Você está na página 1de 5

DIREITOS AUTORAIS

Esse material está protegido por leis de direitos autorais. Todos os direitos
sobre o mesmo estão reservados.

Você não tem permissão para vender, distribuir gratuitamente, ou copiar


e reproduzir integral ou parcialmente esse conteúdo em sites, blogs, jornais ou
quaisquer veículos de distribuição e mídia.

Qualquer tipo de violação dos direitos autorais estará sujeito a ações


legais.

CBI of Miami 2
Elaboração do Plano de Ensino Individualizado I
Aída Teresa dos Santos Brito
Natalie Brito Araripe

CRINADO UM PLANO DE ENSINO INDIVIDUALIZADO

Olá aluno CBI! Seja bem-vindo à disciplina sobre plano de ensino individualizado.
Alguns autores também chamam de plano terapêutico singular, quando falamos
do contexto de saúde. De toda forma, esse plano de ensino é a junção dos
objetivos de ensino e das lições (ou programas) de ensino, como se pode
visualizar no esquema abaixo:

OBJETIVOS +
PROGRAMAS PEI OU PTS

Para que compreenda sobre elaboração de PEIS/PTS, é necessário que


entenda sobre programação de ensino. Um dos pesquisadores mais
proeminentes nessa área é um brasileiro chamado Silvio Botomé. Aconselhamos
fortemente que vocês busquem artigos produzidos e orientados por ele.

Começamos a aula falando sobre “por que programar?” O ensino da


programação de ensino teve como grande expoente no Brasil o professor Fred
Keller, em 1960. Ele criou um sistema chamado PSI, ou Ensino Programado
Personalizado. É um ensino definido pela atuação do aluno, aprendizagem em

CBI of Miami 3
pequenas etapas, o progresso ocorre de acordo com a aprendizagem e há
consequências informativas no lugar de notas. A professora Carolina Bori
também foi outra analista do comportamento bastante influente na área, e
realizava a análise de habilidades e conhecimentos necessários para o exercício
de uma atividade e planejamento de condições facilitadoras.

Botomé (1980) sugeriu 4 classes de comportamentos envolvidas na


programação:
1. Construir programas de ensino.
2. Aplicar programas de ensino.
3. Avaliar a eficácia de programas de ensino.
4. Modificar programas de ensino.

No livro organizado por Cortegoso e Coser (2011), os autores sugerem nove


etapas para a construção de um programa de ensino:
1. Descrever situações-problema de forma a identificar e caracterizar
necessidades de ensino ou treinamento;

2. Propor objetivos terminais para programa de ensino em termos de


comportamentos desejáveis dos aprendizes para lidar com a situação-
problema;

3. Analisar objetivos terminais de programas de ensino em objetivos


intermediários;

4. Descrever objetivos de um programa de ensino em termos de relações


comportamentais (classes de estímulos antecedentes, classe de estímulos
subsequentes e classes de resposta);

5. Sequenciar objetivos propostos para um programa de ensino de modo a


favorecer a aprendizagem;

6. Especificar repertório de entrada dos aprendizes para o programa de


ensino;

7. Organizar objetivos do programa em unidades de ensino;

CBI of Miami 4
8. Propor condições de ensino (atividades, procedimentos e materiais) para
diferentes objetivos propostos para o programa;

9. Elaborar procedimentos e instrumentos para avaliação no e do programa


de ensino.

É importante, para finalizar essa parte, que o analista do comportamento lembre


que há quatro fases mínimas para um planejamento comportamental: 1. Triagem
inicial, 2. Linha de base; 3. Tratamento e 4. Acompanhamento. Na composição
do PEI, precisamos, avaliar, selecionar comportamentos alvo, desenvolver
objetivos e por fim, as lições. Falaremos agora sobre a seleção de objetivos.

Para a seleção de objetivos, devemos levar em consideração as cúspides


comportamentais, que são mudanças de comportamento que têm
consequências para o organismo além da própria mudança (Rosales-Ruiz e
Baer, 1997).

As cúspides permitem o contato com novas contingências, significando


exposição a contextos e ambientes diferentes, estímulos novos e aquisição de
novos comportamentos.

Existem algumas dimensões importantes para determinar se um comportamento


é uma cúspide:
(a) acesso a novos reforçadores, contingências e ambientes.
(b) validade social.
(c) generatividade.
(d) competição com respostas inapropriadas;
(e) número e relativa importância das pessoas afetadas

CBI of Miami 5

Você também pode gostar