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NBR 5599 - Tubos de Aco Carbono de Precisao
NBR 5599 - Tubos de Aco Carbono de Precisao
Sede:
Rio de Janeiro
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Endereço Telegráfico:
NORMATÉCNICA
Especificação
Origem: Projeto NBR 5599/1994
CB-01 - Comitê Brasileiro de Mineração e Metalurgia
CE-01:202.09 - Comissão de Estudo de Produtos Tubulares de Aço
NBR 5599 - Welded precision carbon steel tubes - Specification
Descriptors: Carbon steel tube. Precision. Welded
Esta Norma substitui a NBR 5599/1984
Copyright © 1995, Esta Norma foi baseada nas ISO 3305/1985 e DIN 2393 Part 1 e 2/1981
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas Válida a partir de 30.10.1995
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Tubo de aço-carbono. Precisão. Costura 9 páginas
Todos os direitos reservados
Na aplicação desta Norma é necessário consultar: NM-COPANT 1579 - Aceros e fundiciones de hierro -
Determinación del contenido de magneso - Método
NBR 6006 - Classificação por composição química espectrofotométrico
de aços de construção mecânica - Procedimento
NM-COPANT 1580 - Aceros e fundiciones de hierro -
NBR 6152 - Materiais metálicos - Determinação das Determinación del contenido de fosforo - Método
propriedades à tração - Método de ensaio espectrofotométrico del fosfovanadomolibdato
Cópia não autorizada
2 NBR 5599/1995
NM-COPANT 1582 - Acero - Determinación de car- f) diâmetro externo e espessura ou, quando aplicá-
bono en bajos contenidos - Parte I - Método mano- vel, diâmetro externo e diâmetro interno, ou diâme-
métrico (baja presión) después de la combustión tro interno e espessura de parede, em milímetros;
ISO 377/2 - Selection and preparation of samples g) comprimento, em milímetros, que pode ser normal
and test of wrought steels - Part 2: Samples for that de fabricação, fixo, exato ou múltiplo, conforme
determination of chemical composition 4.7.3;
3 Definição
h) certificado de qualidade, quando solicitado, con-
Para os efeitos desta Norma é adotada a definição de forme 6.8;
3.1.
i) uso a que se destina o tubo, a título informativo;
3.1 Tubo de precisão
j) usinagens a serem realizadas e sobremetal,
Tubo mecânico acabado a frio, com precisão dimensional, conforme 4.6.1.11 e 6.3.1;
podendo ter exigências no acabamento da superfície, na
composição química e nas propriedades mecânicas. k) valor de massa máximo por embalagem, conforme
4.8;
4 Condições gerais
l) requisitos especiais para os tubos da classe C,
4.1 Classificação e designação
conforme 5.2;
Esta Norma contempla três classes de qualidade de tubos,
conforme descrito em 4.1.1 a 4.1.3. m)inspeção externa, conforme 6.7.
Tubos de aço de precisão sem requisitos especiais de Os tubos fornecidos segundo esta Norma são obtidos
qualidade, não acompanhados de certificado de qua- por trefilação a frio externa e internamente, a partir de
lidade. tubos soldados longitudinalmente por resistência elétrica
em alta frequência (ERW).
4.1.2 Classe B
4.4 Material
Tubos de aço de precisão com requisitos especiais de
qualidade, acompanhados de certificado de qualidade. 4.4.1 O comprador deve indicar o grau de aço conforme a
4.1.3 Classe C Tabela 1. Caso seja necessário especificar outro grau,
este deve ser baseado na NBR 6006, ou outra especifi-
Tubos de aço de precisão com requisitos especiais adi- cação, devendo, neste caso, enquadrar-se na classe C,
cionais de qualidade, conforme 5.2, que podem ser for- indicada em 4.1.3.
necidos com ou sem certificado de qualidade.Estes requi-
sitos especiais e os ensaios apropriados devem ser espe- 4.4.1.1 Aços acalmados devem ter o Si até 0,55% e/ou Al
cificados no pedido de compra. compreendido entre 0,02% e 0,07%.
4.2 Modo de fazer a encomenda 4.4.1.2 As tolerâncias para análise do produto são especi-
ficadas na Tabela 2.
Nos contratos e pedidos de compra de tubos segundo
esta Norma, devem constar: 4.4.2 Os aços podem ser acalmados ou efervescentes.
Grau do C Mn P S
aço (%) (%) máx. (%) máx. (%) máx.
C Mn P S Si Al
4.5 Estados de fornecimento inerentes ao processo de fabricação, desde que não com-
prometam a utilização dos tubos.
Os tubos são fornecidos, conforme indicado na encomen-
da, no estado de fornecimento, de acordo com a Tabe-
4.6.1.3 A rugosidade superficial deve seguir as limitações
la 3.
dadas na Tabela 4.
4.6 Aspecto
4.6.1.4 Caso o comprador necessite de uma rugosidade
4.6.1 Superfície menor que a especificada na Tabela 4, esta deve ser es-
pecificada no pedido de compra, sendo o tubo enquadrado
4.6.1.1 Os tubos devem apresentar uma superfície lisa,
na classe C, conforme 4.1.3.
tanto externa como internamente, correspondente ao pro-
cesso de trefilação a frio.
4.6.1.5 Nos tubos de diâmetros internos menores que
4.6.1.2 São admissíveis descontinuidades de superfície, 15 mm, as superfícies internas lisas são garantidas condi-
como marcas mecânicas, poros, estrias e manchas, cionalmente.
Tabela 3 -Estado de fornecimento
TM ou BKW Após o último tratamento térmico, os tubos sofrem uma leve redução a
Trefilado macio frio que permite a deformação posterior, dentro de certos limites (curvar,
alargar, etc.). Estes tubos devem ser obrigatoriamente normalizados
antes da trefilação, para se minimizar a ocorrência de trincas
Rugosidade Rz Rugosidade RA
3 µm máximo 2 µm máximo
Nota: A rugosidade é medida no sentido longitudinal do tubo; para tubos decapados ela não é garantida.
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4 NBR 5599/1995
4.6.1.6 Nos tubos trefilados duros (TD) e macios (TM), é 4.7.1 Diâmetros externo e interno
admissível, tanto externa como internamente, uma película
de fosfato ou lubrificante oriundo do processo de trefilação. 4.7.1.1 As tolerâncias dos diâmetros externo e interno são
Caso o comprador necessite de tubos em condições dife- indicadas na Tabela 5. Para os tubos recozidos (RB - Re-
rentes das anteriormente indicadas, estas devem ser espe- cozido branco ou RD - Recozido decapado) e normaliza-
cificadas no pedido de compra, enquadrando-se o tubo dos (NB - Normalizado branco ou ND - Normalizado de-
na classe C, conforme 4.1.3. capado), deve-se verificar o valor da relação entre o diâ-
metro externo e espessura (R). Neste caso, onde o valor
4.6.1.7 Os valores de rugosidade não se aplicam à região de R for menor ou igual a 20, permanecem as tolerân-
do cordão de solda, em virtude desta região normalmente cias indicadas na Tabela 5. Quando o valor de R for maior
apresentar o aspecto já citado em 4.6.1.2. Caso a apli- que 20, as tolerâncias dos diâmetros devem ser acres-
cação exija acabamento superficial na região do cordão cidas conforme a Tabela 6, devido à deformação durante
da solda com limites de rugosidade idênticos à região fo- o tratamento térmico.
ra da solda, deve constar no pedido de compra, enqua-
drando-se o tubo na classe C, conforme 4.1.3. Tabela 5 - Tolerâncias para diâmetros externo e
interno
4.6.1.8 Nos tubos recozidos brancos (RB), é admissível
uma superfície escurecida proveniente do próprio pro-
Diâmetro externo Tolerâncias (mm)
cesso de tratamento térmico.
D (mm) Diâmetros interno e externo
4.6.1.9 As superfícies dos tubos não devem apresentar
carepa. D ≤ 10 ± 0,10(A)
As extremidades dos tubos são cortadas perpendicular- 120 < D ≤ 150 ± 0,70
mente ao eixo longitudinal do tubo, não necessariamen-
150 < D ≤ 180 ± 0,80
te rebarbadas. Os tubos são fornecidos com as extremida-
des tais como são obtidas no processo normal de corte
180 < D ≤ 210 ± 0,90
utilizado, o qual pode produzir nas extremidades do tu-
bo variações no diâmetro ou eventuais reduções locais 210 < D ≤ 240 ± 1,00
na espessura da parede até uma distância máxima de
100 mm das bordas. Isto não se aplica aos tubos forne- (A)
A tolerância para o diâmetro interno é ± 0,25 mm.
cidos com comprimentos exatos.
(B)
A tolerância para o diâmetro interno é ± 0,15 mm.
4.6.2.1 Acabamentos diferentes dos anteriores indicados
devem ser especificados no pedido de compra e os tubos Tabela 6 - Tolerâncias de tubos recozidos e
devem ser enquadrados na classe C, conforme 4.1.3, po- normalizados em função da relação R
dendo ser fornecidos tubos com as extremidades com
acabamentos especiais. Valores de R Tolerâncias
4.7.3.4 Os tubos fornecidos em comprimentos múltiplos 4.7.5.3 Os tubos com comprimentos exatos menores que
de uma peça final têm tolerância de - 0 mm e + 5 mm, sen- 1000 mm têm desvio de retilineidade máximo de 0,30%
do que, neste caso, o comprador deve indicar o compri- do comprimento especificado.
mento da peça (blank), acrescido de sobremetal, e ainda
os números mínimo e máximo de múltiplos aceitáveis. 4.7.5.4 Para tubos com uma relação entre diâmetro externo
e a espessura de parede maior ou igual a 20, nem sempre
Exemplo de como devem ser especificados e fornecidos é possível manter os desvios máximos de retilineidade
os tubos em comprimentos múltiplos: indicados nos itens anteriores.
a) determinações do comprador: 4.7.5.5 Para tubos com diâmetro externo menor ou igual a
15,00 mm, não há valores garantidos de retilineidade.
- comprimento da peça: 805 mm; Quando o comprador especificar no pedido de compra
os desvios máximos de retilineidade indicados nos itens
- sobremetal para corte: 3 mm; anteriores, a embalagem deve proteger o material contra
o empenamento no manuseio e transporte.
- comprimento da peça bruta: 808 mm;
4.7.5.6 Caso sejam solicitados limites ou controles dimen-
- número mínimo de peças por barra: três peças; sionais mais restritos ou não previstos (Run-Out, por
exemplo), o comprador deve especificar no pedido de
- número máximo de peças por barra: sete peças; compra, enquadrando-se o tubo na classe C, conforme
4.1.3.
b) especificações no pedido de compra:
4.8 Tolerâncias no fornecimento
- comprimentos múltiplos de 808 mm, mínimo de
três, máximo de sete múltiplos; Deve ser especificada no pedido de compra a variação
permitida na quantidade do pedido, quer seja em quilo-
c) produção do fabricante em barras com compri- gramas ou em metros. Quando não indicada, a tolerância
mentos de: admitida é de ± 15%.
podem ser solicitados, se necessário, mas sempre em b) tubos para uso de fluido-mecânico;
comum acordo entre comprador e fabricante. Neste caso,
o material é fornecido como sendo de classe C. O valor c) formas geométricas especiais;
máximo de massa por embalagem requerido pelo com-
prador deve ser indicado no pedido de compra. d) tolerâncias dimensionais restritas ou não previstas;
b) nome ou símbolo do fabricante e data de fabrica- f) deformações mecânicas a frio mais severas ou di-
ção; ferentes das previstas, como, por exemplo, achata-
mento total, dobramento, estampagem, etc.;
c) número do lote e/ou número da produção;
g) condições de aspectos mais restritos ou com con-
d) diâmetro externo, espessura de parede e compri- dições de rugosidade diferentes das indicadas na
mento em milímetros; Tabela 4, previstos em 4.6;
e) massa dos tubos por embalagem em quilogramas
h) ensaios não-destrutivos;
e/ou números de tubos;
a) aços de grau (composição química e/ou proprieda- O ensaio de alargamento é realizado conforme a
des mecânicas) diferentes dos previstos na Tabe- NBR 6206, até alcançar os valores de expansão do
la 1 e/ou Tabela 9; diâmetro interno do tubo estabelecido na Tabela 11.
Cópia não autorizada
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Estado de fornecimento
Nota: Caso o cordão de solda não seja visível externa ou internamente, o tubo deve ser achatado
conforme os valores para o metal-base.
e ≤4 e>4 e ≤4 e>4
A0 8 5 8 5
A1 12 8 10 6
A2 8 5 6 4
A3 8 5 6 4
e NBR 7881, respectivamente. Os tubos fornecidos com 6.4.2 Para a análise química, o fabricante deve indicar
ensaios não-destrutivos devem ser enquadrados na clas- análise por corrida ou bobina.
se C, conforme 4.1.3, inclusive para as práticas diferentes
das normas supracitadas. 6.5 Amostragem
6.6 Reensaios
Nota: Caso os tubos sejam aplicados após a usinagem interna
ou externa, não há necessidade de garantir a descarbone-
tação para a superfície usinada. Caso um dos corpos-de-prova selecionados ao ser en-
saiado não satisfaça aos requisitos desta Norma, deve
6.3.2 Rugosidade ser realizado novo ensaio com o dobro de corpos-de-
prova determinados conforme 6.5, excluindo-se os tubos
Os tubos devem ser verificados quanto à rugosidade su- anteriormente selecionados neste lote. Se ainda assim
perficial, conforme 4.6.1.3 . um dos corpos-de-prova falhar, todo o lote deve ser rejei-
tado. Sendo o lote aprovado, todos os tubos que origina-
6.4 Lotes ram corpos-de-prova reprovados devem ser retirados do
lote.
6.4.1 Para a inspeção dos tubos segundo esta Norma,
devem ser formados lotes de até 200 tubos de uma mesma 6.7 Inspeção externa
produção, válidos para ensaios de tração, achatamento,
alargamento, metalografia e verificação de rugosidade. No caso de o comprador querer inspecionar o material
Permite-se a redistribuição entre os lotes de uma quanti- nas dependências do fornecedor, deve ser indicado no
dade de até 20 tubos restantes. Serão considerados como contrato de fornecimento. A inspeção não pode interferir
lote completo os tubos restantes entre 21 e 200, assim desnecessariamente na produção, planejamento, produ-
como encomendas menores que 200. ção ou despacho do material.
a) produção de 618 tubos; três lotes de 206 tubos; Os certificados de qualidade devem ser fornecidos con-
forme indicados em 4.1. Estes certificados devem expli-
b) produção de 624 tubos; três lotes de 200 tubos e um citar os ensaios e os respectivos valores dos resultados
lote de 24 tubos ou quatro lotes de 156 tubos. encontrados.
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7.2 Caso o comprador identifique não-conformidades com 7.4 Nos tubos retirados conforme 6.5.6 são verificadas as
relação a esta Norma no momento do recebimento ou na medidas, efetuando-se a aceitação ou rejeição do lote
linha de produção, este deve apresentar ao fabricante sobre a base do número de tubos defeituosos, conforme
amostras do material rejeitado, mantendo a rastreabili- COPANT 327, para um AQL (nível de qualidade de acei-
dade e a identificação do lote, deixando-o segregado fi- tação) de 4%.
sicamente para a avaliação.