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1
1
1
Apostila Preparatória
para o
Vestibular Vocacionado UDESC
Nossa Apostila
A edição dessa apostila, concretiza os esforços feitos desde o
ano de 2003, quando os alunos do antigo Curso de Licenciatura
Plena em Fı́sica da UDESC mobilizaram-se por força e von-
tade própria no desenvolvimento e apresentação de um Curso
Pré-Vestibular aberto à comunidade, gratuito, que preparasse
melhor os alunos interessados nos cursos oferecidos pelo Centro
de Ciências Tecnológicas (CCT) da UDESC-Joinville.
Essa primeira tentativa de implantar o Curso Pré-Vestibular
não chegou a se realizar, por razões puramente burocráticas,
apesar dos esforços gastos na preparação das aulas e do mate-
rial didático inicial.
Nos anos seguintes, a idéia original foi abraçada por um projeto
de extensão oficial, e só então pode ser realizado com sucesso,
já tendo atendido milhares de alunos desde então.
Adaptada ao vestibular vocacionado da UDESC, esperamos
que esse material seja suficiente para a revisão dos conteúdos
exigidos pela Universidade.
Convidamos a todos para que visitem o nosso site!
http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
FÍSICA
1
Mecânica – Aula 1: Grandezas Fı́sicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Mecânica – Aula 2: Algarismos Significativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
iii
iv
QUÍMICA
125
Quı́mica – Aula 1: Estrutura Atômica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125
MATEMÁTICA
183
Matemática A – Aula 1: Relações e Funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 183
LÍNGUA PORTUGUESA
273
Lı́ngua Portuguesa – 01: Variantes Lingüı́sticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 273
HISTÓRIA
287
História – Aula 1: História de Santa Catarina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 287
Referências Bicliográficas
299
Fı́sica
Grandeza Unidade Sı́mbolo
Mecânica Aula 1 área metro qua-
drado
m2
Em 1971, a 14a Conferência Geral de Pesos e Medidas escolheu • diâmetro de um átomo de hidrogênio: 0, 0000000001 m.
sete grandezas como fundamentais, formando assim a base do
Para manipular tais números, utilizamos a notação cientı́fica,
SI. Além das grandezas, definiu-se também os sı́mbolos, uni-
fazendo uso das potências de 10.
dades derivadas e prefixos. A tabela 1.1 mostra as unidades
fundamentais do SI. A tabela 1.2 apresenta algumas unidades O módulo de qualquer número g pode ser escrito como um
derivadas do SI. produto de uma mantissa a, entre um e dez, por outro, que é
uma potência de dez:
A medida de uma determinada grandeza fı́sica pode resultar onde devemos ter 1 ≤ a < 10.
em um número que seja extremamente grande ou extrema-
mente pequeno, por exemplos temos: Exemplos
1
2 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
• Quais são as unidades de Peso e de massa? por que elas 6. (Unifor-CE) Um livro de Fı́sica tem 800 páginas e 4, 0 cm
não são iguais? de espessura. A espessura de uma folha do livro vale, em
milı́metros:
• Um analgésico deve ser inserido na quantidade de 3 mg/kg a) 0, 025.
de massa corporal, mas a dose administrada não pode ex- b) 0, 050.
ceder 200 mg. Cada gota contém 5 mg do remédio. Quan- c) 0, 10.
tas gotas devem ser prescritas a um paciente de 80 kg? d) 0, 15.
e) 0, 20.
7. Escreva os seguintes números em notação cientı́fica:
Exercı́cios de Aplicação a) 570.000
b) 12.500
1. (UENF-RJ) A tabela abaixo mostra as dimensões e as c) 50.000.000
unidades, no sistema internacional, d) 0, 0000012
e) 0, 032
Grandeza Dimensão Unidades SI f) 0, 72
Comprimento L m (metro) g) 82 × 103
Massa M kg (quilograma) h) 640 × 105
Tempo T s (segundo) i) 9.150 × 10−3
j) 200 × 10−5
das grandezas mecânicas primárias: k) 0, 05 × 103
a) Sabendo que força = massa · aceleração, expresse a unidade l) 0, 0025 × 10−4
de força em unidades de grandezas primárias.
b) Determine os valores de n e p, se a expressão M Ln T n−p
corresponde à dimensão de energia cinética. Mecânica Aula 2
2. (FGV-SP) A dimensão de potência em função das grande-
zas fundamentais, massa (M ), comprimento (L) e tempo (T )
é:
a) M L2 T −2
b) M L2 T −1
Algarismos Significativos
c) M L2 T 2
A precisão de uma medida simples depende do instrumento
d) M L2 T −3
utilizado em sua medição. Uma medida igual a 2, 00 cm não
e) M LT −2
deve ser escrita como 2, 0 cm ou 2 cm.
3. (Unifor-CE) Considerando que cada aula dura 50 min, o Denominamos algarismos significativos todos os algarismos co-
intervalo de tempo de duas aulas seguidas, expresso em segun- nhecidos com certeza, acompanhados de um último duvidoso,
dos, é de: que expressam o valor da medida de uma grandeza, ou seja: to-
a) 3, 0 × 102 . dos os algarismos que representam a medida de uma grandeza
b) 3, 0 × 103 . são algarismos significativos, sendo chamados de corretos, com
c) 3, 6 × 103 . exceção do último, que recebe o nome de algarismo duvidoso.
d) 6, 0 × 103 . O algarismo duvidoso de uma medida será sublinhado para
e) 7, 2 × 103 . destacá-lo, quando for preciso.
Mecânica – Aula 2 3
0 cm 1 2 3 4 5 6 7
Operações com Algarismos Significativos
Adição e Subtração
0 cm 1 2 3 4 5 6 7 Multiplicação e Divisão
grandezas (variável dependente) em relação a outra (variável • as escalas são independentes e devem ser construı́das in-
independente). dependentemente;
Consideremos o seguinte exemplo: Uma pessoa com febre foi
• as divisões numéricas das escalas (lineares) devem ser re-
medicada, ingerindo uma dose do medicamento às 8 horas e
gulares;
uma outra dose às 12 horas da manhã. A temperatura da
pessoa foi verificada de hora em hora e os resultados obtidos • o valor zero (0) não precisa estar em nenhuma das escalas;
são mostrados abaixo.
• as escalas devem crescer da esquerda para a direita, e de
Tempo (h) Temperatura (◦ C) baixo para cima;
0 39,0
1 39,0 • antes de iniciar a construção de um gráfico deve-se ve-
2 38,5 rificar a escala a ser usada levando em consideração os
3 38,0 valores extremos, ou seja, o maior e o menor valor assu-
4 38,5 mido por ambas as variáveis do gráfico. Divide-se então o
5 37,5 espaço disponı́vel, em cada eixo, para que acomode todos
6 37,0 os pontos experimentais;
7 36,5
• o teste final para saber se as escalas estão boas é feito
8 36,5
verificando-se se é fácil de ler as coordenadas de qualquer
9 36,5 ponto nas escalas.
37.0
Exercı́cios de Aplicação
36.0
1. Determine o comprimento de cada haste:
35.0 0 cm 1 2 3 4 5 6 7
0.0 2.0 4.0 6.0 8.0 10.0
t(h) a)
0 cm 1 2 3 4 5 6 7
Figura 1.1: Gráfico da temperatura em função do tempo
b)
O gráfico cartesiano mostrado anteriormente, além de facilitar
a visualização do comportamento da temperatura da pessoa 0 cm 1 2 3 4 5 6 7
durante as 9 horas de observação, permite também, algumas
conclusões. c)
0 cm 1 2 3 4 5 6 7
Como Construir um Gráfico
d)
Para que gráficos sejam construı́dos de forma objetiva e clara
é necessário respeitar algumas regras simples: 0 cm 1 2 3 4 5 6 7
• os eixos devem se encontrar no canto inferior esquerdo do 2. (UFSE) A escala de uma trena tem, como menor divisão,
papel, ou espaço (retângulo) reservado para o gráfico; o milı́metro. Essa trena é utilizada para se medir a distância
Mecânica – Aula 3 5
entre dois traços paralelos, muito finos, feitos por um estilete exemplos de grandeza fı́sica escalar podemos citar a massa de
sobre uma superfı́cie plana e lisa. Considerando que não houve um corpo (por exemplo, 50 kg), a temperatura (por exem-
erro grosseiro, o resultado de uma só medição, com o número plo 36 o C), o volume (5 m3 , por exemplo), a densidade (para
correto de algarismos significativos, é mais bem representado a água, 1000 kg/m3 ), a pressão (105 N/m2 ), a energia (por
por: exemplo 100 J) e muitas outras.
a) 2 m Para operar com grandezas escalares, segue-se as regras de
b) 21 dm operações algébricas comuns, arredondando-se quando ne-
c) 214 cm cessário.
d) 2, 143 m
e) 2.143, 4 m
Grandezas Vetoriais
Exercı́cios Complementares Dada a velocidade instantânea de um móvel qualquer (por
exemplo, um avião a 380 km/h), constatamos que apenas essa
3. (Cesgranrio) Um estudante deseja medir o comprimento de indicação é insuficiente para dizermos a direção em que o móvel
sua mesa de trabalho. Não dispondo de régua, decide utilizar segue. Isso acontece porque a velocidade é uma grandeza
um toco de lápis como padrão de comprimento. Verifica então vetorial.
que o comprimento da mesa equivale ao de 13, 5 tocos de lápis. Para uma grandeza fı́sica vetorial ficar totalmente caracteri-
Chegando ao colégio, mede com uma régua o comprimento do zada, é necessário saber não apenas a sua intensidade ou
seu toco de lápis, achando 8, 9 cm. O comprimento da mesa módulo mas também a sua direção e o seu sentido. Geral-
será corretamente expresso por: mente a grandeza vetorial é indicada por uma letra com uma
a) 120, 15 cm setinha (por exemplo, ~v ) e o módulo ou intensidade, por |~v | ou
b) 120, 2 cm simplesmente por v.
c) 1 × 102 cm A grandeza fı́sica vetorial pode ser representada graficamente
d) 1, 2 × 102 cm por um segmento de reta (indicando a direção da grandeza)
e) 102 cm dotado de uma seta (indicativa de seu sentido) e trazendo
ainda seu valor seguido da unidade de medida (indicação de
4. (PUC-MG) Um estudante concluiu, após realizar a medida seu módulo ou intensidade). Tal representação é denominada
necessária, que o volume de um dado é 2, 36 cm3 . Levando-se vetor.
em conta os algarismos significativos, o volume total de cinco
No exemplo anterior do avião, poderı́amos dizer, por exemplo,
dados, idênticos ao primeiro, será corretamente expresso por:
que ele se movimenta num certo instante com velocidade ~v ,
a) 6, 8 cm3
de módulo v = 380 km/h, na direção norte-sul e sentido de
b) 7 cm3
sul para norte. Essa velocidade vetorial instantânea pode ser
c) 13, 8 cm3
representada por um vetor, como mostra a figura 1.1.
d) 16, 80 cm3
e) 17, 00 cm3
5. Medindo a espessura de um caderno comum de 100 folhas, 380 km/h
sem considerar as capas, um estudante obteve a medida de
N
1, 0 cm. A ordem de grandeza da espessura média de uma
folha é:
a) 10−1 mm
b) 10−2 mm O L
c) 10−3 mm
d) 10−4 mm
e) 10−5 mm S
S Vetores Perpendiculares
C
b N
d
a O L
d
c S d2
a A B
d1
b
a
c
b
c b
b a
d2 c
b
A B
d1
α α
ângulo entre d~1 e d~2 não é reto (90o ). Assim, aplicamos a regra
do paralelogramo, como mostra a figura 1.8.
Os vetores ~a e ~b formam um paralelogramo cuja diagonal é o
vetor resultante ~c. De acordo com a regra do paralelogramo,
se ~a e ~b formam entre si um ângulo α, o módulo do vetor c
resultante ~c será dado pela expressão:
b
c2 = a2 + b2 + 2ab · cos α
Decomposição de Vetores α α
Ao somarmos dois vetores, podemos obter um único vetor,
o vetor resultante, equivalente aos dois vetores somados. Ao a
decompormos dois vetores, realizamos um processo inverso.
Dado um vetor ~a, obtém-se outros dois vetores a~x e ~ay tal que
a~x + a~y = ~a (veja a figura 1.9).
Figura 1.8: A diagonal do paralelogramo, cujos lados são os
O vetor ~ay pode ser deslocado para a extremidade do vetor
vetores ~a e ~b, é o vetor resultante ~c. Podemos deslocar o vetor
~ax de tal forma que o vetor ~a e seus vetores componentes ~ax ~b para outra extremidade de ~a, reproduzindo a figura anterior.
e ~ay formem um triângulo retângulo (figura 1.10). Aplicando
a trigonometria ao triângulo retângulo, podemos determinar o
módulo dos componentes ~ax (horizontal) e ~ay (vertical) de ~a Exercı́cios de Aplicação
em função do ângulo α. Desta forma, no triângulo hachurado
da figura 1.10, temos
cateto adjacente ax 1. Um móvel desloca-se 120 m no sentido oeste-leste, e em
cos α = ⇒ cos α = seguida, 50 m no sentido norte-sul.
hipotenusa a
a) Represente esquematicamente esses deslocamentos.
ax = a · cos α b) Determine o módulo do deslocamento resultante.
onde ax é o módulo da componente horizontal ~ax do vetor ~a.
Temos ainda 2. Na figura, F1 = F2 = 100 N . Determine o módulo da
resultante de F1 e F2 . Dado: cos(120◦ ) = −0, 50.
cateto oposto ~ay
sin α = ⇒ sin α =
hipotenusa a
ay = a · sin α
onde ay é o módulo da componente vertical ~ay do vetor ~a.
Podemos relacionar o módulo do vetor e o módulo de seus
componentes ortogonais, aplicando o teorema de Pitágoras no
triângulo formado por ~a e seus componentes ~ax e ~ay :
F2 o
a2 = a2 x + a2 y 120
Pense um Pouco!
F1
• Qual a condição para que a soma de dois vetores seja nula?
• O módulo da soma de dois vetores pode ser igual à soma
de seus módulos? Quando? 3. Um projétil é atirado com velocidade de 400 m/s fazendo
um ângulo de 45◦ com a horizontal. Determine os componentes
• O módulo de um vetor pode ser negativo? Por quê? vertical e horizontal da velocidade do projétil.
8 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
v
o
Figura 1.9: O vetor ~a pode ser decomposto em um componente α = 53
horizontal, ~ax , e outro vertical, a~y .
ax
Mecânica Aula 4
Figura 1.10: O vetor ~a e seus componentes ~ax e a~y formam
um triângulo retângulo, onde ~a é a hipotenusa e ~ax e ~ay são
os catetos. A Primeira Lei de Newton
Figura 1.1: Isaac Newton (1642-1727). ele estiver em movimento retilı́neo e uniforme, o equilı́brio será
chamado de dinâmico.
Antes de falarmos da Primeira Lei de Newton, devemos pen-
sar em uma pergunta: “o que acontece com o movimento de
um corpo livre de qualquer força?” Essa pergunta pode ser Pense um Pouco!
respondida em duas partes. A primeira trata do efeito da ine-
xistência de forças sobre o corpo em repouso: se nenhuma • Qual a relação entre a Primeira Lei de Newton e o cinto de
força atua sobre o corpo em repouso, ele continua em repouso. segurança? e o encosto para a cabeça no banco do carro?
A segunda parte trata do efeito da inexistência de forças sobre
o corpo em movimento: se nenhuma força atua sobre o corpo • Por que quando um ônibus freia repentinamente, os pas-
em movimento, ele continua em movimento. sageiros são “arremessados” para a frente? e o que ocorre
quando o ônibus é acelerado?
Mas que tipo de movimento? Já que não existem forças atu-
ando sobre o corpo, sua velocidade não varia de módulo ou
direção. Desta forma, o único movimento possı́vel do corpo na
ausência de qualquer força atuando sobre ele é o movimento
Exercı́cios de Aplicação
retilı́neo uniforme.
A Primeira Lei de Newton reúne as duas respostas anteriores 1. (UFMG) Um corpo de massa m está sujeito à ação de uma
em um único enunciado: força F~ que o desloca segundo um eixo vertical em sentido
contrário ao da gravidade. Se esse corpo se mover com veloci-
Todo corpo tende a manter seu estado de re- dade constante é porque:
pouso ou de movimento retilı́neo e uniforme, a) a força F~ é maior do que a da gravidade.
a menos que forças externas provoquem va- b) a força resultante sobre o corpo é nula.
riação na sua velocidade. c) a força F~ é menor do que a gravidade.
d) a diferença entre os módulos das forças é diferente de zero.
De acordo com a primeira Lei de Newton, podemos afirmar
e) a afirmação da questão está errada, pois qualquer que seja
que na ausência de forças, todo corpo tende a ficar como está:
~
parado se estiver parado, em movimento retilı́neo uniforme, se F o corpo estará acelerado porque sempre existe a aceleração
estiver em movimento (retilı́neo uniforme). Por este motivo da gravidade.
essa lei também é chamada de Princı́pio da Inércia. 2. (UNESP-SP) Assinale a alternativa que representa o enun-
ciado da Lei da Inércia, também conhecida como primeira Lei
O que é Inércia? de Newton.
a) Qualquer planeta gira em torno do Sol descrevendo uma
Todos os corpos apresentam a tendência de se manter em re- órbita elı́ptica, da qual o Sol ocupa um dos focos.
pouso ou em movimento retilı́neo uniforme. Essa propriedade b) Dois corpos quaisquer se atraem com uma força proporcio-
dos corpos é chamada inércia. A palavra inércia é derivada do nal ao produto de suas massas e inversamente proporcional ao
latim inertia, que significa indolência ou preguiça. Os corpos quadrado da distância entre eles.
têm uma espécie de resistência às modificações de sua veloci- c) Quando um corpo exerce uma força sobre outro, este re-
dade. age sobre o primeiro com uma força de mesma intensidade e
direção, mas de sentido contrário.
Equilı́brio de uma Partı́cula d) A aceleração que um corpo adquire é diretamente propor-
cional à resultante das forças que nele atuam, e tem mesma
Dizemos que uma partı́cula se encontra em equilı́brio, quando a direção e sentido dessa resultante.
resultante das forças atuando sobre ela for nula. Se a resultante e) Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de mo-
é nula, não ocorre alteração na velocidade do objeto. Assim,se vimento uniforme em uma linha reta, a menos que sobre ele
ele estiver em repouso, chamamos o equilı́brio de estático; se estejam agindo forças com resultante não nula.
10 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
3. (UNESP-SP) As estatı́sticas indicam que o uso do cinto de cada corpo, foi denominado pelos fı́sicos de massa do corpo.
segurança deve ser obrigatório para prevenir lesões mais graves Desta forma, podemos afirmar:
em motoristas e passageiros no caso de acidentes. Fisicamente,
a função do cinto está relacionada com a: A massa m de um corpo é o quociente entre o
a) primeira Lei de Newton. módulo da força que atua num corpo e o valor
b) lei de Snell. da aceleração a que ela produz neste corpo.
c) lei de Ampère.
d) lei de Ohm. Assim,
F
e) primeira Lei de Kepler. m=
a
No sistema internacional (SI), a unidade para medida de massa
Exercı́cios Complementares é o quilograma:
1 quilograma = 1 kg = 1000 g
4. (Unitau-SP) Uma pedra gira em torno de um apoio fixo,
presa por uma corda. Em um dado momento, corta-se a corda.
Pela Lei da Inércia, conclui-se que: Massa e Inércia
a) a pedra se mantém em movimento circular.
Suponhamos que uma força F foi aplicada a três corpos de
b) a pedra sai em linha reta, segundo a direção perpendicular
massa diferentes, como três blocos de ferro, com volumes di-
à corda no instante do corte.
versos. Imaginaremos que a superfı́cie na qual estes blocos
c) a pedra sai em linha reta, segundo a direção da corda no
estão apoiados não apresenta atrito. Analisando a equação
instante do corte.
m = F/a, percebemos facilmente que:
d) a pedra pára.
e) a pedra não tem massa. - Quanto maior m → menor a
5. (Ucsal-BA) Uma mesa, em movimento uniforme retilı́neo, - Quanto maior m → maior a dificuldade de alterar a veloci-
só pode estar sob a ação de uma: dade do corpo.
a) força resultante não-nula na direção do movimento.
b) única força horizontal. Podemos concluir que
c) força resultante nula.
d) força nula de atrito. Quanto maior é a massa de um corpo, maior
e) força vertical que equilibre o peso. será sua inércia (dificuldade de ter sua velo-
cidade alterada), isto é, a massa representa a
6. (Fiube-MG) Uma partı́cula se desloca ao longo de uma medida de inércia de um corpo.
reta com aceleração nula. Nessas condições, podemos afirmar
corretamente que sua velocidade escalar é: As conclusões anteriormente, explicam porque um caminhão
a) nula. vazio (quando sujeito a uma força F) adquire uma aceleração
b) constante e diferente de zero. maior do que quando esta cheio, por exemplo.
c) inversamente proporcional ao tempo.
d) diretamente proporcional ao tempo.
e) diretamente proporcional ao quadrado do tempo.
A Segunda Lei de Newton
De acordo com o princı́pio da inércia, um corpo só pode sair
de seu estado de repouso ou de movimento retilı́neo com velo-
Mecânica Aula 5 cidade constante se sobre ele atuar uma força resultante ex-
terna. Neste momento, poderı́amos perguntar: “O que acon-
tece se existir uma força resultante externa agindo no corpo?”
Nesta situação, o corpo fica sujeito a uma aceleração, ou seja,
um corpo sujeito a uma força resultante externa movimenta-se
A Segunda Lei de Newton com velocidade variável.
1111111111111
0000000000000
1010 1010
res de ciências, esta definição pode ser aceita como uma idéia
0000000000000
1111111111111
inicial da noção de massa, embora não possa ser considerada
uma definição precisa dessa grandeza. De fato, a definição
apresentada não é adequada, pois pretende definir um novo
conceito – massa – por meio de uma idéia vaga, que não tem
significado fı́sico preciso – quantidade de matéria. É fácil perceber que, se quisermos acelerar um corpo, por
Experimentalmente os fı́sicos constataram que entre a força F exemplo, desde o repouso até 30 km/h em um intervalo de
aplicada a um corpo e a aceleração a, que ele adquire, existe tempo de 30 s, a intensidade da força que teremos de aplicar
uma proporção direta. Desta forma, o quociente F/a é cons- dependerá da massa do corpo. Se, por exemplo, o corpo for um
tante para um certo objeto. Este quociente, que é intrı́nseco a carro, é evidente que a força necessária será muito menor do
Mecânica – Aula 5 11
Assim, para uma dada força resultante externa F, quanto Exercı́cios de Aplicação
maior a massa m do corpo tanto menor será a aceleração a
adquirida. Matematicamente, a segunda lei de Newton é dada
por: 1. Na figura abaixo os blocos A, B e C estão sobre um plano
horizontal sem atrito.
F~ = m~a
A
1 N = 1 kg · m/s2
B Mecânica Aula 6
C A
Energia
Admitindo g = 10 m/s2 , determine: A energia se apresenta de diversas formas na natureza. Por
a) a aceleração do conjunto; exemplo os alimentos que nos proporcionam energia quı́mica, a
b) a tração TAB entre os blocos A e B; combustão da gasolina libera energia térmica, energia elétrica é
c) a tração TBC entre os blocos B e C. utilizados em diversos aparelhos, transformando-se em energia
sonora, energia luminosa, etc. Para medir a quantidade de
5. Na figura, a força F tem intensidade 90 N . Despreze os energia transferida de um corpo para outro vamos introduzir
atritos e as inércias do fio e da roldana. Quais os valores da o conceito de trabalho.
aceleração do conjunto e da força que traciona o fio?
Trabalho
F
4 kg O significado da palavra trabalho, na Fı́sica, é diferente do seu
significado habitual, empregado na linguagem comum. O tra-
balho, na Fı́sica é sempre relacionado a uma força que desloca
uma partı́cula ou um corpo. Dizemos que uma força F realiza
trabalho quando atua sobre um determinado corpo que está
6 kg em movimento. A partir dessa descrição podemos dizer que
só há trabalho sendo realizado se houver deslocamento, caso
contrário o trabalho realizado será nulo. Assim, se uma pes-
soa sustenta um objeto, sem deslocá-lo, ela não está realizando
nenhum trabalho sobre o corpo.
Quando uma força F atua sobre um corpo no mesmo sentido
6. (UEL-PR) Os três corpos, A, B e C, representados na de seu movimento (ou deslocamento) ela está favorecendo o
figura têm massas iguais, m = 3, 0 kg movimento desse corpo, considera-se positivo o trabalho reali-
zado pela força.
F F
d
O plano horizontal, onde se apóiam A e B, não fornecem atrito,
a roldana tem massa desprezı́vel e a aceleração local da gravi-
dade pode ser considerada g = 10 m/s2 . A tração no fio que Desta maneira podemos escrever que trabalho W realizado
une os blocos A e B tem módulo: por uma força horizontal constante, durante um deslocamento
a) 10 N horizontal d é:
b) 15 N
c) 20 N W = ±F d (1.1)
d) 25 N
e) 30 N onde F é o módulo da força constante e d é o deslocamento
(em módulo). O sinal + é usado quando a força e o desloca-
7. (U. F. Lavras-MG) Um bloco de peso igual a 50 N encontra- mento possuem o mesmo sentido, e o sinal −, quando possuem
se sobre uma balança no piso de um elevador. Se o elevador sentidos contrários.
sobe com aceleração igual, em módulo, à metade da aceleração Importante
da gravidade local, pode-se afirmar que a leitura da balança:
Observe que o trabalho é uma grandeza escalar, apesar de ser
a) será de 25 N
definida a partir de dois vetores (F e d).
b) permanece inalterada
c) será de 75 N Unidades
d) será de 100 N
e) será de 200 N 1 N · m = 1 J = 1 joule = 107 erg
Mecânica – Aula 6 13
Tipos de Forças
1 kJ = 103 J
Existem diversos tipos de forças que podem atuar em um
Quando a força for aplicada ao corpo formando um ângulo φ corpo: força elástica, força peso, força elétrica, força de con-
com a horizontal, temos a seguinte fórmula mais geral: tato, etc...
W = F d cos φ (1.2)
Potência P
onde F é o módulo da força constante, d é o deslocamento (em
módulo) e φ o ângulo entre os vetores F e d, ou seja, entre a Consideramos duas pessoas que realizam o mesmo trabalho. Se
direção da força e o deslocamento. uma delas levar um tempo menor que a outra para a realização
desse trabalho, tem de fazer um esforço maior e, por tanto,
dizemos que desenvolveu uma potência maior.
F F
φ φ
W F dt
P= = = Fv .
t t
já que v = d/t.
F(x2)
Unidade de Potência
F(x1)
1 J/s = 1 watt = 1 W
Area = Trabalho
Energia cinética
O x1 x2 X Para variar a velocidade de um corpo em movimento é preciso
o concurso de forças externas, as quais realizam certo trabalho.
Esse trabalho é uma forma de energia que o corpo absorve (ou
Neste caso, o trabalho pode ser determinado pela área sob a
perde) pelo fato de estar em movimento em relação a um dado
curva, desenhando-se o gráfico em papel quadriculado, ou de
sistema de referência.
forma aproximada pela área de um trapézio:
Chamamos essa energia de movimento de energia de cinética.
′′
F + F′ Para uma partı́cula de massa m e velocidade v a energia
W = Fd = (x′′ − x′ ) cinética é:
2 1
Ec = mv 2
Observe que essa fórmula considera a força média (aproxi- 2
mada) multiplicada pelo deslocamento. e assim como o trabalho, mede-se a energia cinética em joules.
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Exercı́cios de Aplicação
1. (ESAL-MG) Um homem está em repouso com um caixote 6. Um projétil de massa 10, 0 g penetra com velocidade
também em repouso às costas. horizontal de 100 m/s e sai de uma tábua de espessura de
a) Como o caixote tem um peso, o homem está realizando 10, 0 mm, com velocidade de 90, 0 m/s. Calcule a força com
trabalho. que a tábua exerce sobre o projétil.
b) O homem está realizando trabalho sobre o caixote pelo fato
de o estar segurando
c) O homem está realizando trabalho pelo fato de estar fazendo
força.
d) O homem não realiza trabalho pelo fato de não estar se m = 10 g
deslocando. F
e) O homem não realiza trabalho pelo fato de o caixote estar
sujeito à aceleração da gravidade.
vo = 100 m/s vf = 90 m/s
2. (UFSE) Um corpo está sendo arrastado por uma superfı́cie
horizontal com atrito, em movimento uniforme. Considere as
afirmações a seguir: I. O trabalho da força de atrito é nulo. II. x = 1,0 cm
O trabalho da força peso é nulo. III. A força resultante que
arrasta o corpo é nula. Dentre as afirmações:
a) É correta a I, somente. 7. Um móvel de massa 2, 90 kg é submetido à uma força cons-
b) É correta a II, somente. tante e adquire, a partir do repouso, a velocidade de 20, 0 m/s
c) É correta a III, somente. em 8, 00 s. Calcule:
d) São incorretas I, II, III. a) o trabalho W realizado pela força;
e) São corretas II e III. b) a potência P desenvolvida pela força;
3. (UMC-SP) Sobre trabalho, potência e energia, pode-se afir-
mar que:
a) potência e energia são sinônimos. Mecânica Aula 7
b) trabalho e potência se expressam com a mesma unidade.
c) para trabalho e energia usa-se a mesma unidade.
Mecânica – Aula 7 15
Ep = mgh
Exercı́cios de Aplicação
onde g é a aceleração da gravidade. No SI, g vale aproxima-
damente 9, 8 m/s2 . 1. Um garoto atira uma pedra para cima com um estilingue.
a) Qual a forma de energia armazenada no estilingue?
Força Elástica b) Que forma de energia possui a pedra quando atinge sua al-
tura máxima?
Chamamos de corpos elásticos aqueles que, ao serem defor- c) Existe energia no estilingue depois do lançamento? Co-
mados, tendem a retornar à forma inicial. mente.
Exercı́cios Complementares P
6. Uma mola cuja constate elástica é 1000 N/m encontra-se
comprimida em 10 cm.
a) Determine a energia potencial elástica armazenada na mola. Figura 1.2: Um corpo sendo suspenso em equilı́brio.
b) Se apenas energia da mola for utilizada integralmente para O trabalho realizado pela força externa F , é armazenado
ext.
impulsionar um bloco de 100 g, qual é a velocidade máxima no sistema corpo-Terra na forma de energia potencial gravita-
adquirida pelo bloco? cional Ep , e vale:
7. Qual o trabalho necessário para se comprimir uma mola, Ep = mgh
cuja constante elástica é 500 N/m, em 10, 0 cm? se definirmos o valor zero (Ep = 0) no chão, onde h = 0.
8. Um menino situado no alto de um edifı́cio, segura um corpo Já para o sistema massa-mola, temos uma força externa sendo
de massa 1, 5 kg a uma altura igual a 10 m acima do solo. aplicada no sistema fazendo com que a mola sofra uma de-
a) Qual a energia potencial gravitacional do corpo naquela formação, sendo essa força
posição? F = −kx
b) Qual a energia potencial gravitacional do mesmo corpo,
quando situado a 6, 0 m do chão? o trabalho W externo necessário para esticar a mola uma quan-
tidade x será
1
W = kx2
Mecânica Aula 8 2
e chamamos essa energia, agora armazenada na mola, de ener-
gia potencial elástica.
O
F=−kx
O x>0
F=−k(−x)=kx
x<0 O
Figura 1.1: James Prescott Joule (1818-1889).
A energia potencial gravitacional está relacionada à posição de Figura 1.3: Uma mola esticada, em equilı́brio.
um corpo no campo gravitacional. Em geral, quando movemos
o corpo, alteramos sua energia potencial.
Para elevar um corpo em equilı́brio do solo até uma altura h, Forças Conservativas e Dissipativas
devemos aplicar uma força que realizará um trabalho (positivo)
de mesmo módulo que o trabalho realizado pela força peso do Quando sobre um corpo em movimento atua apenas seu peso,
corpo (negativo). ou força elástica exercida por uma mola, a energia mecânica
Mecânica – Aula 8 17
desse corpo se conserva. Por este motivo, as forças citadas Exercı́cios de Aplicação
são denominadas forças conservativas. Exemplo: ao dar
corda em um relógio, você está armazenando energia potencial
1. Quais as transformações de energia que ocorrem quando
elástica numa mola, e essa energia estará disponı́vel para fazer
um jogador chuta uma bola?
com que o relógio trabalhe durante um certo tempo. Isso só é
possı́vel porque a energia elástica foi armazenada (conservada). 2. Quais as principais diferenças entre energia potencial e
Por outro lado, se existissem forças de atrito atuando durante energia cinética?
o deslocamento do corpo, sua energia mecânica não se con-
serva, por que parte dela (ou até ela toda) se dissipa sob forma 3. Uma força é dita conservativa quando:
de calor. Por isso dizemos que as forças de atrito são forças a) não realiza trabalho
dissipativas. Exemplo: se você arrastar um caixote pelo chão b) o trabalho por ela realizado não depende da trajetória de
horizontal, durante um longo percurso, verá que todo o traba- seu ponto de aplicação
lho realizado foi perdido, pois nenhuma parte dessa energia c) realiza apenas trabalhos positivos
gasta foi armazenada, ou está disponı́vel no caixote. d) o trabalho por ela realizado não depende da massa do corpo
em que está aplicada
e) dissipa energia térmica
A Conservação da Energia Mecânica
4. Um sistema fı́sico tem energia quando:
Um sistema mecânico no qual só atuam forças conservativas a) está sujeito apenas a ações de forças conservativas;
é dito sistema conservativo, pois a sua energia mecânica b) está sujeito a forças conservativas e dissipativas;
(E) se conserva, isto é, mantém-se com o mesmo valor em c) está capacitado a realizar trabalho;
qualquer momento ou posição, podendo alternar-se nas suas d) possui grande quantidade de átomos
formas cinética e potencial (gravitacional ou elástica): e) perde calor
E = Ec + Ep
Exercı́cios Complementares
Degradação da Energia
5. O princı́pio da conservação da energia afirma que:
A energia está constantemente se transformando, mas não a) a energia cinética de um corpo é constante
pode ser criada nem destruı́da. b) a energia potencial elástica mais a energia cinética é sempre
constante
• Em uma usina hidrelétrica, a energia mecânica da queda c) a energia não pode ser criada nem destruı́da, mas apenas
d’água é transformada em energia elétrica. transformada em calor devido aos atritos
d) a energia total de um sistema, isolado ou não, permanece
• Em uma locomotiva a vapor, a energia térmica é trans- constante
formada em energia mecânica para movimentar o trem. e) a energia não pode ser criada nem destruı́da, mas apenas
transformada de uma modalidade para outra
• Em uma usina nuclear, a energia proveniente da fissão dos
núcleos atômicos se transforma em energia elétrica. 6. A energia mecânica de um corpo:
a) é a soma da sua energia potencial e cinética
• Em um coletor solar, a energia das radiações provenientes b) depende apenas do referencial
do sol se transforma em energia térmica para o aqueci- c) depende da aceleração do corpo
mento de água. d) é sempre constante, independente do tipo de forças atuantes
sobre ele
e) depende apenas da velocidade do corpo
Pense um Pouco! 7. Para esticar uma mola em 40 cm, é necessária uma força
de 20 N . Determine:
• Um corpo cai sobre uma plataforma apoiada numa mola
a) A constante elástica da mola;
e volta a subir. Ele pode atingir, na volta, altura maior
b) O trabalho realizado pelo agente externo que estica a mola;
do que aquela de que foi abandonado? Por quê?
• Indique algumas fontes de energia e explique a forma de c) O trabalho realizado pela mola;
aproveitá-las para a realização de trabalho mecânico. d) O trabalho que seria necessário para deformar a mola em
80 cm;
• Quando se ergue um objeto a uma certa altura, como se e) A força necessária para esticar a mola em 80 cm.
realiza menor trabalho: suspendendo-o diretamente por 8. Um corpo de massa 5, 0 kg é elevado do solo a um ponto si-
uma corda, na vertical, ou transportando-o através de um tuado a 3, 0 m de altura. Considere g = 10 m/s2 . Determine:
plano inclinado (sem atrito) até a altura desejada? Por a) o trabalho realizado pela força peso do corpo nesse desloca-
quê? mento;
b) o aumento na energia potencial gravitacional do corpo.
• Compare a energia necessária para elevar de 10 m uma
massa na Terra e a energia necessária para elevar de 10 m 9. (Fatec-SP) Um corpo de massa 2, 0 kg escorrega, a partir
a mesma massa na Lua. Explique a diferença. do repouso do ponto A, por uma pista circular sem atrito.
18 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
at
ac
Mecânica Aula 9
Ft Fc
a
R
O
Na figura temos:
F~t = m · ~a
F~c = m · ~ac
v onde
F~t = força tangencial
F~c = força centrı́peta
F~ = F~t + F~c , sendo
F~ = força resultante
Sabemos que a velocidade do corpo é um vetor que, em cada As Forças no Movimento Circular
instante, é tangente à trajetória e que, no movimento circular
não uniforme, o corpo está sujeito a duas acelerações. Podemos expressar a força centrı́peta da seguinte maneira:
Fc = mac
ou
v2
at Fc = m = mω 2 R
ac R
A força tangencial é dada por:
a
R
O
Ft = mat
Observe que:
Terra
Lua
3. Um automóvel faz uma curva circular, plana e horizontal,
de raio 50 m. Sabendo-se que o coeficiente de atrito estático
F C
entre os pneus e a pista é µe = 0, 80, qual a máxima velocidade
com que esse automóvel pode fazer a curva sem derrapar? (Use
g = 10 m/s2 ).
Figura 1.1: A Lua em sua órbita ao redor da Terra (fora de a) v = 10 m/s
escala). b) v = 15 m/s
c) v = 20 m/s
d) v = 25 m/s
Como exemplo, considere o movimento da Lua em torno da e) v = 30 m/s
Terra.
A força que mantém a Lua em órbita é uma força de origem
gravitacional exercida pela Terra. Tal força é centrı́peta, isto Exercı́cios Complementares
é, dirigida para o centro da Terra.
4. (Fuvest-SP) A figura a seguir mostra, num plano vertical,
parte dos trilhos do percurso circular de uma montanha-russa
Pense um Pouco! de um parque de diversões.
Exercı́cios de Aplicação
Exercı́cios Complementares
Exercı́cios de Aplicação
3. Solta-se uma bola de futebol com massa igual a 500 g
a 1, 25 m de altura acima do chão (piso) e observa-se que
ela retorna (pula) até uma altura de apenas 0, 80 m, após o
primiro salto.
a) Determine o impulso total sobre a bola até que ela toque a ti tf t
primeira vez no chão. ∆t
b) Determine o impulso total sobre a bola desde o instante em
que ela deixa o solo até atingir a altura de 0, 80 m.
Resumindo, podemos enunciar o Teorema da Conservação da • Imagine-se no meio da superfı́cie lisa de um lago. Lem-
Quantidade de Movimento: brando não ser possı́vel caminhar sobre a superfı́cie, em
razão da total ausência de atrito, sugira um procedimento
É constante a quantidade de movimento de um con-
que permita alcançar a margem do lago.
junto de pontos materiais que constituem um sistema
isolado.
Exercı́cios Complementares
v1I
Colisões
Análise de uma Colisão
Uma das aplicações mais importantes do conceito de quanti-
dade de movimento é encontrada no estudo de interações de
curta duração, entre as partes de um sistema (ou conjunto) de
corpos, como ocorre em uma explosão ou em uma colisão. Exercı́cios de Aplicação
Exercı́cios Complementares
Exercı́cios Complementares
Figura 1.4: O avião empurra o ar para trás e este aplica uma
força no avião que o empurra para frente. 4. Um automóvel bate contra um caminhão, exercendo nele
uma força de 20.000 N .
a) Qual o módulo da reação desta força, sabendo-se que a
massa do carro é dez vezes menor que a do caminhão?
Pense um Pouco! b) Quem exerce a reação?
c) Em que corpo está aplicada a reação?
• Se ação e reação possuem a mesma intensidade e sentidos
contrários, por que uma não anula o efeito da outra? 5. Dois blocos de massas mA = 3 kg e mB = 2 kg, apoiados
sobre uma superfı́cie horizontal perfeitamente lisa, são empur-
• É possı́vel se caminhar sobre um chão sem atrito? Expli-
rados por uma força F de 20 N , conforme indica a figura
que. abaixo. Determine a aceleração do conjunto.
Exercı́cios de Aplicação
F
A B
1. (FAAP - SP) A 3a Lei de Newton é o princı́pio da ação
e reação. Esse princı́pio descreve as forças que participam na
interação entre dois corpos. Podemos afirmar que:
a) duas forças iguais em módulo e de sentidos opostos são
forças de ação e reação; 6. De que modo você explica o movimento de um barco a
b) enquanto a ação está aplicada num dos corpos, a reação remo, utilizando a terceira lei de Newton?
está aplicada no outro;
7. Dois corpos A e B, de massas mA = 5 kg e mB = 10 kg
c) a ação é maior que a reação;
estão interligados por um fio ideal. A superfı́cie de apoio é
d) ação e reação estão aplicadas no mesmo corpo;
horizontal e perfeitamente lisa. Aplica-se em B uma força
e) a reação, em alguns casos, pode ser maior que a ação.
horizontal de 30 N . Determine:
2. (VUNESP - SP) As estatı́sticas indicam que o uso do cinto a) a aceleração do conjunto;
de segurança deve ser obrigatório para prevenir lesões mais b) a força de tração no fio.
26 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
8. (ITA - SP) No campeonato mundial de arco e flecha dois ocorre porque nos pontos de contato as moléculas de cada su-
concorrentes discutem sobre a fı́sica que está contida no arco perfı́cie estão tão próximas que passam a exercer forças inter-
do arqueiro. Surge então a seguinte dúvida: quando o arco moleculares entre si.
está esticado, no momento do lançamento da flecha, a força A força de atrito que se opõe a um corpo que rola é menor que
exercida sobre a corda pela mão do arqueiro é igual à: no movimento de deslizamento. O atrito pode ser reduzido
I) força exercida pela sua outra mão sobre a madeira do arco. com o polimento das superfı́cies em contato e com o uso de
II) tensão na corda. lubrificantes
III) força exercida sobre a flecha pela corda no momento em O atrito esta presente em quase todos os movimentos e ele pode
que o arqueiro larga a corda. ser útil ou nocivo. Se não existisse o atrito entre o sapato e o
Neste caso: solo, uma pessoa não poderia andar; o pé da pessoa empurra a
Terra para trás e a Terra empurra o pé da pessoa para frente
a) todas as afirmativas são verdadeiras. (ação e reação), quando ela anda.
b) todas as afirmativas são falsas.
Sem o atrito os veı́culos não poderiam iniciar o seu movimento,
c) somente I e III são verdadeiras.
pois, as rodas começariam a girar sem sair do lugar. O objetivo
d) somente I e II são verdadeiras.
das saliências em pneus é aumentar o atrito.
e) somente II é verdadeira.
Mecânica Aula 15
Força de Atrito
Ao lançarmos um corpo sobre uma superfı́cie horizontal, veri-
ficamos que o corpo acaba parando.
v
1 2
• o coeficiente de atrito estático (µe ) depende do estado de 3. A máxima aceleração de um carro depende de alguma
polimento e da natureza das duas superfı́cies em contato; força de atrito? Explique.
• a intensidade da força de atrito estático é independente
da área de contato entre as superfı́cies sólidas.
Exercı́cios de Aplicação
Forças de Atrito Cinético (FAC )
1. (UFES) O bloco da figura está em movimento em uma
Quando um carro é freado inesperadamente, é comum as rodas
do automóvel travarem e os pneus deslizarem no asfalto. Anti- superfı́cie horizontal em virtude da aplicação de uma força F~
gamente isso era ainda mais freqüente, mas hoje, nos veı́culos paralela à superfı́cie:
equipados com os chamados freios ABS, as rodas não travam
mais.
O ABS (Antiblocking System) é um avançado sistema de freios
desenvolvido para evitar o travamento das rodas nas freadas
bruscas em velocidade. Sensores fixados a cada uma das rodas F = 60,0 N
enviam sinais eletrônicos para um módulo de comando compu- m =2,0 kg
tadorizado que reduz, em frações de segundo, a pressão sobre
as rodas prestes a se travarem. Com as rodas desbloqueadas,
o carro permanece sob controle e tem menos possibilidade de
derrapar ou deslizar, até em pistas molhadas. Mas, qual a O coeficiente de atrito cinético entre o bloco e a superfı́cie é
diferença entre o carro escorregar ou não na pista? igual a 0, 2. A aceleração do objeto é:
Analise a figura a seguir; ela mostra o deslizamento entre duas (Dado g = 10 m/s2 .)
superfı́cies. a) 20, 0 m/s2 .
b) 28, 0 m/s2 .
c) 30, 0 m/s2 .
d) 32, 0 m/s2 .
Corpo e) 36, 0 m/s2 .
B
Figura 1.2: Corpo deslizando sobre superfı́cie áspera.
A C
As irregularidades microscópicas apresentadas pelas su-
perfı́cies fazem com que a movimentação do bloco sofra uma
resistência denominada força de atrito cinético. Obviamente,
quanto maior a aspereza das superfı́cies, maior a intensidade O diagrama que melhor representa as forças que atuam sobre
dessa força. Para medir a rugosidade das partes em contato o bloco quando esse bloco está passando pelo ponto B é:
criou-se o coeficiente de atrito cinético (µc ). Mesmo existindo
valores tabelados para uma grande quantidade de materiais, a) d)
é muito difı́cil conhecê-los com precisão, pois dependem das
condições das superfı́cies em contato. Não são apenas os mate-
riais das superfı́cies em contato que interferem no valor da força
de atrito cinético. A força normal entre os corpos também é de
fundamental importância. Quanto maior a força normal mais
b) e)
intensa a força de atrito cinético.
O módulo da força de atrito cinético é dado pela expressão:
FAC = µc · N
Pense um Pouco!
1. Por que nos dias de chuva é mais difı́cil frear um carro?
3. (UEL-PR) No sistema representado a seguir, o corpo A,
2. Por que o gelo é muito deslizante e quase não apresenta de massa 3, 0 kg, está em movimento uniforme. A massa do
atrito? corpo B é de 10 kg. Adote g = 10 m/s2 .
28 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
B
F
Exercı́cios Complementares
10 kg
4 kg 6 kg
Exercı́cios de Aplicação
A Lei da Áreas (1609)
1. A tabela abaixo mostra como fica a 3a Lei de Kepler para
A reta unindo o planeta ao Sol varre áreas iguais os planetas visı́veis a olho nú. Complete os dados que estão
em tempos iguais. O significado fı́sico desta lei é que faltando.
a velocidade orbital não é uniforme, mas varia de Planeta a(u.a.) P (ano) a3 P2
forma regular: quanto mais distante o planeta está Mercúrio 0,387 0,241 0,058 0,058
do Sol, mais devagar ele se move. Dizendo de outra Vênus 0,723 0,615 0,378
maneira, esta lei estabelece que a velocidade areolar
Terra 1,000 1,000 1,000 1,000
(referente a área) é constante.
Marte 1,524 1,881 3,537
Júpiter 5,203 11,862 140,700
Saturno 9,534 29,456
v’ 2. Adotando o Sol como referencial, aponte a alternativa que
Planeta
condiz com a 1a lei de Kepler da Gravitação Universal (lei das
A’ órbitas):
Sol
a) As órbitas planetárias são curvas quaisquer, desde que fe-
chadas;
A f b) As órbitas planetárias são espiraladas;
c) As órbitas planetárias não podem ser circulares;
d) As órbitas planetárias são elı́pticas, com o Sol ocupando o
v centro da elipse;
e) As órbitas planetárias são elı́pticas, com o Sol ocupando
um dos focos da elipse.
Figura 1.2: 2a Lei de Kepler. 3. A 2a lei de Kepler (Lei das Áreas) permite concluir que um
planeta possui:
30 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
a) maior velocidade quando se encontra mais longe do Sol; fenômeno, como a queda de um corpo próximo à superfı́cie
b) maior velocidade quando se encontra mais perto do Sol; da Terra, até, o mais complexo, como as forças trocadas entre
c) menor velocidade quando se encontra mais perto do Sol; corpos celestes, traduzindo com fidelidade suas órbitas e os di-
d) velocidade constante em toda sua trajetória; ferentes movimentos. Segundo a lenda, Newton, ao observar
e) n.r.a. a queda de uma maça, concebeu a idéia que ela seria causada
pela atração exercida pela terra. A natureza desta força atra-
4. Assinale a alternativa que está em desacordo com as Leis tiva é a mesma que deve existir entre a Terra e a Lua ou entre
de Kepler da Gravitação Universal: o Sol e os planetas; portanto, a atração entre as massas é, com
a) O quociente do cubo do raio médio da órbita pelo quadrado certeza, um fenômeno universal.
do perı́odo de revolução é constante para qualquer planeta de
um dado sistema solar;
b) quadruplicando-se o raio médio da órbita de um satélite em Uma Força Elementar
torno da Terra, seu perı́odo de revolução fica 8 vezes maior;
Sejam duas partı́culas de massas m1 e m2 , separadas por
c) Quanto mais próximo de uma estrela (menor raio médio
uma distância r. Segundo Newton, a intensidade da força F
da órbita) gravita um planeta, menor é o seu perı́odo de re-
de atração entre as massas é dada por
volução;
d) Satélites diferentes gravitando em torno da Terra, na mesma m1 m2
F =G 2
órbita têm perı́odos de revolução iguais; r
e) Devido à sua maior distância do Sol (maior raio médio da
onde G é uma constante, a constante da gravitação universal,
órbita) o ano de Plutão tem duração menor que o da Terra.
sendo seu valor expresso, no Sistema Internacional, por
G = 6, 67 × 10−11 N · m2 /kg 2
Exercı́cios Complementares
7. Um planeta descreve uma órbita elı́ptica em torno do Sol. Podemos, ainda, enunciar a lei da gravitação universal do se-
O ponto A é o ponto da órbita mais próximo do Sol; o ponto guinte modo:
B é o ponto mais distante. No ponto A:
a) a velocidade de rotação do planeta é máxima; Dois corpos se atraem gravitacionalmente com força
b) a velocidade de translação do planeta se anula; cuja intensidade é diretamente proporcional ao pro-
c) a velocidade de translação do planeta é máxima; duto de suas massas e inversamente proporcional ao
d) a força gravitacional sobre o planeta se anula; quadrado da distância entre seus centros de massa.
e) n.r.a
Após a formulação da lei da Gravitação, com o desenvolvi-
mento do cálculo integral, Newton também mostrou que a
força gravitacional entre esferas homogêneas também segue
Gravitação Aula 2 a mesma forma estabelecida para as partı́culas. E também vale
a mesma força para uma partı́cula e uma esfera homogênea.
Esse resultado foi tão surpreendente para o próprio Newton,
que inicialmente nem ele acreditou no que havia provado ma-
tematicamente!
Gravitação Universal Aplicando-se a lei de gravitação para um corpo de massa m
na superfı́cie da Terra, temos então
A lei da gravitação universal, proposta por Newton, foi
um dos maiores trabalhos desenvolvidos sobre a interação en- MT m GMT
tre massas, pois é capaz de explicar desde o mais simples F =G 2 = m = mg = P
RT RT2
Gravitação – Aula 3 31
Pense um Pouco! 5. Se a massa da Terra não se alterasse, mas o seu raio fosse
reduzido à metade, o nosso peso seria:
• Qual a direção e o sentido da força de atração gravitacio- a) reduzido à quarta parte
nal exercida pela Terra sobre os corpos que estão próximos b) reduzido à metade
à superfı́cie? c) o mesmo
d) dobrado
• A aceleração da gravidade na Lua é 6 vezes menor do que e) quadruplicado
a aceleração da gravidade próxima à superfı́cie da Terra.
O que acontece com o peso e a massa de um astronauta 6. Um corpo de massa m gira em torno da Terra, em órbita
na Lua? circular, com velocidade escalar constante v. Sendo G a cons-
tante gravitacional e M a massa da Terra, o raio da trajetória
• O valor da aceleração da gravidade é relevante para os descrita pelo corpo será:
esportes? a) G/M v 2
b) G/mv 2
c) Gm/v 2
Exercı́cios de Aplicação d) GM/v 2
e) GM m/v 2
1. Duas partı́culas de massas respectivamente iguais a M e m
estão no vácuo, separadas por uma distância d. A respeito das 7. Sabe-se que no interior de uma nave em órbita circular em
forças de interação gravitacional entre as partı́culas, podemos torno da Terra um astronauta pode flutuar, como se não ti-
afirmar que: vesse peso. Esse fato ocorre porque:
a) têm intensidades inversamente proporcional a d; a) a nave está fora do campo gravitacional da Terra;
b) têm intensidades diretamente proporcional ao produto b) há ausência de atmosfera;
Mm; c) a atração exercida pela Lua é maior do que a atração exer-
c) não constituem entre si um par ação e reação; cida pela Terra;
d) podem ser atrativas ou repulsivas; d) ambos, astronauta e nave, estão em queda livre no seu mo-
e) teriam intensidade maior se o meio fosse o ar. vimento circular;
e) há uma redução na massa dos corpos.
2. A razão entre os diâmetros dos planetas Marte e Terra é
1/2 e entre as respectivas massas é 1/10. Sendo de 160 N o
peso de um garoto na Terra, pode-se concluir que seu peso em
Marte será de: Gravitação Aula 3
a) 160 N
b) 80 N
c) 60 N
d) 32 N
e) 64 N
Peso
3. Uma menina pesa 400 N na superfı́cie da Terra, onde se
adota g = 10m/s2 . Se a menina fosse transportada até uma O peso de um corpo é a força de atração exercida pela terra
altura igual ao raio da Terra (6.400 km), sua massa e seu peso sobre ele. Um paraquedista, por exemplo, cai por que é atraı́do
seriam, respectivamente: pela Terra.
a) 40 kg e 100 N Consideremos um corpo de massa m caindo em queda livre
b) 40 kg e 200 N perto da superfı́cie da Terra.
32 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
Unidades SI
Figura 1.1: Paraquedista.
A unidade de peso no Sistema Internacional (SI) é o new-
ton ou N . Outra unidade, muito utilizada na indústria, é o
quilograma-força ou kgf .
Peso e Massa
1 kgf é o peso de um corpo de 1 kg de massa
Se o corpo cai em queda livre ele possui aceleração ~a igual à num local em que a aceleração da gravidade é
da gravidade ~g . Desta forma, podemos usar o princı́pio fun-
igual a 9, 8 m/s2 .
damental da Dinâmica (2a Lei de Newton) para obter a força
que age sobre esse corpo. Esta força é chamada de força peso Podemos relacionar newton e quilograma-força:
P~ e é dada por:
P = mg → 1 kgf = 1kg · 9, 8 m/s2
~
P = m~g
1 kgf = 9, 8 kg · m/s2
Essa expressão mostra que o peso do corpo é diretamente pro-
1 kgf = 9, 8 N
porcional à sua massa: quanto maior a massa, maior o peso.
Entretanto massa e peso são conceitos inteiramente diferentes.
Massa é uma propriedade intrı́nseca do corpo, isto é, depende
apenas do próprio corpo, enquanto peso é a força de atração
Pense um Pouco!
gravitacional que atua sobre ele, variando de acordo com o va-
• Por que na Lua os astronautas conseguem dar saltos mais
lor da aceleração da gravidade. Por isso o peso do corpo pode
altos do que na Terra?
variar. A massa, no entanto, é sempre a mesma em qualquer
lugar do universo.
• Quando alguém diz que “pesa”75 kg o que isso quer dizer?
“bola flutuante”. Considerando totalmente desprezı́vel a gra- para uma altitude onde a aceleração da gravidade vale G,
vidade no local dessa experiência, duas “bolas”de leite de mas- pergunta-se:
sas respectivamente iguais a m e 2m terão seus pesos: a) o peso do quilograma padrão vai se modificar?
a) iguais a zero b) havendo modificação, qual o seu novo peso?
b) na proporção PA /PB = 1/3 c) qual será a massa do corpo no novo local?
c) na proporção PA /PB = 1/2
d) na proporção PA /PB = 2 7. A aceleração da gravidade na superfı́cie de Júpiter é de
e) na proporção PA /PB = 3 30 m/s2 . Qual a massa de um corpo que na superfı́cie de
Júpiter pesa 120 N ?.
4. (UFSM - RS) Uma força F de módulo igual a 20 N é
aplicada, verticalmente, sobre um corpo de 10 kg em repouso
sobre uma superfı́cie horizontal. O módulo (em N ) da força
normal sobre o corpo, considerando o módulo da aceleração Gravitação Aula 4
gravitacional como 10 m/s2 é:
a) 120
b) 100
c) 90
d) 80 Centro de Gravidade
e) 0
Os corpos materiais podem ser considerados como um sistema
5. Durante uma brincadeira, Bárbara arremessa uma bola de de partı́culas, cada uma das quais atraı́da pela Terra com uma
vôlei verticalmente para cima, como mostrado nesta figura: força igual ao peso da partı́cula.
P1 P2
P4 G
P3
Unidade SI
eixo
Direção e Sentido de
rotaçao
O momento ou torque de uma força é uma grandeza vetorial.
A partir do sentido de rotação (horário ou anti-horário) que
uma ou mais forças tendem a produzir, podemos determinar
Figura 1.2: Regra da mão direita: o vetor indica o sentido do
a direção e o sentido do torque. Por exemplo, um saca-rolhas,
momento. A direção é sempre paralela ao eixo de rotação do
ao girar, produz efeitos contrários: no sentido horário, entra
objeto.
na rolha (avança verticalmente para baixo); no sentido anti-
horário, sai dela (retorna verticalmente para cima). O sentido
do deslocamento do saca-rolhas coincide com o sentido do vetor
momento (M ~ F,O ), e sua direção está sempre paralela ao eixo
de rotação.
Exercı́cios Complementares
3,0 m
0,5 m 0,5 m
50 kg 150 kg
N
Ótica Aula 1 raio incidente θ
i raio refletido
θ
r
Ótica
superfície refletora
A Luz plana
O estudo de luz e cor deve ser iniciado pela Fı́sica elementar,
uma vez que a luz é uma onda eletromagnética.
Desta forma, pode-se então exemplificar as ondas ele-
Figura 1.1: Reflexão Planar.
tromagnéticas de maior importância nas pesquisas e nas
aplicações práticas, em função do comprimento de onda (pro-
priedade que fornece uma das principais caracterı́sticas da Espelho Plano
onda): Raios-X (faixa de 0, 1 a 1 nm, ondas ultra-violetas
(faixa de 1 até 400 mm), o espectro de luz visı́vel (faixa de Espelho plano é a superfı́cie plana polida onde ocorre predo-
400 até 700 nm), ondas infra-vermelhas (faixa de 700 nm até minantemente a reflexão da luz.
1 mm) e faixas de radiofreqüência que variam de 20 cm até
105 m.
Formação de Imagens nos Espelhos Planos
Todas as ondas eletromagnéticas se propagam no vácuo com a
mesma velocidade c com o valor de 3, 0 × 108 m/s (velocidade Observemos um ponto objeto luminoso O diante de um espelho
da luz). plano enviando luz em todas as direções, conforme indica a
figura.
Reflexão da Luz
espelho plano
Quando a luz atinge uma superfı́cie separadora S de dois meios
de propagação (A e B), ela sofrerá reflexão se retornar ao meio
no qual estava se propagando.
A quantidade de luz refletida depende do material que é feita
eixo otico
a superfı́cie S, do seu polimento entre outros fatores. objeto imagem
real virtual
Tipos de Reflexão
1a Lei: O raio de luz incidente, o raio de luz refletido e a reta 1. Se chamarmos de x à distância do objeto ao espelho, a
normal à superfı́cie pelo ponto de incidência da luz estão num distância entre o espelho e a imagem será também x. Isto
mesmo plano (coplanares). significa que o objeto e a imagem são simétricos em relação
ao espelho.
Temos:
RI = Raio Incidente; 2. As imagens formadas num espelho plano são enantio-
RR = Raio Refletido; morfas, ou seja, existe uma inversão ”direita para a es-
N = Reta Normal; querda”, mas não de ”baixo para cima”. Assim a imagem
i = ângulo de incidência; especular da mão esquerda é a mão direita, mas a imagem
r = ângulo de reflexão. dos pés não está na cabeça.
2a Lei: O ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão. 3. Ainda pelas figuras anteriores, percebe-se que um objeto
localizado na frente do espelho (real) nos fornece uma ima-
i=r gem que nos dá a impressão de estar situada atrás do espe-
38 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
Ótica Aula 2
campo visual
Espelhos Esféricos
Os espelhos esféricos são superfı́cies refletoras que tem forma
de uma calota esférica.
Figura 1.3:
Calota Esferica
Pense um Pouco!
1. Por que não enxergamos no escuro?
V
2. Para que serve o espelho retrovisor dos carros? C
3. Por que as ambulâncias geralmente trazem escrito na
frente ?
Exercı́cios de Aplicação
Figura 1.1: Calota esférica.
1. A estrela Vega está situada a cerca de 26 anos-luz (ano luz é
a distância que a luz percorre em 1 ano) da Terra. Determine Temos dois tipos de espelho esférico:
a ordem de grandeza da distância de Vega até a Terra, em Côncavo: a superfı́cie refletora é interna.
metros. Convexo: a superfı́cie refletora é externa.
2. Um observador nota que um edifı́cio projeta no solo uma
sombra de 30 m de comprimento, no instante em que um muro Esquematicamente:
de 1, 5 m de altura projeta uma sombra de 50 cm. Determine Temos:
a altura do edifı́cio. R = Raio de Curvatura;
F = Foco do Espelho (ponto médio do eixo principal no trecho
3. Um feixe de luz, partindo de uma fonte puntiforme, incide entre o Vértice e o Centro);
sobre um disco de 10 cm de diâmetro. Sabendo que a distância C = Centro;
da fonte ao disco é 1/3 da distância deste ao anteparo e que os V = Vértice;
planos da fonte, do disco e do anteparo são paralelos, determine A = reta que passa por C e V é o eixo óptico principal.
o raio da sombra projetada sobre o anteparo.
Ótica – Aula 2 39
Côncavo N Convexo
θi
θr
C F V eixo ótico V F C
eixo ótico
C F θr V V F C
N
θi
(a) (b)
C F V eixo ótico V F C
C F V eixo ótico
(a) (b)
C F V eixo ótico
C F V eixo ótico
C F V eixo ótico
C F V eixo ótico
Agora procuraremos expressar de forma matemática algumas 2. Cite exemplos de objetos do dia-a-dia que são espelhos
expressões que nos permita determinar a posição e o tamanho esféricos.
da imagem. 3. Por que os caminhões e ônibus usam um pequeno espelho
Equação Conjugada de Gauss convexo colado no canto do retrovisor plano?
1 1 1
= + ′
f p p Exercı́cios de Aplicação
Temos que a distância focal f é dada por:
R
1. Um objeto real de altura 5 cm está a 3 m diante de um
f= 2 espelho esférico côncavo, de distância focal 1 m.
Ótica – Aula 3 41
Refração da Luz
A velocidade de uma dada luz monocromática assume valores
diferentes em diferentes meios de propagação tais como: vácuo,
ar, água, vidro, etc.
A luz sofre refração quando passa de um meio para outro, mo-
eixo ótico dificando sua velocidade. Em geral, a refração é acompanhada
V F C por um desvio na trajetória da luz, conseqüência da mudança
de velocidade. O único caso de refração no qual a luz não so-
fre desvio é quando incide perpendicularmente à superfı́cie de
separação dos meios S.
N
Figura 1.11: Espelho convexo.
Exercı́cios Complementares
raio N raio N
incidente refletido θi
meio A meio A
S S
meio B meio B
raio θr
refratado
Figura 1.3: Todos os raios luminosos presentes na refração. Figura 1.4: Raio entrando perpendicular a superfı́cie S, sem
desvio em sua trajetória.
sen(i)
Conclusões = constante
sen(r)
1. O ı́ndice de refração absoluto de qualquer meio material e essa constante é o ı́ndice de refração relativo do meio B
é sempre maior que 1; em relação ao meio A, assim:
2. Quanto maior for o ı́ndice de refração absoluto do meio, sen(i) nA
menor é a velocidade da luz nesse meio. =
sen(r) nB
θi N θi N
A B
meio A meio C
S S
meio B meio D
θr θr
Exercı́cios de Aplicação
1m
Temos:
√
Qual o ı́ndice de refração do lı́quido? dado sen(45◦ ) = C1 e C2 = Centros de Curvatura;
2/2
R1 e R2 = Raios de Curvatura;
6. Um raio de luz monocromática passa de um meio A para V1 e V2 = Vértices;
um meio B. Veja a figura e responda: e = espessura da lente;
a) Qual é o meio mais refringente ? Justifique. e.p. = eixo óptico principal.
b) Em que meio a luz possui maior velocidade ? Justifique.
44 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
F
Classificação das Lentes
Podemos classificar as lentes quanto a dois aspectos: tipos de
faces e comportamento óptico.
Lente Divergente Esquema
BORDOS
FINOS
BORDOS
GROSSOS F
F F
Equação de Gauss
Determinação Gráfica da Imagem
1 1 1
De maneira análoga ao que fizemos para espelhos esféricos ire- = + ′
f p p
mos proceder agora para lentes.
Temos:
f = distância focal;
Lentes Convergentes p = posição do objeto;
p′ = posição da imagem;
1) Objeto situado antes do Centro de Curvatura:
Imagem: Real, Invertida e Menor.
2) Objeto situado no Centro de Curvatura:
Equação do Aumento Linear Transversal A
Imagem: Real, Invertida e Igual.
3) Objeto situado entre o Centro de Curvatura e o Foco: i p′
A= =
Imagem: Real, Invertida e Maior. o p
Este caso corresponde à imagem produzida por projetores, Temos:
tanto de slides como de filmes. A = aumento linear transversal;
4) Objeto situado no Foco: o = altura do objeto;
Imagem: Imprópria. i = altura da imagem;
5) Objeto situado entre o Foco e o Centro Óptico:
Imagem: Virtual, Direita e Maior.
Este é o caso da lupa. Convenção de Sinais
F
eixo ótico
F
eixo ótico
F
eixo ótico
F
recebe o nome de dioptria (di), que popularmente é chamado lente aumenta a flor.
de grau.
F C eixo ótico
eixo ótico
C F
C F F C
eixo ótico
C F F C
eixo ótico
C F F C
eixo ótico
C F F C
f f
o i
eixo ótico
C F F C
Figura 1.19: Elementos de uma lente.
Lente ´
Macula
eixo ótico ´
Iris
C F F C
Conjuntiva Retina
Anatomia do Olho
Figura 1.18: Lente divergente.
1 1 1 1 1 1 Daltonismo
= + ′ = = +
f p p fc 25cm dpp
É um defeito genético que faz com que seu portador não
O sinal negativo se deve ao fato da imagem, fornecida pela consiga distinguir certas cores. Não existe, ainda, correção
lente corretora, ser virtual. possı́vel para esse defeito.
Ótica – Aula 5 49
Olho simplificado
Formaçao de
imagens na
Entrada
de RETINA
Luz
Lente
Convergente
PP PR
25 cm Zona de Acomodaçao
Pense um Pouco!
• Uma pessoa lhe diz que enxerga perfeitamente embaixo
da água de uma piscina, mas não fora da água. Isso é
possı́vel? Há algum problema com a visão dessa pessoa?
Qual?
Exercı́cios de Aplicação
Pressão Hidrostática
Fluidos
No estudo da hidrostática, que faremos a seguir, vamos consi-
Chegou o momento de descrevermos o comportamento dos flui- derar o lı́quido ideal, isto é, incompressı́vel e sem viscosidade.
dos, para isso falaremos de temas como densidade, pressão, Suponhamos um recipiente cilı́ndrico de área de base A, con-
empuxo e outros temas que nos levarão a um aprofundamento tendo um lı́quido de massa especı́fica ρ. Qual a pressão que o
da Hidrostática. lı́quido exerce no fundo do recipiente ?
Pressão Manométrica e Absoluta de um automóvel, algumas pessoas dizem que colocaram “26
libras” de ar nos pneus. Agora responda:
A pressão absoluta é a pressão total exercida em uma dada a) por que num pneu de automóvel se coloca mais ou menos
superfı́cie, incluindo a pressão atmosférica, quando for o caso. 25lbf /pol2 enquanto que no de uma bicicleta de corrida (cujos
A pressão absoluta será sempre positiva ou nula. pneus são bem finos) se coloca aproximadamente 70 lbf /pol2
Em muitos casos, como na calibração de um pneu, estamos
interessados apenas na diferença entre a pressão interna de b) Sendo 1 lbf /pol2 = 0, 07 atm, qual a pressão tı́pica (em
um reservatório (o pneu) e a pressão externa (o ar, que está atm) no pneu de um carro?
na pressão atmosférica local). A essa diferença chamamos c) A pressão que nos interessa, neste caso do pneu, é a pressão
pressão manométrica, e os aparelhos que a medem cha- manométrica ou a pressão absoluta. Por quê?
mamos de manômetros.
Exercı́cios de Aplicação hA A
∆h
1. Uma massa de 1 kg de água ocupa um volume de 1 litro
a 40◦ C. Determine sua massa especı́fica em g/cm3 , kg/m3 e
kg/l. B
2. Determine a massa de um bloco cúbico de chumbo que tem
arestas de 10 cm, sendo que a densidade do chumbo é igual
11, 2 g/cm3 .
Figura 1.1: Cilindro de área de base A e altura h
3. Uma esfera oca, de 1.200 g de massa, possui raio externo de
10, 0 cm e raio interno de 9, 0 cm. Sabendo que o volume de A lei de Stevin ou princı́pio hidrostático afirma que a
uma esfera de raio R é dado por V = 34 πR3 . Usando π = 3, 14, diferença de pressão entre os pontos A e B será:
determine:
a) a densidade média da esfera; pb − pa = ρg(hb − ha ) = ρg∆h
b) a densidade do material de que é feita a esfera.
Ou seja, a diferença entre dois nı́veis diferentes, no interior de
4. Um cubo maciço com densidade igual a 2, 1 g/cm3 , de um lı́quido, é igual ao produto da sua massa especı́fica pela
50 cm de aresta, está apoiado sobre uma superfı́cie horizontal. aceleração da gravidade local e pela diferença de nı́vel entre os
Qual é a pressão, em P a e em atm, exercida pelo cubo sobre pontos considerados.
a superfı́cie?
Na realidade, temos que dividir a pressão num determinado
ponto do lı́quido em dois tipos: i) pressão hidrostática: aquela
Exercı́cios Complementares que só leva em consideração o lı́quido:
phid = ρgh
5. Existe uma unidade inglesa de pressão – a libra-força por
polegada quadrada – que se abrevia lbf /pol2, a qual é indevi- e ii) pressão absoluta: aquela que leva em consideração o
damente chamada de libra. Assim, quando calibram os pneus lı́quido e o ar sobre o lı́quido:
Fluidos – Aula 2 53
F2
Conseqüências da Lei de Stevin
A1 A2
No interior de um lı́quido em equilı́brio estático:
4. a diferença de pressão entre dois pontos dentro do fluı́do, Os corpos mergulhados totalmente ou parci-
depende apenas do seu desnı́vel vertical (∆h), e não da almente, num fluido, recebem do mesmo uma
profundidade dos pontos. força vertical, de baixo para cima, de intensi-
dade igual ao peso do fluido deslocado, deno-
minada empuxo.
Princı́pio de Pascal
Ou seja, se um corpo está mergulhado num fluido de densidade
Pascal fez estudos em fluı́dos e enunciou o seguinte princı́pio: ρf e desloca volume Vf d do fluido, num local onde a aceleração
da gravidade é g, temos:
A pressão aplicada a um fluı́do em equilı́brio Pf = mf g
transmite-se integral e instantaneamente à to-
dos os pontos do fluı́do e às paredes do recipi- e como
mf
ente que o contém. ρf =
Vf d
54 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
a massa do fluido deslocado será 2. Uma piscina com 5, 0 m de profundidade está cheia com
água. Considere g = 10 m/s2 e patm = 1, 0 × 105 P a e deter-
mf = ρf Vf d mine:
a) a pressão hidrostática a 3, 0 m de profundidade;
e portanto b) a pressão absoluta no fundo da piscina;
Pf = ρf Vf d g c) a diferença de pressão entre dois pontos separados, vertical-
mente, por 80 cm.
e, de acordo com o Princı́pio de Arquimedes
3. (Clássico) Para determinar a pressão atmosférica, Torri-
E = ρf Vf d g celli fez a seguinte experiência: um tubo de vidro, de 1 m de
comprimento, foi cheio de mercúrio e depois emborcado num
ou simplesmente
recipiente contendo mercúrio; constatou que, ao nı́vel do mar,
E = ρV g o mercúrio no tubo mantém uma altura de 760 mm acima da
ficando a nosso cargo a interpretação correta dos termos en- sua superfı́cie livre (no recipiente). Se a densidade do mercúrio
volvidos. é 13, 6 g/cm3 e a aceleração da gravidade local é de 9, 8 m/s2 ,
qual a pressão atmosférica constatada por Torricelli?
Exercı́cios de Aplicação
Trajetória
Cinemática Aula 1 Este é outro conceito importante no estudo do movimento. Va-
mos partir da figura abaixo. Ela representa uma esfera aban-
donada de um avião que voa com velocidade constante:
Cinemática A8−132
Movimento
Observando os corpos a nossa volta, podemos ter intuitiva-
mente uma idéia do que são os estados de movimento e re-
pouso. Mas esses dois conceitos (movimento e repouso) são
relativos: ao dormir você pode estar em repouso em relação às
paredes de seu quarto; entretanto, em relação ao sol, você é um Em relação ao solo, a trajetória da esfera é um arco de
viajante espacial. A parte da Fı́sica que trata do movimento parábola; e em relação ao avião, a trajetória é um segmento
é a Mecânica. Ela procura compreender as causas que pro- de reta vertical.
duzem e modificam os movimentos. A seguir, vamos estudar Então, podemos concluir que a trajetória:
uma subdivisão da Mecânica chamada Cinemática, que trata
do movimento sem se referir às causas que o produzem. • é a linha descrita ou percorrida por um corpo em movi-
mento;
• o corpo pode ter se movimentado mas retornado a posição Aqui temos uma aceleração positiva, pois a velocidade vai au-
inicial; mentando (em módulo) com o tempo.
Exercı́cios de Aplicação
Cinemática Aula 2
1. (PUC) Um atleta fez um percurso de 800 m num tempo de
1 min e 40 s. A velocidade escalar média do atleta é de:
a) 8, 0 km/h
b) 28, 8 m/s
c) 28, 8 km/h Movimento Uniforme (MU)
d) 20, 0 m/s
e) 15, 0 km/h Suponhamos que você esteja dirigindo um carro de tal forma
que o ponteiro do velocı́metro fique sempre na mesma posição,
2. (UEL) Um móvel percorreu 60, 0 m com velocidade de por exemplo 80 km/h, no decorrer do tempo. Nessa condição,
15, 0 m/s e os próximos 60, 0 m a 30, 0 m/s. A velocidade você irá percorrer 80 km a cada hora de viagem, em duas horas
média durante as duas fases foi de: percorrerá 160 km, e assim por diante. O movimento descrito
a) 15, 0 m/s nessa situação é denominado movimento uniforme (MU).
b) 20, 0 m/s Você já deve ter notado, então, que no movimento uniforme o
c) 22, 5 m/s valor do módulo da velocidade é constante e não nulo, isto é,
d) 25, 0 m/s o móvel percorre espaços iguais em intervalos de tempo iguais.
e) 30, 0 m/s Se, além da velocidade apresentar valor constante e a trajetória
3. (VUNESP) Ao passar pelo marco “km 200”de uma rodo- for retilı́nea, o movimento é dito movimento retilı́neo uni-
via, um motorista vê um anúncio com a inscrição “ABASTE- forme (MRU).
CIMENTO E RESTAURANTE A 30 MINUTOS”. Conside-
rando que esse posto de serviços se encontra junto ao marco Equação Horária do MU
“km 245”dessa rodovia, pode-se concluir que o anunciante
prevê, para os carros que trafegam nesse trecho, uma velo- Ao longo de um movimento, a posição de um móvel varia no
cidade média, em km/h, de: decorrer do tempo. É útil, portanto, encontrar uma equação
a) 80 que forneça a posição de um móvel em um movimento uniforme
b) 90 no decorrer do tempo. A esta equação denominamos equação
c) 100 horária do movimento uniforme.
d) 110 Considere então, o nosso amigo corredor percorrendo com ve-
e) 120 locidade constante v a trajetória da figura.
Exercı́cios Complementares t
0
t
uma vez que a velocidade é constante e não varia ao longo Observe no gráfico que, de acordo com a equação horária, a
do tempo. velocidade pode ser dada pela inclinação da reta, ou seja
v = tan θ
v v v
v>0
A inclinação da reta também denominada é chamada de de-
v=0 clividade ou coeficiente angular da reta.
O t O t O t
v<0
a
Figura 1.2: Gráfico v × t para o MU: para a direita v > 0 (a); b
para a esquerda v < 0 (b) e repouso v = 0 (c). θ
c
Importante
• Quando o movimento é na direção positiva do eixo orien- Figura 1.4: Inclinação de uma reta tan θ = b/c.
tado (o sentido positivo usual é para a direita) a veloci-
dade do móvel é positiva (v > 0). Neste caso x cresce com Lembre-se de que a tangente de um ângulo, num triângulo
o tempo; retângulo, é dada pela relação entre cateto oposto e o cateto
adjacente:
• Quando o movimento é na direção negativa do eixo orien- Para o movimento progressivo temos o seguinte gráfico:
tado (sentido negativo usual é para a esquerda) a veloci-
dade do móvel é negativa (v < 0), e neste caso, x decresce
com o tempo.
x v>0
Neste caso como a velocidade está abaixo do eixo das abs-
cissas, esta possui valor negativo, ou seja está em sentido
contrário ao da trajetória. xo
• É importante notar que a velocidade corresponde a altura
da reta horizontal no gráfico v × t. O t
• A área de um retângulo é dada pelo produto da base pela
altura: o deslocamento, pelo produto da velocidade pelo
tempo. Figura 1.5: Gráfico x × t para o movimento uniforme (MU)
progressivo.
x v<0
∆ x = vt = Área
O t
xo
O t
Figura 1.3: O deslocamento é igual a área sob a curva do
gráfico v × t.
1. (UEL) Um automóvel mantém uma velocidade escalar cons- Movimento Uniformemente Variado
tante de 72, 0 km/h. Em 1h:10min ele percorre uma distância
igual a:
(MUV)
a) 79, 2 km
Analisando um movimento de queda livre, podemos verificar
b) 80, 8 km
que o deslocamento escalar vai aumentando com o decorrer
c) 82, 4 km
do tempo, isso mostra que a velocidade escalar do corpo varia
d) 84, 0 km
com o tempo. Trata-se então de um movimento variado.
e) 90, 9 km
Galileu já havia descoberto esse movimento e concluiu que,
2. (ITAÚNA-RJ) A equação horária de um certo movimento desprezando a resistência do ar, quando abandonamos do re-
é x(t) = 40 − 8t no SI. O instante t, em que o móvel passa pela pouso os corpos próximos a superfı́cie da terra caem com velo-
origem de sua trajetória, será: cidades crescentes, e que a variação da velocidade é constante
a) 4 s em intervalos de tempos iguais. Podemos então concluir que
b) 8 s este é um movimento uniformemente variado (MUV).
c) 32 s Observamos um MUV quando o módulo da velocidade de um
d) 5 s corpo varia de quantidades iguais em intervalos de tempos
e) 10 s iguais, isto é, apresenta aceleração constante e diferente de
3. (UEL) Duas pessoas partem simultaneamente de um zero.
mesmo local com velocidades constantes e iguais a 2 m/s e No caso da trajetória ser retilı́nea, o movimento é denominado
5 m/s, caminhando na mesma direção e no mesmo sentido. movimento retilı́neo uniformemente variado (MRUV).
Depois de meio minuto, qual a distância entre elas? Portanto em um movimento retilı́neo uniforme.
a) 1, 5 m
b) 60, 0 m Aceleração e Velocidade no MRUV
c) 150, 0 m
d) 30, 0 m a = constante 6= 0
e) 90, 0 m
Como a aceleração escalar é constante, ela coincide com a ace-
leração escalar média:
Exercı́cios Complementares
∆v v − v0
a = am = =
∆t t − t0
4. (UEPG-PR) Um trem de 25 m de comprimento, com velo-
cidade constante de 36 km/h, leva 15s para atravessar total- fazendo t0 = 0, podemos escrever a equação horária da veloci-
mente uma ponte. O comprimento da ponte é: dade, ou seja
a) 120 m
b) 100 m v = v0 + at
c) 125 m
d) 80 m
e) nenhuma resposta é correta
v MRUV v MRUV v MRU
5. (TUIUTI-PR) Um motorista passa, sem perceber, em um
radar da polı́cia a 108 km/h. Se uma viatura está, logo adi-
ante a uma distância de 300 m do radar, em quanto tempo o O a>0 t O a>0 t O a=0 t
motorista passará pela viatura? vo > 0 vo < 0 vo > 0
a) 7 s
b) 13 s
c) 20 s
d) 10 s Figura 1.1: v × t para o MRUV com a ≥ 0.
e) 16 s
6. (UESBA) Se dois movimentos seguem as funções horárias
de posição x1 (t) = 100 + 4t e x2 (t) = 5t, com unidades do SI, Posição versus tempo no MRUV
o encontro dos móveis se dá no instante:
a) 0 s Analisando o gráfico de v × t, podemos obter a função horária
b) 400 s dos espaço calculando o deslocamento escalar desde t = 0 até
c) 10 s um instante t qualquer. Como:
d) 500 s
e) 100 s ∆s = área
60 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
A Equação de Torricelli
v MRUV a<0 v MRUV a<0 v MRU a=0
vo > 0 vo = 0 vo < 0 O fı́sico italiano Evangelista Torricelli estudou matemática em
Roma. Nos últimos meses de vida de Galileu, Torricelli se tor-
O t O t O t nou seu aluno e amigo ı́ntimo, o que lhe proporcionou a opor-
tunidade de rever algumas teorias do mestre. Uma das con-
seqüências disso foi a unificação que Torricelli fez das funções
horárias estabelecidas por Galileu para o movimento unifor-
memente variado.
Figura 1.2: v × t para o MRUV com a ≤ 0. Torricelli eliminou o tempo da função
v = v0 + at
v + v0 obtendo
∆s = t
2 t = (v − v0 )/a
como: e substituindo o valor de t na função horária dos espaços, temos
v + v0 v − v0
∆s = s − s0 s = s0 + vm t = s0 +
2 a
1
Pense um Pouco!
s − s0 = (v0 + at + v0 )t
2 • Imagine que você está no interior de um automóvel em mo-
vimento. O automóvel é suficientemente silencioso e ma-
1 1 cio para que você não perceba sua velocidade e variações
s − s0 = (2v0 + at)t = v0 t + at2
2 2 de velocidade. Apenas olhando para o velocı́metro do au-
tomóvel, sem olhar pelas janelas e pára-brisas, é possı́vel
logo, classificar o movimento do automóvel?
Exercı́cios de Aplicação
x x x
a>0 a>0 a>0
vo = 0 vo < 0 vo < 0
xo = 0 xo < 0 1. (UEL) Uma partı́cula parte do repouso e, em 5 segun-
dos percorre 100 metros. Considerando o movimento retilı́neo
O t O t O t uniformemente variado, podemos afirmar que a aceleração da
xo = 0 partı́cula é de:
a) 8, 0 m/s2
b) 4, 0 m/s2
c) 20 m/s2
Figura 1.3: x × t para o MRUV com a > 0.
d) 4, 5 m/s2
e) n.d.a.
2. (UFPR) Um carro transitando com velocidade de 15 m/s,
x a<0 x x tem, seu freio acionado. A desaceleração produzida pelo freio
vo = 0
xo = 0 é de 10 m/s2 . O carro pára após percorrer:
a) 15, 5 m
O t O a<0 t O a<0 t b) 13, 35 m
vo > 0 vo = 0
xo = 0 xo > 0 c) 12, 15 m
d) 11, 25 m
e) 10, 50 m
3. (ACFE-SC) A velocidade de um certo corpo em movimento
Figura 1.4: x × t para o MRUV com a < 0. retilı́neo é dada pela expressão v(t) = 10 − 2t, no SI. Calcule
o espaço percorrido pelo corpo entre os instantes 2 s e 3 s.
Cinemática – Aula 4 61
v = −v0
Figura 1.1: v × t para a queda livre.
A mesma aceleração que retarda a subida do projétil é
a que o acelera na descida e tem módulo constante g,
x a = −g portanto concluı́mos que que ao retornar ao solo, o projétil
h vo = 0 chaga com a mesma velocidade inicial de lançamento, em
xo = h módulo.
• A altura máxima atingida pelo projétil é calculada a partir
0 tq t da equação de Torricelli:
v 2 = v02 + 2a∆s
e como v = 0 e ∆s = h, temos
Figura 1.2: x × t para a queda livre. 0 = v02 + 2(−g)h
donde
Lançamento Vertical v02
h=
Em um local onde o efeito do ar é desprezı́vel e a aceleração 2g
da gravidade é constante e com módulo igual a g, um projétil Observe que quanto maior a velocidade inicial v0 , maior
é lançado verticalmente para cima com velocidade de módulo a altura h atingida pelo projétil, como era de se esperar,
igual a v0 . e que h não é proporcional a v0 .
Estudemos as propriedades associadas a este movimento:
1
s(t) = s0 + v0 t − gt2
2
Pense um Pouco!
e • Por que uma folha inteira e outra amassada não chegam
v(t) = v0 − gt juntas ao chão, quando soltas simultaneamente de uma
Observa-se que: mesma altura?
• o movimento do projétil é uniformemente variado porque • Um corpo pode ter aceleração a 6= 0 e v = 0? Como?
a aceleração escalar é constante e diferente de zero; • Um corpo pode estar subindo (v > 0) e acelerando para
• como foi lançado para cima, a velocidade inicial do projétil baixo (a < 0)? Como?
é positiva (v0 > 0); • por que não se deve dar um tiro para cima com uma arma
• orientando-se o eixo vertical para cima, como de costume, de fogo?
a aceleração escalar vale −g;
• A partir do ponto mais alto da trajetória, o projétil inverte Exercı́cios de Aplicação
o sentido de seu movimento e , portanto, sua velocidade
é nula no ponto mais alto (ponto de inversão);
1. (UFAL) Uma pedra é abandonada de uma altura de 7, 2 m,
• O tempo de subida ts do projétil é calculado como se adotando g = 10 m/s2 e desprezando-se a resistência do ar,
segue: pode-se afirmar que a sua velocidade escalar ao atingir o solo
será:
se
a) 12 m/s
v(t) = v0 − gt
b) 36 m/s
e v(ts ) = 0 para a posição mais alta, temos c) 360 m/s
d) 18 m/s
0 = v0 − gts e) 180 m/s
e finalmente 2. (FUVEST) Um corpo é solto, a partir do repouso, do topo
v0
ts = de um edifı́cio de 80 m de altura. Despreze a resistência do ar
g
Cinemática – Aula 5 63
e adote g = 10 m/s2 . O tempo de queda até o solo e o módulo Movimento Circular Uniforme (MCU)
da velocidade com que o corpo atinge o solo são:
a) 4, 0 s e 72 km/h Em um movimento onde a trajetória é uma circunferência (ou
b) 2, 0 s e 72 km/h arco de uma circunferência) e a velocidade escalar é cons-
c) 2, 0 s e 144 km/h tante, este é denominado como movimento circular uni-
d) 4, 0 s e 144 km/h forme (MCU). Neste movimento a partı́cula é localizada pela
e) 4, 0 s e 40 km/h sua posição angular θ, que varia uniformemente com o tempo.
1111111
0000000
3. (FUVEST) Um corpo é disparado do solo, vertical- 0000000
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v2
0000000
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mente para cima, com velocidade inicial de módulo igual a 0000000
1111111
2, 0.102 m/s. Desprezando a resistência do ar e adotando 0000000
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00
111
0
g = 10 m/s2 , a altura máxima alcançada pelo projétil e o 00
11
00
11
tempo necessário para alcançá-la são respectivamente: 00
11
a) 4, 0 km e 40 s 00
11
R v1
00000
11111 00
11
b) 2, 0 km e 40 s 00000
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0 00
11
00000
11111 00
11
c) 2, 0 km e 10 s 00000
11111 00
11
00000
11111
v 00
11 θ
d) 4, 0 km e 20 s 00000
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3 00
11
11111111
00000000
00000
11111 00
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0
e) 2, 0 km e 20 s 00000
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Exercı́cios Complementares 00000
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00000
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4. (FMTM-MG) As gaivotas utilizam um método interessante
1
01111111
0000000
para conseguir degustar uma de suas presas favoritas – o caran- v4
guejo. Consiste em suspendê-lo a uma determinada altura e aı́
abandonar sua vı́tima para que chegue ao solo com uma velo-
cidade de módulo igual a 30 m/s, suficiente para que se quebre Figura 1.1: O movimento circular uniforme (MCU).
por inteiro. Despreze a resistência do ar e adote g = 10 m/s2 .
A altura de elevação utilizada por essas aves é: No movimento circular uniforme o vetor velocidade muda o
a) 15 m tempo todo, porém mantém fixo o seu módulo (velocidade es-
b) 45 m calar).
c) 90 m
d) 30 m
e) 60 m Movimento Periódico
5. (UNICAMP) Uma atração que está se tornando muito po- Um movimento é chamado periódico quando todas as suas
pular nos parques de diversão consiste em uma plataforma que caracterı́sticas (posição, velocidade e aceleração) se repetem
despenca, a partir do repouso, em queda livre de uma altura em intervalos de tempo iguais.
de 75 m. Quando a plataforma se encontra a 30 m do solo, ela O movimento circular e uniforme é um exemplo de movimento
passa a ser freada por uma força constante e atinge o repouso periódico, pois, a cada volta, o móvel repete a posição, a velo-
quando chega ao solo. A velocidade da plataforma quando o cidade e a aceleração.
freio é acionado é dada por :
a) 10 m/s
b) 30 m/s Perı́odo (T )
c) 75 m/s
Define-se como perı́odo (T ) o menor intervalo de tempo para
d) 20 m/s
que haja repetição das caracterı́sticas do movimento. No mo-
e) 40 m/s
vimento circular e uniforme, o perı́odo é o intervalo de tempo
6. (CEFET-PR) Um balão meteorológico está subindo com para o móvel dar uma volta completa.
velocidade constante de 10 m/s e se encontra a uma altura Como é uma medida de tempo, a unidade SI do perı́odo é o
de 75 m, quando dele se solta um aparelho. O tempo que o segundo.
aparelho leva para chegar ao solo é:
a) 2 s
b) 4 s
Freqüência (f )
c) 5 s Define-se a freqüência (f ) de qualquer movimento periódico
d) 3 s como o número de vezes que as caracterı́sticas do movimento
e) 7 s se repetem durante uma unidade de tempo, ou seja, 1 s.
No movimento circular uniforme, a freqüência é o número de
voltas realizadas na unidade de tempo. Se o móvel realiza n
Cinemática Aula 5 voltas em um intervalo de tempo t, a freqüência f é dada por:
n
f=
t
64 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
e por definição, como no MCU o tempo de uma volta completa Sendo a trajetória curva, a componente normal an da ace-
(n = 1) é o próprio perı́odo do movimento, temos que leração, ou também chamada de aceleração centrı́peta não é
nula (an 6= 0).
1
f= O módulo da aceleração centrı́peta pode ser calculado pela
T
seguinte expressão:
−1
A unidade SI da freqüência f é s ou também chamado
∆v 2v sin(∆θ/2)
de hertz, cuja abreviação é Hz. Pode-se também medir a ac = =
freqüência em rotações por minuto ou rpm. ∆t ∆t
e como ∆θ = ω∆t, e o ângulo ∆θ é pequeno para ∆t pequeno,
Exemplo temos
∆θ ∆θ
sin ≃
Se um movimento tem freqüência de 2, 0 Hz, então são dadas 2 2
duas voltas completas por segundo, ou seja, o perı́odo do mo- e
vimento deve ser de 1/2 s. Como o minuto tem 60 segundos, 2ωR∆θ/2
ac = = ω2R
esse movimento terá uma freqüência de 120 rpm. ∆θ/ω
ou então, como v = ωR
Velocidade Escalar v v2
ac =
Para uma volta completa, em uma circunferência de raio R, R
temos que
∆s 2πR
v= =
∆t T
logo, para o MCU temos v(t)
v (t+∆ t)
v = 2πRf ∆v
v(t)
ac
∆θ=ο∆ t ∆θ=ο∆ t
v (t+∆ t)
Velocidade Angular ω θ = οt
Unidades SI
Pense um Pouco!
A velocidade angular ω é medida em rad/s no SI.
• Certos fenômenos da natureza, como a trajetória da Terra
em torno do Sol e o movimento dos satélites apresentam
Relação entre v e ω
movimento circular uniforme? Dê exemplos.
Como a velocidade escalar no MCU é v = 2πRf e ω = 2πf , • Imagine um disco girando em torno do seu centro. As
então velocidades de todos os seus pontos são iguais em módulo?
v = ωR Explique.
Ou seja, a velocidade escalar v é proporcional à velocidade
• Como são os vetores de velocidade de diferentes pontos de
angular ω.
uma mesma roda (disco) que gira? Faça um esboço dos
vetores.
Vetores no MCU
• Qual a velocidade angular do ponteiro dos segundos de
Já vimos que no movimento circular e uniforme, a velocidade um relógio mecânico?
vetorial tem módulo constante, porém direção variável e, por-
tanto o vetor v é variável. Sendo a velocidade vetorial variável,
vamos analisar a aceleração vetorial a. Exercı́cios de Aplicação
Sendo o movimento uniforme, a componente tangencial at da
aceleração vetorial é nula: 1. (FCC) Uma partı́cula executa um movimento uniforme
∆v sobre uma circunferência de raio 20 cm. Ela percorre metade
at = =0 da circunferência em 2, 0 s. A freqüência, em hertz, e o perı́odo
∆t
Cinemática – Aula 5 65
Exercı́cios Complementares
Ondas Aula 1
Ondas
Movimento Harmônico Simples
θ
O movimento harmônico simples (MHS) é um movimento re- L
petitivo ao longo do tempo, por exemplo, quando observamos
um peso suspenso por uma mola bastante flexı́vel (movimento
na vertical); ou então suspenso por um fio longo (movimento
na horizontal - pêndulo simples).
Todo MHS pode ser pensado como sendo a projeção de um
movimento circular e uniforme num dos diâmetros da circun-
ferência percorrida. Para isto, admita um eixo cartesiano com T
origem no centro da circunferência correspondente ao movi-
mento circular. mgsin θ
Você poderá estudar a projeção sobre o eixo dos x, obtendo
uma equação do tipo x
O
x(t) = R cos(ωt + θ0 ) mgcos θ mg
esquerda (x < 0), a força a “empurra”de volta par a direita c) independente do valor da aceleração da gravidade local.
(F > 0). Através desse tipo de força é que se obtém o MHS. d) é inversamente proporcional ao valor da aceleração da gra-
Observe que a força dada acima tem a forma geral F (x) = vidade local.
−kx, onde k = mg/L nesse caso. Essa força lembra alguma e) independe da massa m.
outra lei ou sistema fı́sico já estudado? Qual?
Dica de Vestibular
Exercı́cios Complementares
DICA: normalmente as grandezas que mais se pedem em ves-
4. Faça testes numéricos para estimar até onde vale a relação
tibulares são o perı́odo (T ) e a freqüência (f ) de um pêndulo
sen θ ≈ θ, para ângulos theta dados em rad, com a precisão de
simples, não que as outras grandezas não tenham importância
até duas casas decimais.
e sim pela sua simplicidade matemática e conteúdo teórico,
então, resumidamente em termos do perı́odo temos: 5. Para dobrar a freqüência de oscilação de um pêndulo sim-
ples é suficiente:
2π
T = a) transportá-lo para um planeta de aceleração da gravidade
ω
duas vezes maior.
T = 2πf b) transportá-lo para um planeta de aceleração da gravidade
1 quatro vezes.
T = c) dobrar o comprimento do fio.
f
s d) reduzir à quarta parte o comprimento do fio.
L e) dobrar a massa pendular.
T = 2π
g 6. Ache a relação entre o comprimento de dois pêndulos para
E em termos da freqüência temos: que um realize nove oscilações enquanto o outro realiza dezes-
seis oscilações.
w
f= 7. Determine o comprimento de um pêndulo simples que pos-
2π
sui perı́odo igual a 1, 0 s. Use g = 10 m/s2 .
1
f=
T
r
f=
1
2π
g
L
Ondas Aula 2
Pense um Pouco!
1. Como podemos determinar a aceleração da gravidade com Ondas
um pêndulo Simples?
Denomina-se onda ao movimento coletivo causado por uma
2. O movimento de translação da terra em torno do sol é um perturbação que se propaga através de um meio.
MHS?
Tipos de Ondas
Exercı́cios de Aplicação
Quanto à necessidade ou não de um meio mecânico, as ondas
se classificam em dois grandes grupos: as ondas mecânicas
1. Um pêndulo oscila, na Terra com perı́odo igual a 4 se- e as ondas eletromagnéticas.
gundos. Determinar o perı́odo desse mesmo pêndulo em um
planeta onde a aceleração da gravidade é quatro vezes maior
que a da Terra. Onda Mecânica
2. Um MHS (movimento harmônico simples) é descrito pela Precisa de um meio mecânico natural para se propagar (não
função horária x(t) = 5cos(πt/2 + 3π/2), com x em metros e se propaga no vácuo).
t em segundos. É correto afirmar que: Exemplos
a) a amplitude do movimento é 10 m. Uma onda numa corda, ondas sonoras (sons), ondas na su-
b) a velocidade angular é 5π/2 rad/s. perfı́cie da água ou numa membrana esticada (tambor).
c) a freqüência do movimento é 0, 25 Hz.
d) o perı́odo do movimento é 0, 50 s.
e) a fase inicial é 3π radianos. Onda Eletromagnética
3. Um pêndulo simples de massa m executa oscilações de pe- Não necessita de um meio mecânico para se propagar, e pode
quena abertura angular e realiza um MHS. Então o seu perı́odo se propagar no vácuo ou também em meios mecânicos.
de oscilação: Exemplos
a) independe do comprimento do pêndulo. Ondas de rádio, ondas luminosas, raios X, ondas de calor, como
b) é proporcional ao comprimento do pêndulo. aquelas que vem do Sol até a Terra pelo vácuo interestelar.
Ondas – Aula 2 69
Classificação das Ondas direção da barra. É claro que uma barra de ferro pode propa-
gar, ao mesmo tempo, tanto ondas longitudinais quanto ondas
Quanto ao tipo de perturbação propagada pela onda, elas são transversais.
classificadas em transversais ou longitudinais.
Se tomarmos uma mola helicoidal bem longa e mole, com uma
extremidade presa ao teto, por exemplo, poderemos verificar
Ondas Transversais que, ao comprimirmos ligeiramente a sua extremidade livre,
batendo verticalmente, um pulso de compressão será propa-
São aquelas em que a direção das oscilações é perpendicular gado longitudinalmente, subindo na mola.
(ou transversal) à direção da propagação da onda. Quando um pescador convencional estica sua linha (espera ou
espinhel) para pescar, ele percebe a “beliscada”do peixe pelas
Vibraçao
corda ondas longitudinais transportadas até a sua mão, pela linha
T
Propagaçao
T
tensa. Quando usa uma bóia, ou rolha, ele vê as ondas trans-
versais causadas na superfı́cie da água pelas beliscadas dos
peixes. Em ambos os casos, as ondas estão sendo usadas para
transmitir informação, compreendeu?
Ondas e Interferência
Quando duas ondas resolvem ocupar a mesma região do espaço
dá-se o que chamamos de interferência. O resultado da in-
terferência entre duas ondas depende da diferença de fase entre
elas.
Para se entender o efeito combinado de duas ou mais ondas se
propagando no mesmo meio, e no mesmo instante, assumimos
como válido o princı́pio de superposição:
“Os deslocamentos causados no meio pela presença de duas
ou mais ondas são somados, ou seja, superpostos, como se
cada onda continuasse se propagando como se as outras não
existissem.” Figura 1.2: Interferência destrutiva.
Ou seja, uma não afeta as outras, mas o que observamos é o
efeito conjunto de todas as ondas. possı́vel a observação da interferência construtiva e nem da
Quando se tratarem de ondas unidimensionais, no caso sim- destrutiva, mas a onda resultante é resultado da interferência
ples, os deslocamentos do meio serão somados algebricamente, geral entre as ondas, chamadas de componentes.
podendo-se obter interferência destrutiva e construtiva. Na figura a seguir, as duas ondas têm uma diferença de fase
genérica. A interferência entre elas não é totalmente cons-
Interferência Destrutiva trutiva nem totalmente destrutiva. O resultado é uma onda
única cuja amplitude tem qualquer valor entre zero e a soma
Na figura abaixo, vemos duas ondas, praticamente coinciden- das amplitudes das ondas, dependendo da diferença de fase
tes. As duas têm a mesma amplitude, o mesmo comprimento entre elas.
e a mesma fase, ou seja, os pontos de deslocamento máximo
coincidem, e dizemos neste caso que a diferença de fase entre
elas é zero. Ou seja, as ondas estão em fase.
Nesse caso, a interferência é chamada de construtiva, pois
uma onda soma-se à outra, reforçando-a, e o resultado é uma
única onda cuja amplitude é a soma das duas amplitudes.
Difração
Figura 1.1: Interferência construtiva. É possı́vel ouvir o som produzido por uma explosão que se
situa atrás de um muro delimitador, mesmo que este tenha
grande espessura de tal forma que as ondas sonoras não consi-
Interferência Destrutiva gam atravessá-lo. Da mesma forma, se algum membro da sua
famı́lia que está trancado sozinho num dos quartos coloca uma
Quando superpomos duas ondas, sendo que um deslocamento música num volume bem alto num aparelho de som potente,
máximo positivo de uma corresponde com o deslocamento todos os outros irão ouvi-la.
máximo negativo da outra, os efeitos (amplitude resultante) Deste modo, percebemos que o som (e todos os outros tipos
tendem a se cancelar. de ondas) tem a capacidade de contornar obstáculos. A esta
Na outra figura abaixo, as duas ondas têm uma diferença de habilidade definiu-se o nome de difração, que ocorre devido
fase de “meia onda”. Isso faz com que um alto de uma delas ao fato do comprimento de onda dos sons variarem de al-
coincida com um baixo da outra. Acontece, então, uma in- guns centı́metros a vários metros, de forma que estas ondas
terferência destrutiva entre elas. O resultado é que uma anula são ”grandes”em comparação com as aberturas e obstáculos
¯
completamente o efeito da outra. Nessa região não haverá mais freqüentemente encontrados na natureza.
onda nenhuma. Um critério simples para saber se a difração será observada
numa onda, ao passar por um obstáculo ou abertura de tama-
Caso Geral de Interferência nho D, é o de que o comprimento de onda λ usado seja da
ordem aproximada do tamanho D, ou seja:
Em geral, podemos observar num mesmo meio a propagação
de ondas de comprimentos e amplitudes diferentes, não sendo λ≈D
72 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
Você Sabia?
Natureza Ondulatória da Luz
sangue quente) enxergando-os no escuro, já que emitem ondas [10 cm, 70 cm]
térmicas, que para nós são invisı́veis. e) n. d. a.
6. Um motor elétrico desbalanceado gira a 1.800 rpm e pro-
voca um ruı́do grave e contı́nuo, que é amplificado pelo mesa
Pense um Pouco! onde está fixo e pode ser ouvido claramente. Pode-se afirmar
que:
• Quando uma banda de rock toca, observa-se o fenômeno
a) a freqüência do ruı́do é cerca de 30 Hz
da interferência? Explique.
b) o motor está com os rolamentos gastos
• Se a luz difratasse em qualquer condição, quais fenômenos c) a mesa não é de boa qualidade
do nosso cotidiano seriam alterados? d) é melhor desligar o motor e chamar a CELESC
e) a mesa começará a “andar”por trepidação
• Porque não conseguimos sintonizar as rádios FM atrás de
morros, e as rádios AM sim? Determine o comprimento de
onda tı́pico de cada uma dessas faixas de rádio, compare
e explique.
Ondas Aula 4
Exercı́cios de Aplicação
Som
1. Observa-se a interferência de duas ondas quando:
a) elas possuem a mesma freqüência Fontes Sonoras
b) elas possuem a mesma amplitude
Em geral, ao estudo da produção (fontes sonoras), propagação
c) elas se propagam em sentidos opostos
e fenômenos correlatos sofridos pela onda mecânica sonora ou
d) elas são transversais
audı́vel, denomina-se Acústica, denominaremos por som à toda
e) elas se propagam no mesmo meio e no mesmo instante
onda mecânica sonora (intensidade suficiente e freqüência li-
2. São fenômenos ondulatórios comuns à qualquer tipo de mitada num certo intervalo).
onda:
a) interferência – aniquilação – transporte Som Audı́vel
b) difração – amortecimento – inércia
c) interferência – difração – reflexão Se a freqüência da onda sonora pertence ao intervalo de, 16 Hz
d) refração – dispersão – simetria a 20 kHz, esse som é audı́vel para o ser humano.
e) energia – momento – ressonância
Exercı́cios Complementares
Ultra-som e Infra-som
4. O ouvido humano normal pode perceber sons de freqüência Ondas longitudinais de freqüências superiores a 20 kHz, carac-
no intervalo de 20 Hz a 20 kHz – a chamada faixa audı́vel. terizam sons inaudı́veis para nós e denominam-se ultra-sons.
Assinale a única alternativa correta: Aquelas de freqüências inferiores a 16 Hz, também inaudı́veis,
a) pode-se em geral ouvir sons de 25.000 Hz são ditas infra-sons.
b) o som é uma onda mecânica longitudinal
c) o som é uma onda longitudinal
Velocidade de Propagação do Som
d) o som é uma onda eletromagnética
e) todo som na faixa audı́vel se propaga no vácuo O som possui velocidades de propagação definidas para cada
meio de propagação, podendo este ser o ar, água, metais entre
5. Numa corda propagam-se dois pulsos de amplitudes igual a
outros, a velocidade de propagação do som no ar nas condições
30 cm e 40 cm, um em direção ao outro. No instante em que
normais de temperatura e pressão é a mais conhecida de todas:
eles se superpõem, pode-se dizer que:
a) ocorrerá interferência destrutiva vsom = 343 m/s = 1234 km/h
b) a amplitude observada será 70 cm
c) ocorrerá interferência destrutiva A velocidade do som foi ultrapassada por um avião há mui-
d) a amplitude resultante deverá estar no intervalo tos anos atrás, quando quebrou-se a chamada “barreira do
74 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
som”pela primeira vez. Mas, somente em outubro de 1997, ela Exercı́cios Complementares
foi ultrapassada por um automóvel.
Vejamos a velocidade do som em alguns meios materiais:
4. O ditado popular de que “as paredes tem ouvidos”está re-
lacionado diretamente com o fenômeno ondulatório chamado:
Meio Temperatura (◦ C) Velocidade (m/s) a) ressonância
ar 0 331,4 b) reflexão
hidrogênio 0 1.286 c) difração
oxigênio 0 317,2 d) absorção
água pura 15 1.450 e) n. d. a.
chumbo 20 1.230
alumı́nio 20 5.100 5. Uma onda sonora no ar possui um comprimento de onda
cobre 20 3.560 de 1/2 m e velocidade de 330 m/s. Ao passar para um meio
ferro 20 5.130 onde sua velocidade triplica, qual o seu novo comprimento de
granito 0 6.000 onda?
borracha 0 54 a) 2/3 m
b) 3/2 m
c) 1/2 m
Pense um Pouco! d) 1/6 m
e) n. d. a.
• Porque não escutamos o som que os morcegos emitem para
6. Uma certa espécie de morcego utiliza ultra-sons de
“enxergar”? 33.000 Hz para localizar insetos e se orientar no seu vôo no-
turno. Sendo a velocidade do som no ar igual a 330 m/s,
• Porque os ı́ndios norte-americanos colocavam o ouvido no pode-se afirmar que:
chão? a) ele usa ondas com 0, 1 m de comprimento
b) ele usa ondas com 0, 1 cm de comprimento
• Ao observarmos um pedreiro de longe, martelando algo, c) ele usa ondas com 100 mm de comprimento
percebemos que sua imagem não está sincronizada com os d) ele usa ondas com 1, 0 cm de comprimento
sons que ele produz (com as marteladas). Por quê? e) n. d. a.
Exercı́cios de Aplicação
Ondas Aula 5
1. Ao observar uma grande explosão em uma pedreira, de
longe, uma pessoa percebe, nessa ordem:
a) a luz - o ruı́do - as oscilações do chão
b) o ruı́do - a luz - as oscilações do chão Efeito Doppler
c) as oscilações do chão - o ruı́do - a luz
d) as oscilações do chão - a luz - o ruı́do Qualidades Fisiológicas do Som
e) a luz - as oscilações do chão - o ruı́do
A todo instante distinguimos os mais diferentes sons. Essa
2. Um método antigo de se determinar a profundidade de diferenças que nossos ouvidos percebem se devem às qualidades
um poço fundo e escuro é soltar-se uma pedra na sua boca, fisiológicas do som: altura, intensidade e timbre.
disparar-se um relógio (ou cronômetro) e medir-se o intervalo
de tempo até que se ouça o barulho. Sendo vsom a velocidade
do som no ar, h a profundidade do poço e g a aceleração da Altura
gravidade, o intervalo de tempo medido no relógio será:
Mesmo sem conhecer música, é fácil distinguir o som agudo (ou
a) ∆t = 2h/v
√ som fino) de um violino, do som grave (ou grosso) de um violoncelo.
b) ∆t = p2gh + h/vsom
Essa qualidade que permite distinguir um som grave de um
c) ∆t = p 2h/g + h/vsom
som agudo se chama altura. Assim, costuma-se dizer que o
d) ∆t = 2h/g som do violino é alto e o do violoncelo é baixo.
e) n. d. a.
A altura de um som depende da freqüência, isto é, do número
3. Um método popular para determinar-se a que distância de vibrações por segundo. Quanto maior a freqüência mais
x, em kilômetros, caiu um raio é, observar-se o relâmpago e agudo é o som e vice-versa.
medir-se o tempo t em segundos, que temos de esperar para Por sua vez, a freqüência depende do comprimento do corpo
ouvimos o estrondo. Pode-se afirmar que: que vibra e de sua elasticidade. Quanto maior a tensão
a) x ≈ t/2 (tração) e mais curta for uma corda de violão, por exemplo,
b) x ≈ t/3 mais agudo vai será o som por ela emitido.
c) x ≈ t/4 Você pode constatar também a diferença de freqüências usando
d) x ≈ t/5 um pente que tenha dentes finos e grossos. Passando os dentes
e) n. d. a. do pente na bosta de um cartão você ouvirá dois tipos de som
Ondas – Aula 5 75
Intensidade
340 + 25
f = f0 = 1, 07 · f0
340
Movendo-se para longe da fonte dá
Observador em repouso
Exercı́cios Complementares
o
Temperatura Fusao 32 F 0 C
o
273 K
Temperatura e calor são grandezas básicas no estudo da ter- do Gelo
mofı́sica e tanto a sua compreensão como a sua perfeita dis- TF TC T
tinção são de importância vital para o entendimento de toda a
termofı́sica. De maneira simplificada pode-se definir que tem-
peratura como uma grandeza que permite avaliar o nı́vel de
agitação das moléculas de um corpo. De acordo com a teo- o o
ria cinética dos gases, as moléculas de um gás movem-se livre Zero −459 F −273 C 0K
e desordenadamente em seu interior, separadas umas das ou- Absoluto
tras, e apenas interagindo entre si durante colisões eventuais.
A medida que se aquece o gás, a velocidade com que suas
moléculas se movem aumenta, caracterizando um aumento na Fahrenheit Celsius Kelvin
energia cinética dessas moléculas, da mesma forma um resfria-
mento do gás provoca a diminuição da velocidade e da energia
cinética de suas moléculas. Como a velocidade e conseqüen-
temente a energia cinética de cada átomo que constitui uma Figura 1.1: Os pontos de referência nas diferentes escalas.
molécula não é a mesma, o estado térmico de um corpo é avali-
ado pela energia cinética média de seus átomos: quanto maior
for a energia cinética média das partı́culas que compõem um Conversão de Temperaturas
corpo, maior será a sua temperatura.
Embora usualmente se empregue o grau célsius (◦ C) como uni-
dade prática de temperatura, a conversão entre escalas é muito
Calor importante, pois o kelvin é a unidade de temperatura do SI, e o
grau Fahrenheit (◦ F ) ainda é bastante utilizado em livros e fil-
Colocando dois corpos de temperaturas diferentes em contato mes de lı́ngua inglesa. A relação entre as escalas termométricas
térmico, observamos o mais quente esfriar e o mais frio es- pode ser obtida facilmente através de proporções matemáticas.
quentar. O corpo mais quente perde calor e o corpo mais frio Imagine-se três termômetros de construção idêntica, cada um
ganha calor. Os corpo trocarão calor até a atingirem a mesma graduado em uma das escalas (Célsius , Fahrenheit e Kelvin),
temperatura, neste caso estarão em equilı́brio térmico. Essa é em equilı́brio térmico com um mesmo corpo. Obviamente, os
a chamada lei zero da Termodinâmica. três termômetros estarão indicando o mesmo estado térmico e,
Portanto o calor é a energia em trânsito do corpo mais quente portanto, apresentarão as colunas de mercúrio no mesmo nı́vel.
para o corpo mais frio por causa da diferença de temperatura Observando-se os pontos fixos já definidos para cada escala, e
dos corpos em contato térmico. Então, a unidade de medida chamando de TC ,TF e T , as temperaturas do corpo nas es-
de calor é a mesma unidade de energia. calas Célsius, Fahrenheit e Kelvin, respectivamente, podem-se
No Sistema Internacional, a unidade de energia é o joule ou J, estabelecer as proporções:
e na Quı́mica se usa a caloria ou cal. A equivalência entre as
unidades é:
TC − 0 ◦ C TF − 32 ◦ F T − 273 K
= =
100 ◦ C − 0 ◦ C 212 ◦ F − 32 ◦ F 373 K − 273 K
1 cal = 4, 186 J
logo:
Escalas Termométricas TC TF − 32 ◦ F T − 273 K
= =
Dentre os diversos tipos, estudaremos as escalas termométricas 5 ◦C 9 ◦F 5K
a partir do termômetro de mercúrio, o mais simples e comum. Observe que ambas as escalas Célsius e Kelvin são centı́gradas,
É constituı́do de uma haste oca de vidro, ligada a um bulbo pois o intervalo e calibração (do ponto de fusão do gelo ao de
contendo mercúrio. Ao ser colocado em contato com um corpo ebulição da água) é dividido em 100 graus, ou 100 partes. Na
ou ambiente cuja temperatura se quer medir, o mercúrio se di- escala Fahrenheit, este intervalo é subdividido em 180 partes
lata ou contrai, de forma que cada comprimento de sua coluna (graus frahrenheit).
80 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
Intervalos de Temperatura afirmar que a única temperatura que esse termômetro assinala
corretamente, em graus Célsius é:
Converter temperaturas de uma escala para a outra não é o a) 12
mesmo que converter intervalos de temperatura entre as es- b) 49
calas. Exemplo, um intervalo de temperatura de 10 ◦ C cor- c) 75
responde, na escala absoluta (ou Kelvin) a um intervalo de d) 25
10 K, e na escala Fahrenheit, o intervalo correspondente será e) 64
de 18 ◦ F , pois para cada grau célsius, temos 1,8 grau fahre-
nheit. 5. (CENTET-BA) Num termômetro de escala X, 20 ◦ X cor-
A menor temperatura que existe na natureza é o chamado respondem a 25 ◦ C, da escala Célsius, e 40 ◦ X correspondem
zero absoluto ou seja, 0 K. Por isso a escala Kelvin é dita a 122 ◦ F , na escala Fahrenheit. Esse termômetro apresentará,
absoluta. Nas outras escalas, os zeros foram escolhidos arbi- para a fusão do gelo e a ebulição da água, os respectivos valo-
trariamente, não levando em conta a possibilidade de haver res, em ◦ X:
uma menor temperatura possı́vel na natureza, o que só foi a) 0 e 60
descoberto depois da criação das primeiras escalas térmicas. b) 0 e 80
c) 20 e 60
d) 20 e 80
Pense um Pouco! e) 60 e 80
• Qual a temperatura normal do corpo humano, em ◦ F ? 6. (PUC) Uma revista cientı́fica publicou certa vez um artigo
◦
sobre o planeta Plutão que, entre outras informações, dizia
• A temperatura ideal da cerveja é em torno de 4 C, antes “...sua temperatura atinge −380 ◦ ...”. Embora o autor não
de beber. Se dispomos apenas de um termômetro com es- especificasse a escala termométrica utilizada, certamente se
cala Kelvin, qual a temperatura absoluta correspondente refere à escala:
ao mesmo estado térmico da cerveja ideal? a) Kelvin
b) Célsius
c) Fahrenheit
Exercı́cios de Aplicação d) Kelvin ou Célsius
e) Fahrenheit ou Célsius
1. Ao tomar a temperatura de um paciente, um médico só
dispunha de um termômetro graduado na escala Fahrenheit.
Se o paciente estava com febre de 42 ◦ C, a leitura feita pelo
médico no termômetro por ele utilizado foi de : Termodinâmica Aula 2
a) 104 ◦ F
b) 107, 6 ◦ F
c) 72 ◦ F
d) 40 ◦ F
e) 106, 2 ◦ F
Dilatação Térmica
2. (URCAMP-SP) No interior de um forno, um termômetro
Célsius marca 120◦C. Um termômetro Fahrenheit e um Kelvin Quando aquecemos um sólido, geralmente suas dimensões au-
marcariam na mesma situação, respectivamente: mentam. Quando esfriamos, geralmente suas dimensões dimi-
a) 248 ◦ F e 393 K nuem. A esse aumento e a essa diminuição de dimensões de um
b) 198 ◦ F e 153 K sólido, devido ao aquecimento ou ao resfriamento, chamamos
c) 298 ◦ F e 153 K de dilatação térmica.
d) 393 ◦ F e 298 K Para os sólidos, temos três tipos de dilatação:
e) nenhuma resposta é correta
3. (ACAFE) Uma determinada quantidade de água está a • Dilatação linear (ou unidimensional)
uma temperatura de 55 ◦ C. Essa temperatura corresponde
a: • Dilatação superficial (ou bidimensional)
a) 55 ◦ F
b) 328 ◦ F • Dilatação volumétrica (ou tridimensional)
c) 459 ◦ K
d) 131 ◦ F
e) 383 ◦ K Dilatação Linear
Para observarmos a dilatação de um sólido, imaginemos uma
Exercı́cios Complementares barra de comprimento inicial L0 na temperatura inicial T0 , que
passa a ter o comprimento final L quando aquecida a tempe-
4. (UEL) Um termômetro foi graduado, em graus Célsius, ratura final T , sofrendo um aumento de comprimento:
incorretamente. Ele assinala 1 ◦ C para o gelo em fusão e
97 ◦ C para a água em ebulição, sob pressão normal. Pode-se ∆L = L − L0
Termodinâmica – Aula 2 81
Para essas dilatações, valem considerações análogas às vistas ∆Vreal = ∆Vaparente + ∆Vf rasco
na dilatação linear, ou seja:
como ∆V = V0 γ∆T então
∆A = βA0 ∆T
V0 γr ∆T = V0 γa ∆T + V0 γf ∆T
e
∆V = γV0 ∆T
logo
onde β é o coeficiente de dilatação superficial e γ é o coeficiente γr = γa + γf
de dilatação volumétrica.
Então, devemos observar que a dilatação do lı́quido compensou
∆L a dilatação do frasco e ainda nos forneceu a dilatação aparente.
L0
∆ L = α L ∆T 0
começam a se reorganizar para a formação dos cristais de gelo,
temos que onde irão ocupar um volume maior do que no estado lı́quido.
2 2 2 2 2
A = L + 2α L ∆T +α L (∆ T)
0 0 0 Esse comportamento da água explica por que num lago,
e finalmente 0
quando a temperatura cai a valores extremamente baixos, a
2 2 2
A = L [1 + 2 α ∆ T + α (∆ T) ]
0 água se solidifica apenas na superfı́cie. Isto ocorre porque até
A = A (1 + 2 α∆ T) e ∆ A = A 2α∆ T 4 ◦ C, no resfriamento, a água da superfı́cie torna-se mais densa
0 0
e afunda, subindo a água mais quente do fundo que é menos
∆L densa. Ao atingir uma temperatura abaixo de 4 ◦ C, a água
da superfı́cie se expande, diminuindo a sua densidade, assim
essa água fria não desce mais e ao atingir 0 ◦ C se solidifica.
◦
Pode-se mostrar que estes novos coeficientes β e γ podem ser No fundo fica água mais quente, numa temperatura de 4 C.
escritos em função do coeficiente de dilatação linear α como: É isto que preserva a vida animal e vegetal existente no fundo
do lago.
β = 2α e γ = 3α
• Isotérmicas: são as que ocorrem a temperatura cons- Quando a pressão p é dada em atm, o volume V é dado em
tante; litros (L), o número de moles n é dado em mol, a temperatura
T é dada em kelvin, a constante R será dada por:
• Isobáricas: são as que ocorrem a pressão constante;
R = 0, 0831 atm · L/mol · K
• Isométricas (ou Isocóricas): são as que ocorrem a vo-
lume constante. já que a unidade de energia
• Adiabáticas: são as que ocorrem sem troca de calor com atm · L = (105 N/m2 ) × (10−3 m3 = 100 J
o meio externo.
, ou seja,
1 J = 0, 01 atm · L
Leis dos Gases
As leis fı́sicas dos gases são leis de caráter experimental que Pense um Pouco!
regem as principais transformações gasosas.
• Por que não devemos incineram latas de spray vazias?
Lei de Boyle e Mariotte • Por quem um balão de gás abandonado explode ao subir
Rege as transformações Isotérmicas e pode ser enunciada as- na atmosfera?
sim:
“Quando uma dada massa de gás perfeito é mantida a tem- Exercı́cios de Aplicação
peratura constante, a pressão é inversamente proporcional ao
volume”
ou seja, 1. (UFU-MG) Uma panela de pressão de volume 8, 3 litros
é dotada de uma válvula de segurança, cuja abertura ocorre
pV = constante
quando a pressão interna ultrapassa 20 atm. Se no recipiente
existem 5, 0 mol de um gás perfeito, qual a máxima tempe-
Lei de Gay -Lussac ratura possı́vel, em graus Celsius, para que o gás não escape
pela válvula?
Rege as transformações Isobáricas e pode ser enunciada assim: a) 200
“Quando uma dada massa de gás perfeito é mantida a pressão b) 300
constante, o volume é diretamente proporcional a temperatura c) 400
absoluta” d) 500
ou seja, e) 600
V = constante × T
2. (MACKENZIE) Um pesquisador transferiu uma massa de
gás perfeito a temperatura de 27 ◦ C para outro recipiente de
Lei de Charles volume 20% maior. Para que a pressão do gás nesse novo
recipiente seja igual a inicial, o pesquisador teve de aquecer o
Rege as transformações Isométricas e pode ser enunciada as- gás de:
sim: a) 60 ◦ C
“Quando uma dada massa de gás perfeito é mantida a volume b) 50 ◦ C
constante, a pressão é diretamente proporcional a temperatura c) 40 ◦ C
absoluta” d) 30 ◦ C
ou seja, e) 20 ◦ C
p = constante × T 3. (USC-BA) Certa massa de uma gás ocupa o volume de
100 L sob pressão de 3, 0 atm e temperatura de 27 ◦ C. A
Equação de Clapeyron constante universal dos gases perfeitos vale R = 0, 0831 atm ·
L/mol · ◦ C. A massa do gás, sabendo que a sua molécula
Das leis de Boyle e Mariotte e de Charles, observamos que a grama é de 27, 7 g, é:
pressão exercida por um gás perfeito é inversamente proporci- a) 111, 1 g
onal ao seu volume e diretamente proporcional a sua tempe- b) 222, 2 g
ratura absoluta. É fácil observar também que essa pressão é c) 333, 3 g
proporcional ao número de partı́culas de gás existente no reci- d) 444, 4 g
piente. Convertendo esse número de partı́culas em número de e) 555, 5 g
moles (n) , podemos equacionar tudo isso, obtendo a seguinte
relação:
pV = nRT Exercı́cios Complementares
onde R é uma constante de proporcionalidade, igual para todos
os gases, denominada constante universal dos gases perfeitos e 4. (CESGRANRIO) No SI, a constante universal dos gases
no SI temos perfeitos é expressa em:
R = 8, 31 J/mol · K a) (l · atm)/(K · mol)
84 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
NA = 6, 02 × 1023 moléculas/mol
Termodinâmica Aula 4
Densidade e Massa Molecular
Define-se a densidade ρ volum’etrica de uma amostra de vo-
Lei de Avogrado lume V e massa m de qualquer substância homogênea como
m - massa de cada molécula Observe que o primeiro membro desta expressão representa a
v 2 - média dos quadrados das velocidades das moléculas energia cinética média das moléculas. Esta energia cinética
A expressão a que chegaram foi a seguinte: média será representada por EC . O quociente R/NA que apa-
rece no segundo membro, é constante, pois, como já sabemos,
1 tanto R quanto NA são constantes. Este quociente é muito
p= (N/V )mv 2
3 importante, é representado por kB e é a famosa constante
Analisando esta expressão vemos que: de Boltzmann:
N mv 2
3
= nRT Exercı́cios de Aplicação
Mas sendo NA (o número de Avogrado) o número de moléculas ◦
que existe em 1 mol e sendo n o número de moles que corres- 1. (ACAFE) Um recipiente contém H2 a 27 C. Podemos
ponde a N moléculas, é claro que afirmar que a energia cinética média de suas moléculas é:
a) 2, 2 × 10−21 J
N = nNA b) 3, 2 × 10−21 J
c) 6, 2 × 10−21 J
e com este valor de N na igualdade anterior, virá d) 7, 1 × 10−21 J
e) n.d.a
nNA mv 2
= nRT
3 2. (Mack-SP) Um tanque possui 2, 0 mol de hélio a 17 ◦ C.
ou, simplificando e reescrevendo Adimtindo que nessas condições o hélio se comporta como um
gás ideal, a energia mecânica (interna) do sistema é dada por:
mv 2 = 3(R/NA )T a) 6, 2 × 103 J
b) 7, 2 × 103 J
e dividindo-se os dois menbros desta igualdade por 2, temos c) 2, 4 × 103 J
1 3 d) 2, 2 × 103 J
2
mv = (R/NA )T e) 1, 5 × 103 J
2 2
Termodinâmica – Aula 6 87
Condução
através de um meio mecânico. No exemplo dado, utilizou-se Na verdade o que chamamos de luz são as radiações que nos-
como meio de condução uma barra de metal. sos olhos podem ver. Existem atualmente câmara fotográficas
Lei da Condução Térmica que registram a ”luz”do calor, tornando evidente a limitação
Considere dois ambientes a temperaturas T1 e T2 tais que T1 > da nossa visão e também da nosso conceito de luz e calor. É
T2 , separados por uma parede de área A e espessura L. por isso que muitos aquecedores de ambiente têm a forma de
espelhos curvos e as garrafas térmicas são espelhadas interna-
mente, para refletir essa luz de calor.
Pense um Pouco!
Fluxo Térmico • Por que o congelador das geladeiras fica na parte superior?
T1 A
• As correntes ascendentes utilizadas pelos balonistas é um
T2 exemplo de transmissão de calor? Qual?
L • Se colocarmos gelo e garrafas de refrigerante numa caixa
de isopor, quais as formas de transmissão de calor serão
observadas até que o sistema atinja o equilı́brio térmico?
Depois de atingir o regime estacionário, o fluxo de calor H
(quantidade de calor que atravessa uma superfı́cie por unidade • No caso anterior, a lei Zero da Termodinâmica garante
de tempo) depende da área A da parede, da espessura L, da que o refrigerante irá gelar? Comente.
diferença de temperatura ∆T = T 1 − T 2 e do material que
constitui a parede. Segundo a lei de Fourier:
Q T1 − T2
Exercı́cios de Aplicação
H= = kA
t L
1. (UFRS) A seguir são feitas três afirmações sobre proces-
onde a constante de proporcionalidade k depende da natureza sos termodinâmicos envolvendo transferência de energia de um
do material, sendo denominada coeficiente de condutividade corpo para outro.
térmica, seu valor é elevado para bons condutores térmicos, I. A radiação é um processo de transferência de energia que
como metais, e baixo para isolantes térmicos, como a ar, por não ocorre se os corpos estiverem no vácuo.
exemplo. II. A convecção é um processo de transferência de energia que
Chama-se de fluxo de calor ou fluxo térmixo a quantidade ocorre em meios fluidos.
H III. A condução é um processo de transferência de energia que
Unidades do Fluxo Tı́rmico (H) não ocorre se os corpos estiverem a mesma temperatura.
A unidade usual em que se mede a quantidade H é é cal/s, ou São afirmativas corretas:
no SI, J/s ou W . Lembre-se que 1 J/s = 1 watt = 1 W . a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas III
Convecção
d) Apenas I e II
A convecção é um processo de transmissão de calor que ocorre e) Apenas II e III
apenas em fluidos. O calor é transferido de uma região para
2. (PUC-MG) Analise fisicamente as afirmativas seguintes:
outra pelo próprio fluido.
I. Para derreter um bloco de gelo rapidamente, uma pessoa
A descrição e explicação desse processo é simples: nas regiões embrulhou-o num grosso cobertor.
onde a temperatura é mais alta, o fluido se expande e fica II. Para se conservar o chope geladinho por mais tempo,
menos denso e tende a subir, por causa do empuxo. Nas regiões deve-se colocá-lo numa caneca de louça.
onde a temperatura é mais baixa, fluido é mais denso e tende a III. Um aparelho de refrigeração de ar deve ser instalado em
descer. Este sobe e desce dificilmente é apenas vertical. Nesse um local alto num escritório.
caso, quase sempre a convecção provoca o aparecimento de
correntes de ar que se movimentam lateralmente das regiões
Pode-se afirmar que:
mais aquecidas e de baixa pressão para as regiões mais frias
a) apenas I e II são corretas
e de alta pressão. Esse movimento é o que se observa numa
b) apenas II e III são corretas
panela de água fervendo, a água sobe próximo às paredes (mais
c) apenas I é correta
quente) e desce no centro (mais frio).
d) apenas II é correta
e) apenas III é correta
Radiação
3. (PUC) Uma placa de material isolante térmico possui
A radiação é o processo mais importante de propagação de ca- 100 cm2 de secção transversal e 2, 0 cm de espessura. Sua
lor. Sem ela não haveria vida em nosso planeta, já que é por condutibilidade térmica é 2, 0 × 10−4 cal/s · cm · ◦ C. Se a dife-
radiação que o calor do Sol chega até a Terra. Na verdade, a rença de temperatura entre as faces opostas é 100 ◦ C, quantas
única diferença entre calor e luz é a frequência da radiação. As calorias atravessam a placa por segundo?
radiações de calor (infravermelhas) estão possuem frequências a) 1,0
logo abaixo do espectro das radiações luminosas (luz visı́vel). b) 2,0
Termodinâmica – Aula 7 89
5. (ACAFE) Nas geladeiras, o congelador fica sempre na parte Calor Especı́fico (c)
de cima para:
Analisando-se o comportamento de corpos diferentes, mas
a) manter a parte de baixo mais fria que o congelador
constituı́dos do mesmo material, quando submetidos a um
b) que o ar frio fique com congelador
aquecimento, observa-se que a quantidade de calor absorvida é
c) que o ar quente vá para o congelador
diretamente proporcional a sua massa. Pode-se concluir, por-
d) acelerar a produção de cubos de gelo
tanto, que a capacidade térmica de um corpo é diretamente
e) que o ar frio vá para o congelador
proporcional a sua massa. Assim, a relação entre a capaci-
6. (FMU) As roupas indicadas para se usar no deserto devem dade térmica C de um corpo e sua massa é uma constante m,
ser: denominada calor especı́fico (c)
a) escuras e finas
b) claras e finas c = C/m
c) escuras e grossas
d) claras e grossas Unidade SI
e) independentes da cor e da espessura
No SI, o calor especı́fico é medido em J/kg · K, embora na
prática se use cal/g · ◦ C.
O calor especı́fico de um corpo depende do material que o cons-
Termodinâmica Aula 7 titui, do seu estado fı́sico e da sua temperatura, esta porém,
sem influência considerável no estudo. O conhecimento do va-
lor do calor especı́fico tem importância fundamental na fı́sica,
pois identifica a quantidade de calor necessária para elevar de
um grau a temperatura de uma unidade de massa do material.
Capacidade Térmica (C) O elevado calor especı́fico da água, comparado ao de outras
substâncias é importante, pois faz com que seja necessária
Nem todos os corpos variam sua temperatura da mesma forma elevada quantidade de energia para variar sua temperatura.
ao receberem calor. Ao se esquentar água na chama de um Por essa razão, a água demora mais para esquentar e também
fogão, por exemplo, observa-se que, quanto maior a massa de para esfriar, o que explica a estabilidade do clima das regiões
água a aquecer, maior a quantidade de calor necessária para próximas a grandes concentrações de água, como as litorâneas.
produzir a mesma variação de temperatura. Do mesmo modo, Em contra-partida , a amplitude térmica de regiões desérticas
materiais diferentes necessitam de quantidades de calor dife- pode ultrapassar os 60 ◦ C em menos de 12 horas.
rentes para sofrerem a mesma variação de temperatura. Uma
colher de metal, por exemplo, necessita de menos calor do que
a mesma massa de água, para o mesmo aumento de tempera- Calorimetria
tura. A grandeza que mede a quantidade de calor Q necessária
Das definições de capacidade térmica e calor especı́fico, pode-
para produzir determinada variação de temperatura ∆T num
mos escrever:
corpo é a capacidade térmica ou capacidade calorı́fica, definida Q
como a quantidade de calor necessária para variar de 1 C a ◦ C=
∆T
sua temperatura.
logo
Q
C≡ Q = C∆T
∆T
( 1 ) e como
C
Unidade SI c= =⇒ C = mc
m
No SI, a capacidade térmica é medida em J/K, embora na temos
prática se use cal/◦ C. Q = mc∆T
90 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
Essa equação permite calcular a quantidade de energia na Trabalho realizado numa COMPRESSÃO
forma de calor, necessária para variar a temperatura de uma
determinada massa de qualquer substância, desde que não Numa compressão, o procedimento para o cálculo do trabalho
ocorra nenhuma mudança de estado no processo. é o mesmo do caso da expansão, mudando apenas o sinal final
do trabalho, já que força que o gás exerce sobre o pistão é no
Neste caso, quando um corpo absorve (perde) calor e aumenta
sentido contrário ao seu deslocamento.
(diminui) sua temperatura, o calor trocado chama-se de calor
sensı́vel. Como no caso de uma compressão o volume final Vf do gás
será menor do que o seu volume inicial Vi , então a variação de
volume será negativa e o trabalho pode ser obtido pela mesma
Convensão fórmula da expansão, de onde obteremos já o sinal correto.
• Quando um sistema absorve calor num processo qual- Convensão
quer, associamos ao processo um calor Q > 0;
• Quando um gás se expande num processo qualquer, di-
• Quando um sistema perde calor num processo qualquer, zemos que o gás realiza um trabalho W > 0;
associamos ao processo um calor Q < 0;
• Quando um gás é comprimido num processo qualquer,
• Quando um sistema não troca calor (não ganha e nem
dizemos que o gás realiza um trabalho W < 0;
perde) num processo qualquer, associamos ao processo um
calor Q = 0. • Quando um gás permanece com volume constante
num processo qualquer, dizemos que o trabalho que o gás
Esquematicamente: realiza no processo é nulo, W = 0.
Calor (Q) Sinal
Absorvido + Esquematicamente:
Perdido -
Trabalho do Gás (W ) Sinal
Expansão +
Trabalho Compressão -
Um sistema pode trocar energia com sua vizinhança na forma Unidade SI
de calor ou pela realização de trabalho. Realmente, se há uma
Sendo uma forma de energia, assim como o calor o trabalho
diferença de temperatura entre o sistema e a vizinhança, uma realizado por um gás é medido em joule ou J no SI. Lembrando:
certa quantidade de calor poderá ser transferida de um para
o outro. Além disso, o sistema pode se expandir, vencendo 1J =1 N ·m
uma pressão e portanto, realizando trabalho sobre a vizinhança
ou, ainda, o sistema poderá ter o volume reduzido, com a
realização de um trabalho da vizinhança sobre ele. Pense um Pouco!
Trabalho realizado numa EXPANSÃO • A unidade de calor estudada, a caloria ou cal, é a mesma
registrada nos alimentos?
Consideremos como sistema termodinâmico um gás ideal, en-
cerrado em um cilindro provido de um êmbolo (pistão) que • Qual a relação existente entre a caloria alimentar e o es-
pode se deslocar livremente. Suponha que o gás se encontre tudo do calor?
em um estado inicial i, ocupando um volume Vi . Em virtude
da pressão do gás, ele exerce uma força F sobre o pistão que,
estando livre, desloca-se de uma distância d. Assim, o gás Exercı́cios de Aplicação
se expandiu até o estado final f , onde o seu volume é Vf , e
realizou um trabalho W . Se a pressão p do gás permanecer 1. (UNIFOR-CE) Um corpo absorveu 500 cal de calor para
constante, o valor da força F também será constante durante aumentar sua temperatura de 20 ◦ C para 40 ◦ C. A capacidade
a expansão e o trabalho W , realizado pelo gás, pode ser facil- térmica desse corpo em cal/◦C é:
mente calculado. De fato, para este caso, temos: a) 10
W = Fd b) 12
c) 20
Mas sendo F = pA, onde A é a área da seção reta do pistão, d) 25
temos e) 30
W = pAd
2. (USF-SP) Uma amostra de 50 g de determinada substância
Mas observe que Ad é o volume varrido pelo pistão durante
sofre um acréscimo de temperatura de 20 ◦ C, quando absorve
a expansão, que é igual a variação do volume do gás, isto é, 200 calorias. O calor especı́fico dessa substância, em cal/g·◦ C,
Ad = Vf − Vi , logo
é:
W = p(Vf − Vi ) = p∆V a) 1,2
b) 1,0
Portanto esta expressão nos permite calcular o trabalho que c) 0,5
um gás realiza, ao sofrer uma variação de volume a pressão d) 0,4
constante. e) 0,2
Termodinâmica – Aula 8 91
3. (UEPB) A massa de um corpo é igual a 2 kg. Recebendo realiza 80 J de trabalho. Notamos que o sistema recebeu 100 J
10 kcal, a sua temperatura passa de 40 ◦ C para 90 ◦ C. O e 80 J. Onde estarão os 20 J restantes?
calor especı́fico desse corpo é: Estes joules restantes ficaram dentro do sistema, armazenados
a) 0, 1 ◦ C sob a forma de energia interna. Portanto, a energia interna do
b) 0, 2 ◦ C sistema aumentou em 20 J. Podemos fazer um esquema desta
c) 0, 3 ◦ C troca de energia
d) 0, 4 ◦ C
e) 0, 5 ◦ C
Meio Externo
Exercı́cios Complementares
Sistema
4. (ITA) A capacidade térmica de uma caneca de alumı́nio é
de 16 cal/◦ C. Sabendo-se que o calor especı́fico do alumı́nio é ∆U = +20 J
de 0, 2 cal/g · ◦ C, pode-se afirmar que a massa dessa caneca, int
em gramas, é:
a) 3,2
b) 32
c) 90
Q = +100 J W = +80 J
d) 160
e) 800 Sendo:
Calor recebido pelo sistema (Q): é energia que entra no sis-
5. (FURG) Uma fonte calorı́fica fornece calor, com potência
tema e a representamos por uma seta entrando, pois o calor ı́
constante, para 600 g de água durante 10 min e observa-se a
absorvido Q > 0.
temperatura desta elevar-se em 15 ◦ C. Substituindo-se a água
por 300 g de outro lı́quido, verifica-se que a temperatura deste Trabalho cedido pelo sistema (W ): é energia que sai do sistema
se eleva também de 15 ◦ C, porém em 2 min. O calor especı́fico na forma de trabalho e o representamos por uma seta para fora,
do lı́quido é de : já que é uma energia perdida pelo sistema (W > 0).
a) 0,1 cal/g · ◦ C Aumento de energia interna (∆Uint ): representamos por uma
b) 0,2 cal/g · ◦ C quantidade ∆Uint > 0, quando ela aumenta, ou po uma quan-
c) 0,3 cal/g · ◦ C tidade ∆Uint < 0, quando ela diminui.
d) 0,4 cal/g · ◦ C Temos:
e) 0,5 cal/g · ◦ C Q = W + ∆U int
Segunda Lei da Termodinâmica 4. (MACK) Um gás mantido a volume constante, recebe 240 J
de calor do meio ambiente. O trabalho realizado pelo gás e sua
A segunda lei da Termodinâmica, a exemplo da primeira, tem variação da energia interna serão, respectivamente;
diferentes enunciados que se equivalem. O mais comum deles a) 240 J e 0 J
decorre da conclusão das aulas anteriores e da aceitação da b) 0 J e 240 J
irreversibilidade das transformações da natureza: c) 120 J e 120 J
Nenhuma máquina térmica, operando em ciclos, pode d) 0 J e 120 J
retirar calor de uma fonte e transformá-lo integral- e) −240 J e 240 J
mente em trabalho.
5. (UFLA-MG) Assinale a resposta correta. É possı́vel ceder
ou noutra forma mais moderna calor a um gás sem que sua temperatura aumente?
O calor flui expontaneamente de um corpo mais quente a) Não, porque sempre que um corpo recebe calor sua tempe-
para um corpo mais frio, sempre neste sentido. ratura aumenta
Vamos ver os detalhes desta lei e suas aplicações mais adiante. b) Não , porque o calor é uma forma de energia e sempre se
Termodinâmica – Aula 9 93
Termodinâmica Aula 9 d
T
1
adiabático
isotérmico
c T2
Máquinas Térmicas O
Va Vd Vb Vc V
Uma máquina térmica opera em ciclos entre duas fontes
térmicas de temperaturas diferentes, uma chamada de fonte
quente e a outra, de fonte fria. A máquina retira calor da
fonte quente Q1 , transforma parte desse calor em trabalho W Figura 1.1: Figura do Ciclo de Carnot.
e rejeita a outra parte Q2 para a fonte fria, assim
Processo A → B: o gás sofre uma expansão isotérmica, rece-
W = Q1 − Q2 bendo calor da fonte quente Q1 e realizando trabalho. A ener-
gia interna do gás se mantém constante nesta transformação.
Fonte Quente
Q
1
Máquina W
Térmica
Q
2
Sadi Carnot
Fonte Fria
Processo B → C: o gás sofre uma expansão adiabática. Sua
temperatura diminui, mas não ocorre troca de calor com o
meio. O gás realiza trabalho as custas de redução na sua ener-
Para o caso das máquinas térmicas, a Segunda Lei da Termo- gia interna.
dinâmica assume a forma: Processo C → D: o gás sofre uma compressão isotérmica ,
É impossı́vel um dispositivo operando em ciclos con- o meio exterior realiza trabalho sobre o gás, sem que haja
verter integralmente calor em trabalho. variação na sua energia interna. Durante essa transformação,
o gás rejeita a quantidade de calor Q2 para a fonte fria.
Assim, podemos definir o rendimento ǫ de uma máquina
térmica como Processo D → A: ocorre uma compressão adiabática,
W completando-se o ciclo. A temperatura do sistema aumenta,
ǫ=
Q1 mas não ocorre troca de calor com o meio. O trabalho realizado
e como W = Q1 − Q2 temos: contra o sistema, provoca aumento na sua energia interna.
Carnot demonstrou que, para uma máquina que executasse o
Q2 ciclo por ele proposto, as quantidades de calor trocadas com as
ǫ=1−
Q1 fontes térmicas são diretamente proporcionais as temperaturas
94 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
T2 e) 80 %
ǫC = 1 −
T1 5. (UEL) O rendimento de certa máquina térmica de Carnot
é de 25% e a fonte fria é a própria atmosfera a 27 ◦ C. A
Daı́ tiramos uma importante conclusão:
temperatura da fonte quente é:
O rendimento da máquina de Carnot não depende da a) 5, 4 ◦ C
substância de trabalho utilizada (gás): é função exclu- b) 52 ◦ C
siva das temperaturas absolutas das fontes quente e c) 104 ◦ C
fria. d) 127 ◦ C
Estabelece o Teorema de Carnot que, entre duas temperaturas e) 227 ◦ C
T1 e T2 das fontes quente e fria, a máquina de Carnot é a que
apresenta o máximo rendimento. Portanto, nenhuma máquina 6. (Osec-SP) Um gás perfeito realiza um ciclo de Carnot.
térmica, entre as mesmas temperaturas, pode apresentar ren- A temperatura da fonte fria é 127 ◦ C e a da fonte quente é
dimento superior ao previsto para a máquina de Carnot. 427 ◦ C. O rendimento do ciclo é:
a) 3,4 %
b) 70 %
Pense um Pouco! c) 43 %
d) 57 %
• O que aconteceria com uma máquina térmica se o ren- e) n.d.a
dimento alcançado fosse de 100%? Será que no futuro,
teremos uma máquina assim?
Termodinâmica Aula 10
Exercı́cios de Aplicação
• Liquefação (condensação): é a passagem de uma 2. (ACAFE) Sendo o calor latente especı́fico de fusão do gelo
substância do estado de vapor para o estado lı́quido. igual a 80 cal/g, a quantidade de calor necessária para fundir
100 gramas de gelo a 0 ◦ C é:
a) 8 kcal
Temperatura de Mudança de Estado
b) 4 kcal
A fusão e a solidificação se processam na mesma temperatura c) 125 cal
chamada temperatura (ou ponto) de fusão ou de solidificação d) 80 cal
(TF ). Por exemplo, a água, sob pressão atmosférica normal, e) 1, 25 cal
sempre se funde e solidifica a 0 ◦ C.
3. (PUC) Um bloco de gelo, inicialmente a −10 ◦ C, tem
A ebulição e a liquefação se processam na mesma temperatura, massa de 500 g. Qual a quantidade de calor necessária para
chamada temperatura (ou ponto) de ebulição ou de liquefação transformá-lo em igual quantidade de água, a 20 ◦ C? Dados
(TE ). Por exemplo, sob pressão atmosférica normal, a água : c ◦ ◦
GELO = 0, 5 cal/g · C, cAGUA = 1, 0 cal/g · C e LF =
sempre entra em ebulição e se liqüefaz a 100 ◦ C. 80 cal/g.
a) 0, 05 kcal
Calor Latente b) 0, 52 kcal
c) 5, 25 kcal
Seja Q a quantidade de calor latente necessária para provocar d) 525 kcal
uma dada mudança de estado na massa m de um substância e) 52, 5 kcal
S, sem variação de temperatura.
Verifica-se experimentalmente que Q é proporcional à massa
m, podendo-se escrever: Exercı́cios Complementares
Q = mL
4. (CEFET) Têm-se 200 g de água a 20 ◦ C. A quantidade de
Sendo L um coeficiente de proporcionalidade chamado ca-
calor, em cal, que dela se deve retirar para se ter gelo a 0 ◦ C,
lor especı́fico latente da referida mudança de estado da
é (dados : cGELO = 0, 5 cal/g · ◦ C, cAGUA = 1, 0 cal/g · ◦ C e
substância S.
LF = 80 cal/g):
Sendo LF o calor especı́fico latente de fusão ou de solidificação, a) 4000
temos b) 16000
QF = mLF c) 20000
E sendo LV o calor especı́fico latente de vaporização ou de d) 20100
liquefação, temos: e) 12000
QV = mLV
5. (ACAFE) Qual a quantidade de calor que se deve fornecer
Observamos que o calor especı́fico latente de uma substância é a 50 g de gelo a 0 ◦ C para transformá-lo em vapor de água a
uma caracterı́stica da substância que não depende da massa. 100 ◦ C? Sabe-se que LV = 539 cal/g.
Observamos também que o calor especı́fico latente de fusão a) 35950 cal
e de solidificação é o mesmo, porque a quantidade de calor b) 26170 cal
que um corpo recebe para se fundir é a mesma que cede ao se c) 20130 cal
solidificar. O mesmo se pode dizer do calor especı́fico latente d) 15310 cal
de vaporização e de liquefação. e) 9000 cal
96 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
6. (UNIJUÍ) A vantagem do uso da panela de pressão em devemos localizar, neste diagrama, o ponto correspondente ao
relação as panelas comuns para cozinhar alimentos relaciona- par de valores de p e T fornecidos. Se este ponto estiver loca-
se com: lizado na região Sólida, a substância estará na fase sólida, se
a) a água demora mais a ferver e atinge uma temperatura estiver na região Lı́quida, estará na fase lı́quida e se estiver na
menor região Vapor, na fase gasosa.
b) a água ferve rapidamente e atinge maior temperatura
c) a água ferve rapidamente e atinge menor temperatura
d) a água demora mais a ferver e atinge maior temperatura
e) n.d.a
Termodinâmica Aula 11
1,0
Liquida
Solida
inicialmente, o gás real se comporta como um gás ideal, isto é, II - Se mA = mB , certamente o calor especı́fico de A é maior
os valores de p,V e T do gás satisfazem a equação pV = nRT . que o calor especı́fico de B.
Entretanto, após o pistão atingir uma certa posição, na qual a III - Esta situação só foi possı́vel porque os corpos possuem
pressão já é um pouco mais elevada, observa-se que o gás real capacidades térmicas diferentes.
deixa de se comportar como um gás ideal. Seu comportamento Estão CORRETAS:
torna-se mais complexo, exigindo, para descrevê-lo, equações a) I e II
mais sofisticadas do que a equação de estado de um gás ideal. b) apenas II
c) apenas III
d) I, II e III
Pense um Pouco! e)
SOLUÇÃO
• Todas as substâncias possuem o chamado ponto triplo? A solução desse item é uma análise das relações abaixo:
• Quanto tempo leva uma naftalina para sumir completa- 1) Q = mc∆t 2) C = mc 3) Q = C∆T
mente? Onde:
Q - quantidade de calor;
C - capacidade térmica;
Exercı́cios de Aplicação c - calor especı́fico
m - massa;
1. (PUC-RS) Se, ao fornecermos calor a um sistema, sob ∆T - variação da temperatura.
pressão constante, observarmos que a temperatura permanece Analisemos as afirmações:
inalterada, podemos afirmar que o sistema: I - Pela equação 1), mesmo material =¿ mesmo calor especı́fico;
a) é totalmente sólido. como A sofreu maior variação de temperatura, a massa de A
b) é totalmente lı́quido. é menor que a de B. Afirmativa falsa.
c) está necessariamente em processo de fusão. II - Pela equação 1), massas iguais =¿ sofre maior variação
d) está necessariamente evaporando. de temperatura o corpo de menor calor especı́fico. Portanto o
e) está sofrendo uma mudança de fase. calor especı́fico de A é menor que o de B, pois A sofreu maior
2. (UFV) Utilizando-se uma fonte de fornecimento contı́nuo variação de temperatura. Afirmação falsa.
de calor, aquece-se, à pressão constante de 1 atmosfera, 100 g III - Pela equação 3) verifica-se que quantidades de calor iguais,
de gelo, que são transformados em vapor superaquecido. A as variações de temperaturas serão diferentes se as capacida-
figura seguinte ilustra a variação da temperatura do sistema des térmicas forem diferentes. Afirmação correta. Portanto,
com o tempo. apenas III é correta.
a) Em que intervalo de tempo ocorre a fusão?
b) Em que intervalo de tempo ocorre a vaporização?
c) Considerando o calor especı́fico do gelo igual a 0, 55 cal/g·◦C
e o calor latente de fusão igual a 80 cal/g, qual é a quantidade
de calor absorvida pelo sistema, do instante inicial ao instante
t2 ?
T(oC)
0
t1 t2 t3 t4 t(s)
−40
Exercı́cios Complementares
Eletricidade Aula 1
La
La
+ +
++ +
e o germânio.
(a) (b) (c)
Ao atritar vigorosamente dois corpos, A e B, estamos forne- • os corpos ficam ou eletricamente neutros ou com cargas
cendo energia e pode haver transferência de elétrons de um de mesmo sinal;
para o outro. Se os corpos atritados estão isolados, ou seja, • quando o sistema é formado por corpos isolados das in-
não sofrem a influência de quaisquer outros corpos, as cargas fluências externas, a quantidade de carga elétrica total
elétricas cedidas por um são exatamente as adquiridas pelo final é igual à quantidade de carga elétrica total inicial
outro: (princı́pio da conservação de carga elétrica):
QA = −QB
QA + QB = Q′ A + Q′ B
Isto é, A e B adquirem quantidades de carga elétrica iguais em
módulo, mas de sinais contrários. A figura representa o que Na expressão acima, Q representa a quantidade de carga
acontece quando um pedaço de metal é atritado com um pano elétrica inicial e Q′ , a quantidade de carga elétrica final.
de lã. Em particular, se os corpos A e B forem iguais:
100 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
+ +
+
+
+
+
+
+
B
Terra
+ + + +
+ + +
+ + + +
+ +
(a) (b) +
+
+
+
+
+
+ +
+ + + +
+ + + +
+ + + + + +
Em (a), o corpo está isolado da Terra e, portanto, A − Indutor
+ +
+ +
+
+
+ +
+
3. Uma esfera metálica neutra encontra-se sobre um suporte
B1 B2
isolante e dela se aproxima um bastão eletrizado positiva-
(a) (b) mente. Mantém-se o bastão próximo à esfera, que é então
Eletricidade – Aula 2 101
ligada à terra por um fio metálico. Em seguida, desliga-se o esfera, ambas condutoras. O isolante impede a passagem de
fio e afasta-se o bastão. cargas elétricas da haste para a esfera. Normalmente, as fo-
a) A esfera ficará eletrizada positivamente. lhas metálicas são mantidas dentro de um frasco transparente,
b) A esfera não se eletriza, pois foi ligada à terra. a fim de aumentar a sua justeza e sensibilidade.
c) A esfera sofrerá apenas separação de suas cargas.
d) A esfera ficará eletrizada negativamente.
e) A esfera não se eletriza, pois não houve contato com o bastão
eletrizado.
acontece devido à ação de forças de natureza elétrica sobre 5. (Santa Casa-SP) A figura representa um eletroscópio de
elas. folhas inicialmente descarregado. A esfera E, o suporte S e
Essas forças são de ação e reação e, portanto, têm a mesma as folhas F são metálicos. Inicialmente, o eletroscópio está
intensidade, a mesma direção e sentidos opostos. Deve-se notar eletricamente descarregado. Uma esfera metálica, positiva-
também que, de acordo com o princı́pio da ação e reação, elas mente carregada, é aproximada, sem encostar, da esfera do
são forças que agem em corpos diferentes e, portanto, não se eletroscópio. Em qual das seguintes alternativas melhor se
anulam. representa a configuração das folhas do eletroscópio (e suas
Charles de Coulomb verificou experimentalmente que: cargas), enquanto a esfera positiva estiver perto de sua esfera?
S
A expressão matemática dessa força é:
F
q1 q2
F =k d) e)
r2
blindagem
onde q1 e q2 são os módulos das cargas elétricas envolvidas, e k metalica
Exercı́cios de Aplicação
Campo Elétrico
1. Duas esferas condutoras eletrizadas, de pequenas di-
Quando empurramos uma caixa, estamos aplicando sobre ela
mensões, atraem-se mutuamente no vácuo com força de inten-
uma certa força. Não é difı́cil imaginar de que forma essa
sidade F ao estarem separadas por certa distância r. Como
força foi transmitida à caixa, pois de imediato associamos à
se modifica intensidade da força quando a distância entre as
aplicação da força o contato travado com a caixa. Pensemos
esferas é aumentada para 4r?
agora na interação entre cargas elétricas: conforme estudamos
2. As cargas elétricas −q e +q ′ , puntiformes, atraem-se com anteriormente, se aproximarmos de uma carga Q uma outra
força de intensidade F , estando à distancia r uma da outra carga q, que denominaremos carga de prova, verificaremos a
no vácuo. Se a carga q ′ for substituı́da por outra −3q ′ e a ação de uma força F~ (atrativa ou repulsiva, conforme os sinais
distância entre as cargas for duplicada, como se modifica a das cargas) sobre a carga q. Nesse caso, não há contato entre
força de interação elétrica entre elas? os corpos, o que torna mais difı́cil a compreensão da forma de
transmissão da força. Durante muito tempo afirmou-se que a
3. Considere um eletroscópio de folhas descarregado. Explique força eletrostática era uma interação direta e instantânea entre
o que acontece quando um corpo eletrizado negativamente é: um par de partı́culas eletrizadas, conceito este denominado
a) aproximado da esfera do eletroscópio; ação a distância.
b) encostado na esfera do eletroscópio.
m
Exercı́cios Complementares
F
Se trabalhássemos apenas com cargas em repouso, a ação a Quanto ao sentido do vetor E, ~ distinguimos dois casos:
distância nos bastaria para que resolvêssemos a maioria dos ~ ~
a) q é positiva: E e F têm o mesmo sentido;
problemas do eletromagnetismo. No entanto, o estudo de car- b) q é negativa: E~ e F~ têm sentidos contrários.
gas em movimento não pode ser deixado de lado e nesse caso a Podemos concluir, da equação, que as unidades de intensidade
teoria da ação a distância é falha, sendo necessário buscarmos do vetor campo elétrico serão unidades de força por unidades
outra forma de explicar a interação elétrica. E foi com Faraday de carga. Assim, no sistema internacional de unidades, tere-
(1791-1867) que nasceu a idéia que constitui hoje um dos mais mos:
importantes recursos em Fı́sica: a noção de campo.
Dizemos que a presença da carga Q afeta a região do espaço
próxima a ela, ou seja, que a carga Q cria nas suas vizinhanças
uma “propriedade”que dá a essa região “algo”mais que atri- Unidade SI
butos geométricos, “algo”que transmitirá a qualquer carga de ~ será
por definição, a unidade de de campo elétrico é E
prova colocada nessa região a força elétrica exercida pela carga
newton/coulomb, ou seja N/C.
Q. Designamos por campo elétrico tal propriedade. Assim, a
força F~ é exercida sobre q pelo campo elétrico criado por Q.
Esquematicamente teremos:
Ação à distância: carga ⇐⇒ carga Linhas de Campo
Teoria de campo: carga ⇐⇒ campo ⇐⇒ carga
A denominação linhas de campo ou linhas de força designa uma
A noção de campo é utilizada em muitas outras situações
maneira de visualizar a configuração de um campo elétrico.
fı́sicas, como por exemplo a interação gravitacional. Na figura
Esse artifı́cio foi empregado por Faraday e mesmo hoje pode
a seguir, em vez de pensarmos numa atração direta da Terra
ser conveniente seu uso.
sobre o corpo de massa m, podemos dizer que a Terra cria em
torno de si um campo gravitacional; em outras palavras, a pre-
sença da Terra faz com que todos os pontos de sua vizinhança
possuam uma propriedade segundo a qual todo corpo colocado
nesse local sofrerá a ação de uma força atrativa. E
E E
Uma observação muito importante deve ser feita: o campo
elétrico num ponto P qualquer da vizinhança da carga Q, E
assim como o campo gravitacional num ponto qualquer nas E
E
vizinhanças da Terra, existe independentemente da presença
da carga de prova q ou da massa m. Estas apenas testam a
existência dos campos elétrico e gravitacional nos pontos con-
siderados. Apresentamos a seguir a significação das linhas de força:
Concluı́mos que a relação entre a força e a carga em que ela As figuras seguintes mostram linhas de campo de alguns
atua é uma caracterı́stica do ponto P considerado, denominada campos elétricos particulares:
vetor campo elétrico. Assim, teremos:
~ = F~ /q
E • campo gerado por uma carga puntiforme positiva.
104 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
P
Q
n
X
~ =E
E ~1 + E
~2 + E
~3 + . . . = ~i
E
As linhas de campo “morrem”nas cargas negativas i=1
• duas cargas de sinais iguais: Importante: esta soma deve ser feita usando-se a soma de
vetores.
E4
Q1 E2
P E1
Q2 E3
E5
Q3
Q4 Q5
O campo elétrico devido a uma carga puntiforme Q fixa é Esta é uma soma escalar, mais fácil de fazer do que a necessária
facilmente determinado analisando-se a figura seguinte: no caso anterior.
Eletricidade – Aula 4 105
E (N/C)
Por exemplo, para uma pequena região do espaço, muito longe
de uma carga puntiforme, o campo elétrico se torna quase uni- 400
Unidades SI
F = qE
W A→B 1 1 Rigidez Dielétrica
VA→B = VB − VA = − ext. = kQ −
q rB rA
Sabe-se que o ar é isolante, porém quando submetido a um
grande campo elétrico, algumas moléculas são ionizadas e o ar
Se quisermos determinar o potencial de um dos pontos, por se torna condutor. A esse limite de campo elétrico máximo
exemplo, B, façamos rA tender ao infinito, onde supomos que que um isolante suporta chamamos de rigidez dielétrica ou
o potencial seja nulo. Quando isso acontece Emax . Para o ar de Jonville, sempre muito úmido, temos
Emax ≈ 800 v/mm.
Q
VB = k
rB Pense um Pouco!
Essa equação fornece o potencial de B em relação a um ponto • Você saberia responder o valor da d.d.p. (diferença de
no infinito. Se nos depararmos com uma configuração de n potencial) entre o chão e uma nuvem, num raio?
cargas puntiformes, o potencial num ponto P dessa região será
• Qual a d.d.p. máxima entre dois fios paralelos, separados
a soma algébrica dos potenciais devidos a cada carga, isto é:
por uma distância de 10 cm, em Joinville?
n • Num dado instante, a d.d.p. entre os eletrodos de uma
Q1 Q2 Qn X Qi tomada é de 200 V . O que significa isso fisicamente?
VP = k + + ... + =k
r1 r2 rn i=1
ri
Exercı́cios de Aplicação
Potencial dentro de um Campo Elétrico
1. Qual o potencial de um ponto P , situado a 20 cm de uma
carga positiva de campo cujo valor é 4, 0 × l0−6 C?
Seja q uma carga positiva que se desloca de A para B sobre
uma linha de força do campo uniforme mostrado na figura 2. (FAAP-SP) Duas cargas Q1 e Q2 , de valores −2 µC e
seguinte: +2 µC, respectivamente, estão separadas por uma distância
Eletricidade – Aula 5 107
V1
E V2
V3
V4
A B
V (volts) V (volts)
150 0
100 -50
50 -100
0 -150
1.0 1.0
0.5 0.5
-1.0 0.0
y (m) -1.0 0.0
y (m)
-0.5 -0.5 -0.5 -0.5
0.0 0.0
x (m) 0.5 -1.0 x (m) 0.5 -1.0
1.0 1.0
Figura 1.1: O potencial elétrico em torno de uma carga pun- Figura 1.2: O potencial elétrico em torno de uma carga pun-
tual positiva q = +1 nC. Na base estão as equipotenciais, tual positiva q = −1 nC. Na base estão as equipotenciais,
indicando no cı́rculo maior onde V = +10 V . Masca-se as indicando no cı́rculo maior onde V = −10 V . Masca-se as
equipotenciais a cada 20 V . equipotenciais a cada 20 V .
Exercı́cios Complementares
+++ metal eletrizado
++
++
4. (USP-SP) Uma partı́cula de massa m e carga elétrica q > 0 + +
está em equilı́brio entre duas placas planas, paralelas e hori- + +
+ + tangente ‘a E
zontais, e eletrizadas com cargas de sinais opostos. A distância A
+ superficie
entre as placas é d, e a aceleração local da gravidade é g. +
a) Determine a diferença de potencial entre as placas em função + +
de m, g, q e d. ++ +
b) Qual placa tem o maior potencial? Explique. + linha de
C + campo
5. (FEI-SP) Uma partı́cula da massa m = 200 mg e carga +
q = +1µC é abandonada num ponto A e se dirige a outro B +
+
B. Sendo de −100 V a diferença de potencial de A e B, a +
+ + + +
velocidade com que a partı́cula alcança B é:
a) 5, 0 m/s
b) 4, 0 m/s
c) 3, 0 m/s Figura 1.1: Um condutor carregado com carga positiva.
d) 2, 0 m/s
e) 1, 0 m/s
O Campo Interno
6. (Santa Casa-SP) Sabe-se que a massa do elétron é 9, 1 ×
10−31 kg, que sua carga elétrica vale −1, 6 × 10−19 C e que a No interior de um condutor eletrizado, de qualquer formato, o
diferença de potencial entre os ponto A até B é 100 V . Um campo elétrico é nulo em todos os pontos, ou seja, E~ = ~0.
elétron é abandonado em B sob a ação exclusiva do campo Isso pode ser constatado simplesmente notando que, se hou-
elétrico. O módulo da velocidade do elétron ao atingir o ponto vesse campo elétrico no interior do condutor, ele agiria nos
A é um valor mais próximo de: elétrons livres, os quais teriam um movimento ordenado
a) 36 × 1012 m/s sob sua influência, contrariando o conceito de condutor em
b) 6, 0 × 1012 m/s equilı́brio eletrostático.
c) 6, 0 × 106 m/s
d) 35 × 106 m/s
e) 6, 0m/s O Campo Externo
Condutor Esférico
Para se determinar o vetor campo elétrico e o potencial elétrico
em pontos externos a um condutor esférico eletrizado,
supõe-se sua carga Q puntiforme e concentrada no centro:
Q
Eext = k
r2
e
Q
Vext = k
r
O potencial elétrico do condutor esférico de raio R é o potencial
de qualquer ponto interno ou superficial, sendo dado pelo valor Como Funciona o Pára-Raios?
fixo:
Q
Vint, sup = k
R O pára-raios tem por finalidade oferecer um caminho mais efi-
ciente para as descargas elétricas, protegendo casas, edifı́cios,
Blindagem Eletrostática depósitos de combustı́veis, linhas de transmissão de energia
elétrica, etc.
Considere um condutor oco A em equilı́brio eletrostático e, em
seu interior, o corpo C (Fig. 1.3). Como o campo elétrico no
interior de qualquer condutor em equilı́brio eletrostático é nulo,
decorre que A protege o corpo C, no seu interior, de qualquer
ação elétrica externa. Mesmo um corpo eletrizado B externo
induz cargas em A, mas não em C. Desse modo, o condutor
A constitui uma blindagem eletrostática para o corpo C.
Saiba Mais
Exercı́cios Complementares
Capacidade Elétrica Num circuito, os capacitores serão representados por duas bar-
ras paralelas.
Denomina-se capacidade elétrica ou capacitância de um corpo
condutor a capacidade que ele possui de armazenar cargas. Capacitores Planos
Da mesma forma que a quantidade de moles de um gás que
um balão pode conter depende da pressão a que o gás estiver O capacitor plano é constituı́do por placas condutoras planas
submetido e também das dimensões e forma do balão, a capa- e paralelas, separadas por um dielétrico qualquer (ar, mica,
cidade elétrica dependerá das dimensões e forma do condutor. papel, polı́meros, etc.)
A experiência mostra que, se fornecemos a um condutor cargas
Q1 , Q2 , Q3 , ..., Q, o potencial adquirido pelo mesmo será V1 ,
V2 , V3 , ..., V , sempre proporcionais à carga Q fornecida. Isso
quer dizer que o quociente Q/V é constante (Fig. 1.1).
+
++ + Placa Condutora
+ + Q
+
+ + Material Isolante
+
+ V
+ + + −
+ + Placa Condutora
+
+ +
Seja A a área de cada armadura e d a distância entre as mes-
mas. Consideremos inicialmente que haja vácuo entre as pla-
cas. É possı́vel demonstrar, mediante a aplicação da lei de
Figura 1.1: Capacitor metálico carregado com carga positiva Gauss, que o campo uniforme que existe entre as placas é dado
+Q. por:
Q
Essa constante de proporcionalidade C é denominada capa- E=
ǫ0 A
citância do condutor.
onde ǫ0 é a constante de permissividade elétrica do vácuo,
Na prática, é impossı́vel obter condutores de capacitância e como ǫ0 é dado em F/m, então pode-se escrever a constante
elevada, sem que suas dimensões sejam extraordinariamente k em m/F , já que estas constantes são inversamente propor-
grandes. No entanto, é possı́vel obtermos dispositivos, de di- cionais.
mensões pequenas, capazes de armazenar uma razoável quanti-
dade de cargas com diferenças de potencial não muito grandes. + + + + +
+ ++ + + +
Esses dispositivos são denominados capacitares ou conden- +Q + +A + +
sadores.
+ ++ + + + d
+ + + +
Um capacitor é um par de condutores, separados por um iso-
lante (dielétrico).
−Q A
Os condutores que constituem o capacitor são denominados
armaduras do capacitor.
A classificação dos capacitores é dada em função da forma de
suas armaduras e da natureza do dielétrico que existe entre as Conforme já estudamos anteriormente, a d.d.p. entre as placas
mesmas. vale V = Ed. Assim:
Em todo capacitor, existe uma relação constante entre o Qd
V =
módulo da carga (que é a mesma em valor absoluto nas duas ǫ0 A
armaduras) e a d.d.p. V entre as armaduras. Essa relação é A capacitância do capacitor plano é dada por:
denominada capacitância do condensador.
ǫ0 A
C = Q/V C=
d
Eletricidade – Aula 8 113
Pense um Pouco!
Eletricidade Aula 8
• Qual a utilidade dos capacitores em nosso cotidiano?
• Se tentarmos afastar as placas (armaduras) de um capa-
citor carregado, realizaremos algum trabalho?
• Se conectarmos duas esferas metálicas idênticas de capa- Associação de Capacitores
citância C cada uma, qual a capacitância do conjunto?
Comente. Assim como os aparelhos em geral, os capacitores podem ser
associados de vários modos, sendo os principais em série e em
• A capacitância de um corpo metálico depende dele ser oco paralelo. Se numa associação encontramos ambos os tipos,
ou maciço? Explique. chamaremos de associação mista.
114 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
Associação de Capacitores em Série Observamos que a mesma d.d.p. V é aplicada aos capacitores
da associação.
V = V1 = V2
C1 C2 C1 C1
C3 Cada capacitor adquire uma carga parcial:
a b a b a b
Q = Q1 + Q2
C2 C2
Série Paralelo
A capacidade equivalente é dada por:
Misto
Propriedades
Figura 1.1: Associação de capacitores em série (a), em paralelo
(b) e mista (c). • Na associação em paralelo, a capacitância equivalente do
conjunto, Cpar. será maior do que a maior das capa-
Na associação em série, ver Fig. 1.1 (a), quando uma fonte citâncias utilizadas;
bateria de tensão V é ligada nos terminais a e b, as cargas
removidas de um terminal serão deslocadas para o outro, ou • Como as tensões são iguais nos dois capacitores em para-
seja, as cargas em ambos os terminais são de mesmo módulo: lelo, a carga do maior capacitor será a maior das cargas;
• Se os capacitores ligados em paralelo forem iguais C1 =
Q1 = Q2 = Q
C2 = C, a carga de ambos será a mesma e a capacitância
. Então equivalente será Cpar. = 2C, o dobro da capacitância de
Q Q um dos capacitores;
V1 = e V2 =
C1 C2 • Para uma associação em paralelo de n capacitores teremos
Os capacitores adquirem diferentes d.d.p. V1 e V2 , respectiva- n
X
mente, tal que Cpar. = C1 + C2 + . . . + Cn = Ci
V = V1 + V2 i=1
e assim
Q
=
Q
+
Q Energia de um Capacitor
Cser. C1 C2
Imaginemos um capacitor carregado. Liguemos agora suas ar-
e então a capacidade equivalente é dada por: maduras por um fio condutor: as cargas negativas vão fluir
1 1 1 para a outra armadura até que ambas se neutralizem. O tempo
= + necessário para isso é muito pequeno, e muitas vezes a descarga
Cser. C1 C2
vem acompanhada de uma faı́sca que salta dos extremos do
condutor que une as armaduras. Conforme já estudamos an-
Propriedades teriormente, o transporte de cargas elétricas entre pontos que
possuem diferentes potenciais elétricos implica aparecimento
• Na associação em série, a capacitância equivalente do con-
de energia elétrica. Quando uma carga elétrica é transpor-
junto, Cser. será menor do que a menor das capacitâncias
tada entre dois pontos, entre os quais existe uma diferença de
utilizadas;
potencial V qualquer, o trabalho realizado é W = qV
• Como as cargas são iguais nos dois capacitores em série, Na descarga do capacitor, porém, a d.d.p. varia, diminuindo
a d.d.p. do maior capacitor será a menor; à medida que uma parcela da carga vai se transferindo para a
outra armadura.
• Se os capacitores ligados em série forem iguais C1 = C2 = Como a carga total do capacitor é Q = CV , e a d.d.p. varia
C, a d.d.p. de ambos será igual a V /2 e a capacitância de V até zero durante o processo de descarga, podemos tomar
equivalente será Cser. = C/2, a metade da capacitância o valor médio da tensão como sendo V /2 e calcular o trabalho
de um dos capacitores;
V 1
• Para uma associação em série de n capacitores teremos W = qV = CV · = CV 2
2 2
+ + +
+ R
+
Exercı́cios de Aplicação +Q
+
+ +
+ + + + i
1. (UERJ) Uma associação de l.000 capacitores de 10 µF
cada um, associados em paralelo, é utilizada para armaze-
nar energia. Qual o custo para se carregar esse conjunto até .
50.000 volts, supondo-se R$ l,00 o preço do kW · h?
3. Calcule a capacitância equivalente da associação mista Por convenção, indica-se num fio o sentido da corrente i por
mostrada na Fig. 1.1 (c), para os capacitores C1 = 20 µF , uma flecha, no sentido contrário ao movimento dos elétrons!
C2 = 10 µF e C3 = 40 µF . Isto porque, historicamente, as cargas foram batizadas por
Benjamin Franklin no séc. XVIII, como positivas e nega-
tivas, e se acreditava que as cargas positivas é que se moviam
Exercı́cios Complementares dentro de um fio com corrente.
Do ponto de vista fı́sico, é equivalente se pensar em elétrons
se movendo num sentido, ou prótons se movendo no sentido
4. (FCC-BA) Determine a energia acumulada num conjunto contrário.
de capacitores com capacitância total de 2.000 µF e sob tensão
de 900 V .
Unidade de Corrente
5. (UCS-RS) Dois capacitores de capacitância C1 = 6, 0 µF
e C2 = 3, 0 µF são associados em paralelo e a associação é No Sistema Internacional, medimos a corrente em ampères ou
submetida a uma d.d.p. V. O capacitor de capacitância C1 A:
se eletriza com carga elétrica Q1 = 1, 2 × 10−4 C, e o de 1 A = 1 coulomb/s = 1 C/s
capacitância C2 , com carga elétrica Q2 . Determine V e Q2 . ou seja, para uma corrente de 1 ampère, há um fluxo de carga
de 1 coulomb por segundo, atravessando a secção reta de um
6. (Acafe-SC) Qual a d.d.p. que deve ser aplicada a um capa-
condutor.
citor, de capacitância 2, 0 µF , a fim de que armazene energia
potencial elétrica de 2, 5 × 10−3 J?
Associação de Resistores
Para um circuito com uma fonte e vários resistores, podemos
calcular facilmente a resistência equivalente, a corrente que
passa na fonte e, a seguir, as correntes e tensões em cada um Figura 1.2: Três resistores ligados em paralelo.
dos resistores.
Associações Mistas
Resistores em Série
Quando num circuito simples ligamos vários resistores
Quando num circuito simples ligamos vários resistores ôhmicos ôhmicos, alguns em série e outros em paralelo, devemos ir cal-
em série, R1 , R2 , R3 , etc., a resistência equivalente será a soma culando as resistências equivalentes das partes em série e em
das resistências, ou seja: paralelo, até se chegar numa resistência equivalente geral para
X todo o circuito.
Req. = R1 + R2 + R3 + . . . = Ri
i
4Ω
6Ω
12 Ω 6Ω 4Ω 12 Ω
a b
a b
Passo 1
6Ω 3Ω
Observe que quando mais resistores ligarmos em paralelo, me- Determinar a corrente e a tensão elétrica em cada um dos re-
nor será a resistência equivalente. sistores do circuito misto da seção anterior, quando uma fonte
Todos os objetos que ligamos na tomada de nossa casa são de 45 V for ligada nos pontos a e b.
ligados em paralelo, por exemplo. Resolução:
118 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
II. A resistência equivalente para uma associação em série é 6. Liga-se os terminais de uma bateria de 12; V aos pontos
sempre menor do que a menor das resistências usadas; a e b de um conjunto de 3 resistores em paralelo, conforme a
III. Se um resistor estiver em curto e a resistência equivalente figura:
do conjunto de resistores não se anular, é porque a associação
é do tipo mista;
IV. Se a corrente for a mesma em todos os resistores, a asso- 1Ω
ciação deve ser em série.
a) estão corretas I e III
2Ω
b) estão corretas I, III e III
c) estão corretas II, III e IV a b
d) estão corretas III e IV 3Ω
e) n. d. a.
é: O Amperı́metro
a) 2/3 A
b) 4/3 A Para a medição do valor de uma corrente elétrica que atra-
c) 8/3 A vessa um fio, num circuito, liga-se em série nesse fio um am-
d) 5, 0 A perı́metro, a fim de que a corrente atravesse também o am-
e) 1, 0 A perı́metro.
120 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
Para que o amperı́metro não altere o valor da corrente no os elétrons livres e os átomos do material, produzindo mais
próprio fio onde será ligado, ele deve ter uma resistência in- agitação nestas partı́culas, ou seja, a energia cinética se trans-
terna muito pequena, no caso ideal, nula. forma em calor e faz com que a temperatura do resistor suba.
No caso das lâmpadas de filamento, usa-se esse calor para pro-
+ − duzir luz, atingindo-se a incandescência do metal condutor, em
geral, o tungstênio W , que possui um altı́ssimo ponto de fusão.
i No chuveiro elétrico comum, usa-se uma resistência para pro-
+
duzir calor e aquecer a água do banho que passa pelo no seu
ε A
interior. Existem muitas aplicações desse tipo, e você mesmo
− pode fazer uma lista delas.
A esse efeito de liberação de calor pela passagem de uma cor-
R rente elétrica num resistor se chama de efeito Joule.
Em alguns casos o efeito Joule é um problema, pois colabora
na perda de energia em linhas de transmissão e motores, por
exemplo, transformando parte da energia elétrica em calor, que
O Voltı́metro é perdido para o meio ambiente (poluição térmica).
A quantidade de calor gerada dentro de um resistor, por uni-
Para a medição do valor da d.d.p. entre dois pontos num dade de tempo, define a potência com que o resistor converte
circuito, liga-se em paralelo nesses pontos um voltı́metro, a energia elétrica em calor, e é dada pela lei de Joule:
fim de que os seus terminais atinjam os mesmos potenciais
elétricos dos pontos do circuito, e a diferença de potencial entre P = iV
eles possa ser medida.
ou seja, como i = V /R, podemos reescrevê-la como
Para que o voltı́metro não altere o valor da tensão entre os
pontos onde ele é conectado, o que se quer medir, ele deve ter V2
uma resistência interna muito alta, no caso ideal, infinita. Com P =
R
isso, a corrente desviada para o amperı́metro será muito menor
do que a que possa haver entre os pontos do circuito onde ele ou ainda, como V = Ri,
está conectado. Isto mesmo, para medir a tensão entre os seus
terminais o voltı́metro usa uma pequena corrente. Na verdade P = Ri2
este aparelho é um amperı́metro adaptado para medir tensões.
Unidades SI
i A potência dissipada num resistor é medida em watts no SI,
+
ε
onde
− 1 watt = 1 W = 1 J/s
Pense um Pouco!
R
− + • Num chuveiro normalmente temos uma chave in-
verno/verão, que muda a resistência do chuveiro, e pode
ser usada para esquentar mais/menos a água. Qual das
V
resistência deve ser maior, a usada no inverno, para es-
quentar mais, ou a usada no verão, para esquentar menos?
+
.....
Fios, Chaves e Conectores
N geradores em´serie Fios, chaves, soldas e outros conectores ideais não possuem
resistência elétrica e portanto não apresentam queda de tensão,
ou seja, ∆V = 0 para esses elementos. Não contribuem para
Figura 1.1: Geradores em série, aumentando-se a f.e.m. total. o somatório geral das tensões.
Assim, tendo-se todos os ∆Vi no circuito, somam-se todos os
Para se obter mais carga disponı́vel, e fazer um circuito fun- termos e iguala-se a zero. Se a corrente encontrada for ne-
cionar por mais tempo, várias baterias de mesma f.e.m. são gativa, o sentido escolhido arbitrariamente par ela está tro-
ligadas em paralelo, resultando num gerador de mesma f.e.m. cado. O sentido fı́sico correto da corrente então será o sentido
das baterias usadas. contrário ao sentido arbitrado.
+
+ + + + Lei de Ohm-Pouillet
ε ε ..... ε ε
− − − −
− Com base na lei das malhas, podemos ver que todo circuito
N geradores em paralelo de uma só malha, mesmo com várias fontes de tensão contı́nua
(baterias) e vários resistores, todos eles em série portanto, pode
ser reduzido a um circuito simples do tipo: uma ateria e um
Figura 1.2: Geradores de mesma f.e.m. em paralelo. resistor. Para isso, devemos encontrar a f.e.m. total E no
circuito e a resistência equivalente Req. , e daı́, obteremos a
corrente i no circuito:
E
a i= lei de Ohm-Pouillet
Lei das Malhas – 1 lei de Kirchhoff Req.
.
Definimos como uma malha, qualquer caminho fechado dentro Biografia
de um circuito elétrico, que possa ser percorrido passando-se
uma só vez em cada ponto. Gustav Rupert Kirchhoff, (1824 – 1861), foi um dos maiores
O circuito elétrico mais simples possui apenas uma malha, ou fı́sicos alemães de seu tempo. Realizou uma obra vastı́ssima.
seja, só um caminho possı́vel para a corrente, que portanto, Viveu numa época em que a Fı́sica estava tendo desenvol-
deverá ser a mesma em todos os elementos do circuito: re- vimento extraordinário em vários setores diferentes, pois na
sistores, fontes, bobinas, etc. O circuito de uma malha mais segunda metade do século passado a mecânica, elasticidade,
teoria dos gases, eletricidade, magnetismo e termodinâmica
simples possı́vel, é aquele já visto, com apenas uma fonte e um
resistor. tiveram grande impulso. Kirchhoff, que desde muito jovem
circulando-se a malha de um circuito, o somatório das esteve em contacto com fı́sicos bastante experimentados, teve
variações de tensão ao longo da malha deve ser nulo. oportunidade de trabalhar em assuntos muito variados. Além
ou seja de um número muito grande de trabalhos isolados, há três
X ramos da Fı́sica nos quais os trabalhos de Kirchhoff se torna-
∆Vi = 0 ram fundamentais: ótica, termodinâmica e eletricidade. Em
i ótica, foi grande conhecedor de espectroscopia, tendo sido um
dos fundadores da análise espectral. Em termodinâmica, foi
incluindo todos os elementos do circuito: fontes e resistores.
o primeiro fı́sico a estabelecer leis sôbre a energia radiante.
Para fazer-se o somatório acima, precisamos escolher um sen- Em eletricidade estabeleceu as leis fundamentais das malhas
tido qualquer para a corrente na malha e outro, não necessa- elétricas, leis que estudamos neste último capı́tulo.
riamente o mesmo, para circularmos a malha, sentido horário
ou anti-horário, e observar as seguintes regras:
Pense um Pouco!
Fontes
• Ligando-se duas pilhas comuns, com os pólos trocados, a
→ se passarmos por uma fonte de f.e.m. E, indo da placa um pequena lâmpada o que se observa?
negativa (-) para a positiva (+) temos ∆V = +E.
→ se passarmos por uma fonte de f.e.m. E, indo da placa • É possı́vel que a corrente (positiva) entre pelo pólo posi-
positiva (+) para a negativa (-) temos ∆V = −E. tivo de uma fonte e saia pelo negativo?
Eletricidade – Aula 12 123
Exercı́cios de Aplicação
Exercı́cios Complementares
Representação
A
ZX
Figura 2.1: Aparato Experimental de Rutherford. Mas, o modelo planetário de Rutherford apresenta duas falhas
cruciais:
Ernest Rutherford: em 1911, bombardeou uma lamina
metálica delgada com um feixe de partı́culas α. Estas • Uma carga negativa colocada em movimento ao redor de
partı́culas eram positivas. A maior parte das partı́culas atra- uma carga positiva estacionária, adquire movimento espi-
vessava a lamina metálica sem sofrer desvio detectável, al- ral até colidir com ela;
125
126 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
_
Exercı́cios Complementares _ foton
emitido
foton
absorvido
4. (ACE) Assinale a alternativa falsa:
a) o número de massa de um átomo é dado pela soma do
número de prótons e de nêutrons existentes no núcleo;
b) um elemento quı́mico deve ter seus átomos sempre como
mesmo número de nêutrons;(c) o número de prótons perma-
nece constante, mesmo que os números de massa dos átomos Figura 2.1: O modelo Atômico de Bohr.
de um elemento variem;
c) o número atômico é dado pelo número de prótons existentes Através de processos experimentais Bohr, concluiu que:
Quı́mica – Aula 2 127
• Um elétron só pode ter certas energias especı́ficas, e cada Heisenberg: em 1927, estabeleceu o Princı́pio da Incerteza,
uma destas energias corresponde a uma órbita particu- segundo o qual “não é possı́vel predizer, ao mesmo tempo, a
lar. Quanto mais afastado do núcleo maior a energia do posição e a quantidade de movimento de um elétron”
elétron; Tudo que nós podemos conhecer sobre o movimento de um
sistema de partı́culas se reduz a uma função complexa Ψ de
• Se o elétron receber energia ele pula para uma órbita mais
coordenadas (x, y, z) das partı́culas e do tempo t.
afastada do núcleo;
Esta função é chamada Função de Onda, criada por Schrödin-
• Como esta órbita não é natural ele tende a retornar para ger (1927).
sua órbita de maior estabilidade, assim sendo, ocorre li- O quadrado do módulo da função de onda |Ψ|2 representa
beração de energia; a probabilidade de se encontrar no instante t a determinada
partı́cula.
• Para calcular a energia emitida pelo elétron, Max Planck
Na concepção clássica, uma partı́cula se encontra ou não num
estabeleceu que a energia se propaga em “pacotes”de
determinado instante em um dado ponto do espaço. Pela
quantidades mı́nimas e descontı́nuas. A essa quantidade
mecânica quântica nós só podemos conhecer a probabilidade
mı́nima chamou de fóton ou quantum. O valor do quan-
de encontrar a partı́cula no ponto considerado.
tum é proporcional a freqüência da onda ν, cuja magni-
tude pode ser calculada por Schrödinger deduziu matematicamente regiões com probabi-
lidades de se encontrar o elétron, simplificadas por meio de
E = hν modelos geométricos que chamamos de orbitais.
Sommerfeld, de Broglie e Schrödinger formaram a Mecânica
onde h é a famosa constante de Planck, que tem valor de Quântica, que nos levou ao modelo atômico atual. O átomo
6, 63 × 10−34 J · s. possui núcleo denso com elétrons em orbitais.
Se os átomos oscilantes transferem uma energia E para a Orbital é a região, em torno do núcleo, com maior probabili-
vizinhança, radiação de freqüência ν = E/h será detec- dade de se encontrar o elétron. O elétron move-se em torno do
tada. É importante notar que a intensidade da radiação é núcleo.
uma indicação do número de pacotes de energia gerados,
enquanto E é a medida de energia de cada pacote. Isótopos, Isóbaros, Isótonos e Isoeletrônicos
Sommerfeld: em 1916, estabeleceu que os elétrons descrevem Isótopos: são átomos de um mesmo elemento quı́mico que
órbitas circulares e elı́pticas em torno do núcleo. apresentam diferentes número de massa e diferentes número
de nêutrons, ou seja são átomos de mesmo número atômico e
diferentes número de massa.
12 13 14
6C 6C 6C Isótopos de Carbono
16 17 17
8O 8O 8O Isótopos de Oxigênio
40
20 Ca 1840
Ar
11 12
5B 6C
Configuração Eletrônica
.............. . ..
. ..... ...................................
Representamos a distribuição eletrônica de duas formas:
.......................
........................ .. ..........
1. ordem energética, seguindo as diagonais do diagrama de .... . .............
......... . ..
.. .....
. . .
..............
.. . .. . ..
.
. ......................
. ........... .
..
... ...........
... ....
Pauling: .......
................ ........... ...................
... ..
..
. .... X
1s2 , 2s2 , 2p6 , 3s2 , 3p6 , 4s2 , 3d10 , 4p6 , 5s2 , 4d10 ,
.
......... ... .... .
5p6 , 6s2 , 4f 14 , 5d10 , 6p6 , 7s2 , 5f 14 , 6d10
Z
2. ordem geométrica, agrupando os sub-nı́veis em camadas:
1s2 K 2
2s2 , 2p6 L 8
3s , 3p6 , 3d10
2
M 18
4s , 4p6 , 4d10 , 4f 14
2
N 32 Figura 2.4: Representação do Orbital s.
5s2 , 5p6 , 5d10 , 5f 14 O 32
6s2 , 6p6 , 6d10 P 18
7s2 Q 2 Dois elétrons podem ocupar um mesmo or-
bital desde que possuam spins opostos.
Orbitais Atômicos
Este enunciado é conhecido por “Princı́pio de Exclusão, de
Como vimos, orbital é a região, em torno do núcleo, com Wolfgang Pauli”.
máxima probabilidade de se encontrar elétrons. As formas Cada sub-nı́vel comporta um número máximo de elétrons
dessas regiões são calculadas matematicamente e têm o núcleo (como visto anteriormente). Se cada orbital comporta no
localizado no ponto zero dos eixos x, y e z. máximo dois elétrons, temos então:
As formas dos orbitais mais importantes são:
Representação do Orbital
1. esférica - chamado orbital s:
s2 ↑↓ 1 orbit.
2. halter - chamado orbital p: p6 ↑↓ ↑↓ ↑↓ 3 orbit.
d10 ↑↓ ↑↓ ↑↓ ↑↓ ↑↓ 5 orbit.
Princı́pio de Exclusão f 14 ↑↓ ↑↓ ↑↓ ↑↓ ↑↓ ↑↓ ↑↓ 7 orbit.
+
Quı́mica Aula 3
Ligações Quı́micas
Figura 2.5: Representação do Orbital p.
Estabilidade dos Átomos
Exercı́cios de Aplicação Os gases nobres são os únicos encontrados na natureza na
forma mono-atômica, ou seja, não se ligam se, apresentam
na forma de átomos. Isto significa que o átomo é totalmente
1. (ACAFE-99) A vitamina B12 , anti-anêmica, contém ı́ons de
estável.
cobalto Co+2 . Dado: Co(Z = 27). A configuração eletrônica
nos orbitais 4s e 3d do Co+2 , é: Os gases nobres (Coluna 8A da Tabela Periódica), com exceção
0 8
a) 4s , 3d . do hélio, apresentam oito elétrons na camada de valência.
b) 4s2 , 3d7 .
Gases Nobres
c) 4s2 , 3d5 .
d) 4s1 , 3d6 . He(Z=2) 2
e) 4s0 , 3d7 . Ne(Z=10) 2 8
Ar(Z=18) 2 8 18 8
2. (UDESC) Uma átomo com número atômico igual a 38, Xr(Z=36) 2 8 18 18 8
apresentará em seu antepenúltimo nı́vel: Xe(Z=54) 2 8 18 32 18 8
a) 8 elétrons. Rn(Z=86) 2 8 18 32 32 18 8
b) 18 elétrons.
c) 16 elétrons. Camada de valência é a camada eletrônica mais externa. Pode
d) 10 elétrons. receber ou fornecer elétrons na união entre átomos.
e) 6 elétrons. A valência de um átomo é o número de ligações que um átomo
precisa fazer para adquirir a configuração de um gás nobre.
Estruturas de Lewis
Um sı́mbolo de Lewis é um sı́mbolo no qual os elétrons da Figura 2.3: Configuração da ligação co-valente.
camada de valência de um átomo ou de um ı́on simples são
representados por pontos colocados ao redor do sı́mbolo do
elemento. Cada ponto representa um elétron. Por exemplo: ´
pares de eletrons ~ ligantes
nao
H O H
´
pares de eletrons ligantes
(a) (b)
Figura 2.1: Configuração eletrônica e estrutura de Lewis para Figura 2.4: Estrutura de Lewis da Água.
o átomo neutro de cloro (a) e para o ı́on de cloro (b).
Repare nos exemplos acima que o cloro possui sete elétrons de átomo central, e ligá-lo aos átomos periféricos por pares de
valência, enquanto que o ı́on cloreto, oito. elétrons.
Uma ligação co-valente é aquela ligação quı́mica formada pelo Considere o dióxido de carbono CO2
compartilhamento de um par de elétrons entre dois átomos. A
carbono(C) →
Estrutura de Lewis de um composto co-valente ou de um ı́on
poli-atômico mostra como os elétrons estão distribuı́dos entre tem 4e− de valência × 1 carbono = 4e−
os átomos, de formas a mostrar a conectividade entre eles. No oxigênio(O) →
caso do metano, por exemplo, quatro elétrons, um de cada tem 6e− de valência × 2 oxigênio = 12e−
hidrogênio, mais os quatro elétrons de valência do carbono,
são emparelhados na Estrutura, mostrando como cada átomo Existe um total de 16 e− para serem colocados na Estrutura
se conecta a outro por um par de elétrons. de Lewis.
Conecte o átomo central aos outros átomos na molécula com
ligações simples.
O carbono é o átomo central, os dois oxigênios são ligados a
ele; mais tarde iremos adicionar mais elétrons para completar
os octetos dos átomos periféricos.
Conecte o átomo central aos outros átomos na molécula com
ligações simples.
O carbono é o átomo central, os dois oxigênios são ligados a
ele; mais tarde iremos adicionar mais elétrons para completar
os octetos dos átomos periféricos.
Pense um Pouco!
• Dê uma possı́vel aplicação para a mesma fórmula quı́mica
escrita de formas diferentes. Ou seja, qual é a utilidade
de escrevermos a fórmula estrutural e eletrônica de um
mesmo elemento?
Ax+ B y− → Ay Bx
• Formação de ı́ons;
(a) (b)
O=O + +
• Fórmula molecular: indica apenas o tipo e o número
de átomos que formam uma molécula.
O2
Figura 2.4: Dois átomos de H.
Pense um Pouco!
Figura 2.3: Ligação Dativa do CO. • Quais são as principais utilidades das Ligações Quı́micas
na natureza?
• Como os elementos quı́micos são encontrados na natureza,
Orbitais Moleculares ”puros ou misturados com outros elementos”?
Para visualizarmos melhor as ligações co-valentes (átomos for-
mando moléculas), estudaremos as ligações sob o ponto de Exercı́cios de Aplicação
vista dos orbitais atômicos formando orbitais moleculares.
Orbital molecular é a região em torno dos núcleos de maior pro-
babilidade de ser encontrado o par eletrônico compartilhado. 1. (ACAFE) O grupo de átomos que é encontrado na forma
mono-atômica pelo fato de serem estáveis são
Há dois tipos de orbital molecular:
a) Halogênios
Orbital Molecular σ (sigma), ou simplesmente ligação σ, é b) Calcogênios
aquele formado na interpenetração de orbitais atômicos se- c) Metais Alcalinos Terrosos
gundo um eixo. d) Metais Alcalinos
Orbital Molecular π, ou simplesmente ligação π, é aquele for- e) Gases Nobres
mado na interpenetração de orbitais atômicos p exclusivamente
segundo os eixos paralelos. 2. (ACAFE) O propadieno (H2 C = C = CH2 ) apresenta
respectivamente quantas ligações sigmas e ligações pi?
a) 6 e 2
Exemplo b) 2 e 2
H2 (molécula H : H ou H − H) c) 4 e 2
d) 4 e 0
O hidrogênio apresenta apenas um elétron no orbital s, que
e) 0 e 4
sabemos ser esférico: 1s1 , e precisa de mais um elétron para
adquirir estabilidade. 3. (ACAFE) Incrı́vel, mas 15% do gás metano existente na
Quando ocorre a aproximação de outro átomo de hidrogênio, atmosfera provém do arroto dos bois, vacas, cabras e car-
o núcleo positivo de um atrai a eletrosfera do outro. neiros, contribuindo para o efeito estufa (aquecimento at-
134 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
mosférico). Assinale a alternativa que descreve os tipos de entre as colisões – o seu livre caminho médio – é muito pe-
ligações quı́micas encontradas neste gás: quena, onde estas sofrem bilhões de colisões antes de percorrer
a) 2 iônicas e 2 co-valentes uma distância muito grande e essas interrupções impedem-nas
b) 2 ligações dativas de espalhar-se através do lı́quido. A difusão dentro dos sólidos
c) 4 ligações duplas é muito mais lenta que nos lı́quidos. Não só as moléculas estão
d) 2 sigmas e 2 pi fortemente compactadas como, também, são mantidas rigida-
e) 4 ligações sigmas mente no mesmo lugar.
Volume e Forma
Exercı́cios Complementares
A propriedade mais óbvia dos gases, lı́quidos e sólidos é a forma
como eles se comportam quando transferidos de um frasco
4. (ACAFE-99) Um metal alcalino terroso (M) apresenta dois
para outro. Ambos, gases e lı́quidos são fluı́dos; eles escoam
elétrons na sua camada de valência. A alternativa que indica a
e podem ser bombeados de um lugar para outro. Um sólido,
fórmula de um óxido e de cloreto desse metal, respectivamente
porém, não é um fluı́do e mantém tanto sua forma quanto seu
é:
volume. As forças inter-moleculares de um gás são tão fracas
a) M2 O − M2 Cl
que as moléculas podem facilmente superar essa força e expan-
b) M2 O − M Cl
dir para encher o recipiente. O que não acontece num sólido,
c) M O2 − M Cl2
cujas forças atrativas mantém as moléculas mais ou menos fir-
d) M O − M Cl2
mes num lugar, de modo que elas não podem se mover umas
e) M O − M Cl4
em torno das outras.
5. (UFSC) Na molécula H − O − O − H, existe:
a) nenhuma ligação iônica Tensão Superficial
b) três ligações co-valentes
c) três ligações sigmas Num lı́quido cada molécula move-se sempre sob influência das
d) três ligações iônicas moléculas vizinhas. As moléculas na superfı́cie de um certo re-
e) duas ligações metálicas cipiente sentem uma atração na direção do interior do lı́quido.
Para uma molécula chegar a superfı́cie ela deve superar esta
atração. Ou seja, a energia potencial deve aumentar, então
deve-se realizar trabalho para levá-las até a superfı́cie. Por-
Quı́mica Aula 5 tanto, tornar a superfı́cie de um lı́quido maior requer um gasto
de energia e a quantidade de energia necessária é então a tensão
superficial.
Evaporação
A Estrutura da Matéria
Num lı́quido ou num sólido, assim como num gás, as moléculas
Propriedades Gerais estão constantemente sofrendo colisões, dando assim origem a
uma distribuição de velocidades moleculares individuais e, evi-
De acordo com a teoria cinética molecular, todas as formas de dentemente, de energias cinéticas. se algumas dessas moléculas
matéria são compostas de partı́culas pequenas e que se mo- possuı́rem energia cinética suficiente para superar as forças
vem rapidamente. Há duas razões principais por que os gases, atrativas dentro do lı́quido ou do sólido, elas poderão escapar
lı́quidos e sólidos diferem tanto uns dos outros. Uma é a rigidez através da superfı́cie para o estado gasoso – elas evaporam. No
do empacotamento das partı́culas e outra é a intensidade das lı́quido existem três fatores que influenciam na velocidade de
forças atrativas entre elas. Podemos listar como propriedades evaporação: a temperatura, a área superficial e a intensidade
influenciadas por estas duas razões o seguinte: das atrações superficiais.
tremidades da “ponte”. No estado lı́quido há pontes de hi- da vida real, devemos aumentar o tamanho destas quantidades
drogênio entre moléculas de água. Como há movimento das até o ponto em que possamos vê-las e pesá-las.
moléculas, as pontes de hidrogênio se quebram e se restabe- Infelizmente, por exemplo, uma dúzia de átomos ou moléculas
lecem em seguida. No estado sólido as pontes de hidrogênio é ainda uma quantidade muito pequena para se trabalhar;
entre as moléculas de água são fixas e direcionadas segundo deve-se, portanto, encontrar uma unidade maior ainda. A
um ângulo de 104, 5◦ entre suas ligações. Devido à direção “dúzia de quı́mico”chama-se mol (unidade mol). Ele é com-
das pontes de hidrogênio na água sólida, ficam espaços vazios posto de 6, 022 × 1023 objetos. Então:
entre as moléculas, responsáveis pelo aumento de volume ao
congelar. 1 dúzia = 12 objetos
1 mol = 6, 02 × 1023 objetos
Força de Van der Waals (ou de London)
O Volume Molar
Essa força pode aparecer entre átomos de um gás nobre (por
exemplo, hélio lı́quido) ou entre moléculas apolares (CH4 , É o volume ocupado por um mol de qualquer gás em condições
CO2 ). O gelo seco quando sublima, passa do estado sólido normais de temperatura e pressão (CNTP).
para o estado gasoso, rompendo as forças de Van der Waals e CNTP:
liberando as moléculas das influências das outras. São as forças
• temperatura de 0◦ C ou 273 K;
inter-moleculares, tipo Van der Waals, que justificam a possi-
bilidade de liqüefazer os gases nobres. As moléculas podem se • pressão de 1 atm ou 760 mmHg).
unir através de polarização induzida temporariamente.
Verifica-se experimentalmente que o volume molar é de 22, 4 l
(CNTP).
Os Gases Conclusão:
Muitos gases são capazes de sofrer reações quı́micas uns com M M g → 6, 02 × 1023 moléculas → 22, 4 l.
outros. Observações experimentais feitas por Gay-Lussac for-
maram a base da Lei de Combinação dos Volumes Observe que
1 mol ≈ 602.000.000.000.000.000.000.000
A Lei de Combinação de Volumes
O Princı́pio de Avogadro
Exercı́cios de Aplicação
sob condições de temperatura e pressão constantes, 1. (FUVEST) Em uma amostra de 1, 15 g de sódio, o número
volumes iguais de gases contém números iguais de de átomos existentes será igual a (N a = 23):
moléculas. a) 6 × 1022
Uma vez que números de iguais de moléculas significam b) 3 × 1023
números iguais de mols, o número de mols de qualquer gás c) 6 × 1023
está relacionado com o seu volume: d) 3 × 1022
e) 1023
V ∝n
2. (ACAFE-00) Qual destas ligações é mais fraca?
onde n é o número de mols do gás. Assim, a lei de Gay- a) Eletrovalente
Lussac é facilmente compreendida, uma vez que os volumes b) Co-valente
dos gases, reagentes e produtos, ocorrem nas mesmas razões c) Ponte de hidrogênio
que os coeficientes na equação balanceada. d) Van der Waals
e) Metálica
6. (PUC) Qual a massa total da seguinte mistura: 0, 25 mol a uma temperatura constante, o volume ocupado por
de oxigênio mais 3 × 1022 moléculas de oxigênio mais 3 g de uma quantidade fixa de gás é inversamente proporci-
oxigênio? Dado: M MO = 16 g. onal à pressão aplicada.
a) 11, 8 g Isso pode ser expresso matematicamente como:
b) 12, 6 g
c) 23, 6 g 1
V ∝ (2.1)
d) 32 g P
e) 34 g
A proporcionalidade pode ser transformada numa igualdade
pela introdução de uma constante de proporcionalidade. As-
sim,
Quı́mica Aula 6
1
V ∝
P
P V = constante
p1 V1 = p2 V2
Teoria Cinética dos Gases
Desta forma, a temperatura constante, se aumentarmos a
As moléculas de um gás ocupam o volume do recipiente que
pressão, o volume diminui; se diminuirmos a pressão o volume
as contém. A energia que mantém as moléculas de um gás em
aumenta.
movimento é a energia cinética, que é diretamente proporcional
a temperatura absoluta (Kelvin).
Transformação Isobárica (Lei de Charles)
Um gás é considerado perfeito (ideal) quando obedece às se- Transformando a proporcionalidade em igualdade e rearran-
guintes condições: jando, obtemos
• No estado gasoso o movimento das moléculas ocorre de V
maneira contı́nua e caótica, descrevendo trajetórias re- = constante (2.3)
T
tilı́neas; V1 V2
= (2.4)
• O volume da molécula é desprezı́vel em relação ao volume T1 T2
do recipiente que a contém;
Desta forma, se a pressão é constante, á medida que aumen-
• Uma molécula não sente a presença da outra (não há in- tarmos a temperatura o volume ocupado pelo gás aumentará;
teração, forças de Van der Waals, entre as moléculas); diminuindo a temperatura, o volume diminuirá.
Quı́mica – Aula 6 137
Vaporização e Condensação 2
p
A vaporização é a passagem da fase lı́quida para a gasosa.
Existem três maneiras de se efetuar a vaporização:
Liquido
1. Vaporização tı́pica ou ebulição: mudança de fase a P
C
determinada pressão e temperatura. Por exemplo, a água Solido
entra em ebulição a 100 ◦ C e à pressão de 1 atm. P
T 3
2. Evaporação: fenômeno que se observa a qualquer tem- Gas
peratura, através da superfı́cie exposta ao meio ambiente.
Vapor
Isso ocorre porque as moléculas com maior velocidade es-
1
capam através da superfı́cie livre do lı́quido. Ao ocorrer
uma evaporação, a temperatura do lı́quido diminui pois
ao escaparem as moléculas com maior velocidade, dimi- θ
nui a energia cinética. Quanto maior a área livre maior a
evaporação.
Figura 2.2: Diagrama de fase tı́pico.
3. Calefação: fenômeno que ocorre a temperaturas acima
da temperatura normal de vaporização. É observável, por
exemplo, ao se deixar cair uma gota d’água numa chapa p
de metal, a uma temperatura acima de do ponto de vapo- 2
rização. Liquido
P
A condensação é a passagem de uma substância da fase ga- C
sosa para a lı́quida. Ela pode ocorrer, também, à temperatura Solido
ambiente. Por exemplo, ao se colocar água gelada num copo, P
T 3
observa-se a condensação do vapor de água do ar na sua parede Gas
externa.
Vapor
1
o
Co
ca
Liquido
ca
nd
ifi
en
lid
θ
sac
Va
So
po
sa
ao
riz
Fu
ac
ao
2. (STA. CASA-SP) Quando você assopra a sua pele úmida Ácidos e Bases de Arrhenius
de água, sente que a pele esfria. Isto se deve ao fato de:
a) o sopro arrasta ar mais frio que a pele. Funções Quı́micas são grupos de substâncias com propriedades
b) a pele está mais fria do que a água. semelhantes. As funções inorgânicas são quatro: ácidos, bases,
c) a água é normalmente mais fria do que o ar. sais e óxidos.
d) o sopro é mais frio do que a água. Ácidos são compostos com sabor azedo (vinagre, frutas
e) a água absorve calor da pele para evaporar-se. cı́tricas), que reagem com bases formando sal e água.
Bases são compostos de sabor adstringente (leite de magnésia
3. (ACAFE) Bolinhas de naftalina são colocadas nos roupeiros - M g(OH) ) que reagem com ácidos dando sal e água.
2
para combater as traças pois elas danificam as roupas. Com
Ácidos e Bases atuam sobre indicadores coloridos - substâncias
o tempo as bolinhas diminuem de tamanho. A causa disso
que possuem duas colorações, dependendo do meio em que se
deve-se:
encontram.
a) a sua liquefação.
b) ao consumo da naftalina pelas traças.
Indicador Meio Ácido Meio Básico
c) a sua condensação.
d) a sua fusão. Tornassol Vermelho Azul
e) a sua sublimação. Fenolftaleı́na Incolor Vermelho
Definições de Arrhenius
Exercı́cios Complementares Ácido é qualquer composto molecular que em solução aquosa
sofre ionização liberando como único cátion o ı́on H + ou H3 O+
4. (VUNESP) Indique a alternativa que indica um fenômeno (hidroxônio ou hidrônio).
quı́mico: Exemplos
a) Dissolução de cloreto de sódio em água.
b) Fusão da aspirina.
c) Destilação fracionada de ar lı́quido. HCl + H2 O → H + + Cl−
d) Corrosão de uma chapa de ferro.
HN O3 + H2 O → H + + N O3−
e) Evaporação da água do mar.
H2 SO4 + H2 O → 2H + + SO4−2
5. (ACAFE) Do petróleo podemos extrair vários materiais H3 P O4 + H 2 O → 3H + + P O4−3
importantes para o homem, como a gasolina, o GLP, a para-
fina, o metano e outros. Sobre o petróleo e seus derivados não
Dizemos que o ácido, que era um composto co-valente, na pre-
podemos afirmar:
sença de água ionizou, e formou ı́ons.
a) a gasolina é uma mistura de alcanos.
b) GLP é a sigla para Gás Liqüefeito de Petróleo e é basica- Grau de ionização (α) é a razão do número de moléculas ioni-
mente uma mistura homogênea dos gases propano e butano. zadas para um total de moléculas inicialmente dissolvidas em
c) a parafina é uma mistura de alcanos superiores ou seja de água. A força de um ácido está associada ao maior ou menor
grandes massas moleculares. grau de ionização do mesmo.
d) o petróleo é uma mistura heterogênea.
n.o de moléculas ionizadas
e) o gás metano principal componente do gás natural, conhe- α=
cido como gás do lixo, só pode ser obtido a partir do petróleo. total de moléculas dissolvidas
(ACAFE) Algumas substâncias em contato com a pele, nos
Caracterı́sticas
dão uma sensação de estarem frias. Dentre elas podemos des-
tacar o éter comum. Isso ocorre por que: • Apresentam sabor azedo;
f) o éter ao cair na pele, evapora, e este é um processo
exotérmico. • Tornam vermelho o papel tornassol azul e a fenolftaleı́na
g) o éter ao cair na pele, evapora, e este é um processo en- de vermelha para incolor;
dotérmico.
h) o éter reage endotermicamente com substâncias da pele. • Conduzem corrente elétrica em solução aquosa;
i) o éter sublima. • Quando adicionados ao mármore ou carbonatos, produ-
j) o éter é resfriado. zem uma efervescência com liberação de gás carbônico.
Classificação
Quı́mica Aula 7 Em geral, pode-se classificar os ácidos quanto à:
Presença de Oxigênio
140 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
Volatilidade
Bases
• Volátil: todos os hidrácidos;
Bases ou Hidróxidos são substâncias que, ao serem dis-
• Fixo: todos os oxiácidos. solvidas em água, sofrem dissociação iônica, originando
o “ânion”OH − , denominado hidroxila ou oxidrila. Os
Estabilidade hidróxidos são compostos formados por um metal ou um ı́on
positivo, ligado a hidroxila. Observe abaixo a dissociação
• Instável: só existem dois ácidos instáveis; iônica de algumas bases em solução aquosa:
H2 CO3 → H2 O + CO2
H2 SO3 → H2 O + SO2 N aOH → N a+ + OH −
F e(OH)3 → F e+3 + 3OH −
• Estáveis: todos com excessão dos ácidos carbônico e sul- N H4 OH → N H4+ + OH −
furoso.
Caracterı́sticas das Bases
Força
• Apresentam sabor amargo;
• Para Hidrácidos:
• Reagem com os ácidos produzindo sal;
– Fortes: HCl, HI, HBr • Tornam azul o papel tornassol vermelho e a fenolftaleı́na
– Moderado ou Semi-Forte: HF de incolor para vermelha;
– Fracos: HCN, H2 S • Conduzem corrente elétrica em solução aquosa;
• Para Oxiácidos: m = N0 − NH+ • São untuosas ao tato.
– Fraco: quando m = 0;
– Moderado ou Semi-Forte: quando m = 1;
Classificação das Bases
– Forte: quando m = 2; Classifica-se as bases quanto à:
– Muito Forte: quando m = 3.
Número de Hidroxilas (OH − )
– Exemplos:
• Mono-base: possui apenas uma hidroxila. Exemplo:
HCl → m = 0 fraco
KOH;
H2 CO3 → m = 1 moderado
H2 SO4 → m = 2 forte • Dibase: possui apenas duas hidroxilas. Exemplo:
Ca(OH)2 ;
HClO4 → m = 3 muito forte
• Tribase: possui três duas hidroxilas. Exemplo: Al(OH)3 ;
Quı́mica – Aula 7 141
Força
Comparando Conceitos
• Forte: quando a base é dissolvida em água, ocorre dis-
sociação iônica quase que totalmente. Bases de metais • Lewis: o mais geral;
alcalinos (1A) e de metais alcalinos terrosos (2A);
• Brönnsted-Lowry: bem amplo;
• Fraca: todas as demais bases.
• Arrhenius: o mais limitado.
É toda espécie quı́mica (molécula ou ı́on) capaz de doar um • Existem ácidos e bases de Lewis que não são de Brönnsted-
próton na forma de H + . Lowry nem de Arhenius.
Base
Estequiometria
É toda espécie quı́mica (molécula ou ı́on) capaz de receber um
próton na forma de H + . É o cálculo da quantidade de reagentes necessários e de produ-
tos obtidos numa determinada reação quı́mica. Baseia-se nas
Exemplos Leis de Lavoisier (conservação das massas), Proust (proporção
das massas) e Gay Lussac (proporção de volumes).
Fundamenta-se no fato de que a proporção de mols entre rea-
HCl(Ácido) + H2 O(Base) ⇋ gentes e produtos numa reação é constante, dada pelos coefi-
H3 O+ (Ácido) + Cl− (Base) (2.16) cientes estequiométricos.
N H3 (Ácido) + H2 O(Base) ⇋ Outro fundamento do cálculo estequiométrico é a definição de
−
N H4 (Ácido) + OH (Base) (2.17) mol.
Isso explica por que a reação tende para o sentido direito, ou C3 H6 O → CO2 + H2 O
seja, da esquerda para direita.
Balanceando a equação pelo método das tentativas, chegare-
Conceito de Lewis mos aos seguintes coeficientes menores e inteiros:
Ácido
1 C3 H6 O (1 mol) + 4 O2 (4 mols) →
É toda espécie quı́mica (molécula ou ı́on) capaz de aceitar um
par de elétrons através da ligação coordenada dativa. 3 CO2 (3 mols) + 3 H2 O (3 mols)
142 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
indique:
Quı́mica Aula 8
a) a massa da água obtida ao queimar-se todo o álcool do
tanque;
b) o volume de gás carbônico que sai do escapamento, supondo
combustão completa. Soluções Quı́micas
2. (ACAFE) Em regiões industriais o anidrido sulfuroso
(SO2 ), resultante da queima de combustı́veis fósseis, dá origem Concentração
à chuva ácida na atmosfera devido a sua oxidação e contato Você já reparou, por exemplo, que numa dada quantidade de
com a precipitação pluviométrica. Em relação a estas regiões, água podemos dissolver quantidades menores ou maiores de sal
a alternativa falsa é: comum, desde que evidentemente, não ultrapassemos o ponto
a) São Paulo e Cubatão são exemplos de cidades onde a in- de saturação.
cidência de chuvas ácidas é bastante acentuada;
Pois bem, chama-se concentração de uma solução a toda
b) Ocorre uma oxidação dos portões de ferro com uma inten-
e qualquer maneira de expressar a proporção existente numa
sidade bem maior que em regiões distantes das regiões indus-
dada solução.
triais;
c) As plantações são bastante afetadas, pois a chuva diminui Usaremos a seguinte convenção:
o pH do solo, retardando o crescimento das mesmas; ms → massa do soluto
d) A vegetação pode vir a secar completamente, caso o perı́odo
msv → massa do solvente
das chuvas seja prolongado;
e) Não é recomendada a utilização de portões de alumı́nio por- mt → massa do solução
que este é atacado pela chuva ácida. onde
3. (FUVEST) Um elemento metálico M forma um cloreto de mt = ms + msv (2.18)
fórmula M Cl3 . A fórmula de seu sulfato é:
a) M2 SO4 Tı́tulo τ
b) M SO4
c) M2 (SO)3 É o quociente de massa do soluto pela massa total da solução
d) M (SO)4 (soluto + solvente).
e) M (SO)3 ms
T = (2.19)
msv
ou
Exercı́cios Complementares τ=
ms
(2.20)
ms + msv
4. (COMVESUMC) O ácido que corresponde à classificação sendo o tı́tulo uma grandeza adimensional.
mono-ácida, oxiácido, e ternário é:
a) HN O3 Porcentagem em Massa P
b) H2 SO4
c) H3 P O4 É o quociente da massa do soluto (multiplicado por 100) pela
d) HCl massa total da solução (soluto + solvente).
e) HCN O
ms
5. O amonı́aco usado para fins de limpeza é uma solução P = × 100% (2.21)
aquosa de amônia que contém ı́ons: mt
a) hidroxila onde a relação entre porcentagem em massa e tı́tulo é
b) sulfato
c) nitrato P = τ × 100% (2.22)
Quı́mica – Aula 8 143
Onde:
Resumo das Principais Equações
C → Concentração Comum (g/l) Relações das Massas
d → Densidade (g/ml)
τ → Tı́tulo m = m1 + m2
Número de Mols
Molaridade M m1
n1 =
Concentração em M ol/l ou Molaridade M é o quociente do mol1
número de mols do soluto pelo volume da solução (em litros).
Sendo: Densidade
m
ns → número de mols do soluto d=
V
d → massa do soluto (g)
Ms → massa molar do soluto (g) Tı́tulo
V → volume da solução (l) m1
T =
M → molaridade (mols) m
Porcentagem em Massa
m1
ns P = 100 ·
M= (2.25) m
V
onde
ms Concentração (g/l)
ns = (2.26)
Ms m1
C=
V
Equivalente-Grama
Molaridade
É a massa molar do soluto dividida pela carga total do cátion
n1
ou do ânion de uma substância. M=
V
Exercı́cios de Aplicação
Equilı́brio Iônico
1. (ACAFE) A massa de BaCl2 necessária para preparar 25
litros de solução 0, 1 M deste sal será:
É um equilı́brio quı́mico em que aparecem ı́ons. Ocorre com
a) 208 g
ácidos bases e os sais, considerados eletrólitos.
b) 520 g
c) 260 g
d) 416 g
Exemplos
e) 71 g
2. (ACAFE) A uréia, N H2 CON H2 , é um produto do meta- HCN ←→ H + + CN −
bolismo de proteı́nas. Que massa de uréia é necessária para
preparar 500 ml de uma solução 0, 20 M ?
a) 5, 1 g no de moles dissociados
b) 12, 0 g α=
no inicial de moles
c) 18, 0 g
d) 24, 0 g ou seja
e) 6, 0 g α = grau de dissociação iônica
3. (ACAFE) A concentração de N aCl na água do mar é de A constante de ionização segue a Lei de Guldeberg-Waage.
0, 43 mol/l. O volume em l, de água do mar que deve ser
evaporado completamente para a produção de 5 kg de sal de
HCN ←→ H + + CN −
cozinha é aproximadamente:
a) 12 l
b) 25 l [H + ].[CN ]
Ka =
c) 40 l [HCN ]
d) 200 l
Ka = constante de dissociação iônica para ácidos,
e) 430 l
Kb = para bases
pKa = −logKa
Exercı́cios Complementares Ka = 4, 0 × 10−10
pKa = −log(4, 0 × 10−10 )
pKa = 9, 4
4. (ACAFE) Para uma solução a 20 % em massa e densidade Quanto maior α → maior ionização → maior é o numerador
4 g/ml, calcule a concentração em g/l. na expressão da constante → maior é K.
a) 80 g/l
A partir da expressão de Ka , quanto mais ionizado o ácido se
b) 800 g/l
encontra:
c) 8 g/l
d) 8000 g/l
- maior a quantidade de ı́ons em solução;
e) 400 g/l
5. (ACAFE) Uma gota de água ocupa um volume aproxi- - menor a quantidade de ácido não-ionizado;
mado de 0, 0500 ml. Sabendo-se que a densidade da água é
1, 00 g/cm3 . O número de moléculas por gota de água será: - maior o valor de Ka .
a) 1, 67 × 1021
b) 1, 67 × 1023 A força de um ácido é medida pela sua capacidade de produzir
c) 6, 00 × 1023 ı́ons H + em solução aquosa. Portanto, quanto maior o valor
d) 6, 00 × 1021 de Ka :
e) 3, 00 × 1021
6. Uma solução de AgN O a 1, 00 % em água é utilizada - maior a capacidade de ionização do ácido;
3
para tratar os olhos de recém-nascidos. Sendo a densidade da
solução 1, 08 g/ml, a sua molaridade em mol/l é: - maior quantidade de ı́ons H + produzida;
a) 1, 0 mol/l
b) 0, 10 mol/l - maior é a força do ácido.
Quı́mica – Aula 9 145
c) 5, 82 × 10−4 molar
d) 5, 40 × 10−5 molar
e) 5, 40 × 10−7 molar
5. (USP-SP) O grau de ionização do ácido acético (HAc),
numa solução 0,5M, é de 6 × 10−1 %. Calcule a constante de
ionização desse ácido.
6. (UDESC) O peixe crú, preparado com suco de limão ou
vinagre, é consumido em diversos paı́ses. Esse prato é fácil
digestão, porque o suco de limão ou vinagre:
a) Forma solução básica e não hidrolisa as proteı́nas do peixe.
b) Forma solução ácida e não hidrolisa as proteı́nas do peixe.
c) É solução básica e hidrolisa as proteı́nas do peixe.
d) Forma a solução ácida e hidrolisa as proteı́nas do peixe.
Quı́mica B – Aula 1 147
Método Cientı́fico
Quı́mica B Aula 1 Desenvolvido por Galileu Galilei o método cientı́fico é a base de
¯
toda a Ciência, pois sintetiza o conjunto de atividades que vi-
sam observar, experimentar, explicar e relacionar os fenômenos
da natureza, criando leis, teorias e modelos cada vez mais ge-
rais, que nos permitam prever e controlar os fenômenos futu-
O que é Quı́mica? ros.
Observação → Hipóteses → Experimentação →
Quı́mica é a ciência que estuda a natureza da matéria, suas Medição → Leis experimentais → Modelo cientı́fico
propriedades, suas transformações e a energia envolvida nesses
processos. Fenômenos Quı́micos e Fı́sicos
A quı́mica está presente em toda matéria orgânica e
inorgânica, natural e artificial e tem contato diário e direto Fenômeno é qualquer acontecimento da natureza. Quando
com o homem. ocorre um fenômeno, uma transformação, há alteração no sis-
tema do estado inicial ao estado final.
Um Pouco de História...
Antoine Lavoisier (1743−1794)
Podemos dizer que tudo começou com o homem primitivo,
quando ele aprendeu a “produzir o fogo”, a coser seus alimen-
tos, a fazer tintas para se pintar, a usar plantas como remédio Figura 2.1: O pai da Quı́mica: Lavoisier (1743-1794)
para suas doenças, etc. No começo da era cristã, surgiram os
chamados alquimistas, que sonhavam em descobrir o “elixir
da longa vida”, aperfeiçoaram técnicas de metalurgia, intro- Fenômeno Fı́sico
duziram a quı́mica medicinal, sintetizaram várias substâncias,
isolaram outras, além de terem registrado um grande número É qualquer transformação sofrida por um material sem que
de experimentos em suas observações. ocorra alteração de sua constituição ı́ntima de seus consti-
A partir do século XVII, a ciência se transforma, tornando-se tuintes. Ex: o amassar do papel, evaporação da água, quebra
mais experimental e menos filosófica. Dentre os cientistas com de um objeto.
essa nova proposta, destacam-se o inglês Robert Boyle(1627-
1691)- com seus estudos sobre o comportamento dos gases, a Fenômeno Quı́mico
distinção entre mistura e “combinação”, e o francês Antoine
Laurent Lavoisier (1743-1794) publicou (Tratado elementar de É qualquer transformação sofrida por um material de modo
Quı́mica) que estabeleceu um marco na quı́mica moderna, no que haja alteração na sua constituição ı́ntima de seus cons-
qual podemos destacar o Princı́pio da Conservação da Massa, a tituintes. Ex: oxidação do ferro (formação da ferrugem), apo-
descoberta do elemento oxigênio e sua análise quantitativa da drecimento de um alimento.
composição da água. Por seu trabalho, Lavoisier é considerado
o “pai da Quı́mica”.
Pense um Pouco!
A Importância da Quı́mica • Fatos comuns envolvendo materiais e transformações
quı́micas são de conhecimento recente ou antigo?
Podemos dizer que tudo à nossa volta é quı́mica, pois todos os
• Quais as atividades do seu dia em que a quı́mica está
materiais que nos cercam passaram ou passam por algum tipo
presente?
de transformação. A quı́mica proporciona progresso, desenvol-
vimento e através do uso dela que suprimos as necessidades:
O uso de materiais de limpeza e higiene, roupas de fios artifici-
ais, desenvolvimento da indústria farmacêutica, fertilizantes e
Exercı́cios de Aplicação
pesticidas para plantação, produtos industrializados cuja ob-
tenção depende de transformações quı́micas como plásticos, 1. (U.E.CE) Assinale a alternativa correta:
vidros, tintas, cimento etc. a) Oxidação do ferro é um fenômeno fı́sico
148 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
b) Fusão do chumbo é um fenômeno quı́mico. Corpo é qualquer porção limitada da matéria. Se uma porção
c) Combustão da madeira é um fenômeno quı́mico. de matéria se presta a um certo uso, ela é chamada de objeto
d) Queima do papel é um fenômeno fı́sico. ou sistema.
e) n. d. a. Durante a queima de uma vela (matéria), ela se desgasta, pro-
duzindo fumaça (matéria: fuligem e gases) e liberando energia
2. (UFSC) Indique na relação abaixo os fenômenos fı́sicos (F)
(luz: energia luminosa; calor: energia calorı́fica).
e os fenômenos quı́micos (Q).
a) ( ) Queima da gasolina nos motores dos carros Desse modo, podemos conceituar energia como tudo aquilo que
b) ( ) Digestão dos alimentos ingeridos pode modificar a estrutura da matéria, provocar ou anular mo-
c) ( ) Formação de ferrugem vimentos e, ainda, iluminar aquecer e resfriar pode até causar
d) ( ) Quebra de um objeto sensações.
e) ( ) Enfiar um prego na madeira Princı́pio da conservação de matéria e energia: A matéria e
f) ( ) Derretimento de um iceberg energia não podem ser criadas nem destruı́das; podem somente
ser transformadas.
3. (UFPR) Aquecer uma barra de ferro até o ponto de fusão,
recolher o lı́quido em uma forma esférica, transformando a
barra em uma bola de ferro, é exemplo de fenômeno: Lei da Conservação da Massa
a) Quı́mico, pois altera a forma da barra de ferro.
b) Fı́sico, pois a substância continua sendo ferro. ”A soma das massas dos reagentes é igual a soma das
c) Fı́sico-quı́mico, pois há alteração na forma da substância. massas dos produtos”.
d) Não é exemplo de fenômeno. Ou ainda,
e) n. d. a. ”Na natureza, nada se cria, nada se perde; tudo se
transforma”.
Exercı́cios Complementares
Estados da Matéria
4. (F.E.-SP) Sejam os seguintes fenômenos: I. sublimação Existem vários tipos de matéria e cada um é chamado de
da naftalina, II. formação da ferrugem, III.queima do álcool substâncias que podem se apresentar num dos três estados
comum, IV.fusão do gelo. São quı́micos: fı́sicos:
a) todos
b) nenhum
Sólido (S)
c) somente II e III
d) somente I e III A substância apresenta forma e volume constantes (partı́culas
e) somente II e IV fortemente unidas, bem arrumadas e com movimento vi-
bratório discreto);
5. (MACKENZIE-SP) I. Fusão do gelo, II. Sublimação do
iodo, III. Digestão dos alimentos, IV. Queima de madeira. São
exemplos de fenômenos: Lı́quido (L)
a) I e II quı́micos
b) I e IV fı́sicos A substância apresenta forma variável e volume constante
c) II e III fı́sicos (partı́culas levemente unidas, havendo certa liberdade de mo-
d) II e IV quı́micos vimento);
e) III e IV quı́micos
Gasoso (G)
6. (UDESC) Aquecendo uma fita de magnésio até a com-
bustão, notamos o desprendimento de fumaça, restando um A substância apresenta forma e volume variados (partı́culas li-
pó branco. Isso é exemplo de fenômeno: vres umas das outras, havendo total liberdade de movimento);
a) Fı́sico, pois alterou a estrutura do magnésio.
b) Quı́mico, pois houve a formação de novas substâncias.
c) Fı́sico, pois podemos juntar o pó branco e a fumaça, recu- Mudanças de Estado
perando o magnésio.
d) Não é exemplo de fenômeno. • Fusão (S → L): a substância funde à temperatura fixa
e) n. d. a. (ponto de fusão) a uma certa pressão. Ex.: o gelo funde
à 0◦ C ao nı́vel do mar.
1. Evaporação: ocorre à temperatura ambiente é lenta • Substância Simples: são substâncias formadas por
e espontânea (ex: a água de um lago evapora com o átomos de um amesmo mesmo elemento quı́mico, e que
calor do sol); por ação de agentes fı́sicos não se decompõe, e portanto,
2. Ebulição: ocorre quando fornecemos calor ao lı́quido, não forma outras substâncias. Exemplos: H, O, O3 .
é rápida e violenta (ex: uma chaleira d’água fer- Chama-se de alotropia o fenômeno pelo qual um único
vendo); elemento quı́mico forma duas ou mais substâncias sim-
ples diferentes. Exemplo: o carbono pode ser encontrado
3. Calefação: ocorre quando se borrifa um lı́quido numa na natureza em duas formas diferentes: o grafite e o dia-
chapa aquecida acima do seu ponto de ebulição (ex.: mante.
pingar uma gota d’água numa chapa de ferro muito
quente). • Substâncias Compostas: são formadas por átomos de
dois ou mais elementos quı́micos diferentes, e que por ação
• Condensação G → L: a substância no estado gasoso é de agentes fı́sicos, se decompõem formando duas ou mais
resultado de um lı́quido vaporizado que, ao sofrer um res- substâncias novas. Exemplos: água + eletricidade → gás
friamento, retorna ao estado lı́quido por condensação. (ex: oxigênio + gás hidrogênio.
gotı́culas de água se formam na tampa de uma chaleira).
Outro processo similar é a Liquefação: é a condensação
de uma substância que em condições ambientes, é um gás Sistemas e Misturas
que ao comprimi-la (aumentar a pressão) passa para o
estado lı́quido (ex.: o gás de cozinha é comprinido num Para acilitar o estudo da Quı́mica definimos:
botijão e se liquefaz – gás liquefeito de petróleo (GLP)).
• Sistema: é uma parte do universo fı́sico que contém ou
• Sublimação S → G: a substância passa da forma sólida não matéria, cujas propriedades estão sob investigações
diretamente para o estado gasoso (ex: naftalina, iodo, cientı́ficas.
cânfora).
• Mistura Homogênea: mistura de substâncias que apre-
senta único aspecto e as mesmas caracterı́sticas em toda a
Partı́culas e Átomos sua extensão. A mistura homogênea pode ser uma solução
monofásica, por exemplo água + açúcar, ou uma liga
Toda a matéria conhecida é formada por três tipos de metálica, como exemplos temos o latão (cobre (Cu) +
partı́culas elementares fundamentais: zinco (Zn)) ou o bronze (cobre (Cu) + estanho (Sn)).
• Próton: partı́cula massiva que possui uma carga elétrica • Mistura Heterogênea: mistura que apresenta vários
elementar positiva (+e) e participa da formação do núcleo aspectos fı́sicos, sendo possı́vel de distinguir seus compo-
dos átomos; nentes (polifásica). Exemplo: água + óleo + areia.
• Nêutron: partı́cula também massiva que não possui
carga elétrica, mas desempenha um importante papel na
estrutura e estabilidade interna do núcleo dos átomos, re-
Pense um Pouco!
duzindo a repulsão coulombiana entre os prótons;
• O iodo (I) é um sólido de cor castanha. Ao ser aquecido
• Elétron: partı́cula muito leve que possui uma carga ele- libera vapores violeta, que se transformam em iodo sólido
mentar negativa (−e) e circula o núcleo atômico, for- ao encontrarem uma superfı́cie fria. Explique e dê o nome
mando uma espécie de nuvem (orbital). No seu movi- dos fenômenos observados.
mento ao redor do núcleo, apresenta um “comportamento
• Durante a ebulição da água destilada (água pura) a tem-
duplo” de partı́cula e onda; daı́ dizer-se que a natureza do
peratura não se modifica, ao passo que, durante a ebulição
elétron é a de uma partı́cula-onda.
da água do mar, a temperatura continua aumentando.
O princı́pio da incerteza, de Heisenberg, diz que: Pense um pouco e explique esse fato.
“É impossı́vel se determinar simultaneamente a
posição e a velocidade de um elétron.”
Exercı́cios de Aplicação
Com base nesse princı́pio, criou-se modernamente a idéia
de orbital, como sendo a região onde há grande possi- 1. (UFSC) Matéria é tudo que tem massa e ocupa lugar no
bilidade (probabilidade) do elétron ser encontrado. Na espaço. São exemplos de matéria (marque V ou F):
prática, podemos pensar no elétron como uma “nuvem” a) ( ) pedra
que circunda o núcleo. b) ( ) madeira
c) ( ) corpo humano
Elementos e Substâncias d) ( ) ar
e) ( ) água
Todos as substâncias encontradas na natureza são constituı́das f) ( ) carro
por combinações de átomos, que por sua vez, são as estruturas
fı́sico-quı́micas estáveis elementares. 2. (PUC-SP) O conceito de elemento quı́mico está relacionado
com a idéia de:
• Elemento quı́mico: é o conjunto de todos os átomos a) átomo
quimicamente iguais. b) molécula
150 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
3. (UDESC) Assinale a opção que apresenta apenas substância Considerando um elemento no estado natural, com átomos ele-
simples: tricamente neutros, temos:
a) H2 , Cl2 , N2 , CH4
b) M gCl2 , H2 O, H2 O2 , CCl4 N o de prótons = Z
c) N a2 O, N aCl, H2 , O2
d) CCl4 , H2 O, Cl2 , HCl
e) H2 , Cl2 , O2 , N2 N o de elétrons = Z
N o de neutros = A − Z
Exercı́cios Complementares
Para um átomo de elemento X qualquer representamos, usa-
4. (UFMG) Considerando-se completa ausência de poluição mos a seguinte notação:
entre os materiais citados a seguir, a substância pura é: A
ZX
a) ar
b) água para representar o seu número atômico e sua massa atômica.
c) madeira Exemplo: para um átomo de ferro temos 26 F e56 .
d) cinza
e) terra
HIDROGÊNIO
I H He
e) II e V
HÉLIO
1,008 2A 3A 4A 5A 6A 7A 4,003
3 4 5 6 7 8 9 10
NITROGÊNIO
OXIGÊNIO
NEÔNIO
CARBONO
O
BERÍLIO
Li Be B C N F Ne
FLÚOR
BORO
II
LÍTIO
6,941 9,012 10,81 12,01 14,01 16,00 19,00 20,18
11 12 13 14 15 16 17 18
MAGNÉSIO
ALUMÍNIO
ARGÔNIO
FÓSFORO
ENXOFRE
SILÍCIO
S
SÓDIO
Si Ar
2. (UFSC) Um determinado átomo apresenta 20 prótons, Na Mg Al P Cl
CLORO
III 23,00 24,30 3B 4B 5B 6B 7B 8B 1B 2B 26,98 28,08 30,97 32,06 35,45 39,95
19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
CRIPTÔNIO
MANGANÊS
POTÁSSIO
NÍQUEL
GERMÂNIO
VANÁDIO
ESCÂNDIO
COBALTO
CRÔMIO
COBRE
ARSÊNIO
CÁLCIO
FERRO
V Co
ZINCO
IV Ca Ti Cr Ni
SELÊNIO
K Sc
BROMO
Fe Zn Ga Ge Se Br
TITÂNIO
Mn Cu As Kr
GÁLIO
20 nêutrons e 20 elétrons; outro, apresenta 20 prótons, 21 39,10
37
40,08
38
44,96
39
47,88
40
50,94
41
52,00
42
54,94
43
55,85
44
58,93
45
58,69
46
63,55
47
65,38
48
69,72
49
72,59
50
74,92
51
78,96
52
79,90
53
83,80
54
MOLIBDÊNIO
CÁDMIO
ESTRÔNCIO
ANTIMÔNIO
RUTÊNIO
TECNÉCIO
RUBÍDIO
PALÁDIO
ZIRCÔNIO
XENÔNIO
TELÚRIO
ESTANHO
Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
NIÓBIO
RÓDIO
V
PRATA
ÍTRIO
ÍNDIO
IODO
nêutrons e 20 elétrons. Marque V ou F: 85,47
55
87,62
56
88,91
57 - 71
91,22
72
92,91
73
95,94
74
(98)
75
101,1
76
102,9
77
106,4
78
107,9
79
112,4
80
114.8
81
118,7
82
121,7
83
127,6
84
126.9
85
131,3
86
TUNGSTÊNIO
MERCÚRIO
RADÔNIO
PLATINA
HÁFNIO
TANTÁLIO
POLÔNIO
VI Ba
CHUMBO
ÓSMIO
BISMUTO
ASTATO
Hf Ir Pb
BÁRIO
Cs W Os
RÊNIO
Ta Pt Au TI At Rn
CÉSIO
Hg Bi Po
TÁLIO
Re
OURO
IRÍDIO
SÉRIE DOS
KURCHATÓVIO
UNILSÉPTIO
UNILÓCTIO
UNILHÉXIO
HÂHNIO
VII
UNILÊNIO
Fr
FRÂNCIO
RÁDIO
Ra SÉRIE DOS
Ku Ha Unh Uns Uno Une
(223) (226) ACTINÍDIOS (261) (260)
c) ( ) São isótopos
57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
Número Atômico
PRASEODÍMIO
DISPRÓSIO
PROMÉCIO
GADOLÍNIO
SAMÁRIO
LANTÂNIO
NEODÍMIO
EURÓPIO
Er
ITÉRBIO
Tb
HÓLMIO
La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Dy Ho Lu
CÉRIO
Gd Tm Yb
LUTÉCIO
TÉRBIO
ÉRBIO
TÚLIO
VI
NOME DO ELEMENTO
138,9 140,1 140,9 144,2 (145) 150,4 152,0 157,3 158,9 162,5 164,9 167,3 168,9 173,0 175,0
MENDELÉVIO
PROTACTÍNIO
BERQUÉLIO
EINSTÊINIO
CALIFÓRNIO
LAURÊNCIO
PLUTÔNIO
NETÚNIO
NOBÉLIO
VII
AMERÍCIO
Pu Md
ACTÍNIO
URÂNIO
Th U Np Am Bk Cf Es Fm Lr
CÚRIO
Ac Pa Cm No
FÉRMIO
TÓRIO
Massa Atômica
( ) - elemento
radioativo (227) 232,0 (231) 238,0 (237) (244) (243) (247) (247) (251) (252) (257) (258) (259) (260)
e) ( ) O número de massa de ambos é de 41 CONVENÇÕES: (s) = estado sólido ( ) = estado líquido (g)= estado gasoso (aq) = meio aquoso N = normal M = molar ∆ H = variação de entalpia L = litro R = 0,082 atm . L / K mol NA: 6,02 x 1023
5. (CESGRANRIO) Um certo átomo X é isóbaro do Ca40 e É a medida de energia fornecida a um átomo isolado no estado
isótopo do 18 Ar36 . O número de nêutrons do átomo X é: gasoso para retirar ou desprender um elétron, formando um ı́on
a) 4 gasoso positivo(cátion). Quanto maior o tamanho do átomo,
b) 18 menor energia de ionização (Ei ), numa famı́lia a (Ei ) aumenta
c) 22 debaixo para cima. Nos perı́odos (Ei ) aumenta da esquerda
d) 36 para direita.
e) 40
Exemplo
6. (FEI-SP) Um cátion metálico trivalente tem 76 elétrons
e 118 nêutrons. O átomo de elemento quı́mico do qual se Considere uma amostra de sódio gasoso (P = 11, Z = 11):
originou tem número atômico e número de massa, respectiva-
N a(g) + Ei = +119 kcal/mol → N a+ (g) + e− (g)
mente:
a) 76 e 194 Neste caso, a energia de ionização (Ei ) do sódio é de
b) 76 e 197 119 kcal/mol, e o sinal positivo indica que a energia deve ser
c) 79 e 200 absorvida.
Quı́mica B – Aula 4 153
Reatividade Quı́mica
Está relacionada com o caráter metálico ou não-metálico de
um elemento, quanto maior a capacidade de perder elétrons
mais metálico é o elemento.
Quanto maior o tamanho do átomo menor o potencial de io-
nização (Ei ) e menor a eletronegatividade = maior caráter
metálico = maior reatividade quı́mica do metal.
Quanto menor o tamanho do átomo maior a eletroafinidade,
maior a eletronegatividade e maior caráter não-metálico =
maior a reatividade quı́mica do não-metal.
Exemplo
Propriedade que o átomo apresenta maior ou menor tendência A densidade ou massa especı́fica de um corpo é a razão entre
de atrair elétrons para si, resultando da ação conjunta da (Ei ) e sua massa m e seu volume V , ou seja,
da eletroafinidade, ou seja, compara a força de atração exercida m
pelo átomo sobre seus elétrons. ρ=
V
Volume Atômico v
Mede o volume molar especı́fico do material sólido, e está re-
lacionado com a estrutura cristalina do elemento (distribuição
dos átomos no espaço):
massa molar M
v= =
densidade ρ
.
Nas famı́lias o volume atômico aumenta de cima para baixo, e
Figura 2.3: Aumento da eletroafinidade dos átomos. nos perı́odos aumenta do centro para as laterais.
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Figura 2.5: Aumento da densidade dos átomos. Figura 2.7: Aumento do Ponto de Fusão (PF ).
Exercı́cios de Aplicação
Volatilidade
1. (UDESC) Observe os elementos representados na Tabela
Periódica e julgue os ı́tens (V = verdadeiro e F = falso), na
ordem:
I - A eletronegatividade dos elementos boro(B) , carbono (C),
nitrogênio (N ), oxigênio (O) e flúor (F ) diminui da direita
para a esquerda.
II - O elemento de menor eletropositividade é o césio (Cs).
III - Dentre os elementos conhecidos, o boro (B) é o único
semi-metal.
IV - A energia de ionização do criptônio (Kr) é maior que a
do potássio (K).
V - O raio atômico do magnésio (M g) é maior que o de sódio
(N a) porque ele possui um elétron a mais.
Assinale a alternativa que julga corretamente os ı́tens acima,
na seqüência de I a V.
Figura 2.6: Aumento do volume atômico dos átomos. a) F, V, V, F, F
b) F, V, F, F, V
c) F, F, F, V, F
Ponto de Fusão (PF ) d) V, F, F, V, F
e) V, V, F, F, V
É a temperatura em que um sólido passa do estado sólido para
o estado lı́quido. 2. (UFSC) Sobre os elementos N a, M g e Al, podem ser feitas
Nas famı́lias, o PF aumenta de cima para baixo, exceto em as afirmações:
1(1A) e 2(2A), que é o contrário; nos perı́odos, aumenta dasI - N a+ , M g ++ e Al+++ possuem o mesmo número de
laterais para o centro. elétrons.
II - A ordem decrescente de eletronegatividade destes elemen-
tos é N a, M g e Al.
III - M g ++ e Al+++ possuem o mesmo número de prótons.
IV - A ordem crescente de reatividade com o H2 O é: Al, M g
Pense um Pouco! e N a.
A opção que contém apenas afirmações corretas é:
• Dentre as propriedades periódicas estudadas, quais são a) I e IV
fı́sicas e quais são quı́micas? b) I e III
c) II e IV
d) III e IV
• Qual o elemento mais denso que você já viu? Consulte a e) II e III
tabela periódica do Apêndice e verifique se existe algum
elemento ainda mais denso. 3. Na reação F (g)+ e− (g) → F − (g)+ 402 kcal/mol, a medida
de energia 402 quilo-calorias por mol representa:
a) a eletronegatividade do flúor
• Cite exemplos de semi-metais e não-metais conhecidos. b) a eletropositividade do flúor
Quı́mica B – Aula 5 155
c) o potencial de ionização do flúor Conhecendo as valências dos elementos cujos átomos vão se
d) a eletroafinidade do flúor ligar para formar um composto iônico, podemos calcular a ı́on
e) a polaridade do flúor fórmula:
1. ligação iônica;
3. ligação metálica.
Ligação Covalente Dativa
Os gases nobres são elementos estáveis, pois apresentam oito Só ocorre se o átomo que vai contribuir com o par de
elétrons na sua camada de valência, exceção do gás hélio. elétrons estiver estabilizado pela covalente simples e tiver pares
eletrônicos disponı́veis:
Estabilidade Eletrônica Exemplos
HN O3
Oito elétrons na camada de valência.
H2 SO4
H3 P O4
Ligação Iônica Ligação Covalente Apolar
Ocorre entre metal que tem tendência de perder elétron, com Ocorre entre ametais de mesmo elemento quı́mico (solúveis em
não-metal, que tem tendência de receber elétron, formando água) (mesma eletronegatividade). Por exemplo: H − H.
ı́ons de cargas contrárias, que se atraem mutuamente. Ligação Covalente Polar
Exemplos Ocorre entre ametais de elementos diferentes (insolúveis em
Fazer o esquema de Lewis: água) (eletronegatividade diferentes). Exemplo: molécula
+
N a Cl :− HCl, pois o cloro é mais eletronegativo que o hidrogênio, ou
seja, apresenta maior capacidade de atrair elétrons; portanto
o par de elétrons da ligação é atraı́do por ele, criando-se nesse
K + + Cl− : extremo uma maior densidade eletrônica. Assim, surgem pólos
distintos (representado pela letra δ), formando uma ligação co-
Íon Fórmula valente polar: δ+ HClδ− .
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Exercı́cios Complementares
5. (UFRGS) O conceito de ligação covalente se refere à idéia Figura 2.1: O gás carbônico (CO2 ) apresenta geometria mole-
de: cular linear, distribuição espacial dos pares eletrônicos é linear
a) atração eletrostática e possui 2 átomos ao ligados ao átomo central.
b) par iônico
Quı́mica B – Aula 6 157
Figura 2.2: O composto SO3 apresenta geometria molecular Figura 2.3: A água (H2 O) apresenta geometria molecular an-
é trigonal plana, a distribuição espacial dos pares eletrônicos gular, mas a distribuição dos pares de elétrons é tetraédrica e
forma um triângulo equilátero e possui 3 átomos ligados ao possui 2 átomos ligados ao átomo central.
átomo central.
Figura 2.4: O metano (CH4 ) apresenta geometria molecular Figura 2.5: O P Cl5 apresenta geometria molecular bipirâmide
tetraédrica e distribuição dos pares eletrônicos também é te- trigonal e possui 5 átomos ligantes.
traédrica e possui 4 átomos ligados ao átomo central
Exercı́cios de Aplicação
cial, criando uma pelı́cula elástica. Quanto mais intensas as
forças de atração, maior será a tensão superficial. 1. Qual dessas ligações é mais fraca?
Você Sábia? a) eletrovalente
Os icebergs são massa de gelo flutuante que geralmente se des- b) covalente
prende numa geleira polar e, portanto, são constituı́dos por c) ponte de hidrogênio
água doce. Eles flutuam por que a densidade da água sólida é d) Van der Waals
menor do que a da água lı́quida. Na água lı́quida, as moléculas e) iônica
estão unidas por pontes de hidrogênio e dispostas de forma 2. (Acafe-SC) Cada molécula de água é capaz de efetuar, no
menos organizada do que no estado sólido. Neste estado, a or- máximo:
ganização é maior, formando estruturas hexagonais tridimensi- a) 5 pontes de hidrogênio.
onais, mais espaçadas, que diminuem a densidade, permitindo b) 2 pontes de hidrogênio.
assim que o gelo flutue sobre a água. Esta propriedade ex- c) 4 pontes de hidrogênio.
plica também a quebra de garrafa de bebidas esquecidas no d) 1 pontes de hidrogênio.
congelador. e) 3 pontes de hidrogênio.
Forças Inter-moleculares e Ponto de Ebulição
3. (UFSM-RS) Dentre os compostos abaixo:
: O importante fator que influencia o ponto de ebulição de
I. H3 C–CH2 –O–CH3
uma substância é o tamanho da molécula, pois quanto maior
II. H3 C–CH2 –N H2
a molécula, mais fácil a ocorrência de distorção da nuvem
III. H3 C–CH2 –OH
eletrônica; conseqüentemente, mais fácil a formação de pólos,
Apresentam pontes de Hidrogênio entre suas moléculas:
ou seja, a medida que o tamanho da molécula aumenta (au-
a) apenas I
mento da massa molecular), o ponto de ebulição também deve
b) apenas II
aumentar. OBS: Na passagem do estado liquido para o ga-
c) apenas I e III
soso ocorre uma separação das moléculas assim, quanto maior
d) apenas II e III
a atração entre as moléculas no liquido, maior será o ponto de
e) I, II e III
ebulição. Quanto maior a molécula mais fácil é a formação de
pólos.
Exercı́cios Complementares
Pense um Pouco! 4. (UEFS - BA) Por ação de energia, o hidrogênio di-atômico
se dissocia de acordo com a equação: H–H(g) → 2H(g). Nesta
• Quando se ferve a água, qual o tipo de ligação é rompida dissociação, ocorre rompimento de ligação quı́mica do tipo:
na mudança de estado? a) ponte de hidrogênio.
b) de Van der Waals.
c) metálica
• Temos duas substâncias, HX e HY. O que podemos dizer
d) iônica
com relação ao ponto de ebulição (PE) dessas substâncias,
e) covalente
sabendo que em HX ocorrem forças de Van der Waals e
em HY ocorrem pontes de hidrogênio? 5. (ITA-SP) Os hidretos do tipo H2 X dos elementos da famı́lia
Quı́mica B – Aula 7 159
do oxigênio são todos gasosos em condições ambientais, com Vamos agora acertar a quantidade de átomos de carbono. No
exceção do hidreto de oxigênio. Esta situação é conseqüência: primeiro membro existem agora quatro carbonos (2C2 H6 O);
a) da baixa massa molecular da água no segundo, um (CO2 ). Então, devemos multiplicar CO2 , no
b) das ligações covalentes lado direito da equação, por 4.
c) das pontes de hidrogênio entre as moléculas
d) do fato de o oxigênio ter o maior raio atômico dessa famı́lia 2C2 H6 O + O2 → 4CO2 + 6H2 O
e) do fato de que o gelo é menos denso que a água lı́quida
Finalmente, acertamos a quantidade de átomos de oxigênio.
6. Dentre as seguintes substâncias, qual apresenta pontes de
No segundo membro, já acertado, existem quatorze átomos de
hidrogênio entre as moléculas?
oxigênio (4CO2 e 6H2 O), e no primeiro, quatro (2C2 H6 O e
a) metano (CH4 )
O2 ). Então o coeficiente da molécula O2 será 6, para se obter
b) clorofórmio (CHCl3 )
12 átomos que, com outros dois perfazem os quatorze:
c) benzeno (C6 H6 ).
d) Éter-etı́lico (H2 C2 –O–C2 H5 )
e) Água (H2 O) 2C2 H6 O + 6O2 → 4CO2 + 6H2 O
4F e + 3O2 → 2F e2 O3 + calorր
Você Sabia?
Quanto à Reversibilidade Para combater a acidez estomacal, causada pelo suco gástrico
existente (HCl ou ácido clorı́drico) que em excesso só causa
Reações Reversı́veis azia. O uso de leite de magnésia, uma suspensão de
Ocorrem simultaneamente nos dois sentidos (indicado pela du- hidróxido de magnésio, ou medicamentos à base de hidróxido
pla seta): de alumı́nio, diminuem a acidez, aliviando a azia. As reações
que ocorrem são:
CaO + CO2 ⇌ CaCO3
M g(OH)2 + 2HCl → M gCl2 + 2H2 O
Reações Irreversı́veis
Reações que ocorrem num só sentido. Al(OH)3 + 3HCl → AlCl3 + 3H2 O
Por exemplo: Também pode-se usar o bicarbonato de sódio:
N aCl + AgN O3 → AgCl + N aN O3 N aHCO3 + HCl → N aCl + H2 O + CO2
IV. C2 H2 + 23 2O2 → CO2 + H2 O + C + calor • Se a ligação ocorre entre átomos do mesmo elemento (
V. 2F e2 O3 + 3C + calor → 4F e + 3CO2 substâncias simples), não havendo, portanto, diferença de
Consideram-se as reações endotérmicas: eletronegatividade e sendo a molécula apolar, o Nox é
a) III e V sempre zero:
b) I , II e IV Exemplos
c) II, III e V
H2 , Cl2 , O2 : Nox = 0
d) I, III e IV
e) II e III • O Nox de um ı́on simples é igual a sua carga (é a própria
definição de Nox).
Exemplos
Exercı́cios Complementares
N a+ : Nox N a = +1
S −2 : Nox S = −2
4. A análise da reação
Al+3 : Nox Al = +3
H2 (g) + 12 O2 (g) → H2 O(l) + 68 kcal
permite concluir que: • O Nox do hidrogênio em compostos é +1, com exceção
a) a reação é endotérmica dos compostos metálicos (hidretos metálicos), em que o
b) a reação tem ∆H positivo Nox do H é −1.
c) a entalpia dos reagentes é maior que a dos produtos
Exemplos
d) a entalpia dos reagentes é menos que a dos produtos
e) a entalpia dos reagentes é igual a dos produtos H2 O: Nox H = +1
N aH : Nox H = −1
5. (PUC-RS) A equação a seguir representa: HN O3 (aq) +
N aOH(aq) → N aN O3 (aq) + H2 O(l) com ∆H = • O Nox do oxigênio nos compostos é −2, com exceção dos
−13, 69 kcal/mol compostos com flúor (O2 F2 e OF2 ) e peróxidos (O − O).
a) um processo endotérmico Exemplos
b) a neutralização parcial de um ácido
H2 O: Nox O = −2
c) um processo que há a liberação de calor
d) um processo não espontâneo H2 O2 : Nox O = −1
e) uma reação de análise O2 F2 : Nox O = +1
6. As reações endotérmicas caracterizam-se por: OF2 : Nox O = +2
I. serem espontâneas • A soma algébrica dos Nox de todos os átomos de uma
II. ocorrerem com absorção de calor molécula é sempre igual a zero (o número de elétrons ce-
III. apresentam sinal positivo para a variação da entalpia didos é igual ao de elétrons recebidos).
Reações De Oxi-Redução 4. inverter ∆t , isto é, colocar o valor daquele que sofreu
oxidação na frete da substância cujo elemento sofreu
Reação em que ocorrem variações dos números de oxidação redução e vice-versa.
dos átomos de certos elementos.
Em uma solução de sulfato de cobre (CuSO4 ) em água, mer- 5. Acertar os demais coeficientes por tentativa.
0
gulhamos uma lâmina de zinco (Zn ). após algum tempo ve-
rificamos que essa lâmina está recoberta por uma camada de Exemplo 1
cobre metálico e a solução apresenta ı́ons Zn+2 . HI + H2 SO4 −→
Os átomos de zinco (Zn0 ) se transformam em ı́ons de zinco +1 − 1 +1 + 6 − 2
(Zn+2 ), ou seja, perdem 2 elétrons: ocorre uma oxidação, −→ H2 S + H2 O + I2
perda de elétrons, aumento no Nox: +1 − 2 +1 − 2 0
Determinação do ∆:
Zn0 −→ Zn+2 + 2e−
• oxidação: variação 1 e atomicidade 1 = 1 × 1 = ∆ = 1
Os ı́ons cobre (Cu+2 ) se transformam em átomos neutros de
cobre (Cu0 ), ou sejam, ganham 2 elétrons: redução (ganho de • redução: variação 8 e atomicidade 1 = 8 × 1 = ∆ = 8
elétrons), diminui Nox:
Igualando o número de elétrons cedidos e recebidos, temos:
Cu+2 + 2e− −→ Cu0
8HI + 1H2 SO4 −→ H2 S + H2 O + I2
Assim o que ocorreu foi uma transferência de elétrons dos
átomos de zinco (Zn0 ) para o ı́on cobre (Cu+2 ): estabelecemos a proporção da reação , agora, completamos os
outros coeficientes por tentativa:
Zn0 + Cu+2 −→ Zn+2 + Cu0
8HI + 1H2 SO4 −→ 1H2 S + 4H2 O + 4I2
Oxidação e Redução são fenômenos paralelos, ou seja, não
pode ocorrer oxidação sem que ocorra uma redução. Desse Exemplo 2
modo podemos somar as equações dos dois processos e obter K2Cr2O7 + HCl −→
a equação do processo global: +1 + 6 − 2 +1 − 1
Zn0 −→ Zn+2 + 2e− semi-equação de oxi-redução −→ KCl + CrCl3 + H2 O + Cl2
+1 − 1 +3 − 1 +1 − 2 0
Cu+2 + 2e− −→ Cu0
Zn0 + Cu+2 −→ Zn+2 + Cu0 • oxidação: ∆ = 1 × 2 = 2
• redução: ∆ = 3 × 2 = 6
Redutor e Oxidante
observe que no cálculo do ∆ de oxidação consideramos a ato-
Esse processo global constitui uma reação de oxi-redução. A micidade 2, em vez de 1, isso porque nem todos os átomos de
espécie doadora de elétrons, sofre oxidação, provoca a redução cloro se oxidam (uma parte se manteve, pois seus Nox não se
(diminuição de Nox) da outra espécie, por isso é chamado de alteraram). Assim, usamos a atomicidade do Cl2 , pois este é
agente redutor. formado pelos átomos de cloro que se oxidaram:
A espécie receptora de elétrons, que se reduz, provoca a
oxidação (aumento de Nox) da outra, sendo chamada de agente 2K2 Cr2 O7 + HCl −→ KCl + CrCl + H2 O + 6Cl2
oxidante.
Agente Oxidante Por tentativa, acertamos os outros coeficientes:
Provoca oxidação de outra espécie quı́mica, sofre redução (ga-
2K2 Cr2 O7 + 28HCl −→ 4KCl + 4CrCl + H2 O + 6Cl2
nho de elétrons) e a variação do Nox diminui.
Agente Redutor simplificando por 2:
Provoca redução de outra espécie quı́mica, sofre oxidação
(perda de elétrons) e a variação do Nox aumenta. K2 Cr2 O7 + 14HCl −→ 2KCl + 2CrCl + H2 O + 3Cl2
Quı́mica B – Aula 9 163
Exercı́cios de Aplicação
Quı́mica B Aula 9
1. (UDESC) Dada a reação:
• Soluções sólido-gás: naftaleno (naftalina) no ar; • ◦ S = 357 g de N aCl por litro de água a 0◦ C;
• Soluções lı́quido-sólido: água em sólidos higroscópicos • ◦ S = 1.220 g de AgN O3 por litro de água a 0◦ C;
(CaCl2 );
• ◦ S = 2g de CaSO4 por litro de água a 0◦ C.
• Soluções lı́quido-lı́quido: água em álcool;
• Soluções lı́quido-gás: umidade no ar; Colóides
• Soluções gás-sólido: hidrogênio retido em platina em
pó; Solução coloidal é uma dispersão onde as partı́culas disper-
sas têm um tamanho médio compreendido entre 1 a 100 nm
• Soluções gás-lı́quido: gás carbônico em bebidas; (lembre-se 1 nm = 10−7 cm = 10−9 m).
• Soluções gás-gás: todas as misturas gasosas;
Classificação dos Colóides
Proporção Entre Soluto e Solvente
Classificam-se os Colóides segundo vários critérios:
• soluções diluı́das: contém pouco soluto em relação ao
solvente (10 g de N aCl por litro de água); Natureza do Disperso
• soluções concentradas: caso contrário (300 g de sal por • colóides micelares: as partı́culas dispersas são agrega-
litro de água). dos de átomos, de moléculas ou de ı́ons. por exemplo,
enxofre em água;
Natureza do Soluto
• colóides moleculares: as partı́culas dispersas são
• soluções moleculares: quando as partı́culas disper- moléculas gigantes. Por exemplo, amido em água;
sas são moléculas. Por exemplo, moléculas de açúcar
(C12 H22 O11 ) em água; • colóides iônicos: as partı́culas dispersas são ı́ons gigan-
tes. Por exemplo: proteı́na em água.
• soluções iônicas: quando as partı́culas dispersas são
ı́ons. Íons do sal comum (N a+ e Cl− ) em água, por exem-
plo; Estado Fı́sico do Disperso e do Dispersante
nome disperso dispersante exemplo
Importante
sol sólido sólido rubi, safira
• Há muitas soluções que apresentam simultaneamente sol sólido lı́quido cola
moléculas e ı́ons dispersos, por exemplo, numa solução gel lı́quido sólido geléias
aquosa de ácido acético (ácido fraco) existem muitas emulsão lı́quido lı́quido leite, maionese
moléculas (CH3 COOH) e poucos ı́ons (CH3 COO− e aerossol lı́quido gasoso neblina, spray
H + ) em solução. ar sólido gasoso fumaça
espuma gasoso sólido pedra-pomes
• Semelhente dissolve Semelhante: substâncias espuma gasoso lı́quido chantilly, sabão
inorgânicas são polares, enquanto que as orgânicas são Observação
apolares. Quando os colóides do tipo sol possuem como dispersante a
água, eles são chamados do hidrossóis.
O Fenômeno da Saturação da Solução
Reversibilidade
Juntando-se gradativamente N aCl à água, em temperatura
ambiente e sob agitação contı́nua, verifica-se que em dado mo- • reversı́veis: afinidade muito grande entre o disperso e
mento o sal não se dissolve mais. Neste caso isto ocorre quando o dispersante (liófilos-amigos do lı́quido) uma vez o gel
há aproximadamente 360 g de N aCl por litro de água. Daı́ obtido, podemos conseguir o sol e voltar ao sistema gel:
em diante toda a quantidade adicional de sal que for colocada Peptização – adição de lı́quido
no sistema irá se depositar ou precipitar no fundo do recipi- GEL ⇐⇒ SOL
ente; dizemos então, que a solução está saturada. O ponto Pectização – retirada de lı́quido
de saturação (coeficiente ou grau de solubilidade ◦ S) depende
do soluto, do solvente e das condições fı́sicas, como a tempe- • Irreversı́veis: não há intensa afinidade entre as fases, daı́
ratura. A pressão passa a ser importante em soluções onde serem chamados de liófobos. Ex: enxofre coloidal, metais
existem gases. coloidais.
• A tinta nanquim é um colóide liófobo instável, protegido 3. (OBJETIVO-SP) Quais as soluções aquosas, contendo uma
por um colóide aquoso de gelatina; única substância dissolvida, que podem apresentar corpo de
fundo dessa substância?
• Na fabricação de filmes fotográficos, o AgBr é estabilizado a) saturadas e super saturadas
por gelatina na forma de gel; b) somente as saturadas
c) insaturadas diluı́das
• No leite, a manteiga que está dispersa na forma coloidal
d) somente as supersaturadas
é estabilizada pela caseı́na.
e) insaturadas concentradas
• Na maionese, a gema do ovo constitui um colóide protetor
que estabiliza a emulsão de azeite e vinagre; 4. (UDESC) Em uma emulsão, a fase dispersa e a fase disper-
sante são, respectivamente:
• A clara de ovo atua como estabilizante dos complexos sis- a) sólida e sólida
temas coloidais que formam os sorvetes cremosos. b) lı́quida e sólida
c) gasosa e gasosa
Para Aprender Mais! d) sólida e lı́quida
e) lı́quida e lı́quida
As entidades dispersas (micelas) em uma disposição coloidal
são constantemente bombardeadas pelas moléculas do disper-
sante e assim ficam em movimento totalmente desordenado Exercı́cios Complementares
que podem ser visto num ultra-microscópio. Tal movimento
chama-se movimento Browniano, descrito por Robert Brown,
em 1827. 5. (ITA-SP) Em relação as misturas de substâncias preparadas
e mantidas num laboratório de quı́mica são feitas as seguintes
afirmações:
Você Sabia? I. O lı́quido resultante da adição do metanol e etanol é mo-
A pérola é um exemplo de gel, ou seja, uma dispersão coloidal nofásico e, portanto, é uma solução.
de água (disperso) em carbonato de cálcio (dispersante). Ela II. O lı́quido transparente que resulta da mistura de carbonato
é produzida por moluscos bivalves, isto é, moluscos com uma de cálcio e água e que sobrenada o excesso de sal sedimentado
concha de dois pedaços articulados. Existem espécies marinhas é uma solução saturada.
e de água doce. A pérola é produzida quando algum elemento III. O lı́quido turvo que resulta da mistura de hidróxido de
estranho penetra entre o corpo do molusco e a camada da sódio e uma solução aquosa de nitrato cúprico é uma suspensão
concha, um grão de areia, por exemplo. Para defender-se, o de um sólido num lı́quido.
molusco produz várias camadas de nácar ao redor do corpo IV. A fumaça branca que resulta da queima do magnésio ao
estranho, formando a pérola. ar é uma solução de vapor de óxido de magnésio em ar.
V. O liquido violeta e transparente que resulta da mistura de
permanganato de potássio com água é uma solução.
Pense um Pouco! Dessas afirmações, está(ão) incorreta(s) apenas:
a) I
• O que diferencia uma solução diluı́da de uma concentrada? b) II
c) IV
• O nome que se dá ao sistema coloidal de um disperso d) II e V
sólido num dispersante lı́quido, de modo que o sistema e) II, III e V
não tome uma forma definida?
6. (UEPG-PR) Assinale a alternativa que não caracteriza
solução coloidal.
Exercı́cios de Aplicação a) Aerossol – nuvens
b) Aerossol – fumaça de cigarro
1. Qual das trı́ades abaixo é constituı́da por três colóides? c) Espuma – espuma de sabão
a) leite, fumaça, neblina d) Emulsão – maionese
b) leite, fumaça, óleo-diesel e) Suspensão – água barrenta
c) fumaça, neblina, gasolina
7. (Ucsal-BA) Qual das misturas abaixo exemplifica uma dis-
d) gelatina , neblina, cloreto de sódio
persão coloidal?
e) borracha, cola, açúcar
a) Soro fisiológico
2. (UFRS) A uma solução de cloreto de sódio foi adicionado b) Ácido muriático
um cristal desse sal e verificou-se que este não se dissolveu, pro- c) Leite pasteurizado
vocando ainda, um aumento de volume do precipitado. Pode- d) Água sanitária
se inferir que a solução original era: e) Álcool hidratado
166 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
Nomeamos os átomos de acordo com os grupos de divisão: Dependendo do elemento ligado ao hidrogênio, o hidreto pode
Óxidos Moleculares ser:
O óxido liga-se a um não metal ou hidrogênio: escrevemos a Iônico
palavra óxido seguida da preposição “de”e do nome do ele- São os hidretos de metais mais eletropositivos, ou seja, alca-
mento associado ao oxigênio. Antes da palavra óxido e do linos e alcalinos terrosos. São também chamados de hidretos
nome do elemento, colocamos os prefixos mono, di , tri, tetra, salinos.
penta, etc. para indicar a quantidade de átomos de oxigênio e Apresentam caráter básico, pois reagem com a água, produ-
do elemento existentes na fórmula. zindo base e despresndendo o hidrogênio.
Exemplos Exemplo
CO2 : dióxido de carbono N aH + HOH =⇒ N aOH + H2ր
N2 O5 : pentóxido de dinitrogênio
Molecular
Cl2 O7 : heptóxido de dicloro
CO: monóxido de carbono ou óxido de carbono Hidretos de não-metais e semi-metais.
Óxidos Iônicos Exemplos
O óxido liga-se a um metal: H2 S: sulfidreto
HF : fluoridreto
Exemplos
N H3 : amônia
N a2 O: óxido de sódio
Os hidretos moleculares dos elementos das famı́lias 6A (16) e 7
CaO: óxido de cálcio
A(17) são ácidos em solução aquosa, isto é, sofrem ionização.
F eO: óxido de ferro II
Exemplo
HF + H2 O =⇒ H3 O+ + F −
Classificação dos Óxidos
Óxidos Básicos
Reagem com água, formando uma base, e reagem com ácidos, Você Sabia?
formando sal e água. Para formar uma base, é necessário um
cátion, portanto esses óxidos são todos iônicos. Os galinhos do tempo são feitos de plástico, revestidos com um
Exemplos sal de cobalto. O cloreto de cobalto anidro (CoCl2 ) é azul e o
K2 O + H2 O =⇒ 2KOH cloreto de cobalto di-hidratado (CoCl2 · 2H2 O) é cor-de-rosa.
K2 O + 2HCl =⇒ 2KCl + H2 O Em dias chuvosos, quando a umidade relativa do ar é maior,
Óxidos Ácidos o sal, naturalmente, absorve moléculas de água da atmosfera,
São os óxidos que reagem com água, formando ácido, e rea- deixando o galinho rosa. Quando a umidade relativa do ar
gem com base, formando sal e água; estes óxidos são todos diminui, o sal perde gradativamente as moléculas de água e
moleculares. volta a ser azul.
Exemplos
SO3 + H2 O =⇒ H2 SO4
SO3 + 2N aOH =⇒ N a2 SO4 + H2 O Para Aprender Mais!
Podemos considerar os óxidos ácidos como ácidos que perde-
ram água; por isso eles são também chamados de anidridos O cloreto de sódio é encontrado na natureza, em jazidas na
(sem água): crosta terrestre, constituindo o salgema, e nas águas do mar,
Exemplo de onde ser retira a maior parte desse composto.
H2 SO4 − H2 O = SO3 A água do mar é canalizada para reservatórios de pouca pro-
fundidade e grande superfı́cie, denominados salinas. Os reser-
vatórios são dispostos de tal forma que a água passa sucessi-
Hidretos vamente por todos e, pela ação do sol e do vento, é evaporada,
deixando depositados os sais menos solúveis, como o carbo-
São os compostos binários do hidrogênio de fórmula geral
nato de cálcio, o sulfato de cálcio e o sulfato de magnésio. O
Ex Hy se o H for o elemento mais eletronegativo, ou Hy Ex
cloreto de sódio deposita-se junto com o cloreto de magnésio,
se o H for o elemento menos eletronegativo.
que absorve vapor de água do meio ambiente e se solubiliza,
restando cloreto de sódio com alto grau de pureza. No Brasil,
Nomenclatura o sal de cozinha, conhecido como sal iodado, contém iodeto
de sódio ou potássio para evitar o bócio (hipertireóide). Além
Usa-se a palavra Hidreto seguida do nome do elemento ligante. disso, contém pequenas quantidades de outros sais que podem
Exemplos se hidratar, como o cloreto de magnésio (M gCl2 ). Nos dias
HCl: hidreto de cloro ou cloridreto em que a umidade relativa do ar é maior, ele se transforma em
HBr: hidreto de bromo ou bromidreto cloreto de magnésio hidratado, que deixa o sal com aspecto
CaH2 : hidreto de cálcio molhado, aglutinando as partı́culas e entupindo o saleiro.
N H3 : amônia A solução contendo 0,92% de cloreto de sódio é conhecida como
P H3 : fosfina soro fisiológico e é usada no combate à desidratação.
168 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
Pense um Pouco!
• A acidez estomacal, provocada pelo ácido clorı́drico, pode
ser neutralizada utilizando-se uma solução de que tipo?
Propriedades Coligativas
Exercı́cios de Aplicação Sabemos que a água pura congela-se a 0 ◦ C e ferve a 100 ◦ C,
sob pressão normal de 1 atmosfera. No entanto, dissolvendo
um pouco de sal comum em água, ela passará a congelar-se
1. (OSEC-SP) Qual das alternativas abaixo contém a fórmula
abaixo de 0 ◦ C e a ferver acima de 100 ◦ C, sob pressão de
do nitrito de sódio e do ácido brômico?
1 atmosfera. Esses fenômenos são denominados Efeitos ou
a) N aN O3 e HBr
Propriedades Coligativas.
b) N aN O3 e HBrO
c) N aN O2 e HBrO4 Propriedades Coligativas das soluções são propriedades
d) N aN O2 e HBrO3 que dependem apenas do número de partı́culas dispersas na
e) N aN O e HBrO solução, independentemente da natureza dessas partı́culas.
2 2
Ebuliometria
Quı́mica B Aula 11 É o estudo da elevação da temperatura de ebulição de
Quı́mica B – Aula 11 169
onde ∆Te é o chamado efeito ebulioscópico ou ebuliométrico. onde a constante Kc é denominada constante crioscópica
Note que devemos dizer temperatura inicial de ebulição da molal do solvente pode ser calculada pela relação:
solução porque à medida que a solução ferve o solvente vai
evaporando, a concentração da solução vai aumentando a sua RT 2
Kc =
temperatura de ebulição (T ) também irá aumentar. Essa pre- 1.000LF
ocupação não existe em relação ao lı́quido puro, pois durante onde: T é a temperatura absoluta de congelamento do solvente
toda a ebulição sua temperatura (T0 ) se mantém constante.
puro (em K)
LF é o calor latente de fusão do solvente puro (em cal/g).
Lei de Raoult
e como n/V é a molaridade M da solução, temos 2. Qual a temperatura de congelamento de uma solução con-
tendo 8, 9 g de antraceno (C14 H10 ) em 256 g de benzeno? Da-
p = M RT dos: Tc = 5, 42 ◦ C para o benzeno puro, constante criométrica
para soluções moleculares. molal do benzeno = 5,12 ◦ C, massas atômicas: H = 1 e C =
12.
Para se obter a pressão osmótica em atm, o valor de R a ser
utilizado é 0, 082 atm · L/mol · K). 3. (ITA-SP) Uma solução de N aCl em água é aquecida num
Para as soluções iônicas recipiente aberto. Qual das afirmações abaixo é falsa em
relação a este sistema?
p = M RT i a) A solução entrará em ebulição quando sua pressão de vapor
for igual à pressão ambiente.
Você Sabia? b) A molaridade da solução aumentará a medida que prosse-
guir a ebulição.
Em condições normais, a água entra e sai continuamente das c) A temperatura de inı́cio de ebulição é maior que a da água
células, difundindo-se em direção à região em que há me- pura.
nor número de moléculas de água, estabelecendo o equilı́brio d) A temperatura aumenta à medida que a ebulição prosse-
osmótico. Se uma célula viva, por exemplo uma hemácia, for gue.
colocada em solução salina, que apresente concentração supe- e) A composição do vapor desprendido é a mesma da solução
rior à da célula, haverá um fluxo de água, através da membrana residual.
plasmática, de dentro da célula (menor concentração) para fora
da célula (maior concentração), provocando a sua contração. 4. (UFSC) Ao colocar-se uma célula vegetal normal, numa
Ao contrário se o meio for hipotônico, a célula ficará intumes- solução salina concentrada, observar-se-á que ela começará a
cida. Isso faz com que a administração de soro deva ser feita “enrugar” e a “murchar”. Sobre esse fenômeno, é correto afir-
com solução isotônica. Nos vegetais existe, além da membrana mar:
plasmática, outra membrana (celulósica) que limita a entrada 01. A célula vegetal encontra-se num meio hipotônico em
de água, evitando que as células se rompam. relação à sua própria concentração salina.
02. Há uma diferença de pressão, dita osmótica, entre a solução
salina do meio.
Para Aprender Mais! 04. Há um fluxo de solvente do interior da célula para a solução
A dessalinização é um processo para obtenção de água potável, salina do meio.
a partir da água do mar, em locais onde as fontes de água doce 08. Quanto maior for a concentração da solução salina externa,
são insuficientes, como algumas regiões do Oriente Médio. A menor será o fluxo de solvente da célula para o meio.
remoção do sal é feita por osmose reversa, ou seja, o solvente 26. O fluxo de solvente ocorre através de membranas semi-
(água) fará o caminho inverso ao natural, pela aplicação de permeáveis.
uma pressão superior à pressão osmótica. Uma das dificulda- 5. (UDESC) Folhas de alface em contato com a água perma-
des desse processo é a obtenção de membranas semipermeáveis necem frescas. Quando imersas em vinagre com sal (tempero
que resistam a altas pressões. de saladas) elas ficam murchas após algum tempo, devido:
a) somente à passagem dos ı́ons cloreto através da membrana
Brincadeira de Criança das células do alface.
b) à osmose inversa, passagem da água da solução de vinagre
Ao jogar sal de cozinha em uma lesma. O sal de cozinha ab- e sal para dentro das células do alface.
sorve toda a água da lesma e o animal morre ocorrendo uma c) à dissociação do sal no interior das células do alface.
osmose visı́vel (a passagem de um solvente por uma mem- d) à osmose, passagem da água do interior das células do al-
brana semi-impermeável). Você deve já deve ter feito essa face para a solução de vinagre e sal.
experiência peralta quando criança! e) somente à passagem dos ı́ons sódio através da membrana
das células do alface.
Pense um Pouco!
Exercı́cios Complementares
• A pressão máxima de vapor de água pura, a 20 ◦ C,
é 17, 54 mmHg. Dissolvendo-se 36 gramas de glicose
(massa molecular=180) em 500 gramas de água, quais 6. (Puccamp-SP) Num local em que a água congela a 0 ◦ C e
◦
serão os abaixamentos absoluto e relativo da pressão ferve a 100 C, ◦uma solução aquosa ◦
de glicose irá:
máxima de vapor da solução? a) congelar a 0 C e ferver a 100 C.
b) congelar abaixo de 0 ◦ C e iniciar a ebulição abaixo de 100
◦
C.
Exercı́cios de Aplicação c) congelar acima de 0 ◦ C e iniciar a ebulição abaixo de 100
◦
C.
d) congelar abaixo de 0 ◦ C e iniciar a ebulição acima de 100
1. Dez gramas de uma substância de massa molecular 266 ◦ C.
foram dissolvidos em 500 gramas de tetracloreto de carbono. e) congelar acima de 0 ◦ C e iniciar a ebulição acima de 100
Qual a temperatura de ebulição da solução, sob pressão nor- ◦ C.
mal? Dados: Te = 77 ◦ C (sob pressão normal); LV =
46 cal/g. 7. (Acafe-SC) Usando um costume popular, um jovem cobriu
Quı́mica B – Aula 12 171
uma ferida com pó de café, para acelerar sua cicatrização. O Montagem Experimental
efeito coligativo, envolvido na retirada de lı́quido que favoreceu
a cicatrização, é: Para melhor entendimento do sistema (pilha de Daniel) é
a) tanométrico possı́vel montá-la experimentalmente:
b) criométrico
c) ebuliométrico
d) isométrico
e) osmótico
Zn + Cu+2 =⇒ Zn+2 + Cu
Pilha de Daniell
A porcelana porosa deve impedir a mistura das soluções, mas
Se baseia na seguinte reação de oxi-redução:
deve permitir a passagem dos ı́ons que estão sendo atraı́dos ou
Zn + CuSO4 −→ ZnSO4 + Cu repelidos pelas forças elétricas.
Após um certo tempo de funcionamento da pilha, a chapa de
Os elétrons que passam do Zn para o Cu+2 , que produzem a zinco estará corroı́da, a chapa de cobre aumentou devido à de-
corrente elétrica. posição de cobre e as concentrações das soluções se alteram.
172 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
Você Sabia? senta a primeira vez que a Renault transfere parte de sua pes-
quisa para fora da França.
A vida vegetal e animal na água depende de seu caráter oxi-
O carro de hidrogênio não polui porque não queima com-
dante ou redutor, o que é dado pela equação:
bustı́vel. Seu motor ”arranca”energia elétrica do hidrogênio
O2 + 4H + + 4e− =⇒ 2H2 O por meio de reações quı́micas limpas. Nesse automóvel, uma
célula (ou pilha) combustı́vel realiza o inverso da eletrólise,
cujo E◦ varia aproximadamente de +0, 3 V (para água aerada) combinando átomos de hidrogênio e de oxigênio. O processo
a −0, 6 V (para água com pouco ar). Quanto maior o E◦ mais produz vapor de água e uma corrente elétrica.
oxidante será o meio aquoso. Além de limpo, o motor a hidrogênio é muito mais eficiente
que os motores convencionais a explosão usados hoje nos au-
tomóveis. Enquanto um motor elétrico transforma em ener-
Para Aprender Mais! gia mecânica (movimento) quase 100% da energia que produz,
Eletrólise Industrial do N aCl um motor a explosão converte em movimento menos de 30%
da energia gerada pela queima do combustı́vel. O restante
A eletrólise aquosa do sal produz hidrogênio (H2 ), cloro (Cl2 ) perde-se sob a forma do calor produzido pelo movimento dos
e soda cáustica (N aOH). Esse processo envolve o consumo pistões.
de grandes quantidades de energia, por isso as indústrias O Laboratório de Hidrogênio da Coppe está investido numa al-
instalam-se preferencialmente em regiões onde a fonte de clo- ternativa bem diferente, que permitiria armazenar num espaço
reto de sódio e a energia elétrica são custo mais baixo. O pequeno grandes quantidades de hidrogênio destituı́do do seu
hidróxido de sódio, conhecido como soda cáustica, é o prin- potencial explosivo. Para isso, os cientistas quebram as
cipal produto dessa eletrólise, é a base mais barata e mais moléculas de hidrogênio, separando seus dois átomos, que por
importante como matéria prima, sendo usada na fabricação de serem muito pequenos, podem ser ”embutidos”dentro da estru-
sabão, detergentes, papel, sais de sódio, refinação de petróleo, tura do metal de um ”tanque”maciço. Parece ficção, mas, no
purificação de óleos vegetais, indústria têxtil, entre outros. O laboratório da Coope, os cientistas conseguem com êxito ”em-
cloro é usado como desinfetante por ser um agente bactericida, butir”o hidrogênio no metal e regata-lo novamente na forma
no tratamento da água e esgotos, no branqueamento da celu- gasosa.
lose, na fabricação de inseticidas como BHC, na preparação de
PVC, na fabricação de hipocloritos, entre outros.
O Hidrogênio é extremamente reativo e perigosos de ser ma- Pense um Pouco!
nipulado, pois é explosivo e inflamável. Ele é usado na hi-
drogenação de óleos vegetais (produção de margarinas), na • De acordo com as reações do Al e do Co:
produção de amonı́acos (N H3 ), como combustı́vel de fogue-
tes, em maçaricos oxı́dricos, etc. Al+3 + 3e− =⇒ Al -1,66 V
A reação entre o hidrogênio e cloro produz o cloreto de Co+2 + 2e− =⇒ Co -0,28 V
hidrogênio (HCl), que dissolvido em água produz ácido
clorı́drico, usado na limpeza de superfı́cies metálicas que serão Responda:
galvanizadas. O ácido muriático é o ácido clorı́drico contendo a) Qual deles se reduz mais facilmente?
impurezas, usado na limpeza de chão. b) Qual deles se oxida mais facilmente?
c) Qual o melhor agente redutor?
O hipoclorito de sódio é obtido pela passagem de uma corrente
d) Qual o melhor agente oxidante?
de gás cloro pela solução de hidróxido de sódio e é usado como
alvejante e desinfetante.
Exercı́cios de Aplicação
Brasil Pesquisa à Hidrogênio
Imagine um automóvel que funciona alimentado por uma fonte 1. (UFSM-RS) Um procedimento utilizado para limpar obje-
de energia tão limpa que o único resı́duo que produz é va- tos de prata é colocá-los em um recipiente de alumı́nio com
por de água. Parece sonho, mas já existem no mundo al- água quente e N aHSO3 . Este processo pode ser expresso pela
guns protótipos desse veı́culo. Trata-se do carro movido a hi- reação:
drogênio. É um grande problema tecnológico que ainda precisa 2Al◦ + 3Ag2 S =⇒ Al2 S3 + 6Ag ◦
ser resolvido para que sua produção em grande escala possa Podemos afirmar que a reação ocorre porque:
ser pensada é uma forma segura e economicamente viável de a) o Al é mais reativo e reduz a prata
armazenar o ”combustı́vel”. Isso porque o hidrogênio é um gás b) o Al é mais reativo e oxida o msulfeto
altamente combustı́vel e instável. Basta lembrar que o Zeppe- c) os metais à esquerda de H são facilmente reduzidos
lin incendiou-se com hidrogênio gasoso e a Challenger explodiu d) a prata é um bom agente redutor
a partir de seus tanques de hidrogênio lı́quido. e) o sulfeto de prata é facilmente oxidado
A solução tem grandes chances de nascer no Brasil. Para isso, a
Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia 2. (UFSC) Com base no diagrama da pilha
(Coope) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Zn|Zn+ (1M )||Ag + (1M )|Ag
está desenvolvendo, uma parceria com a Renault, uma das
mais promissoras linhas de pesquisa em curso no mundo: o e nos potenciais padrões de oxidação, a 25 ◦ C, das semi-
”tanque”maciço no qual átomos de hidrogênio são ”embuti- reações:
dos”dentro da estrutura atômica do metal. A parceria repre- Zn =⇒ Zn+2 + 2e− E◦ = +0,76V
174 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
Ag =⇒ Ag + + e− E◦ = -0,80V
é correto afirmar que:
01. Os átomos de zinco sofrerão oxidação.
02. Os átomos de prata perderão elétrons.
04. O cátodo da pilha será eletrodo de prata.
08. Entre os eletrodos de Zn e Ag existe uma diferença de
potencial padrão de 2,36 volts.
16. A massa do eletrodo de zinco diminui com o tempo.
32. O sentido espontâneo do processo será: 64. n+2 + 2Ag =⇒
Zn + 2Ag +
3. (UFRGS) Um jovem, após utilizar uma solução de sulfato
de cobre II para proteger sua parreira, armazenou-a em um
balde de ferro. Depois de algum tempo observou que o balde
estava furado e que havia se formado um depósito averme-
lhado. O metal avermelhado pode ser:
a) óxido de cobre II
b) sulfeto de cobre II
c) sulfeto de ferro II
d) ferro metálico
e) cobre metálico
Exercı́cios Complementares
Hibridização do Carbono
Quı́mica Orgânica Aula 1 1. sp3 (tetraédrica)
• é a fusão de quatro orbitais (um do tipo s e três do
tipo p) formando quatro orbitais do tipo sp3 ;
• forma somente ligações simples;
Introdução à Quı́mica Orgânica
• ângulo entre as valências: 109◦28′ ;
BERZELIUS • é caracterı́stica dos alcanos;
“Somente os seres vivos podem transformar substâncias mine- • carbono liga-se a outros quatro átomos.
rais em orgânicas” (Teoria da Força Vital)
WHÖLLER 2. sp2 (trigonal)
Sı́ntese da uréia (composto orgânico) a partir do cianato de • é a fusão de um orbital s com dois orbitais p, for-
amônio (composto inorgânico) em laboratório. mando três orbitais do tipo sp2 ;
Elementos Organógenos
Ligações
São os elementos que formam os compostos orgânicos. Os mais
Quanto ao número de átomos de C unidos diretamente a ele:
freqüentes são: C, H, O, N.
• carbono primário: liga-se a 1 átomo de carbono;
Cadeias Carbônicas e Radicais
• carbono secundário: liga-se a 2 átomos de carbono;
Tomemos, por exemplo, o composto:
• carbono terciário: liga-se a 3 átomos de carbono;
• carbono quaternário: liga-se a 4 átomos de carbono; CH3 CH3
| |
CH3 -- CH -- CH -- CH -- C -- CH2 -- CH3
Saturação | | |
CH2 CH2 CH3
SATURADO é aquele que apresenta apenas simples ligações;
| |
C–C–C–C CH3 CH3
INSATURADO, aquele que apresenta dupla ou tripla ligação:
C == C – C – C Podemos separá-lo em duas partes principais:
176 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
São grupamentos de átomos contendo carbono, que se unem à 10. AROMÁTICA: cadeia cı́clica, contendo um anel de ben-
cadeia principal por ligações (valências). O composto acima, zeno, que apresenta efeito de ressonância.
separado nas duas partes descritas, ficaria:
• MONONUCLEADA: um único núcleo ressonante.
CH3 CH3 CH3 • POLINUCLEADA DE NÚCLEOS CONDENSA-
| | | DOS: mais de um núcleo fundido.
CH2 - CH2 - CH - CH - CH - C - CH2 - CH3
| | • POLINUCLEADA DE NÚCLEOS ISOLADOS:
CH2 CH3 mais de um núcleo separado entre si.
|
CH3 CH 3
CLASSIFICAÇÃO DAS CADEIAS Figura 2.1: Cadeias aromáticas mononucleada (a), polinucle-
1. SATURADA: Cadeia cujos carbonos, se unem por simples ada com núcleos condensados (b) e com núcleos isolados (c)
ligação:
Ex. CH3 – CH2 – CH3
Radicais derivados do Benzeno
2. INSATURADA: Cadeia cujos carbonos se unem por du-
plas e/ou triplas ligações: Regra adicional: se contiver 2 valências, as mesmas são indica-
das por ORTO (posição 1 e 2), META (posição 1 e 3) e PARA
Ex. CH2 == CH – CH3
(posição 1 e 4):
3. HOMOGÊNEA: Cadeia cujo núcleo só é constituı́do por Exemplo:
carbonos.
CH 3 CH 3 CH 3
Ex. CH3 – CH2 – CH3
1 1 1
CH 3
4. HETEROGÊNEA: Cadeia que apresenta um heteroátomo 2
8. HOMOCÍCLICA: cadeia cujo núcleo só apresenta átomos • Quı́mica orgânica pode ser somente definida como a
de carbono: quı́mica extraı́da de seres vivos?
Quı́mica Orgânica – Aula 1 177
H O H H O
| || || | //
H - C - C - C - C - C
| | | \
H H CH3 OH
Tabela de Prefixos
N Os prefixos numéricos relacionados com o número de carbonos.
Carbonos Prefixo Estrutura
1 MET C
2 ET C-C
CH 3 3 PROP C-C -C
N 4
5
BUT
PENT
C-C-C-C
C-C-C-C-C
6 HEX C-C-C-C-C-C
Quantos átomos de carbono e quantos átomos de hidrogênio 7 HEPT C-C-C-C-C-C-C
existem em uma molécula deste composto?
Em compostos que apresentem um número de átomos de car-
a) 10 e 13
bono superior a 7, é adaptado o prefixo da numeração grega
b) 10 e 14
correspondente à mesma, de modo análogo ao prefixo das ca-
c) 9 e 12
deias de 5, 6 e 7 átomos ligados, respectivamente.
d) 8 e 14
e) n.d.a. Alcanos (parafinas): são hidrocarbonetos de cadeia aberta, sa-
turada e de fórmula geral:
12. (CARLOS CHAGAS) O naftaleno, cuja estrutura é:
Cn H2n+2
Nomenclatura Orgânica
Nome = PREFIXO + AFIXO + SUFIXO
uma tripla = in
duas triplas = diin
Nomenclatura • Sufixo: indica a função quı́mica do composto orgânico:
A nomenclatura atualmente adaptada pela comunidade ci- hidrocarboneto = no álcool = ol aldeı́do = al cetona =
entı́fica, a IUPAC, os compostos orgânicos mais simples e que ona ácido carboxı́lico = óico amina = amina éter = óxi
constituem a base de todos os outros são os hidrocarbonetos,
constituı́dos por apenas dois elementos carbono e hidrogênio. Alcanos de Cadeia Normal
Estruturalmente, os hidrocarbonetos podem ser divididos em
dois grandes grupos: hidrocarbonetos alifáticos e hidrocarbo- Junta-se o prefixo + infixo + ano.
netos aromáticos, caracterizando-se estes últimos por apresen- Exemplo
tarem um ciclo de 6 átomos de carbono com caracterı́sticas Metano, etano, propano, butano, pentano, hexano, heptano,
muito especı́ficas. octano, nonano, decano, undecano, dodecano, etc.
Quı́mica Orgânica B – Aula 2 179
Ciclenos O
//
Nomenclatura dos ciclenos de cadeia normal e de cadeia rami- R - C - R
ficada:
I. O nome é dado adicionando-se o prefixo CICLO ao nome do
alceno correspondente; Haletos Orgânicos
II. Quando a cadeia for ramificada, a numeração da cadeia
se inicia a partir do carbono da ligação dupla (a dupla deve São compostos derivados dos hidrocarbonetos pela troca de
ficar entre o carbono 1 e 2) e segue-se o sentido horário ou um ou mais hidrogênios por halogênios (F, Cl, Br, I).
anti-horário, de maneira a se respeitar à regra dos menores Fórmula Geral
números;
III. As ramificações devem ser citadas em ordem alfabética; R - X
180 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
Éteres O
//
Ssão compostos orgânicos que apresentam um oxigênio ligado R - C
a dois radicais orgânicos. Os éteres são obtidos a partir da \
desidratação intermolecular dos álcoois. Sua nomenclatura é X
composta pelo radical menor escrito com a terminação oxi,
seguido do nome do hidrocarboneto correspondente ao radical
maior. Anidridos de Ácido Carboxı́lico
Fórmula Geral São compostos orgânicos obtidos pela desidratação inter- mo-
lecular de dois ácidos carboxı́licos. Sua nomenclatura é com-
R - O - R
posta pela palavra anidrido seguido do nome do menor ácido
e por fim o nome do maior ácido. Caso o anidrido possuir
Ácidos Carboxı́licos cadeias iguais, não se deve repetir o nome do ácido.
: são compostos orgânicos que apresentam a hidroxila ligada Fórmula Geral
ao grupo carbonila. Os ácidos carboxı́licos tem caráter ácido,
O
em sua nomenclatura usamos o prefixo ácido e o sufixo óico.
//
Fórmula Geral R - C
O \
// O
R - C /
\ R - C
OH \\
O
Ésteres: são compostos orgânicos usados como essências.
Constituem também óleos vegetais e animais, ceras e gordura.
Funções Nitrogenadas
São obtidos a partir da reação entre álcool ou fenol e ácido
carboxı́lico. Sua nomenclatura é composta pelo nome do ácido Aminas
formador trocando a terminação ico por ato seguido pela pre-
posição de e pelo nome do radical correspondente ao álcool ou São compostos orgânicos derivados da amônia (N H3 ) pela
fenol. substituição de um ou mais hidrogênios por radicais alquila
Fórmula Geral ou arila. As aminas são usadas como corantes. Em sua no-
menclatura usa-se o nome do radical
O Fórmula Geral
//
R - C H
\ /
O - R R - N
\
Sais de Ácidos Carboxı́licos H (amina primária)
R - C
\
NH2
Nitrilas
CH3 - CH - CH3
|
H*
Representação
Matemática A Aula 1 Podemos representar uma relação por um diagrama de se-
tas ou no plano cartesiano: Consideremos os conjuntos A =
{−1, 0, 1, 2} e B = {1, 0, 1, 4} e a relação R = {(x, y) ∈
AxB/y = x2 }.
Relações e Funções
Funções
Relações O conceito básico de função é o seguinte: toda vez que temos
dois conjuntos e algum tipo de associação entre eles, que faça
Definimos relação como:
corresponder a todo o elemento do primeiro conjunto um único
Dados dois conjuntos não vazios S e T chama-se relação R de elemento do segundo conjunto, ocorre uma função. Observe-
S em T qualquer subconjunto de Sxt. Assim, R está contido mos os pares de conjuntos abaixo.
em Sxt (R ⊂ SxT ).
Exemplos
Exemplo
1. Dados L = {2, 5, 9, 12} e A = {4, 25, 81, 144} e a relação
R = {(x, y)/x < y} R = {(x, y) ∈ LxA/y = x2 }.
B A
A L
1 2 4
0 25
3 5
2
4 9 81
6 5 12
144
Podemos escrever uma relação de A em B das seguintes formas: 2. Dados A = {10, 12, 15, 16, 13} e B = {20, 24, 30, 26} e a
relação R = {(x, y) ∈ AxB/y = 2x}.
• Nomeando os pares ordenados, por exemplo: R =
{(0, 1), (1, 2), (2, 3)}. 3. Dados A = {5, 12, 23} e B = {7, 14, 25} e a relação R =
{(x, y) ∈ AxB/y = x + 2}.
• Através de uma sentença matemática, por exemplo:
4. Dados A = {16, 81} e B = {−2, 2, 3} e a relação R =
R = {(x, y) ∈ AxB/y = x + 1}, sendo que
{(x, y) ∈ AxB/y 4 = x}
A = {0, 1, 1, 2, 3} e B = {1, 3, 4, 9}.
Serão reconhecidas como função as relações que tiverem todos
Domı́nio e Imagem os elementos de A associados a elementos de B, sendo que cada
elemento de A deve estar ligado somente a um único elemento
Ao conjunto formado por todos os primeiros elementos dos pa- de B.
res ordenados (x, y) de uma relação damos o nome de domı́nio
e representamos por D(R).
Domı́nio, Imagem e Contradomı́nio
Os segundos elementos desses pares formam o conjunto
imagem da relação: Im(R). Assim, na relação R = Tomemos os exemplos acima que representam funções (Ex01,
{(−1, 3), (0, 4), (1, 5)}, D(R) = {−1, 0, 1} e Im(R) = {3, 4, 5}. Ex03):
183
184 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
A B B
A
20
10
24 −2
12 16
30 2
15
16 81 3
26
13
f (x) = x2
A f (x) = |x|
L
2 4 f (x) = cos(x)
5 25
y Parabola
9 81
12
144
A B
7
5 6 O x
14
15
Função Ímpar
12 16
26 É a função em que para todo valor de x ∈ D ocorre f (x) =
−f (−x).
23 25
Exemplos
f (x) = 2x
Matemática A – Aula 1 185
f (x) = sin(x)
y
f (x) = x3
f(x 1 )
y f(x 2 )
O x1 x2 x
O x
Função Crescente A
L
Uma função y = f (x) é crescente num conjunto A se, somente 2 4
se, para quaisquer x1 e x2 pertencentes ao conjunto A, com
x1 < x2 , tivermos f (x) < f (x2 ). 5 25
Exemplos
9 81
f (x) = x + 2
144
f (x) = 10x
f (x) = x3
y
Função Injetora
f(x 2 )
Uma função y = f (x) : A → B é injetora, se somente se, num
conjunto A, dois elementos distintos quaisquer do domı́nio de
f(x 1 ) f (x) possuem imagens distintas em B.
Exemplos
O x1 x2 x
Função Sobrejetora
Função Bijetora
Função Decrescente
Uma função y = f (x) : A → B é bijetora, se somente se, é
Uma função y = f (x) é decrescente num conjunto A se, injetora e sobrejetora.
somente se, para quaisquer x1 e x2 pertencentes ao conjunto
Na figura 3.11 temos que a função:
A, com x1 < x2 , tivermos f (x1 ) > f (x2 ).
Exemplos
• É injetora, pois quaisquer elementos distintos de A pos-
suem imagens distintas em B;
f (x) = −x + 2
• É sobrejetora, pois
f (x) = 10−x Im = B = {4, 25, 81, 144};
f (f ) = −2x
• É bijetora porque é injetora e sobrejetora.
186 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
A B A B
1 1 1
4
2 2 2
5 3 3
3
Figura 3.8: Função não injetora Figura 3.10: Função não sobrejetora
A B A
L
1 2 4
1
5 25
2 2
3 9 81
3
4 12
144
A A c) f −1 (x) = 3x+1
2−x
L L
2 4 2 4 d) f −1 (x) = 1−2x
3−x
5 25 5 25
9 81 9 81
12 12
144 144
Exercı́cios Complementares
(a) (b)
Figura 3.12: Fique atento ao sentido das setas! 3. (UFSC) Dada a função f : R em R+ , definida por f (x) =
x2 +1, determine a soma dos números associados às afirmações
verdadeiras.
C
A 01. A função é sobrejetora.
1 h 4 02. A imagem da função é R+ .
04. A função √
é bijetora.
2 16 08. Para x = 5, temos f (x) = 6.
16. O gráfico de uma função é uma reta.
f 32. A função é par.
g
2
4. (UA) Se f e g são funções tais que f (x) = 2x−3 e f (g(x)) =
x, então é igual a:
4
a) (x + 3)/2
B b) 3x + 2
c) 1/(2x − 3)
d) 2x + 3
Figura 3.13: f = {(1, 2), (2, 4)}; g = {(2, 4), (4, 16)}
5. (UDESC) Seja f (x) = c − ax2 . Se f (−1) = 1 e f (2) = 2,
então f (5) é igual a:
a) 3
y y y b) 11/3
C>0
c) 7/3
d) 9
C=)
e) -3
O x O x O C<0 x
2x+2
1. (UFRGS) Se a função f : R∗ em R é tal que f (x) = x , f : A → B definida por f (x) = ax + b ou y = ax + b
então f (2x) é:
a) 2
b) 2x Na sentença matemática y = ax+b, as letras x e y representam
c) 2x+1 as variáveis, enquanto a e b são denominadas coeficientes.
x
d) 4x+1
x Na função real f (x) = ax + b, a é o coeficiente angular e b
2x−1
é o coeficiente linear. Pelo coeficiente angular, sabemos se a
2. (FCC-SP) A função inversa da função x+3 é: função é crescente (a > 0) ou decrescente (a < 0). O coefici-
x+3
a) f −1 (x) = 2x−1 ente linear indica a ordenada do ponto em que a reta intercepta
−1 3x−1
b) f (x) = x−2 o eixo 0y.
188 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
f(x) = −2x − 1
Y Y
f(x) = x − 2
1
−1 1 X
0 X
−1 2
−2 ~ (x=2)
Zero da funçao
Gráfico
Y f(x) = x − 2
Y
f(x) = x − 1
1 f(x)>0
0 X
2
f(x)<0
−1 1 X −2 f(x)=0
−1
Zero da Função de 1o Grau Figura 3.1: À direita do eixo y os pontos da reta têm ordenada
positiva e à esquerda os pontos da reta têm ordenada negativa.
Denomina-se zero ou raiz da função f (x) = ax + b o valor x
que anula a função, isto é, torna f (x) = 0. O zero da função
Resposta:
de primeiro grau é único e corresponde a abscissa do ponto em
f (x) = 0 x = 2
que a reta corta o eixo x. Observando o gráfico, verificamos
f (x) > 0 para {x ∈ R/x > 2}
x y =x−2 (x, y) f (x) < 0 para {x ∈ R/x < 2}
0 y = 0 − 2 = −2 (0, −2)
1 y = 1 − 2 = −1 (1, −1) Função Polinomial de 2o grau
2 y =2−2=0 (2, 0)
A função dada f (x) : R → R dada por f (x) = ax2 +bx+c, com
que: f (x) = 0 para x = 2. a,b,c reais e a 6= 0, denomina-se função do 2o grau ou função
Matemática A – Aula 2 189
a>0
Y
0 X
0 X
3
Y
b
xv = − 2a b ∆
∆ v − ,−
yv = − 4a 2a 4a
a<0
0 xv = − −8
X 2
yv = − 16
v (4, −4)
4
Denominam-se zeros ou raı́zes de uma função quadrática os Para determinar as coordenadas desse ponto, basta substituir
valores de x que anulam a função, ou seja, que tornam f (x) = x por 0 (zero) na função:
2
0. y = ax2 + bx + c ⇒ y = a(0) + b(0) + c ⇒ y = c
Para determinar os zeros de f (x) = ax2 + bx + c, basta fazer Exemplo
f (x) = 0: Para f (x) = x2 − 8x + 12 as coordenadas para o ponto de
√
ax2 + bx + c = 0 ⇒ x = −b∓ ∆ intersecção com o eixo y:
√
∆
2a
√
∆ y = x2 − 8x + 12 ⇒ y = (0)2 − 8(0) + 12 ⇒ y = 12
⇒ x = −b+ 2a ⇒ x = −b− 2a
2
em que ∆ = b − 4ac. Então, encontramos (0, 12).
Assim, x1 e x2 são as abscissas nas quais a parábola corta o
eixo x, ou seja, (x1 , 0) e (x2 , 0) são os pontos de intersecção da
parábola com o eixo x. Mı́nimo ou Máximo da Parábola
• Quando ∆ > 0, x1 6= x2 e a parábola intercepta o eixo x Quando y assume o menor valor da função, ele é a ordenada
em dois pontos diferentes. do ponto mı́nimo da função (yv ):
190 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
Y Eixo de simetria
a>0
x1 = x2 X
0 X x = x1 = x2 ⇒ f (x) = 0
3
x 6= x1 = x2 ⇒ f (x) > 0
x1 = x2
−4 V X
x = x1 = x2 ⇒ f (x) = 0
Y x 6= x1 = x2 ⇒ f (x) < 0
V
yV
• ∆ > 0, f (x) possui duas raı́zes reais:
a>0
0 xV X
Pense um Pouco!
x1 x X
2 • O gráfico de um polinômio de primeiro grau é sempre uma
reta?
• O gráfico de um polinômio de segundo grau é sempre uma
parábola?
x = x1 ou x = x2 ⇒ f (x) = 0 • Quantos zeros pode ter, no máximo, uma função de pri-
x < x1 ou x > x2 ⇒ f (x) < 0 meiro grau? E a de segundo grau?
x1 < x < x2 ⇒ f (x) > 0
• À esquerda e à direita de um zero, a função de segundo
• ∆ > 0, f (x) possui raiz dupla: grau tem sempre sinais contrários?
Matemática A – Aula 3 191
2. (PUC-SP) Para que a função do 1o grau dada por f (x) = Pela definição, podemos concluir que o módulo de um número
(2 − 3k)x + 2 seja crescente, devemos ter: real é sempre maior ou igual a zero.
a) k = 2/3
b) k < 2/3
c) k > 2/3 Cuidado!
d) k < −2/3 √
e) k > −2/3 x2 = ±|x|
|1/3| = 1/3
Exercı́cios Complementares
|0| = 0
4. (UFPA) A função y = ax + b passa pelo ponto (1, 2) e
Definimos então a unção modular se a cada x real se associa
intercepta o eixo y no ponto de ordenada 3. Então, a − 2b é
|x|, ou seja:
igual a:
a) -12 f (x) = |x|
b) -10
.
c) -9
d) -7 Observa-se que o domı́nio da função módulo é R e a imagem
e) 0 R+ .
Função Exponencial
2o− caso: 0 < a < 1
A função f : R → R dada por f (x) = ax (com a 6= 1 e a > 0) é
denominada função exponencial de base a e definida para todo Y
x real. Assim, são funções exponenciais: a x1
f (x) = 2x
g(x) = (1/3)x
a x2
Gráfico da Função Exponencial
1 f(x) = a x
Vamos representar no plano cartesiano o gráficos das funções
f (x) = 2x e f (x) = (1/2)x .
Y
2
x
x1 x2 0 X
x1 < x2 a x1 > a x2
2
(1/2)
x Pense um Pouco!
• O número de bactérias em um meio de cultura cresce apro-
0
0 1/4 1/2 3/4 1 X ximadamente segundo a função , sendo t o número de dias
após o inı́cio do experimento. Calcule:
a)o número n de bactérias no inı́cio do experimento;
b)em quantos dias o número inicial de bactérias irá tripli-
Figura 3.2: Funções exponenciais: f (x) = 2x e g(x) = (1/2)x . car.
log6 36 = 2
x1 1 x2
X
log2 16 = 4
loga x1
log3 0 = 1
log1 01000 = 3
y=loga x
Y y=x
B
x B A
y=a
θ = 1 rad
1 r r
A
x1 x2
1 X
loga x1
loga x2
y=loga x Observação: O raio da circunferência quando utilizado como
instrumento de medida é denominado raio unitário, isto é, se
o comprimento de um arco é x raios, sua medida é x radianos.
0<a<1 f(x) e´ decrescente Lembrando que qualquer circunferência tem 360◦ , temos que:
360◦ corresponde a 2π rad e 180◦ corresponde a π rad.
Ângulo Plano
É a abertura de duas semi-retas que partem do mesmo ponto.
Figura 3.2: Função logarı́tmica com base 0 < a < 1
Ângulo Central de uma Circunferência
É o ângulo que tem o vértice no centro dessa circunferência.
Funções Trigonométricas
Arco de Circunferência
B
A
Sentido do
Movimento
Circunferência Trigonométrica
Uma circunferência orientada, de raio unitário (r = 1), sobre a
qual um ponto A é a origem de medida de todos os arcos nela
A contidos, é uma circunferência trigonométrica. Vamos consi-
derar uma circunferência cujo centre coincide com a origem do
sistema cartesiano e o ponto A(1, 0), que é a origem de todos
os arcos, como mostra a figura a seguir:
o
10 −
180 0 o= 360 o
1 o
0 1
o
270 ou 3 π/2 rad D
o
270
horário. Esses eixos dividem o plano em quatro regiões, de- Função Tangente
nominadas quadrantes, também numeradas no sentido anti-
horário. A função f definida em R que a cada número x associa a
tangente desse número:
Função Seno f (x) = tan x
Chamamos de função seno a função f : R → R que, a cada
número real x, associa o seno desse número: O domı́nio da função tan x é R − {nπ/2}, com n =
0, ±1, ±2, . . ., e a imagem da função é R.
f (x) = sen x Sinal da Função Tangente
O sinal da função tangente é dada seguindo o esquema abaixo:
O domı́nio dessa função é R e a imagem é intervalo [-1,1], visto
que, na circunferência trigonométrica, o raio é unitário.
Sinal da função seno tag θ
Y
O sinal da função seno é dada seguindo o esquema abaixo:
(0,1)
Y sen θ
+ tag θ
(0,1) _
(−1,0) θ (1,0)
O X
sen θ
+ + + _
(−1,0) θ (1,0)
O X
_ _ (0,−1)
(0,−1) Co-tangente
Função Cosseno 1
cotg x =
tan x
Chamamos de função cosseno a função f : R → R que, a cada
número real x, associa o cosseno desse número. para todo x|tan x 6= 0
Secante
f (x) = cos x
Por definição temos:
O domı́nio dessa função é R e a imagem é o intervalo real [-1,1], 1
visto que, na circunferência trigonométrica, o raio é unitário. sec x =
cos x
Sinal da Função Cosseno
O sinal da função cosseno é dada seguindo o esquema abaixo: para todo x|cos x 6= 0
Cossecante
Por definição temos:
Y cos θ
1
(0,1) cossec x =
sen x
1 + tan2 x = sec2 x
(0,−1)
1 + cotan2 x = cossec2
196 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
Exemplo
Exemplo
O resto da divisão de P (x) = x3 + x2 − 4x + 5 por x − 1 é:
Se P (x) = x3 + 2x2 − x − 1, o valor numérico de P (x), para
x = 2, é: r = P (1) = 13 + 12 − 4 · 1 + 5 = 3
P (2) = 23 + 2 · 22 − 2 − 1 = 13
Teorema de D’Alembert
Exemplo
somar
4 2
Mostrar que P (x) = x − 5x + 4 é divisı́vel por x − 1. 2 2 3 −5 +1 −2
Solução: como x2 − 1 = (x + 1)(x − 1), basta mostrar que 3 (3)(2)−5=1 (1)(2)+1=3 (3)(2)−2=4
multiplicar resultado
P (x) é divisı́vel por x − 1 e por x + 1, isto é, que P (+1) = 0 e
P (−1) = 0:
Polinômio de 2◦ grau
Figura 3.1: O algoritmo de divisão de Briot-Ruffini. De uma forma geral, o polinômio do 2◦ grau que admite as
raı́zes a1 e a2 pode ser decomposto em fatores do 1◦ grau, da
Resposta: Q(x) = 3x2 + x + 3 e R(x) = 4 seguinte forma:
A seguir está descrito o roteiro para a resolução desse pro- P (x) = (x − a1 )(x − a2 )
blema.
I. Colocamos a raiz do divisor 2 e os coeficientes do dividendo Exemplo
{3, −5, 1, −2} na linha de cima: Fatorar o polinômio P (x) = x2 −7x+10. Resolvendo a equação
x2 − 7x + 10 = 0 encontramos as raı́zes a1 = 5 e a2 = 2, logo,
Pense um Pouco!
• (UFPA) Se F (x) = 2p + q + (p + 3)x − 2px2 + x3 é idêntico
Matemática A Aula 6
a P (x) = x3 − 4x2 + 5x + 2 ,então:
f) p2 + q 2 = 4
g) p2 − q 2 = 0
h) p = q Equações Algébricas
i) p + q = 4
j) p − q = 0
Teorema fundamental da Álgebra
Toda equação algébrica P (x) = 0, de grau n ≥ 1, tem
Exercı́cios de Aplicação pelo menos uma raiz real ou complexa.
Multiplicidade de uma Raiz existem raı́zes racionais, elas pertencem a esse conjunto. A
verificação é feita usando-se o dispositivo de Briot-Ruffini.
As raı́zes de uma equação algébrica podem ser todas distintas
ou não.
Se uma equação algébrica tiver três raı́zes iguais, a raiz terá Pense um Pouco!
multiplicidade 2, isto é, será uma raiz dupla; se tiver três raı́zes
terá multiplicidade 3, isto é, será uma raiz tripla, e assim su- • Uma equação polinomial de coeficientes reais tem o
cessivamente. número 3 como raiz dupla, o número 5 como raiz tripla e
Se um número a for uma só vez raiz de uma equação algébrica, 1 + i como raiz dupla. Qual é grau da equação?
ele será chamado raiz simples.
Exercı́cios de Aplicação
Exemplo
Sabendo-se que −1 é raiz dupla da equação P (x) = x4 − 3x3 − 1. (UEL-PR) Se −1 é raiz de multiplicidade 3 da equação
3x2 + 7x + 6 = 0, determinar o seu conjunto solução. x5 − 2x4 − 6x3 + 4x2 + 13x + 6 = 0, então a soma das outras
Resolução: a equação dada pode ser indicada da seguinte duas raı́zes vale:
forma: P (x) = (x + 1)2 Q(x) = 0. a) 1
Para determinarmos Q(x), que é do segundo grau, aplicaremos b) 3
duas vezes o dispositivo prático de Briot-Ruffini, abaixando c) 5
para 2 o grau da equação dada. d) -1
e) -3
Primeira divisão por (x + 1):
-1 1 -3 -3 7 6 2. (UFPE) Qual a maior raiz inteira da equação x4 − 20x3 +
1 -4 1 6 0 90x2 + 20x − 91 = 0?
Segunda divisão por (x + 1): a) 1
-1 1 -4 1 6 b) -i
c) 10
1 -5 6 0
d) 13
Logo: Q(x) = x2 − 5x + 6, onde para Q(x) = 0 temos as raı́zes e) n. d. a.
a1 = 2 e a2 = 3.
1 2 3 4 5 X
−1
Y
A 3 C
Segundo Quadrante Primeiro Quadrante −2
x<0 x>0 −3 d 4
y>0 y>0 −4
−5 B
0 X
Terceiro Quadrante Quarto Quadrante
x<0 x>0
y<0 y<0
d2 = 32 + 42 =⇒ d = 5
d
yB yA A D E
y1
A
yA
C
xB xA
0 x1 x2 x3 X
0 xA xB X
Exemplo
Considerando os pontos A(2, 3), B(5, 6), P (3, 4) e Q(1, 2), as
razões rP e rQ em que P e Q dividem AB são:
d2 = (xB − xA )2 + (yB − yA )2
logo y=x+1
p
d = (xB − xA )2 + (yB − yA )2 Y
B
6
será a distância entre os pontos A(xA , yA ) e B(xB , yB ).
Exemplo 5
P
Determinar a distância entre os pontos A(1, −1) e B(4, −5). 4
A
Analiticamente, temos 3
Q
2
p
2
2
d = sqrt(4 − 1) + (−5 − (−1)) = 32 + 42
1
√ √
d = 9 + 16 = 25 = 5
0 1 2 3 4 5 6 X
ou graficamente,
202 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
Área de um Triângulo
xP − xA 3−2 1
rP = = = Na geometria analı́tica podemos calcular a área de um
xB − xP 5−3 2
triângulo a partir das coordenadas de seus vértices. A área
e S do triângulo de vértices A(xA , yA ), B(xB , yB ) e C(xC , yC )
xQ − xA 1−2 1 é dada por:
rQ = = =−
xB − xQ 5−1 4 1
S = |D|
2
onde D é o determinante da matriz de coordenadas
Baricentro de um Triângulo
xA yA 1
Chamamos de baricentro (G) o ponto de intersecção das me-
D = xB yB 1
dianas de um triângulo. Esse ponto divide a mediana relativa xC yC 1
a um lado em duas partes.
M u P
v w Y
w yC C
v
G
w u
v
B B
N C yB
yA A E D
Cálculo das Coordenadas do Baricentro (G)
Sendo A(xA , yA ), B(xB , yB ) e C(xC , yC ) vértices de um
triângulo, se N é ponto médio de BC, temos:
0 xA xB xC X
xC + xB yC + yB
N= ,
2 2
Para que três pontos estejam alinhados, devemos ter:
A
AB AE EB
= =
AC AD DC
ou seja:
M xB − xA yB − yA
P =
xC − xA yC − yA
G
Pense um Pouco!
B
N C
• O que acontece com a distância entre dois pontos
A(xA , yA ) e B(xB , yB ) se as coordenadas de ambos pon-
tos forem:
Mas:
a) aumentadas de uma constante c?
AG xG − xA b) multiplicadas por 2?
rG = =
GN xN − xG c) multiplicadas por -1?
de onde podemos encontrar:
xA + xB + xC Exercı́cios de Aplicação
xG =
3
e 1. (UFES) Sendo r a distância da origem ao ponto P (x, y),
yA + yB + yC então, para que y/r seja negativo, o ponto P deverá pertencer
yG = ao:
3
a) 1o quadrante ou 2o quadrante
e escrevemos finalmente b) 2o quadrante ou 4o quadrante
c) 2o quadrante ou 3o quadrante
xA + xB + xC yA + yB + yC d) 3o quadrante ou 4o quadrante
G = (xG , yG ) = ,
3 3 e) 1o quadrante ou 3o quadrante
Matemática A – Aula 8 203
Exercı́cios Complementares
Figura 3.1: Equação geral da reta: exemplo.
4. (PUC-SP) A(3, 5), B(1, −1) e C(x, −16) pertencem a uma Para que um ponto qualquer (x, y) pertença à reta AB, temos
mesma reta se x é igual a: que ter
a) -5 x y 1
b) -1 D = 1 2 1 = 0
c) -3 7 6 1
d) -4
e) -2 e desenvolvendo o determinante temos
2 4
5. O ponto médio de um segmento AB, sendo A(6, 4) e B(1, 2) D = (2x + 6 + 7y) − (14 + 6x + y) = 0 −→ y = x +
3 3
é:
a) (3, 7/2) Confira a figura (3.1).
b) (7/2, 4)
c) (5, 3) Equação Segmentária
d) (6, 2)
e) (7/2, 3) Considere a reta r não-paralela a nenhum dos eixos e que in-
tercepta os eixos nos pontos P (p, 0) e Q(0, q), com p 6= 0 e
6. Calcule a distância entre os pontos A e M , sabendo que
q 6= 0.
A(5,√1), B(1, 3) e M é ponto médio do segmento AB
a) √20
b) √3
c) √5 Y
d) 5 2
e) 2
Q(0,q)
Matemática A Aula 8 q
P(p,0)
0 X
p
Geometria Analı́tica
Equações da Reta Podemos escrever a equação da reta na forma segmentária:
Equação Geral x y
+ =1
p q
A partir de uma condição de alinhamento de três pontos po-
demos determinar: Exemplo
y = ax + b Por exemplo, para a reta mostrada na figura (3.1), pode-se
onde a é o chamado coeficiente angular da reta, e b o coeficiente obter diretamente p = −2 e q = 4/3, e a equação segmentária
linear. da reta será
x y
Para x = 0 vemos que a reta cruza o eixo Y na altura y = b. + =1
−2 4/3
204 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
ou reescrevendo
3y x Y
− =1
4 2
r
Equações na Paramétrica
α
São equações da forma x = f (t) e y = g(t), que relacionam
as coordenadas x e y dos pontos da reta com o parâmetro 0 X
(variável) t.
Exemplo
As equações x(t) = t + 2 e y(t) = 1 − t definem uma reta, na Se 90◦ < α < 180◦ ⇒ tan α < 0 ⇒ m < 0
forma paramétrica.
Para se obter a equação geral da reta, pode-se eliminar o
parâmetro t, isolando-o na primeira equação: Y
t=x−2 r
e substituindo-o na segunda:
y = 1 − (x − 2) = −x + 3 0 X
m = tan α
Y
Podemos observar que: y2 B
Y
r y1 A α C
α
0 x1 x2 X
0 X
yB − yA
m=
xB − xA
Se α = 0◦ ⇒ tan α = 0 ⇒ m = 0
Posições Relativas entre Duas Retas
Paralelismo
Y Duas retas r e s, distintas e não-verticais, são paralelas se,
somente se, têm coeficientes angulares iguais. Se r e s são
paralelas αr = αs e então mr = ms
r Exemplo
Determinar a posição da reta r, da equação 2x − 3y + 5 = 0,
α em relação à reta s, de equação 4x − 6y − 1 = 0
0 X Resolução: vamos determinar o coeficiente angular mr da reta
r, reescrevendo a sua equação na forma geral y = (2x + 5)/3,
e então mr = 2/3.
Para a reta s, temos: y = (4x− 1)/6, de onde ms = 4/6 = 2/3,
Se 0◦ < α < 90◦ ⇒ tan α > 0 ⇒ m > 0 ou seja as retas r e s são paralelas.
Matemática A – Aula 8 205
A
α 1. (Fuvest-SP) Se (m + 2n, m − 4) e (2 − m, 2n) representam
o mesmo ponto do plano cartesiano, então mn é igual a:
0 B
X a) -2
b) 0
c) 2
Exemplo d) 1
Verificar se as retas f e g, de equações 10x + 3y − 5 = 0 e e) 1/2
3x − 10y − 4 = 0, respectivamente, são perpendiculares. 2. (UFC-CE) A reta 2x + 3y = 5, ao interceptar os dois eixos
Cálculo de mf , coeficiente angular f : coordenados, forma com estes um triângulo retângulo. Calcule
Reescrevemos a equação da reta f , e obtemos, y = (5−10x)/3, o valor
√ da hipotenusa desse triângulo.
de onde mf = −10/3. a) 6 √13
Cálculo de mg , coeficiente angular g: b) 5√ 13/6
Reescrevemos a equação da reta g, e obtemos, y = (3x−4)/10, c) 5 √13
de onde mg = 3/10. d) 6 13/5
e) 0
Verificando a condição de perpendicularismo:
3. (UFMG) A reta r dada pela equação 2x + 4y − 3 = 0
mf × mg = (−10/3)(3/10) = −1 intercepta o eixo das ordenadas no ponto:
a) −3/4
então as retas f e g são perpendiculares entre si. b) −1/2
c) 3/4
Ângulo Formado por Duas Retas d) 1/2
e) 3/2
Se duas retas l1 e l2 , não perpendiculares, têm coeficientes
angulares m1 e m2 , respectivamente, o ângulo θ, medido no 4. (PUC-MG) O valor de x para que os pontos (1, 3), (−2, 4)
sentido anti-horário, desde a reta l1 até l2 , é considerando o e (x, 0) do plano sejam colineares é:
ângulo formado por elas. a) 8
Se tan α1 = m1 e tan α2 = m2 e θ é agudo, temos: b) 9
c) 11
m2 − m1 d) 10
tan θ =
e) 5
1 − m1 m2
206 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
3 Y
y P(x,y)
R y yC
−4 0 X C( xC , yC )
yC
x xC
é: 0 xC x X
a) 3x + 4y − 12 = 0
b) 3x − 4y + 12 = 0
c) 4x + 3y + 12 = 0
d) 4x − 3y − 12 = 0
e) 4x − 3y + 12 = 0
6. (Fuvest-SP) A reta r tem equação 2x + y = 3 e intercepta
o eixo x no ponto A. A reta s passa pelo ponto P (1, 2) e é Figura 3.1: Uma circunferência de raio R, com centro no ponto
C(xC , yC ).
perpendicular a r. Sendo B e C os pontos onde s intercepta o
eixo x e a reta r, respectivamente:
a) determine a equação de s; A equação reduzida da circunferência e permite determinar
b) calcule a área do triângulo ABC. diretamente os elementos essenciais para a construção da cir-
cunferência: as coordenadas do centro e o raio.
7. Se o ponto P (k, −2) satisfaz à relação x + 2y − 10 = 0, Quando o centro da circunferência estiver na origem, O(0, 0),
então o valor de k 2 é: a equação da circunferência será simplesmente
a) 200
b) 196 x2 + y 2 = R2
c) 144
d) 36 Exemplo
e) 0
Determinar as coordenadas do centro C e o raio R da circun-
ferência da equação (x − 3)2 + (y + 1)2 = 16.
Matemática A Aula 9 Comparando a equação dada, com a equação reduzida da cir-
cunferência temos:
x − 3 = x − xC =⇒ xC = 3
Circunferência y + 1 = y − yC =⇒ yC = −1
16 = R2 =⇒ R = 4
Conceito então o centro da circunferência é o ponto C(3, −1), e o possui
É o conjunto de todos os pontos de um plano eqüidistantes raio R = 4.
de um ponto fixo, desse mesmo plano, denominado centro da
circunferência. Equação Geral da Circunferência
Desenvolvendo a equação reduzida, obtemos a equação geral
Raio
da circunferência:
É o segmento de reta que vai do centro a um ponto qualquer
da circunferência. (x − xC )2 + (y − yC )2 = R2 =⇒
x2 + y 2 − 2xC x − 2yC y + x2C + yC
2
− R2 = 0
Equação Reduzida da Circunferência
Para determinar o centre e o raio de uma circunferência, co-
Sendo C(xC , yC ) o centro e P (x, y) um ponto qualquer da nhecendo a equação geral, basta compará-la com a equação
circunferência, a distância de C a P , chamada d(C, P ), é uma geral da circunferência em sua forma genérica.
Matemática A – Aula 10 207
Exemplo d) x2 + y 2 + 4x + 4y + 3 = 0
e) n. d. a.
Determine o centro e raio da circunferência com equação geral
igual a x2 + y 2 − 6x + 4y − 3 = 0
5. (UEL-PR) Considere, no plano cartesiano, todos os pontos
Comparando com a equação geral da circunferência temos:
que distam 2 unidades da reta de equação x − y − 3 = 0. Esses
−2xC = −6 =⇒ xC = 3 pontos pertencem todos:
a) às retas de equações −x + y + 5 = 0 ou −x + y + 1 = 0
−2yC = 4 =⇒ yC = −2 b) ao 1o ou 4o quadrante. √
c) às retas de equações −x + y + 3 = ±2 2
2 2 2 2 2 2
xC + yC − R = −3 =⇒ 3 + (−2) + 3 = R d) à circunferência de equação x2 + y 2 − 9 = 0
√ e) às retas de equação −x − y − 3/2 = 0 ou −x − y + 3/2 = 0
e então R = + 16 = 4, já que procuramos um valor R > 0.
Logo, C(3, 2) e R = 4.
Exercı́cios Complementares
Nesse caso, a reta e a circunferência são secantes. Pode-se
4. (UFAL) Para a questão utilize os seguintes dados: verificar, facilmente, que a distância do centro C até a reta l
reta r de equação x − 2y + 2 = 0 é menor que o raio r, ou seja d(C, l) < r.
reta s de equação 2x + y − 6 = 0
pontos A(−1, 3) e B(3, 0).
Seja C o ponto de intersecção de r e s. A equação da circun-
ferência de centro C e raio de medida igual a AB é: Reta Tangente
a) x2 + y 2 − 4x + 4y + 17 = 0
b) x2 + y 2 + 4x − 4y + 3 = 0 A reta l intercepta a circunferência em apenas um
c) x2 + y 2 − 4x − 4y − 17 = 0 ponto.
208 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
R1
β
C1
d
C2
R2
C l
d(C1 ,C2 ) > R + R
1 2
Circunferências Secantes
Vamos determinar a posição relativa da reta s : x + y − 4 = 0 Quando 0 < d(C1 , C2 ) < |R1 − R2 | as circunferências são in-
em relação à circunferência α : x2 + y 2 = 1. ternas.
Matemática A – Aula 10 209
R1
α Exercı́cios Complementares
α
β β
R1 C2
C2
3. (Fuvest-SP) A reta s passa pelo ponto (0, 3) e é perpendi-
C1 C1 cular à reta AB, onde A(0, 0) e B é o centro da circunferência
R2
R2
x2 + y 2 − 2x − 4y = 20. Então a equação de s é:
d(C1 ,C2 ) = R 1 + R 2 d(C1 ,C 2 ) = |R 1 − R2 | a) x − 2y = −6
b) x + 2y = 6
(a) (b) c) x + y = 3
d) y − x = 3
Figura 3.1: Circunferências tangentes exteriores (a) e interi- e) 2x + y = 6
ores (b). 4. (MACK-SP) Em relação à circunferência (x−1)2 +(y−2)2 =
169, a reta 5x + 12y − 198 = 0
a) é secante
R1 α α b) é tangente
R1
C2 β c) é externa
C1= C2
C1 β d) coincide com reta que contém o diâmetro
R2 e) n. d. a.
R2
(a) (b)
Circunferências Concêntricas
Pense um Pouco!
• De que elementos da circunferência precisamos conhecer
para escrever a equação geral da circunferência?
Exercı́cios de Aplicação
Tipos de matrizes
Matemática B Aula 1 Algumas matrizes recebem nomes especiais, devido suas ca-
racterı́sticas.
Uma tabela de números dispostos em linhas e colunas, como • Matriz coluna : matriz do × 1, ou seja, com uma
tipo m
por exemplo: 3
3 1 4 2
única coluna. Por exemplo, −5 , do tipo 3 × 1.
6 −5 0 −1 2
7 11 −3 5 • Matriz quadrada : matriz do tipo n × n, ou seja, com o
é chamada matriz. mesmo número de linhas e colunas; dizemos que a matriz
é de ordem n. Os elementos da forma aii constituem a
Se essa tabela é formada por m linhas e por n colunas, dizemos
diagonal principal. Os elementos aij em que i + j = n + 1
que a matriz é do tipo m por n, e indicamos m×n. No exemplo,
constituem a diagonal secundária. Por exemplo, a matriz
a matriz A tem 3 linhas e 3 colunas; então, A é do tipo 3 × 4:
A(3 × 4). 7 −9
C=
De modo geral, apresentamos uma matriz cercando as linhas e 2 4
as colunas por parênteses como na matriz A acima. Podemos é do tipo 2 × 2, isto é, quadrada de ordem 2.
também utilizar colchetes ou duplas barras.
• Matriz nula: matriz em que todos os elementos são nu-
los; é representada por 0m×n . Por exemplo,
Exemplos
0 0 0
2 1/2 −3
02×3 =
1. B = é uma matriz (2 × 3) 0 0 0
5 0 −1 .
1 4 • Matriz diagonal: matriz quadrada em que todos os ele-
2. C = é uma matriz de ordem 2
5 −1 mentos que não estão na diagonal principal são nulos. Por
exemplo:
3. D = −1 0 3 5 é uma matriz (1 × 4) 4 0 0
B3×3 = 0 5 0
0 0 −3
Notação Geral .
Normalmente representamos as matrizes por letras maiúsculas • Matriz identidade: matriz quadrada em que todos os
e seus elementos por letras minúsculas, acompanhadas por dois elementos da diagonal principal são iguais a 1 e os demais
ı́ndices que indicam, respectivamente, a linha e a coluna que o são nulos; é representada por In , sendo n a ordem da
elemento ocupa. Uma matriz A do tipo m × n é representada matriz. Por exemplo:
por:
a11 a12 a13 · · · a1n
1 0 0
a21 a22 a23 · · · a2n I3 = 0 1 0
0 0 1
A = a31 a32 a33 · · · a3n
.. .. .. .. Para uma matriz identidade
. . . ··· .
am1 am2 am3 · · · amn aij = 1 se i = j
aij = 0 se i 6= j
ou, abreviadamente, A = [aij ]m×n , em que i e j representam,
respectivamente, a linha e a coluna que o elemento ocupa. • Matriz transposta: Dada uma matriz A(m × n), a ma-
Por exemplo, na matriz anterior, a31 é o elemento da 3a linha triz que se obtém trocando ordenadamente as linhas pelas
e da 1a coluna. colunas chama-se transposta de A, e é indicada por At
(ou por At ). Por exemplo
2 3
Exemplo t 2 5 0
A = 5 −1 =⇒ A =
3 −1 6
Na matriz: 0 6
2 6
A= • Matriz simétrica: matriz quadrada de ordem n tal que
−5 0
A = At . Por exemplo
temos
a11 =2 3 5 6
a12 =6 A= 5 2 4
a21 = −5 6 4 8
a22 =0 é simétrica pois temos aij = aji .
212 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
• Matriz anti-simétrica: Uma matriz quadrada A = [aij ] 6. Calcule a soma dos elementos da 2a coluna da matriz B =
é anti-simétrica se At = −A. Por exemplo (bij )2×3 , em que bij = 2i + j − 1
0 3 4
A = −3 0 −6
−4 6 0 Matemática B Aula 2
• Matriz oposta: matriz −A obtida a partir de A
trocando-se o sinal de todos os elementos de A. Por exem-
plo, se
3 0
Operações com Matrizes
A=
4 −1
Adição
então
−3 0 Dadas as matrizes A e B, ambas do mesmo tipo (m×n), somar
−A =
−4 1 A com B é obter a matriz A + B, do tipo m × n, onde cada
elemento é a soma dos elementos de mesma posição de A e B.
Igualdade de Matrizes Por exemplo:
2 3 5 8 −7 3
Se A = eB=
Duas matrizes, A e B, do mesmo tipo m × n, são iguais se, e −1 4 −2 2 4 6
somente se, todos os elementos que ocupam a mesma posição então
são iguais. Por exemplo, se
x y 8 −1 2+8 3−7 5+3
A= eB= A+B =
z t 5 3 −1 + 2 4 + 4 −2 + 6
A = B se, e somente se, x = 8, y = −1, z = 5 e t = 3.
10 −4 8
A+B =
1 8 4
Pense um Pouco!
Propriedades da Adição
• Qual a relação entre uma matriz A e sua oposta?
Sendo A, B e C matrizes do mesmo tipo (m × n), temos as
• No que a matriz anti-simétrica difere da matriz simétrica? seguintes propriedades para a adição:
a) comutativa: A + B = B + A
b) associativa: (A + B) + C = A + (B + C)
Exercı́cios de Aplicação c) elemento neutro: A + 0 = 0 + A = A, sendo 0 a matriz nula
m×n
d) elemento oposto: A + (−A) = (−A) + A = 0
1. Escreva a matriz A(3 × 3) = [aij ], onde aij = i + 2j.
t
Determine, em seguida, A (a matriz transposta de A).
A − B = A + (−B)
4. Sendo A = [aij ]2×3 tal que aij = i + j, determine x, y e z
2 y−1 4 2 3 5 −8 7 −3
tais que A = . A−B = +
x z 5 −1 4 −2 −2 −4 −6
Logo,
5. Dada a matriz A = (aij )3×3 tal que aij = i2 +2j −5, calcule −6 10 2
a12 + a31 . A−B =
−3 0 −8
Matemática B – Aula 2 213
Calcule M · M t .
Determinante de 2a Ordem
a11 a12
7. (ITA-SP) Considere P a matriz inversa da matriz M = Dada a matriz M = , de ordem 2, por definição
a21 a22
1/3 0
. A soma dos elementos da diagonal principal da o determinante associado a M , determinante de 2a ordem, é
1/7 1 dado por:
matriz P é:
9 a11 a12
a) 4
a21 a22 = a11 a22 − a12 a21
b) 49
c) 4
d) 59
e) − 91
Determinante de 3a Ordem
Matemática B Aula 3
a11 a12 a13 a11 a12
a21 a22 a23 a21 a22
Determinantes
a31 a32 a33 a31 a32
Determinante é um número que se associa a uma matriz
quadrada. De modo geral, um determinante é indicado
escrevendo-se os elementos da matriz entre barras ou ante-
cedendo a matriz pelo sı́mbolo det.
a b
Assim, se A = , o determinante de A é indicado por:
c d 2o passo: Devemos encontrar a soma do produto dos elemen-
a b a b tos da diagonal principal com os dois produtos obtidos pela
detA = det =
c d c d multiplicação dos elementos das paralelas a essa diagonal:
O cálculo de um determinante é efetuado através de regras
especı́ficas que estudaremos mais adiante. É importante res-
saltarmos alguns pontos:
a11 a12 a13 a11 a12
1. Somente às matrizes quadradas é que associamos deter-
minantes. a21 a22 a23 a21 a22
2. O determinante não representa o valor de uma matriz. a31 a32 a33 a31 a32
Lembre-se, matriz é uma tabela, e não há significado falar
em valor de uma tabela.
multiplicar e somar
Determinante de 1a Ordem
Dada uma matriz quadrada de 1a ordem M = [a11 ], o seu
determinante é o número real a11 : 3o passo: Encontramos a soma do produto dos elementos da
diagonal secundária com os dois produtos obtidos pela multi-
det M = |a11 | = a11 plicação dos elementos das paralelas a essa diagonal:
Matemática B – Aula 3 215
Exemplo
Exemplos
Matemática B Aula 6
A = (1, 5, 9, 13, 17, 21, . . .)
razão = 4, PA crescente
220 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
Pense um Pouco!
Propriedades da PA
Média dos Vizinhos • Compare a fórmula do termo geral de uma PA com a
equação da reta. Comente.
Numa PA, cada termo (a partir do segundo) é a média
aritmética dos termos vizinhos deste. • Se fizermos um gráfico an × n de alguns termos de uma
PA, que tipo de gráfico obteremos?
Exemplo
Observe a PA de 9 termos:
Observações
Progressão Geométrica (PG)
1. Note que são necessários pelo menos três termos para
Entenderemos por progressão geométrica (PG) qualquer identificar e diferenciar uma PA de uma PG, por exemplo.
seqüência de números reais ou complexos, onde cada termo
a partir do segundo, é igual ao anterior, multiplicado por uma 2. Uma PG genérica de 3 termos, pode ser expressa como:
constante denominada razão. A partir da definição anterior, (x/r, x, xr), onde r é a sua razão.
podemos escrever:
3. Uma PA genérica de 3 termos, pode ser expressa como:
an = an−1 r , onde an 6= 0 (x − r, x, x + r), onde r é a sua razão.
para n = 1, 2, 3, . . ..
Exemplos
A razão r pode ser obtida de dois termos consecutivos da PG:
an 1. Dada a PG (2, 4, 8, . . .), vamos calcular o décimo termo.
r=
an−1 Temos: a1 = 2, q = 4/2 = 8/4 = . . . = 2. Para calcular o
Chama-se progressão geométrica ou PG à toda seqüência décimo termo ou seja a10 , vem pela fórmula:
numérica cujos termos a partir do segundo, são iguais ao a10 = a1 · r9 = 2 · 29 = 2 · 512 = 1024
anterior multiplicado por um valor constante denominado 2. Sabe-se que o quarto termo de uma PG crescente é igual
razão. Dependendo a razão r da PG e do primeiro termo a1 a a 20 e o oitavo termo é igual a 320. Qual a razão desta
seqüência de valores obtidos pode ser crescente, decrescente PG?
ou constante.
Temos a4 = 20 e a8 = 320. Logo, podemos escrever:
a4 = a1 · r4−1 e a8 = a1 · r8−1
Classificação a4 = a1 · r 3 e a8 = a1 · r 7
Daı́, vem:
Uma PG está perfeitamente determinada se conhecermos seu
primeiro termo a1 e sua razão r, pois conhecemos a lei de a4 a8
formação. =
r3 r7
Para uma PG sobre os números reais, ou seja, se {a1 , r} ⊂ R r7 a8
podemos usar a seguinte classificação geral: =
r3 a4
222 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
a8
r4 = Soma dos Termos de uma PG infinita
a4
320 Dada a PG infinita (a1 , a2 , a3 , . . .) de razão r, r 6= 0, para
r4 =
20 determinar a soma S dos seus infinitos termos, temos:
a) se r ≤ −1 ou r ≥ 1, S tende a ±∞ (o que significa que S é
indeterminada;
Então r4 = 16 e portanto r = 2.
b) se −1 < r < 1, S converge para um valor finito.
A partir da fórmula da soma dos n primeiros termos de uma
n
Produto dos Termos de uma PG PG, Sn = a1 (r r−1
−1)
, temos que, quando n tende a +∞, rn
tende a zero, portanto, a fórmula para calcular S, com |r| < 1,
Dada a PG (a1 , a2 , a3 , . . . , an ), com r 6= 0, podemos calcular o é:
produto Pn de seus n primeiros termos assim: a1 (0 − 1) −a1
S= =
Pn = a1 · a2 · a3 · . . . · an = r − 1 r −1
2
a1 (a1 · r)(a1 · r ) · . . . · (a1 · r n−1
)= logo,
a1
(a1 · a1 · a1 · . . . · a1 )(r · r · r · . . . · rn−1 )
2 3 S=
| {z } 1 −r
n fatores
Aplicando a propriedade das potências de mesma base, temos: Propriedades Principais da PG
Se multiplicarmos ambos os membros da equação acima por r, O produto dos termos eqüidistantes dos extremos de uma PG
vem é constante: a1 an = a2 an−1 = a3 an−2 = . . .
Exemplo
r · Sn = a1 · r + a2 · r + a3 · r + . . . + an−1 · r +an · r Na PG alternada com 6 termos
| {z } | {z } | {z } | {z }
a2 a3 a4 an −2, 2/3, −2/9, 2/27, −2/81, 2/243 temos:
−2 · 2/243 = 2/3 · −2/81 = −2/9 · 2/27 = −4/243
r · S n = a1 + a2 + a3 + a4 . . . + an + an · r (3.4)
Efetuando, agora, a subtração 3.4 - 3.3, obtemos (para r 6= 1), Pense um Pouco!
a fórmula da soma:
• Dada a PG (5, 10, 20, 40, 80, . . .), determine sua razão.
a1 (rn − 1)
Sn = • Fazendo-se um gráfico dos termos de uma PG an × n, que
r−1
tipo de comportamento terı́amos? Comente.
Exemplo
Exercı́cios de Aplicação
Calculemos a soma dos 10 primeiros termos da PG
(1, 2, 4, 8, . . .).
Temos: 1. Verifique se cada uma das seqüencias é PG, determinando,
10 em caso afirmativo, a razão r.
Sn = 1·(22−1−1) = 1023
a) 43 , − 29 , 54
2 ,...
Observe que neste caso a1 = 1. b) − 53 , 25 , − 15
4
,...
2. Determine o produto dos 53 termos iniciais da PG
Soma dos Termos de uma PG constante (2−26 , −2−25 , 2−24 , . . .).
Neste caso trivial, como a PG é constante, temos r = 1. Então 3. (UnB) O valor de x na equação
9 3 1 27
Sn = a1 + a1 + a1 + . . . + a1 ⇒ Sn = n · a1 x + + + . . . =
5 5 5 4
Matemática B – Aula 7 223
é:
a) 1
b) 35
c) 43
d) 25
e) 458
Exercı́cios Complementares
Os sı́mbolos ∈ (pertence) e ∈
/ (não pertence), são sempre uti-
lizados no sentido do elemento para o conjunto.
Exemplo A ∪ B = {x/x ∈ A ou x ∈ B}
O conjunto C = {3, 6, 9} está contido em D = {9, 3, 6} e vice- Figura 3.3: União de conjuntos.
versa. Caso exista pelo menos um elemento de A que não
pertença a B, dizemos que A não está contido em B, ou que Obs.: Não é necessário que se repitam os elementos comuns
A não é subconjunto de B. aos dois conjuntos. Assim, no exemplo anterior o 4 é comum
tanto a A como a B, no conjunto união ele deve ser escrito
(∃x/x ∈ A e x 6∈ B) ⇒ A 6⊂ B uma só vez.
Propriedades da União
Conjunto das Partes
• A ∪ A = A, pois: A ∪ A = {x/x ∈ A ou x ∈ A}.
Em geral, para qualquer conjunto A, pode-se construir um
• A ∪ B = B ∪ A, ou seja a união é comutativa, visto que:
novo conjunto, cujos elementos sejam todos os subconjuntos
A ∪ B = {x/x ∈ A ou x ∈ B} = {x/x ∈ Bou x ∈ A} =
possı́veis de A. A esse novo conjunto chamamos de: Conjunto
B ∪ A.
das partes de A, que é representado por P (A).
• A ⊂ (A ∪ B) = B ⊂ (A ∪ B), isto é: Tanto A como B são
P (A) = {x/x ⊂ A} subconjuntos do conjunto A ∪ B.
Matemática C – Aula 1 227
• A−A=∅
Figura 3.4: Intersecção de conjuntos.
• A−∅=A
Propriedades da Intersecção
• A ∩ B = A. • ∅−A=∅
• A ∩ B = B ∩ A. • A ⊂B ⇒A−B =∅
• (A ∩ B) ⊂ A = (A ∩ B) ⊂ B.
Complementar de um Conjunto
• ∅ ∩ A = ∅.
Sejam dois conjuntos A e B, tais que: B ⊂ A. Chamamos à
Complemento e Universo diferença A − B de: Complementar de B em relação a A.
Exemplo
Em muitos casos, faz-se necessário que consideremos um con-
junto mais amplo que os demais. A esse conjunto (que Temos os conjuntos A = {1, 2, 3, 4, 5, 6} e B = {5, 6}. Note
contém todos os outros como subconjuntos) é denominado que B ⊂ A; Assim, temos que A − B será:
de conjunto Universo. Para representa-lo, usamos a letra
maiúscula U . Obs.: A noção de conjunto Universo é relativa,
dependendo das circunstâncias e amplitude do contexto que
desejamos empregá-la. A 3
Exemplos 1 B
• para os conjuntos de números inteiros, Z o conjunto uni-
5
verso;
4 6
• para os conjuntos de letras, o alfabeto é o conjunto uni-
verso; 2
• para os resultados da loteria, N é o conjunto universo;
U=N
• para o conjunto das raı́zes de 4, {+2, −2} é o conjunto
universo.
Na maioria dos assuntos estudados em matemática, o conjunto Figura 3.6: Complementar de B em relação à A.
dos números reais é o conjunto universo.
228 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
• {∅} é o mesmo que {}? Explique. 7. (CESGRANRIO) Em uma universidade são lidos dois jor-
nais A e B; exatamente 80% dos alunos lêem o jornal A e 60%
o jornal B. Sabendo-se que todo aluno é leitor de pelo menos
Exercı́cios de Aplicação um dos jornais, o percentual de alunos que lêem ambos é:
a) 48%
b) 60%
1. (OSEC) Numa escola de 360 alunos, onde as únicas c) 40%
matérias dadas são português e matemática, 240 alunos estu- d) 140%
dam português e 180 alunos estudam matemática. O número e) 80%
de alunos que estudam português e matemática é:
a) 120
b) 60
c) 90 Matemática C Aula 2
d) 120
e) 180
Q´
Q Z N
U=R
Figura 3.1: Leonardo Pisano Fibonacci (1175-1240). Figura 3.2: Os conjuntos numéricos.
3. Conjunto dos números racionais (Q): Todo número II) Multiplicação e Divisão: Aplica-se a regra dos sinais:
que puder ser representado na forma de uma fração com
+ +=+
numerador e denominador inteiros é chamado “número − +=−
Observação: Pela ordem, resolver ( ); [ ];
racional”.
+ −=−
− −=+
a { }.
Q = {x|x = , a ∈ Z, b ∈ Z∗ }
b Exercı́cio resolvido:
−3 · {14 ÷ (−7) − 3 · [4 − (10 − 12 + 9 − 7 − 4) ÷ 2]} −3 · {−2 −
Exemplos 3 · [4 − (−4) ÷ 2]}
−3 · {−2 − 3 · [4 + 2]}
1 7 3 −3.{−2 − 3 · [+6]}
3 ∈ Q; 5 ∈ Q; 1 ∈ Q.
−3.{−2 − 18}
4. Conjunto dos números irracionais (Q′ ): Todo −3.{−20}
número que não pode ser representado na forma de uma +6
fração, com numerador e denominador inteiros é chamado
“número irracional”.
Potenciação
An = X
Exemplos
onde:
A = Base;
π = 3, 1415926535 . . . B = Expoente;
√
2 = 1, 414213562 . . . X = Potência;
√
3 = 1, 7320508 . . .
e = 2, 718281827 . . . Casos Especiais
X1 = X
Observação
1n = 1
Note que as dı́zimas periódicas são números racionais, en- 0n = 0
quanto as dı́zimas não periódicas são números irracionais. X0 = 1
z1 + z2 = 7 + i
n r
i =i
Multiplicação por um Real
Exemplo
Para multiplicar um complexo por um número real basta
Calcule o valor de i 3795
. multiplicar a parte real e a parte imaginária pelo respectivo
número.
3795 4 3795 3 Exemplo
, como r = 3 temos i = i = −i
3 3948
Sejam os complexos: z1 = 6 − 3i e z2 = 3 + 2i. Determinar o
valor de 3 · z1 − 5 · z2 .
Forma Algébrica 3 · z1 − 5 · z2 = 3 · (6 − 3i) − 5 · (3 + 2i)
3 · z1 − 5 · z2 = 18 − 9i − 15 − 10i
Todo número complexo pode ser escrito na forma z = a + b · i, 3 · z1 − 5 · z2 = 3 − 19i
com a e b ∈ R. Tal forma é denominada forma algébrica.
O número real a é denominado parte real de z, e o número Multiplicação de Complexos
real b é denominada parte imaginária de z.
Multiplicamos dois números complexos de acordo com a regra
z = a + 0i ⇒ z = a da multiplicação de binômios. Devemos lembrar que i2 = −1.
z =a+b·i⇒
z =0+b·i⇒z =b·i Com isso temos que:
Dois números complexos são iguais quando suas partes reais e Exemplos
imaginárias forem respectivamente iguais. a) (3 − 3i) · (−2 + 2i):
(3 − 3i) · (−2 + 2i) = −6 + 6i + 6i + 6i2
a=c (3 − 3i) · (−2 + 2i) = −6 + 6i + 6i − 6
a+b·i =c+d·i ⇒
b=d (3 − 3i) · (−2 + 2i) = −12 + 12i
232 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
b) (5 − 3i)2 :
(5 − 3i)2 = (5 − 3i) · (5 − 3i) Im
(5 − 3i)2 = 25 − 15i − 15i + 9i2
(5 − 3i)2 = 25 − 15i − 15i − 9
(5 − 3i)2 = 16 − 30i
y z = x + yi
Conjugado de um Complexo
Divisão de Complexos
Módulo de um número complexo
Para dividirmos dois complexos, escrevemos o quociente sob a
forma de uma fração, a seguir, usando o procedimento de raci- Na representação geométrica de um número complexo z =
onalização de denominadores, multiplicamos ambos os termos x + yi, vamos considerar a distância entre o afixo P desse
da fração pelo conjugado do denominador. Ou seja: número e a origem. A essa distância denominamos módulo
z1 z1 z1 de z e indicamos por |z| ou ρ.
= · Calculando a referida distância, temos:
z2 z2 z2 q
2 2
p
dop = (x − 0) + (y − 0) = x2 + y 2
Exemplo Portanto,temos:
Sendo z1 = 3 + 2i e z2 = −2 − 3i, obter: zz12 . p
|z| = ρ = x2 + y 2
z1 3 + 2i
=
z2 −2 − 3i Exemplo
Forma Trigonométrica b) 1 + i
c) −1 + i
Com as definições de módulo e argumento, podemos represen- d) 1 − i
tar os números complexos de outra forma, além da algébrica, e) −1 − i
já conhecida.
Assim, para o complexo z = x + yi, temos: 5. (Sta Casa -SP) O valor de 2−i
é igual a:
2+i
x a) 53 + 54 i
cos θ = ⇒ x = ρ cos θ
ρ b) 23 − 34 i
e c) 35 − 54 i
y d) 3 − 4i
sen θ = ⇒ y = ρ sen θ
ρ e) 4 + 3i
Como z = x + yi
z = ρ cos θ + iρ sen θ
De outra forma:
Exercı́cios Complementares
z = ρ(cos θ + i sen θ)
1+3i
6. (PUC-SP) O conjugado do número complexo 2−i é:
A igualdade acima é denominada forma trigonométrica ou a) (−1 − 7i)/5
polar do número complexo. b) (1 − i)/5
O número complexo z = 0, para o qual não é possı́vel de- c) (1 + 2i)/7
terminar o argumento θ, não pode ser escrito na forma trigo- d) (−1 + 7i)/5
nométrica. e) (1 + i)/5
Observe que, quando multiplicamos um número complexo por
i, ele gira 90◦ no sentido anti-horário, no plano complexo. 7. A soma S = i7 + i8 + i9 + . . . + i93 + i94 + i95 é:
a) 1
b) i
Pense um Pouco! c) -1
d) -i
• Pode-se dizer que R ⊂ C? Por quê? e) 1 - i
• Existe alguma semelhança entre o plano complexo e o
plano cartesiano? Quais? 8. (UFRG-RG) Efetuando as operações indicadas na equação
5−i 4−3i
1+i − 2+i , obtemos :
• 1/i é um número complexo? a) 1 − i
b) 1 + i
c) −1 − i
Exercı́cios de Aplicação d) i
e) −i
1. (UFPA-PA) O número complexo z = x + (x2 − 4)i é real
se, e somente se: 9. (U.C.SALVADOR-BA) Sejam os números x e y tais que
a) x = 0 12 − x + (4 + y)i = y + xi. O conjugado do número complexo
b) x 6= 0 z = x + yi é:
c) x = ±2 a) 4 + 8i
d) x 6= ±2 b) 4 − 8i
e) x 6= 0 e x 6= 2 c) 8 + 4i
2. (UFRN-RN) Se z = 4 + 2i, então z − 3z vale : d) 8 − 4i
a) 6 + i e) −8 − 4i
b) 1 + 8i
c) −8 + 8i 10. (FATEC-SP) Se i é a unidade imaginária e z = (2 −
d) 1 − 8i i)2 /(1 + i), então:
e) 12 + 6i a) z = (5 − 5i)/2
b) z = (7 − i)/2
3. (UFSE-SE) Se o número complexo z é tal que z = 3 − 2i, c) z = (5 + 5i)/2
então (z)2 é igual a: d) z = (7 + i)/2
a) 5 e) z = (−5 − 5i)/2
b) 5 − 6i
c) 5 + 12i
d) 9 + 4i
e) 13 + 12i
Matemática C Aula 4
4. Sendo i2 = −1, o valor de i58 + i85 é:
a) 0
234 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
Propriedades
Pense um Pouco!
I) O produto dos meios é igual ao produto dos extremos
a c • Determine o valor de x nas proporções:
= ⇔a·d= b·c
b d a) x4 = 69
3x+2
II) A soma dos dois primeiros termos está para o segundo, b) 2x−1 = 24
9
assim como, a soma dos dois últimos está para o último.
x
a c a+b c+d • Calcule o valor de x e y na proporção y = 52 , sabendo que
= ⇔ = x + y = 42.
b d b d
III) Cada antecedente está para o seu conseqüente, assim • Determine x e y, sabendo que as sucessões de números
como; a soma dos antecedentes está para a soma dos con- são diretamente proporcionais:
seqüentes.
a c a+c 2 x 9
= = 3 9 y
b d b+d
Matemática C – Aula 5 235
Técnica Operatória
2. Antônio, João e Pedro trabalham na mesma firma há 10, 4
e 6 anos, respectivamente. A firma distribuiu uma gratificação Conforme a definição acima temos:
de R$ 80.000,00 entre os três, em partes diretamente propor-
GRANDEZA A GRANDEZA B
cionais ao tempo de serviço de cada um. Quantos reais cada
a c
um irá receber?
b d
3. Divida 210 em partes inversamente proporcionais a 1/2,
1/5 e 1/7. Se A e B forem grandezas diretamente proporcionais então:
a b a c
= ⇔ =
c d b d
Exercı́cios Complementares Se A e B forem grandezas inversamente proporcionais então:
a d
a·c= b·d ⇔ =
4. Represente a razão entre: b c
a) 18 e 12 =
b) 6 m e 4 m = Exemplos
c) 150 g e 2 kg =
d) 750 litros e 1 m3 = 1. Uma torneira que despeja 15 l/min enche um tanque em
e) 600 s e 1 hora = 80 min. Uma outra torneira, despejando 25 l/min, em
f) 8 km e 1600 m = quanto tempo encheria esse tanque?
Temos um exemplo que envolve grandezas inversamente
5. Um comprimento real de 25 m foi representado num dese- proporcionais, pois; ao aumentarmos a vazão, o tempo
nho por 10 cm. Nesse caso, qual foi a escala usada? necessário para encher o mesmo tanque diminuirá. Com
a) 1 : 250 isso:
15 X
b) 1 : 300 15 · 80 = 25 · X ⇔ = ⇒ X = 48
25 80
c) 1 : 150
Logo, encherá o tanque em 48 min.
d) 1 : 500
e) n. d. a. 2. Um automóvel percorre 132 km com 12 litros de com-
bustı́vel. Quantos litros de combustı́vel serão necessários
6. A distância entre duas cidades, em linha reta, é 120 km para que ele percorra 550 km?
e foi representada num mapa rodoviário por um segmento de Neste exemplo temos grandezas diretamente proporcio-
60 cm. Qual foi a escala usada nesse mapa? nais, pois; aumentando a distância, também aumentará o
a) 2 : 125 consumo de combustı́vel. Com isso:
b) 1 : 120.000
132 550
c) 1 : 200.000 = ⇔ 132 · x = 550 · 12 ⇒ x = 50
d) 1 : 12.000 12 x
e) n. d. a. logo, serão necessários 50 litros de combustı́vel.
1. N o de máquinas e Uniformes são grandezas diretamente 5. Em uma fabrica de refrigerante, uma máquina encheu 4000
proporcionais, pois mais máquinas produzem mais unifor- garrafas em 8 dias, funcionando 8 horas por dia. Quantos dias
mes. s essa máquina levará, para encher 6000 garrafas, trabalhando
16 horas diárias?
2. N o de máquinas e Dias são grandezas inversamente pro- a) 9
porcionais, pois, quanto maior o número de máquinas, b) 5
menor o número de dias necessários. Com isso 16 x = c) 11
720 24
2160 · 3 ⇒ x = 6, logo serão necessárias 6 máquinas. d) 6
e) n.d.a
Exemplos
Técnica Operatória
1. A gasolina terá um aumento de 10%, na próxima semana.
Os problemas envolvendo juros simples, na verdade são de Re-
gra de três composta, que obedecem ao seguinte esquema; Significa que em cada R$ 100,00 haverá um acréscimo de
R$ 10,00.
Grandezas
100 . . . i . . . l 2. Numa pesquisa de intenção de votos, o candidato A apa-
C ... j ... t rece em 2o lugar, com 25% da preferência dos eleitores, ao
cargo de prefeito municipal.
Interpretação Quer dizer que; em média, a cada 100 pessoas que foram
entrevistadas, 25 preferem o candidato A.
Se o capital 100 produz i em 1 ano, então; o capital
“c”produzirá j em t anos.
Razão Centesimal
Quando resolvemos isolando “j”, temos:
C·i·t Toda a razão que tem por denominador o número 100
J= denomina-se razão centesimal.
100
Exemplos
Exemplos
1. Quanto renderá um capital de R$ 5.000,00 empregado à
25
taxa de 5% a.a, em regime de juros simples, durante 3 a) 100 = 25% (lê-se: 25 por cento)
47
anos? b) 100 = 47% (lê-se: 47 por cento)
125
Temos: c) 100 = 125% (lê-se:125 por cento)
C = 5000; Chamamos as expressões 25% ; 47% ; 9% de taxas centesi-
I = 5; mais ou taxas percentuais.
T = 3; Porcentagem é o valor obtido ao aplicarmos uma taxa per-
Substituindo os respectivos valores na fórmula, temos: centual a um determinado valor. Dessa forma; podemos resol-
ves problemas de porcentagem, utilizando taxas percentuais.
5000 · 5 · 3
J= = 750
100
Assim, terá um rendimento de R$ 750, 00. Exemplos
2. Calcular os juros de R$ 8.500,00 à taxa de 36% a.a, du- 1. Um jogador de voleibol efetuou 25 finalizações no decor-
rante 6 meses. rer de uma partida, obtendo um aproveitamento de 80%.
Qual o número de sucessos que ele obteve?
Observe que a taxa está expressa em anos, enquanto o
tempo em meses. Como devemos trabalhar com as duas 80
80% de 25 = · 25 = 20
grandezas em unidades de tempos iguais, tomaremos o 100
6
tempo como sendo 12 anos. Logo, ele obteve 20 sucessos.
Assim:
6 2. Um investidor comprou um lote de ações por R$ 1.500,00
8500 · 36 · 12 8500 · 36 · 6 e as revendeu um mês depois, por R$ 2.100,00. Qual foi
J= ⇒J = = 1530
100 1200 o percentual de lucro por ele obtido?
Portanto, os juros são de R$ 1.530,00. Para resolver o problema, vamos montar um esquema
3. Calcular os juros produzidos por um capital de R$ em que somaremos o percentual de lucro obtido, aos R$
25.000,00 durante 2 meses e 15 dias, a uma taxa de 1.500,00 investidos inicialmente, chegando assim ao valor
1% a.m. final de venda das ações.
x
Como não há concordância entre a taxa e o tempo, deve- 1.500 + 100 · 1.500 = 2.100
mos fazer algumas modificações para que possamos resol- 15x = 2.100 − 1.500
ver o problema. Faremos as seguintes transformações: x = 600
15 ⇒ x = 40
75
2 meses e 15 dias correspondem a 75 dias, ou então: 360
anos. Ainda; a taxa 1% ao mês, corresponde a 1% vezes Desse modo, ele obteve um lucro de 40%.
12 meses, o que dá 12% a.a.
Aplicando a fórmula, temos: Fator de Multiplicação
75
2500 · 12 ·360 2500 · 12 · 75
J= = = 625 Quando um dado valor sofre um acréscimo percentual, pode-
100 36000 mos incorporar tal acréscimo, obtendo assim o que chamamos
Logo, os juros produzidos são de R$ 625,00. de “fator de multiplicação”.
238 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
c) 1 815, 135, 451,etc. Note que o número 533 não nos serve, pois
d) 0,1 houve repetição do algarismo 3; o número 534 também não
e) n.d.a serve, pois é par. Um outro ponto importante é, por onde
começar a resolver o problema. Procure sempre atacar o pro-
blema, por onde houver um maior número de restrições. Veja:
Matemática C Aula 7 centena dezenas unidades
Propriedade
Exemplos
Para fins de cálculo, define-se que:
1) Quantas placas (distintas) de automóveis, poderão ser emi-
tidas; com o sistema atual de emplacamento? 0! = 1
O atual sistema de emplacamento de automóveis no Brasil 1! = 1
utiliza três letras e quatro algarismos. No novo alfabeto são
consideradas 26 letras e temos dez dı́gitos entre os números. Observe que: fatorial é uma definição por recorrência, ou seja:
Logo o número de possibilidades será : cada fatorial é calculado com a utilização do fatorial anterior.
P = 26 × 26 × 26 × 10 × 10 × 10 × 10 = 175.760.000 Assim:
0! = 1
2) Obtenha o total de linhas telefônicas que podem ser insta-
1! = 1
ladas, com o prefixo 436:
2! = 2
Para resolver este problema, é preciso escolher um algarismo 3! = 6
para a casa das milhares, outro para as centenas, outro para as 4! = 24
dezenas e um outro para as unidades. Os algarismos a serem 5! = 120
utilizados em cada uma das casas, podem ser escolhidos entre 6! = 720
os dez dı́gitos do sistema decimal: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9. .. ..
Como cada uma das casas podem ser preenchidas com um dos . .
10 algarismos acima, temos que: O total de linhas possı́veis n! = n · (n − 1) · (n − 2) · · · 3 · 2 · 1
com o prefixo 436 é o produto das possibilidades que se tem
para preencher cada uma das casas. Logo: Exemplos
As linhas podem ter números no formato 436-ABCD, onde
10! 10 × 9 × 8!
os quatro dı́gitos ABCD de 0 a 9 indicam que podemos ter = = 90
números de 0000 a 9999, ou seja, 10 mil linhas diferentes. Ou, 8! 8!
de outro modo: (x + 3)! (x + 3)(x + 2)(x + 1)!
= = (x+3)(x+2) = x2 +5x+6
(x + 1)! (x + 1)!
P = 10 × 10 × 10 × 10 = 10.000
• Quantos números pares se pode formar com os algarismos 8. Resolvendo a equação, (x + 3)!/(x + 1)! = 12, temos que:
{1, 2, 3, 4}? a) x = 0
b) x = 1
c) x = 2
Exercı́cios de Aplicação d) x = 3
e) n.d.a
1. O resultado de 9. (Ufes) Um shopping center possui 4 portas de entrada para
22!8!
o andar térreo, 5 escadas rolantes ligando o térreo ao primeiro
11!19!
pavimento e 3 elevadores que conduzem do primeiro para o se-
é: gundo pavimento. De quantas maneias diferentes uma pessoa,
a) 25 partindo de fora do shopping center pode atingir o segundo
b) 28/3 pavimento, usando os acessos mencionados?
c) 31/7 a) 25
d) 15 b) 30
e) n.d.a c) 45
2. Numa eleição de uma empresa, há 4 candidatos a presi- d) 125
dente, 3 a vice-presidente, 5 a supervisor-geral e 3 a tesoureiro. e) n.d.a
Quantos podem ser os resultados da eleição? 10. (Puc-SP) Chamam-se polı́ndromos os números inteiros
a) 120 que não se alteram quando é invertida a ordem de seus alga-
b) 180 rismos (por exemplo: 383, 4224, 74847). O número total de
c) 150 polı́ndromos de cinco algarismos é:
d) 210 a) 900
e) n.d.a b) 780
3. Simplifique as expressões: c) 560
a) (x + 5)!/(x + 3)! d) 640
b) (3x + 1)!/(3x − 1)! e) n.d.a
devem obrigatoriamente terminar em 5, logo, dos 6 algarismos Qualquer ordenação das letras de uma palavra é denominada
que tı́nhamos para trabalhar nos restam 5, dos quais vamos anagrama. Como a palavra MITO tem 4 letras, temos:
tomar 3 a 3. Se tomarmos uma das possı́veis respostas, por
exemplo 2345 e invertermos a ordem dos seus elementos tere- P4 = 4! = 4 · 3 · 2 · 1 = 24
mos o número 4325, que é outra resposta do problema. Logo
o problema proposto é de arranjos simples. Com isso temos
que: Pense um Pouco!
5! 5 · 4 · 3 · 2!
A5,3 = = = 60 • Qual a diferença básica entre combinação e arranjo?
(5 − 3)! 2!
• Se houverem elementos repetidos num conjunto, qual o
Combinações Simples número de permutações diferentes possı́veis? Exemplo:
quantos anagramas tem a palavra MARIA?
Combinação simples é o tipo de agrupamento, sem repetição
em que um grupo é diferente de outro apenas pela natureza
dos elementos componentes. O número de combinações de Exercı́cios de Aplicação
n elementos de grupos de p elementos é igual ao número de
arranjos de n elementos tomados p a p, dividido por p!, isto é:
1. Quantos números de 5 algarismos distintos podemos formar
An,p n! com os algarismos 1, 4, 5, 7, 8 e 9?
Cn,p = =
p! p!(n − p)! a) 120
b) 720
Exemplos c) 1.296
d) 15.625
1) Quantas comissões constituı́das de 3 pessoas podem ser for- e) n.d.a
madas com 5 pessoas ?
As comissões formadas devem Ter 3 pessoas, por exemplo A 2. De quantas maneiras podemos escalar um time de futebol
, B e C. Invertendo-se a ordem destas pessoas, obtemos a de salão dispondo de 8 jogadores?
mesma comissão. Portanto, o problema é de combinação. a) 48
b) 56
5! 5 · 4 · 3! c) 72
C5,3 = = = 10
3!2! 3!2! d) 28
Logo, podemos formar 10 comissões. e) n.d.a
2) Sobre uma reta, marcam-se 8 pontos e sobre uma outra reta, 3. Considere o conjunto A = {2, 4, 5, 6}. Quantos números,
paralela à primeira, marcam-se 5 pontos. Quantos triângulos distintos, múltiplos de 5 se podem formar, com todos os ele-
obteremos unindo 3 quaisquer desses pontos? mentos de A?
Com os 13 pontos, podemos obter C13,3 triângulos. a) 24
Se tomarmos os três pontos sobre a mesma reta, não forma- b) 12
remos um triângulo, com isso, o total de triângulos obtidos é c) 18
dado por d) 06
e) n.d.a
C13,3 − C8,3 − C5,3 = 286 − 56 − 10 = 220
4. Quantas palavras de 3 letras, sem repetição, podemos for-
mar com as 9 primeiras letras do nosso alfabeto?
Permutações Simples a) 504
b) 324
Permutações simples é o tipo de agrupamento ordenado, sem
c) 27
repetição, em que entram todos os elementos em cada grupo.
d) 81
A permutação simples é um caso particular de arranjo simples. e) n.d.a
O número de permutações simples que se pode formar com n
elementos é igual ao fatorial de n, ou seja: 5. Quantos números de 4 algarismos distintos podemos formar
com os algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9?
Pn = n! a) 2560
b) 1440
Exemplos c) 4536
d) 2866
1) Quantos números de 5 algarismos distintos podem ser for- e) n.d.a
mados, usando-se os algarismos 1, 3, 5, 7 e 9?
Como usaremos todos os algarismos dados, em cada resposta 6. Numa sala, temos 5 rapazes e 6 moças. Quantos grupos
do problema, temos agrupamentos do tipo permutações sim- podemos formar de 2 rapazes e 3 moças?
ples, logo o número de algarismos é igual a a) 30
b) 200
P5 = 5! = 5 · 4 · 3 · 2 · 1 = 120 c) 300
d) 150
2) Quantos anagramas tem a palavra MITO? e) n.d.a
242 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
Números Binomiais Complementares 5. Cada binomial da linha n é igual a soma de dois binomiais
da linha (n − 1): aquele que está na mesma coluna com
Dois números binomiais são chamados complementares quando aquele que está na coluna anterior.
possuem o mesmo numerador e a soma dos denomina-
dores é igual ao numerador.
EXERCÍCIOS
Os números np e nk são complementares quando p + k = n.
1) Calcule: 80 + 8
1 + 8
2 + ...+ 8
8
Exemplo
7
7
Os números binomiais 2 e 5 são complementares, pois
2 + 5 = 7.
Propriedade
n
n
n
n
Dois números binomiais complementares são iguais. 2) Calcule n, sabendo que 0 + 1 + 2 +...+ n = 256
Triângulo de Pascal
Os números binomiais podem ser agrupados ordenada-
mente
em um quadro denominado Triângulo de Pascal:
0
0
1
1
P8 9
0 1 3) Calcule o valor de p=2 p
2
2
2
0 1 2
3
3
3
3
0 1 2 3
4
4
4
4
4
0 1 2 3 4
..
.
Fórmula do Binômio de Newton
Observações Importantes n
(x + a)n = 0 xn a0 + n1 xn−1 a1 + n
2 xn−2 a2 +
• Os números binomiais de mesmo numerador estão coloca- + . . . + nn x0 an
dos na mesma linha;
• Os números binomiais de mesmo denominador estão co- Observação
locados na mesma coluna; • No desenvolvimento do binômio (x + a)n , os termos são
• Se no triângulo de Pascal substituirmos cada binomial todos positivos;
pelo respectivo valor, obteremos: • No desenvolvimento do binômio (x−a)n , os sinais de cada
termo do desenvolvimento são alternados, isto é, os termos
1 de ordem ı́mpar (1, 3, 5, . . .) são positivos e os de ordem
1 1 par (2, 4, 6, . . .) são negativos.
1 2 1
1 3 3 1
1 4 6 4 1 Exemplos resolvidos
1 5 10 10 5 1 1) Desenvolver o binômio (x + 3)4 :
..
.
4 4 4 4 4
Propriedades do Triângulo de Pascal x4 30 + x3 41 + x2 42 + xa3 + a4
0 1 2 3 4
1. Todos os elementos da 1a. coluna são iguais a 1; logo
(x + 3)4 = x4 + 12x3 + 54x2 + 108x + 81
2. O último elemento de cada linha é igual a 1;
2) Desenvolver o binômio (a − 2b)5 :
3. Numa linha qualquer, os números eqüidistantes dos extre-
mos são iguais;
5 5 0 5 4 1 5
a (2b) − a (2b) + a3 (2b)2
4. A soma dos números binomiais de uma mesma linha é 0 1 2
uma potência de base 2 cujo expoente é a ordem da linha 5 5 5
(numerador); − a2 (2b)3 + a1 (2b)4 − a0 (2b)5
3 4 5
244 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
1·a5 ·1−5·a4 ·2b+10·a3 ·4b2 −10·a2 ·8b3 +5·a·16b4 −1·1·32b5 Exercı́cios de Aplicação
e finalmente podemos escrever
1. Calcule o sétimo termo no desenvolvimento de (2x3 + x2 )9 .
5 5 4 3 2 2 3 4 5
(a − 2b) = a − 10a b + 40a b − 80a b + 80ab − 32b
2. Calcule o quarto termo no desenvolvimento de (x−3 −
2x2 )10 .
Soma dos Coeficientes Binomiais 3. Calcule o termo médio no desenvolvimento de (3y 4 + 2y 6 )6 .
A soma dos coeficientes numéricos do desenvolvimento de (ax± 4. Encontre o termo independente de x no desenvolvimento
by)n , com a e b constantes, se obtém fazendo x = y = 1. A de (2x−3 − 2x4 )7 .
soma vale, portanto
5. Determine a soma dos coeficientes dos termos do desenvol-
vimento do binômio (x + 2y)8 .
(a ± b)n
P ( E) = 1 − P (E)
Exercı́cio Resolvido
U = 2 · 2 · 2 · 2 · 2 · 2 = 26 = 64
U
ou seja, existem 64 resultados possı́veis.
No gráfico, U é o conjunto de todos os resultados possı́veis Destes 64 resultados possı́veis, por exemplo, só há um onde
(espaço amostral) e E é o conjunto dos resultados favoráveis não ocorre nenhuma cara, que é exatamente quando se tira 6
(os eventos de sucesso). coroas sucessivas.
Se chamarmos de E o conjunto de resultados com pelo menos
uma cara, então podemos dizer que a probabilidade de não
Exercı́cios Resolvidos
tirarmos nenhuma cara E, é
1. No lançamento de um dado não viciado, qual a probabili- 1
dade de ocorrer o evento “número primo”? P ( E) =
64
Resolução:
Neste caso temos que U = {1, 2, 3, 4, 5, 6} e E = {2, 3, 5}, pois então, como são eventos complementares, se não obtemos seis
estes são os números primos entre 1 e 6. Então: coroas é porque saiu pelo menos uma cara,
3 1 63
P (E) = = P (E) = 1 − P ( E) =
6 2 64
Ou seja, a chance de se tirar um número primo é de 50%. é a probabilidade de se obter pelo menos uma cara.
Observe que nesse caso o dado se comporta como se fosse uma Observe que:
246 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
- a probabilidade de se obter as 6 coroas sucessivas é pequena um cartão desse conjunto, a probabilidade de obter um cartão
(1/64), ou seja, é grande a probabilidade de isso não ocorrer numerado com um múltiplo de 13 é:
(63/64). a) 3/240
- esta mesma experiência pode ser feita com seis moedas b) 3/40
lançadas de uma só vez. c) 1/26
2. Ao se retirar uma bola de uma urna que contém três bolas d) 1/13
brancas b1, b2, b3, numeradas de 1 a 3 e cinco bolas pretas p1, e) 1/6
p2, p3, p4, p5, numeradas de 1 a 5. Qual a probabilidade de
que essa bola não seja preta e nem de número par, ao mesmo 5. (MACK) Num grupo de 10 pessoas estão X e Y . Escolhidas
tempo: ao acaso 5 pessoas do grupo, a probabilidade de X e Y serem
Resolução: escolhidas é:
Neste caso U = {b1, b2, b3, p1, p2, p3, p4, p5} e E = {p2, p4), a) 1/5
então a probabilidade complementar, de se tirar uma bola b) 1/10
preta de número par será: c) 2/9
d) 5/9
2 1
P ( E) = = e) 9/10
8 4
e como:
3 6. (MARINGÁ) Um número é escolhido ao acaso entre os 20
P (E) = 1 − P ( E) =
4 inteiros, de 1 a 20. A probabilidade de o número escolhido ser
esta será a probabilidade de se tirar uma bola não preta e não primo ou quadrado perfeito é:
par, simultaneamente. a) 1/5
b) 2/25
c) 4/25
Pense um Pouco! d) 2/5
e) 3/5
• Em alguns jogos com dado o jogador pode avisar ”vale o
debaixo”, querendo dizer que o número tirado será o da
face que cair voltada para baixo. Se um jogador usar desse 7. (CESGRANRIO) Um prédio de três andares, com dois
artifı́cio, antes de jogar o dado, mudam suas chances no apartamentos por andar, tem apenas três apartamentos ocu-
jogo? pados. A probabilidade de que cada um dos três andares tenha
exatamente um apartamento ocupado é:
• Acertar 5 números num cartão com 50 números, como a) 1/2
nos jogos de loto é realmente muito difı́cil, mas se b) 2/5
marcássemos no cartão 45 números e fossem sorteados, c) 4/5
não 5, mas 45 números. Melhoraria a nossa chance? d) 1/5
e) 3/8
Exercı́cios de Aplicação
8. (MOGI DAS CRUZES) Jogamos dois dados. A probabili-
1. Joga-se um dado ”honesto”de seis faces e lê-se o número da dade de obtermos pontos iguais nos dois é:
face voltada para cima. Calcular probabilidade de se obter: a) 1/3
a) O número 5 b) 5/36
b) Um número ı́mpar c) 1/36
c) Um número maior que 4 d) 1/6
d) Um número menor que 8 e) 7/36
e) Um número maior que 6
2. Retirando-se uma carta de um baralho comum, de 52 cartas, 9. (LORENA) Uma urna contém 4 bolas vermelhas numera-
qual é a probabilidade de se obter uma carta de copas? das de 1 a 4; três bolas azuis numeradas de 1 a 3 e três bolas
brancas numeradas de 1 a 3. Retiramos uma única bola. Qual
3. Qual o “espaço amostral”ou “conjunto universo”U nos se- a probabilidade de que essa bola seja par?
guintes fenômenos aleatórios: a) 3/10
a) lançamento de duas moedas b) 2/5
b) lançamento de dois dados c) 3/5
c) lançamento de uma moeda e um dado d) 2/10
d) embaralhar os 8 bits de um byte e) n. d. a.
e) embaralhar as letras da palavra “PROVA”
Exercı́cios Complementares
Matemática C Aula 11
4. (CESGRANRIO) Os 240 cartões de um conjunto, são nu-
merados consecutivamente de 1 a 240. Retirando-se ao acaso
Matemática C – Aula 11 247
Exercı́cio Resolvido
Y
Resolva a inequação:
(x + 3)(1 − x)
≥0
(x − 2)
Resolução: 2 3 X
Vamos chamar de f (x) = x + 3, g(x) = 1 − x e h(x) = x − 2 e
analisar os sinais individuais de cada função:
f(x)
x
Como devemos ter y > 0, os valores de x são: S = {x ∈ R | 2 <
−3
x < 3}.
g(x)
1 x 2. Resolva o sistema de inequações do 2o grau.
h(x)
2 x
f(x)g(x) 2x2 − 18 < 0
h(x) −3 1 2 x
−x2 + 5x − 4 ≥ 0
Resolução:
de onde S = {x ∈ R | x < −3 ou 1 ≤ x < 2}. Para resolvermos o sistema de inequações acima, vamos anali-
sar cada uma das inequações, separadamente. Assim:
a) 2x2 − 18 < 0
Inequações do Segundo Grau Temos a = 2 e ∆ = 0 − 4 · 2 · (−18) = 144 > 0, e as raı́zes:
2 2 2 x′ = +3 e x′′ = −3.
As desigualdades ax +bx+c > 0, ax +bx+c < 0, ax +bx+c ≤
0 e ax2 + bx + c ≥ 0, com a 6= 0 são chamadas inequações do Sa = {x ∈ R | − 3 < x < 3}.
segundo grau. b) −x2 + 5x − 4 ≥ 0
Para resolvermos essas inequações, devemos estudar a variação Neste caso a = −1 e ∆ = 5 − 4 · (−1) · (−4) = 9 > 0, com
dos sinais das imagens da função do segundo grau. raı́zes: x′ = +1 e x” = +4
Seja a função f : R → R dada por f (x) = ax2 + bx + c, com Sb = {x ∈ R | 1 ≤ x ≤ 4}.
a 6= 0. c) Finalmente, a solução geral do sistema é obtida pela inter-
Seu gráfico é uma parábola que se comporta conforme a tabela secção dos intervalos-solução obtidos:
abaixo: S = Sa ∩ §b = {x ∈ R | 1 ≤ x < 3}.
52x − 6 · 5x + 5 < 0
x x x
2
a<0 8x ≤ 16
Importante
2x > 3x − 1 é:
f) S = {x ∈ R | x ≤ −3 ou 1 ≤ x < 2}
−x > −1 g) S = {x ∈ R | x ≥ −3 ou 1 ≤ x ≤ 2}
h) S = {x ∈ R | x ≤ −3 ou 1 < x < 2}
e então
i) S = {x ∈ R | x ≥ −3 ou 1 < x < 2}
x<1
j) n. d. a.
logo
S = {x ∈ R | x < 1}
Exercı́cios Complementares
Inequações Modulares
2. (VUNESP) Quantos números inteiros satisfazem a ine-
Notemos que se a > 0, valem as seguintes propriedades: quação: x2 − 6x + 8 < 0
a) nenhum
1. |x| > a ⇐⇒ x < −a ou x > a
b) 1
c) 2
d) 3
e) 4
−a a x
0
3. Resolvendo, em R, a inequação:
x − 4 5x − 1 3
2. |x| < a ⇐⇒ −a < x < a − ≤
3 4 4
temos que:
a) S = {x ∈ R | x < −2}
−a 0 a x b) S = {x ∈ R | x > −2}
c) S = {x ∈ R | x ≤ −2}
d) S = {x ∈ R | x ≥ −2}
Exercı́cio Resolvido e) n. d. a.
6. Ao resolver
π−θ
θ
x − 2
x + 3 < 1 1
X
0
obtemos:
a) S = {x ∈ R | x > 2}
b) S = {x ∈ R | x < −2}
c) S = {x ∈ R | x > −1/2}
d) S = {x ∈ R | x ≤ −2}
e) n. d. a. Se dois arcos trigonométricos x e α têm senos iguais, então:
7. Qual a solução da inequação abaixo: x = α ± 2kπ
sen x = sen α ⇐⇒ ou
x = π − α ± 2kπ
x2 −5x+1
1 1
≥ com k ∈ N
2 2
θ
Matemática C Aula 12 0 −θ 1 X
2π − θ = −θ
Equações Trigonométricas
São equações que envolvem pelo menos uma função trigo- Se dois arcos trigonométricos x e α têm cossenos iguais, então:
nométrica operando em alguma de suas variáveis. Por exem-
plo, cos θ = 1/3, onde se quer, em geral, determinar o ângulo cos x = cos α ⇐⇒ x = ±α ± 2kπ
θ.
com k ∈ N
sen x = 0
x = ±π k ∈ N
√
3
2) cos x =
logo 2
S = {x ∈ R | x = ±kπ, k ∈ N
sen x = 1
logo
π
S = {x ∈ R | x = ± 2kπ, k ∈ N
2
cos x = −1
g) S = {x ∈ R | x = ±π/3 + 2kπ, k ∈ Z}
h) S = {x ∈ R | x = ±π/6 + 2kπ, k ∈ Z} r
i) S = {x ∈ R | x = ±π/2 + 2kπ, k ∈ Z}
A
j) n. d. a.
√
3. A equação trigonométrica 3 tan x − 3 = 0 , tem solução:
a) S = {x ∈ R | x = ±π/6 + kπ, k ∈ Z}
b) S = {x ∈ R | x = ±3π/2 + 2kπ, k ∈ Z} • segmento de reta é a porção de uma reta entre dois
c) S = {x ∈ R | x = ±π/4 + kπ, k ∈ Z} pontos não coincidentes A e B.
d) S = {x ∈ R | x = ±π/3 + 2kπ, k ∈ Z}
e) n. d. a.
r
4. Resolva a equação cos(x − π/2) = cos(π/2) em R:
B
a) S = {x ∈ R | x = π/4 + kπ, k ∈ Z}
b) S = {x ∈ R | x = π/3 + kπ, k ∈ Z} A
c) S = {x ∈ R | x = 2π/3 + kπ, k ∈ Z}
d) S = {x ∈ R | x = π/2 + kπ, k ∈ Z}
e) n. d. a. • três pontos não co-lineares definem um plano.
Matemática C Aula 13
s r
C
B
A
Introdução à Geometria
α
A Geometria Plana estuda as figuras planas. Entendemos por
figura plana todo subconjunto, não vazio, de pontos do plano.
Quando dizemos que S é uma figura plana, estamos afirmando
que S está totalmente contida num plano. Propriedades Gerais
Para o estudo da Geometria Plana, aceitamos um conjunto de
conceitos não definidos, dos quais temos a intuição clara e, um • por um ponto passam infinitas retas;
sistema de axiomas ou postulados, que são proposições não
demonstradas, aceitas intuitivamente, que dão caracterı́sticas • por dois pontos passa uma só reta;
aos elementos não definidos.
• por dois pontos passam infinitos planos;
Entes Geométricos Fundamentais
• por três pontos não co-lineares passa um só plano;
Ponto, reta e plano: são idéias primitivas, entes que não
possuem definição. • o plano é infinito e ilimitado;
É a união do conjunto dos pontos interiores com o conjunto Dois ângulos são opostos pelo vértice quando os lados de
[
dos pontos do ângulo. Indica-se por AOC. um são semi-retas opostas aos lados do outro.
r
A
E α
ponto s
ponto
exterior interior O
θ I α
O B
o
α β = 180
B
O β O
A
Ângulo Reto
Bissetriz
α
É a semi-reta de origem no vértice do ângulo, que o divide O
em dois ângulos congruentes.
Ângulo Obtuso
C
Ângulo obtuso é aquele cuja medida é maior que 90◦ .
α B
O β
A
β
O
[ ≡ BOC
Neste caso AOC \
254 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
A2
θ = 90 ο − β A1
A3
. β
A5
O A4
Dois ângulos são suplementares, quando a soma de suas me- É a região do plano formada pela união dos pontos do polı́gono
didas é um ângulo raso (180◦ ). com os pontos do seu interior.
Define-se que uma região do plano é convexa quando quais-
quer dois pontos dessa região puderem ser unidas por segmen-
Exercı́cios tos de retas cujos infinitos pontos pertençam à essa região. Se
essa condição falhar, diz-se que a região é côncava.
1. Qual é o ângulo que mede o dobro do seu complemento? Se a região poligonal for convexa, o polı́gono será denominado
polı́gono convexo.
o
2α+10
Se a região poligonal for côncava, o polı́gono será denominado
o polı́gono côncavo.
a+20
O
r Classificação
o
3β+10 s Polı́gono Eqüilátero
6β−20
o O É o polı́gono que tem todos os lados congruentes:
Exemplos: losango, quadrado, etc...
Polı́gono Eqüiângulo
É o polı́gono que tem todos os ângulos internos congruentes.
Exemplos: retângulo, quadrado, etc,...
Polı́gono Regular
É o polı́gono eqüilátero e eqüiângulo simultaneamente.
Exemplo: quadrado.
Matemática C – Aula 13 255
3 4 5 6
R
8 9 10 C
7
11 12 13 14
Comprimento da Circunferência
15 20 25 30
O comprimento de uma circunferência, ou perı́metro é dado
por
L = 2πR
Cı́rculo
Nomenclatura
É a região limitada pela circunferência, ou seja, é a união do
De acordo com o número de lados, temos: conjunto dos pontos interiores e dos pontos pertencentes à cir-
Nome Número de Lados cunferência.
Triângulo 3 lados
Quadrilátero 4 lados Área do Cı́rculo
Pentágono 5 lados
Hexágono 6 lados A área A de um cı́rculo é dada por
Heptágono 7 lados
Octógono 8 lados A = πR2
Eneágono 9 lados
Decágono 10 lados
Undecágono 11 lados
Pense um Pouco!
Dodecágono 12 lados
• Arquimedes considerava que a circunferência poderia
Pentadecágono 15 lados
ser definida como um polı́gono regular com um grande
Icoságono 20 lados
número de lados (muito pequenos). O que você acha
disso?
Número de Diagonais
Matemática C Aula 14
Matemática C – Aula 14 257
Retângulo γ = α+β
Possui um ângulo reto.
α β
Triângulo Retângulo
Elementos
Obtusângulo c
b h
Possui um ângulo obtuso, ou seja, maior do que um ângulo
reto. m n
B
C a
• A, B, e C são vértices;
Relações Métricas
a2 = b 2 + c2
h2 = mn
Observações
a = m+n
1. Se o ∆ABC é isóceles, então os ângulos da base são con- b2 = am
gruentes;
ah = bc
2. Se o ∆ABC é eqüilátero, então os três ângulos internos c2 = an
são congruentes.
Triângulos Quaisquer
Propriedades
Lei dos Senos
1. existência de triângulo: para existir o triângulo, cada um
dos três lados deve ser menor do que a soma dos outros Num triângulo qualquer, as medidas dos lados são proporcio-
dois; nais aos senos dos ângulos opostos.Isto é:
B
a) da hipotenusa;
o
75
c=2,0 cm a
o
b) da altura relativa à hipotenusa;
60
A
Resolução:
Como  + B̂ + Ĉ = 180◦ , A = 60◦ e B = 75◦ , segue que
C = 180◦ − Â − B̂ = 45◦ . Então:
c) das projeções dos catetos sobre a hipotenusa.
a c a 2, 0 cm
= ⇒ =
sen  sen Ĉ sen 60◦ sen 45◦
1/2 √
a = (2, 0 cm) √ = (2, 0 cm)/ 2 = 1, 4 cm
2/2
a) 13 m Paralelogramo
b) 14 m
c) 15 m Quadrilátero com lados opostos paralelos e congruentes
d) 16 m (iguais), dois a dois.
e) n. d. a.
6. Um triângulo possui lados com medidas 5 cm e 3 cm,
D
formando um ângulo 30◦ . Qual a medida do outro lado, em C
cm?√
a) √19
b) √ 13
c) √11
d) 7
e) n. d. a. A B
7. A figura mostra, em planta, o trecho de um rio onde se
deseja construir uma ponte AB. De um ponto C, a 100 m de
\ = 45◦ e, do ponto A, mediu-se o Propriedades
B, mediu-se o ângulo ACB
\ ◦
ângulo BAC = 30 . Qual será o comprimento da ponte?
a) 100 m • os lados opostos são congruentes;
b) 75 m
c) 100 m • os ângulos opostos são congruentes;
d) 75 m
e) n. d. a. • as diagonais se cortam ao meio mutuamente.
Retângulo
Matemática C Aula 15 Paralelogramo que possui todos os ângulos retos.
D C
Quadriláteros
Dados quatro pontos de um mesmo plano A, B, C e D or-
denados de modo que três consecutivos não sejam colineares, A B
chama-se quadrilátero a união dos quatro segmentos AB,
BC, CD e DA.
• valem as propriedades do paralelogramo;
ABCD = AB ∪ BC ∪ CD ∪ DA
• as diagonais são congruentes;
Quadriláteros Notáveis
• os quatro ângulos são retos.
Trapézio
C
D
s r
A B
B
ABkCD (bases) A
AD e CB (lados transversais)
Observações • valem as propriedades do paralelogramo;
• se houver 1 ângulo reto então temos um trapézio • as diagonais estão nas bissetrizes dos ângulos internos;
retângulo;
• as diagonais são perpendiculares;
• se os lados transversais forem congruentes temos um
trapézio isóceles. • os quatro ângulos são congruentes.
260 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
É um losango retângulo.
l l
D C h
r=a
A B
Elementos:
• possui os lados e ângulos congruentes;
l = lado
h = altura
• diagonais perpendiculares e congruentes; R = raio da circunferência circunscrita
a = apótema (=r raio da circunferência inscrita)
Fórmulas:
√
• as diagonais se cortam ao meio, mutuamente; h = l 3/2
r = h/3
Quadrilateros Quadrado
Trapezios
Paralelogramos L
Retangulos R
Quadrados Losangos d
L L
a =L / 2
Exercı́cio
Elementos:
Assinale a alternativa falsa. l = lado
a) Todo quadrado é um retângulo d = diagonal
b) Todo quadrado é um losango a = apótema (= r raio da circunferência inscrita)
c) Todo losango é um paralelogramo R = raio da circunferência circunscrita.
d) Todo retângulo é um paralelogramo Fórmulas:
e) todo trapézio é um paralelogramo √
d=l 2
R = d/2
Polı́gonos Regulares
a = l/2
São aqueles que possuem todos os lados e todos os ângulos
iguais. A área = l2
Matemática C – Aula 15 261
A1 πR2 (2a)2
= = =4
A2 πr2 a2 1 cm
Pense um Pouco!
é:
• O quadrado é um losango? a) 12 cm2
b) 14 cm2
c) 20√cm2
Exercı́cios de Aplicação d) 6 7 cm2
e) n. d. a.
1. O lado de um hexágono regular inscrito em uma circun- 8. Qual a área do hexágono inscrito num cı́rculo cuja área
ferência mede 4 cm. Calcule: mede√16π cm2 .
a) O raio da circunferência; a) 36 √3 cm2
b) O apótema do hexágono; b) 25√ 3 cm2
c) A área do hexágono; c) 24 √3 cm2
d) A área do circulo inscrito. d) 20 3 cm2
e) n. d. a.
2. Qual a área do cı́rculo que está circunscrito a um quadrado
7) A área da região sombreada na figura abaixo
de área igual a 100 cm2 ?
Exercı́cios Complementares
x2 + y 2 = R2 n −2
n = −2 =⇒ yC = − =− =1
2 2
Exemplos:
1. Obter a equação reduzida da circunferência de centro p
C(3, −2) e raio igual a R = 5. p = 6 =⇒ R = + 32 + 12 − 6 = 2
Resposta:
Resposta: centro C = (3, 1) e raio R = 2.
(x − 3)2 + (y + 2)2 = 25
2. Determine a equação da circunferência que está represen-
2. Obter a equação reduzida da circunferência de centro tada no sistema de eixos cartesianos.
C(0, 0) e raio R = 3.
Resposta:
x2 + y 2 = 9 Pense um Pouco!
Equação Geral • A circunferência é uma linha plana? Comente.
8. O diâmetro da circunferência x2 + y 2 − 4x − 6y − 12 = 0, h
é:
a) 5
b) 6 b
c) 8
d) 10
e) n. d. a.
A = bh
9. (UFSC) Assinale a equação que representa uma circun- e
ferência:
2p = 2(b + h)
a) 2x2 + 5y 2 − 2x + 10y + 1 = 0
b) x2 + y 2 + 2xy + 4x − 2y + 6 = 0
c) x2 + y + 2x − 1 = 0 Quadrado
2 2
d) x + y + 4 = 0
Como um caso particular de retângulo temos o quadrado de
e) x2 + y 2 − x = 0
lado l
2 2
10.√(UFPA) O raio da circunferência x + y − 2x = 3 é:
a) √2
b) 3
c) 2
d) 3
e) 4
l
11. (UFSC) Em coordenadas cartesianas, a circunferência
2x2 + 2y 2 − 4x + 2y = 0, tem centro C e raio r, respecti-
vamente iguais a: √
a) C = (−2, 1) e r = 5√
b) C = (−1, 1/2) e r = 5 l
c) C = (2, 1) e r = 5
264 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
onde:
A = l2 l l
d
e h
D
2p = 4l l l
Dd
A=
2
a c
h e
2p = 4l
b
Trapézio
Comparando-se o triângulo com um retângulo com o compri- O trapézio é composto por dois triângulos, um de base B e
mento b e altura h, temos, encaixando o triângulo no retângulo outro de base b, ambos com altura h.
vemos que cabem dois triângulos.
Então, fica fácil calcular a área do triângulo, pois esta é a
metade da área do retângulo. Assim: b
bh a c
A= h
2
e
B
2p = a + b + c
a Cı́rculo
h
b
r
Recortando a parte sombreada do paralelogramo e colocando-a
do outro lado, o paralelogramo transforma-se num retângulo.
Logo, concluı́mos que a área do paralelogramo é a mesma área
do retângulo.
A = bh
e
2p = 2(a + b)
Losango A = πr2
Pense um Pouco! 6. Qual a área de um losango, cuja soma das diagonais é igual
a 27 cm e sua diferença 3 cm?
• (Unicamp-SP) Em um restaurante, qual famı́lia que come a) 50 cm2
mais pizza: aquela que pede uma grande de 43 cm de b) 70 cm2
diâmetro ou aquela que pede duas médias de 30 cm de c) 85 cm2
diâmetro? d) 90 cm2
e) n. d. a.
Retas e Planos
Para o estudo da Geometria Plana, aceitamos um conjunto de
conceitos não definidos, dos quais temos a intuição clara, e um
10 m sistema de axiomas ou postulados, que são proposições não
demonstradas, aceitas intuitivamente, que dão caracterı́sticas
aos elementos não definidos.
10 m Elementos Fundamentais
Ponto, reta e plano: São idéias primitivas, entes que não pos-
é:
suem definição.
a) 25 · (4 − π) m2
b) 75 m2 Temos idéias de ponto, por exemplo, um lápis tocando o papel,
˙ − π) m2
c) 100(4 sendo apenas uma imagem, pois não há dimensão para tanto.
d) 50 m2 Analogamente, possuı́mos a intuição de reta e de plano.
e) n. d. a.
5. O perı́metro de uma circunferência inscrita em um qua- Axiomas
drado de área 36 cm2 é:
a) 12π cm Axiomas ou postulados, são proposições aceitas como verda-
b) 6π cm deiras sem demonstração e que servem de base para o desen-
c) 9π cm volvimento de uma teoria.
d) 15π cm Temos como axioma fundamental: existem infinitos pontos,
e) n. d. a. retas e planos.
266 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
Pontos: A, B, C, . . .
Retas: r, s, t, . . .
Planos: α, β, γ, . . . Posições Relativas de Dois Planos
1. Dois planos podem ser coincidentes quando forem iguais
Postulados: Pontos e Retas (α = β).
2. Dois planos são concorrentes quando sua intersecção é
1. A reta é infinita, ou seja, contém infinitos pontos.
uma única reta.
2. Por um ponto passam infinitas retas.
3. Dois planos são paralelos quando sua intersecção é vazia.
3. Dois pontos distintos determinam uma reta.
4. Um ponto de uma reta, divide-a em duas semi-retas.
5. A intersecção de duas semi-retas, cada uma contendo a Pense um Pouco!
origem da outra, define um segmento de reta.
• Qual a quantidade mı́nima de pontos que se deve ter para
que se obtenha 15 retas diferentes?
Postulados: Plano
• É possı́vel que duas retas coplanares sejam reversas?
1. Por três pontos não-colineares, passa um único plano.
2. O plano é infinito e ilimitado. • Quantos planos distintos, podem ser determinados,
3. Por uma reta passam infinitos planos. utilizando-se os vértices de um cubo?
4. Toda reta pertencente a um plano divide-o em dois semi-
planos. Exercı́cios de Aplicação
Posições Relativas de Duas Retas 1. Assinale as alternativas falsas: a) Existem infinitos planos.
1. Duas retas são paralelas se, e somente se, forem coplanares b) Existem infinitos pontos. c) Todo plano tem infinitos pontos
com intersecção vazia, ou retas coincidentes. d) Podemos definir ponto. e) Por dois pontos distintos passa
uma única reta. f) Toda reta tem infinitos pontos. g) Todo
2. Duas retas são concorrentes, quando elas se interceptam
triângulo está contido em único plano.
(concorrem) em um único ponto.
3. São retas que não se interceptam e não são paralelas, pois 2. Classifique cada afirmação como verdadeira (V) ou falsa
estão em planos diferentes. (F): ( ) Não existe plano que contenha duas retas reversas. (
) Se uma reta intercepta um plano , então todo plano paralelo
a essa reta intercepta. ( ) Dois planos podem ser iguais,
Determinação de um Plano concorrentes ou paralelos ( ) Se três retas são paralelas entre
Além do postulado que diz: si, existe um único plano que as contém. ( ) Duas retas
quaisquer determinam um plano.
”três pontos não-colineares determinam um único plano”,
um plano também pode ser determinado por: 3. Sobe uma circunferência são marcados 8 pontos igual-
1. Uma reta e um ponto não-pertencente a essa reta. mente espaçados. Quantas retas diferentes eles determinam,
2. Duas retas concorrentes. no máximo?
a) 56
3. Duas retas paralelas distintas.
b) 44
c) 28
Exercı́cio d) 36
e) n. d. a.
Classifique em verdadeira (V) ou falsa (F) cada afirmação
abaixo: 4. (ITA-SP) Quais as sentenças falsas nos itens abaixo?
( ) Dados dois pontos distintos, existe um único plano I) Se dois planos são secantes, todas as retas de um deles sem-
passando por eles. pre interceptam o outro plano.
( ) Os vértices de um triângulo são coplanares (estão no II) Dados dois planos, se num deles existem duas retas distin-
mesmo plano). tas paralelas ao outro plano, os planos são sempre paralelos.
( ) Uma reta qualquer, separa um plano que a contém em III) Em dois planos paralelos, todas as retas de um são para-
dois semi-planos. lelas ao outro plano.
( ) Por três pontos distintos quaisquer, passa sempre um IV) Se uma reta é paralela a um plano, em tal plano existe
único plano. uma infinidade e retas paralelas àquela reta.
( ) O número máximo de retas que quatro pontos podem V) Se uma reta é paralela a um plano, é paralela a todas as
determinar é seis. retas do plano.
( ) Se duas retas distintas não são paralelas, então elas são a) I, II e III
concorrentes. b) I, II e V
( ) Se a intersecção entre duas retas é o conjunto vazio, então c) I, III e IV
elas são paralelas. d) II, III e IV
( ) Duas retas não coplanares são reversas. e) n. d. a.
Matemática C – Aula 19 267
5. (MACK-SP) Uma reta r é paralela a um plano α. Então: Um poliedro é dito convexo se o plano de cada polı́gono (face)
a) todas as retas de α são paralelas a r deixa o poliedro em um só semi-espaço, e portanto, não o sec-
b) a reta r não pode ser coplanar com nenhuma reta de α ciona (divide) em dois sólidos menores.
c) existem em α retas paralelas a r e também retas reversas a
r.
d) existem em α retas paralelas e perpendiculares a r.
e) todo plano que contém r é paralelo a α.
Matemática C Aula 19
(a) (b)
Relação de Euler
(a) (b)
Em todo poliedro convexo é válida a relação seguinte:
V −A+F =2
Elementos
Faces (F )
São os polı́gonos que constituem a superfı́cie poliédrica.
Arestas (A)
São os lados dos polı́gonos (segmento e reta que une dois
vértices consecutivos).
Vértices (V )
São os vértices ângulos poliédricos do sólido.
Diagonais
São os segmentos de reta que unem dois vértices opostos situ-
ados ou não na mesma face.
Tipos
Exercı́cios de Aplicação
Paralelepı́pedos
São prismas cujas bases são paralelogramos.
α
Paralelepı́pedo Reto-Retângulo
h
Ou paralelepı́pedo retângulo é todo paralelepı́pedo reto cujas
bases são retângulos.
β
Elementos:
Altura h: é a distância entre as bases;
Arestas laterais: possuem a mesma medida e são paralelas;
D
d
Faces laterais: são paralelogramos;
Bases: são polı́gonos congruentes. c
b
Natureza
a
Os prismas são triangulares, quadrangulares, pentagonais, he-
xagonais etc., conforme suas bases sejam triângulos, qua-
driláteros, pentágonos, hexágonos, etc... Num paralelepı́pedo retângulo de dimensões a, b, e c, sendo
D a medida de uma de suas diagonais principais (internas),
tem-se:
Classificação p
D = a 2 + b 2 + c2
Prisma Reto At = 2(ab + ac + bc)
As arestas laterais são perpendiculares aos planos das bases. V = abc
As arestas laterais são oblı́quas em relação aos planos das ba- É o paralelepı́pedo reto-retângulo cujas seis faces são quadra-
ses. das.
α h
o
θ=90
β
D d
l
Figura 3.1: Prisma reto (esquerda) e oblı́quo (esquerda).
Prisma regular
l
É um prisma reto cujas bases são polı́gonos regulares.
l
Áreas e Volumes
Sendo Al a área lateral de um prisma (soma das áreas de cada Para um cubo de aresta l:
face lateral). Ab a área de uma de suas bases e At a sua área
total, temos: √
d=l 2
At = Al + 2Ab √
D=l 3
Num prisma cuja área da base é Ab e altura h, o volume é
dado por: At = 6l2
V = Ab h V = l3
270 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
Pirâmides
Conceito e Elementos
e g
Consideremos um polı́gono A, B, C, . . ., situado num plano
α e um ponto V fora de α. Chama-se pirâmide à união dos R
segmentos com uma extremidade em V e a outra nos pontos
do polı́gono. Uma pirâmide não é um prisma.
β
ap al
h
α ab
onde: Elementos
V : ângulo sólido (ângulo poliédrico);
h: altura (distância) do vértice ao plano da base; R: raio da base;
al : aresta lateral; h: altura;
ab : aresta da base. e: eixo do cilindro;
g: geratriz.
Natureza
Secções de um Cilindro
A pirâmide pode ser triangular, quadrangular, pentagonal,
etc..., conforme sua base seja um triângulo, quadrilátero, Secção Transversal
pentágono, etc...
É a intersecção do cilindro por um plano paralelo às bases,
Pirâmide Regular gerando cı́rculos de raio R.
É aquela cuja base é um polı́gono regular e a projeção do Secção Meridiana
vértice V sobre o plano da base coincide com o centro da base.
É a intersecção do cilindro por um plano que contém o contém
Área e Volume o eixo e, gerando um retângulo de base 2R e altura h.
: Áreas e Volumes
Sendo:
R: raio do circulo circunscrito à base;
r: raio do circulo inscrito à base (apótema da base); Al = 2πRh
l: aresta da base;
ap: apótema da pirâmide; Ab = πR2
h: altura da pirâmide;
al: aresta lateral.
At = Al + 2Ab = πR(R + 2h)
Tem-se que:
V = Ab h = πR2 h
Al = pap
At = Al + Ab Cone
Ab h Conceito
V =
3 Cone circular reto é o sólido de revolução é obtido pela rotação
completa de um triângulo retângulo em torno de um dos seus
Cilindro Circular Reto catetos.
Conceito e Elementos
Classificação
Cilindro de revolução ou cilindro circular reto é o sólido obtido
pela rotação completa de um retângulo em torno de um dos Cone Reto
seus lados. Possui o eixo perpendicular à base.
Matemática C – Aula 20 271
e
e
V
g
h
R
O R
At = 4πR2
g 2 = R 2 + h2 4πR3
V =
3
Ab = πR2
Pense um Pouco!
Al = 2πRg
• Imagine uma esfera de massinha de modelar de raio R.
At = Ab + Al = πR(R + 2g) Quantas esferas menores de raio R/2 poderemos fazer,
com o mesmo volume total de massinha?
Ab h πR2 h
V = =
3 3 Exercı́cios de Aplicação
Cone Oblı́quo
Possui o eixo oblı́quo em relação ao plano da base. 1. (PUC) Com uma lata de tinta é possı́vel pintar 50 m2 de
parede. Para pintar as paredes de uma sala (forma de prisma)
de 8 m de comprimento, 4 m de largura e 3 m de altura,
V gasta-se uma lata e mais uma parte da segunda lata. Qual a
percentagem de tinta que resta na segunda lata?
h a) 22%
g b) 30%
c) 48%
d) 56%
e) 72%
α
Exercı́cios Complementares
Lı́ngua Portuguesa 01
• Variantes Regionais;
Mesmo intuitivamente, todos sabemos que uma lı́ngua, como • Variantes Sociais (norma culta e normal popular);
a portuguesa, não é falada do mesmo modo por todos os seus
falantes. Ao contrário, a lı́ngua varia conforme varie a classe • Variantes de época;
social do falante, o local onde ele nasceu ou reside, a situação • Variantes de estilo (formal e informal).
em que ele deve falar ou escrever, etc. A descrição de um
idioma não pode desconsiderar esse tipo de fenômeno e deve,
portanto, englobar a noção de variantes lingüı́sticas. Basica- Pense um Pouco!
mente, uma lı́ngua sofre variações de acordo com cinco eixos.
Uma variação inicial diz respeito às modalidades escrita e fa- O conhecido anúncio publicitário a seguir, publicado em revis-
lada. Normalmente, parece pedante falar como se escreve, e tas de informação, faz uso intencional de variante coloquial da
infantil escrever como se fala. Em segundo lugar, existe a lı́ngua portuguesa. Que marcas, presentes no texto do anúncio
variação regional, que define, por exemplo, o sotaque e as ex- poderiam caracterizar essa variante?
pressões tı́picas de cada lugar do paı́s. Bastante importante é a
variação social, que determina duas normas básicas: a norma
culta, transmitida pela tradição escolar, e a norma popular.
Existe também a variação de época. Como se sabe, a lı́ngua
Exercı́cios de Aplicação
sofre transformações com o tempo. As pessoas, inclusive, fa-
lam de modo diferente de acordo com a idade. Por fim, há o 1. (UFV-MG) Suponha um aluno se dirigindo ao colega de
eixo da variação de estilo, que define, por exemplo, o modo classe nestes ternos: ”Venho respeitosamente solicitar-lhe se
formal e o modo informal de falar. Note que a variação for- digne emprestar-me o livro”. A atitude desse aluno se asseme-
mal/informal não é idêntica à variação culto/popular. Um lha à atitude do indivı́duo que:
advogado, por exemplo, fala de modo formal com o juiz num a) comparece ao baile de gala trajando ”smoking”;
tribunal e de modo informal com a famı́lia em casa, mas será b) vai à audiência com uma autoridade de ”short”e camiseta;
sempre um falante culto. c) vai à praia de terno e gravata;
273
274 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
d) põe terno e gravata para ir falar na Câmara dos Deputados; (J. Amado)
e) vai ao Maracanã de chinelo e bermuda. d) – Apesar dos pesares, é meu pai. Não quero que seja en-
INSTRUÇÃO. Texto para as duas questões seguintes. Observe terrado como um vagabundo. Se fosse seu pai, Leonardo, você
uma pessoa contando para outra o procedimento para usar a gostava? (J. Amado)
nova impressora: e) – Fala também, desgraçado... -Negro Pastinha, sem se le-
”Primeiro a gente pega as folhas e põe aqui, nessa parte de vantar, espichava o poderoso braço, sacudia o recém-chegado,
baixo. Daı́, a gente liga nesse botãozinho e dá o comando no um brilho mau nos olhos. - Ou tu acha que ele era ruim? (J.
computador. Daı́ a gente fica esperando um pouco e logo ela Amado)
imprime. É super fácil”. 6. (UEL-PR) A frase que contém uma marca de oralidade é:
2. (UNITAU - SP) Quanto ao uso de ”a gente”, responda: a) O sertanejo tem que falar cultura.
a) Está adequado tanto na lı́ngua oral informal quanto na b) Essa cultura é muito diferente da nossa.
lı́ngua escrita formal porque refere-se a ”todos nós”. c) É um processo que não está fundado na palavra escrita.
b) Está adequado na lı́ngua oral informal por ser a forma d) Mas, como sou sertanejo, e filho de uma famı́lia metade
usual de se dizer ”nós”, mas está inadequado na lı́ngua escrita comunista metade reacionária, né?
formal, a qual privilegia o uso de ”nós”. e) ... talvez eu possa fazer algumas armadilhas para que vocês
c) É o mais adequado na lı́ngua oral informal e na lı́ngua es- me façam perguntas...
crita formal porque refere-se a ”nós”.
d) É o mais adequado na lı́ngua oral informal e na lı́ngua es-
crita formal por ser uma forma de dizer ”nós”.
e) Está adequado na lı́ngua oral formal, mas não na lı́ngua
Lı́ngua Portuguesa 02
escrita formal por querer dizer ”nós”.
5. (UFU-MG) Assinale a única alternativa em que não ocorre Acentuam-se as paroxı́tonas terminadas em:
o emprego de expressões coloquiais:
a) – Ele pode decidir... - disse Pé-de-Vento. Tinha esperanças • r: caráter, revólver, cadáver
de ser escolhido por Quincas para herdar Quitéria, seu único
• n: hı́fen, pólen, próton, nêutron
bem. (J. Amado)
b) – Calma, companheiro. Não tava querendo lhe lesar. (J. • l: fácil, réptil, mı́ssil, fóssil
Amado)
c) – Boa tarde, damas e cavalheiros. A gente queria ver ele... • x: tórax, látex
Lı́ngua Portuguesa – 02 275
• i ou is: táxi, táxis, júri I. Se a sı́laba tônica for o segundo PA, a escrita deveria ser
PAPÁLIA, pois a palavra seria paroxı́tona terminada em di-
• u ou us: ânus, bônus, ônus tongo crescente.
• um ou uns: álbuns, fórum II. Se a sı́laba tônica for LI, a escrita deveria ser PAPALÍA,
pois não haveria razão para o uso de acento gráfico.
• ps: bı́ceps, fórceps
• e ou es: rapé, cafés, até, vocês. 2. (CESGRANRIO-RJ) Indique o item no qual os vocábulos
obedecem à mesma regra de acentuação da palavra nódoa:
• o ou os: avô, avó, cipó, gigolôs. a) ânsia, âmbar, imundı́cie;
b) mı́ope, imã, enjôo;
• em ou ens: também, parabéns. c) água, tênue, supérfluo;
d) ı́mpar, mı́ngua, lânguida;
Não se acentuam, portanto, oxı́tonas terminadas com as vogais e) viúvo, argênteo, sórdido.
i(s) e u(s), de modo que, apesar de bastante freqüentes, não são
adequados escritos em que se leia Pacaembú, Itú ou Barigüı́, 3. O trecho a seguir foi copiado sem acentuação. Leia-o aten-
para as palavras que se devem grafar Pacaembu, Itu e Barigüi. tamente e acentue os vocábulos que assim o exigirem:
Ressalte-se também que as palavras terminadas em z não estão ”Ainda hoje existe no saguão do paço imperial, que no tempo
contempladas pelas regras por serem sempre oxı́tonas: capaz, em que se passou esta nossa historia se chamava Palacio del-
algoz. rei, uma saleta ou quarto que os gaiatos e o povo com eles
denominavam o Patio dos Bichos. Este apelido lhe fora dado
Monossı́labos Tônicos
em consequencia do fim para que ele então servia: passavam
Recebem acento os monossı́labos tônicos terminados em a, e, ali todos os dias do ano tres ou quatro oficiais superiores, ve-
o, seguidos ou não de s. lhos, incapazes para a guerra e inuteis na paz, que o rei tinha
Exemplos a seu serviço não sabendo se com mais alguma vantagem de
soldo, ou se so com mais a honra de serem empregados no
1. a(s): pá, má, lá, trás; real serviço.”(Manuel António de Almeida, Memórias de um
sargento de milı́cias).
2. e(s): fé, pés, vê, lês;
5. O trecho a seguir foi copiado sem acentuação. Leia-o aten- Observam-se boa disciplina, estudo e trabalho.
tamente e acentue os vocábulos que assim o exigirem:
”O documento acaba sendo o eco de uma polemica anterior à 2. Um substantivo com dois ou mais adjetivos, temos três
cupula propriamente dita, surgida nas tres reuniões prepara- possibilidades:
torias. Apos a ultima delas, em janeiro, um grupo de ONGs
Estudamos a civilização grega e romana.
(Organizações Não-Governamentais) lançou documento con-
Estudamos a civilização grega e a romana.
denando o texto da declaração final da Cupula do Homem,
Estudamos as civilizações grega e romana.
ja então em versão praticamente definitiva. Diziam as ONGs:
”A confiança exagerada colocada pêlos documentos em forças
3. Mesmo, próprio, só, anexo, incluso, junto, bastante, ne-
de mercado indefinidas e não reguladas, como base para a or-
ganização das economias nacionais, contradiz nossa opinião, nhum, leso, meio e particı́pios verbais: concordam em
segundo a qual tais forças não são solução, mas fatores que gênero e número com o termo a que se referem.
contribuem para as crises sociais do mundo atual”. Uma das Enviamos anexas as informações solicitadas.
ONGs signatarias é o Ibase, o instituto brasileiro dirigido pelo Compraram duas meias entradas para o espetáculo.
sociologo Herbert de Souza, o Betinho, agora membro do co- Resolvemos bastantes problemas difı́ceis.
mite do Programa Comunidade Solidaria, do governo Fernando
Henrique Cardoso. As ONGs não estão sozinhas na critica ao Observação: Meio e bastante como advérbios ficam in-
mercado. No seu discurso na inauguração da reunião, o pre- variáveis.
mie dinamarques Poul Nyrup Rasmussen (social-democrata) Ela estava meio embriagada pelo sucesso.
foi claro: ”Nos aprendemos que o progresso social não se re- Suas idéias eram bastante interessantes.
aliza simplesmente por meio das forças de mercado”. Ate o
presidente da cupula, Juan Somavia, embaixador chileno nas 4. Um e outro, nem um nem outro: substantivo no singular
Nações Unidas, expressa duvidas não sobre o mercado pro- + adjetivo no plural.
priamente mas sobre a austeridade fiscal, outro preceito zelo-
samente guardado pelo FMI. ”Equilibrar o orçamento e uma Houve um e outro homem escolhidos para o cargo.
boa coisa, mas por que deve-se alcançar um equilı́brio macroe- Nem um nem outro crime praticados foram apurados.
conomico baseado em desequilibrios nas vidas das pessoas?”,
pergunta Somavia. (Clóvis Rossi, Folha de S. Paulo, Agência 5. O(s) mais, menos, melhor(es) ... possı́vel(eis), pior(es),
Folha, 07 mar. 1995.) maior(es) e menor(es):
Conheci mulheres o mais encantadoras possı́vel.
Havia mestres os mais inteligentes possı́veis.
Lı́ngua Portuguesa 03
6. Adjetivo = Predicativo do Sujeito
1. Adjetivo = Adjunto Adnominal em relação a dois ou mais • Objeto simples: adjetivo concorda em gênero e
substantivos: número.
• De mesmo gênero: adjetivo no singular ou plural. Encontrei tristonha a mulher abandonada.
A vontade e a inteligência humana(s). As conquistas
• Objeto composto: adjetivo fica no masculino plural.
e as descobertas portuguesas.
Encontrei tristonhos a mulher e o jovem abandona-
• De gêneros diferentes: adjetivo concorda com o mais
dos.
próximo ou fica no masculino plural.
O carro e a bicicleta envenenada(os). 8. Dois ou mais numerais + substantivo no singular ou plu-
O trabalho e as realizações conseguidas(os). ral.
Observação: Adjetivo anteposto concorda com o
mais próximo. A primeira, a segunda e a última aula(s).
Lı́ngua Portuguesa – 04 277
Lı́ngua Portuguesa 05
O pronome é colocado depois do verbo. Emprega-se, geral-
mente, a ênclise:
a) Com verbos no inı́cio do perı́odo:
Sabe-se que a temperatura global está em média cerca de meio
grau Celsius mais alta do que há 100 anos. (Veja)
Colocação Pronominal b) Com verbos no modo imperativo afirmativo:
- Levante-se daı́, senhor Belchior... (Bernardo Guimarães)
Próclise
c) Com verbos no gerúndio, desde que não venham precedidos
O pronome é colocado antes do verbo. É considerada obri- da preposição em:
gatória em, basicamente, duas situações: Para tratar o enfermo psı́quico, não basta ter pena dele,
280 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
consolando-o e ouvindo-o com interesse. (Folha de S.Paulo) c) (lhe) “A espaços, quando o aborrecimento .. vinha .., saı́a.”
d) Com verbos no infinitivo impessoal: d) (se)”.. Lembrou .. então do sangue do preá, sujando o verde
A poesia está na cidade, no campo, no mar. O problema é do capim.”(José Lins do Rego)
descobri-la, surpreendê-la, flagrá-la. (Ferreira Gullar) e) (lhe) “Que .. importava .. a riqueza do velho José Pau-
lino?”(José Lins do Rego)
f) (se) “Depois, .. escutou .. um tiro seco, no silêncio.”(José
Pense um Pouco! Lins do Rego)
g) (se)”.. Levanta .. e passa os braços no pescoço de
Pronominais Guma.”(Jorge Amado)
h) (se) “E que porcarias .. vendem .. por aı́!”(José Lins do
Dê-me um cigarro
Rego)
Diz a gramática
i) (me) Não conheço ao certo o local onde .. levaram .. na
Do professor e do aluno
noite passada.
E do mulato sabido
j) (se) “Os demais .. babando .., sem desgrudar o olhi-
Mas o bom negro e o bom branco
nho.”(Dalton Trevisan)
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias 2. (UDESC-SC) Assinale com V a colocação verdadeira e com
Deixa disso camarada F a colocação falsa dos pronomes oblı́quos átonos nos perı́odos
Me dá um cigarro abaixo:
Oswald de Andrade
( ) Ele tem dado-se muito bem com esse nosso clima.
( ) Talvez a luz contı́nua e ofuscante tenha-me afetado a
visão.
( ) Ninguém retirara-se antes do encerramento do conclave.
( ) Tudo me parecia bem até que me alertaram do perigo que
corria.
( ) Em se tratando de artes, preferimos sempre a divina
música.
( ) Dir-se-ia que fatos dessa natureza não mais ocorreriam.
Exercı́cios Complementares
Crase é fusão de duas vogais idênticas. Representa-se grafica- 4. Diante de pronomes que não admitem artigo.
mente a crase pelo acento grave.
• pronomes pessoais:
A crase pode ser representada nos casos: Não dirigiu a palavra a nós.
a) A preposição a e os artigos a e as:
• pronomes de tratamento:
Há limites à tolerância humana. Mandou dizer a Vossa Senhoria que não viria ao en-
b) A preposição a e os pronomes demonstrativos aquele(s), contro marcado.
aquela(s) e aquilo. Observação: Emprega-se geralmente o acento indi-
Permaneci indiferente àquele barulho. cados da crase diante dos pronomes senhora e senho-
c) A preposição a e aos pronomes demonstrativos a e as: rita.
Sua opinião é semelhante à de Rogério. • pronomes demonstrativos:
É hora de dar um basta a essa barbárie.
• pronomes indefinidos:
Não demonstravam seu sofrimento a ninguém.
• pronomes relativos:
Aquela é a senhora a quem apresentamos nossas con-
dolências.
5. Diante da palavra casa quando não vier determinada por
adjunto adnominal:
Quando cheguei a casa já tinham saı́do.
Observação: Quando a palavra casa vier determinada
ocorre a crase.
Chegamos à casa da cunhada.
6. Diante da palavra terra, quando esta designar terra firme:
Os marinheiros chegaram a terra.
7. Diante de palavra no plural se o a estiver no singular:
O sucesso não deve conduzir a conclusões muito otimistas.
Outros casos 8. Nas locuções formadas por palavras repetidas:
1. Diante de palavra feminina que admita o artigo a e outra Ficamos face a face com o inimigo.
palavra que exija a preposição a: 9. Diante do artigo indefinido uma:
Debate aponta risco à liberdade de expressão. Os alunos não devem submeter-se a uma avaliação como
2. Nas locuções femininas: esta.
Pense um Pouco! admirar a pintura que tanto lhe dera fama e prestı́gio em toda
a Europa.
Ao entrar bata a porta.
Qual o efeito que esta frase pode causar sem o acento indicador
da crase? 5. (UNICENP-PR) Qual a alternativa que aponta a frase in-
correta quanto ao acento indicativo da crase?
a) Uma mulher dá à luz sobre uma pia enquanto dinheiro do
Exercı́cios de Aplicação SUS (Sistema Único de Saúde) é desviado para comprar chope
e salgadinhos.
b) Esse expediente levou à lastimável aprovação do IPMF.
1. Nas frases a seguir, assinale o acento indicativo de crase c) À absoluta ineficiência do sistema de arrecadação, soma-se
onde for necessário: a má aplicação dos recursos públicos.
a) ”Madalena foi a janela e esteve algum tempo debruçada, d) Na década de 70, a imagem externa do Brasil era frequen-
olhando a rua.”(Graciliano Ramos, São Bernardo) temente associada às denúncias de tortura.
b) No inı́cio do século, muitos jogadores aluavam apenas por e) A questão social continua prioritária demais para ser rele-
amor a camisa. gada à segundo plano.
c) Os bons treinadores de futebol costumam ser inflexı́veis
quanto a disciplina de seus jogadores.
d) O Departamento de Trânsito recomenda cautela ao moto-
rista que vai descer a serra hoje para assistir a virada do ano 6. (UNIFOR-CE) Marque a alternativa em que o sinal de
no litoral. crase está empregado em todos os casos em que é necessário:
e) ”Então eu perguntava a mim mesmo se alguma daquelas não a) A famı́lia ficou à mercê do frio, a despeito do fogo que
teria amado alguém que jazesse agora no cemitério.”(Machado estava a arder.
de Assis, Dom Casmurro) b) O vento entrava à vontade, restando a famı́lia a expectativa
f) ”O padre saiu para o pátio, aspirou profundamente o ar, de- de que amanhecesse logo.
pois contemplou a estrada luminosa que atravessava a abóbada c) Falavam à beça, mas talvez não se entendessem à contento.
celeste de um lado a outro.”(José Saramago) d) A cachorra ficou à porta, à olhar as brasas.
g) ”Qualquer lei nova é sujeita a crı́ticas.”(Walter Ceneviva, e) A falta de melhor expressão, recorriam à discursos enérgicos.
Folha de S. Paulo, 6/4/95)
h) Qualquer lei nova é sujeita as crı́ticas dos membros do Poder
Judiciário.
de quantidade.
e) a palavra só indica isolamento.
Exercı́cios de Aplicação
287
288 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
campo tornava-se inviável. A grande maioria da população à própria sorte e como não tinham os recursos para voltar à
européia eram os excluı́dos e eram explorados pelos grandes Pátria Mãe, tomaram as providências necessárias para ofere-
senhores de terras. O empobrecimento da população levou ao cer escola, igreja, lazer e sustento para si e para os familiares
êxodo rural aumentando a urbanização. Com a tecnologia e a e empregados. A ajuda vinha principalmente da pátria-mãe,
mecanização da economia, a Europa deparou-se com um ba- distante, mas presente em solidariedade.
talhão de desempregados fazendo com que no perı́odo de 1815
a 1920 cerca de 60 milhões de pessoas emigrassem da Europa,
sendo desse total 10% de Alemães. Aproximadamente 100 a Casa e Comida Difı́cil
200 mil vieram para o Brasil em busca de melhores condições
de vida. As vantagens oferecidas pelo governo brasileiro aos
A condições de vida dos primeiros colonizadores era muito
imigrantes eram atrativas, tendo agradado até pessoas de si-
precária. As dificuldades iam desde a adaptação ao clima tro-
tuação econômica razoável. Muitos camponeses venderam suas
pical e à cultura dos caboclos posseiros, à presença invisı́vel dos
propriedades para custear a viagem e tentarem a vida com
bugres, até às dificuldades para conseguir alimentos e manti-
maiores facilidades na América. Um dos principais interesses
mentos, visto que precisavam ser transportados de Jaraguá
do governo imperial brasileiro era o de resolver o problema da
de canoa, via rio Itapocu, único acesso à Hansa até 1900. O
ocupação de várias regiões brasileiras até então desabitadas.
casal Ehrhard abriu, em 1899, a primeira casa comercial da
Para isso, eram enviadas à Europa agentes que eram remune-
Colônia. A casa comercial logo foi vendida para o comerciante
rados de acordo com o número de emigrantes e isto despertou
Georg Czerniewicz, de Jaraguá. E em seguida, para o comer-
também o interesse das companhias de navegação ciosas de
ciante Heinrich Meyer, de Joinville. A filial era gerenciada
lucro. Aliada a estes fatores, a difı́cil situação financeira da
por Leo Eschweiler. E, mais tarde, em 1907 por Otto Hillbre-
Famı́lia Real Brasileira leva a negociar para colonização, as
cht Jr., que a adquiriu e transformou em empório. Também
terras localizadas na Provı́ncia de Santa Catarina. Firmando
em l899, o casal Wilhelm e Maria Pieper fundou o Hotel Sch-
contrato com o Senador Alemão Christian Mathias Schoroe-
raut, o primeiro de Corupá. Este hotel foi transformado, mais
der em Hamburgo, dono da agência comercial ”Christian M.
tarde, num hospital pela ”Frauenverein”. Enquanto Pieper
Schoroeder & Cia parte da sociedade fundada em 1842 cha-
transferiu seu hotel para as imediações da estação ferroviária.
mada ”Sociedade de Proteção aos Imigrantes no Sul do Bra-
E ainda hoje lá funciona o Hotel Krelling. Um dos primei-
sil”que procurava regularizar a emigração espontânea para o
ros colonizadores, em seu relatório, descreveu as dificuldades
Brasil. O Governo Central aprovou, a 24 de dezembro de 1757,
iniciais. ”O que foi difı́cil no primeiro ano, era conseguir ali-
projeto de uma estrada para interligar São Francisco do Sul a
mentos. Dependia-se da turma de agrimensores quando eles,
Curitiba. Os caminhos, verdadeiras picadas abertas em meio à
de tempos em tempos, navegavam numa canoa pelo Itapocu.
Mata Atlântica, delinearam o percurso da futura ferrovia São
Tı́nhamos que aproveitar a oportunidade e pedir que trouxes-
Francisco do Sul - Rio Negro-Curitiba.
sem as mercadorias. Às vezes acontecia de a canoa virar e as
mercadorias se encharcarem”. O historiador José Kormann,
no livro Hansa Humbolt ontem, hoje Corupá , na página 57,
Antes da Cidade descreve que as primeiras casas eram construı́das com palmito.
”Os troncos roliços do palmito eram enterrados por uma das
extremidades para servirem de esteio. Para fazer paredes, os
Os primeiros europeus a passarem por terras catarinenses te-
palmitos eram rachados em quatro ou seis partes, formando
riam sido o alemão Hans Staden, em 1547 e o também alemão,
ripas. O interior do palmito, a parte mole, servia de alimento.
o agricultor Johan Ferdinand, enviado pelos espanhóis com o
Essas ripas eram amarradas com cipó, que também eram cor-
propósito de ensinar agricultura os ı́ndios Carijós. Este se-
tados em duas partes, de ponta a ponta. Na cobertura usavam
gundo, na verdade, teria percorrido o célebre caminho de Pe-
caibros e ripas de palmito. A cobertura era feita de folhas de
abiru, que se iniciava em Barra Velha e que ligava os Andes
palmeira Guaricana. Isto o imigrante aprendeu de moradores
ao Oceano Atlântico. Os aventureiros, guiados pelos ı́ndios,
locais, anteriores ao imigrante”. Conseguir fogo era difı́cil, era
estavam interessados nos tesouros Incaicos dos Altiplanos An-
preciso mantê-lo acesso. Por isso o chão era de barro batido.
dinos. À época da colonização de Jaraguá, em 1878, tropas
de Emı́lio Carlos Jourdan, passaram por Corupá com gado
adquirido no Paraná. O próprio Jordan, em 1876, atribuiu Uma Nova Pátria
nomes a acidentes geográficos da cidade. Em 9 de maio de
1879, uma expedição chefiada pelo engenheiro alemão Albert
Kröhne, partiu de São Bento do Sul com a incumbência de Com a chegada de novas levas de colonos, entre dezembro
traçar um caminho entre São Bento do Sul e Jaraguá, estabe- de 1897 a 1899, a direção da Colônia reservou uma canoa só
lecendo assim, a ligação entre Curitiba e São Francisco do Sul para buscar mantimentos com canoeiros próprios. Ao mesmo
e explorando a região. Em 1883, o agrimensor, topógrafo, en- tempo, a construção da estrada para transporte com carroça
genheiro mecânico e caçador de bugres Antônio Ferreira Lima, era intensificada. A cada nova leva de colonizadores, chegavam
proprietário de terras em Rio Negrinho foi morto pelos ı́ndios mais pessoas dispostas a investir e construir uma cidade con-
botocudos. Entretanto, as picadas abertas pelas expedições fortável. A cidade finalmente começou a se formar. Alemães,
e pela Companhia Hanseática não permitiam a passagem de poloneses, suı́ços e Italianos são os principais ascendentes eu-
carroças ou carros de boi. Até mesmo animais eram raros ropeus da Corupá de hoje. Em 1899, era fundada a primeira
na época da colonização de Corupá. Atraı́dos pelas ofertas escola para os filhos dos imigrantes e também começava a fun-
alardeadas pelas companhias colonizadoras, os europeus atra- cionar o primeiro Turverein. Luiz Schröeder foi o número um
vessaram o atlântico em busca de uma vida digna e melhor em e Otto Hillbrecht filho o número dois. A sociedade escolar
sua nova pátria. Mas após chegarem sentiram-se abandonados fundada em 17 de maio de 1899, atenderia às crianças das 20
História – Aula 1 289
famı́lias residentes. O professor Ernesto Globig, mais tarde Começar Tudo de Novo
nomeada intendente de Hansa, iniciou as aulas na sede da
Casa do Imigrante em 1900. Em 1909, foi construı́do o prédio
próprio, em alvenaria. Em 5 de novembro de 1899 era fundada No entanto, entrecortada por rios, Hansa sofreu, em 1910, a
a comunidade evangélica de Hansa Humbold. Os primeiros cul- primeira grande enchente. Sociedades promoveram concertos,
tos eram realizados nas casas dos imigrantes. E, finalmente, no teatros, quermesses e recitais com o propósito de angariar fun-
dia 16 de dezembro de 1906 foi lançada a pedra fundamental dos para socorrer as famı́lias atingidas. Os prejuı́zos foram
da igreja evangélica que levou alguns anos para ser construı́da. enormes. As recém-construı́das pontes sobre os rios Humbold
Assim, em 1902, Heinrich Meyer fundava o terceiro negócio e Novo foram levadas pelas águas. Reconstruı́-las exigiu, além
de Hansa Humboldt. Otto Löffler, com um pequeno capital, da doação de 75% do salário do intendente, doações dos mora-
construiu a primeira cervejaria na estrada Itapocu. Na estrada dores.Em outubro de 1917, o Brasil declarou guerra à Alema-
Bomplandt, assim nomeada em homenagem ao amigo do natu- nha e as relações entre os dois paı́ses prejudicou francamente
ralista alemão Alexander Von Humboldt (homenageado com o os imigrantes em solo brasileiro. Iniciou-se o movimento naci-
nome da Colônia), foi instalada a primeira atafona que per- onalista e a lı́ngua estrangeira foi gradativa, mas efusivamente
tencia a Gustav Hoffmann.Luiz Schroeder abriu o primeiro proibida em solo nacional. Os imigrantes, embora tivessem
açougue. Até 1906, os cultos das confissões Católica e Lu- sido nacionalizados no ato da colonização, eram brasileiros sem
terana eram realizadas no edifı́cio da escola particular alemã. governo e alemães sem Pátria. Logo após a 1a. Guerra Mun-
Em 1906, o imigrante Roberto Seidel, abre sua ”arbori”e flori- dial (1914-1918) o movimento de nacionalização provocou o
cultura. A localização é a mesma de onde ainda hoje funciona fechamento das escolas alemãs. É fundada, então a primeira
o Orquidário Catarinense. Seu filho Alvim Seidel dedica-se, escola pública e brasileira. A vida cultural voltou a mover as
desde o ano de 1950 ao orquidário, que além de comercializar sociedades de atiradores, a ginástica, a música do Jazz Elite,
e cultivar, desenvolve pesquisas, já tendo descoberto e regis- corais e grupos teatrais. As sociedades das senhoras, bem como
trado mundialmente, quase uma centena de novas espécies de a produção e comercialização dos produtos locais estavam em
orquı́deas e bromélias em suas incursões pela mata da região. alta. Enfim, a tranqüilidade voltou a reinar e o progresso
acompanhava o crescimento do distrito. Em fins de 1931, foi
concluı́da a Escola Apostólica Seminário Sagrado Coração de
Jesus. Entretanto, os imigrantes alemães naturalizados bra-
Autonomia Administrativa sileiros, ainda sofreram com nova investida do movimento de
nacionalização, em 1943, durante a 2a. Guerra Mundial. Além
Em 1908, Hansa foi elevada à categoria de distrito de Join- da mudança do nome do então Distrito Hansa Humbold para
ville e é nomeado seu intendente, Ernst Rucker. Somente em Corupá, muitos de seus moradores, que construı́ram com as
1910 teve inı́cio a iluminação pública à querosene .Os lampiões próprias mãos e dinheiro a cidade, foram perseguidos como
pendurados em postes de madeira, eram acesos ao anoitecer e se fossem inimigos da nação brasileira. Alguns tiveram que
apagados às 22 horas diariamente por Christian Hunold. Num mudar o próprio nome. Escolas, sociedades e igrejas foram fe-
salão de sua propriedade funcionou, também, a primeira es- chadas e tudo o que fosse considerado alemão foi confiscado.
cola. A primeira professora foi Júlia Fernandes. Neste perı́odo A emancipação polı́tica de Corupá se deu pela Lei 348, de 21
um primeiro susto acometeu a comunidade de Hansa. A admi- de julho, de 1958. A instalação no novo municı́pio foi no dia
nistração central de Joinville recomendava que toda a corres- 25 de julho de 1958. Conforme dados do censo de1950, Corupá
pondência fosse escrita em Português e além de ser habitada contava com 1592 habitantes (761 homens e 831 mulheres).
praticamente só por alemães, Hansa não tinha escola em Por-
tuguês que possibilitasse aos imigrantes ou mesmo a seus filhos, Os Dias Atuais
aprenderem a Lı́ngua Nacional. O primeiro trem chegou em
julho de 19l0, vindo de São Francisco do Sul. Com o trem A economia está baseada na agricultura e pecuária, explorada
chegou a esperança de um progresso mais rápido. Mas além por minifúndios. Corupá ocupa o 94o lugar na arrecadação
de facilitar o transporte de toda sorte de produtos, desde ali- de ICM do Estado e 25o em qualidade de vida. A agricultura
mentos a produtos para comercialização, o trem trazia e levava baseia-se principalmente na produção de banana, arroz, milho,
pessoas. A ferrovia chegou a Rio Negrinho somente em 1913. mandioca, fumo e olericultura (hortaliças). Corupá é o maior
E foi seguindo o trem que muitos moradores deixaram Hansa. produtor de bananas do Estado. Possui cerca de 68 indústrias
Alguns foram trabalhar na construção da ferrovia e outros se- de pequeno e médio porte, destacando-se as de vestuário, me-
guiram para o planalto onde era mais fácil arrumar trabalho. talurgia, artefatos de madeira e móveis. A cidade, que já pos-
Há cem anos, Hansa Humbold experimentava um crescimento suiu uma espécie de Spa na década de trinta, se prepara para
surpreendente. No Distrito havia várias indústrias, serrarias, liderar o roteiro turı́stico da região. As belas paisagens, a
olarias, moinhos e atafonas, ferrarias, fábricas de carroças, bar- rota das cachoeiras, o clima tranqüilo de cidade interiorana e
ris, tamancos, chicotes, laços, canoas, charutos e cigarilhas, tranqüila, grutas, orquı́deas, vitória régia gigante e as cons-
instrumentos musicais, pincéis e escovas, móveis e refrigeran- truções do inı́cio do século passado e os jardins cuidados com
tes; cervejarias, selarias, funilarias, construtores (pedreiros), carinho e esmero pelos habitantes, são algumas das atrações
queijarias, alfaitarias, tecelagens e dezenas de pequenos co- turı́sticas de Corupá.
merciantes de produtos artesanais e alimentı́cios, bem como
engenhos de arroz atendiam as necessidades dos habitantes e
rendiam boas somas na comercialização com outras localida-
Bibliografia
des. Aumentava consideravelmente números de sociedades e [1] Veja na internet
ligas formadas pelos moradores com o intuito de promover a www.jornaldaeducacao.inf.br/jornal162/imp.htm
educação, a cultura, o lazer e assistência aos habitantes.
290 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
Lista de Tabelas
FÍSICA
Mecânica – Aula 1
Mecânica – Aula 2
1 A) 6,5 cm , B) 1,8 cm , C) 3,7 cm , D) 4,3 mm , E) 51,2 mm , F) 42,3 mm 2 E) 3 D) 4 C) 5 A)
Mecânica – Aula 3
√
1 B) 130 m 2 100 N 3 vx = vy = 200 2 m/s 4 7, 0 N , 38, 2◦ c/ a horiz. 5 6, 0 m/s 6 vx = 120 m/s e vy = 160 m/s
7 940 km/h
Mecânica – Aula 4
1 B) 2 E) 3 A) 4 B) 5 C) 6 B)
Mecânica – Aula 5
1 A) 1, 0 m/s2 , B) TAB = 3, 0 N e TBC = 11 N 2 A) 3 A) 1, 0 m/s2 , B) 4, 5 N 4 A) 2, 0 m/s2 , B) 12 N ,
C) 16 N 5 3 m/s2 e 78 N 6 A) 7 C)
Mecânica – Aula 6
1 D) 2 E) 3 C) 4 A) 5 vf = 17, 85 m/s 6 Fmed = 950 N 7 A) 580 J , B) 72, 5 W
Mecânica – Aula 7
1 A) Energia potencial elástica. , B) Energia potencial gravitacional. , C) Sim, ele possui energia potencial
gravitacional. 2 A) É dissipada pela força viscosa (atrito) do ar e vira calor e energia cinética. , B) Não.
Como a força resultante sobre ele é nula, não há trabalho realizado sobre ele. 3 B) 4 E) 5 B) 6 A)
Ep = 5, 0 J , B) vmax. = 10 m/s 7 ) W = 25 J 8 A) 150 J , B) 90 J
Mecânica – Aula 8
3 B) 4 C) 5 E) 6 A) 7 A) k = 50 N/m , B) Wext = 4, 0 J , C) Wmola = −4, 0 J , D) Wext = 16, 0 J , E)
F = 40 N 8 A) WP = −150 J , B) ∆Ep = +150 J 9 ) 0, 30 m
Mecânica – Aula 9
1 B) 2 A) 1, 0 N , B) 3, 0 N 3 A) 4 C) 5 C) 6 B)
Mecânica – Aula 10
Mecânica – Aula 11
291
292 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
√ √
1 0, 700 kg · m/s a 135◦ com a direção inicial da bola. 2 A) I = −m 2gh , B) ∆Q = −m 2gh , C) São iguais,
pois I = ∆Q 3 A) Sendo m = 500 g e hi = 1, 25 m temos I = −2, 5 N · s , B) Sendo m = 500 g e hf = 0, 80 m
temos I = −2, 0 N · s
Mecânica – Aula 12
Mecânica – Aula 13
1 A) 2 A) vn = −v0 /3 e vd = 2v0 /3 , B) vn = vf = v0 /3. Não, pois a energia cinética não é mais conservada.
3 vb = 1, 6 m/s, invertendo o seu sentido. 4 v1 = 3, 0 m/s e v2 = 8, 0 m/s, respectivamente. 5 A) 45◦ com a
horizontal. , B) v0 = 20 m/s , C) I = 10 kg · m/s 6 C)
Mecânica – Aula 14
1 B) 2 A) 3 A) Ambas as forças tem mesma intensidade pois são do tipo ação-reação. , B) Porque a mão
está protegida pela luva. 4 A) 20.000 N , B) O caminhão. , C) No automóvel. 5 4, 0 m/s2 6 O remo
empurra a água para trás, sofrendo uma reação para frente, que é ransmitida ao barco. 7 A) 2, 0 m/s2 , B)
10 N 8 C)
Mecânica – Aula 15
1 B) 2 c) 3 B) 4 A) 5 A) 6 C)
Gravitação – Aula 1
2 E) 3 B) 4 E) 5 C) 6 C) 7 C)
Gravitação – Aula 2
1 B) 2 E) 3 A) 4 A) 5 E) 6 D) 7 D)
Gravitação – Aula 3
1 A) 39, 2 N , B) 6, 4 N 2 Não. A balança de farmácia compara massas e portanto mede a massa do indivı́duo.
3 A) 4 D) 5 c) 6 A) Sim. , B) P = (1 kg) ∗ G , C) A mesma (1 kg) 7 4, 0 kg
Gravitação – Aula 4
√
1 TA C = 50 3 N e TB C = 50 N 2 B) 4 kg 3 FA = 300 N e FB = 100 N 4 Ny = 1833, 3 N e Nx = 1166, 7 N 5
−3, 6 N · m, 0 e 4 N · m 6 A) 0 N , B) 48 N · m , C) 24 N · m
Ótica – Aula 1
Ótica – Aula 2
Ótica – Aula 3
Ótica – Aula 4
1 p′ = −15 cm, imagem direta e menor. 2 A) Imagem real, invertida e maior. , B) p′ = 120 cm e i = 4 cm 3
5X 4 A) p′ = 10 cm, do mesmo lado do objeto. , B) Imagem virtual, direta e maior. 5 A) f = −20 cm ,
B) Divergente. 6 A) Divergente. , B) 5 di
História – Aula 1 293
Ótica – Aula 5
1 20 cm 2 A: +2 di (convergente) e B: −2 di (divergente) 3 +1 di 4 A) Divergente. , B) −5 di
Fluidos – Aula 1
1 1 g/cm3, 103 kg/m3, 1 kg/l 2 11, 2 kg 3 A) 0, 3 g/cm3 , B) 1, 1 g/cm3 4 1, 05 × 104 P a, 0, 1 atm 5 A)
Porque a área de contato do pneu de bicicleta com o chão é muito pequena, a pressão deve ser grande. , B)
ptotal ≈ 2, 75 atm , C) A manométrica, pois mede a diferença de pressão entre o interior e o exterior do pneu.
Fluidos – Aula 2
1 B) 2 A) 3, 0 × 104 P a , B) 1, 5 × 105 P a , C) 8, 0 × 103 P a 3 1, 01 × 105 P a ou 1 atm ou 760 mmHg 4 A) No
maior. , B) No menor. , C) 50 N 5 12, 8 cm 6 8% 7 16 N
Cinemática – Aula 1
1 C) 2 B) 3 B) 4 D) 5 E) 6 B)
Cinemática – Aula 2
1 D) 2 D) 3 E) 4 C) 5 D) 6 E)
Cinemática – Aula 3
1 A) 2 D) 3 B) 4 A) 5 B) 6 C)
Cinemática – Aula 4
1 A) 2 D) 3 E) 4 B) 5 B) 6 C)
Cinemática – Aula 5
1 C) 2 C) 3 C) 4 E) 5 B) 6 C)
Ondas – Aula 1
2 C) 3 E) 4 θ ≈ 23◦ 5 D) 6 L9 /L1 6 = (16/9)2 7 25, 3 cm
Ondas – Aula 2
1 C) 2 E) 3 C) 4 C) 5 E) 6 A) 7 D)
Ondas – Aula 3
1 E) 2 C) 3 D) 4 B) 5 D) 6 A)
Ondas – Aula 4
1 E) 2 C) 3 B) 4 C) 5 B) 6 D)
Ondas – Aula 5
1 A) 30 m/s , B) Se aproxima, pois a frqüência aumenta. , C) Diminui 10%. 2 B) 3 A) Afastando-se do
apito em alta velocidade, o seu som poderia ser ouvido. , B) vaf ast. = (4/5)vsom 4 C) 5 A) 6 D)
Termodinâmica – Aula 1
1 B) 2 A) 3 D) 4 D) 5 B) 6 E)
Termodinâmica – Aula 2
1 A) 2 A) 3 E) 4 C) 5 A) 6 E)
Termodinâmica – Aula 3
1 D) 2 A) 3 C) 4 D) 5 C) 6 D)
294 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
Termodinâmica – Aula 4
1 B) 2 A) 3 E) 4 D) 5 A) 6 A)
Termodinâmica – Aula 5
1 C) 2 B) 3 A) 4 B) 5 A) 6 E)
Termodinâmica – Aula 6
1 E) 2 B) 3 A) 4 D) 5 B) 6 B)
Termodinâmica – Aula 7
1 D) 2 E) 3 A) 4 C) , E) 90 g 5 D) 6 C)
Termodinâmica – Aula 8
1 A) 2 B) 3 C) 4 B) 5 E) 6 D)
Termodinâmica – Aula 9
1 D) 2 A) 3 A) 4 B) 5 D) 6 C)
Termodinâmica – Aula 10
1 D) 2 A) 3 E) 4 C) 5 A) 6 B)
Termodinâmica – Aula 11
1 E) 2 A) No intervalo de t1 até t2 . , B) No intervalo de t3 até t4 . , C) 10, 2 kcal 3 C)
Eletricidade – Aula 1
1 qA = Q/2, qB = qC = Q/4 2 A) Lã (-), vidro (+) , B) Lã (+), cobre (-) 3 D) 4 A) Enconstar as três esferas
simultaneamente e afastá-las. , A) Enconsta-se B e C, aproxima-se A de B, afasta-se C. , A) Impossı́vel.
5 D) 6 C) 7 A)
Eletricidade – Aula 2
1 Diminui para F/16 2 F ′ = 3F/4 3 A) Empurra os elétrons do eletroscópio para as extremidades (hastes),
afastando-as. , B) Parte da carga do corpo passa para o eletroscópio, afastando suas hastes. 4 2, 0 × 10−7 C
5 ) c) 6 D)
Eletricidade – Aula 3
1 A) +7, 5 × 10−2 N , B) Para a direita, no sentido da força elétrica. 1 C) −7, 5 × 10−2 N , para a esquerda.
2 A) 0, 144 N , B) 28, 9 kN/C 3 A) 2 × 103 m/s2 , B) 16.000 m/s 4 A) 4, 44 × 10−10 C , B) 44, 4 N/C 5
4, 9 mC 6 −0, 05 C
Eletricidade – Aula 4
1 8 × 10−7 V 2 A) V = 0 , B) E = 9, 0 × 105 N/C, da carga positiva para a negativa. , C) Que a soma de
grandezas escalares e vetoriais é diferente. 3 A) 1 kV , B) −1 kV 4 A) 1, 0 × 10−7 C , B) 900 V /m 5
5, 4 × 105 V , se a carga negativa e o vértice A, pertencerem ao mesmo lado, senão, 2, 22 × 106 V . 6 W = −45 mJ,
negativo porque as cargas se repelem, e a força esterna deve ser contrária ao deslocamento.
Eletricidade – Aula 5
1 2, 3 × 10−13 J 2 −0, 9 J 3 A) 1, 0 nC , B) −30 V , C) 10 µJ 4 A) V = mgd/q , B) A inferior deve ter
carga positiva, e portanto, maior potencial elétrico. 5 E) 6 C)
Eletricidade – Aula 6
1 V V F V V 2 V V V F V 3 A) V = 180 V e E = 0 , B) V = 108 V e E = 216 V /m 4 A) qA = 3Q/4 e qB = 9Q/4 ,
B) VA = VB = 3kQ/4R 5 A) qA = 1, 0 µC e qB = 2, 0 µC , B) VA = VB = 9, 0 kV , C) De B para A, pois no inı́cio
História – Aula 1 295
a esfera B tinha excesso de elétrons. 6 A) 6, 25 × 1012 , B) A esfera A, pois a esfera B tem mais elétrons do
que a esfera A. 7 A) 6, 4 × 108 V , B) 4, 55 × 105 C
Eletricidade – Aula 7
1 A) V1 = 2 kV , V2 = 4 kV e V3 = −4 kV 2 ) C/2 3 56, 5 kV /m 4 A partı́cula não tem energia suficiente para
atingir a segunda placa. 5 E) 6 B) 7 1, 8 × 10−4 C
Eletricidade – Aula 8
1 R$ 3,47 2 12, 5 µF 3 17, 1 µF 4 810 J 5 V1 = V2 = 20 V e Q2 = 6, 0 × 10−5 C 6 50 V 7 B)
Eletricidade – Aula 9
1 C) 2 D) 3 A) 4 C) 5 E) , E) R = 6 Ω 6 D)
Eletricidade – Aula 10
1 D) 2 C) 3 B) 4 A) 5 C) 6 C) 7 E)
Eletricidade – Aula 11
1 C) 2 B) 3 D) 4 A) R2 = {101, 8 Ω, 0, 2 Ω} , B) P2 = {101, 7 W, 4, 1 W }
Eletricidade – Aula 12
1 D) 2 C) QUÍMICA
Quı́mica – Aula 1
1 FV FV V V
Quı́mica – Aula 2
5 B)
Quı́mica – Aula 3
Quı́mica – Aula 4
Quı́mica – Aula 5
Quı́mica – Aula 6
Quı́mica – Aula 7
Quı́mica – Aula 8
Quı́mica – Aula 9
Quı́mica B – Aula 1
1 C) 2 QQQF F F 3 B) 4 C) 5 E) 6 B)
Quı́mica B – Aula 2
1 VVVVVV 2 A) 3 E) 4 B) 5 D) 6 C)
Quı́mica B – Aula 3
1 C) 2 FFV V F 3 B) 4 E) 5 C) 6 E)
296 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
Quı́mica B – Aula 4
1 C) 3 C) 4 B) 5 B)
Quı́mica B – Aula 5
1 61 2 C) 3 E) 4 D) 5 E) 6 E)
Quı́mica B – Aula 6
1 D) 2 C) 3 D) 4 E) 5 C) 6 E)
Quı́mica B – Aula 7
1 C) 2 E) 3 A) 4 C) 5 C) 6 E)
Quı́mica B – Aula 8
1 E) 2 E) 3 D) 4 B) 5 D) 6 B)
Quı́mica B – Aula 9
1 E) 2 B) 3 E) 5 C) 6 E) 7 C)
Quı́mica B – Aula 10
1 D) 2 B) 3 E) 5 A) 6 B)
Quı́mica B – Aula 11
3 E) 5 D) 6 D) 7 E) 8 B)
Quı́mica B – Aula 12
2 21
Matemática A – Aula 1
Matemática A – Aula 2
Matemática A – Aula 3
Matemática A – Aula 4
Matemática A – Aula 5
Matemática A – Aula 6
Matemática A – Aula 7
1 D) 2 E) 3 C) 4 D) 5 E) 6 C)
Matemática A – Aula 8
1 A) 2 B) 3 C) 4 D) 5 B) 6 A) y = 2x , B) 9/8 7 B)
História – Aula 1 297
Matemática A – Aula 9
Matemática A – Aula 10
Matemática B – Aula 1
Matemática B – Aula 2
Matemática B – Aula 3
Matemática B – Aula 4
Matemática B – Aula 5
Matemática B – Aula 6
Matemática B – Aula 7
Matemática C – Aula 1
Matemática C – Aula 2
Matemática C – Aula 3
Matemática C – Aula 4
Matemática C – Aula 5
Matemática C – Aula 6
Matemática C – Aula 7
Matemática C – Aula 8
Matemática C – Aula 9
Matemática C – Aula 10
Matemática C – Aula 11
Matemática C – Aula 12
Matemática C – Aula 13
Matemática C – Aula 14
Matemática C – Aula 15
Matemática C – Aula 16
298 Apostila Preparatória para o Vestibular Vocacionado UDESC — http://www.mundofisico.joinville.udesc.br
Matemática C – Aula 17
Matemática C – Aula 18
Matemática C – Aula 19
Matemática C – Aula 20
LÍNGUA PORTUGUESA
Lı́ngua Portuguesa – 01
1 C) 2 B) 3 D) 4 E) 5 A) 6 D)
Lı́ngua Portuguesa – 02
1 A) secretária , D) partirá , F) além , G) vôo , H) fórceps , I) álbuns – famı́lia 2 C) 3
história, Palácio, Pátio, conseqüência, três, inúteis, só. 4 A) 5 polêmica, cúpula, preparatórias, Após,
última, Cúpula, já, signatárias, sociólogo, comitê, Solidária, crı́tica, dinamarquês, Nós, Até, cúpula, dúvidas,
equilı́brio, macro-econômico, desequilı́brios.
Lı́ngua Portuguesa – 03
1 C) 2 C) 3 E) 4 B) 5 E) 6 E) 7 E)
Lı́ngua Portuguesa – 04
1 B) 2 E) 3 A) 4 D)
Lı́ngua Portuguesa – 05
1 A) se arrepiava , B) se ouvia , C) lhe vinha , D) lembrou-se , E) lhe importava , F) escutou-se , G)
Levanta-se , H) se vendem , I) me levaram , J) se babando 2 C) 3 43 (01,02,08,32) 4 C) 5 E) 6 C)
Lı́ngua Portuguesa – 06
1 A) à janela , C) à disciplina 2 C) 3 C) 4 À,À,A,A,A,A 5 E) 6 A)
Lı́ngua Portuguesa – 07
1 E) 2 E) 3 B) 4 C) 5 A) 6 D)
Lı́ngua Portuguesa – 08
1 A) 2 A) 3 D) 4 E) 5 A) discrição , B) retificar , C) vultosa , D) eminente , E) infringisse , G)
tachado 6 A) anti , B) anti , C) ante 7 F CBADE 8 A) a , B) Há , C) Há , D) a 9 A) Mal , B)
mau , C) mal HISTÓRIA
História – Aula 1
Referências Bibliográficas
[1] LVARENGA, Beatriz e MÁXIMO, Antônio. Fı́sica. vo- [22] ARCONDES, Carlos Alberto. Matemática, Volume único,
lume único, São Paulo: Editora: Scipione. São Paulo: Editora Ática, 2003.
[2] ONGIOVANNI, Vicenzo; LEITE, Olı́mpio Rudinin Vis- [23] ANTOS, Carlos A. M.; GENTIL, Nelson; GRECO, Sérgio
soto; LAUREANO, José Luiz Tavares. Matemática e E. Matemática. Volume Único. 7a edição. São Paulo:
Vida. Volume único, São Paulo: Editora Ática, 1990. Ática, 2003.
[3] ONJORNO, José Roberto. Matemática Fundamental, vo- [24] ETO, ANTAR. Matemática Básica. Volume único, São
lume único, São Paulo: Editora FTD, 1994 Paulo: Editora Atual, 1984.
[4] ARRON, Wilson e GUIMARÃES, Osvaldo. Fı́sica. vo- [25] LIVEIRA, Antônio Narmo; SILVA, Agostinho. Biblioteca
lume único, São Paulo: Editora Moderna, 1999. da Matemática Moderna. Tomo III, São Paulo: Impressão
o e encadernação da comp. Melhoramentos de São Paulo,
[5] on Bosco, Apostila. Fı́sica. 3 ano, Curitiba: Editora Don
1970.
Bosco, 2004.
[26] ARANÁ, DJALMA NUNES DA SILVA. Fı́sica. volume
[6] ELTRE, Ricardo. Quı́mica. Volume único, São Paulo:
único, São Paulo: Editora Ática, 2002.
Editora Moderna, 2003.
[27] ovoamento-Imigração Colonização.Edição do Autor,
[7] ERRARO, Nicolau Gilberto; PENTEADO, Paulo César;
Joinville-SC, 1983. História de Santa Catarina, 1o
SOARES, Paulo Toledo; TORRES, Carlos Magno. Fı́sica.
Volume, Grafipar, 1970.
Volume único, São Paulo: Editora Moderna, 2001.
[28] AMPAIO, José Luiz e CALÇADA, Caio Sérgio. Universo
[8] ASPAR, Alberto. Fı́sica. vol. 1, Editora Ática, São Paulo:
da Fı́sica, v. 1. São Paulo: Atual, 2001, p. 483-484.
Editora Ática, 2000.
[9] IOVANNI, José R. ; Bonjorno, José R. ; Giovanni Jr., José [29] ANTOS, CARLOS ALBERTO MARCONDES DOS,
R. Matemática Fundamental.2◦ Grau. Volume Único. São GENTIL, NELSON e GRECO, SÉRGIO EMÍLIO. Ma-
Paulo: FTD, 1994. temática para o Ensino Médio. Volume único, São Paulo:
Editora: Ática.
[10] ALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl.
Fundamentos de Fı́sica. Volume 1, Rio de Janeiro: editora [30] ARDELLA, ANTÔNIO. Quı́mica. Volume único, São
LTC, 1993. Paulo: Editora Ática, 2002.
299