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CONHECENDO O TERRITORIO DE CEILÂNDIA

Fonte: Wikipédia - enciclopédia livre - https://pt.wikipedia.org/wiki/Ceil%C3%A2ndia

História de Ceilândia

Antes da ocupação pelo homem branco, o território era habitado por índios (da


tribo dos cataguá) e negros fugitivos das minas de Paracatu e de Goiás. Os primeiros
registros de ocupação de origem europeia da região onde atualmente se localiza a região
administrativa de Ceilândia datam do século XVIII, e mostram que, como
tradicionalmente ocorreu em outras regiões brasileiras, os primeiros povoamentos de
origem europeia foram estimulados pela busca de metais preciosos e pela atividade
agropecuária.
Com a transferência da capital do Brasil do Rio de Janeiro para o atual Distrito
Federal, carniça as terras dessa região foram desapropriadas pelo Governo de Goiás, no
período de 1956 a 1958, sob responsabilidade da Comissão Goiana de Cooperação para
a Mudança da Capital do Brasil, tendo, por presidente, Altamiro de Moura Pacheco.
Em 1969, com apenas nove anos de fundação, Brasília já tinha 79 128 habitantes
em ocupações irregulares, que moravam em aglomerados próximos ao centro da capital,
local de trabalho da maioria dessas pessoas, para uma população de 500 mil habitantes
em todo o Distrito Federal. Naquele ano, foi realizado, em Brasília, um seminário sobre
problemas sociais no recém-criado Distrito Federal. O surgimento de áreas urbanas
carentes de infraestrutura foi o ponto mais discutido naquele momento. Reconhecendo a
gravidade do problema e suas consequências, o governador Hélio Prates da
Silveira solicitou a erradicação das favelas à Secretaria de Serviços Sociais, comandada
por Otamar Lopes Cardoso. No mesmo ano, foi criado um grupo de trabalho que, mais
tarde, se transformou em Comissão de Erradicação de Favelas.
Foi criada, então, a Campanha de Erradicação das Invasões, presidida
pela primeira-dama, dona Vera de Almeida Silveira. Em 1971, já estavam demarcados
17 619 lotes, numa área de 20 quilômetros quadrados, que, posteriormente, foi ampliada
para 231,96 quilômetros quadrados, pelo Decreto 2 842, de 10 de agosto de 1988. Os
lotes ficavam ao norte de Taguatinga, nas antigas terras da Fazenda Guariroba. Os lotes
eram destinados à transferência dos moradores das invasões do IAPI; das Vilas Tenório,
Esperança, Bernardo Sayão e Colombo; dos morros do Querosene e do Urubu; e Curral
das Éguas e Placa das Mercedes, invasões com mais de 15 mil barracos e mais de 80 mil
moradores. A Novacap fez a demarcação em 97 dias, com início em 15 de outubro de
1970.
Em 27 de março de 1971, o governador Hélio Prates lançava a pedra
fundamental da então cidade-satélite de Ceilândia. Às 9 horas do mesmo dia, tinha
início o processo de assentamento das vinte primeiras famílias da invasão do IAPI.
Ceilândia, possui cerca de 398 374 habitantes (PDAD 2010/2011), e é a região
administrativa de maior população do Distrito Federal. A padroeira da cidade é Nossa
Senhora da Glória, cuja festa litúrgica se dá em 15 de agosto.
Etimologia do nome Ceilândia
O sufixo "-lândia" significa "terra", "terreno", "lugar" (de "land") em língua
inglesa ou alemã. Já sobre o prefixo "cei-" se refere à sigla da Campanha de Erradicação
das Invasões. O secretário Otomar Lopes Cardoso conferiu, à nova localidade, o nome
de Ceilândia, inspirado na sigla "CEI" e na palavra de origem norte-americana "lândia"
(o sufixo inglês estava na moda).
Subdivisões da região de Ceilândia

A região administrativa foi dividida originalmente em quatro grandes


áreas: Ceilândia Norte, Ceilândia Centro, Ceilândia Sul e Guariroba (esses três
primeiros, juntamente com parte da Guariroba, formavam o setor tradicional).
Ceilândia, é subdividida em diversos outros setores, como Setor O, Expansão do Setor
O, Condomínio Privê, P Norte, P Sul, QNQ e QNR, que, em sua grande maioria, são
subúrbios densamente povoados. O controle urbano tem sido uma prioridade do
governo local, embora não consiga muito sucesso, tendo em vista a expansão da cidade
ser inevitável com a chegada de mais moradores.
Economia de Ceilândia
Com uma população de cerca de 400 mil habitantes, Ceilândia é considerada a
região administrativa com maior influência nordestina no Distrito Federal. Tem uma
economia forte, baseada principalmente no comércio e na indústria, e é considerada
também um celeiro cultural e esportivo, por conta de sua riquíssima diversidade artística
e pelos atletas da cidade que despontam no cenário nacional e mundial.
O Setor de Indústrias de Ceilândia é um dos principais do Distrito Federal. As
maiores fábricas são de pré-moldados, alimentos e móveis. E, de acordo com a
Associação Empresarial de Ceilândia, ainda há espaço para crescer. Ceilândia é a região
administrativa com o maior número de comerciários do Distrito Federal (100 mil),
possui uma população economicamente ativa de 160 mil pessoas e pode-se verificar
também uma grande quantidade de feiras na região, como a Feira Central - a principal,
exemplo de um empreendimento informal, pelo qual a cidade também pode se
fortalecer.
Acesso e transportes em Ceilândia
As chamadas "Estradas Parques" fazem a ligação rodoviária entre Ceilândia
e Brasília. São três as vias de acesso: DF-085 (Estrada Parque Taguatinga (EPTG), ou
"Linha Verde"), DF-095 (Estrada Parque Ceilândia (EPCL), ou "Via Estrutural") e DF-
075 (Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB). A rodovia federal BR-070, que
margeia o setor norte da cidade, dá acesso aos municípios goianos de Águas Lindas de
Goiás e Pirenópolis.
Ceilândia é servida por algumas estações do Metrô de Brasília: Ceilândia Sul,
Guariroba, Ceilândia Centro, Ceilândia Norte e Ceilândia. Outras duas encontram-se em
construção. Há vários terminais de ônibus urbanos, de onde partem ônibus para várias
regiões do Distrito Federal e Entorno.
A Avenida Hélio Prates é uma das suas principais avenidas, concentrando boa
parte do comércio da cidade.

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