qual o líquido
não tem energia suficiente para se comprimir. Nela, o fluido que pode
ser líquido com pressões menores que 25 bar, ou então qualquer outro
tipo de fluido (Amônia, R22, R134a, Propano... Etc), deve-se olhar o
valor de líquido saturado na temperatura correspondente.
O estado será líquido subresfriado, se a
pressão for menor que 25 bar para água, ou
em qualquer outro fluido, e uma destas
análises condizer:
P>Psat a uma determinada T constante;
T<Tsat a uma determinada P constante;
v<vl a uma determinada P ou T;
u<ul a uma determinada P ou T;
h<hl a uma determinada P ou T;
s<sl a uma determinada P ou T;
Conservação da energia:Energia potencial
A energia potencial gravitacional é o estado de energia em que
um sistema se encontra, devido à sua posição em relação a um campo
gravitacional e em relação a uma referência adotada.
Essa energia é a medida do potencial de realização de trabalho
desse sistema. A partir da figura abaixo, temos que a energia potencial é
dada pela força peso do sistema multiplicada pela altura z1 do sistema
em relação à superfície de referência, pois o trabalho é calculado como
sendo uma força multiplicada por um deslocamento.

𝐸𝑃 = 𝐹𝑝𝑒𝑠𝑜 ∙ 𝑧1 = 𝑚 ∙ 𝑔 ∙ 𝑧1

Δ𝐸𝑃 = 𝐸𝑃𝐵 − 𝐸𝑃𝐴 = 𝑚 ∙ 𝑔 ∙ (𝑧𝐵 − 𝑧𝐴 )


Conservação da energia:Energia cinética
A energia cinética é uma grandeza escalar que representa o
trabalho realizado por uma força quando um corpo está em movimento
ao longo de uma trajetória.
Grandeza escalar é tudo aquilo que é medido e pode ser
determinado apenas pelos dados numéricos e a unidade de medida,
sem que seja necessário saber sua orientação.
A figura abaixo mostra que a energia cinética depende da massa
do corpo e do módulo da velocidade desse corpo.

𝑚 ∙ 𝑉2
𝐸𝐶 =
2

1
Δ𝐸𝐶 = 𝐸𝐶2 − 𝐸𝐶1 = ∙ 𝑚 ∙ (𝑉22 − 𝑉12 )
2
Exemplo Energia potencial e cinética
Considere um sistema com uma massa de 1kg, cuja velocidade
aumenta de 15 m/s para 30 m/s enquanto sua altura diminui em 10m
em um local em que g=9,7 m/s².
1
Δ𝐸𝐶 = 𝑚(𝑉22 − 𝑉12 )
2
1 𝑚 2 𝑚 2 1𝑁 1𝐽
Δ𝐸𝐶 = 1𝑘𝑔 30 − 15 𝑚 = 337,5 𝐽
2 𝑠 𝑠 1𝑘𝑔 2 1𝑁. 𝑚
𝑠
𝑚 1𝑁 1𝐽
Δ𝐸𝑃 = 𝑚𝑔 𝑧2 − 𝑧1 = 1𝑘𝑔 9,7 2 −10𝑚 𝑚 = 97𝐽
𝑠 1𝑘𝑔 2 1𝑁. 𝑚
𝑠
M
A
z z
B
x
Exemplo Energia potencial e cinética
Considere um sistema com uma massa de 1 lb (0,4 kg), cuja
velocidade aumenta de 50 ft/s (15,2 m/s) para 100 ft/s (30,5 m/s)
enquanto sua elevação diminui em 40 ft (12,2m), em um local em que
g=32,0 ft/s² (9,7 m/s²).
1
Δ𝐸𝐶 = 𝑚(𝑉22 − 𝑉12 )
2
2 2
1 𝑓𝑡 𝑓𝑡 1𝑙𝑏𝑓 1𝐵𝑡𝑢
Δ𝐸𝐶 = 1𝑙𝑏 100 − 50 = 0,15𝐵𝑡𝑢
2 𝑠 𝑠 𝑓𝑡 778𝑓𝑡. 𝑙𝑏𝑓
32,2𝑙𝑏 2
𝑠
Δ𝐸𝑃 = 𝑚𝑔 𝑧2 − 𝑧1
𝑓𝑡 1𝑙𝑏𝑓 1𝐵𝑡𝑢
Δ𝐸𝑃 = 1𝑙𝑏 32 2 −40𝑓𝑡 = 0,05𝐵𝑡𝑢
𝑠 𝑓𝑡 778𝑓𝑡. 𝑙𝑏𝑓
32,2𝑙𝑏 2
𝑠
Energia interna (U) e energia total
A energia interna é a quantidade de energia própria de uma
determinada substância. Definida em J (Joules), esta energia é
empregada para avaliar a energia total do sistema. A variação da energia
interna é dada por, sendo u1 a energia interna específica no ponto 1, e
u2 a energia interna específica no ponto 2:

Δ𝑈 = 𝑚 ∙ (𝑢2 − 𝑢1 )

Portanto, a variação da Energia total de um sistema, deve levar


em consideração os valores de energia interna, energia potencial e
energia cinética:
Δ𝐸 = Δ𝐸𝑐 + Δ𝐸𝑃 + Δ𝑈
Exemplo energia interna
a) Calcular a variação de energia interna de 1,5 kg água de
um processo no qual se encontra no estado inicial a Temperatura
de 40 ºC e pressão de 1 bar, e no estado final de 3 bar e
temperatura de 250 ºC

b) Calcular a variação de energia interna de 2 kg água de um


processo no qual se encontra no estado inicial a Temperatura de
120 ºC e pressão de 1 bar, e no estado final de 3 bar e temperatura
de 80 ºC
Fim

Obrigado!

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