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Em 

Amor de Perdição, a história de amores contrariados coexiste com a crónica da mudança


social.

Amor de Perdição de Camilo Castelo Branco é uma obra que retrata o romance proibido entre
Simão Botelho e Teresa de Albuquerque, inspirado na vida do próprio autor.
Tanto a família de Simão como a de Teresa tinham um estatuto social nobre e odiavam-se
mutuamente devido a divergências passadas, o que punha em causa a relação de ambos.
Face a esta situação eles viviam num clima de inquietação pois os desentendimentos das suas
famílias não permitiam que estes se relacionassem.
Esta obra é então uma forma de criticar a sociedade aristocrática daquela época denunciando-
se a corrupção da justiça, o comportamento inadequado e mundano dos membros religiosos e
principalmente os casamentos por conveniência visto que Teresa era impedida pela família de
se casar com o seu verdadeiro amor, restando-lhe apenas duas opções: ou ela casava com o
seu primo Baltazar Coutinho ou então ía para um convento e a honra da família continuava
preservada.
Por estes motivos, a obra é então uma crónica de mudança social pois nela estão expressos os
vários descontentamentos que pairavam na sociedade do século XIX e que precisavam de ser
renovados.

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